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Feito por Bruna Pitanga Apostila de Patologia e Anatomia Patológica parte 1 Feito por Bruna Pitanga MÉTODOS DIAGNÓSTICOS EM PATOLOGIA Patologia (na prática médica): estudo das doenças, alterações morfológicas. Estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos, visando explicar os mecanismos através dos quais surgem os sinais e sintomas das doenças. O médico patologista é reconhecido como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina, pelos Conselhos Regionais de Medicina. Eles se reúnem quase sempre em associações para dividir casos e trocar experiências. O médico chamado anatomopatologista ou patologista dentro de hospital, da medicina hospitalar, o patologista é o médico que estuda as doenças, faz o diagnóstico morfológico das peças, dá o laudo e faz o diagnóstico. Patologista Clínico : O médico que trabalha com laboratório clínico, também é uma especialidade médica que cuida do laboratório clínico fazendo diagnóstico nas mais diferentes áreas. Por exemplo, hematologia, bioquímica, microbiologia. Especialidade médica que tem por atribuição identificar e quantificar a presença de substâncias e de elementos anormais no sangue, urina, fezes e em outros líquidos biológicos. Ex.: é onde mandamos os exames de fezes e urina. Dentro da patologia também tem o dermatopatologista, neuropatologista, nefropatologista, etc. Ou seja, são patologistas mais especializados, só cuidam de determinados órgãos e patologias. Anatomia Patológica : Especialidade médica que tem por atribuição analisar as alterações causadas pelas mais variadas doenças nas células e nos tecidos. Está relacionada com alterações microscópicas que podem ocorrer nas células, e seu reflexo macroscópico no organismo. Material a ser examinado : a finalidade é prestar um diagnóstico morfológico anatomopatológico para pesquisa de morbidade e mortalidade. Então, é um país que tem os seus diagnósticos das doenças médicas corretamente feitas, é um país privilegiado, pois consegue nesse diagnóstico correto instituir políticas de saúde. No Brasil, infelizmente não é possível fazer a contento. 1. Necropsia - Para fazer uma necrópsia de um cadáver, precisa ter técnicas e fazer um diagnóstico da mortalidade da causa da morte. Então, a finalidade da necropsia é determinar com segurança e objetividade a causa da morte daquela pessoa . Muitas vezes dar uma declaração de óbito sem ter uma técnica apurada, sem ter uma necropsia e diagnóstico prévio, são as chamadas mortes de causas indeterminadas . Isso não representa nada em termos de estatísticas de mortalidade e morbidade de doença. Geralmente as necropsias são feitas em institutos médicos legais ou então em hospitais. 2. Peça cirúrgica Outro material a ser examinado é a peça cirúrgica, geralmente examina o material retirado durante a cirurgia, pode ser uma grande peça cirúrgica como o intestino, por exemplo. Ou uma pequena peça cirúrgica como a apêndice, por exemplo. Pode ter uma peça cirúrgica simples (ex.: apêndice) ou complexa (útero com seus anexos). 3. Biópsias As biópsias têm 2 tipos , que são as biópsias para efeito puramente de diagnóstico, que são as: ● Incisional : Faz uma incisão daquela lesão grande, retira um pedaço do material para fazer o diagnóstico, não é uma biópsia curativa. ● Excisional : Faz uma excisão daquela lesão, geralmente além de ser uma peça pequena, tem a finalidade de retirar toda aquela lesão. Isso é comum por exemplo em lesões tumorais de pele, alguns tumores de pele são retirados completamente durante uma cirurgia, com a margem de segurança. Feito por Bruna Pitanga 4. Esfregaços Os esfregaços quase sempre são para estudos do material citológico, as citologias. O patologista também tem uma subespecialidade chamada citopatologia onde examina pelas células . Os esfregaços quase sempre pode ser: ● Esfregaço de superfície : utilização de escova ou espátula ● Esfregaços dessas biópsias , por exemplo, algumas biópsias chamadas biópsias por agulha, vamos supor caso de lesão de tireóide, nódulo tireoidiano. Às vezes a tireóide aparece com nódulo, então com uma agulha faz uma biópsia, aspira o material daquele nódulo, vai em uma lâmina e faz um esfregaço na lâmina. Esse esfregaço então irá coletar células, então vai examinar a célula e não o tecido. ● As lesões por agulha (é um método de biópsia) e esfregaços são muito comuns também nas lesões mamárias, prevenção de câncer ginecológico, líquidos orgânicos. 5. Líquidos Orgânicos Exame do cadáver , tem a finalidade de fazer diagnóstico da causa da morte . ● Necropsia Clínica : Feita para fazer um diagnóstico de doença, da morbidade daquele cadáver. Quase sempre são necropsias hospitalares . Ex.: O paciente estava internado, ficou bastante tempo no hospital, não se sabe a causa da morte, então o médico assistente pede uma necropsia clínica ao patologista, que faz um pedido e é encaminhado então o cadáver para a necropsia clínica. Para fazer a necropsia clínica precisa da autorização expressa da família ou do responsável por aquele cadáver (para assinar o documento precisa de alguém da família ou responsável e precisa ter 2 testemunhas), caso contrário é uma violação de cadáver. A família autorizando faz a necropsia, e reconstitui o cadáver. Porém, a família tem que entender que pode retirar fragmentos dos órgãos para estudar, pode dar um diagnóstico na necropsia em si abrindo o cadáver. Caso não consiga fazer o diagnóstico, o exame macroscópico na hora, pode retirar fragmentos para fazer o exame microscópico. Obs.: Nas técnicas de necropsia classicamente tem que abrir as cavidades craniana, torácica e abdominal . Então na necropsia clássica vai examinar o crânio e o interior dele, o tecido nervoso central, tentar fazer um diagnóstico, observar as relações anatômicas para ver se estão alteradas ou não. Mesma coisa na cavidade torácica e abdominal. Na necropsia clássica pode tirar as vísceras , fazer evisceração para ver também a relação anatômica na anatomia topográfica daquelas vísceras, e pode retirar também fragmentos daquele material para examinar. Obs.: No caso do Covid que é uma doença infecto-contagiosa de alto grau, evita-se fazer a necropsia completa expondo as cavidades craniana, torácica e abdominal, ou então se abre o cadáver, tem que se parlamentar todo e retirar pequenos fragmentos independente de fazer os exames. Outra técnica também usada em necropsia clínica é fazer uma punção com agulha, por exemplo, há uma suspeita de pneumonia, então vai puncionar com agulha o pulmão para saber se tem ou não. às vezes nem abre o tórax, já vai fazendo uma necropsia quase que dirigida no órgão alvo, é uma necropsia minimamente invasiva . ● Necropsia Médico-Legal (Judiciária) : É uma necropsia obrigatória, pois pressupõe violência , como um acidente, um suicídio, homicídio. Geralmente é requerida pelo delegado, pela delegacia de polícia.A violência é registrada na delegacia, quem estiver de plantão faz o registro policial e dentro do registro encaminha para o instituto médico legal. O cadáver é acompanhado por uma guia policial. Então quando faz isso, o legista tem que fazer a necropsia obrigatório, não pode deixar de fazer. Existem 2 códigos processuais que o registro está envolvido, principalmente o chamado de código de processo penal, institui as normas e normatiza Feito por Bruna Pitanga todos os fatos processuais dentro de características violentas de crime, a parte criminal. Então, o legista dentro desse código vai fazer a necropsia. É obrigatório/indispensável esse exame para composição do processo judicial; o legista então faz um relatório para anexar naquele processo judiciário para seguir rumo que tem que seguir. É obrigatório por ser de domínio e interesse do Estado (independe da autorização). ● Se um cadáver no médico legal chega com traumatismo craniano e uma fratura craniana com exposição do cérebro e vê que foi causado por um trauma craniano, às vezes nem é necessário examinar a cavidade torácica e abdominal. Já faz a necropsia direto. ● Na verdade, o que interessa na necropsia médica-legal é a causa jurídica da morte , se foi uma causa de morte por homicídio, suicídio, acidente. ● Isolamento do local do acidente, comunicação com a delegacia, a delegacia comunica ao perito criminal que vai ao local para fazer perícia do local, depois a delegacia comunica o médico-legal que vai chegar um corpo, e o bombeiro remove o corpo, pois já está liberado. ● Exame de congelação per-operatório : Examina uma peça cirúrgica durante a cirurgia , e ali vai definir para o cirurgião se a lesão que ele está