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RESUMO SOBRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO

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1
 
FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI CIMATEC 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO INTEGRADA EM QSMS 
 
 
 
 
GILSON ALEXANDRINO 
MOISES ARAÚJO DOS SANTOS 
PATRICIA MENEZES CORDEIRO 
RAPHAEL BERBERT MARQUES AZEVEDO 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
RESUMO SOBRE AS NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINISTÉRIO DO 
TRABALHO 
 
PROFESSOR: SILVIO ROBERTO FERNANDES RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador 
2018 
 2
 
SUMÁRIO (ÍNDICE) 
 
1  INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3 
2  NORMAS REGULAMENTADORAS – NR’s ....................................................... 4 
2.1  NR 1- DiSPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................... 4 
2.2  NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E 
EM MEDICINA DO TRABALHO ......................................................................... 4 
2.3  NR 5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ................... 7 
2.4  NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ..................................... 9 
2.5  NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM 
ELETRICIDADE ................................................................................................ 11 
2.6  NR 12 – SEGURANÇA DO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
 .......................................................................................................................... 14 
2.7  NR 13 – CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES .................... 20 
2.8  NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES .................................... 26 
2.9  NR 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS ..................................... 31 
2.10  NR 17 – ERGONOMIA ..................................................................................... 32 
2.11  NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDUSTRIA 
DA CONSTRUÇÃO .......................................................................................... 34 
2.12  NR 20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E 
COMBUSTÍVEIS ............................................................................................... 43 
2.13  NR 23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ................................................... 47 
2.14  NR 26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ....................................................... 50 
2.15  NR 33 – SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS 
CONFINADOS .................................................................................................. 53 
2.16  NR 35 – TRABALHO EM ALTURA ................................................................... 55 
3  CONCLUSÃO ................................................................................................... 59 
4  REFERÊNCIAS ................................................................................................ 60 
 
 
 3
1 INTRODUÇÃO 
 
Criadas a partir da lei N° 6.514 de 1977, as NRs são Normas 
Regulamentadoras desenvolvida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com o 
intuito de manter a saúde e a segurança dos trabalhadores, e só podem vir a ser 
modificada por comissões formadas por representantes de governo, empregados e 
empregadores. 
São aplicadas a todas as empresas e instituições que tem em seu quadro de 
funcionários, empregados com registros na CLT – Consolidação das Leis 
Trabalhistas, incluindo empresas públicas e privadas. 
Atualmente encontra-se em vigor 36 NRs, sendo a NR 27 revogada pela 
Portaria Nº 262, em 29/05/2008, mas ainda contada. 
Neste trabalho iremos apresentar de forma resumida os principais pontos 
abordados nas Normas Regulamentadoras: 
 NR 1 – Disposições Gerais; 
 NR 4 -Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina 
do trabalho – SESMT; 
 NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA; 
 NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual; 
 NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em eletricidade; 
 NR 12 – Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos; 
 NR 13 – Caldeiras, vasos de pressão e tubulações; 
 NR 15 – Atividades e operações insalubres; 
 NR 16 – Atividades e operações perigosas 
 NR 17 – Ergonomia; 
 NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da 
Construção; 
 NR 20 – Segurança e saúde no trabalho com líquidos inflamáveis e 
combustíveis; 
 NR 23 – Proteção contra incêndios; 
 NR 26 – Sinalização de segurança; 
 NR 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados 
 NR 35 – Trabalho em altura 
 4
2 NORMAS REGULAMENTADORAS – NR’s 
 
2.1 NR 1- DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
A Norma Regulamentadora 01 (NR–01) é a norma que se refere à disposições 
gerais das NR´s. Nela se determina que estas normas regulamentadoras que são 
relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, sejam obrigatoriamente cumpridas 
por todas as empresas privadas e públicas assim como pelos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das 
Leis do Trabalho – CLT. (Alteração dada pela Portaria n.º 06, de 09/03/83). A 
fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à 
existência desta NR, são os artigos 154 a 159 da Consolidação das Leis do Trabalho 
– CLT. 
Esta NR também determina que a Secretaria de Segurança e Saúde no 
Trabalho – SSST é o órgão competente para coordenar, orientar, controlar e 
supervisionar todas as atividades relacionadas a Segurança do Trabalho, e que 
compete à Delegacia Regional do Trabalho – DRT nos limites de sua jurisdição, 
executar Campanhas relacionadas com segurança e medicina do trabalho, além da 
fiscalizar o cumprimento dos seus preceitos legais e regulamentares. 
Nesta NR define-se também o que é empregador e empregado, e quais suas 
responsabilidades e deveres; 
Ainda no seu item 1.9, a NR-01 indica quais as penalidades previstas em lei 
serão aplicadas no caso de não cumprimento das disposições legais e 
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. 
 
