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Aspectos Ergonômicos e Ecológicos

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Aspectos Ergonômicos e Ecológicos.
O ambiente de trabalho limpo, alinhado, organizado, seguro e adequado às condições do trabalhador é mais do que uma questão de dignidade, decência, contribui para a autoestima, segurança, bem estar e, consequentemente, maior produtividade do profissional. Esse tipo de ambiente também o torna mais zeloso, responsável e dedicado, comprometido em mantê-lo nas condições que encontra, além de que preserva sua integridade física e psíquica e evita a ocorrência de lesões e doenças ocupacionais, conhecidas como LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Doenças Osteoarticulares Relacionadas ao Trabalho).
1.  NR 17 – Ergonomia
A NR 17 estabelece parâmetros para adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de que os mesmos tenham o maior conforto, segurança e desempenho possível.
As questões referentes às condições de trabalho tratam do levantamento, transporte e descarga de materiais, mobiliário, equipamentos, condições ambientais e organização do trabalho.
1.1 Levantamento, transporte e descarga de materiais
O transporte manual de cargas é aquele em que o peso é totalmente suportado por um único trabalhador. Ele é considerado regular quando realizado continuamente ou de forma descontínua. Essa atividade, no entanto, deve ser feita sem que a saúde ou segurança do trabalhador seja comprometida em função do peso da carga. Para que isso ocorra, o trabalhador que transporta regularmente cargas não leves deve ser treinado ou instruído a trabalhar utilizando técnicas apropriadas.
O peso apropriado para mulheres e trabalhadores jovens (com idade entre 14 e 18 anos) realizarem o transporte regular de cargas deve ser inferior ao dos homens.
O transporte e descarga de materiais com a utilização de vagonetes sobre trilhos, que funcionam por impulsão ou tração, carros de mão, e outros equipamentos mecânicos devem respeitar a capacidade de força do trabalhador, assim como o trabalho de levantamento de material com o uso de equipamentos mecânicos manuais.
    
1.2. Mobiliário
O posto de trabalho deve ser projetado para que o trabalhador faça suas atividades sentado, sempre que a atividade puder ser executada nessa posição.
Para a realização de trabalho manual sentado ou em pé, é importante que as mesas, bancadas, escrivaninhas ou painéis viabilizem uma postura adequada ao trabalhador, além de boas condições de visualização e operação, considerando aspectos como: altura e características da superfície para a atividade, distância dos olhos, altura do assento, alcance das mãos, visualização, posicionamento e movimentação dos segmentos corporais.
Quando necessária a realização de atividade com os pés, devem ser observados os mesmos requisitos anteriores e a utilização de pedais e demais comandos deve ser de fácil acesso, com angulação adequada, e contemplar a observação das características e peculiaridades do trabalhador e trabalho a ser executado.
A realização de trabalho sentado pode demandar o uso de suporte para os pés, assim como a de trabalho em pé o uso de assentos para descanso durante as pausas. 
1.3. Equipamentos
Todos os equipamentos utilizados para a realização de uma atividade de trabalho devem ser compatíveis às características psicofisiológicas do trabalhador e à natureza da tarefa.
Para a realização de atividades com digitação, datilografia ou mecanografia devem ser fornecidos suporte para ajuste dos documentos, a fim de evitar muita movimentação do pescoço e fadiga visual, e devem ser utilizados documentos facilmente legíveis, sempre que possível.
Já quando os equipamentos são para processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo, o foco deve estar em oferecer: condições de mobilidade para ajuste da tela à iluminação do ambiente; teclado independente e flexível; distanciamento adequado da tela, teclado e suporte para os documentos em relação aos olhos; flexibilidade em relação à altura da superfície de trabalho. Todas estas questões estão sujeitas à análise ergonômica do trabalho.
1.4. Condições Ambientais
Assim como os equipamentos, as condições ambientais também devem ser compatíveis às características psicofisiológicas do trabalhador e à natureza da tarefa.
