Buscar

Prova-3-Patologia-Geral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

11/07
Reparo Tecidual
O que é reparação tecidual? É o que vai acontecer se a resposta final for satisfatória no processo inflamatório. Então depois que um agente ou a situação que causou a lesão desenvolveu a inflamação, ela foi eliminada e depois contida, vamos ter uma substituição ou a reparação/regeneração. O que vai dizer ao organismo se irá substituir ou regenerar o que era antes? Vai ser de acordo com células desenvolvidas, com o tecido agredido, com o tamanho da lesão. Então, em algumas situações terá reparação parcial e outras só vai ter substituição porque não tem o tecido para organizar de novo. Em alguns casos, pode ter uma regeneração, mas ela pode não ser totalmente funcional. 
Basicamente o reparo tecidual pode ser a regeneração ou a cicatrização. Na regeneração repara as células normais e o órgão volta a funcionar novamente com as mesmas funções. Já na cicatrização terá uma substituição de células, então aquelas células daquele tecido não vão mais proliferar e vão proliferar outras células. Normalmente, no caso da cicatrização o que prolifera são colágeno e tecido conjuntivo fibroso, formando uma cicatriz em uma área fibrosa. Isso vai estar ligado diretamente com a lesão, ao tamanho do tecido, ao tamanho do ferimento, a distribuição da lesão (as pequenas tem maior chance de regenerar do que quando está no órgão inteiro) e também relacionado ao tipo de tecido. Alguns tecidos tem a capacidade de multiplicar rápido as suas células então terá uma reparação, outros tecidos as células nem conseguem se multiplicar então terá uma cicatrização.
A regeneração, normalmente, teria que ser completa como pode se ver nesse lóbulo hepático. O que vai acontecer se tiver o lóbulo hepático e, por exemplo, por falta de sangue e por algum motivo essas células que são os hepatócitos, que estão formando os cordões, começarem a morrer? O fígado vai pegar as células que ainda não morreram, elas irão se multiplicar e regenerar o órgão, mas nem sempre vamos ver isso acontecendo de novo, em algumas situações podemos ver isso aqui. Por que isso vai acontecer? Porque nem sempre só as células do fígado (hepatócitos) vão morrer. Normalmente entre os cordões tem espaços que são os canais biliares e vasos. Então, terá tecido conjuntivo, artérias e veias passando aqui junto. Quando só o hepatócito morre, é fácil ele regenerar e voltar a formar, por exemplo, o órgão na forma normal. Se durante a morte do tecido, o tecido de sustentação dos vasos morrerem, o que vai acontecer? A gente não tem essa orientação aqui? Os hepatócitos vão começar a se proliferar de qualquer jeito e vai ter uma imagem diferente que seria o lóbulo normal, vai ter muitas vezes o que é chamado de lóbulo de regeneração. Ou seja, essas células que estão aqui são células novas, funcionais, mas pelo arranjo que elas se multiplicaram, o órgão não vai ser totalmente funcional. 
Imagina, por exemplo, essa área aqui tendo que drenar a bile que está sendo produzida e jogar para a vesícula biliar. O que ela vai fazer? Não existe canalículos? Imagina o oxigênio e os nutrientes que estão chegando tendo que ser distribuídos para todos os hepatócitos, eles não vão chegar de forma correta aqui? Então, apesar das células serem viáveis, poderem transformar enzimas, transformar alimentos em glicose, detoxificar amônia, elas não vão funcionar certo porque não vai ter a estrutura toda ao redor dando suporte para isso acontecer de forma adequada. Então, vai ter um número de células do fígado, por exemplo, e regeneração, só que na regeneração onde as células são funcionais, mas a estrutura não foi regenerada e com isso aquela área não é funcional. Por exemplo, se tivermos um fígado com cirrose, as áreas que estiverem com fibrose ou com substituição de tecido, não funcionam. Essas áreas aqui também não funcionam, apesar de as células terem todo o potencial para funcionar. Então, esse tipo de regeneração não é funcional do ponto de vista do funcionando do organismo inteiro. O ideal é que tenha sempre uma regeneração completa e o órgão volte a funcionar normalmente depois da lesão, mas em algumas situações a gente não vai ver isso acontecendo.
Teremos uma imagem macroscópica disso, por exemplo. Esses nódulos que estamos vendo, são nódulos onde o fígado multiplicou, não da forma ordenada formando lóbulos hepáticos, mas formando essas nódulos algumas vezes tão grandes que vemos macroscopicamente. Eles estão amarelados, porque a gordura está se acumulando ali eles estão entrando em degeneração e necrose, porque o funcionamento do órgão inteiro não é adequado. E microscopicamente vemos dessa forma.
Quando que vai acontecer esse tipo de alteração? Quando que o organismo vai dizer se temos uma regeneração completa, uma regeneração que não é totalmente completa, ou uma cicatrização? Quando tiver dependendo do tecido ou do local envolvido. Então uma coisa que é importante para ter ou não uma regeneração é o tipo de célula envolvida. Basicamente no organismo, divide-se as células em 3 tipos: 
· Células lábeis: que estão se multiplicando rapidamente o tempo todo. Então são células da pele, células do intestino, células linfoides. Diariamente estão perdendo células que estão morrendo e diariamente são substituídas. Em aves, por exemplo, em uma semana todo o epitélio do intestino já foi substituído por células novas. Imagina se acontece uma lesão na pele, essas células começam a se multiplicar rapidamente e substituem aquela área que foi destruída pela bactéria/inflamação. Lábeis se multiplicam muito rápido e a chance de regeneração é muito maior do que as outras células.
· Células estáveis: são células que não se multiplicam o tempo todo, quando precisa elas se multiplicam, mas em algumas situações elas podem se multiplicar muito rápido. Por exemplo, os órgãos parenquimatosos: fígado, rim, principalmente glândulas – mamárias, sudoríparas, sebáceas, salivares. Elas tendo estímulos adequados se multiplicam muito rápido. Por isso que se consegue efetuar um transplante de fígado, tirando metade do fígado de uma pessoa, passando para a outra e no final as duas pessoas passam a ter o fígado completo. Estáveis não se multiplicam o tempo todo, mas conseguem se multiplicar e também quem mais vai conseguir fazer uma regeneração.
· Células permanentes: praticamente não se multiplicam como é o caso dos neurônios. Ou se multiplicam muito devagar que levam semanas/meses para regenerar um tecido perdido. Então, são células em que são mais rápido ocorrer uma fibrose ou uma cicatrização do que a regeneração. São lesões que podem ser vistas, por exemplo, no SNC, músculos cardíaco e esquelético.
Então, as primeiras coisas envolvidas são as células. Além disso, vamos ver que outros fatores como tamanho da lesão, tempo de duração também estão envolvidos. Então, se formos ver as células são importantes. Normalmente, na regeneração (órgão voltar ao normal) vão ser vistas células lábeis e estáveis. Cicatrização ocorre em qualquer tipo. Então, dependendo do tamanho da lesão, a gente vai ver uma cicatriz na pele, no intestino ou se for em um neurônio, com certeza, terá uma cicatrização.
Outra coisa importante é o tecido de sustentação: vasos, tecidos conjuntivos, nervos... se eles forem destruídos é mais provável ter uma cicatrização no lugar do que uma regeneração. Se o tecido de sustentação estiver íntegro é muito mais fácil aquele tecido regenerar e recuperar no animal.
Na gravidade da lesão, quanto menos grave mais fácil de voltar ao normal e quanto mais grave mais fácil de ter substituição de células. E o estágio da lesão, está ligado diretamente com a gravidade. As agudas tendem a ser menores e mais rápidas de serem resolvidas, então consequentemente tem uma regeneração maior.
Quando falamos em cicatrização, ela tem semelhante à inflamação diferentes fases. Normalmente é dividido em 3 fases: Inflamatória; proliferativa (fibroblástica); Maturação e Remodelagem. A fase inflamatória tem todos os processos de inflamação. Então desde a chegada do agente à restituição do tecido, o combate das causasinflamatórias agudas ou crônicas, e a eliminação do agente. Isso é importante por quê? Para o tecido começar a regenerar, ele precisa que não tenha mais a lesão ou o agente agredindo. Por exemplo, se tiver uma lesão de pele extensa e a bactéria tiver em toda a extensão não vai começar a regeneração. Mas no momento em que uma área da pele já tiver ausência de bactéria, já tiver com os restos mortos removidos, aquela área já pode começar a se regenerar ou cicatrizar. A fase de proliferação é onde as células que vão promover a cicatrização vão proliferar. E a fase de maturação e remodelagem no caso da regeneração logo depois que acabar a fase inflamatória o próprio órgão começa a se multiplicar e as células vão substituir o tecido que foi perdido por células novas. No caso da cicatrização, tem proliferação de outras células e essas células então vão precisar amadurecer para formar o tecido que irá substituir a área que foi perdida. Basicamente, a diferença da cicatrização para regeneração é que a regeneração só vai ter duas fases (inflamatória e proliferativa) e na cicatrização tem a terceira que é essa de remodelagem.
· Fase inflamatória: tem muitos tipos de lesões. Começa com hemostasia, se pensar em um corte na pele, o corte provoca rompimento de vasos, destruição de células e entrada de bactérias. Então, a primeira coisa que o organismo vai fazer é a parada do sangramento (coagulação do sangue/estancamento da hemorragia). Com isso já começa a atuação de células inflamatórias, vai tendo a liberação de mediadores químicos, os neutrófilos começam a sair dos vasos. Se for uma inflamação crônica não vai ter hemorragia e estancamento do sangue, mas os macrófagos vão estar saindo dos vasos, proliferando nos tecidos e destruindo/absorvendo as células mortas. Isso tudo é essencial para a regeneração e para a cicatrização. Então, todo o processo inflamatório quando ele terminar naquela área especifica vai começar o processo de substituição/reparação. Praticamente, essa primeira fase é tudo que a gente viu até agora, seja uma inflamação aguda ou crônica que vamos ver acontecendo terminando com a destruição do agente, inclusive com macrófagos fagocitando as células mortas. Se pegarmos uma imagem de uma lesão, nas primeiras horas/dias vai ter a formação de um coágulo (fibrina), estancamento de sangramento, grande área perdida de tecido e nesse momento começa a sair os neutrófilos dos vasos junto com os mediadores, macrófagos do tecido e os fibroblastos já começam a sinalizar e multiplicar, principalmente macrófagos, e vão começar a reabsorver tudo que tiver ali tendo inicio a inflamação. Quando a inflamação se resolver (podendo ser uma inflamação aguda que um dia se resolveu, uma mais duradoura devido a um corte grande em uma semana ou uma crônica depois de um mês) entra a próxima fase.
