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Apostila de Patologia e Anatomia Patologica - parte 1

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Feito por Bruna Pitanga 
 Apostila de Patologia e 
 Anatomia Patológica 
 parte 1 
 Feito por Bruna Pitanga 
 MÉTODOS DIAGNÓSTICOS EM PATOLOGIA 
 Patologia (na prática médica): estudo das doenças, 
 alterações morfológicas. Estudo das alterações 
 estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, 
 tecidos e órgãos, visando explicar os mecanismos 
 através dos quais surgem os sinais e sintomas das 
 doenças. 
 O médico patologista é reconhecido como 
 especialidade médica pelo Conselho Federal de 
 Medicina, pelos Conselhos Regionais de Medicina. 
 Eles se reúnem quase sempre em associações para 
 dividir casos e trocar experiências. O médico 
 chamado anatomopatologista ou patologista dentro 
 de hospital, da medicina hospitalar, o patologista é o 
 médico que estuda as doenças, faz o diagnóstico 
 morfológico das peças, dá o laudo e faz o diagnóstico. 
 Patologista Clínico : O médico que trabalha com 
 laboratório clínico, também é uma especialidade 
 médica que cuida do laboratório clínico fazendo 
 diagnóstico nas mais diferentes áreas. Por exemplo, 
 hematologia, bioquímica, microbiologia. 
 Especialidade médica que tem por atribuição 
 identificar e quantificar a presença de substâncias e 
 de elementos anormais no sangue, urina, fezes e em 
 outros líquidos biológicos. Ex.: é onde mandamos os 
 exames de fezes e urina. 
 Dentro da patologia também tem o 
 dermatopatologista, neuropatologista, 
 nefropatologista, etc. Ou seja, são patologistas mais 
 especializados, só cuidam de determinados órgãos e 
 patologias. 
 Anatomia Patológica : Especialidade médica que tem 
 por atribuição analisar as alterações causadas pelas 
 mais variadas doenças nas células e nos tecidos. Está 
 relacionada com alterações microscópicas que 
 podem ocorrer nas células, e seu reflexo 
 macroscópico no organismo. 
 Material a ser examinado : a finalidade é prestar um 
 diagnóstico morfológico anatomopatológico para 
 pesquisa de morbidade e mortalidade. Então, é um 
 país que tem os seus diagnósticos das doenças 
 médicas corretamente feitas, é um país privilegiado, 
 pois consegue nesse diagnóstico correto instituir 
 políticas de saúde. No Brasil, infelizmente não é 
 possível fazer a contento. 
 1. Necropsia - Para fazer uma necrópsia de um 
 cadáver, precisa ter técnicas e fazer um diagnóstico 
 da mortalidade da causa da morte. Então, a 
 finalidade da necropsia é determinar com segurança 
 e objetividade a causa da morte daquela pessoa . 
 Muitas vezes dar uma declaração de óbito sem ter 
 uma técnica apurada, sem ter uma necropsia e 
 diagnóstico prévio, são as chamadas mortes de 
 causas indeterminadas . Isso não representa nada 
 em termos de estatísticas de mortalidade e 
 morbidade de doença. 
 Geralmente as necropsias são feitas em institutos 
 médicos legais ou então em hospitais. 
 2. Peça cirúrgica 
 Outro material a ser examinado é a peça cirúrgica, 
 geralmente examina o material retirado durante a 
 cirurgia, pode ser uma grande peça cirúrgica como o 
 intestino, por exemplo. Ou uma pequena peça 
 cirúrgica como a apêndice, por exemplo. Pode ter 
 uma peça cirúrgica simples (ex.: apêndice) ou 
 complexa (útero com seus anexos). 
 3. Biópsias 
 As biópsias têm 2 tipos , que são as biópsias para 
 efeito puramente de diagnóstico, que são as: 
 ● Incisional : Faz uma incisão daquela lesão 
 grande, retira um pedaço do material para 
 fazer o diagnóstico, não é uma biópsia 
 curativa. 
 ● Excisional : Faz uma excisão daquela lesão, 
 geralmente além de ser uma peça pequena, 
 tem a finalidade de retirar toda aquela lesão. 
 Isso é comum por exemplo em lesões 
 tumorais de pele, alguns tumores de pele são 
 retirados completamente durante uma 
 cirurgia, com a margem de segurança. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 4. Esfregaços 
 Os esfregaços quase sempre são para estudos do 
 material citológico, as citologias. O patologista 
 também tem uma subespecialidade chamada 
 citopatologia onde examina pelas células . Os 
 esfregaços quase sempre pode ser: 
 ● Esfregaço de superfície : utilização de escova 
 ou espátula 
 ● Esfregaços dessas biópsias , por exemplo, 
 algumas biópsias chamadas biópsias por 
 agulha, vamos supor caso de lesão de 
 tireóide, nódulo tireoidiano. Às vezes a 
 tireóide aparece com nódulo, então com uma 
 agulha faz uma biópsia, aspira o material 
 daquele nódulo, vai em uma lâmina e faz um 
 esfregaço na lâmina. Esse esfregaço então 
 irá coletar células, então vai examinar a 
 célula e não o tecido. 
 ● As lesões por agulha (é um método de 
 biópsia) e esfregaços são muito comuns 
 também nas lesões mamárias, prevenção de 
 câncer ginecológico, líquidos orgânicos. 
 5. Líquidos Orgânicos 
 Exame do cadáver , tem a finalidade de fazer 
 diagnóstico da causa da morte . 
 ● Necropsia Clínica : Feita para fazer um 
 diagnóstico de doença, da morbidade daquele 
 cadáver. Quase sempre são necropsias hospitalares . 
 Ex.: O paciente estava internado, ficou bastante 
 tempo no hospital, não se sabe a causa da morte, 
 então o médico assistente pede uma necropsia 
 clínica ao patologista, que faz um pedido e é 
 encaminhado então o cadáver para a necropsia 
 clínica. 
 Para fazer a necropsia clínica precisa da autorização 
 expressa da família ou do responsável por aquele 
 cadáver (para assinar o documento precisa de 
 alguém da família ou responsável e precisa ter 2 
 testemunhas), caso contrário é uma violação de 
 cadáver. A família autorizando faz a necropsia, e 
 reconstitui o cadáver. Porém, a família tem que 
 entender que pode retirar fragmentos dos órgãos 
 para estudar, pode dar um diagnóstico na necropsia 
 em si abrindo o cadáver. Caso não consiga fazer o 
 diagnóstico, o exame macroscópico na hora, pode 
 retirar fragmentos para fazer o exame microscópico. 
 Obs.: Nas técnicas de necropsia classicamente tem 
 que abrir as cavidades craniana, torácica e 
 abdominal . Então na necropsia clássica vai examinar 
 o crânio e o interior dele, o tecido nervoso central, 
 tentar fazer um diagnóstico, observar as relações 
 anatômicas para ver se estão alteradas ou não. 
 Mesma coisa na cavidade torácica e abdominal. 
 Na necropsia clássica pode tirar as vísceras , fazer 
 evisceração para ver também a relação anatômica 
 na anatomia topográfica daquelas vísceras, e pode 
 retirar também fragmentos daquele material para 
 examinar. 
 Obs.: No caso do Covid que é uma doença 
 infecto-contagiosa de alto grau, evita-se fazer a 
 necropsia completa expondo as cavidades craniana, 
 torácica e abdominal, ou então se abre o cadáver, 
 tem que se parlamentar todo e retirar pequenos 
 fragmentos independente de fazer os exames. 
 Outra técnica também usada em necropsia clínica é 
 fazer uma punção com agulha, por exemplo, há uma 
 suspeita de pneumonia, então vai puncionar com 
 agulha o pulmão para saber se tem ou não. às vezes 
 nem abre o tórax, já vai fazendo uma necropsia 
 quase que dirigida no órgão alvo, é uma necropsia 
 minimamente invasiva . 
 ● Necropsia Médico-Legal (Judiciária) : É uma 
 necropsia obrigatória, pois pressupõe violência , 
 como um acidente, um suicídio, homicídio. 
 Geralmente é requerida pelo delegado, pela 
 delegacia de polícia.A violência é registrada na 
 delegacia, quem estiver de plantão faz o registro 
 policial e dentro do registro encaminha para o 
 instituto médico legal. O cadáver é acompanhado 
 por uma guia policial. Então quando faz isso, o 
 legista tem que fazer a necropsia obrigatório, não 
 pode deixar de fazer. 
 Existem 2 códigos processuais que o registro está 
 envolvido, principalmente o chamado de código de 
 processo penal, institui as normas e normatiza 
 Feito por Bruna Pitanga 
 todos os fatos processuais dentro de características 
 violentas de crime, a parte criminal. Então, o legista 
 dentro desse código vai fazer a necropsia. É 
 obrigatório/indispensável esse exame para 
 composição do processo judicial; o legista então faz 
 um relatório para anexar naquele processo 
 judiciário para seguir rumo que tem que seguir. É 
 obrigatório por ser de domínio e interesse do Estado 
 (independe da autorização). 
 ● Se um cadáver no médico legal chega com 
 traumatismo craniano e uma fratura craniana com 
 exposição do cérebro e vê que foi causado por um 
 trauma craniano, às vezes nem é necessário 
 examinar a cavidade torácica e abdominal. Já faz a 
 necropsia direto. 
 ● Na verdade, o que interessa na necropsia 
 médica-legal é a causa jurídica da morte , se foi uma 
 causa de morte por homicídio, suicídio, acidente. 
 ● Isolamento do local do acidente, 
 comunicação com a delegacia, a delegacia comunica 
 ao perito criminal que vai ao local para fazer perícia 
 do local, depois a delegacia comunica o médico-legal 
 que vai chegar um corpo, e o bombeiro remove o 
 corpo, pois já está liberado. 