Fatores como o nível de ruído (ver NBR 10152), temperatura (entre 20oC e 23oC), velocidade do ar (até 0,75 m/s) e umidade atmosférica (menor que 40%) são importantes para atividades intelectuais realizadas em salas de controle, laboratórios, escritórios etc.
O nível máximo de ruído é de 65 dB e o valor da curva de avaliação de ruído máximo é de 60 dB para atividades intelectuais nesses mesmos ambientes que não possuam equivalência na NBR 10152.
A iluminação é outro fator importante, podendo ser natural ou artificial. Ela precisa ser uniformemente distribuída e difusa, evitando reflexos, sombras, ofuscamentos e contrastes exagerados. A NBR 5413 estabelece os valores mínimos de iluminância.
1.5. Organização do Trabalho
A organização do trabalho, tal como os outros pontos vistos, também deve ser compatível às características psicofisiológicas do trabalhador e à natureza da tarefa.    
Ela deve observar, dentre outros fatores, as normas de produção, o modo operatório, exigência de tempo, conteúdo de tempo, ritmo de trabalho e conteúdo das tarefas.     
Para algumas atividades específicas, como as de processamento eletrônico de dados, são estabelecidos alguns fatores a serem observados, como a proibição de remuneração ou ganho de vantagens devido ao número individual de toques sobre o teclado e limite máximo de 8.000 toques reais por hora trabalhada. Outros fatores são estabelecidos para as atividades que exigem sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e com base na análise ergonômica do trabalho.    
2.     NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
A NR 24 estabelece as condições mínimas de higiene e conforto a serem observadas pelas empresas, considerando, para fins de dimensionamento das instalações regulamentadas, o número de trabalhadores usuários do turno com maior contingente.
Nela são abordadas as condições necessárias para as instalações sanitárias, os componentes sanitários, vestiários, locais para refeições, cozinhas, alojamento e vestimenta de trabalho.
2.1.     Instalações Sanitárias
No que tange às instalações sanitárias, a Norma estabelece a obrigatoriedade de todo estabelecimento possuí-las, a quantidade mínima de instalações necessárias, as condições de privacidade, conservação, limpeza e higiene necessárias, o tipo de revestimento do piso e das paredes, a ventilação, a existência de recipientes para descarte de papéis usados, a disponibilização de água e esgoto encanados e a comunicação com os locais de trabalho quando situadas fora deles.
2.2.     Componentes Sanitários
Entende-se por componentes sanitários as bacias sanitárias ou vasos sanitários, mictórios, lavatórios ou pias e chuveiros. A Norma estabelece as condições para instalação, acesso e funcionamento dos componentes e suas quantidades. Com relação aos chuveiros, eles são particularmente importantes nas atividades laborais em que haja exposição e manuseio de material infectante, substâncias tóxicas, irritantes ou aerodispersóides, que impregnem a pele e roupas do trabalhador, ou naquelas atividades que provoquem deposição de poeiras que impregnem a pele e as roupas do trabalhador, que exijam esforço físico ou os submeta a condições ambientais de calor intenso.
2.3.     Vestiários
A Norma prevê a existência obrigatória de vestiários nos estabelecimentos cuja: atividade exija a utilização de vestimentas de trabalho ou que seja imposto o uso de uniforme e a troca deva ser feita no próprio local de trabalho; ou a atividade exija que o estabelecimento disponibilize chuveiro. Também são estabelecidas as dimensões, necessidades de conservação, limpeza e higiene, revestimentos de piso e paredes, ventilação, especificações dos assentos e disposição dos armários. Os armários, por exemplo, não podem ser deuso rotativo nos casos em que sejam utilizados para a guarda de Equipamentos de Proteção Individual - EPI e de vestimentas expostas a material infectante, substâncias tóxicas, irritantes ou que provoquem sujidade. Há outras considerações importantes a respeito dos armários que devem ser observadas na Norma. 