tirando é um câncer, caso for tem que dizer se está com uma margem adequada. Esse exame é feito praticamente em alguns tipos de patologia mais comuns, por exemplo, patologia da mama, tumores de mama. O patologista entra direto junto com o mastologista e cirurgião da mama para fazer um diagnóstico daquela lesão, e vê se tirou totalmente, se ficou alguma coisa. O exame é feito na hora, já dando o resultado para o cirurgião. Se estiver tudo bem, com as margens boas, ele vai fechar a área da mama. Se tiver ainda alguma coisa, pois a margem que retirou está comprometida, o cirurgião precisará ampliar essa margem. Esse exame serve mais para isso, acompanhar o paciente durante a cirurgia, para evitar uma segunda cirurgia.Pode acontecer de ficar alguma coisa e precisar fazer outra cirurgia. ● Exame de parafina (exame posterior): Exame clássico através do processamento daquele material que vai desidratar em álcool, passar pelo xilol, depois incluir parafina em bloco de parafina, cortar o micrótomo, corar, montar e depois o patologista irá ver essa peça. O exame de parafina serve tanto para peça cirúrgica quanto para biópsia também. É um exame mais demorado. ● Análise do material (Macroscopia e microscopia) : Toda vez que entra material no Laboratório de Patologia, seja oriundo do centro cirúrgico, no caso uma peça cirúrgica; seja oriundo de um laboratório, no caso uma biópsia, uma biópsia dermatológica, por exemplo; seja oriundo de um consultório, sempre terá esse processo de fazer exame macroscópico e exame microscópico. O corte do exame de parafina é feito por esse aparelho. ● É um micrótomo rotativo ,a manivela roda para a direita, cada rotação é um ciclo que vai acontecendo, vai cortando o material bem fininho, faz uma fita, essa fita então é colocada em lâmina e depois é trabalhada e faz a coloração. Bloquinho de parafina com o material que já foi todo processado, já passou pelo álcool, pelo xilol, já fez a inclusão no bloco de parafina, coloca a navalha no aparelho, dá uma rodada na manivela, e esse bloco vai e volta, formando a fita com uma espessura bem fina. Já nessa imagem a técnica está tirando a fita, com os fragmentos de tecidos que ela cortou, bem fininho. A manivela na mão esquerda dela é para adiantar e acertar o material. A manivela da mão direita é para fazer o ciclo para cortar. Depois que corta coloca o material em uma lâmina, inicialmente quando sai do micrótomo ele não está curado, na imagem já está curado possibilitando examinar. É uma coloração hematoxilina-eosina. Feito por Bruna Pitanga É um micrótomo de congelação , ele é diferente por conta do cabo com uma borracha reforçada que conduz gás carbônico, ele entra e nessa platina consequentemente congela esse material. É um exame de congelação per-operatório . Depois corta, cora e dá o resultado. É uma situação mais grosseira, é só com f inalidade de dar o diagnóstico naquele momento (nem sempre o patologista consegue dar o diagnóstico na hora). É um micrótomo de congelação, porém mais elaborado, ele não trabalha com gás carbônico, ele trabalha com eletricidade é o chamado criostato ,é ligado a uma corrente elétrica e ela congela como se fosse um congelador, e congela esse material em cima da platina, cortando então com tranquilidade nesse outro micrótomo. Microscópio, dão o diagnóstico em cima desse aparelho. Examinar com mais segurança a patologia celular. Microscópio eletrônico não é usado na prática médica diária, quase sempre é usado em pesquisas, não tem uso prático na medicina. ● Cirurgia Incisional : Faz incisão da lesão com finalidade do diagnóstico; ● Cirurgia Excisional : Faz a excisão da lesão em que faz o diagnóstico e verifica as margens, se ela foi ou não completamente retirada; ● Por agulha fina (PAAF) : Punção aspirativa por agulha fina, muito utilizadas principalmente em patologias tireoidianas; A agulha grossa é mais utilizada que a fina. A punção por agulha fina é feita principalmente em lesões císticas que apresentam líquido, punciona, retira o líquido, faz a centrifugação e o esfregaço. ● Por agulha grossa (PAAG - Core Biopsy) : Punção aspirativa por agulha grossa, muito usado em lesões tumorais suspeitas, especialmente na mama. Obtém um material mais adequado. Usada mais em lesões sólidas, não tem cisto. ● A primeira, segunda e quarta trabalham com inclusão do bloco da parafina,a terceira por trabalhar com líquido cístico, quase sempre trabalha através de esfregaços, centrifuga e obtém então o esfregaço daquele material. ● Superfície (utilização de escova ou espátula) : Esfrega na superfície e utiliza escova ou espátula. EX.: Preventivo de câncer ginecológico, aparelho endoscópico pode esfregar o estômago, esôfago, quanto dos brônquios; ● Lesões Profundas (utilização de agulha) : Quase sempre utiliza-se agulha. EX.: Biópsia de mama é feita com uma agulha mais grossa; ● “Imprint” : Técnica de esfregaço muito utilizado em exame de congelação per-operatório, ou então em alguns tecidos, por exemplo, linfonodos, é um tecido que não tem muita fibra colágena, tem mais fibra reticular, então o linfonodo não dá o corte em congelação muito adequado, quando corta,como não tem conjuntivo, não é possível obter um corte muito uniforme, então é fragmentado. O imprint corta esse linfonodo fresco, a metade da superfície dele, pega uma lâmina e faz uma impressão em cima do linfonodo com a lâmina, e retira. Pode ser feito em outros tecidos, mas é mais usado em linfonodos. Histoquímica (Diagnóstico Morfológico) : Química do tecido, são os métodos que usamos que identifica químicamente o que o tecido tá produzindo . Reação do tecido com determinados reativos químicos para fazer apenas diagnóstico morfológico . 1. Hematoxilina-Eosina : Diagnóstico morfológico inicial (mais comum), hematoxilina (reage muito com o núcleo, com a cromatina, então cora o núcleo) corante básico, eosina (cora mais o citoplasma) corante ácido; 2. PAS (ácido periódico de schiff) : ácido usado para identificar muco, como nas glândulas; 3. Zihell Neelsen : É uma técnica que identifica bactérias, principalmente bactérias ácido-álcool resistente; corar bacilo álcool ácido resistente Feito por Bruna Pitanga (hanseníase ou tuberculose). A fucsina de ziehl é o reativo que reage com a gordura que tem na cápsula da bactéria, essas bactérias então tem um complexo lipídico na cápsula que retém a fucsina; 4. Gomory Grocott : Corar fungo ou em situações envolvendo sais de prata; 5. Tricrômico de Gomory : Corar tecido conjuntivo, o colágeno (uma cirrose vai identificar o tecido conjuntivo); 6. Tricrômico de Masson : Corar tecido conjuntivo e imuno complexo depositado nos tecidos (antígeno, anticorpo e complemento); 7. Verhoeff : Corar fibra elástica (muito utilizado nas biópsias de pele, para ver a elasticidade da pele); 8. Sudam (black cora em preto, escarlate - cora em vermelho) : Corar gordura. (Diferenciar embolia gordurosa de gasosa); 9. Giemsa : Corar protozoários e bactérias (paciente com lesão de pele da leishmaniose) e algumas bactérias (H. pylori); 10. Perl’s : Corar precipitados férricos (hemocromatose) ● Citoquímica : Coramos as células 1. Papanicolau: preventivo de câncer, qualquer tipo de lesão 2. Hematoxilina-eosina 3. PAS 4. Gomory-Grocott Precisa fixar o material, seja ele tecido ou seja ele líquido, seja ele líquido ou seja ele esfregaço. 1. Formol a 10% (tamponado ou não) , o formol é o ácido fórmico, então ele tem um Ph ácido que pode interferir nas reações, então em determinados tecidos é melhor tamponar o formol, misturando com uma base para alcançar o Ph neutro que não afeta o tecido . 2. Álcool etílico (etanol, álcool comum) a 96% ou absoluto (álcool puro) usado para a fixação de citologia de esfregaços . 3. Líquido de Bouin , fixador usado para determinados tecidos que tem muita atividade mitótica, por exemplo, é usado para biópsia do testículo que o espermatozóide está sempre em mitose. Preserva a mitose . Esse líquido é usado também em medula óssea na biópsia. 