 ● Exame de congelação per-operatório : 
 Examina uma peça cirúrgica durante a cirurgia , e ali 
 vai definir para o cirurgião se a lesão que ele está 
 tirando é um câncer, caso for tem que dizer se está 
 com uma margem adequada. Esse exame é feito 
 praticamente em alguns tipos de patologia mais 
 comuns, por exemplo, patologia da mama, tumores 
 de mama. O patologista entra direto junto com o 
 mastologista e cirurgião da mama para fazer um 
 diagnóstico daquela lesão, e vê se tirou totalmente, 
 se ficou alguma coisa. O exame é feito na hora, já 
 dando o resultado para o cirurgião. 
 Se estiver tudo bem, com as margens boas, ele vai 
 fechar a área da mama. Se tiver ainda alguma coisa, 
 pois a margem que retirou está comprometida, o 
 cirurgião precisará ampliar essa margem. Esse 
 exame serve mais para isso, acompanhar o paciente 
 durante a cirurgia, para evitar uma segunda 
 cirurgia.Pode acontecer de ficar alguma coisa e 
 precisar fazer outra cirurgia. 
 ● Exame de parafina (exame posterior): Exame 
 clássico através do processamento daquele material 
 que vai desidratar em álcool, passar pelo xilol, 
 depois incluir parafina em bloco de parafina, cortar 
 o micrótomo, corar, montar e depois o patologista 
 irá ver essa peça. O exame de parafina serve tanto 
 para peça cirúrgica quanto para biópsia também. É 
 um exame mais demorado. 
 ● Análise do material (Macroscopia e 
 microscopia) : Toda vez que entra material no 
 Laboratório de Patologia, seja oriundo do centro 
 cirúrgico, no caso uma peça cirúrgica; seja oriundo 
 de um laboratório, no caso uma biópsia, uma biópsia 
 dermatológica, por exemplo; seja oriundo de um 
 consultório, sempre terá esse processo de fazer 
 exame macroscópico e exame microscópico. 
 O corte do exame de parafina é feito 
 por esse aparelho. 
 ● É um micrótomo rotativo ,a 
 manivela roda para a direita, cada 
 rotação é um ciclo que vai acontecendo, vai cortando 
 o material bem fininho, faz uma fita, essa fita então é 
 colocada em lâmina e depois é trabalhada e faz a 
 coloração. 
 Bloquinho de parafina com o 
 material que já foi todo processado, 
 já passou pelo álcool, pelo xilol, já fez 
 a inclusão no bloco de parafina, 
 coloca a navalha no aparelho, dá 
 uma rodada na manivela, e esse 
 bloco vai e volta, formando a fita com uma espessura 
 bem fina. 
 Já nessa imagem a técnica está 
 tirando a fita, com os fragmentos de 
 tecidos que ela cortou, bem fininho. 
 A manivela na mão esquerda dela é 
 para adiantar e acertar o material. A 
 manivela da mão direita é para fazer 
 o ciclo para cortar. 
 Depois que corta coloca o 
 material em uma lâmina, 
 inicialmente quando sai do 
 micrótomo ele não está curado, 
 na imagem já está curado possibilitando examinar. É 
 uma coloração hematoxilina-eosina. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 É um micrótomo de congelação , ele é 
 diferente por conta do cabo com uma 
 borracha reforçada que conduz gás 
 carbônico, ele entra e nessa platina 
 consequentemente congela esse 
 material. É um exame de congelação 
 per-operatório . Depois corta, cora e dá o resultado. É 
 uma situação mais grosseira, é só com f inalidade de 
 dar o diagnóstico naquele momento (nem sempre o 
 patologista consegue dar o diagnóstico na hora). 
 É um micrótomo de congelação, 
 porém mais elaborado, ele não 
 trabalha com gás carbônico, ele 
 trabalha com eletricidade é o chamado 
 criostato ,é ligado a uma corrente 
 elétrica e ela congela como se fosse um 
 congelador, e congela esse material em cima da 
 platina, cortando então com tranquilidade nesse 
 outro micrótomo. 
 Microscópio, dão o diagnóstico em 
 cima desse aparelho. 
 Examinar com mais segurança a 
 patologia celular. 
 Microscópio eletrônico não é usado na 
 prática médica diária, quase sempre é 
 usado em pesquisas, não tem uso prático na medicina. 
 ● Cirurgia Incisional : Faz incisão da lesão com 
 finalidade do diagnóstico; 
 ● Cirurgia Excisional : Faz a excisão da lesão em 
 que faz o diagnóstico e verifica as margens, se ela foi 
 ou não completamente retirada; 
 ● Por agulha fina (PAAF) : Punção aspirativa por 
 agulha fina, muito utilizadas principalmente em 
 patologias tireoidianas; A agulha grossa é mais 
 utilizada que a fina. 
 A punção por agulha fina é feita principalmente em 
 lesões císticas que apresentam líquido, punciona, 
 retira o líquido, faz a centrifugação e o esfregaço. 
 ● Por agulha grossa (PAAG - Core Biopsy) : 
 Punção aspirativa por agulha grossa, muito usado em 
 lesões tumorais suspeitas, especialmente na mama. 
 Obtém um material mais adequado. Usada mais em 
 lesões sólidas, não tem cisto. 
 ● A primeira, segunda e quarta trabalham com 
 inclusão do bloco da parafina,a terceira por trabalhar 
 com líquido cístico, quase sempre trabalha através de 
 esfregaços, centrifuga e obtém então o esfregaço 
 daquele material. 
 ● Superfície (utilização de escova ou espátula) : 
 Esfrega na superfície e utiliza escova ou espátula. EX.: 
 Preventivo de câncer ginecológico, aparelho 
 endoscópico pode esfregar o estômago, esôfago, 
 quanto dos brônquios; 
 ● Lesões Profundas (utilização de agulha) : 
 Quase sempre utiliza-se agulha. EX.: Biópsia de mama 
 é feita com uma agulha mais grossa; 
 ● “Imprint” : Técnica de esfregaço muito 
 utilizado em exame de congelação per-operatório, ou 
 então em alguns tecidos, por exemplo, linfonodos, é 
 um tecido que não tem muita fibra colágena, tem 
 mais fibra reticular, então o linfonodo não dá o corte 
 em congelação muito adequado, quando corta,como 
 não tem conjuntivo, não é possível obter um corte 
 muito uniforme, então é fragmentado. 
 O imprint corta esse linfonodo fresco, a metade da 
 superfície dele, pega uma lâmina e faz uma impressão 
 em cima do linfonodo com a lâmina, e retira. 
 Pode ser feito em outros tecidos, mas é mais usado 
 em linfonodos. 
 Histoquímica (Diagnóstico Morfológico) : Química do 
 tecido, são os métodos que usamos que identifica 
 químicamente o que o tecido tá produzindo . Reação 
 do tecido com determinados reativos químicos para 
 fazer apenas diagnóstico morfológico . 
 1. Hematoxilina-Eosina : Diagnóstico 
 morfológico inicial (mais comum), hematoxilina 
 (reage muito com o núcleo, com a cromatina, então 
 cora o núcleo) corante básico, eosina (cora mais o 
 citoplasma) corante ácido; 
 2. PAS (ácido periódico de schiff) : ácido usado 
 para identificar muco, como nas glândulas; 
 3. Zihell Neelsen : É uma técnica que identifica 
 bactérias, principalmente bactérias ácido-álcool 
 resistente; corar bacilo álcool ácido resistente 
 Feito por Bruna Pitanga 
 (hanseníase ou tuberculose). A fucsina de ziehl é o 
 reativo que reage com a gordura que tem na cápsula 
 da bactéria, essas bactérias então tem um complexo 
 lipídico na cápsula que retém a fucsina; 
 4. Gomory Grocott : Corar fungo ou em 
 situações envolvendo sais de prata; 
 5. Tricrômico de Gomory : Corar tecido 
 conjuntivo, o colágeno (uma cirrose vai identificar o 
 tecido conjuntivo); 
 6. Tricrômico de Masson : Corar tecido 
 conjuntivo e imuno complexo depositado nos tecidos 
 (antígeno, anticorpo e complemento); 
 7. Verhoeff : Corar fibra elástica (muito utilizado 
 nas biópsias de pele, para ver a elasticidade da pele); 
 8. Sudam (black cora em preto, escarlate - cora 
 em vermelho) : Corar gordura. (Diferenciar embolia 
 gordurosa de gasosa); 
 9. Giemsa : Corar protozoários e bactérias 
 (paciente com lesão de pele da leishmaniose) e 
 algumas bactérias (H. pylori); 
 10. Perl’s : Corar precipitados férricos 
 (hemocromatose) 
 ● Citoquímica : Coramos as células 
 1. Papanicolau: preventivo de câncer, qualquer 
 tipo de lesão 
 2. Hematoxilina-eosina 
 3. PAS 
 4. Gomory-Grocott 
 Precisa fixar o material, seja ele tecido ou seja ele 
 líquido, seja ele líquido ou seja ele esfregaço. 
 1. Formol a 10% (tamponado ou não) , o formol é 
 o ácido fórmico, então ele tem um Ph ácido que pode 
 interferir nas reações, então em determinados tecidos 
 é melhor tamponar o formol, misturando com uma 
 base para alcançar o Ph neutro que não afeta o tecido . 
 2. Álcool etílico (etanol, álcool comum) a 96% ou 
 absoluto (álcool puro) usado para a fixação de 
 citologia de esfregaços . 
 3. Líquido de Bouin , fixador usado para 
 determinados tecidos que tem muita atividade 
 mitótica, por exemplo, é usado para biópsia do 
 testículo que o espermatozóide está sempre em 
 mitose. Preserva a mitose . Esse líquido é usado 
 também em medula óssea na biópsia. 
 4. Gliceraldeído , não é usado rotineiramente, 
 pois o fixador é para fazer estudo em microscopia 
 eletrônica . 
 É uma metodologia de laboratório em que identifica 
 produtos gênicos de uma célula. 
 Marca a célula, o produto genético se cora na célula, 
 pode ser na superfície celular, no citoplasma de 
 célula, ou mesmo no próprio núcleo da célula. 
