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Importada como semente da Austrália, entre 1968 e 1972 e disseminada como monocultivo nos cerrados. A expansão foi rápida por ter boa adaptação a solos ácidos e de baixa fertilidade, fácil manejo (por possuir baixo alon- gamento de colmo) e rápida multiplicação por sementes e bom desempenho animal em relação às pastagens nativas. OBS: Brachiaria decumbens Ocorrência de cigarrinha-das-pastagens que dizimou a forrageira na Amazônia. Além disso, houve manejo indevi- do, superpastejo e falta de adubação. Resultado = degradação das pastagens e substituição por B. brizantha histórico Propagação por sementes, crescimento cespitoso, exigência de fertilidade médio-alto. É altamente pro- dutivo com grande capacidade de suporte. Tem alto alongamento de colmo com rápido crescimento, alta taxa de rebrota e maior desempenho animal. A floração é tardia, o que prolonga o pastejo até o final do verão. A dificuldade desse cultivar está no MANEJO, pois precisa ser bem manejado.Angola, Tanner-grass, Tangola = crescem em áreas ala- gadas, mas podem ser plantadas em terra seca Família Poaceae São umas das mais importantes e difundidas pelo país. Têm boa cobertura de solo, alto potencial produtivo e são adaptáveis a solos ácidos e de baixa fertibilidade. É flexível ao manejo, que quando feito errado pode acarretar em baixa produtividade e baixa resposta à adubação. Possui inflorescência do tipo rancemo. O período de crescimento é estável durante todo o ano. São originárias da África tropical e subtropical, existindo 16 espécies no Brasil, sendo nativas ou introduzidas aqui. GÊNERO BRACHIARIA LUIZA MESSEDER ZAHLUTH syn. Urochloa B. brizantha cv. Xaraés Liberada em 84 pela Embrapa, é o capim mais cultivado do mundo e corresponde a 50% das pastagens brasileiras. Crescimento cespitoso, propagação por sementes e exi- gência média em fertilidade. É de fácil estabelecimento, resistente às cigarrinhas mais comuns, tem alta resposta à fertilizantes, boa cobertura do solo com domínio sobre as invasoras. Possui bom desen- vimento sob sombra e boa qualidade forrageira com alta produção de raízes e sementes. Possui baixa adaptação a solos mal drenados e de baixa fertilidade, rebrotação lenta e necessita de reposição de nutrientes para persistência a longo prazo; além de susce- tibilidade à mancha foliar fúngica e podridão nas raízes Na Amazônia, ocorreu morte súbita causada pelas chuvas em solos com drenagem insuficiente. "SÍNDROME DA MORTE DO CAPIM MARANDU" B. brizantha cv. Marandu E de fácil estabelecimento, possui florescimento precoce e concentrado, alta taxa de crescimento e acúmulo de forragem sob pastejo. Possui produti- vidade mesmo em período seco. Resiste às cigar- rinhas e alta resposta à aplicação de fertilizantes. Média adaptação a solos mal drenados e de baixa fertilidade. Possui suscetibilidade à mela-das- sementes. B. brizantha cv. Piatã Propagação por sementes, crescimento decumbente, exigência baixa de fertilidade. É de fácil estabelecimento, boa adaptação a solos pobres e ácidos, alta produtividade em uso intensivo, bom desenvolvimento sob sombra, boa qualidade forrageira. Suscetível às cigarrinhas e à podridão foliar fúngica, baixa adaptação a solos mal drenados, pode causar fo- tossensibilização hepatógena. É de difícil erradicação pelo acúmulo de sementes viáveis no solo. B. decumbens cv. Basilisk "Quicuio da Amazônia", ocorrência natural em áreas alagadas ou de baixada. É usada na alimentação de equinos. Crescimento estolonífero com crescimento por mudas e grande capacidade de enraizamento nos nós. Baixa necessidade de adubo boa cobertura do solo e domínio sobre as invasoras. Adapta-se a solos de baixa fertilidade e mal drenados e tem baixa exigência em P e Ca. Estabelecimento lento, baixa digestibilidade de massa seca, baixa concentração de N e Ca. Hospedei- ra de cigarrinhas, mas são tolerantes a estas. B. humidicola cv. Tully Disseminação por sementes, crescimento decumben- te, necessidade de adubo média-alta. Estabelecimento rápido e grande crescimento no iní- cio da estação chuvosa, compatível com leguminosas, B. ruziziensis cv. Kennedy LUIZA MESSEDER ZAHLUTH florescimento concentrado e alta produção de sementes. Boa alternativa para plantio direto, pela rapidez de estabelecimento. Qualidade de massa seca. Fácil desseca- ção por herbicidas. Possui baixa adaptação a siolos mal drenados, ácidos e de baixa fertilidade e alta suscetibilidade às cigarrinhas. Baixa tolerância à seca. capins híbridos Mulato II = híbrido triplo, alta qualidade e alta produção, tolerância à seca, alta exigência de fertilizantes Ipyporâ = elevada resistência à cigarrinhas, melhor valor nutritivo, propagação por sementes, porte baixo, crescimento cespitoso, alta necessidade de adubação