4. Gliceraldeído , não é usado rotineiramente, pois o fixador é para fazer estudo em microscopia eletrônica . É uma metodologia de laboratório em que identifica produtos gênicos de uma célula. Marca a célula, o produto genético se cora na célula, pode ser na superfície celular, no citoplasma de célula, ou mesmo no próprio núcleo da célula. Utilização : 1. Diagnóstico da histogênese das neoplasias (Origem tecidual do câncer, pode ser benigna ou maligna, não sabe qual célula produziu aquele câncer); 2. Determinação da origem dos carcinomas metastáticos; 3. Sub classificação das neoplasias (linfomas- neoplasias dos linfócitos, não se sabe qual é o linfócito só olhando a célula); 4. Identificação e caracterização dos produtos das células neoplásicas (expressão), exposição genética das células; 5. Diferenciação entre as neoplasias benignas e malignas (alguns aspectos das neoplasias do câncer que fica confuso se a célula é benigna ou maligna); 6. Determinação do prognóstico das neoplasias, muito usado em câncer de mama; 7. Identificação de agentes infecciosos. Hematoxilina básica vai corar o núcleo , ele tem muitos cromossomos, tem aquelas proteínas nucleares que são básicas, então vai corar. O citoplasma não tem, então ele vai corar pela eosina que é um corante que vai ficar róseo. Fígado de um paciente com Hemocromatose. É um estudo genético que tem um depósito excessivo de ferro no fígado, podendo levar a cirrose. Feita pela coloração de Perl’s . Feito por Bruna Pitanga Um corte de fígado, tem hepatócitos, destruição lobular do fígado, espaços porta biliares que contém ramo da veia porta, ramo da artéria hepática e ductos biliares. Quando há destruição dos hepatócitos por qualquer agente agressivo, seja álcool, seja hepatite viral, ele se regenera, mas chega um certo ponto que ele não consegue se regenerar, e será substituído por tecido fibroso, conseguindo identificar e vendo nitidamente essas áreas fibrosadas. É a técnica mais usada pela patologia renal, hoje não está em uso. É possível ver glomérulo renal com depósitos de antígenos que complementam, ou depositam num mesângio, ou na membrana basal, ou fora do glomérulo nas células podocitárias dos podócitos. Pela área, vai dizer que tipo de lesão que era. Esse microscópio é um microscópio diferente de imunofluorescência. Também na patologia renal, já com o material fixado, pode usar coloração pela prata, que também é possível ver que ele se cora pela prata também. Biópsia de próstata: Tudo que está em marrom é chamado de antígeno prostático específico, então costuma ser produzido na próstata. É uma técnica que cora amiloidose amyloid, amyloid é uma proteína que se deposita entre as células em estado de inflamação crônica ou estado de imunidade autoimune. Então o aneloyd deposita, afasta as células, destrói as células e atrofia o tecido. Então a amiloidose pode matar pessoas se for, por exemplo, no rim ou coração, vai comprimir as fibras cardíacas nos glomérulos renais, já na pele pode ter amiloidose e não trará tanto problema, pois é mais localizada na pele. Então é depois de uma proteína de origem imune entre as células de um tecido, comprimindo aquelas células. Giemsa para corar a bactéria gástrica , helicobacter pylori, são essas bactérias pequenas. Geralmente se encontram no antro piloro, deram esse nome por ter forma helicoidal. Prata metenamina , cora, identifica os fungos (em preto). Na imagem tem um fungo muito comum, paracoccidioides brasiliensis. Para ver também conjuntivo, também pode ser visto para imunocomplexo, mas é um fígado cirrótico, isolando os lóbulos hepáticos. Feito por Bruna Pitanga LESÃO E MORTE CELULAR ➔ Seja uma agressão de natureza física, química ou biológica. Ela sempre vai levar uma lesão celular inicialmente. ➔ No primeiro momento de uma lesão celular ela é reversível. Caso a lesão não tenha chegado ao ponto de lesar a membrana celular, ela tem condição de ter reversibilidade. (Degeneração Hidrópica): ❖ Primeira coisa que acontece quando há uma lesão celular. É um acúmulo de água e eletrólitosno citoplasma das células por alteração na bomba de íons na membrana celular. ❖ Caracteriza-se por inchaço da célula, que também é chamada em alguns locais, principalmente no fígado, de Degeneração Hidrópica ou Tumefação Celular . ❖ Na tumefação não conseguimos saber qual momento a lesão da célula se torna irreversível. Agressão tóxica (agentes químicos ou físicos: calor, frio, lesões de trauma), por exemplo, chega um momento que não é possível saber se tem lesão irreversível. ❖ Quando tem membrana citoplasmática integra, suponhamos que ela está com uma lesão ainda reversível, chamamos também de degeneração hidrópica, a célula degenera, mas não morre, não entra em necrose. (Degeneração Gordurosa, Metamorfose Gordurosa): ❖ Acúmulo de gorduras nos citoplasmas celulares, inicialmente pequenas gotículas de gorduras, depois vão se juntando, formam grandes vacúolos de gordura, empurram o núcleo para a periferia, e a partir de um determinado momento ela pode ser ou não irreversível. ❖ Algumas lesões de metamorfose gordurosa, de esteatose gordurosa, se não agredir a célula, ela pode se tornar exclusivamente metamorfose gordurosa e não encaminhar para a necrose. ❖ Ex.: situações de desnutrição crônica. Quando existe uma desnutrição crônica, existe uma mobilização da cultura que se acumula no citoplasma das células, então a célula fica com aspecto de metamorfose gordurosa, porém, não chega a necrose. ❖ Algumas situações de condições de metamorfose gordurosa encaminham para uma condição irreversível, se a pessoa não parar de agredir essa célula. Ex.: O alcoolismo, o etilismo, principalmente no fígado e no coração. Há um acúmulo de gordura, o hepatócito quase sempre não metaboliza aquela gordura, ela vai se acumulando e a tendência é romper a membrana celular, e a célula, então, contrai a necrose. Na 1° imagem apresenta o fígado normal com as trabéculas hepáticas, normalmente o hepatócito é uma célula poligonal, tem uma face voltada para o hepatócito, formando canalículo biliar entre as células. Tem um espaço entre o hepatócito e o capilar. Célula com núcleo central e o citoplasma eosinófilo, às vezes um pouco granular. Se a célula for agredida, ela se torna tumefeita (2ª imagem), aumentada com um acúmulo de água no citoplasma. Ainda não houve lesão da membrana celular, íntegra, há alteração na troca de íons. Feito por Bruna Pitanga Quando uma pessoa fica em estado etílico agudo ou que sofre uma infecção por vírus da hepatite, alguns vírus hepatotróficos, então tem uma lesão hepatocitária por acúmulo de água. Pode evoluir para uma destruição da membrana e essa célula se tornar uma lesão irreversível (que é a necrose) . ● Na imagem um aumento maior, que tem um hepatócito tumefeito (grande), cheio de áreas claras, com acúmulo de água e a cromatina, os elementos citoplasmáticos tendem a se colocar juntos na membrana celular. É um exemplo clássico de tumefação celular. O hepatócito se torna balonizado (forma de balão). O citoplasma se colocando na periferia. ● No caso da Alteração Hialina de Mallory é o acúmulo de elementos citoplasmáticos, principalmente as mitocôndrias próximo ao núcleo. Ocorre com bastante frequência em alcoólatras, tanto a degeneração hidrópica no primeiro momento da agressão, quanto um estado etílico agudo que provoca. ● Na segunda imagem um fígado de um alcoólatra, já passou pela fase da degeneração hidrópica e entrou com um acúmulo de gordura. É um fígado chamado de esteatose ou metamorfose gordurosa. Existe acúmulo de gordura, inicialmente em pequenos vacúolos que vão se acumulando no citoplasma celular, depois vão se juntando e forma os grandes vacúolos. No meio tem um espaço porta biliar, com elementos, com ducto biliar, ramo da veia porta e ramo da artéria hepática. Se o álcool continuar agindo, vai destruir a célula e provocar uma reação inflamatória pela destruição, e passa a se chamar então hepatite alcoólica . Necrose: ❖ Morte celular por agressão física, química ou biológica; ❖ Ruptura da membrana celular, por liberação dos componentes celulares, tanto nucleares quanto citoplasmáticos Apoptose : ❖ Morte celular programada, não tem a ruptura da membrana celular ❖ Existe uma redução do tamanho da célula, vai se contraindo e vai se formar nos chamados corpos apoptóticos . ❖ A morte celular programada tem um componente genético, existe um gene da apoptose que se for ativado e estimulado, causa esse tipo de morte, sem haver lesão no tecido ou agressão da célula, sem haver necrose. ● Ex.1:A célula normal, se houver uma agressão ela vai ficar tumefeita, vai formar os vacúolos saindo da membrana citoplasmática, vai se romper, e nessa ruptura vai haver uma digestão enzimática e extravasamento do conteúdo celular que caracteriza a necrose . ● A diferença em um exame histopatológico normal : quando o patologista vê uma necrose, quase sempre vê além da própria fragmentação da célula uma reação inflamatória. ● Ex2.: Já na apoptose, é diferente, vai haver uma morte induzida geneticamente ou qualquer motivo, a célula vai começar a se retrair, vai haver envolvimento no citoplasma da célula, em torno de elementos do citoplasma, e também de fragmentos nucleares, como se estivessem se envolvendo. Serão