· Fase fibroblástica: os macrófagos que estavam ali fagocitando as células mortas, vão começar a sinalizar/liberar substâncias que vão começar a estimular a proliferação de fibroblastos e a produção de colágeno. Fibroblastos que estão no tecido vão sendo estimulados pelas células que estão ali, principalmente macrófagos que estão tirando os restos dos detritos, eles começam a se multiplicar e a produzir colágeno que será depositado nessa ferida. Com isso, terá uma substituição daquele buraco que se formou na área da lesão. Então, se pensarmos vamos ter, por exemplo, uma pele que sofreu um corte, nessa área vai ter o inicio de uma inflamação e quando se resolver, os fibroblastos que estão aqui, principalmente na periferia, vão se multiplicando e produzindo colágeno que vão se depositando no meio. Isso vai acontecendo das beiradas para dentro até toda a área da lesão fica substituída/proliferada de fibroblastos e colágenos. Inclusive, muitas das vezes tem-se aumento de volume, essa ferida acaba sendo um pouco maior porque tem uma produção um pouco maior de colágeno do que o buraco que estava ali formado. Só que junto com esses fibroblastos vai acontecer vasos começam a se proliferar pra dentro da lesão pra levar nutrientes e oxigênio para dentro dessa lesão. Então, o que vamos ter? Formação de novo vasos. Por exemplo, em uma lesão de pele, no local que está tendo a cicatrização vai ter muito mais vasos do que nos tecidos ao redor. Os fibroblastos inicialmente não vão ser igual a gente vê no tecido conjuntivo fibroso, a gente vê uma célula com núcleo grande e o citoplasma maior, isso é semelhante a uma fibra muscular, por isso são denominados fibroblastos porque são grandes, produzem colágeno que vai depositar ao redor deles. Então, no inicio dessa fase fibroblástica começa a perceber proliferação de vasos, proliferação desses fibroblastos aumentados de volume, chamados de miofibroblastos e a produção de colágeno. A medida que passa o tempo, os fibroblastos amadurecem ficam com o núcleo mais condensado e o citoplasma também fica mais delgado. O colágeno também amadurece e fica mais próximo um do outro. A ferida então se contrai. Por exemplo, quando se tem um infarto no rim a última fase, quando já se tem uma cicatriz vemos uma depressão na superfície renal. Isso acontece por que a área que morreu foi substituída por tecido fibroso e quando o tecido amadureceu, contraiu formando a depressão. A mesma coisa acontece na pele. Quanto maior for a lesão, maior é a contração da ferida, por que mais tecido teve que proliferar e quando amadureceu diminuiu de tamanho, que é a transformação e remodelagem do tecido. Na primeira fase da cicatrização quando o tecido está se proliferando, ao fazer um corte histológico na pele observamos muitos vasos formados novamente, células grandes (miofibroblastos) que produzem colágeno, e o colágeno. A medida que isso amadurecer haverá contração, aproximando as estruturas. Externamente e macroscopicamente percebemos proliferação de tecido rico em vasos (vermelho), mais macio e esponjoso que o tecido normal – Tecido de granulação (na maioria das vezes é benéfico pra substituir o tecido perdido, mas pode acontecer de proliferar mais que o normal, o que é muito comum em equinos). A medida que o tempo passa, o epitélio vai cobrindo essa ferida e forma então a cicatriz. Em lesões pequenas é comum a dificuldade de perceber a cicatrização. Então, quando falamos da fase fibroblástica devemos lembrar desse tecido de granulação (colágeno em grande quantidade, macrófagos, fibroblastos, e formação de vasos e tecido). 
· Fase de remodelagem: fibroblastos amadurecem ficando pequenos e densos, o colágeno também amadurece ficando mais próximo, diminuição dos vasos e não tem mais chegada de células (inflamatórias). Dependendo do tamanho da lesão podemos ter a regeneração do tecido igual ao normal (se for pequena, pouco grave), ou a cicatrização (lesão mais extensa). Em alguns casos, podemos ter fibrose onde várias áreas do órgão estão morrendo ao mesmo tempo por causa de algum agente (cirrose no fígado, insuficiência renal crônica...), nesses casos quando é no órgão inteiro pode levar a morte. 
Na patologia (e também na cirurgia) damos nomes a dois tipos de cicatrização que podem ocorrer, que estão ligados a quantidade de tecido de granulação que será produzido e tamanho da cicatriz final: 
· Cicatrização de primeira intenção: qualquer ferida com lesão pequena. Ex: feridas cirúrgicas, onde os bordos da lesão estão muito próximos. Nas primeiras horas da lesão, teremos neutrófilos chegando. Depois de 48h já terá proliferação de células para repor o tecido. Aproximadamente no terceiro dia, os neutrófilos já começam a sumir e percebe-se o tecido de granulação. No quinto dia já se tem grande quantidade de vasos, e inicio de proliferação de epitélio. Aproximadamente em uma semana já se tem colágeno, fibroblastos. Dentro de um mês essa cicatriz está totalmente formada. Não teremos pelos e nem secreção de glândulas nessas áreas. 
· Cicatrização de segunda intenção: as lesões são graves (perdas excessivas de tecido) ou contaminadas. Área grande lesada, formando mais tecido fibroso. O tempo de inflamação vai ser maior, mas as fazessão as mesmas. O tamanho da cicatriz será maior. Há exarcebação da produção de tecido de granulação, e posteriormente maior contração da ferida. 
A contração na cicatrização ou grande quantidade de tecido de granulação estará associada a: 
· Área perdida;
· Tamanho da lesão;
· Condição do animal (ligado a doenças que podem influenciar a cicatrização, por exemplo a contaminação por bactérias, presença de hormônios e glicocorticoides)
· Extensão da lesão;
· Fatores nutricionais. A gente pode que ver que fatores nutricionais muitas vezes estão ligados à essa ulceração de feridas que muitas vezes estão ligadas com doenças como o diabetes ,muitas vezes essas feridas não formam um epitélio ,não formam tecido de granulação porque muitas vezes os vasos que estão prejudicados e muitas vezes o excesso de açúcar no sangue prejudica a formação do colágeno e do tecido de granulação ,assim animais com diabetes tem problema na cicatrização e animais com problemas circulatórios também possuem esse problema porque isso diminúi a chegada de sangue e a chegada de nutrientes nessas feridas ,e a lesão está associada com cirurgias e com a contaminação bacteriana ,então muitas vezes a gente tem um pocesso circulatório ,só que por algum motivo isso naõ se completa então a gente vai ver uma lesão de pubes a gente tem um início da cicatrização só que as bactérias penetraram ali e necrosaram o tecido ,a inflamação reiniciou e a gente tem uma infiltração de macrófagos ,a saída de neutrófilos ,um material purulento e aqueles pontos não conseguem manter a pele unida e isso começa á se abrir e muitas vezes vai se disseminando e o tecido vai sendo necrosado e perdido ,uma cirurgia que era pra ser simples ,acaba sendo mais complexa e o que muitas vezes tem que ser feito é a retirada desse tecido necrosante e tentar fazer a cicatrização de uma maneira correta ou animais com diabetes é muito comum a gente ter uma lesão simples no pé, na mão que não se cicatrizam onde esses tecidos ficam abertos ,expostos á bactérias ,isso acontece normalmente em extremidades mas pode ocorrer em qualquer parte do corpo.