2.4.     Locais para Refeições, cozinhas, alojamento e vestimenta de trabalho
 
A existência de refeitório é obrigatória no caso dos estabelecimentos com mais de 300 trabalhadores, não sendo permitido aos mesmos realizar suas refeições em outro local. O piso do refeitório deve ser impermeável e revestido de material lavável.  Suas paredes devem ser revestidas com material liso, resistente e impermeável, até 1,50 m de altura, pelo menos. A ventilação e iluminação deve atender às normas estabelecidas em nível federal, estadual ou municipal. Deve ser fornecida água potável, em condições higiênicas, por meio de copos individuais, ou bebedouros de jato inclinado e guarda-protetora, sendo proibida sua instalação em pias e lavatórios, assim como o uso de copos coletivos. Os lavatórios individuais ou coletivos e pias próximas ao refeitório, ou localizadas em seu interior devem ser instaladas em número suficiente, a critério da autoridade competente. As mesas para refeições precisam ter tampo liso e ser de material impermeável, com bancos ou cadeiras e devem ser mantidos permanentemente limpos. O refeitório deve estar em local apropriado, incomunicável com os locais de trabalho, instalações sanitárias e locais insalubres ou perigosos. É vedada, mesmo que de forma provisória, a utilização do refeitório para depósito, bem como para quaisquer outros fins. Nos estabelecimentos em que trabalhem entre 30 e 300 empregados não é exigido o refeitório, mas devem ser asseguradas aos trabalhadores condições suficientes de conforto para a ocasião das refeições. Tais condições de conforto devem contemplar, minimamente: local adequado, fora da área de trabalho; piso lavável; limpeza, arejamento e boa iluminação; mesas e assentos em número correspondente ao de usuários; lavatórios e pias instalados nas proximidades ou no próprio local; fornecimento de água potável aos empregados; estufa, fogão ou similar, para aquecer as refeições. Naqueles estabelecimentos e frentes de trabalho em que há menos de 30 trabalhadores deve, a critério da autoridade competente em Segurança e Medicina do Trabalho, ser asseguradas aos trabalhadores as condições necessárias de conforto para alimentação que atendam aos requisitos de limpeza, arejamento, iluminação e fornecimento de água potável. Há exceções que devem ser verificadas na Norma. Os funcionários da cozinha encarregados de manipular gêneros, refeições e utensílios devem dispor de sanitário e vestiário próprios, exclusivos para eles e que não se comuniquem com a cozinha.
O alojamento é destinado ao repouso dos trabalhadores. Sua capacidade máxima não pode exceder 100 trabalhadores por unidade. São permitidas no máximo 2 camas na mesma vertical (beliche). Os alojamentos devem ser instalados em locais que atendam às exigências construtivas de forma a evitar o devassamento aos prédios vizinhos. Deve ter, preferencialmente, um pavimento, podendo chegar a, no máximo, dois em caso de pouca área disponível para construção. Eles devem ter área de circulação interna, nos dormitórios, com a largura mínima de 1,00 metro. Há ainda outras exigências em relação aos alojamentos. A empresa que contratar serviços terceirizados para serem realizados em seus estabelecimentos deve estender as mesmas condições de higiene e conforto oferecidas aos seus próprios empregados aos trabalhadores da empresa contratada. Na hipótese de o trabalhador trazer a própria alimentação, deve ser garantido ao mesmo condições de conservação e higiene adequadas, além de meios para aquecimento em local próximo ao destinado às refeições. As empresas que concedem o benefício da alimentação aos seus empregados podem inscrever-se no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Os locais de trabalho devem ser mantidos em estado de higiene compatível com o gênero de atividade. O serviço de limpeza deve ser realizado, sempre que possível, fora do horário de trabalho e por processo que reduza ao mínimo o levantamento de poeiras.
Atividade extra
Nome da atividade: Vamos aprofundar nosso conhecimento com relação aos riscos ergonômicos? Assista o vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=JSoKvoZTMxQ.
Referência Bibliográfica
BARSANO, P. R. & BARBOSA, R.P. Segurança do trabalho: guia prático e didático. 2. ed. São Paulo: Érica, 2018.
Norma Regulamentadora 17 (NR 17): Ergonomia.
Norma Regulamentadora 24 (NR 24): Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho.
Oliveira U. R. Legislação de segurança do trabalho: textos selecionados. São Paulo: Saraiva. 2017.

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