liberados formando os corpos apoptóticos . ● Numa apoptose não há uma reação inflamatória como na necrose, pois a membrana citoplasmática permanece íntegra, ela envolve os fragmentos de núcleo e também fragmentos de elementos citoplasmáticos. Pode então ter fagocitose dos corpos apoptóticos pelas próprias células do tecido, o fígado, por exemplo, quando a célula do fígado, o hepatócito entra em apoptose ela é Feito por Bruna Pitanga fagocitada pelos próprios hepatócito ou macrófagos, não provocando reação inflamatória, só a morte celular sem levar fragmentação da célula. Necrose de coagulação (isquêmica): Sempre é devido a uma redução do fluxo sanguíneo ou uma isquemia. Pode ter uma hipóxia (redução do oxigênio circulante) ou pode ter uma isquemia (redução e parada da circulação sanguínea), vai provocar necrose naquele território irrigado por aquele vaso, chama-se necrose isquêmica ou necrose de coagulação. É conhecida por necrose de coagulação, pois geralmente a isquemia, tem a isquemia crônica que pode haver a redução paulatino daquele afluxo sanguíneo, por exemplo, no caso de uma aterosclerose (deposição de gordura dentro da artéria, inicialmente pequenas placas de gordura, depois vai aumentando até fechar a luz da artéria). Então existe uma isquemia crônica que vai fechando aos poucos, que às vezes o tecido pode compensar aquela redução com o aparecimento de novos vasos. Então até chegar a necrose isquêmica vai demorar muito. Ou quase sempre pode ter uma necrose isquêmica aguda, que tem obstrução aguda da luz arterial. Se a placa de ateroma se rompe, provoca a presença de fibrina, de coágulos, então vai fechar a luz daquele vaso evai necrosar todo território irrigado por aquela artéria. A isquemia causada por obstrução de um vaso provoca necrose de coagulação dos tecidos em todos os órgãos, exceto no cérebro. Necrose Liquefativa : Quase sempre essa necrose é devido a inflamação, provocada quase sempre por bactérias, ou até mesmo fungos. Ela vai ter uma bactéria ou fungo que vai levar a necrose da célula, vai destruí-la, rompendo a membrana celular, vai levar então a liquefação daquele tecido, fica como se fosse um líquido. Ex.: Pus , é uma bactéria líquida piogênica, vai destruir as células, vai fragmentar a membrana celular, vai ter a presença de células inflamatórias, formando então o líquido purulento, o pus. Obs.: a necrose isquêmica no cérebro pode ser chamada de necrose liquefativa. O cérebro não tem fibra colágena, só tem fibra reticular. Então, no cérebro não se consegue fazer uma necrose de coagulação, ou seja, o tecido não permanece com o padrão normal do tecido, a tendência do cérebro é se liquefazer. Na necrose isquêmica cerebral assume um aspecto de necrose liquefativa por falta de fibra colágenas . Necrose Gangrenosa : Tipo de necrose isquêmica, tipo de necrose liquefação geralmente ocorre em membros inferiores ou na extremidade dos membros (dedos, pés, perna, braço) levando a morte das células. É um tipo de necrose isquêmica, pois toma essa forma de Gangrena, pois fica como se fosse uma necrose seca como tom enegrecido, como se o tecido estivesse lubrificando. Tem 2 tipos dessa gangrena: seca : só necrose, não tem infecção e úmida : infecção bacteriana associada. A gangrenosa é muito comum em indivíduos diabéticos ; o diabético é comum as vezes perder um dedo, depois outro dedo, ai vai amputando, daqui a pouco perde parte do pé ou o pé todo, porque vai havendo a redução do diâmetro das artérias. . Necrose Caseosa : Tem esse nome por ter aspecto de queijo, amolecido, branco. Essa necrose é típica da tuberculose . É também um tipo especial de necrose isquêmica, a tuberculose forma um tipo de reação inflamatória chamado granulomas, que leva então a necrose isquêmica o aparecimento dessa necrose. Necrose Gordurosa : Necrose também por agressão à célula. Ela é bem típica da necrose, tecido gorduroso, devido a ação de lipases pancreáticas, a pancreatite aguda. Então, necrosa as células pancreáticas, libera a lipase e a amilase (tipo de destruição), provocando então a necrose da gordura. Ela se distribui em torno do pâncreas, na gordura abdominal, retroperitoneal, e também na gordura peritoneal. Tem um aspecto clássico, chamado de aspecto em pingo de vela (uma necrose gordurosa originada do pâncreas). Pode acontecer na mama, às vezes a mama tem um trauma qualquer, libera-se também enzimas e tem a Feito por Bruna Pitanga necrose gordurosa da mama. Não é semelhante com a do pâncreas. Necrose Fibrinóide : É uma necrose que parece com fibrina. Ocorre na parede dos vasos arteriais, principalmente por depósito de imuno complexo (antígeno anticorpo que complementa), geralmente nas doenças autoimunes chamadas colagenoses . Exemplos : Corte de um rim, onde tem a cortical do rim, pirâmide renal e a medula renal. Se obstrui o ramo da artéria renal, toda aquela área do rim vai ficar isquêmica. Na necrose de coagulação , ela tem 2 aspectos morfológicos dependendo do tipo de irrigação do órgão. Nos órgãos de circulação terminal, por exemplo, o rim. Então sempre no primeiro momento, um aspecto avermelhado, depois que obstrui totalmente a luz do vaso, todo território irrigado pelo vaso vai ficar necrosado, tende a ficar branco. Chamado de infarto . Então a necrose isquêmica (como rim, baço) e órgão de circulação terminal ou de dupla circulação, é chamada de infarto. O infarto em órgão de circulação terminal, é chamado de infarto branco , depois de um certo tempo ele se torna branco, depois se torna cicatrizado . O infarto recente fica avermelhado , depois de um tempo branco. No coração é a mesma coisa, se observar o coração externamente, é possível ver um aumento do ventrículo esquerdo. No meio tem a artéria coronária descendente anterior esquerda, ela vai irrigar a porta do ventrículo esquerdo, a parede anterior do ventrículo esquerdo e a porção superior do septo interventricular. Houve uma obstrução com coágulo sanguíneo, tinha uma placa de ateroma, obstrui esse coágulo, o trombo, deixando nada passar. Todo o território da artéria coronária descendente anterior esquerda vai ser lesada e necrosada. No primeiro momento fica avermelhado. O infarto só se torna em alguns órgãos visíveis macroscópicamente depois de 6 a 8 horas , depois do infarto estar completamente instalado. Tem casos que o paciente morre com uma morte súbita, com aquela dor precordial aguda, às vezes nem dói, tenta reanimação do paciente, mas não consegue, vai a necrópsia e o patologista não vê nada no coração, chamada de necrópsia branca . Porém, depois de 2/3h o infarto começa a se instalar . O infarto do miocárdio, a necrose isquêmica do miocárdio, só se torna visível 6/8h depois . O coração é um órgão de circulação terminal. Um coração cortado, o septo, parede anterior do ventrículo esquerdo, parede posterior do ventrículo esquerdo e a parede lateral e o ventrículo direito. A coronária esquerda se divide no ramo circunflexo e no ramo da descendente anterior esquerda que irriga o cérebro, a parede anterior e a ponta do ventrículo. A parede posterior é pela outra artéria esquerda, a circunflexa. Se pegar um coração desse jeito, é possível que seja um infarto que já foi instalado, já é um infarto antigo, a parte avermelhada (infarto vermelho) já foi substituída pelo infarto branco já cicatrizado. Feito por Bruna Pitanga Podemos tirar várias conclusões desse corte, a artéria que foi obstruída foi a artéria descendente anterior esquerda. Não houve lesão do ventrículo direito. Lesão antiga do ventrículo esquerdo. E começou também uma segunda necrose. Conclusão : o paciente teve infarto inicial da descendente anterior esquerda que pegou grande parte do coração,mas sobreviveu. O ventrículo direito estava normal. Se observar a espessura da parede anterior do ventrículo esquerdo é quase a metade do que do outro lado. Então o coração para compensar a área perdida pela necrose, ele começou a aumentar o tamanho do ventrículo restante, fazendo uma hipertrofia. Se aumenta o tamanho da fibra, vai precisar ter um aporte sanguíneo maior para sustentar a fibra, para não ter a isquemia da fibra. Onde tem necrose branca o coração não contrai . Contraindo somente do outro lado. Tendo então arritmia do coração. No infarto branco substitui a morte celular por tecido conjuntivo que é a fibrose . Quando existe uma necrose do coração, uma miocárdica. Primeira coisa que acontece, existe uma tumefação, um inchaço na célula miocárdica. Segundo, vai haver ruptura da membrana celular, que vai levar a liberação ou digestãoenzimática desses componentes enzimáticos, liberação no meio