O contrário também pode acontecer ao invés de não fechar a cicatriz se forma mas se forma em excesso por exemplo é o que acontece em equinos onde a gente tem a formação de um tecido de granulação externo ,o animal tem a lesão como por exemplo um equino que cortou a pata em um arame ,esse tecido de granulação se prolifera só que ao invés de se proliferar só o suficiente pra cobrir a ferida ele se prolifera em excesso e forma uma massa no local 2 á 3 vezes maior que a própria lesão onde ele se originou ,muitas vezes as pessoas fazem tratamento com água gelada e escarificação pra tentar diminuir a produção desse tecido em equinos é muito comum mas isso pode acontecer em outras espécies ,outra coisa que pode acontecer é queloide isso a gente vai ver em animais um pouco menos que em humanos onde a gente tem uma quantidade normal de fibroblastos só que eles produzem muito colágeno e ao invés de produzir o suficiente pra cobrir a ferida ele forma uma cicatriz aumentada de volume, então quem tem problema com formação de queloide antes de fazer uma cirurgia tem que tomar remédios que diminuem a produção de colágeno justamente pra não acontecer isso ,uma cicatriz pequena acaba tendo um aumento de volume e uma deformidade daquela área,muito comum em mulheres na cesariana ,e um machucado ou arranhão em algumas pessoas formam cicatrizes que em pessoas normais não formariam, com excesso de produção esse colágeno fica ali no tecido ,o queloide é visto como áreas com lesões ,com muito colágeno ,em pessoas em cirurgias na cicatrização podem formar grandes massas de 2-3 cm de altura normalmente a pessoa desde pequeno já sabe dessa pré-disposição,nesse sentido existem culturas na ÁFRICA E NA ÁSIA que fazem essa formação de colágeno proposital.Nessa área não cresce pelo e não há muita sensibilidade.Em humanos já se percebeu que negros e asiáticos tem uma propensão maior de formar queloide do que outras raças.Em animais a formação de queloides é muito pequena mas já se sabe que em cães a propensão é maior.Em equinos a gente tem a formação de um tecido de granulação normais em algumas áreas e em outras isso é formado em excesso ,isso muitas vezes vai ser um incômodo e qualquer batida naquela área vai sangrar porque são cheios de vasos e muitas vezes podem entrar bactérias e miiase ,então é feito um tratamento preventivo ,macroscopicamente esse tecido de granulação em cavalos é igual a pitiose então muitas vezes o M.V não consegue dizer se aquilo é um fungo,um tecido de granulação ou um abrodema que é uma larva que também causa esse tipo de lesão, se for abrodema a gente vai ter inflamação ,eosinófilos e se for a pitiose teremos aquela inflamação piogranulomatosa e assim é tratado com antibióticos e se for só o tecido de granulação tem que se escarificar para impedir que essa lesão fique ali.Macroscopicamente as imagens são iguais e microscopicamente a primeira é uma pitiose e a segunda um tecido de granulação ,no primeiro vai se reverter sozinho ,no segundo pode se contaminar e dar uma assepsia ,quando a gente olha um tecido de granulação vamos ver muitos vasos ,fibroblastos e colágeno e a medida que isso vai amadurecendo vão ter áreas mais firmes com tecido fibroso ,em alguns casos a gente pode ver o contrário na hora de cicatrizar ,a ferida cicatrizou e se contraiu muito e acaba formando uma coisa anormal ,uma área depressiva isso é mais comum em humanos e é uma lesão estética.No GERAL o processo de cicatrização é igual a diferença é na quantidade de tecido e quando se fala em osso a gente não tem uma cicatrização ,não forma uma substituição por tecido fibroso ,a gente tem uma CONSOLIDAÇÃO no início a gente tem uma lesão óssea ,o osso ao redor dele teremos o periósteo se proliferando causando um aumento de volume ,esse periósteo prolifera pra dentro do osso quebrado e a gente tem a formação de uma massa de tecido fibroso ao redor da fratura só que esse tecido fibroso não vai amadurecer igual na cicatrização ele vai começar á se transformar em osso isso é uma coisa que pode acontecer o fibroblasto pode virar vários tecidos mesenquimais (osso,cartilagem...) e Todo periósteo que proliferou vai virar um calo ósseo e dar sustentação á fratura e gradativamente os osteoclastos vão começar reabsorver o excesso e gradativamente vamos ter o osso voltando ao normal,temos a proliferação de tecido fibroso mas a gente não tem cicatriz nem tecido de granulação .Em alguns casos a gente tem lesões que não são focais mas são disseminadas no órgão inteiro a gente vai ter uma fibrose ,como por exemplo um rim que tem uma lesão que vai se espalhando ,vai ter a morte do tecido e a substituição por tecido fibroso ,normalmente isso é uma grande quantidade de tecido fibroso sendo produzido em vários locais do órgão e muitas vezes isso é em mais da metade do órgão isso vai fazer com que esse órgão não consiga funcionar normalmente e o animal vai apresentar sinais ,se for no rim insuficiência renal, fígado ele vai ter lesões hepáticas ,pulmão dificuldade respiratória extensa ,quando a gente fala em fígado podemos falar em cirrose que é a mesma coisa que fibrose ,e é um fígado onde mais da metade dele está tomada por tecido fibroso isso pode ser causado por toxinas ,plantas.FÍGADO E PULMÃO é muito comum ser associado com insuficiência cardíaca e o fígado em noz moscada seria o início de uma cirrose ,onde a gente tem uma congestão dos hepatócitos e aqueles hepatócitos que não estão recebendo sangue vão morrendo e serem substituídos por tecido fibroso e isso vai acontecendo no órgão inteiro e o animal vai ter sinais de falência.A gente vai ter um órgão menor que o tamanho normal ,sua cicatrização vai ser igual á uma numa área focal ,e muitas vezes vamos ter os lóbulos na superfície porque a fibrose faz com que eles se contraem e diminuem de tamanho ,no caso do fígado ainda tem os nódulos de regeneração pra fora da superfície trazendo uma rugosidade mais acentuada ,no rim porinsuficiência renal isso vai ser menor esses órgãos vão ser sempre mais claros por causa da cicatrização .Na histologia a gente vê o fígado com áreas claras com proliferação de tecido fibroso e áreas rosa que são áreas normais ,sem hepatócitos e com células de substituição e com as áreas com os nódulos de regeneração e células hepáticas afuncionais ,esse animal começa á ficar amarelo ,com hemorragia e acaba morrendo,em colorações especiais tudo que está em azul é tecido fibroso e o que ficou em vermelho hepático,isso é visto em doenças sistêmicas e ele acaba morrendo por falência de órgãos. 
25/07
Distúrbios do crescimento
O próximo capítulo que vocês vão ver são os Distúrbios do crescimento e as Neoplasias. Esses capítulos são mais conceitos, mas é importante que vocês tenham esses conceitos firmes na cabeça de vocês porque vocês vão precisar para fazer diferencial. 
1. Agenesia = sempre quando tem o “a” na frente significa ausência, não formação. A = ausência Genesia = formação. Então tem-se a ausência de um determinado órgão, ou seja, lá onde deveria estar o órgão não tem nada... não tem tecido conjuntivo, não tem gordura, não tem o seu primórdio; é ausência completa dele. Ele é frequente na forma de agenesia renal (quando é em órgãos pares, não vai matar o animal porque o outro órgão compensa). 
2. Aplasia = também é ausência de um órgão mas você tem o primórdio do órgão presente. Não é que você vai enxergar o órgão, esse primórdio podem ser células embrionárias no local, um pouco de conjuntivo onde ele estaria presente. Ex: aplasia pulmonar (ausência de determinados brônquios e um dos lados do pulmão), de timo (apenas células que formariam), aplasia segmentar (falta um segmento do intestino ou um pedaço do corpo uterino), membros curtos (faltando um pedaço).
Todas essas mal formações vocês vão sempre ouvir a gente falar defeito genético, algum vírus e assim por diante, mas na realidade a gente não sabe direito o que que causa, algumas a gente já tem comprovadamente (defeito genético, agentes tóxicos, medicamentos)... quando você fala muita coisa e não fala nada é porque não sabe.
O termo aplástico também é usado para tecidos adultos e que não têm a tendência de ser renovado. Como por exemplo a medula óssea: anemia aplásica – não tem renovação das células da medula óssea.
3. Atresia = ausência de uma abertura natural. Normalmente relaciona com órgãos ocos como a intestinal e anal que é bastante frequente (você tem uma membrana persistente; a tendência é formar o que a gente chama de fístula – ocorre um trato de tecido conjuntivo fibroso que comunica com a vagina: então se você olhar, esse animal está eliminando as fezes pela vagina). Na necropsia, você vai ter uma dilatação muito grande da porção do reto. 
4. Hipoplasia = tecido ou órgão que não atingiu o seu tamanho normal. O que pode levar a isso? Número reduzido de células que pode estar associado a um agente que destruiu essas células, ou na embriogênese você teve uma falha no condigo genético e o tecido não chegou a desenvolver. Ex: de cerebelo (causado pelo Vírus da Diarreia Viral Bovina – BVD, Virus da Panleucopenia Felina - parvovirus do gato, Vírus da Peste Suína Clássica). 
Isso você vai ver em animais jovens: incoordenação.
A Cinomose é um vírus que a gente chama de pantrófico (tem tropismo por vários tecidos), então ele pode atingir trato respiratório, gastrointestinal, SNC (movimentos involuntários)... esse vírus se replica no tecido linfoide e isso abaixa a imunidade do animal e consequentemente ele sempre vai ter bactérias/parasitos secundários. Em outros lugares que ele se replica são os epitélios, entre eles, o epitélio do esmalte dentário e destrói, há falhas na formação do esmalte: hipoplasia de esmalte. 
Hipoplasia de traqueia: Sindrome Respiratória dos Cães braquiocefálicos (pode acontecer estenose se narina – nascer fechada, prolongamento do palato mole e hipoplasia de traqueia). Hipoplasia de rim: tem toda a estrutura mas não terminou de desenvolver. Se esse rim tiver uma insuficiência, tem que ter muito dele comprometido para entrar nesse quadro e entrar em falência, enquanto um rim estiver bom, ele da conta.
5. Atrofia = redução de tamanho de um órgão após ele ter atingido o seu tamanho normal. Pode acontecer pela redução do número de células ou redução do volume das células. 
Ela pode ser fisiológica (involução: do timo, veias e artérias umbilicais, glândula mamaria após a lactação, útero após a gestação) ou patológica (deficiência no suprimento nutricional – falta substancia par a síntese dessa célula; desnervação/desuso de um membro, necrose celular, diminuição do estimulo hormonal (próstata – se castrar, a próstata vai atrofiar; útero – antes e depois da gestação), tumores de adrenal (chamados ‘funcionais’: uma produz excesso de hormônio e a outra atrofia), parvovirose (gastroenterite: o vírus tem tropismo pelas células da cripta, ele necrosa essas células, essas células descamam e caem lá na luz do órgão, as criptas atrofiam: animal que excreta mais do que absorve).
Cavalo roncador: linfonodos aumentados podem fazer pressão no nervo laringeal recorrente esquerdo, todos os músculos da laringe que são inervados por ele irão reduzir de tamanho.Atrofia Serosa da gordura: quando o animal tem doença crônica, não esta se alimentando direito e começa a queimar gordura como fonte de energia. Entao, a gordura corporal dele começa a reduzir de volume (aspecto gelatinoso). Intestino de cães com parvovirose: quadro hemorrágico, a mucosa intestinal fica alta e espessa (comparada a pele de uma pessoa velha), vilosidade atrofiou e possui uma inflamação.Animal com as costelas aparecendo: atrofia muscular progressiva, causada pela desnutrição.
6. Hipertrofia = aumento de volume de um tecido ou órgão pelo aumento do volume das células, ocorre em órgãos em que as células não conseguem se dividir. A hipertrofia pode ser patológica ou fisiológica. Glândula mamaria em lactação (hipertrofia e hiperplasia), hipertrofia cardíaca (necessidade de mandar mais sangue), hipertrofia muscular (não pode ser hiperplasia, pois as células do musculo não se dividem).