 Utilização : 
 1. Diagnóstico da histogênese das neoplasias 
 (Origem tecidual do câncer, pode ser benigna ou 
 maligna, não sabe qual célula produziu aquele câncer); 
 2. Determinação da origem dos carcinomas 
 metastáticos; 
 3. Sub classificação das neoplasias (linfomas- 
 neoplasias dos linfócitos, não se sabe qual é o linfócito 
 só olhando a célula); 
 4. Identificação e caracterização dos produtos 
 das células neoplásicas (expressão), exposição 
 genética das células; 
 5. Diferenciação entre as neoplasias benignas e 
 malignas (alguns aspectos das neoplasias do câncer 
 que fica confuso se a célula é benigna ou maligna); 
 6. Determinação do prognóstico das neoplasias, 
 muito usado em câncer de mama; 
 7. Identificação de agentes infecciosos. 
 Hematoxilina básica vai 
 corar o núcleo , ele tem 
 muitos cromossomos, tem 
 aquelas proteínas nucleares 
 que são básicas, então vai 
 corar. O citoplasma não tem, então ele vai corar pela 
 eosina que é um corante que vai ficar róseo. 
 Fígado de um paciente 
 com Hemocromatose. É 
 um estudo genético que 
 tem um depósito 
 excessivo de ferro no 
 fígado, podendo levar a 
 cirrose. Feita pela 
 coloração de Perl’s . 
 Feito por Bruna Pitanga 
 Um corte de fígado, tem hepatócitos, destruição 
 lobular do fígado, espaços 
 porta biliares que contém 
 ramo da veia porta, ramo 
 da artéria hepática e 
 ductos biliares. Quando há 
 destruição dos hepatócitos 
 por qualquer agente 
 agressivo, seja álcool, seja 
 hepatite viral, ele se regenera, mas chega um certo 
 ponto que ele não consegue se regenerar, e será 
 substituído por tecido fibroso, conseguindo 
 identificar e vendo nitidamente essas áreas 
 fibrosadas. 
 É a técnica mais usada 
 pela patologia renal, 
 hoje não está em uso. É 
 possível ver glomérulo 
 renal com depósitos de 
 antígenos que 
 complementam, ou 
 depositam num mesângio, ou na membrana basal, ou 
 fora do glomérulo nas células podocitárias dos 
 podócitos. Pela área, vai dizer que tipo de lesão que 
 era. Esse microscópio é um microscópio diferente de 
 imunofluorescência. 
 Também na patologia 
 renal, já com o material 
 fixado, pode usar 
 coloração pela prata, que 
 também é possível ver 
 que ele se cora pela prata 
 também. 
 Biópsia de próstata: 
 Tudo que está em 
 marrom é chamado de 
 antígeno prostático 
 específico, então 
 costuma ser produzido 
 na próstata. 
 É uma técnica que cora 
 amiloidose amyloid, 
 amyloid é uma proteína 
 que se deposita entre as 
 células em estado de 
 inflamação crônica ou 
 estado de imunidade autoimune. 
 Então o aneloyd deposita, afasta as células, destrói as 
 células e atrofia o tecido. Então a amiloidose pode 
 matar pessoas se for, por exemplo, no rim ou coração, 
 vai comprimir as fibras cardíacas nos glomérulos 
 renais, já na pele pode ter amiloidose e não trará 
 tanto problema, pois é mais localizada na pele. Então 
 é depois de uma proteína de origem imune entre as 
 células de um tecido, comprimindo aquelas células. 
 Giemsa para corar a 
 bactéria gástrica , 
 helicobacter pylori, são 
 essas bactérias 
 pequenas. 
 Geralmente se 
 encontram no antro 
 piloro, deram esse nome 
 por ter forma helicoidal. 
 Prata metenamina , cora, 
 identifica os fungos (em 
 preto). Na imagem tem 
 um fungo muito comum, 
 paracoccidioides 
 brasiliensis. 
 Para ver também 
 conjuntivo, também 
 pode ser visto para 
 imunocomplexo, mas é 
 um fígado cirrótico, 
 isolando os lóbulos 
 hepáticos. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 LESÃO E MORTE CELULAR 
 ➔ Seja uma agressão de natureza física, 
 química ou biológica. Ela sempre vai levar uma lesão 
 celular inicialmente. 
 ➔ No primeiro momento de uma lesão celular 
 ela é reversível. Caso a lesão não tenha chegado ao 
 ponto de lesar a membrana celular, ela tem condição 
 de ter reversibilidade. 
 (Degeneração Hidrópica): 
 ❖ Primeira coisa que acontece quando há uma 
 lesão celular. É um acúmulo de água e eletrólitosno 
 citoplasma das células por alteração na bomba de 
 íons na membrana celular. 
 ❖ Caracteriza-se por inchaço da célula, que 
 também é chamada em alguns locais, principalmente 
 no fígado, de Degeneração Hidrópica ou Tumefação 
 Celular . 
 ❖ Na tumefação não conseguimos saber qual 
 momento a lesão da célula se torna irreversível. 
 Agressão tóxica (agentes químicos ou físicos: calor, 
 frio, lesões de trauma), por exemplo, chega um 
 momento que não é possível saber se tem lesão 
 irreversível. 
 ❖ Quando tem membrana citoplasmática 
 integra, suponhamos que ela está com uma lesão 
 ainda reversível, chamamos também de degeneração 
 hidrópica, a célula degenera, mas não morre, não 
 entra em necrose. 
 (Degeneração Gordurosa, Metamorfose 
 Gordurosa): 
 ❖ Acúmulo de gorduras nos citoplasmas 
 celulares, inicialmente pequenas gotículas de 
 gorduras, depois vão se juntando, formam grandes 
 vacúolos de gordura, empurram o núcleo para a 
 periferia, e a partir de um determinado momento ela 
 pode ser ou não irreversível. 
 ❖ Algumas lesões de metamorfose gordurosa, 
 de esteatose gordurosa, se não agredir a célula, ela 
 pode se tornar exclusivamente metamorfose 
 gordurosa e não encaminhar para a necrose. 
 ❖ Ex.: situações de desnutrição crônica. 
 Quando existe uma desnutrição crônica, existe uma 
 mobilização da cultura que se acumula no citoplasma 
 das células, então a célula fica com aspecto de 
 metamorfose gordurosa, porém, não chega a 
 necrose. 
 ❖ Algumas situações de condições de 
 metamorfose gordurosa encaminham para uma 
 condição irreversível, se a pessoa não parar de 
 agredir essa célula. Ex.: O alcoolismo, o etilismo, 
 principalmente no fígado e no coração. Há um 
 acúmulo de gordura, o hepatócito quase sempre não 
 metaboliza aquela gordura, ela vai se acumulando e a 
 tendência é romper a membrana celular, e a célula, 
 então, contrai a necrose. 
 Na 1° imagem apresenta o fígado normal com as 
 trabéculas hepáticas, normalmente o hepatócito é 
 uma célula poligonal, tem uma face voltada para o 
 hepatócito, formando canalículo biliar entre as 
 células. Tem um espaço entre o hepatócito e o 
 capilar. Célula com núcleo central e o citoplasma 
 eosinófilo, às vezes um pouco granular. 
 Se a célula for agredida, ela se torna tumefeita (2ª 
 imagem), aumentada com um acúmulo de água no 
 citoplasma. Ainda não houve lesão da membrana 
 celular, íntegra, há alteração na troca de íons. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 Quando uma pessoa fica em estado etílico agudo ou 
 que sofre uma infecção por vírus da hepatite, alguns 
 vírus hepatotróficos, então tem uma lesão 
 hepatocitária por acúmulo de água. Pode evoluir para 
 uma destruição da membrana e essa célula se tornar 
 uma lesão irreversível (que é a necrose) . 
 ● Na imagem um aumento maior, que tem um 
 hepatócito tumefeito (grande), cheio de áreas claras, 
 com acúmulo de água e a cromatina, os elementos 
 citoplasmáticos tendem a se colocar juntos na 
 membrana celular. É um exemplo clássico de 
 tumefação celular. O hepatócito se torna balonizado 
 (forma de balão). O citoplasma se colocando na 
 periferia. 
 ● No caso da Alteração Hialina de Mallory é o 
 acúmulo de elementos citoplasmáticos, 
 principalmente as mitocôndrias próximo ao núcleo. 
 Ocorre com bastante frequência em alcoólatras, 
 tanto a degeneração hidrópica no primeiro momento 
 da agressão, quanto um estado etílico agudo que 
 provoca. 
 ● Na segunda imagem um fígado de um 
 alcoólatra, já passou pela fase da degeneração 
 hidrópica e entrou com um acúmulo de gordura. É 
 um fígado chamado de esteatose ou metamorfose 
 gordurosa. Existe acúmulo de gordura, inicialmente 
 em pequenos vacúolos que vão se acumulando no 
 citoplasma celular, depois vão se juntando e forma os 
 grandes vacúolos. No meio tem um espaço porta 
 biliar, com elementos, com ducto biliar, ramo da veia 
 porta e ramo da artéria hepática. Se o álcool 
 continuar agindo, vai destruir a célula e provocar 
 uma reação inflamatória pela destruição, e passa a se 
 chamar então hepatite alcoólica . 
 Necrose: 
 ❖ Morte celular por agressão física, química ou 
 biológica; 
 ❖ Ruptura da membrana celular, por liberação 
 dos componentes celulares, tanto nucleares quanto 
 citoplasmáticos 
 Apoptose : 
 ❖ Morte celular programada, não tem a ruptura 
 da membrana celular 
 ❖ Existe uma redução do tamanho da célula, vai 
 se contraindo e vai se formar nos chamados corpos 
 apoptóticos . 
 ❖ A morte celular programada tem um 
 componente genético, existe um gene da apoptose 
 que se for ativado e estimulado, causa esse tipo de 
 morte, sem haver lesão no tecido ou agressão da 
 célula, sem haver necrose. 
 ● Ex.1:A célula normal, se houver uma agressão 
 ela vai ficar tumefeita, vai formar os vacúolos saindo 
 da membrana citoplasmática, vai se romper, e nessa 
 ruptura vai haver uma digestão enzimática e 
 extravasamento do conteúdo celular que caracteriza 
 a necrose . 