ASPECTOS média médiamédia RÁPIDALENTA 3 1 3 3 2 2 2 0 2 2 2 0 3 3 1 0 1 1 0 0 média 120 fácil precose 120 médio média 120 médio tardio 90 + difícil precoce 180 fácil cigarrinha qualidade encharca- mento rusticidade tradição cigarrinha encharcamento cigarrinha produção início lento encharca- mento produção tradição encharca- mento produção lotação manejo Exigência de fertilidade do solo médio a alto, crescimento cespitoso ereto com formação de touceira, inflorescência do tipo panícula. As folhas possuem lâminas relativamente grandes, maiores que os de Brachiaria. Possuem alta formação de forragem no período chuvo- so, com pouca produção em épocas secas - a sazonalidade é muito importante. São resistentes às cigarrinhas. A espécie P. maximum possui alta produtividade (C4), sendo a mais produtiva forrageira tropical. É propagada por sementes com rápido estabelecimento e alta produ- ção de folhas. Tem alta aceitabilidade por ruminantes e equídeos. características gerais P. maximum - maior número de cultivares P. infestum - inflorescência tipo racemo P. trichocladum - folhas curtas e abundantes cv. Massai - híbrido natural entre maximum e infestum Possui três espécies importantes: Não resiste a encharcamento ou alagamento. Aparência acinzentada e folhas cerosas. Primeira a ser introduzida no Brasil, utilizada como cama nos navios negreiros. Atualmente, é encontrada em locais de fertilização natural e pode ser utilizada como pastejo e produção de silagem. Exige solos de média a alta fertilidade, é uma planta pioneira de rápido estabele- cimento. Tolerante ao pisoteio com boa rebrotação após a queima e medianamente tolerante à seca. GÊNERO PANICUM LUIZA MESSEDER ZAHLUTH syn. Megathyrsus P. maximum cv. Colonião Muito utilizado em sistemas intensivos na Amazônia por ter alta produtividade, crescimento rápido e alta exigência de fertilidade do solo. Pode ser utilizado para silagem e pasto, mas não é recomendado como feno (colmos grosseiros). Tolera a alta precipitação da Amazônia e solos mediana- mente encharcados. Possui folhas largas e retas que se curvam ao meio, com pouca pilosidade. P. maximum cv. Mombaça P. maximum cv. Tanzânia Muito parecido com o Mombaça. É perene, de porte alto, possui folhas largas e crescimento decumbente. Os colmos não são cerosos e a inflorescência é roxa. Tem alta produtividade e é recomendada para áreas plantas. Tem tolerância média à seca e ao frio. Não é utilizada para fenação pelo porte alto, mas é boa para pastejo e silagem. Está saindo de mercado. P. maximum cv. Massai Utilizado para pastejo, silagem e fenação e na alimen- tação de bovinos, equinos e ovinos. Possui o colmo e lâmina mais fina e menor, sendo um capim mais resistente e menos exigente sobre a ferti- lidade do solo Tolera condições adversas de seca e úmidas. Mais resistente à estacionalidade, com equilíbrio na produção durante todo o ano. P. maximum cv. BRS Zuri Touceira mais aberta que o Mombaça, sendo sua versão "melhorada". É de mais fácil cultivo com alto valor nutritivo e alta produção. P. maximum cv. BRS Tamani Nova versão do Massai, com porte baixo e colmo fino. Recomendado para a produção de feno. Uso com equinos, ovinos e bovinos.Não tolera encharcamento. P. maximum cv. BRS Quênia Substituição do cv. Tanzânia, possui uma touceira mais aberta e se assemelha ao Mombaça. É usado na produção de feno e para equinos, bovinos e ovinos. É de fácil manejo com alta produção de folhas e alta produtividade. Não tolera encharcamento. O valor nutritivo agregado é alto, o que fez ser difundida em todo mundo - para isso, passou por vários processos de melhoramento. Distribuição estacional com crescimento uniforme duran- te o ano, é uma planta de ciclo C4 que tolera clima frios. Toleram desfolhação mais intensa e frequente do pasto, porém exigem solos mais férteis, com boa resposta à adubação. A propagação é por muda (sementes possuem dormê- ncia, necessitando de processos de quebra e tornando-as caras), o que torna mais caro a produção em pastagens pelas propriedades - geralmente são direcionadas para animais que precisam de nutrientes, como animais em gestação/lactação, cavalos de competição, etc Tem alta produção de folhas e colmos finos, o que facilita a secagem da planta na produção de fenos. Pelo seu porte, também é usada como pastagens. Possuem estolões, colmos que se agregam ao solo e crescem paralelo a ele com formação de perfilhos - assim, há boa cobertura da superfície do solo (denso relvado). Têm elevado potencial de produção por animal (boa qualidade, rica em nutrientes) e por área (baixo consumo, elevada produtividade) permitindo que haja mais animais na mesma área de pastejo. Quando em pastejo, pode ser manejado em lotação contí- nua ou rotacionada. É recomendado o pastejo diferido. características