7. Hiperplasia = aumento de volume ou tamanho de um tecido ou órgão, pelo aumento do número de células. Pode ser fisiológica ou patológica. Fisiológica: útero (hipertrofia também) durante a gestação, glândula mamaria durante a lactação. Patológica: Eimeriastiedae que parasita ducto biliar de coelho, age como fator irritante, necrosando o epitélio do ducto biliar, já que a célula do fígado consegue se dividir, então se tem uma hiperplasia. Hiperplasia endometrial cística (piometra) em cadelas: processo inflamatório em toda parede do útero, a progesterona pode levar a uma hiperplasia do endométrio (normalmente ocorre após o cio), porém o animal pode ter somente a hiperplasia endometrial cística e não ter piometra, terá piometra somente se houver bactéria (hiperplasia contaminada = piometra). Hiperplasia do parênquima hepático (cirrose). 
Em cães é mais frequente hiperplasia em próstata do que neoplasia, em homens é mais frequente neoplasia em próstata do que hiperplasia. Neoplasias não são responsivas a castração a hiperplasia é. 
8. Displasia = é um termo que se usa pra microscopia que tem um crescimento anormal e desorganizado de células.
Etiologia: erros hereditários ou adquirida com alguma coisa que se usa mais ou uma irritação, inflamação que seja crônica pode levar a displasia.
Displasia não vai se enxergar, só na microscopia que se observa um crescimento do tecido de forma desorganizada.
Ex.: Animais de pele clara pode ter alguma displasia de alguma camada da epiderme antes de ter um carcinoma de células escamosas. 
Ex. de displasia: 
- Displasia de mama (não é uma neoplasia, é apenas um crescimento desorganizado das células, essas displasias podem ficar a vida inteira como uma displasia, mas são consideradas lesões pré neoplásicas) – não é porque você tem uma displasia de mama que você terá um câncer de mama, mas é uma lesão pré neoplásica.
- Displasia de mucosaoral: se você é um fumante e tem uma mancha na boca e na microscopia é considerada uma displasia, se você continuar fumando pode levar a uma neoplasia.
A diferença da displasia para a neoplasia vai ser o aspecto da célula, a displasia não infiltra a neoplasia maligna pode infiltrar.
- Displasia renal: nefropatia progressiva juvenil – túbulos renais crescem desorganizados 
- Displasia de colo uterino: papiloma vírus que estimula o crescimento desorganizado das células 
*Displasia só se vê na microscopia
9. Metaplasia = é quando se tem a transformação de um tecido adulto bem diferenciado em outro tecido da mesma linhagem germinativa. Epitelio vai transformar em epitélio e mesenquima em mesenquima. 
Ex:
- Epitelio colunar ciliado nas vias áreas se transformam para escamoso – esôfago, pele, rúmen – a causa pode ser irritação crônica, como cigarro, pneumonia crônica. O organismo entende que ele está sendo constantemente agredido e precisa de dar uma resistência, por isso, o epitélio ciliado vira escamosa para dar essa resistência. Porem o epitélio escamoso no sistema respiratório não vai ter função nenhuma. 
- Tecido conjuntivo fibroso pode virar um tecido fibroso mais delicado que a gente chama de mixomatoso pode virar cartilagem e pode virar osso – isso é uma metaplasia não é neoplásico, mas alguma coisa estimulou essa diferenciação do tecido
- Calo ósseo 
- Ossificação da duramáter – as vezes se chama osso na duramater de cão velho – não vai matar o animal, mas alguma coisa estimulou a diferenciação daquele tecido adulto bem diferenciado em um tecido correlacionado da mesma linhagem, não vai ter por exemplo epitélio pulmonar virando osso e nem o contrario, é sempre a mesma linhagem.
10. Hamartoma = crescimento focal excessivo de tecido para localização no qual eles são achados. Normalmente esses hamartomas são na forma de vasos sanguíneos e o organismo inteiro tem vasos sanguíneos, então vai haver o crescimento excessivo de vasos sanguíneos em determinado local, as vezes tem pessoas que ficam com umas manchas na pele, as vezes fica difícil de se fazer a diferenciação desse distúrbio do crescimento para a neoplasia benigna. Se tem aquele tecido naquele determinado local, mas ele está exageradamente. 
11. Coristoma = é quando se tem tecido normal em uma localização anormal 
Ex. tecido de adrenal embaixo da cápsula renal que as vezes durante a migração ficaram algumas células e cresceram. As vezes nos olhos de alguns cães se tem pêlo, o pêlo é normal a localização que é anormal, que é chamado de cisto dermoide. 
Neoplasias
Neoplasias: Neo = novo , plasia = crescimento 
Conceito: é uma massa anormal de tecido, que cresce de forma excessiva e incoordenada, independe dos aspectos estruturais e funcionais de um órgão ou tecido. Na grande maioria dos casos, persiste a crescer após a cessação dos estímulos que provocaram a alteração, onde as transformações genéticas são transmitidas ás próximas gerações de células (células filhas).
Então, se tem uma massa que está crescendo onde o organismo não tem o feedback para diminuir o crescimento, então ele não responde a esse feedback do organismo. Essas células crescem sem respeitar a arquitetura do tecido, elas vão invadindo e mesmo cessando o estimulo elas continuam a crescer. E toda aquela alteração genética daquela célula ela passará para nova geração de células. Essa massa não tem finalidade nenhuma, consome o hospedeiro, pois compete por nutrientes no hospedeiro e ela é de certa forma “autônoma”. Essa autonomia pode ficar as vezes prejudicada porque ela precisa de vasos sanguíneos para crescer,por isso essa autonomia não é completa, mas a élula tumoral quando está crescendo secreta fatores de crescimento de vasos, por isso algumas neoplasias são extremamente irrigadas.
Sinonímias
- Tumor: aumento de volume (vindo da inflamação). Quando se refere a tumor deve-se dizer se é benigno ou maligno. 
- Oncologia: oncos = tumor logia= estudo, estudo dos tumores – estudo das neoplasias.
- Câncer: se refere a um tumor maligno – do latim caranguejo: como se as células neoplásicas se agarrassem como um caranguejo, outros dizem que é porque o tumor de mama é parecido com um caranguejo. 
Quando se diz que um animal tem um câncer, você não está distinguindo em qual tecido e nem qual célula, mas você sabe que o animal tem uma neoplasia maligna.
Nomeclatura – origem 
Componentes básicos:
- Células neoplásicas que estão proliferando que é um nome que se dá e o Estroma de sustentação que é o tecido conjuntivo e vasos sanguíneos chamado de tecido fribrovascular.
Entao, para se dar nomes as neoplasias ela sempre serão classificadas em neoplasias epitelial e mesenquimal (tudo que não é epitélio é mesenquima: osso, cartilagem, tecido conjuntivo, vaso sanguíneo, vaso linfático).
Sempre que se chamar uma neoplasia de benigna se usa o sufixo “OMA”.
Ex:
- Neoplasias mesenquimais (mesodérmica):
- Neoplasia benigna de osso: osteoma 
- Neoplasia benigna de tecido adiposo: lipoma
- Neoplasia benigna de cartilagem: condroma 
- Neoplasia benigna de vaso sanguíneo: hemangioma 
- A versão maligna será falada mais adiante ao invés de usar o sufixo OMA se usa SARCOMA 
Ex:
- Neoplasia maligna de osso: osteosarcoma 
- Neoplasia maligna de vaso sanguíneo: hemangiosarcoma 
01/08
Neoplasia tem 2 componentes básicos: célula tumoral que está em proliferação e o estroma de sustentação (proliferação de tec conjuntivo e proliferação de vasos sanguíneos para nutrição e sustentação) . 
Se tem origem mesenquimal (osso, cartilagem, vaso sanguíneo,tecido adiposo, músculos e etc.) ou epitelial.
Qualquer célula pode dar origem a neoplasia
Benignas ou malignas 
Benigna nome do órgão + oma (MESENQUIMAL)
-Linfoma (tecido adiposo)
-Osteoma (osso)
-Vasos sanguíneos (hemangioma)
- Vasos linfáticos (linfagioma)
-Musculo liso (leiomioma)
-Musculo estriado (rabidomioma)
Benigna (EPITELIAL): 
NOME DO TECIDO OU ORGÃO + OMA 
Adenoma (tumor benigno epitelial de glândulas ou epitélios que microscopicamente assumem padrão glandular) Forma luz e são originados de glândulas.
Ex: Cavidade nasal, intenstinal. 
Nomes: Adenoma de glândula mamária, adenoma de glâdula sudorípara.
Papiloma (tumor benigno epitelial que tem crescimento exofitico- para fora) 
Verrugas, esofágicos, rumen , plexo coroide. 
Pólipo (tumor benigno epitelial que se projeta a partir de superfície mucosa)
Nasal, intestinal, gástrico 
Tumores mistos (tem constituintes tanto epiteliais como mesenquimais). Vão ver em glândula mamária e sudorípara (célula miopitelial pode virar cartilagem ou osso)
Tumores complexos (proliferação benigna de epitélio e do mioepitélio e não vira osso nem cartilagem). Não tem parte mesenquimal tão característica. Pode ser visto em glândula mamária e sudorípara. 
Tumor benigno: célula tronco se diferencia e se assemelha com o tecido de origem. Tumor maligno não se assemelha. 
Tumores de origem embrionária = sufixo blastoma 
Nefroblastoma(tumor embrionário do rim) animais jovens e crianças 
Neuroblastoma (tumor embrionário com presença de gânglios fora do sistema nervoso central). 
Exemplo: Boca de animal com massas proliferadas papilomas (pode ter na epiderme ou em muco-cutânea). Estão relacionados com vírus Papiloma vírus e esses tumores são auto-limitantes, aparece em animais com imunológico limitado. A localização do papiloma atrapalha (boca, esôfago). Sempre importante a localização da neoplasia.
Tumores malignos (origem mesenquimal) nome do tecido + sarcoma 
Lipossarcoma, osteossarcoma, hemangiossarcoma e etc. 
Exemplo: cão com aumento de volume na extremidade, animal tem osteossarcoma. Geralmente osteossarcoma é mais comum em raças de grande porte. É um tumor maligno de osso que cresce e pode lisar o osso normal e entrar dentro do canal e causar fraturas patológicas. 
Osteossarcoma em costela ele infiltra da costela para dentro. 
Osteossarcoma em glândula mamaria diferenciação do mioepitelio em osso maligno. Mioepitelio pode virar mesênquima.