 ● A diferença em um exame histopatológico 
 normal : quando o patologista vê uma necrose, quase 
 sempre vê além da própria fragmentação da célula 
 uma reação inflamatória. 
 ● Ex2.: Já na apoptose, é diferente, vai haver 
 uma morte induzida geneticamente ou qualquer 
 motivo, a célula vai começar a se retrair, vai haver 
 envolvimento no citoplasma da célula, em torno de 
 elementos do citoplasma, e também de fragmentos 
 nucleares, como se estivessem se envolvendo. Serão 
 liberados formando os corpos apoptóticos . 
 ● Numa apoptose não há uma reação 
 inflamatória como na necrose, pois a membrana 
 citoplasmática permanece íntegra, ela envolve os 
 fragmentos de núcleo e também fragmentos de 
 elementos citoplasmáticos. Pode então ter fagocitose 
 dos corpos apoptóticos pelas próprias células do 
 tecido, o fígado, por exemplo, quando a célula do 
 fígado, o hepatócito entra em apoptose ela é 
 Feito por Bruna Pitanga 
 fagocitada pelos próprios hepatócito ou macrófagos, 
 não provocando reação inflamatória, só a morte 
 celular sem levar fragmentação da célula. 
 Necrose de coagulação (isquêmica): Sempre é devido 
 a uma redução do fluxo sanguíneo ou uma isquemia. 
 Pode ter uma hipóxia (redução do oxigênio 
 circulante) ou pode ter uma isquemia (redução e 
 parada da circulação sanguínea), vai provocar 
 necrose naquele território irrigado por aquele vaso, 
 chama-se necrose isquêmica ou necrose de 
 coagulação. É conhecida por necrose de coagulação, 
 pois geralmente a isquemia, tem a isquemia crônica 
 que pode haver a redução paulatino daquele afluxo 
 sanguíneo, por exemplo, no caso de uma 
 aterosclerose (deposição de gordura dentro da 
 artéria, inicialmente pequenas placas de gordura, 
 depois vai aumentando até fechar a luz da artéria). 
 Então existe uma isquemia crônica que vai fechando 
 aos poucos, que às vezes o tecido pode compensar 
 aquela redução com o aparecimento de novos vasos. 
 Então até chegar a necrose isquêmica vai demorar 
 muito. Ou quase sempre pode ter uma necrose 
 isquêmica aguda, que tem obstrução aguda da luz 
 arterial. Se a placa de ateroma se rompe, provoca a 
 presença de fibrina, de coágulos, então vai fechar a 
 luz daquele vaso evai necrosar todo território 
 irrigado por aquela artéria. 
 A isquemia causada por obstrução de um vaso 
 provoca necrose de coagulação dos tecidos em todos 
 os órgãos, exceto no cérebro. 
 Necrose Liquefativa : Quase sempre essa necrose é 
 devido a inflamação, provocada quase sempre por 
 bactérias, ou até mesmo fungos. Ela vai ter uma 
 bactéria ou fungo que vai levar a necrose da célula, 
 vai destruí-la, rompendo a membrana celular, vai 
 levar então a liquefação daquele tecido, fica como se 
 fosse um líquido. Ex.: Pus , é uma bactéria líquida 
 piogênica, vai destruir as células, vai fragmentar a 
 membrana celular, vai ter a presença de células 
 inflamatórias, formando então o líquido purulento, o 
 pus. 
 Obs.: a necrose isquêmica no cérebro pode ser 
 chamada de necrose liquefativa. O cérebro não tem 
 fibra colágena, só tem fibra reticular. Então, no 
 cérebro não se consegue fazer uma necrose de 
 coagulação, ou seja, o tecido não permanece com o 
 padrão normal do tecido, a tendência do cérebro é se 
 liquefazer. Na necrose isquêmica cerebral assume 
 um aspecto de necrose liquefativa por falta de fibra 
 colágenas . 
 Necrose Gangrenosa : Tipo de necrose isquêmica, 
 tipo de necrose liquefação geralmente ocorre em 
 membros inferiores ou na extremidade dos membros 
 (dedos, pés, perna, braço) levando a morte das células. 
 É um tipo de necrose isquêmica, pois toma essa 
 forma de Gangrena, pois fica como se fosse uma 
 necrose seca como tom enegrecido, como se o tecido 
 estivesse lubrificando. 
 Tem 2 tipos dessa gangrena: seca : só necrose, não 
 tem infecção e úmida : infecção bacteriana associada. 
 A gangrenosa é muito comum em indivíduos 
 diabéticos ; o diabético é comum as vezes perder um 
 dedo, depois outro dedo, ai vai amputando, daqui a 
 pouco perde parte do pé ou o pé todo, porque vai 
 havendo a redução do diâmetro das artérias. . 
 Necrose Caseosa : Tem esse nome por ter aspecto de 
 queijo, amolecido, branco. Essa necrose é típica da 
 tuberculose . É também um tipo especial de necrose 
 isquêmica, a tuberculose forma um tipo de reação 
 inflamatória chamado granulomas, que leva então a 
 necrose isquêmica o aparecimento dessa necrose. 
 Necrose Gordurosa : Necrose também por agressão à 
 célula. Ela é bem típica da necrose, tecido gorduroso, 
 devido a ação de lipases pancreáticas, a pancreatite 
 aguda. Então, necrosa as células pancreáticas, libera 
 a lipase e a amilase (tipo de destruição), provocando 
 então a necrose da gordura. 
 Ela se distribui em torno do pâncreas, na gordura 
 abdominal, retroperitoneal, e também na gordura 
 peritoneal. 
 Tem um aspecto clássico, chamado de aspecto em 
 pingo de vela (uma necrose gordurosa originada do 
 pâncreas). 
 Pode acontecer na mama, às vezes a mama tem um 
 trauma qualquer, libera-se também enzimas e tem a 
 Feito por Bruna Pitanga 
 necrose gordurosa da mama. Não é semelhante com 
 a do pâncreas. 
 Necrose Fibrinóide : É uma necrose que parece com 
 fibrina. Ocorre na parede dos vasos arteriais, 
 principalmente por depósito de imuno complexo 
 (antígeno anticorpo que complementa), geralmente 
 nas doenças autoimunes chamadas colagenoses . 
 Exemplos : 
 Corte de um rim, onde tem a cortical do rim, 
 pirâmide renal e a medula renal. Se obstrui o ramo 
 da artéria renal, toda aquela área do rim vai ficar 
 isquêmica. 
 Na necrose de coagulação , ela tem 2 aspectos 
 morfológicos dependendo do tipo de irrigação do 
 órgão. Nos órgãos de circulação terminal, por 
 exemplo, o rim. Então sempre no primeiro momento, 
 um aspecto avermelhado, depois que obstrui 
 totalmente a luz do vaso, todo território irrigado pelo 
 vaso vai ficar necrosado, tende a ficar branco. 
 Chamado de infarto . 
 Então a necrose isquêmica (como rim, baço) e órgão 
 de circulação terminal ou de dupla circulação, é 
 chamada de infarto. 
 O infarto em órgão de circulação terminal, é 
 chamado de infarto branco , depois de um certo 
 tempo ele se torna branco, depois se torna 
 cicatrizado . O infarto recente fica avermelhado , 
 depois de um tempo branco. 
 No coração é a mesma coisa, se observar o coração 
 externamente, é possível ver um aumento do 
 ventrículo esquerdo. No meio tem a artéria coronária 
 descendente anterior esquerda, ela vai irrigar a porta 
 do ventrículo esquerdo, a parede anterior do 
 ventrículo esquerdo e a porção superior do septo 
 interventricular. Houve uma obstrução com coágulo 
 sanguíneo, tinha uma placa de ateroma, obstrui esse 
 coágulo, o trombo, deixando nada passar. 
 Todo o território da artéria coronária descendente 
 anterior esquerda vai ser lesada e necrosada. 
 No primeiro momento fica avermelhado. 
 O infarto só se torna em alguns órgãos visíveis 
 macroscópicamente depois de 6 a 8 horas , depois do 
 infarto estar completamente instalado. Tem casos 
 que o paciente morre com uma morte súbita, com 
 aquela dor precordial aguda, às vezes nem dói, tenta 
 reanimação do paciente, mas não consegue, vai a 
 necrópsia e o patologista não vê nada no coração, 
 chamada de necrópsia branca . Porém, depois de 2/3h 
 o infarto começa a se instalar . 
 O infarto do miocárdio, a necrose isquêmica do 
 miocárdio, só se torna visível 6/8h depois . 
 O coração é um órgão de circulação terminal. 
 Um coração cortado, o septo, parede anterior do 
 ventrículo esquerdo, parede posterior do ventrículo 
 esquerdo e a parede lateral e o ventrículo direito. 
 A coronária esquerda se divide no ramo circunflexo e 
 no ramo da descendente anterior esquerda que irriga 
 o cérebro, a parede anterior e a ponta do ventrículo. 
 A parede posterior é pela outra artéria esquerda, a 
 circunflexa. 
 Se pegar um coração desse jeito, é possível que seja 
 um infarto que já foi instalado, já é um infarto antigo, 
 a parte avermelhada (infarto vermelho) já foi 
 substituída pelo infarto branco já cicatrizado. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 Podemos tirar várias conclusões desse corte, a 
 artéria que foi obstruída foi a artéria descendente 
 anterior esquerda. Não houve lesão do ventrículo 
 direito. Lesão antiga do ventrículo esquerdo. E 
 começou também uma segunda necrose. 
 Conclusão : o paciente teve infarto inicial da 
 descendente anterior esquerda que pegou grande 
 parte do coração,mas sobreviveu. O ventrículo 
 direito estava normal. Se observar a espessura da 
 parede anterior do ventrículo esquerdo é quase a 
 metade do que do outro lado. Então o coração para 
 compensar a área perdida pela necrose, ele começou 
 a aumentar o tamanho do ventrículo restante, 
 fazendo uma hipertrofia. Se aumenta o tamanho da 
 fibra, vai precisar ter um aporte sanguíneo maior 
 para sustentar a fibra, para não ter a isquemia da 
 fibra. 