2.2 NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E 
EM MEDICINA DO TRABALHO 
 
A Norma Regulamentadora 04 (NR–04) está fundamentada legalmente pelo 
artigo 162 da CLT, dando embasamento jurídico à sua existência. Nela se 
estabelece que as empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da 
administração direta e indireta e os poderes Legislativos e Judiciários, que possuam 
empregados regidos pela CLT, deverão constituir o Serviço Especializado em 
 5
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, conforme o grau 
de risco de sua atividade principal que consta no CNAE – Classificação Nacional de 
Atividades Econômicas com o seu número de empregados, obrigatoriamente com a 
finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de 
trabalho. 
O SESMT é composto pelos seguintes profissionais: Engenheiro de Segurança 
do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem 
do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho. Porém o quantitativo destes 
membros está vinculado à gradação do risco da atividade principal X número total de 
empregados registrados no estabelecimento. 
Apesar de o SESMT ter por finalidade, promover ações essencialmente 
prevencionista, não está impedido de realizar atendimento emergencial, quando 
necessário. Dentre destas ações prevencionistas, podemos citar: 
a) Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do 
trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive 
máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali 
existentes à saúde do trabalhador; 
b) Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a 
eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo 
trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com 
o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou 
característica do agente assimo exija; 
c) Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas 
instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência 
disposta na alínea "a"; 
d) Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento 
do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou 
seus estabelecimentos; 
e) Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de 
suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe 
a NR 5; 
f) Promover a realização de atividades de conscientização, educação e 
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e 
 6
doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas 
de duração permanente; 
g) Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e 
doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção; 
h) Analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes 
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os 
casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características 
do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as 
características do agente e as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de 
doença ocupacional ou acidentado(s); 
i) Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, 
doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no 
mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos 
Quadros III, IV, V e VI, devendo o empregador manter a documentação à 
disposição da inspeção do trabalho; 
j) Manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
ou facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da 
empresa o método de arquivamento e recuperação, desde que sejam 
asseguradas condições de acesso aos registros e entendimento de seu 
conteúdo, devendo ser guardados somente os mapas anuais dos dados 
correspondentes às alíneas "h" e "i" por um período não inferior a 5 (cinco) 
anos; 
k) Manter entrosamento permanente com a CIPA, valendo-se dela como 
agente multiplicador, devendo também estudar suas observações e 
solicitações, propondo soluções corretivas e preventivas; 
 
Esta Norma Regulamentadora 04 (NR-04), determina também como deve ser 
constituído o SESMT em empresas que não se enquadram no quadro do CNAE e de 
empresas com a mesma atividade econômica, localizadas em um mesmo município, 
ou em municípios limítrofes, onde seus estabelecimentos se enquadrem no quadro 
do CNAE; 
Por fim, esta Norma responsabiliza a empresa pelo seu cumprimento, e como 
um meio de assegurar tal responsabilidade, a mesma deve assegurar o exercício 
 7
profissional dos componentes dos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimento do referido exercício 
profissional, mesmo que parcial e o desvirtuamento ou desvio de funções 
constituem, em conjunto ou separadamente, infrações classificadas no grau I4, se 
devidamente comprovadas, sofreram aplicação de penalidades previstas na NR-28. 
 
2.3 NR 5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
 
A Norma Regulamentadora 05 (NR-05) Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças 
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho 
com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
Deve estar em funcionamento em empresas privadas ou públicas por exemplo, 
e ser constituída por trabalhadores devidamente nelas registrados. É composta por 
representantes tanto da empresa quanto dos trabalhadores, os representantes da 
empresa são indicados, já os dos trabalhadores são eleitos de por meio de votação 
secreta. Seu dimensionamento é definido pelos grupos de atividades econômicas 
especificadas no CNAE X números de empregados lotados no estabelecimento. O 
presidente da CIPA é indicado pelo empregador, o vice-presidente é escolhido entre 
os titulares eleitos. Os eleitos têm mandato de um ano, permitindo reeleição. Após o 
final da candidatura o candidato eleito ao cargo tem um ano de estabilidade sendo 
assim vedada a dispensa sem justa causa. 
A CIPA tem como algumas atribuições, identificar e elaborar um mapa de ricos 
nos processos de trabalho, realização de verificações no ambiente de trabalho e 
indicar possíveis riscos à atividade, promover o cumprimento das Normas 
Regulamentadoras, bem como divulgar causas de acordos coletivos que se refém a 
Saúde e Segurança no trabalho. Promover anualmente em conjunto com o SESMT 
a SIPAT – Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho, juntamente com a 
Campanha de Prevenção a AIDS. 
O presidente tem como algumas de suas atribuições, convocar e coordenar 
reuniões da CIPA, bem como manter o empregador informados das ações e 
trabalhos desenvolvidos. O vice-presidente executa as atribuições delegas e em 
conjunto com o Presidente, divulgam as decisões tomadas aos trabalhadores, 
promovem o relacionamento SESMT e CIPA, coordenam e supervisionam as 
 8
atividades da CIPA para que os objetivos sejam alcançados. O secretário 
acompanha e prepara as reuniões, redige as atas e cuida da correspondência que 
se refere a CIPA. 
A CIPA tem reuniões mensais durante o expediente normal de trabalho, elas 
são preestabelecidas em um calendário. As atas devem ficar na empresa a 
disposições do Ministério do Trabalho Emprego. E em caso de denúncia de risco 
grave ou acidente grave/fatal, serão realizadas reuniões extraordinárias. As decisões 
dessas reuniões são obtidas por consenso, caso não haja, será realizado uma 
votação e a ocorrência será registrada em ata. 
A empresa é responsável por treinar e fornecer todo material necessário aos 
componentes da CIPA. O treinamento para primeiro mandato, tem carga horária de 
20 horas e deverá ocorrer no prazo máximo de trinta dias após a posse. Alguns dos 
itens necessários para capacitação são; metodologia de investigação e análise de 
acidente de trabalho, estudo de ambiente e condições de trabalho, noções sobre 
acidentes e doenças do trabalho. 
As prestadoras de serviços ou empreiteiras terão sua comissão no local onde 
os funcionários estiverem locados, em caso duas ou mais empresas atuarem no 
mesmo estabelecimento, as comissões de CIPA deverão atuar em conjunto com 
medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, para que todos tenham 
acesso a informações no mesmo nível de segurança. 
A empresa contratante adotará medida para que todos os seus contratados 
tenham acesso as informações sobre o ambiente de trabalho e seus riscos, como 
também adotará medidas necessárias para que todos os trabalhadores lotados 
naquele estabelecimento recebam as informações necessárias sobre os riscos 
presentes nos ambientes de trabalho bem como as medidas de proteção. 
Por fim, esta Norma apresenta ainda um quadro com o Dimensionamento de 
CIPA, um segundo quadro com o Agrupamento de setores econômicos pela 
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE e um terceiro quadro 
com a Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE com 
correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA. 
 9
 