Tumores malignos (origem epitelial) nome do tecido ou órgão +carcinoma ou carcinoma + nome do tecido.
Adenocarcinoma (tumor maligno epitelial de glândula ou que microscopicamente assuma padrão glandular) E ai dá nome da glândula. Ex : Adenocarcinoma de mama 
Carcinoma de células escamosas (tumor maligno epitelial no epitélio escamoso). Pode ser em pele, esôfago rúmen. 
Carcinoma in situ (tumor maligno epitelial in situ (está localizado, é uma fase pré-infiltrativa, ainda não atravessou a membrana basal)) . Conforme ai infiltrando já vai virando carcinoma infiltrativo. Pode ser no intestino, glândula mamária, pele. Carcinoma de células escamosas mas que ainda não é infiltrativo. 
Nos tumores mistos sempre vamos ter constituintes epiteliais e mesenquimais, vamos ter osso cartilagem nesse tumor, são tumores em glândulas que vai ter epitélio maligno também. Quando esses dois constituintes são malignos eu vou chamar de CARCINOSSARCOMA (CARCINO – parte epitelial maligna, SARCOMA – Parte mesenquimal maligna). Isso é tudo classificação microscópica das neoplasias (As vezes tenho o tumor misto, mas quem está maligno é só a parte epitelial –EX: Carcinoma em tumor misto.)
Algumas vezes, tanto os carcinomas quanto os sarcomas são indiferenciados (não lembram o tecido de origem), então as vezes você recebe um laudo de carcinoma indiferenciado, ele só está te falando que é um tumor epitelial maligno, tão maligno que nem há como saber de qual epitélio ele está falando – Nesse caso tem que utilizar de outras provas para chegar na origem dessa célula. 
Existe algumas exceções para nomenclatura de tumores
Linfoma: Tumor maligno de linfócitos. Não existe tumor benigno de linfócito (Foto: Vaca em posição de cão sentado- leucose enzoótica bovina, causada por um vírus chamado de Retrovírus. Na literatura descreve que em torno de 5% dos animais de uma propriedade que tem esse vírus desenvolve neoplasias de linfócitos. Animais começa a ter o aumento no volume dos linfonodos e essa posição de cão sentado é porque o linfonodo Ilíaco caudal é frequentemente neoplásico em casos de leucose e essas células se infiltram no canal medular comprimindo os nervos e o cordão medular). Em macroscopia os linfonodos tem cortical e medular, em neoplasias de linfócitos há a proliferação celular o que faz perder essa distinção das partes fazendo com que fique uma massa esbranquiçada e homogenia.
Melanoma: Tumor maligno de melanócitos e melanoblastos. O tumor benigno é Nevo (essas manchas da nossa pele). Na veterinária ainda se diz melanoma benigno ou melanocitoma e os malignos de Melanoma maligno (para não gerar desentendimentos). São neoplasias de melanócitos então podem ser pigmentados (significa que tem melanina nessas células) mas há também neoplasias com pouquíssimas melaninas que macroscopicamente não dá para afirmar que é um melanoma (se vê apenas uma massa branca) - Estes são chamados de AMELANÓTICOS. O fato de ter ou não melanina não significa um diagnóstico bom ou ruim... Geralmente a sobrevida de cães com melanomas de boca é de 3, 4 meses, são tumores extremamente agressivos. 
Podemos ter qualquer célula do sistema nervoso originando tumores, alguns tumores do Sistema nervoso vai depender do grau de diferenciação das células... 
Astrocitoma: Tumor benigno de astrócitos (Variam de acordo com o Grau... Grau 1 Grau 2, Grau 3, conforma os aspectos da célula)
Glioblastoma: É o pior (Blastoma: origem embrionária), extremamente agressivo.
Teratoma: (Nos slides há uma foto do cerebelo com parte pretas – que são pelos- ) Se originam de células totipotentes (células que se diferenciam em qualquer outra célula em qualquer uma das 3 camadas germinativas). Então posso olhar um teratoma e achar pelo e dente por exemplo. Nesse caso é preciso falar se é benigno ou maligno. Esse tipo de neoplasia é bastante frequente em gônadas) 
Amarcomas (???): Crescimento exagerado e desorganizado do tecido normal para aquela região. Geralmente vemos em formas de vasos sanguíneos (quantidade exagerada de vasos sanguíneos na pele por exemplo. Pode ocorrer também no pulmão, muita cartilagem brônquica.) Faz parte do tecido mas em quantidade exagerada. 
Coristoma: Não é neoplasia. É quando tem um tecido normal em uma região que não é própria dele (EX: adrenal embaixo da cápsula do rim) 
Característica que diferenciam um tumor maligno de um benigno
Tumor Benigno: Células são bem diferenciadas (Lembram o tecido de origem). O crescimento é por expansão, elas crescem para os lados (crescimento expansivo e circunscrito – as vezes dá para pega-lo e movimenta-lo). Crescimento lento – há exceções. Pode parar de crescer. Não ocorre metástase (muito importante guardar isso).
Significado clínico do tumor benigno: O problema dele geralmente é a posição... Por exemplo se estiver um tumor benigno crescendo próximo a uma grande artéria (pode romper o vaso), no Sistema nervoso, no coração, em glândulas (induz a produção de hormônios).
Tumor Maligno: As células podem ser bem diferenciadas, pouco diferenciadas ou indiferenciadas (podem lembrar a célula de origem ou não). Crescem por expansão e por infiltração. Podem crescer de forma rápida ou não (depende da neoplasia. Dentro do tumor há clones de células... Umas que fazem mais mitose, outras que são mais responsivas a tratamentos, tem células que fazem metástase, etc). Os tumores malignos raramente param de crescer. As metástases ocorrem frequentemente em neoplasias malignas.
Consequências clinicas dos tumores malignos: Depende da posição, complicações acidentais (relacionado a proximidade de vasos, etc), perigo também pelo aspecto infiltrativo, progressivo e presença de metástase. 
(Foto tumor benigno no átrio de um cão) Tumor em tecido mixomatoso – Foi crescendo progressivamente até levar a uma insuficiência cardíaca. Nota-se que é um tumor circunscrito (Dá para delimitar onde começa e onde termina)
(Foto linfoma infiltrado no coração de um cão) – Há um tecido indo em direção ao átrio . Não dá para saber onde começa e onde termina, tem certa delimitação mas percebe-se que o aspecto de crescimento é irregular. Já está todo infiltrado no miocárdio do animal. 
OBS: Diagnóstico de neoplasias não é macroscópico. 
Sempre quando formos diferenciar uma neoplasia maligna de benigna vamos seguir alguns critérios: Ritmo de crescimento, invasão e metástases. 
Diferenciação da neoplasia: Tendo diferenciação a gente escreve o quanto aquela célula lembra o tecido de origem. Então os tumores benignos sempre vão ser bem diferenciados – as células sempre vão te lembrar o tecido de origem. Crescimento que não é normal, a mesma forma. Essa lembrança do tecido de origem é tanto morfologicamente quanto a função daquela célula. Ex: Carcinoma de células escamosas de pele – Nesses epitélios a última camada (córnea) que é queratina a função dessa célula é se queratinizar e morrer... Nesse carcinoma é isso que vamos ter, queratina. Fisiologicamente ele está fazendo a função dele. 
Os tumores malignos podem ser bem diferenciados ou indiferenciados. Quando você fala que os tumores malignos são indiferenciados podemos chamar de ANAPLÁSICOS. 
Conforme for tendo estímulo para dividir, nos tumores bem diferenciados as células tumorais sofrem diferenciação, conforme ela for progredindo, pro tipo de tecido que ela deveria dar origem. Nos tumores indiferenciados (anaplásicos), essa célula tronco prolifera sem sofrer diferenciação ou essa diferenciação pode ser menor do que em um tumor diferenciado, com células de aspecto bem primitivas.
O melhor prognóstico seria um tumor maligno bem diferenciado. Isso é uma das principais coisas que se olha em um tumor: quanto que essa célula vai lembrar uma célula de origem (morfologia). 
OBS: Tumores malignos podem ser diferenciados (crescer lembrando a célula de origem), mas ele vai ter outras características de malignidade... vai infiltrar, vai sofrer metástase. Por isso a citologia pode não ser 100% garantida do diagnóstico. Um tumor maligno diferenciado pode ser visto como benigno na citologia, por não dar pra ver o tecido inteiro (se está ocorrendo infiltração,por exemplo).
Para ficar claro: Tumor benigno sempre é bem diferenciado; tumor maligno pode ser pouco diferenciado ou indiferenciado – anaplásico.
Características para dizer que o tumor é anaplásico:
1) Pleomorfismo celular – células de vários tamanhos e formas e/ou núcleos de vários tamanhos e formas (no tumor benigno será monomorfa). Núcleo hipercromáticos – quantidade abundante de DNA. Cromatina nuclear não é bem distribuída. Nas células anaplásicas podem ter proporção do núcleo/citoplasma de 1:1. 
2) Mitoses atípicas ou bizarras 
3) Células gigantes tumorais 
4) Polaridade – um tumor maligno pode crescer de qualquer jeito (desorganizado), então ele perde polaridade.
· Imagem: células tumorais, mostrando o Pleomorfismo celular.
Outra coisa que temos que olhar na diferenciação de um tumor benigno e maligno é a taxa/ritmo de crescimento. Tumores benignos tem o crescimento mais lento (podem ter exceções), malignos crescem de uma forma mais rápida, porém o ritmo dessa anaplasia pode não ser constante; essas células que proliferam não respondem a sinais do organismo, demandas de células, elas crescem do jeito que querem e quando querem. O crescimento é indeterminado.
Quanto tempo leva para produzir uma massa clinicamente identificável?
Teria que entrar 30 vezes no ciclo celular para chegar na menor massa perceptível no exame – 1g. Mais 10 ciclos para chegar em 1kg (alguns livros falam que é o máximo que pode chegar) = 90 dias o máximo que precisaria. 
Enquanto a célula vai dividindo ela vai passando a herança genética para as células-filhas. 
Coisas que podem interferir com o crescimento de massa tumoral
Células cancerosas são menos coesas, não tem desmossomos expressos. Podem se perder. Isso pode bom ou pode ser ruim. Células menos coesas conseguem se infiltrar, por exemplo. Vai depender da coagulação da célula;
Pode perder capacidade de auto renovação. Vai adquirindo mutações genéticas e não consegue se dividir mais.