extracelular, provocando então essa reação inflamatória. Dependendo do tipo, se tem uma reação inflamatória por presença de neutrófilos que caracteriza inflamação aguda. Então é um infarto recente ainda, não há cicatrização desse infarto. Ou seja, infarto avermelhado com reação inflamatória. Obs.: Toda necrose leva a uma reação inflamatória com ruptura da membrana celular e digestão enzimática . Fases do infarto do miocárdio. Tem a fibra miocárdica, inicialmente fica tumefeita, depois vai apagando as estriações transversais, os núcleos que são centrais na fibra miocárdica começa a desaparecer, a fibra se rompe, finalmente há uma reação inflamatória e também havendo ruptura dos capilares e vasos levando a formação da hemorragia. Uma fase recente do infarto do miocárdio, não houve ruptura plena, algumas estão rompendo com a presença de neutrófilos, mas a maior parte ainda está íntegra. O que costuma acontecer no infarto do miocárdio inicial, numa necrose inicial, é o desaparecimento das estriações transversais, desaparecimento do núcleo. Mantendo a membrana citoplasmática íntegra. Tumefação ou degeneração hidrópica. Corte de um pulmão com uma área de infarto, se observar quase sempre nos órgãos, o padrão do infarto é triangular, com ápice do infarto recorrendo onde houve obstrução. Por que esse pulmão, por infarto da necrose isquêmica é avermelhada? Pois no pulmão existem 2 circulações, então forma uma dupla circulação, o pulmão é irrigado pela artéria pulmonar e pelas artérias brônquicas, isso leva então a um padrão de Feito por Bruna Pitanga infarto pulmonar que é o infarto hemorrágico ou infarto vermelho. No caso do pulmão ele permanece avermelhado, não se torna branco, pois uma das circulações não foi afetada. Infarto pulmonar, sempre como padrão triangular, com a base voltada para a periferia para a pleura, e o ápice para onde houve obstrução. Tem uma área muito mais escura que é a área central do infarto e uma área menos escura que é a parte periférica ainda irrigada, então há uma dupla circulação do infarto pulmonar. Outro órgão que dá infarto com frequência é a placenta, é órgão de circulação terminal por conta do cordão umbilical, então na placenta, sempre no primeiro momento vê a área avermelhada (infarto recente) e depois fica branco. A microscopia do infarto placentária, às vezes o feto morre por insuficiência placentária, quase sempre por isquemia placentária. Então o infarto pode ser pequeno, mas pode ser extenso. Há algumas partes preservadas que ainda não foram obstruídas pelo segmento arterial. Uma situação extremamente grave, quase sempre fatal, é o infarto das supra-renais com necrose isquêmica. A necrose isquêmica da supra-renal se dá quase sempre por estados de septicemia, principalmente por estafilococos. Então tem trombo de bactéria, micro-tombos que leva a trombose que obstrui as artérias supra-renais, levando então a insuficiência supra-renal bilateral, levando a morte. Microscopia da necrose supra-renal, tem a camada cortical da supra-renal, onde tem os hormônios que são secretados, os hormônios esteróides. Tem camada glomerular que é a mais externa, depois a camada fasciculada intermediária e a camada reticular mais interna. Quase sempre começa pela mais externa que é a camada glomerular ou glomerulosa. Tudo está necrosado com hemorragia. É um quadro de abdome agudo cirúrgico, tem que operar se não o paciente vai a óbito. Por obstrução geralmente das artérias ou veias mesentéricas, obstrução vascular. Isso pode ser devido a uma torção do mesentério, por conta de uma hérnia que o intestino passa através de um buraco, ou uma briga/aderência entre as alças intestinais. Algumas áreas estão totalmente necrosadas, necrose isquêmica. Algumas áreas estão normais. Feito por Bruna Pitanga Infarto cerebral. A necrose cerebral pode ser por obstrução das artérias cerebrais, no cérebro principalmente pessoas com aterosclerose. Levando então a isquemia. Como não tem tecido conjuntivo, a área morta necrosada com necrose isquêmica, não se sustenta. No primeiro momento vai se tornando um pouco amolecida, a necrose cerebral também é conhecida como amolecimento cerebral. Quando amolecida, a área fica necrosada, vai se retraindo e vai se liquefazendo. Então, o infarto cerebral, a necrose isquêmica cerebral, também é conhecida como necrose liquefativa, pois como não tem sustentação, o tecido nervoso vai se fragmentar, vai se formando líquido formando até um cisto. Deu necrose isquêmica, inchou e comprimiu corpo caloso, empurrou o hemisfério direito contra o hemisfério esquerdo. É considerado também estado grave. Do lado esquerdo há tecido cerebral preservado (neurônios, fibrilas neuronais, micróglia) . No lado direito houve um infarto e acabou aqueles neurônios. Quando lesa uma célula que libera toda digestão enzimática da célula, tem então fagocitose, então as células cerebrais que são responsáveis pela fagocitose é chamada de micróglia. Então, há uma proliferação de micróglia fagocitando resto de tecidos cerebrais mortos, resto de gordura, de mielina do tecido cerebral necrosado. Um pulmão, pleura, alvéolos pulmonares, com um abscesso com área de necrose isquêmica, houve uma resposta inflamatória, necrose e uma liquefação. Então,o abscesso nada mais é que uma necrose isquêmica, provocada por bactérias com ajuntamento de neutrófilos, leucócitos, piócitos etc. É comum no pulmão, indivíduos alcoólatras que aspiram vômito. Necrose Gangrena seca : os 5 dedos necrosados, necrose isquêmica, o dedo está enegrecido, é problema vascular, pode ir avançando e pode precisar de amputação. São diabéticos avançados, com hipertensão arterial e obstrução das artérias, provocando lesões isquêmicas. Necrose Gangrena úmida : inicialmente é seca, está negra, mas depois começou as bactérias e foi preciso amputar no joelho. Podendo ser preciso amputar até a raiz da perna. Necrose Gangrena Gasosa : necrose isquêmica, com bactérias provocando bolhas, lembrando até queimadura. Gangrena nos dedos das mãos, o tecido está completamente necrosado, tem que amputar. Se não amputar pode haver superinfecção ou então ele pode cair. Feito por Bruna Pitanga Pode ser uma pessoa diabética ou uma pessoa que teve agressão física, por exemplo, a chamada geladura (da isquemia nas extremidades). Reação inflamatória da tuberculose, identificada pela célula. A necrose da tuberculose macroscopicamente é branca, parecendo um queijo. Chama-se necrose Caseosa com aspecto eosinófilo. Outra área de necrose caseosa. Uma necrose fibrinóide, uma artéria, um depósito de imunocomplexo, pacientes com doenças autoimunes desenvolvem isso, deposita na parede celular e vai formando trombo também. Outro exemplo de necrose fibrinóide, tem a luz da artéria e o depósito na parede daquele material fibrinóide. É o antígeno que o corpo complementa. Aspecto de pingo de vela, é umanecrose gordurosa. Tem umas áreas esbranquiçadas irregulares. Na imagem é um pâncreas. A pancreatite liberou a lipase, amilase e ficou com a necrose gordurosa. Quando acontece isso, todo o peritônio envolvido,às vezes o caso é tão grave que o indivíduo morre. Exemplo de apoptose, os mais comuns são os grânulos linfáticos na situação normal, dá um aspecto na microscopia de céu estrelado. As células ficam evoluindo e fagocitando os corpos apoptóticos, são células reticulares do folículo linfático. Houve apoptose, alguns corpos apoptóticos na imagem, então a célula veio e fagocitou, não tem reação inflamatória, só tem centroblasto. Feito por Bruna Pitanga DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO CELULAR Nesta aula vamos falar sobre os distúrbios de crescimento celular . Quando falamos de distúrbios do crescimento celular e adaptação esses são os tópicos que precisamos estudar: 1) Hiperplasia 2) Hipertrofia 3) Atrofia 4) Metaplasia São condições que vão estar presentes em várias situações do nosso dia-a-dia. Existem as formas da células estarem se adaptando, essa adaptação na maioria das vezes é reversível e é benéfica para que as células atentam para as novas necessidades do organismo; algumas vezes as células não tem condições de estarem se adaptando porque o estímulo persistiu ou porque é forte demais ou estímulo é extremamente agressivo e essa célula pode entrar numa situação que vamos chamar de disfunção celular . Essa disfunção pode ser reversível até certo ponto e essas alterações que acontecem nas células quando a gente não consegue mais reverter, algumas vezes esse dano celular pode levar a morte da célula ( irreversível ). Uma das formas da gente classificar as lesões celulares aos estímulos é em relação ao tamanho