Buscar

Escala Coelho-Savassi

Prévia do material em texto

Victoria Karoline Libório Cardoso
Escala de Coelho-Savassi
Victoria Karoline Libório Cardoso
· É uma escala de risco familiar baseada na ficha A do SIAB (Sistema de Informação de Saúde Básica), que utiliza critérios de risco avaliados na primeira visita domiciliar pelo agente comunitário de saúde.
· Analisa o risco familiar, sem a necessidade de criação de uma nova ficha ou escala burocrática.
· Foi criada como uma tentativa de sistematização da visita domiciliar na APS (Atenção Primária à Saúde)/ESF (Estratégia de Saúde da Família).
· A escala é um instrumento de priorização das visitas domiciliares.
· As famílias são classificadas como risco 1, 2 ou 3. 
Contexto histórico
· Introdução do PSF (Programa de Saúde da Família) em 1994, como uma tentativa de reorganizar a atenção básica, ampliando e interiorizando a cobertura do SUS.
· A visita domiciliar deve ser feita por médico e enfermeiro em cada domicílio ao menos uma vez por ano, e pelo agente comunitário de saúde uma vez ao mês.
Materiais e métodos
· Duas formas de visita domiciliar:
· Visita fim: com objetivos específicos de atuação. Exemplos: internação domiciliar, visita a pacientes acamados, atenção ao parte e atenção domiciliar terapêutica.
· Visita meio: realização de busca ativa, promoção e prevenção de saúde. Exemplos: estimular o cuidado com a saúde, apontar necessidades de ações de promoção à saúde e estabelecer canais permanentes de comunicação.
Princípios para realização de uma visita domiciliar meio:
· Visitas inicialmente em equipe, possibilitando o agendamento de tarefas multiprofissionais, com encabeçamento do grupo vindo do ACS.
· Visitas domiciliares espontâneas (sem avisos).
Ficha A do SIAB:
· Preenchimento na primeira visita que o ACS faz.
· Permite à ESF reconhecer indicadores demográficos, socioeconômicos e nosológicos, para realizar o planejamento estratégico. 
Sentinelas para avaliação de situações de risco:
· São dados relativos à estar acamado, possuir deficiência física e/ou mental, baixas condições de saneamento, desnutrição grave, drogadição, desemprego, analfabetismo, menor de seis meses, maior de 70 anos, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e relação morador/cômodo.
· Cada um desses itens possui um escore e a partir da pontuação das sentinelas estabelece-se a classificação de risco, variando de R1 (risco menor, 5 ou 6) a R3 (risco máximo, maior que 9).
Aplicação da escala:
· O primeiro momento da utilização da escala na comunidade define-se quais eventos serão pontuados, devendo levar em consideração cada comunidade. Assim, caso todas as pessoas do local não tenham acesso a saneamento básico, por exemplo, esse dado não será incluído na situação de risco familiar e sim na situação de área de risco.
Resultados:
· Dentro de uma mesma equipe, diferentes microáreas possuem diferentes avaliações de risco, podendo-se a partir daí estabelecer estratégias para priorizar as visitas domiciliares naquelas regiões de maior necessidade.
· Quando o número de usuários classificados como R1/R2/R3 é superior ao de famílias classificadas como de risco, a relação morador por cômodo pode ser utilizada como um critério importante para a classificação das famílias.
· Esse projeto pode ser utilizado tanto para se estabelecer prioridades dentro de uma estratégia de saúde da família (ESF), quanto para se destinar maior ou menor quantidade de recursos para diferentes equipes e/ou microáreas.
· É importante, após a aplicação e estruturação da demanda, avaliar se ocorrerá melhora na classificação de risco das famílias priorizadas, bem como se os escores daquelas famílias classificadas como de ``risco baixo´´ não irá piorar.

Continue navegando