Células pode entrar em GO – fase de descanso, célula pode sair do ciclo e se for requisitada voltar.
Quando vemos mitose no tumor pode ser um prognóstico ruim. Hoje existem alguns marcadores imunohistoquimicos – antígeno nuclear anti proliferação celular - que vêem se a célula está ativa no ciclo celular, se ela expressar que vai se dividir ela é marcada. 
08/08
Aula Patologia 08 de Agosto
De uma forma geral as células de neoplasias benignas tem um crescimento lento e as malignas, um crescimento mais rápido. Isso não quer dizer que não existam exceções, então a gente não pode generalizar. Quanto mais agressivo, quanto mais anaplásico o tumor, ele tem uma chance de ter um crescimento mais rápido. Porque devemos nos preocupar com isso? Porque geralmente as pessoas querem um diagnostico, as vezes você tem um prognostico de uma neoplasia maligna, de um câncer, tanto pro animal quanto pra pessoa, geralmente se quer saber a sobrevida, quanto anos essa pessoa tem antes desse tumor voltar ou não voltar e assim por diante. Então baseado nisso, fizeram experimentalmente, em nível de cultivo celular, quanto tempo demoraria para uma massa tumoral crescer para que se consiga dar o diagnostico clinico. Mas a gente sabe que o ritmo de crescimento das neoplasias não são constantes, então não tem um padrão. 
Baseado no cultivo celular, sempre que eu tenho uma neoplasia monoclonal (1 célula que se diferenciou e a partir dela surgiu a massa, essa celula entra no ciclo celular). Pensando que essa célula tem 10 micrometros, ela deveria ter 30 multiplicações desse ciclo para chegar a 1 grama. 1 grama é o tamanho da menor massa que você consegue diagnosticar através de exames. Essa célula vai sofrer mais 10 vezes esse ciclo celular para chegar a um quilograma. Então se não se perdesse célula nenhuma, o tempo pra ela chegar a 1 quilograma seria de 90 dias. Então pensando nisso, a nível de laboratório é uma coisa muito agressiva. A gente sabe que dentro das neoplasias tem-se clones ou subclones, alguns se dividem mais rapidamente, alguns são mais responsivos ao tratamento, alguns podem ficar parados dentro do ciclo celular e assim por diante. Porque se não, o prognostico seria sempre muito reservado. Com esse diagnostico de uma neoplasia maligna, com 90 dias o animal poderia estar morto.
Fatores que podem influenciar no crescimento das neoplasias
Pensando que você tem uma célula, uma massa, algumas coisas podem influenciar em seu crescimento. Algumas células neoplásicas são menos coesas, principalmente tumores epiteliais, deixam de expressar aderinas que são moléculas de adesão. Então ela sendo menos coesa, isso facilita a implantação dessas células em outros lugares, então a massa não vai crescer, mas perde-se células por semeaduras em outros tecidos. Isso é uma das coisas que podem influenciar o crescimento daquela massa primaria. 
Conforme essa celula tumoral vai dividindo, ela vai anexando ao seu genoma mutações, alterações, e pode chegar a uma fase de sua fase em que não consegue mais se dividir, se auto-renovar, isso seria uma coisa boa, com algumas células pode acontecer isso.
As células podem entrar naquela fase de descanso no ciclo celular, que chamamos de fase GO, ela pode parar por meses, anos e depois voltar ao ciclo celular. Então algumas vezes, o animal tem uma neoplasia que estava crescendo vagarosamente, durante meses e anos e de repente ela duplica, triplica o tamanho. Isso pode acontecer porque ele esta respondendo a alguma coisa durante essa fase do animal, talvez hormônios, ou conforme ela foi dividindo, foi aparecendo subclones mais agressivos. Então o fato de ter um crescimento lento e depois explosivo de uma neoplasia, tumor benigno não faz isso, geralmente é característica de um tumor maligno.
Muitas vezes o prognostico esta associado a quantidade de células que esta dividindo. Antigamente tinha que se ficar contando mitose por campo no microscópio, hoje usa-se um anticorpo produzido comercialmente direcionado a um determinado antígeno da célula, algum produto que esta nessa célula. Então você pode usar um anticorpo que é antiantigeno nuclear de proliferação celular e esse Ki67 faz essa mesma função, eu não preciso ver mitose, eu faço uma imunohistoquimica e todas as células que foram dividir, já expressam esse antígeno, então marca a célula. O prognostico então está relacionado com isso, menos de 10% de células ativas no ciclo, 15 % pode ser uma ruim para determinar as neoplasias e assim por diante, então esse é um marcador de proliferação celular. 
Outra coisa que pode influenciar o crescimento de uma massa é o suprimento sanguíneo, conforme a célula tumoral vai dividindo, ela vai secretando 2 fatores: Fator de crescimento de fibroblastos e fator de crescimento de células endoteliais. Então conforme a massa vai crescendo, vai havendo uma neovascularização junto. Alguns tumores crescem tão rapidamente, que os vasos sanguíneos não conseguem acompanhar esse desenvolvimento, então é frequente ver na clinica tumores grandes que tem necrose no centro, porque são áreas que não estão vascularizadas. Se eu tenho necrose, posso ter uma inflamação secundaria a necrose. Então o fato de se achar necrose e massas grandes com inflamação pode ser simplesmente porque essa célula dividiu muito rápido e o vaso sanguíneo que deveria proliferar junto não conseguiu acompanhar. Isso seria uma coisa boa. A célula neoplásica é esperta, conforme ela vai se dividindo, ela precisa se nutrir, então secreta fatores de crescimento endotelial e fatores de crescimento de fibroblastos, por isso que algumas neoplasias são extremamente vascularizadas, tanto que deve-se fiar ligando vasinhos pro animal não morrer de choque hipovolêmico, pois ela mesmo esta secretando fatores que permite que os vasos a acompanhe. 
Alguns tumores têm uma certa dependência hormonal, como tumores uterinos, de mama, então algumas vezes esses tumores estão “quietos” e o animal ou a mulher entra em gestação, aumenta hormônio, esses tumores têm receptores para estrógeno e progesterona, então uma vez em contato com esses receptores,a célula começa a entrar em divisão. Então as vezes tem mulheres que durante a gestação aparecem tumores e mama, uterinos, mesma coisa em cadelas no cio. São tumores responsivos a hormônios.
Na extremidade do DNA tem-se telomeros, conforme a célula vai dividindo, esses telomeros vão encurtando, então chega uma fase da célula velha que não se tem mais esses telomeros que ajudam na replicação dessa célula. Células de feto, células jovens, expressam uma enzima chamada de telomerase. As células neoplásicas podem expressar telomerase pro resto da vida delas então isso permite que a célula esteja sempre dividindo. 
Apoptose é a morte celular programada, você tem genes no seu organismo que são chamados genes da apoptose, que é o chamado gene P53. Cada vez que tiver uma divisão celular, pode ter falha no código genético, o P53 vai la e estimula o que a gente chama de gene do reparo celular. Então ele vai la e repara. Existem alguns tumores que, se o gene do reparo não deu conta, o P53 estimula a morte celular programada. Então esta célula que esta alterada, morre. Existem algumas pessoas que tem falha no gente P53, então por exemplo, tem-se um processo inflamatório, como colites ulcerativas, se o individuo tiver uma falha no gene do reparo, cada vez que tiver estimulo de divisão da célula, ou se teve alguma coisa errada nesse DNA, ela vai propagar e passar para as células filhas aquela mutação, porque o P53 não esta atuante, não estimulando o gene do reparo e não ocorre a apoptose.
Então tudo isso são fatores que vão estimular o crescimento de uma massa tumoral.
Outra coisa que a gente sempre olha pra falar se um tumor é benigno ou maligno, é a capacidade de invasão desse tumor, o que chamamos de invasão local. De uma forma geral, os tumores benignos crescem por expansão, crescem para o lado. Esse crescimento por expansão é lento na grande maioria, e o tecido conjuntivo normal que esta periférico ao tumor pode estimular a formação de uma capsula de tecido conjuntivo que envolve essa massa tumoral. Então esses tumores de crescimento lento muitas vezes estão encapsulados, isso é uma coisa boa porque sua retirada é mais fácil. 
Os tumores malignos crescem por expansão e por infiltração, então eles se infiltram nos planos mais profundos, muitas vezes não é possível delimitar a margem desses tumores, pois estão infiltrados. É justamente essa capacidade de infiltração deles que faz com que as células tumorais progressivamente vão destruindo os tecidos normais. Essa capacidade também ajuda com que essas células possam entrar em vasos sanguíneos e linfáticos. 
Por mais que se tenha um câncer, você considera ele bem delimitado, eu olho macroscopicamente, consigo ver que ele esta aqui. Sempre nas cirurgias você deve retirar essa neoplasia com o que chamamos de margem de segurança, tem que tirar com tecido normal junto, porque eu estou enxergando a massa e não se ele esta infiltrando pro lado. Então nas cirurgias em que o tumor é muito bem dissecado, pode ter ficado células neoplásicas la, deixando um pedaço do tumor pra tras. Então sempre deve ser retirado com margem de segurança. E por isso que a localização em determinados locais fica complicado, como você vai tirar um tumor de gengiva com margem de segurança? Por isso que as vezes tira-se metade da maxila, da mandíbula dependendo de onde esta o tumor. Dependendo da localização, compromete a chamada margem de segurança. 
Chamando de novo a atenção pra essa importância da invasividade das neoplasias nos tecidos, posso dar de novo o exemplo pra vocês dos carcinomas in sittu, que é um tumor maligno epitelial. Sempre circundando o epitélio tem o que se chama de membrana basal, os carcinomas in sittu são aqueles que não invadiram a membrana basal ainda, e esse é o melhor prognóstico na neoplasia maligna. Entao conforme ele vai secretando substâncias que vão degradando a mambrana basal, a matriz extracelular, ele deixa de ser in sittu e vira um carcinoma invasivo, aí o prognóstico já muda. Por isso a importância da invasividade para se fazer o diferencial de tumor maligno ou benígno. Esse é mais um motivo também para tirar com margem. 