que essa célula vai estar adquirindo . Então as alterações progressivas que estão relacionadas ao aumento do tamanho do tecido, do órgão são a hiperplasia e hipertrofia . A alteração regressiva onde existe a diminuição do tamanho do tecido ou do órgão é atrofia . As alterações relacionadas a disfunção : degenerações (gordurosa, hidrópica, hialina), displasia e neoplasia ; e a metaplasia, que fica entre uma alteração progressiva e uma disfunção celular . Com esse desenho podemos fazer uma revisão do que falamos hoje. Fundamental para que a gente possa fazer a revisão desse tópico, entendendo e conseguindo resolver esse estudo. A resposta celular vai depender: ● do tipo de agressão, ● do tempo que essa agressão durou ● intensidade - de quão forte foi essa agressão ● do tipo de célula - tem células que se adaptam melhor a determinados estímulos enquanto outros não ● condição metabólica - condição fundamental do indivíduo A adaptação que acontece ou a forma de um indivíduo hígido, saudável, que tem por exemplo 20 anos é diferente da forma de reagir de um indivíduo que tem 80 anos e tem uma série de comorbidades. Feito por Bruna Pitanga Existem vários mecanismos moleculares para a adaptação celular. Algumas formas de adaptações são induzidas através da estimulação direta das células pelos fatores produzidos pelas próprias células afetadas ou por outras células no ambiente que as circunda (células que estão próximas contribuem para que o estímulo aconteça). Na superfície da célula existem receptores que vão ser responsáveis por esse tipo de acontecimento. Outros ocorrem devido a ativação de vários receptores na superfície celular e vias de sinalização. O primeiro estímulo adaptativo relacionado ao crescimento que vamos estar vendo é a hiperplasia . A hiperplasia acontece quando tenho aumento no número de células de um órgão ou tecido, esse aumento no número de células vai repercutir no aumento do volume desse órgão. Quais são os tecidos capazes de sofrer hiperplasia? aqueles tecidos onde a população celular é capaz de sintetizar DNA e de realizar mitose. Então na imagem podemos ver um tecido normal onde tenho 4 células; quando tenho a hiperplasia essas 4 células vão estar se dividindo e vou ter uma quantidade maior de células; essa quantidade maior de células vai fazer com que esse tecido/parte de tecido ou órgão aumentem de tamanho; então vou ter uma células dando origem a duas células, se dividindo através de mitoses e a população celular desse tecido que estou estudando vai estar aumentada. Ex.: aumento uterino por estimulação hormonal, A hiperplasia pode acontecer de maneira fisiológica ou patológica. ● Hiperplasia fisiológica O principal exemplo que temos relacionado a hiperplasia fisiológica é a hiperplasia hormonal ( aumento da capacidade funcional de um tecido/órgão quando necessário ) que acontece na gestante . Então na gestante o tamanho uterino aumenta porque algumas células são capazes de se dividir dando origem a outras células, assim como o tecido mamário, algumas células são capazes de se dividir e a gente encontra no útero e na mama um aumento do volume do órgão; é o principal exemplo da hiperplasia fisiológica relacionada ao estímulo hormonal. Ex.: proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e gravidez; hiperplasia do útero gravídico Existe também a hiperplasia compensatória ( ocorre aumento da massa tecidual após dano ou ressecção parcial ), por exemplo um paciente que fez nefrectomia, o rim remanescente, então esse paciente teve algum problema que levou à perda renal, que esse paciente vai ter, vai conseguir realizar a função de acordo com as necessidades do indivíduo. Isso pode fazer com que esse órgão aumente de tamanho para poder compensar a função do rim que foi perdido. Ex.: hepatectomia, nefrectomia unilateral com hiperplasia do rim remanescente. Esses são alguns exemplos bastantes simples relacionados a hiperplasia fisiológica. ● Hiperplasia patológica Quando falamos em hiperplasia patológica preciso ter um pouco de atenção, porque quando tenho um estímulo hormonal e na maioria das vezes é o que acontece nos casos patológicos, preciso ter atenção para tentar cessar esse estímulo, porque quando uma célula está se dividindo, está sofrendo mitose, preciso ter cuidado para que numa dessas divisões Feito por Bruna Pitanga dessa célula não comece a ter origem a uma células com atipias celulares e alí comece a ter uma proliferação neoplásica maligna; Esse é o grande problema, se está existindo divisão celular acentuada, estimulada, uma das possibilidades do surgimento do câncer, da neoplasia maligna, é através da formação/multiplicação celular com o surgimento de células novas. Atenção para que essa hiperplasia patológica não seja o fator inicial para uma proliferação maligna. Então esse paciente precisa ter um acompanhamento mais próximo. Nesta imagem conseguimos ver um útero toda a parte marcada de preto é a cavidade endometrial, o que chama a atenção nessa porção (linha vermelha) conseguimos ver uma parte elevada de tecido; essa parte elevada do tecido é uma área de hiperplasia endometrial. Esses casos na maioriadas vezes são condições benignas sem atipias, mas a persistência desse estímulo é um fator de risco para o desenvolvimento de malignidade. - A hiperplasia endometrial é um exemplo de hiperplasia hormonal anormal-desequilíbrio entre estrogênio e progesterona. - Causa comum de sangramento menstrual anormal. Um outro caso que é bastante comum vermos hiperplasia patológica são os homens em torno dos 50/60 anos que começam a ter o aumento prostático, que é aquele homem que tem infecção urinária, que tem dor suprapúbica, e quando vai questioná-lo, ele já sabe desse diagnóstico, tem hiperplasia prostática, a próstata aumentada de tamanho. A maioria das vezes é uma condição benigna, mas a gente precisa ter atenção para esse fator que está estimulando esse crescimento dessa porção desse órgão para que num determinado momento essa proliferação não se transforme numa proliferação maligna, uma proliferação cancerosa. - Hiperplasia prostática benigna, induzida por androgênios. - Infecções virais - papilomavírus. - A maioria das formas é causada pela estimulação excessiva das células alvo por hormônios ou por fatores de crescimento . - No geral, o processo permanece sob controle: a hiperplasia regride se o estímulo hormonal é eliminado. - No entanto, a hiperplasia patológica é um fator de risco para o desenvolvimento de proliferação cancerosa . obs.: O mioma não é uma hiperplasia, e sim uma neoplasia, é uma proliferação de novas células, é uma neoplasia benigna, forma mioma, uma tumoração formada por células musculares lisas, não é uma hiperplasia e nem uma hipertrofia, é uma neoplasia. Não existe nenhum estímulo para que aquela lesão se desenvolva. A neoplasia é um crescimento que é independente da estimulação hormonal. Quando a gente tem uma hipertrofia ( aumento no tamanho das células, resultando em aumento do tamanho do órgão ) tenho 4 células no momento inicial, quando tenho hipertrofia continuo tendo 4 células, mas essas células estão muito maiores, aumentara de tamanho, não tenho células novas, tenho células maiores. Se tenho a hipertrofia em que tenho células maiores, tenho nessa célula uma quantidade maior de componentes estruturais; se tenho uma célula menor, tenho uma quantidade menor de componentes estruturais; o órgão hipertrofiado não tem células novas, somente células maiores . Feito por Bruna Pitanga O aumento do tamanho das células é devido à síntese de mais componentes estruturais. As células que podem se dividir para responder ao estresse sofrem tanto hiperplasia quanto hipertrofia, enquanto as células que não se dividem sofrem apenas hipertrofia (ex.: fibras do miocárdio). O exemplo mais comum, mais fácil, mais simples para que a gente possa entender a hipertrofia e não esquecer mais, é o fisiculturista, o indivíduo que está na academia, eles não têm células novas; sabemos que se pararmos de fazer atividade física o estímulo pro músculo diminui, o tamanho do braço, por exemplo; quando você faz o estímulo você consegue aumentar o tamanho daquela célula, daquela fibra muscular e começa a ter a definição. É assim que acontece, você não está tendo novas células musculares, você tem as suas células de formação inicial e você consegue aumentar, aumenta a quantidade de componentes estruturais que você tem naquela célula. - O estímulo mais comum para a hipertrofia muscular é um aumento da carga. Ex.: músculos desenvolvidos dos fisiculturistas. A mesma coisa acontece no coração, o indivíduo hipertenso ou