 Onde tem necrose branca o coração não contrai . 
 Contraindo somente do outro lado. Tendo então 
 arritmia do coração. 
 No infarto branco substitui a morte celular por 
 tecido conjuntivo que é a fibrose . 
 Quando existe uma necrose do coração, uma 
 miocárdica. Primeira coisa que acontece, existe uma 
 tumefação, um inchaço na célula miocárdica. 
 Segundo, vai haver ruptura da membrana celular, 
 que vai levar a liberação ou digestãoenzimática 
 desses componentes enzimáticos, liberação no meio 
 extracelular, provocando então essa reação 
 inflamatória. Dependendo do tipo, se tem uma 
 reação inflamatória por presença de neutrófilos que 
 caracteriza inflamação aguda. Então é um infarto 
 recente ainda, não há cicatrização desse infarto. Ou 
 seja, infarto avermelhado com reação inflamatória. 
 Obs.: Toda necrose leva a uma reação inflamatória 
 com ruptura da membrana celular e digestão 
 enzimática . 
 Fases do infarto do miocárdio. Tem a fibra 
 miocárdica, inicialmente fica tumefeita, depois vai 
 apagando as estriações transversais, os núcleos que 
 são centrais na fibra miocárdica começa a 
 desaparecer, a fibra se rompe, finalmente há uma 
 reação inflamatória e também havendo ruptura dos 
 capilares e vasos levando a formação da hemorragia. 
 Uma fase recente do infarto do miocárdio, não houve 
 ruptura plena, algumas estão rompendo com a 
 presença de neutrófilos, mas a maior parte ainda está 
 íntegra. O que costuma acontecer no infarto do 
 miocárdio inicial, numa necrose inicial, é o 
 desaparecimento das estriações transversais, 
 desaparecimento do núcleo. Mantendo a membrana 
 citoplasmática íntegra. Tumefação ou degeneração 
 hidrópica. 
 Corte de um pulmão com uma área de infarto, se 
 observar quase sempre nos órgãos, o padrão do 
 infarto é triangular, com ápice do infarto recorrendo 
 onde houve obstrução. 
 Por que esse pulmão, por infarto da necrose 
 isquêmica é avermelhada? Pois no pulmão existem 2 
 circulações, então forma uma dupla circulação, o 
 pulmão é irrigado pela artéria pulmonar e pelas 
 artérias brônquicas, isso leva então a um padrão de 
 Feito por Bruna Pitanga 
 infarto pulmonar que é o infarto hemorrágico ou 
 infarto vermelho. No caso do pulmão ele permanece 
 avermelhado, não se torna branco, pois uma das 
 circulações não foi afetada. 
 Infarto pulmonar, sempre como padrão triangular, 
 com a base voltada para a periferia para a pleura, e o 
 ápice para onde houve obstrução. Tem uma área 
 muito mais escura que é a área central do infarto e 
 uma área menos escura que é a parte periférica ainda 
 irrigada, então há uma dupla circulação do infarto 
 pulmonar. 
 Outro órgão que dá infarto com frequência é a 
 placenta, é órgão de circulação terminal por conta do 
 cordão umbilical, então na placenta, sempre no 
 primeiro momento vê a área avermelhada (infarto 
 recente) e depois fica branco. 
 A microscopia do infarto placentária, às vezes o feto 
 morre por insuficiência placentária, quase sempre 
 por isquemia placentária. Então o infarto pode ser 
 pequeno, mas pode ser extenso. Há algumas partes 
 preservadas que ainda não foram obstruídas pelo 
 segmento arterial. 
 Uma situação extremamente grave, quase sempre 
 fatal, é o infarto das supra-renais com necrose 
 isquêmica. A necrose isquêmica da supra-renal se dá 
 quase sempre por estados de septicemia, 
 principalmente por estafilococos. Então tem trombo 
 de bactéria, micro-tombos que leva a trombose que 
 obstrui as artérias supra-renais, levando então a 
 insuficiência supra-renal bilateral, levando a morte. 
 Microscopia da necrose supra-renal, tem a camada 
 cortical da supra-renal, onde tem os hormônios que 
 são secretados, os hormônios esteróides. Tem 
 camada glomerular que é a mais externa, depois a 
 camada fasciculada intermediária e a camada 
 reticular mais interna. Quase sempre começa pela 
 mais externa que é a camada glomerular ou 
 glomerulosa. Tudo está necrosado com hemorragia. 
 É um quadro de abdome agudo cirúrgico, tem que 
 operar se não o paciente vai a óbito. Por obstrução 
 geralmente das artérias ou veias mesentéricas, 
 obstrução vascular. Isso pode ser devido a uma 
 torção do mesentério, por conta de uma hérnia que o 
 intestino passa através de um buraco, ou uma 
 briga/aderência entre as alças intestinais. 
 Algumas áreas estão totalmente necrosadas, necrose 
 isquêmica. Algumas áreas estão normais. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 Infarto cerebral. A necrose cerebral pode ser por 
 obstrução das artérias cerebrais, no cérebro 
 principalmente pessoas com aterosclerose. Levando 
 então a isquemia. 
 Como não tem tecido conjuntivo, a área morta 
 necrosada com necrose isquêmica, não se sustenta. 
 No primeiro momento vai se tornando um pouco 
 amolecida, a necrose cerebral também é conhecida 
 como amolecimento cerebral. 
 Quando amolecida, a área fica necrosada, vai se 
 retraindo e vai se liquefazendo. Então, o infarto 
 cerebral, a necrose isquêmica cerebral, também é 
 conhecida como necrose liquefativa, pois como não 
 tem sustentação, o tecido nervoso vai se fragmentar, 
 vai se formando líquido formando até um cisto. 
 Deu necrose isquêmica, inchou e comprimiu corpo 
 caloso, empurrou o hemisfério direito contra o 
 hemisfério esquerdo. É considerado também estado 
 grave. 
 Do lado esquerdo há tecido cerebral preservado 
 (neurônios, fibrilas neuronais, micróglia) . No lado 
 direito houve um infarto e acabou aqueles neurônios. 
 Quando lesa uma célula que libera toda digestão 
 enzimática da célula, tem então fagocitose, então as 
 células cerebrais que são responsáveis pela 
 fagocitose é chamada de micróglia. Então, há uma 
 proliferação de micróglia fagocitando resto de 
 tecidos cerebrais mortos, resto de gordura, de 
 mielina do tecido cerebral necrosado. 
 Um pulmão, pleura, alvéolos pulmonares, com um 
 abscesso com área de necrose isquêmica, houve uma 
 resposta inflamatória, necrose e uma liquefação. 
 Então,o abscesso nada mais é que uma necrose 
 isquêmica, provocada por bactérias com 
 ajuntamento de neutrófilos, leucócitos, piócitos etc. É 
 comum no pulmão, indivíduos alcoólatras que 
 aspiram vômito. 
 Necrose Gangrena seca : os 5 dedos necrosados, 
 necrose isquêmica, o dedo está enegrecido, é 
 problema vascular, pode ir avançando e pode 
 precisar de amputação. São diabéticos avançados, 
 com hipertensão arterial e obstrução das artérias, 
 provocando lesões isquêmicas. 
 Necrose Gangrena úmida : inicialmente é seca, está 
 negra, mas depois começou as bactérias e foi preciso 
 amputar no joelho. Podendo ser preciso amputar até 
 a raiz da perna. 
 Necrose Gangrena Gasosa : necrose isquêmica, com 
 bactérias provocando bolhas, lembrando até 
 queimadura. 
 Gangrena nos dedos das 
 mãos, o tecido está 
 completamente necrosado, 
 tem que amputar. Se não 
 amputar pode haver 
 superinfecção ou então ele 
 pode cair. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 Pode ser uma pessoa diabética ou uma pessoa que 
 teve agressão física, por exemplo, a chamada 
 geladura (da isquemia nas extremidades). 
 Reação inflamatória da tuberculose, identificada pela 
 célula. A necrose da tuberculose macroscopicamente 
 é branca, parecendo um queijo. Chama-se necrose 
 Caseosa com aspecto eosinófilo. 
 Outra área de necrose caseosa. 
 Uma necrose fibrinóide, uma artéria, um depósito de 
 imunocomplexo, pacientes com doenças autoimunes 
 desenvolvem isso, deposita na parede celular e vai 
 formando trombo também. 
 Outro exemplo de necrose fibrinóide, tem a luz da 
 artéria e o depósito na parede daquele material 
 fibrinóide. É o antígeno que o corpo complementa. 
 Aspecto de pingo de vela, é umanecrose gordurosa. 
 Tem umas áreas esbranquiçadas irregulares. Na 
 imagem é um pâncreas. A pancreatite liberou a 
 lipase, amilase e ficou com a necrose gordurosa. 
 Quando acontece isso, todo o peritônio envolvido,às 
 vezes o caso é tão grave que o indivíduo morre. 
 Exemplo de apoptose, os mais comuns são os 
 grânulos linfáticos na situação normal, dá um 
 aspecto na microscopia de céu estrelado. As células 
 ficam evoluindo e fagocitando os corpos apoptóticos, 
 são células reticulares do folículo linfático. 
 Houve apoptose, alguns corpos apoptóticos na 
 imagem, então a célula veio e fagocitou, não tem 
 reação inflamatória, só tem centroblasto. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO CELULAR 
 Nesta aula vamos falar sobre os distúrbios de 
 crescimento celular . 
 Quando falamos de distúrbios do crescimento 
 celular e adaptação esses são os tópicos que 
 precisamos estudar: 
 1) Hiperplasia 
 2) Hipertrofia 
 3) Atrofia 
 4) Metaplasia 
 São condições que vão estar presentes em várias 
 situações do nosso dia-a-dia. 
 Existem as formas da células estarem se adaptando, 
 essa adaptação na maioria das vezes é reversível e é 
 benéfica para que as células atentam para as novas 
 necessidades do organismo; algumas vezes as células 
 não tem condições de estarem se adaptando porque 
 o estímulo persistiu ou porque é forte demais ou 
 estímulo é extremamente agressivo e essa célula 
 pode entrar numa situação que vamos chamar de 
 disfunção celular . 