Outra coisa importante pra diferenciar tumor benigno de maligno, é a capacidade da neoplasia de realizar metástase. METÁSTASE é cada vez que você acha células neoplásica distante do foco/tumor primário, ou seja, esse tumor está espalhando pelo organismo, está se disseminando. TUMORES BENÍGNOS NÃO FAZEM METÁSTASE, só cresce por expansão, tem comportamento lento. Então, cada vez que você achar células tumorais distantes do foco primário (distante eu falo, pode ser no linfonodo regional, ele já não esta mais no foco primário), isso é chamado de metástase. Com poucas exceções, alguns cânceres, eles não fazem metástase, é raro, eles crescem mais por infiltração: gliomas, que são tumores da célula da glia, pouco diferenciados, que nem precisa fazer metástase né, basta crescer por infiltração que ele já está fazendo u estrago no SN.; e os carcinomas de células basais, sempre quando você olha uma epiderme, você tem epiderme e você tem a derme, embaixo você tem o que a gente chama de célula basal, que vai dar origem às outras camadas da epiderme e todos os constituintes da derme. Então os carcinomas de células basais infiltram mais do que fazem metátase. Em relação ao prognóstico isso faz bastante diferença. 
Como essas células fazem metástase, como os cânceres se espalha, pelo organismo? 
Tem-se algumas vias de eliminação das neoplasias. Uma via de disseminação é implantação direta em cavidades corporais, e quando a gente fala cavidades corporais, pode ser cavidade torácica, abdominal, saco pericárdico, articulações e etc. Isso não quer dizer que se você tiver um osteossarcoma, ele não possa se encontrar lá na cavidade abdominal ou torácia, pode! Mas muito frequentemente as neoplasias que usam esse via de disseminação são os mesoteliomas, e os carcinomas de ovário, porque o ovário já esta ali na cavidade abdominal, então ele vai infiltrando os tecidos. Os mesoteliomas: todas as serosas são revestidas por uma célula que a gente chama de mesotélio, eu não enxergo essas células. Quando eu tenho tumor dela, ela fica retinha, então é um tumor que não infiltra nos tecidos, recobrindo intestino, recobrindo saco pericárdico, pleura, o mesotélio está ali. E essas células podem originar tumores, como qualquer célula do organismo, pode virar uma neoplasia. 
IMAGEM: mesotelioma, em uma vaca, parece uma gordura, recobrindo cavidade abdominal, vai fazendo pressão nos tecidos, tendo prognóstico em relação à isso bem desfavorável. 
IMAGEM: intestino de um cão, e a célula tumoral por cima. Ela não infiltra o tecido, ela vai fazendo compressão. 
Isso é uma forma de apresentação das neoplasias. Caso essas células encontrem um campo aberto, elas infiltram pela superfície dos tecidos. 
IMAGEM: Isso aqui é um carcinoma bronquíolo alveolar, pulmão, que é encontrado também lá na pleura parietal desse animal. 
IMAGEM: Melanoma, também em um campo aberto, infiltrado nas cavidades torácica e abdominal, e assim por diante. Todo aquele material escuro é melanoma pigmentado crescendo por cima dos tecidos e nos tecidos. 
Outra forma de disseminação das neoplasias é a disseminação linfática. De uma forma geral os carcinomas (tumores malignos epiteliais) usam essa via. Isso não quer dizer que os sarcomas não possam usar também essa via. Se eu to falando que esse tumor invadiu o tecido linfático, qual o primeiro local de metástase dele? Linfonodo regional / linfonodo sentinela. Então geralmente esse linfonodos regionais podem agir como barreira temporária. Então não adianta tirar a neoplasia, e deixar o linfonodo sem tirar. Na medicina humana, quando faz cirurgia de neoplasias, eles inoculam um corante que segue a cadeia linfática, identificando os linfonodos para a retirada. Geralmente se tira os linfonodos regionais como preventivo, principalmente se esses linfonodos tiverem aumentados de volume, o que também não significa que tem metástase, pode estar reativo à proteínastumorais que foram perdidas por ali por exemplo. 
Outra via de disseminação é via hematógena, via vasos. Geralmente quem utiliza essas vias são os sarcomas. Formam padrão no começo, mas depois podem se disseminar por qualquer uma das vias. De uma forma geral, as veias são mais facilmente penetradas pelas células malignas do que as artérias. Isso tem a ver com espessura de parede. Mas depois, sempre associados com shunts da artéria venosa, vasos pulmonares, ele pode se disseminar tanto dentro de veia como de artéria. A disseminação hematógena, sempre você tem que fazer ultrassom ou radiografar pulmão, e fazer ultrassom abdominal, porque o fígado recebe todo o sangue do sistema porta, e o pulmão recebe todo o sangue da cava. Então dois órgãos alvos pra essas metástases são pulmão e fígado. 
IMAGEM: se a gente olhar, tem umas massinhas pequenininhas, que eram meio elásticas. Pode ser tanto metástase de carcinossarcoma de mama, como de osso. Quando você tem metástase de tumor ósseo, você não tem metástase do osso, é do tecido osteóide. Depois vai formando osso completo. E aqui um hemangiossarcoma com várias áreas de metástase no pulmão. 
Aquelas massas esbranquiçadas são metástases de neoplasia no fígado. Nesse caso aqui é uma metástase do que a gente chama de tumor venéreo transmissível canino (TVT). Geralmente é benígno, mas tem malignos também. 
Existem outras vias de disseminação, que a gente chama de via mecânica. Então, teoricamente, se você tiver fazendo cirurgia de uma neoplasia, você poderia, pelo bisturi, transportas células neoplásicas de um tecido para o outro. Por isso é necessário muito cuidado em cirurgias de neoplasias. A neoplasia que se transmite de forma mecânica é o TVT. Geralmente ocorre na genitália. Possui aspecto achatado. Como é uma célula que se esfolia muito facilmente, cada vez que um cachorro com TVT cruzar com outro, durante o coito você tem lesões de mucosa, então essas células se implantam de um animal para o outro. 
Como é uma célula que se esfolia muito muito facilmente, cada vê, que uma cachorro com TVT cruzar Com outro, durante o coito você tem lesão de mucosa, então essas células se implantam de um animal pra outro. Existem dois tumores que ffazem isso, tem essa capacidade de se implantar, na medicina humana não tem isso, de neoplasias se implantarem.
IMAGENS: então tem no pênis desse animal; TVT no olho que poderia vir via sanguínea mesmo, geralmente pode ocorrer em nariz, com o fato de um animal cheirar o outro. No pênis tem uma massa tumoral e duas massas na pele desse animal, então o fato dele morder e depois se coçar pode levar as células tumorais na boca, o que a gente chama de implantes mecânicos.
Um outro tumor que está fazendo isso, que ainda não descobriram direito a origem das célula, parece que é um sarcoma histiocito, um tumor que apareceu lá nos Demônios da Tasmânia, que cada vez que os bichos brigam, pode implantar um no outro e isso está aniquilando a população desses animais, eles não sabem direito como começou, de onde surgiu, mas também é uma neoplasia, uma transmissão mecânica.
Bom, já imaginaram se todas as neoplasias conseguissem fazer metástase? Ia ser complicado. Todo grupo de células tumorais tem o que chamamos de subclones, dentre eles tem as que chamamos de células que conseguem vencer a cascata metastatica.
Essas células começam sempre com diminuição das expressão das caderinas, que são moléculas de adesão e essas células vão filtrando. Como funciona, dentro de uma célula com tumor tem os subclones, características diferente do DNA dela.
Imagem: a casca metastatica funciona primeiramente lá em cima uma célula transformada, origem dos tumores são monoclonais, conforme essa célula vai transformando, ela vai dividindo e vai tendo crescimento de massa tumoral primária. A célula tumoral vai secretando fatores de crescimento endotelial e de fatores de crescimento fibroblasto, aqui eu tenho um subclone metastático, ele começa a degradar, expressa as moléculas de adesão para laminina, para fibromatima, e expressa substâncias que degradam a matriz extracelular, tudo isso é a célula tumoral que faz. Então é como se ele Fosse ddigerindo o tecido, subclone vai invadindo, invade vaso, se une com células que estão na corrente sanguínea e começa se espalhar até chegar num vasinho que ela consegue se prender, geralmente,pelo tamanho dela, pelo calibre menor do vaso, sai do vaso, começa secretária fatores angiogenicos e tem o foco já endostatico no tecido.
Então existem, na literatura, células tumorais que liberam milhares de células na circulação, só que a grande maioria se prende, não consegue fazer toda a cascata, não consegue entrar e sair do vaso, geralmente são clones diferenciados naquele grupo que consegue fazer toda a cascata. Isso é bom, imagina se todas conseguissem, seria o prognóstico de 90 dias de sobrevida.
Agora, tem neoplasias muito agressivas, exemplo é o melanoma de boca de cão, sobrevida de 4-6 meses, o melanoma geralmente, 4meses, hemangiossarcoma que pode chegar a 1 ano. Por isso, que uma das linhas de pesquisa de neoplasias são os marcadores tumorais, para que tenha capacidade de dar o diagnóstico antes de ter uma massa muito grande, espalhada, por isso quem tem histórico familiar tem que prestar mais atenção.
Imagem: célula tumoral diminui a expressão das caderinas, células soltando, começa secretária fatores que vão degradar a MEC, conforme degrada, se une e aí faz a migração através das matriz degradada. Este é um desenho esquemático disso.
Na patogenia das neoplasias, existem uma etiologia que a gente conhece que pode predispor o aparecimento de neoplasia, não que vá ter, mas tem mais chances.
ETIOPATOGENIA: Predisposição ao câncer
- Hereditariedade: algumas vezes existem uns tumores que estão relacionados a genes mutantes, já nasce com o gene. Um exemplo é o tumor retinoblastoma, blasto de célula embrionária, ocorre em crianças, então criança que tem esse gene alterado tem 40% de chance de desenvolver esses tumores. Além das chance de desenvolver osteosarcoma, segundo tumor associado a alteração do gene, hereditário.