o indivíduo que tenha alguma insuficiência cardíaca quando você tem um estímulo resistente para o batimento do coração, para o batimento muscular e você precisa fazer uma força maior para que aquele coração consiga bombear a quantidade de sangue; você aumenta o tamanho e a espessura dessas células musculares e acaba tendo uma musculatura cardíaca hipertrofiada. Isso vai fazer com que a cavidade fique com o espaço reduzido; Então algumas vezes a gente encontra condições de hipertrofia que são consideradas patológicas. Aqui tenho uma condição, o indivíduo que tem uma hipertensão crônica mal controlada, tem um fator de risco para hipertrofia ventricular que pode vir associada a algum grau de disfunção cardíaca. - No coração, o estímulo para a hipertrofia é geralmente uma sobrecarga hemodinâmica crônica causada pela hipertensão arterial. A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica. ● Como a gente vê na lâmina uma alteração do tipo hipertrofia? Aqui a gente tem uma lâmina, um corte de um miocárdio normal, as células miocardiócitos são organizadas longitudinalmente, ficam homogeneamente entre si; a gente consegue ver que existe uma harmonia na organização desses feixes celulares. Uma lâmina de um tecido hipertrofiado é caracterizada principalmente pela desorganização. Então a desorganização de um padrão arquitetural de um tecido é característica dessas células que estão hipertrofiadas porque elas vão crescendo de maneira irregular. Juntamente a gente faz algumas áreas de edemas (áreas claras) e você consegue ver macroscopicamente um tecido aumentado de tamanho. Na gestante, no útero e no tecido mamário, além da gente encontrar um aumento do número de células, tanto do útero quanto da mama, a gente também tem o aumento do tamanho das células, é um exemplo de uma condição onde encontro hipertrofia e hiperplasia simultaneamente. Feito por Bruna Pitanga - Aumento fisiológico do útero na gravidez: hipertrofia e hiperplasia. - Hipertrofia dos seios durante a amamentação: induzidos pela prolactina e estrogênio. Qual o principal estímulo para que isso ocorra? estímulo hormonal. Na maioria das vezes vai existir um estímulo hormonal que vai estar levando a essas condições onde encontro hiperplasia e hipertrofia. Agora uma alteração regressiva, de diminuição do tamanho da célula. Quando tenho uma célula hipertrofiada tenho uma célula com aumento de componentes estruturais. Quando tenho uma célula atrofiada tenho uma célula que tem menos componentes estruturais. A atrofia pode ser relacionada à diminuição (redução) do número de células ou do tamanho de células devido a perda de substâncias celular (componentes estruturais das células) . Uma atenção que precisamos ter em relação a atrofia , algumas vezes essa célula pode receber tanto estímulo para seu pouco desenvolvimento, sua pouca função que ela pode levar a morte celular . - Representa uma forma de resposta de adaptação e pode culminar em morte celular . A atrofia pode ser fisiológica ou patológica. Atrofia fisiológica : é comum nas fases iniciais do desenvolvimento: notocorda e ducto tireoglosso (que acontece após o nascimento; a redução de algumas estruturas; Você pode ter a atrofia com a diminuição do tamanho da célula e algumas vezes temos a redução da quantidade de células, porque essas células vão atrofiando e algumas vezes podem chegar a serem fonte de fagocitose e a gente ter atrofia com células quevão sofrer apoptose), diminuição do útero após o parto (então células que ficaram grandes, hipertrofiadas, vão diminuindo de tamanho até chegarem ao tamanho normal; algumas células que se multiplicaram, células novas, podem desaparecer, num primeiro momento atrofiar e depois podemos encontrar apoptose em algumas dessas células), são exemplos de atrofias. obs.: na adolescência quando o peito está crescendo é a hipertrofia que ocorre ou não? É o desenvolvimento hormonal normal. Essas células, na verdade, não estão hipertrofiando, essas células já estão preparadas para quando chegar o momento de estimulação hormonal, elas vão se desenvolver, isso é fisiológico. Na gravides isso vai acontecer também, mas a mulher não tem os picos hormonais para o desenvolvimento dessas células. Tanto que quando a gente vê a mama de uma mulher adulta e a mama de uma criança conseguimos identificar a diferença celulares, assim como conseguimos ver na mulher que está gestante. obs.: O crescimento da maman na adolescência seria a hiperplasia? Não, hiperplasia é um aumento patológico; o desenvolvimento do seio é um desenvolvimento que faz parte da fisiologia. Você estímulos hormonais, vai aumentar a quantidade de tecido glandular na mama e vai fazer o primeiro estímulo para que algumas células cresçam e formem os ductos, estimulem os canais lactíferos e essas células que estavam em um tamanho menor, elas vão crescendo. Você não vai ter células hipertrofiadas no desenvolvimento da adolescência, elas vão chegar a um tamanho normal. obs.: Na adolescência, não seria uma hiperplasia hormonal fisiológica? Que aí aumenta a capacidade funcional do tecido? Nunca a professora ouviu falar desse termo, hiperplasia hormonal fisiológica, pode até ser, mas nunca ouviu falar. Porque quando acaba o estímulo elas vão ficar hiperplasiadas. Então os hormônios da adolescência são estímulos para o crescimento, mas não sei se podemos utilizar esse termo “hiperplasia fisiológica da adolescência'', porque quando acaba a adolescência a mama não regride, vai cessar o estímulo e depois a mama fica estável. obs.: Na gestante temos as duas coisas, temos o aumento do número de células e temos o aumento do tamanho de células e ainda se cria células novas. ● Atrofia simples - devido a redução no volume celular sem alteração no número de células Feito por Bruna Pitanga Quando a gente tem um indivíduo que está acamado ou o indivíduo que sofreu acidente automobilístico ou o indivíduo que tem uma doença debilitante, esse indivíduo que fica sem movimentar um membro, isso conseguimos ver em indivíduos mais idosos com comorbidades limitantes para o movimento, essa perda do tecido muscular é bastante considerável e podemos ver a atrofia dos membros. Esse tipo de atrofia é chamada de atrofia simples , quando você tem uma diminuição do tamanho das células . Ex.: atrofia de fibras musculares esqueléticas na desnervação. ● Atrofia numérica - devido a redução no número das células Existe uma condição chamada de atrofia numérica , onde a gente tem a diminuição do número de células , não só o tamanho. Existe uma condição que é a hanseníase que leva a destruição de algumas células, o desaparecimento de algumas células germinativas, esses túbulos vão se hialinizando. É só mais um exemplo de condição onde tenho a atrofia numérica e a possibilidade de ter a atrofia relacionada a diminuição do volume da célula ou diminuição da quantidade de células. Ex.: atrofia dos túbulos seminíferos na hanseníase A atrofia patológica pode ser localizada ou generalizada. 1) diminuição da carga (atrofia por desuso) : membro fraturado, imobilizado, repouso absoluto Essa atrofia simples relacionada, principalmente, ao desuso e é visto em doenças que fazem com que o indivíduo fique acamado, fique em repouso absoluto ou que esteja em uma situação pós-trauma é chamada por atrofia de desuso. Uma das coisas que a gente tenta fazer é estimular essa movimentação, é colocar esse indivíduo mais precocemente, se possível para deambular ou para fazer fisioterapia para que embora essas células musculares estejam atrofiadas, estão menores, elas estão vivas; então assim, que conseguirmos estabelecer os movimentos desse indivíduo a gente consegue recuperar esse aspecto da atrofia. 2) perda da inervação (por atrofia por desnervação) : lesão de plexo Exemplos que temos também: o movimento muscular é totalmente relacionado a um estímulo nervoso; toda vez que existe alguma lesão no plexo nervoso, você fica sem estímulo para o movimento daquele grupamento celular. Um exemplo é que algumas vezes essas fatalidades de partos vaginais que são tumultuosos ou trabalhosos e nessa situação/nessa dificuldade de passar o ombro do bebê, algumas vezes acaba lesionando. Ao longo da vida devemos encontrar alguém que tenha sido vítima dessa condição com lesão de plexo e acaba ficando com o membro atrofiado por conta de uma deficiência de estimulação nervosa. 