 Essa disfunção pode ser reversível até certo ponto e 
 essas alterações que acontecem nas células quando a 
 gente não consegue mais reverter, algumas vezes 
 esse dano celular pode levar a morte da célula 
 ( irreversível ). 
 Uma das formas da gente classificar as lesões 
 celulares aos estímulos é em relação ao tamanho que 
 essa célula vai estar adquirindo . 
 Então as alterações progressivas que estão 
 relacionadas ao aumento do tamanho do tecido, do 
 órgão são a hiperplasia e hipertrofia . 
 A alteração regressiva onde existe a diminuição do 
 tamanho do tecido ou do órgão é atrofia . 
 As alterações relacionadas a disfunção : 
 degenerações (gordurosa, hidrópica, hialina), 
 displasia e neoplasia ; e a metaplasia, que fica entre 
 uma alteração progressiva e uma disfunção celular . 
 Com esse desenho podemos fazer uma revisão do 
 que falamos hoje. Fundamental para que a gente 
 possa fazer a revisão desse tópico, entendendo e 
 conseguindo resolver esse estudo. 
 A resposta celular vai depender: 
 ● do tipo de agressão, 
 ● do tempo que essa agressão durou 
 ● intensidade - de quão forte foi essa agressão 
 ● do tipo de célula - tem células que se 
 adaptam melhor a determinados estímulos 
 enquanto outros não 
 ● condição metabólica - condição fundamental 
 do indivíduo 
 A adaptação que acontece ou a forma de um 
 indivíduo hígido, saudável, que tem por exemplo 20 
 anos é diferente da forma de reagir de um indivíduo 
 que tem 80 anos e tem uma série de comorbidades. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 Existem vários mecanismos moleculares para a 
 adaptação celular. 
 Algumas formas de adaptações são induzidas através 
 da estimulação direta das células pelos fatores 
 produzidos pelas próprias células afetadas ou por 
 outras células no ambiente que as circunda (células 
 que estão próximas contribuem para que o estímulo 
 aconteça). 
 Na superfície da célula existem receptores que vão 
 ser responsáveis por esse tipo de acontecimento. 
 Outros ocorrem devido a ativação de vários 
 receptores na superfície celular e vias de sinalização. 
 O primeiro estímulo adaptativo relacionado ao 
 crescimento que vamos estar vendo é a hiperplasia . 
 A hiperplasia acontece quando tenho aumento no 
 número de células de um órgão ou tecido, esse 
 aumento no número de células vai repercutir no 
 aumento do volume desse órgão. 
 Quais são os tecidos capazes de sofrer hiperplasia? 
 aqueles tecidos onde a população celular é capaz de 
 sintetizar DNA e de realizar mitose. 
 Então na imagem podemos ver um tecido normal 
 onde tenho 4 células; quando tenho a hiperplasia 
 essas 4 células vão estar se dividindo e vou ter uma 
 quantidade maior de células; essa quantidade maior 
 de células vai fazer com que esse tecido/parte de 
 tecido ou órgão aumentem de tamanho; então vou 
 ter uma células dando origem a duas células, se 
 dividindo através de mitoses e a população celular 
 desse tecido que estou estudando vai estar 
 aumentada. 
 Ex.: aumento uterino por estimulação hormonal, 
 A hiperplasia pode acontecer de maneira fisiológica 
 ou patológica. 
 ● Hiperplasia fisiológica 
 O principal exemplo que temos relacionado a 
 hiperplasia fisiológica é a hiperplasia hormonal 
 ( aumento da capacidade funcional de um 
 tecido/órgão quando necessário ) que acontece na 
 gestante . 
 Então na gestante o tamanho uterino aumenta 
 porque algumas células são capazes de se dividir 
 dando origem a outras células, assim como o tecido 
 mamário, algumas células são capazes de se dividir e 
 a gente encontra no útero e na mama um aumento 
 do volume do órgão; é o principal exemplo da 
 hiperplasia fisiológica relacionada ao estímulo 
 hormonal. 
 Ex.: proliferação do epitélio glandular da mama 
 feminina na puberdade e gravidez; hiperplasia do 
 útero gravídico 
 Existe também a hiperplasia compensatória ( ocorre 
 aumento da massa tecidual após dano ou ressecção 
 parcial ), por exemplo um paciente que fez 
 nefrectomia, o rim remanescente, então esse 
 paciente teve algum problema que levou à perda 
 renal, que esse paciente vai ter, vai conseguir realizar 
 a função de acordo com as necessidades do 
 indivíduo. Isso pode fazer com que esse órgão 
 aumente de tamanho para poder compensar a função 
 do rim que foi perdido. 
 Ex.: hepatectomia, nefrectomia unilateral com 
 hiperplasia do rim remanescente. 
 Esses são alguns exemplos bastantes simples 
 relacionados a hiperplasia fisiológica. 
 ● Hiperplasia patológica 
 Quando falamos em hiperplasia patológica preciso 
 ter um pouco de atenção, porque quando tenho um 
 estímulo hormonal e na maioria das vezes é o que 
 acontece nos casos patológicos, preciso ter atenção 
 para tentar cessar esse estímulo, porque quando 
 uma célula está se dividindo, está sofrendo mitose, 
 preciso ter cuidado para que numa dessas divisões 
 Feito por Bruna Pitanga 
 dessa célula não comece a ter origem a uma células 
 com atipias celulares e alí comece a ter uma 
 proliferação neoplásica maligna; Esse é o grande 
 problema, se está existindo divisão celular 
 acentuada, estimulada, uma das possibilidades do 
 surgimento do câncer, da neoplasia maligna, é 
 através da formação/multiplicação celular com o 
 surgimento de células novas. 
 Atenção para que essa hiperplasia patológica não 
 seja o fator inicial para uma proliferação maligna. 
 Então esse paciente precisa ter um 
 acompanhamento mais próximo. 
 Nesta imagem conseguimos ver um útero toda a 
 parte marcada de preto é a cavidade endometrial, o 
 que chama a atenção nessa porção (linha vermelha) 
 conseguimos ver uma parte elevada de tecido; essa 
 parte elevada do tecido é uma área de hiperplasia 
 endometrial. Esses casos na maioriadas vezes são 
 condições benignas sem atipias, mas a persistência 
 desse estímulo é um fator de risco para o 
 desenvolvimento de malignidade. 
 - A hiperplasia endometrial é um exemplo de 
 hiperplasia hormonal anormal-desequilíbrio entre 
 estrogênio e progesterona. 
 - Causa comum de sangramento menstrual anormal. 
 Um outro caso que é bastante comum vermos 
 hiperplasia patológica são os homens em torno dos 
 50/60 anos que começam a ter o aumento prostático, 
 que é aquele homem que tem infecção urinária, que 
 tem dor suprapúbica, e quando vai questioná-lo, ele 
 já sabe desse diagnóstico, tem hiperplasia prostática, 
 a próstata aumentada de tamanho. A maioria das 
 vezes é uma condição benigna, mas a gente precisa 
 ter atenção para esse fator que está estimulando esse 
 crescimento dessa porção desse órgão para que num 
 determinado momento essa proliferação não se 
 transforme numa proliferação maligna, uma 
 proliferação cancerosa. 
 - Hiperplasia prostática benigna, induzida por 
 androgênios. 
 - Infecções virais - papilomavírus. 
 - A maioria das formas é causada pela estimulação 
 excessiva das células alvo por hormônios ou por 
 fatores de crescimento . 
 - No geral, o processo permanece sob controle: a 
 hiperplasia regride se o estímulo hormonal é 
 eliminado. 
 - No entanto, a hiperplasia patológica é um fator de 
 risco para o desenvolvimento de proliferação 
 cancerosa . 
 obs.: O mioma não é uma hiperplasia, e sim uma 
 neoplasia, é uma proliferação de novas células, é uma 
 neoplasia benigna, forma mioma, uma tumoração 
 formada por células musculares lisas, não é uma 
 hiperplasia e nem uma hipertrofia, é uma neoplasia. 
 Não existe nenhum estímulo para que aquela lesão se 
 desenvolva. A neoplasia é um crescimento que é 
 independente da estimulação hormonal. 
 Quando a gente tem uma 
 hipertrofia ( aumento no 
 tamanho das células, 
 resultando em aumento do 
 tamanho do órgão ) tenho 4 
 células no momento inicial, 
 quando tenho hipertrofia 
 continuo tendo 4 células, 
 mas essas células estão 
 muito maiores, aumentara 
 de tamanho, não tenho células novas, tenho células 
 maiores. 
 Se tenho a hipertrofia em que tenho células maiores, 
 tenho nessa célula uma quantidade maior de 
 componentes estruturais; se tenho uma célula 
 menor, tenho uma quantidade menor de 
 componentes estruturais; o órgão hipertrofiado não 
 tem células novas, somente células maiores . 
 Feito por Bruna Pitanga 
 O aumento do tamanho das células é devido à síntese 
 de mais componentes estruturais. 
 As células que podem se dividir para responder ao 
 estresse sofrem tanto hiperplasia quanto hipertrofia, 
 enquanto as células que não se dividem sofrem 
 apenas hipertrofia (ex.: fibras do miocárdio). 
 O exemplo mais comum, mais 
 fácil, mais simples para que a 
 gente possa entender a 
 hipertrofia e não esquecer 
 mais, é o fisiculturista, o 
 indivíduo que está na 
 academia, eles não têm células novas; sabemos que 
 se pararmos de fazer atividade física o estímulo pro 
 músculo diminui, o tamanho do braço, por exemplo; 
 quando você faz o estímulo você consegue aumentar 
 o tamanho daquela célula, daquela fibra muscular e 
 começa a ter a definição. É assim que acontece, você 
 não está tendo novas células musculares, você tem as 
 suas células de formação inicial e você consegue 
 aumentar, aumenta a quantidade de componentes 
 estruturais que você tem naquela célula. 