Existe uma doença chamada de polipose familiar edinomatosa, que são pólipos intestinais, de herança familiar, que a pessoa pode desenvolver carcinoma, que são tumores malignos intestinais, lesão benigna que se transforma em maligna, associada a essas situações.
Existem alguns genes, que chamamos de defeito do mecanismo no reparo do DNA, lembra que tem um gene que faz reparo, existem umas pessoas que tem falha nesse gene e elas podem desenvolver Xeroderma (?) Pigmentoso, cada vez que essa pessoa for pro sol, o raio UV pode causar alteração na célula, estimula divisão celular e ulceração, essa célula que dividiu não consegue reparar se ela tiver alguma falha no código. Então, essas pessoas muito precocemente tem tumores de pele, devido a falha no gene de reparo.
A origem das neoplasias algumas são genéticas e outras se associam a hábitos alimentares, estilo de vida, que induz o aparecimento. Quando se fala de origem ambiental, seria tanto mutações incorporadas ao longo das célula, e aí entra aquela dúvida que falei, grande maioria acredita que essas células são originadas de células tronco tumorais, mas alguns colocam que poderia ser de células um pouco mais diferenciadas e sofreram algum tipo de agressão, que alterou o genoma e começou a dividir. Podemos colocar raios UV, cigarro, bebida..
Existem uns cânceres familiares que não conseguiram detectar o ene que faz isso, mas tem certa tendência, herança familiar, parentes próximos. Exemplo o câncer de mama em mulher, Várias na família.
Outras coisas que podem predispor as neoplasias são processos inflamatórios crônicos, uma bacteria no estômago, chamada Actobactelli (?) pilori, elas causas gastrite, divisão celular, inflamação, mais chances de ter falha no código genético, de carcinoma de estômago. Hepatites virais, podem predispor, Spirocerco lupi (esôfago de cão) inflamação crônica, podem desenvolver sarcomas esofágicos.
Cada vez que a célula divide, tem mais chancede ocorrer mutação, por isso temos os genes de reparo, que tenta corrigir. Se não corrigir, vai ter um gene q induz a morte celular programada, apoptose. Já, se não há reparo e nem apoptose, a célula danificada vai se dividir passando a alteração adiante. Essa divisão acontece pq a lesão estimula divisão celular.
Ex.: Displasia pulmonar: tecidos crescem de forma desorganizada (o cigarro causa muita mutação de célula)>>>>com o passar do tempo, com a agressão continua, por exemplo, do cigarro, a displasia pode se tornar um carcinoma.
Ex.: Fígado Cirrótico (a tentativa de reparo, faz crescer carcinomas, pois a agressão continua persistente, por exemplo, bebidas alcoólias)
Conceitos de base molecular do câncer
Lembrando: Oncogenese e Carcinogenese= desenvolvimento de neoplasia
A base das neoplasias, em seu ponto inicial, apresenta lesão genética não letal, ou seja, teve alteração celular, mas não foi suficiente para causar morte. Passando assim, essa alteração como herança genética para as próximas gerações. Podendo ser herdada ou adquirida.
Expansão clonal das neoplasias: única célula transformada ira se dividir e passara o gene. Atuam em 4 genes. 
Oncogenes: genes capazes de levar a uma neoplasia.
Protooncogenes: genes normais (são neles q ocorrem às alterações genéticas, podem se tornar oncogenes)
ALVOS DE LESAO GENETICA
4 genes podem ser afetados:
I. protooncogenes promotores do crescimento e diferenciação celular normal.
II. genes inibidores do crescimento (ou supressores do tumor)
III. genes que regulam a morte celular programada ou apoptose (gene p53 – guardião do genoma- este q estimula o reparo genético, tentando controlar o dano, qnd há falha no código genético, se não ocorrer, causa apoptose)
IV. genes envolvidos no reparo do DNA
*Qnd temos, alguns tumores de mama, neoplasias mieloides, temos falha nesse gene p53)
*Aqueles agentes, podem levar a expressão das neoplasias, atuam nesses genes. Para causar a falha, necessita atuar em apenas um gene, sendo suficiente para causar neoplasia.
Obs: A partir do momento q a célula se transformou, não precisa ter uma alteração do código genético absurda. Basta ter um encurtamento dos pés dos cromossomos ou a posição errada deles, já é o suficiente para causar crescimento de neoplasias.
Oncoproteinas: proteínas semelhantes às normais, mas não sofrem nenhum tipo de fator de controle, e não apresentam função. 
Carcinogênese: acontece em múltiplas etapas, e não apenas uma vez. Por exemplo, alcoolismo, em q o fígado sempre está metabolizando o álcool. 
AGENTES CARCINOGÊNICOS
Carcinogênese Quimica: Temos o q chamamos de fatores iniciadores e promotores 
Substâncias químicas, radiação e oncogênese viral.
Apresenta Fase iniciadora e promotora:
A fase de iniciação apresenta substancias q agem com iniciadoras, o individuo sofre a ação e altera permanentemente o DNA.Então a pessoa entrou em contato com uma substancia iniciadora, alterou o DNA, você vai ficar com o DNA lá alterado, se por acaso entrar em contato com uma substancia promotora, essa substancia promotora vai agir na célula iniciada e levar ao aparecimento da neoplasia. Então um sozinho não da problema. Problema é quando você entra em contato com o iniciador, que leva a alteração do DNA, e ai o promotor que age em cima dessa célula iniciada. Algumas coisas a gente conhece, mas tem muitas que não se sabe se ela age como iniciadora ou promotora.
Antigamente se falava, tem tumor porque deus quis assim, começou a mudar o pensamento com o medico dinamarquês, medico de saúde publica, começou a observar que homem que trabalhavam como limpador de chaminé, começaram a desenvolver tumor de escroto. Então todos os homens que tinham essa profissão desenvolvia tumores de escroto. Ele associou: agua é cara nem todos tomam banho, ficavam com aquela fuligem agindo como fator irritante, dando lesão celular, e consequentemente aparecendo neoplasias. Depois que começou a associar isso, colocou que as pessoas tinham que tomar banho diariamente, e então sumiu as neoplasias. E ai começou a se prestar atenção para fatores ambientais que podem estar associados ao aparecimento de neoplasias. E a partir dai se expandia para vários tipos de substancias químicas.
Aqui são alguns carcinógenos químicos iniciadores, só para dar exemplo: hidrocarbonetos, policidricos, benzoquirenos(geralmente vem da combustão de tabaco, fervura de gordura) aminos aromáticos, e vasocorantes (vermelho cereja). – CONFERIR NOMES NOS SLIDES
Alguns carcinógenos naturais, como: aflotoxina (produzida pelo fungo-grao amendoindo-ativado no fígado), drogas anti-neoplásicas, inseticidas... – CONFERIR NOMES NOS SLIDES
Alguns agentes promotores, isso acreditasse, por exemplo: fenóis, hormônios, alimentação rica em gordura (você já tem uma alteração, se alimenta muito de gordura, para degradar/digerir essa gordura se tem muita produção e eliminação de bile, e sais biliares ali agiriam como irritante, promovendo o crescimento). Isso tudo se comprovou experimentalmente. Mas ai o álcool, achasse que ele é agente promotor, agiria em uma celular transformada, mas todo mundo sabe, que com álcool você pode ter tumores de orofaringe, de fígado, de esôfago, tudo associado a ingestão de bebida alcoólica. Ciclamatos (são adoçantes- esse dai colocaram em bebida que os ratinhos estavam bebendo , e esses ratos desenvolveram tumores de bexiga)
Carcinogênese da radiação, não vou entrar, só para vocês terem ideia de algumas substancias que podem levar a isso. Então raios UV podem levar a carcinoma de células escamosas, de células basais. Vocês não estão cansados de ver pitbull com mancha na barriga, boxer branco/albino, esses cachorros pra desenvolverem hemangiosarcomas de pele, carcinomas, não precisa muito. De alguma forma melanina ela protege, tem o fato de você ter ali uma agressão constante, pelo raio UV, essa célula ela vai ter divisão, talvez com a herança genética e se tiver uma falha nesse genes de reparo, se desenvolve essa neoplasia. Então o que o raios UV vai levar: inibição da divisão celular, ..., indução de mutações, morte celular, e ativa as células defensoras que são células que inibem a defesa a ação de outras células na pele.
A carginogenese química você consegue ter isso mais estabelecido (ter a substancia iniciadora), agora, por exemplo: isso aqui pode ser na forma de rx ou bomba atômica. Quando a gente está falando de energia radiante ou ionizante. O que ela provoca: ruptura de cromossomos, translocações, mutações de DNA. De novo se da o exemplo ai, sobreviventes da bomba atômica, ate hoje você pode ter, principalmente as leucemias, pode aparecer também tumores de glândula, e assim por diante.
Existe alguns vírus que também são oncogenicos, agora se esses vírus vao agir em célula tronco, ou célula que tava la e inseriu o DNA do vírus, a gente não sabe. Acredito que nesse caso, seria aquelas situações de células já diferenciadas, que poderiam alterar o genoma associada a inserção de DNA viral. Então pensa assim, você tem o DNA em uma célula, o vírus vai la e insere o DNA dele, é um DNA alterado. Então alguns vírus que a gente conhece que pode agir para neoplasias: adenovírus (pode levar a carcinoma de fígado), vírus papiloma humano e animal (pode levar aos papilomas- ele também se associa aos carcinomas ), herpes vírus – doença de marek (os nervos da galinha vai infiltrando ou células inflamatoriso ou células tumorais), vírus da hepatite B (tumores de fígado). Então sempre assim: o vírus insere no DNA da célula e altera. Virus RNA que pode levar ao aparecimento de neoplasias: Retrovirus (coloca o Dna dela no DNA da célula a partir de uma enzima) – linfomas (galinhas gatos, primatas)
Samambaias, você tem o principio ativo da samambaia que chama vita... (VER NO SLIDE), que levam, se o animais ingerir acima de 10 g por kg/peso vivo, leva sempre a trombocitopenia com anaplasia de medula (destrói as células da medula óssea. Então o animal vai ter hemorragias difusa. Se o animal ingerir menos de 10g por kg/peso vivo, samambaia vicia, mesmo tendo pasto ele

Outros materiais