3) diminuição do suprimento sanguíneo : doença arterial oclusiva levando a atrofia (isquemia ⇨ perda progressiva das células); atrofia cerebral progressiva com a idade (possivelmente aterosclerose diminuindo suprimento sanguíneo). Quando a gente não consegue fornecer uma quantidade suficiente de sangue, de oxigênio e nutrientes para um tecido a gente vai levando a áreas de atrofia. Aqui temos um cérebro mais edemaciado e um cérebro atrofiado, esse cérebro atrofiado chama muita atenção, como esses sulcos são proeminentes e existe uma diminuição do tamanho cerebral. A atrofia cerebral vai sendo vista com o envelhecimento, é normal termos áreas de atrofia pelo nosso corpo por conta do envelhecimento; o problema é visto em condições sistêmicas que levam a essa atrofia Feito por Bruna Pitanga precoce quando a gente não consegue fornecer sangue e demais nutrientes para essa porção. A gente também vê atrofia por diminuição do suprimento sanguíneo, principalmente em pacientes com doença vascular periférica, diabéticos; nesses pacientes alguma área de oclusão vascular pode levar o prejuízo da irrigação do membro inferior que vemos essas áreas mais escuras, que são áreas de isquemia já tendendo há áreas de necrose. Um grande problema a gente primeiro atrofia e depois existe um risco considerável para morte celular. 4) nutrição inadequada : desnutrição proteico-calórica ⇨ consumo de tecido adiposo ⇨ consumo de tecido muscular ⇨ caquexia As células precisam de nutrientes para que se desenvolva, para que fiquem executando as suas funções adequadas; um paciente caquético, com uma desnutrição proteico-calórica começa a consumir tecido adiposo depois tecido muscular e o que a gente vê é esse tecido ósseo revestido por pequena quantidade de um subcutâneo e pele. É vista em pacientes com doenças avançadas, com câncer avançado ou com outras comorbidades. Então se você não fornece alimentos, se não fornece substânciasadequadas para o desenvolvimento celular, a gente vai atrofiando as células. Porque a gente consegue recuperar o tecido adiposo, o tecido muscular desse paciente se ele for tratado, se for uma condição possível e a gente consegue recuperar o subcutâneo, o tecido muscular? Porque embora essas células estejam menores e atrofiadas, elas estão vivas, não são células mortas; então, existindo o estímulo e existindo a nutrição a gente consegue recuperar esse indivíduo. 5) perda da estimulação endócrina : a perda da estimulação estrogênica após a menopausa resulta em atrofia fisiológica do endométrio, epitélio vaginal e seios Aqui mais um exemplo de atrofia só que aqui relacionado a estimulação endócrina. Temos um útero de tamanho normal e um útero de tamanho atrófico é visto com o envelhecimento e algumas condições patológicas podem levar a isso também, os ovários ficam mais fibrosados e temos um corpo uterino bem diminuído de tamanho. Uma das características que identificamos na microscopia é a presença dessas dilatações glandulares e assim a gente observa um endométrio atrófico. Esse tipo de alteração endometrial vemos em mulheres com mais idade onde a gente tem uma atrofia endometrial. Acontece de maneira mais precoce quando existe uma patologia nessa mulher. 6) envelhecimento (atrofia senil) : por perda celular, pp / / no cérebro e coração Acontece atrofia também testicular, atrofia do tecido mamário, atrofia das papilas gustativas e aqui está relacionado a senilidade. Porque que o indivíduo quando fica com mais idade ele tem necessidade de colocar mais sal ou mais açúcar no alimento? Porque esse indivíduo ele já tem uma atrofia das papilas gustativas e não sente tanto o sabor quanto um indivíduo mais jovem. Feito por Bruna Pitanga Então essas atrofias relacionadas ao envelhecimento é que vão levando as limitações que a gente vai identificando em indivíduos mais velhos. Desgaste do tecido ósseo, a pele existem áreas de atrofia, de perda de colágeno, atrofia relacionada aos ossos da mandíbula que facilita esses indivíduos de perderem os dentes. 7) pressão : provavelmente por isquemia. Ex.: tumor benigno em crescimento comprimindo tecidos vizinhos. Temos aqui uma imagem interessante de um crânio, em mais claro conseguimos ver a calota do tecido ósseo que está envolvendo. O que chama a atenção nessa imagem é que tem uma lesão, por mais que a gente não saiba identificar se é uma lesão maligna ou benigna ou inflamatória, o que chama a atenção é que temos uma calota óssea que impede grandes distensões nesse tecido. Quando a gente encontra uma lesão dessa, essa lesão para crescer precisa comprimir as células que estão em volta, ela compete o espaço com tudo que está ao redor, se ela vai crescendo ela vai empurrando, espremendo o tecido que está em volta. Esse tecido que está em volta que não tem para onde se movimentar, ele acaba recebendo essa pressão e provavelmente por isquemia essas células acabam atrofiando, uma das possibilidade é você acabar levando a morte dessas células dependendo do tamanho da velocidade, do crescimento dessa lesão tumoral. Alguns conceitos que são importantes: ● Hipotrofia : sinônimo de atrofia ● Aplasia ou agenesia : ausência congênita de um órgão ● Hipoplasia : incapacidade de um órgão ou estrutura de atingir o volume adulto normal É um conceito muito importante. A metaplasia acontece todas as vezes que uma célula adulta , essa célula pode ser epitelial ou mesenquimal, é substituída por outra célula adulta . A metaplasia é uma alteração reversível . É uma alteração onde a troca do tipo celular acontece para que essa porção onde vi essa alteração celular se torne mais resistente, existe alguma condição naquele meio, onde aquele tipo celular não está totalmente preparado para enfrentar. Então a metaplasia acontece por essa substituição do tipo celular para que uma célula mais resistente passe a existir ali naquele ambiente adverso . Pegamos essa descrição em laudos como: metaplasia escamosa ou epidermóide; metaplasia apócrina, óssea, endócrina, podemos pegar dessa maneira as descrições microscópicas dos tipos de metaplasia. Os exemplos que são mais comuns de metaplasia: um deles é o trato respiratório dos indivíduos tabagistas. Então temos revestindo o aparelho respiratório temos: um epitélio colunar ciliado, pseudoestratificado cilíndrico ciliado, esse epitélio não é o epitélio mais preparado para agressão das substâncias tóxicas do cigarro e da temperatura do cigarro. Os indivíduos tabagistas de longa data encontramos áreas onde esse epitélio vai sendo substituído por um epitélio escamoso. O epitélio escamoso que vamos encontrando nessas áreas onde tenho a metaplasia, essa alteração epitelial, é um fator de risco para desenvolvimento de carcinoma escamoso do pulmão desses indivíduos. A metaplasia é uma alteração reversível, é uma alteração adaptativa. Se o estímulo/ambiente adverso não forem modificados a metaplasia pode progredir para uma displasia ou neoplasia, são condições em que tenho um potencial para transformação maligna. Essa é uma condição importante onde tenho o exemplo de metaplasia que é uma alteração celular reversível e é considerado uma alteração celular adaptativa. Feito por Bruna Pitanga ★ Epitélio colunar para o escamoso que ocorre no trato respiratório (traquéia e brônquios) em resposta à irritação crônica-tabagismo. A gente também encontra metaplasia no colo uterino, podemos encontrar descrições dessa metaplasia em laudos de preventivos que é um exame comum que passa por todo mundo. Essa metaplasia que vemos no colo uterino podem estar relacionadas principalmente a processos inflamatórios, a uso de anticoncepcional que podem levar áreas de ectrópio que é modificação do epitélio endocervical para um pouco para fora do colo uterino, então pode favorecer ao favorecimento de metaplasia. ★ Epitélio colunar em epitélio escamosos por cálculos nos ductos excretores das glândulas salivares, pâncreas ou ductos biliares. Colo uterino - JEC ★ O epitélio escamoso estratificado, mais resistente, é capaz de sobreviver em circunstâncias nas quais o epitélio colunar especializado, mais frágil, teria sido destruído. A segunda condição, além do tabagismo, uma outra condição relacionada à metaplasia que é uma condição bastante frequente é o paciente que apresenta refluxo do gastroesofagiano. A gente sabe que o alimento vai sendo impulsionado pelo peristaltismo de maneira sempre progressiva para baixo; a gente sabe que quando o alimento chega no estômago vai ser adicionado de substâncias, principalmente o ácido clorídrico, que vão fazer com que esse alimento fique mais ácido. Uma outra coisa é que o epitélio que temos no esófago é um epitélio diferente do que a gente tem no estômago. Qual é o epitélio que temos no esôfago? é o epitélio escamoso; e no estômago assim como no intestino a gente tem um epitélio colunar/cilíndrico.
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