gerais Gramas de pastejo baixo (15-20cm) muito utilizada por ovi- nos e equinos, conhecidas por ter alta produtividade e alto valor nutritivo, com maior exigência em fertilidade. São utilizadas, também, como plantas ornamentais e em esportes como gramas de estágios. Podem ser plantadas por plantio direto ou rolos. EX: Capim-florakirk, capim-tifton 68, 78 e 85, capim coast-cross. (Todas produzidas fora do brasil) Estoloníferas rizomatosas de menor porte que suportam condições adversas (geadas, queimadas, pisoteio etc) Capim-vaqueiro = propagado por sementes. GÊNERO CYNODON LUIZA MESSEDER ZAHLUTH as gramas em geral Grupo das Bermudas Grupo das Estrelas EX: capim-estrela (roxa e africana), capim-florico, capim-florona São mais rusticas, possuem maior porte e não toleram bem as condições adversas. São menos exigentes, podendo ser produzidas com nível tecnológico menor e mais agrupadas, em áreas menores. O capim-estrela pode ser utilizada em solos encharca- dos, tolerando as condições da Amazônia. Prós e contras PRÓS Alto valor nutritivo; Boa resposta à adubação; Boa resistência ao pastejo e pisoteio; É versátil pois pode ser usado para pastejo, silagem e feno; Tolera o frio. CONTRAS Propagação lenta, pois é por mudas; Alta exigência em fertilidade OBS: a necessidade de fertilidade ser uma desvantagem ou não depende do local de plantação, deve ser designado em um sistema que tenha boa fertilidade. se o produtor deseja um capim bom, ele precisa dar os meios para que se desenvolva. Alta importância na pecuária nacional por ser um gênero com alta utilidade. É muito utilizado para silagens, com alta produtividade. Também pode ser usado em capineiras e como pastejo. Tem elevada eficiência fotossintética e, por isso, exige alta fertilidade do solo. É adaptado a solos encharcados e alagados e pode ser considerada uma planta rústica por suportar o pisoteio (possui rizoma que emite novas brota- ções). USO EM CAPINEIRA Corte rente ao solo ao 1,8m da planta. Usar cultivares de porte ereto e evitar os muito pilosos (irritações na pele dos coletores) USO EM PASTEJO Uso de cultivares anões com elevado potencial de perfilha- mento aéreo, com animais jovens ou pequenos. EX: BRS Kurumi OUTRAS FORMAS Silagem, carvão, cama para aviários, palhada em plantio direto, bioenergia, alta fixação de CO2, fins ornamentais. Possuem crescimento cespitoso ereto com colmo cilíndrico, glabros (sem pilosidade) variando entre 3,5 a 6 metros de altura, com entrenós de 15 a 20cm e diâmetro de 2,5cm. As raízes são grossas e rizomatozas e as folhas são grandes, possuindo até 1,25m de comprimento e de largura, com nervura central longa e de cor clara. A inflorescência é uma panícula contraída. GÊNERO PENNISETUM LUIZA MESSEDER ZAHLUTH capim-elefante descrição da planta Formam touceiras densas eretas com colmos grossos, muito utilizado em capineiras e produção de silagens. Há predomínio de perfilhos basais, o florescimento é tardio entre maio e julho ou não ocorre. EX: Cameroon, Wruckwona, IAC- Campinas e Guaçú Grupo Cameroon Formam touceiras bem abertas com porte ereto e capim mais baixos, os colmos são grossos. Pode ser utilizado no pastejo, silagens e capineiras. O florescimento é intermediário, ocorrendo entre abril e maio. EX: Napier, Mineiro, Taiwan, Capim-Elefante Roxo Grupo Mercker Entre todos, esse é o que possui menor porte. É ereto, com colmos e folhas mais finas e pilosas. Pode ser usado em pastejo, sempre manejando a altura, capi- neira e em silagens. O florescimento é precoce, entre março a abril. EX: Mercker Comum, Mercker Pinda, Mercker México Grupo Anão Não ficam altos e possuem porte baixo, em torno de 1,7m - limitação genética no colmo, os entrenós são bem curtos, gerando uma proporção de quantidade de folha maior em relação ao colmo. É muito usado em pastejos. Um problema desse grupo é em relação à propagação, pois as mudas são feitas através dos entrenós, tornando mais trabalhosa a produção de mudas. EX: Mott híbridos São interespecíficos, resultantes do cruzamento entre as espécies do gênero, como P. purpureum e P. glaucum. EX: cv. Paraíso, cv. Pioneiro novos cultivares BRS Kurumi pode ser usado no pastejo de bovinos e ovinos pois produz bastantes folhas. É bastante exigente e precisa de irrigação e adubação. BRS Canará é de porte comum, é suscetível às ci- garrinhas. É extremamente produtivo. BRS Capiaçú é usado nas silages por ter alta bio- massa e custo baixo, além de ter porte alto e crescer ereta (inviabiliza o pastejo). Produz até três ciclos. Quanto mais tardiamente cortada, mais biomassa produzirá, porém, terá menor valor nutritivo. Plantas jovens possuem mais proteína bruta e nutrientes digestíveis totais, menos fibras e menos lignina. Raiz e folhas. Grupo Napier
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