 - O estímulo mais comum para a hipertrofia 
 muscular é um aumento da carga. 
 Ex.: músculos desenvolvidos dos fisiculturistas. 
 A mesma coisa acontece no coração, o indivíduo 
 hipertenso ou o indivíduo que tenha alguma 
 insuficiência cardíaca quando você tem um estímulo 
 resistente para o batimento do coração, para o 
 batimento muscular e você precisa fazer uma força 
 maior para que aquele coração consiga bombear a 
 quantidade de sangue; você aumenta o tamanho e a 
 espessura dessas células musculares e acaba tendo 
 uma musculatura cardíaca hipertrofiada. 
 Isso vai fazer com que a cavidade fique com o espaço 
 reduzido; Então algumas vezes a gente encontra 
 condições de hipertrofia que são consideradas 
 patológicas. 
 Aqui tenho uma condição, o indivíduo que tem uma 
 hipertensão crônica mal controlada, tem um fator de 
 risco para hipertrofia ventricular que pode vir 
 associada a algum grau de disfunção cardíaca. 
 - No coração, o estímulo para a hipertrofia é 
 geralmente uma sobrecarga hemodinâmica crônica 
 causada pela hipertensão arterial. 
 A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica. 
 ● Como a gente vê na lâmina uma alteração do 
 tipo hipertrofia? 
 Aqui a gente tem uma lâmina, um corte de um 
 miocárdio normal, as células miocardiócitos são 
 organizadas longitudinalmente, ficam 
 homogeneamente entre si; a gente consegue ver que 
 existe uma harmonia na organização desses feixes 
 celulares. 
 Uma lâmina de um tecido hipertrofiado é 
 caracterizada principalmente pela desorganização. 
 Então a desorganização de um padrão arquitetural 
 de um tecido é característica dessas células que 
 estão hipertrofiadas porque elas vão crescendo de 
 maneira irregular. Juntamente a gente faz algumas 
 áreas de edemas (áreas claras) e você consegue ver 
 macroscopicamente um tecido aumentado de 
 tamanho. 
 Na gestante, no útero e no tecido mamário, além da 
 gente encontrar um aumento do número de células, 
 tanto do útero quanto da mama, a gente também 
 tem o aumento do tamanho das células, é um 
 exemplo de uma condição onde encontro hipertrofia 
 e hiperplasia simultaneamente. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 - Aumento fisiológico do útero na gravidez: 
 hipertrofia e hiperplasia. 
 - Hipertrofia dos seios durante a amamentação: 
 induzidos pela prolactina e estrogênio. 
 Qual o principal estímulo para que isso ocorra? 
 estímulo hormonal. Na maioria das vezes vai existir 
 um estímulo hormonal que vai estar levando a essas 
 condições onde encontro hiperplasia e hipertrofia. 
 Agora uma alteração regressiva, de diminuição do 
 tamanho da célula. Quando tenho uma célula 
 hipertrofiada tenho uma célula com aumento de 
 componentes estruturais. Quando tenho uma célula 
 atrofiada tenho uma célula que tem menos 
 componentes estruturais. 
 A atrofia pode ser relacionada à diminuição 
 (redução) do número de células ou do tamanho de 
 células devido a perda de substâncias celular 
 (componentes estruturais das células) . 
 Uma atenção que precisamos ter em relação a 
 atrofia , algumas vezes essa célula pode receber tanto 
 estímulo para seu pouco desenvolvimento, sua pouca 
 função que ela pode levar a morte celular . 
 - Representa uma forma de resposta de adaptação e 
 pode culminar em morte celular . 
 A atrofia pode ser fisiológica ou patológica. 
 Atrofia fisiológica : é comum nas fases iniciais do 
 desenvolvimento: notocorda e ducto tireoglosso (que 
 acontece após o nascimento; a redução de algumas 
 estruturas; Você pode ter a atrofia com a diminuição 
 do tamanho da célula e algumas vezes temos a 
 redução da quantidade de células, porque essas 
 células vão atrofiando e algumas vezes podem chegar 
 a serem fonte de fagocitose e a gente ter atrofia com 
 células quevão sofrer apoptose), diminuição do útero 
 após o parto (então células que ficaram grandes, 
 hipertrofiadas, vão diminuindo de tamanho até 
 chegarem ao tamanho normal; algumas células que 
 se multiplicaram, células novas, podem desaparecer, 
 num primeiro momento atrofiar e depois podemos 
 encontrar apoptose em algumas dessas células), são 
 exemplos de atrofias. 
 obs.: na adolescência quando o peito está crescendo é 
 a hipertrofia que ocorre ou não? É o desenvolvimento 
 hormonal normal. Essas células, na verdade, não 
 estão hipertrofiando, essas células já estão 
 preparadas para quando chegar o momento de 
 estimulação hormonal, elas vão se desenvolver, isso é 
 fisiológico. Na gravides isso vai acontecer também, 
 mas a mulher não tem os picos hormonais para o 
 desenvolvimento dessas células. 
 Tanto que quando a gente vê a mama de uma mulher 
 adulta e a mama de uma criança conseguimos 
 identificar a diferença celulares, assim como 
 conseguimos ver na mulher que está gestante. 
 obs.: O crescimento da maman na adolescência seria 
 a hiperplasia? Não, hiperplasia é um aumento 
 patológico; o desenvolvimento do seio é um 
 desenvolvimento que faz parte da fisiologia. Você 
 estímulos hormonais, vai aumentar a quantidade de 
 tecido glandular na mama e vai fazer o primeiro 
 estímulo para que algumas células cresçam e 
 formem os ductos, estimulem os canais lactíferos e 
 essas células que estavam em um tamanho menor, 
 elas vão crescendo. 
 Você não vai ter células hipertrofiadas no 
 desenvolvimento da adolescência, elas vão chegar a 
 um tamanho normal. 
 obs.: Na adolescência, não seria uma hiperplasia 
 hormonal fisiológica? Que aí aumenta a capacidade 
 funcional do tecido? Nunca a professora ouviu falar 
 desse termo, hiperplasia hormonal fisiológica, pode 
 até ser, mas nunca ouviu falar. Porque quando acaba 
 o estímulo elas vão ficar hiperplasiadas. 
 Então os hormônios da adolescência são estímulos 
 para o crescimento, mas não sei se podemos utilizar 
 esse termo “hiperplasia fisiológica da adolescência'', 
 porque quando acaba a adolescência a mama não 
 regride, vai cessar o estímulo e depois a mama fica 
 estável. 
 obs.: Na gestante temos as duas coisas, temos o 
 aumento do número de células e temos o aumento do 
 tamanho de células e ainda se cria células novas. 
 ● Atrofia simples - devido a redução no volume 
 celular sem alteração no número de células 
 Feito por Bruna Pitanga 
 Quando a gente tem um indivíduo que está acamado 
 ou o indivíduo que sofreu acidente automobilístico 
 ou o indivíduo que tem uma doença debilitante, esse 
 indivíduo que fica sem movimentar um membro, isso 
 conseguimos ver em indivíduos mais idosos com 
 comorbidades limitantes para o movimento, essa 
 perda do tecido muscular é bastante considerável e 
 podemos ver a atrofia dos membros. Esse tipo de 
 atrofia é chamada de atrofia simples , quando você 
 tem uma diminuição do tamanho das células . 
 Ex.: atrofia de fibras musculares esqueléticas na 
 desnervação. 
 ● Atrofia numérica - devido a redução no 
 número das células 
 Existe uma condição chamada de atrofia numérica , 
 onde a gente tem a diminuição do número de 
 células , não só o tamanho. 
 Existe uma condição que é a hanseníase que leva a 
 destruição de algumas células, o desaparecimento de 
 algumas células germinativas, esses túbulos vão se 
 hialinizando. É só mais um exemplo de condição 
 onde tenho a atrofia numérica e a possibilidade de 
 ter a atrofia relacionada a diminuição do volume da 
 célula ou diminuição da quantidade de células. 
 Ex.: atrofia dos túbulos seminíferos na hanseníase 
 A atrofia patológica pode ser localizada ou 
 generalizada. 
 1) diminuição da carga (atrofia por desuso) : 
 membro fraturado, imobilizado, repouso 
 absoluto 
 Essa atrofia simples relacionada, principalmente, ao 
 desuso e é visto em doenças que fazem com que o 
 indivíduo fique acamado, fique em repouso absoluto 
 ou que esteja em uma situação pós-trauma é 
 chamada por atrofia de desuso. 
 Uma das coisas que a gente tenta fazer é estimular 
 essa movimentação, é colocar esse indivíduo mais 
 precocemente, se possível para deambular ou para 
 fazer fisioterapia para que embora essas células 
 musculares estejam atrofiadas, estão menores, elas 
 estão vivas; então assim, que conseguirmos 
 estabelecer os movimentos desse indivíduo a gente 
 consegue recuperar esse aspecto da atrofia. 
 2) perda da inervação (por atrofia por 
 desnervação) : lesão de plexo 
 Exemplos que temos também: o movimento 
 muscular é totalmente 
 relacionado a um estímulo 
 nervoso; toda vez que 
 existe alguma lesão no 
 plexo nervoso, você fica 
 sem estímulo para o 
 movimento daquele 
 grupamento celular. 
 Um exemplo é que 
 algumas vezes essas 
 fatalidades de partos 
 vaginais que são 
 tumultuosos ou 
 trabalhosos e nessa 
 situação/nessa 
 dificuldade de passar o ombro do bebê, algumas 
 vezes acaba lesionando. Ao longo da vida devemos 
 encontrar alguém que tenha sido vítima dessa 
 condição com lesão de plexo e acaba ficando com o 
 membro atrofiado por conta de uma deficiência de 
 estimulação nervosa. 
 3) diminuição do suprimento sanguíneo : doença 
 arterial oclusiva levando a atrofia (isquemia 
 ⇨ perda progressiva das células); atrofia 
 cerebral progressiva com a idade 
 (possivelmente aterosclerose diminuindo 
 suprimento sanguíneo). 
 Quando a gente não consegue fornecer uma 
 quantidade suficiente de sangue, de oxigênio e 
 nutrientes para um tecido a gente vai levando a 
 áreas de atrofia. 
 Aqui temos um cérebro 
 mais edemaciado e um 
 cérebro atrofiado, esse 
 cérebro atrofiado chama 
 muita atenção, como 
 esses sulcos são 
 proeminentes e existe 
 uma diminuição do tamanho cerebral. A atrofia 
 cerebral vai sendo vista com o envelhecimento, é 
 normal termos áreas de atrofia pelo nosso corpo por 
 conta do envelhecimento; o problema é visto em 
 condições sistêmicas que levam a essa atrofia 
 Feito por Bruna Pitanga 
 precoce quando a gente não consegue fornecer 
 sangue e demais nutrientes para essa porção. 
 A gente também vê atrofia 
 por diminuição do 
 suprimento sanguíneo, 
 principalmente em 
 pacientes com doença 
 vascular periférica, 
 diabéticos; nesses pacientes alguma área de oclusão 
 vascular pode levar o prejuízo da irrigação do 
 membro inferior que vemos essas áreas mais 
 escuras, que são áreas de isquemia já tendendo há 
 áreas de necrose. 
 Um grande problema a gente primeiro atrofia e 
 depois existe um risco considerável para morte 
 celular. 
 4) nutrição inadequada : desnutrição 
 proteico-calórica ⇨ consumo de tecido 
 adiposo ⇨ consumo de tecido muscular ⇨ 
 caquexia 
 As células precisam de 
 nutrientes para que se 
 desenvolva, para que fiquem 
 executando as suas funções 
 adequadas; um paciente 
 caquético, com uma 
 desnutrição proteico-calórica 
 começa a consumir tecido adiposo depois tecido 
 muscular e o que a gente vê é esse tecido ósseo 
 revestido por pequena quantidade de um subcutâneo 
 e pele. 
 É vista em pacientes com doenças avançadas, com 
 câncer avançado ou com outras comorbidades. 
 Então se você não fornece alimentos, se não fornece 
 substânciasadequadas para o desenvolvimento 
 celular, a gente vai atrofiando as células. 
 Porque a gente consegue recuperar o tecido adiposo, 
 o tecido muscular desse paciente se ele for tratado, 
 se for uma condição possível e a gente consegue 
 recuperar o subcutâneo, o tecido muscular? Porque 
 embora essas células estejam menores e atrofiadas, 
 elas estão vivas, não são células mortas; então, 
 existindo o estímulo e existindo a nutrição a gente 
 consegue recuperar esse indivíduo. 
 5) perda da estimulação endócrina : a perda da 
 estimulação estrogênica após a menopausa 
 resulta em atrofia fisiológica do endométrio, 
 epitélio vaginal e seios 
 Aqui mais um 
 exemplo de atrofia 
 só que aqui 
 relacionado a 
 estimulação 
 endócrina. Temos 
 um útero de 
 tamanho normal e 
 um útero de tamanho atrófico é visto com o 
 envelhecimento e algumas condições patológicas 
 podem levar a isso também, os ovários ficam mais 
 fibrosados e temos um corpo uterino bem diminuído 
 de tamanho. 
 Uma das 
 características 
 que identificamos 
 na microscopia é 
 a presença dessas 
 dilatações 
 glandulares e 
 assim a gente 
 observa um endométrio atrófico. Esse tipo de 
 alteração endometrial vemos em mulheres com mais 
 idade onde a gente tem uma atrofia endometrial. 
 Acontece de maneira mais precoce quando existe 
 uma patologia nessa mulher. 
 6) envelhecimento (atrofia senil) : por perda 
 celular, pp / / no cérebro e coração 
 Acontece atrofia também testicular, atrofia do tecido 
 mamário, atrofia das papilas gustativas e aqui está 
 relacionado a senilidade. 
 Porque que o indivíduo quando fica com mais idade 
 ele tem necessidade de colocar mais sal ou mais 
 açúcar no alimento? Porque esse indivíduo ele já tem 
 uma atrofia das papilas gustativas e não sente tanto 
 o sabor quanto um indivíduo mais jovem. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 Então essas atrofias relacionadas ao envelhecimento 
 é que vão levando as limitações que a gente vai 
 identificando em indivíduos mais velhos. 
 Desgaste do tecido ósseo, a pele existem áreas de 
 atrofia, de perda de colágeno, atrofia relacionada aos 
 ossos da mandíbula que facilita esses indivíduos de 
 perderem os dentes. 
 7) pressão : provavelmente por isquemia. 
 Ex.: tumor benigno em crescimento comprimindo 
 tecidos vizinhos. 
 Temos aqui uma 
 imagem 
 interessante de um 
 crânio, em mais 
 claro conseguimos 
 ver a calota do tecido 
 ósseo que está 
 envolvendo. O que 
 chama a atenção 
 nessa imagem é que 
 tem uma lesão, por 
 mais que a gente não 
 saiba identificar se é uma lesão maligna ou benigna 
 ou inflamatória, o que chama a atenção é que temos 
 uma calota óssea que impede grandes distensões 
 nesse tecido. Quando a gente encontra uma lesão 
 dessa, essa lesão para crescer precisa comprimir as 
 células que estão em volta, ela compete o espaço com 
 tudo que está ao redor, se ela vai crescendo ela vai 
 empurrando, espremendo o tecido que está em volta. 
 Esse tecido que está em volta que não tem para onde 
 se movimentar, ele acaba recebendo essa pressão e 
 provavelmente por isquemia essas células acabam 
 atrofiando, uma das possibilidade é você acabar 
 levando a morte dessas células dependendo do 
 tamanho da velocidade, do crescimento dessa lesão 
 tumoral. 
 Alguns conceitos que são importantes: 
 ● Hipotrofia : sinônimo de atrofia 
 ● Aplasia ou agenesia : ausência congênita de 
 um órgão 
 ● Hipoplasia : incapacidade de um órgão ou 
 estrutura de atingir o volume adulto normal 
 É um conceito muito importante. 
 A metaplasia acontece todas as vezes que uma célula 
 adulta , essa célula pode ser epitelial ou mesenquimal, 
 é substituída por outra célula adulta . 
 A metaplasia é uma alteração reversível . É uma 
 alteração onde a troca do tipo celular acontece para 
 que essa porção onde vi essa alteração celular se 
 torne mais resistente, existe alguma condição 
 naquele meio, onde aquele tipo celular não está 
 totalmente preparado para enfrentar. Então a 
 metaplasia acontece por essa substituição do tipo 
 celular para que uma célula mais resistente passe a 
 existir ali naquele ambiente adverso . 
 Pegamos essa descrição em laudos como: metaplasia 
 escamosa ou epidermóide; metaplasia apócrina, 
 óssea, endócrina, podemos pegar dessa maneira as 
 descrições microscópicas dos tipos de metaplasia. 
 Os exemplos que são mais comuns de metaplasia: 
 um deles é o trato respiratório dos indivíduos 
 tabagistas. Então temos revestindo o aparelho 
 respiratório temos: um epitélio colunar ciliado, 
 pseudoestratificado cilíndrico ciliado, esse epitélio 
 não é o epitélio mais preparado para agressão das 
 substâncias tóxicas do cigarro e da temperatura do 
 cigarro. 
 Os indivíduos tabagistas de longa data encontramos 
 áreas onde esse epitélio vai sendo substituído por um 
 epitélio escamoso. O epitélio escamoso que vamos 
 encontrando nessas áreas onde tenho a metaplasia, 
 essa alteração epitelial, é um fator de risco para 
 desenvolvimento de carcinoma escamoso do pulmão 
 desses indivíduos. 
 A metaplasia é uma alteração reversível, é uma 
 alteração adaptativa. Se o estímulo/ambiente adverso 
 não forem modificados a metaplasia pode progredir 
 para uma displasia ou neoplasia, são condições em 
 que tenho um potencial para transformação maligna. 
 Essa é uma condição importante onde tenho o 
 exemplo de metaplasia que é uma alteração celular 
 reversível e é considerado uma alteração celular 
 adaptativa. 
 Feito por Bruna Pitanga 
 ★ Epitélio colunar para o escamoso que ocorre 
 no trato respiratório (traquéia e brônquios) 
 em resposta à irritação crônica-tabagismo. 
 A gente também encontra metaplasia no colo 
 uterino, podemos encontrar descrições dessa 
 metaplasia em laudos de preventivos que é um 
 exame comum que passa por todo mundo. 
 Essa metaplasia que vemos no colo uterino podem 
 estar relacionadas principalmente a processos 
 inflamatórios, a uso de anticoncepcional que podem 
 levar áreas de ectrópio que é modificação do epitélio 
 endocervical para um pouco para fora do colo 
 uterino, então pode favorecer ao favorecimento de 
 metaplasia. 
 ★ Epitélio 
 colunar em epitélio 
 escamosos por 
 cálculos nos ductos 
 excretores das 
 glândulas salivares, 
 pâncreas ou ductos 
 biliares. 
 Colo uterino - JEC 
 ★ O epitélio escamoso estratificado, mais 
 resistente, é capaz de sobreviver em 
 circunstâncias nas quais o epitélio colunar 
 especializado, mais frágil, teria sido 
 destruído. 
 A segunda condição, além do tabagismo, uma outra 
 condição relacionada à metaplasia que é uma 
 condição bastante frequente é o paciente que 
 apresenta refluxo do gastroesofagiano. A gente sabe 
 que o alimento vai sendo impulsionado pelo 
 peristaltismo de maneira sempre progressiva para 
 baixo; a gente sabe que quando o alimento chega no 
 estômago vai ser adicionado de substâncias, 
 principalmente o ácido clorídrico, que vão fazer com 
 que esse alimento fique mais ácido. 
 Uma outra coisa é que o epitélio que temos no 
 esófago é um epitélio diferente do que a gente tem 
 no estômago. 
 Qual é o epitélio que temos no esôfago? é o epitélio 
 escamoso; e no estômago assim como no intestino a 
 gente tem um epitélio colunar/cilíndrico.

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