2.4 NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 
A Norma Regulamentadora 06 (NR-06), determina que Equipamento de 
Proteção Individual – EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado 
pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a 
segurança e a saúde no trabalho, podendo ser conjugado, ou seja, ser composto por 
vários dispositivos associados contra um ou mais riscos que possam ocorrer 
simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no 
trabalho. 
Todo o EPI - Equipamento de Proteção Individual, de fabricação nacional ou 
importado, só poderáser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado 
de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de 
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. 
É de obrigação da empresa, fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI 
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre 
que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de 
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho, enquanto as 
medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e para atender a 
situações de emergência. 
Ainda nesta Norma, determina-se quais as responsabilidades do empregador 
em relação ao EPI, tais como: Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade e 
fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho; Orientar e treinar o trabalhador sobre o 
uso adequado, guarda e conservação, exigindo também o seu uso; Responsabilizar-
se pela higienização e manutenção periódica, substituindo imediatamente quando 
danificado ou extraviado; Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; e 
registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou 
sistema eletrônico. 
Determina também quais as Responsabilidades do trabalhador quanto ao EPI, 
que são: Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina, 
responsabilizando-se pela sua guarda e conservação; comunicar ao empregador 
qualquer alteração que o torne impróprio para uso, cumprindo suas determinações 
sobre o uso adequado. 
 10 
 Os fabricantes e/ou importadores de EPI, também possuem 
responsabilidades tais como: Cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho; Solicitar emissão de CA(Certificado de 
Aprovação) e sua renovação em casos que o mesmo esteja vencido conforme 
prazo estabelecido pelo órgão nacional competente em matéria de saúde e 
segurança do trabalho; Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI 
que deu origem ao Certificado de Aprovação – CA e só comercializar ou colocar á 
venda somente EPI com este certificado e com instruções técnicas no idioma 
nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao 
seu uso; No caso de quaisquer alteração nos dados cadastrais fornecidos, deverá 
comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho ; Fazer constar do EPI o número do lote de fabricação, assim como 
fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de 
seus EPI, indicando quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é 
necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir 
que os mesmos mantenham as características de proteção original; 
Para fins de comercialização do EPI, todo o CA concedido terá validade de5 
(cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua 
conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO ou do prazo vinculado à avaliação 
da conformidade no âmbito do próprio SINMETRO, quando for o caso. Porém O 
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando 
necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer outros prazos. 
Além disso, este EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem 
visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número 
do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e 
o número do CA. 
Nesta Norma também está definida as competências do Ministério do trabalho 
e Emprego – MTE no âmbito nacional e regional, que são cadastrar o fabricante ou 
importador de EPI; Receber e examinar a documentação para emissão ou 
renovação CA de EPI e cadastrar fabricante ou importador; Estabelecer quando 
necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI e fiscalizar a sua 
qualidade, podendo requisitar ou recolher amostras de EPI, identificadas com o 
nome do fabricante e o número de referência, além de outros requisitos; Aplicar, na 
sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR 
 11 
podendo suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora alem 
de cancelar o CA; 
Finalizando esta Norma apresenta no seu Anexo I uma lista de EPI para várias 
partes do corpo, como cabeça, braços, pés, olhos, ouvidos, etc. 
 
2.5 NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM 
ELETRICIDADE 
 
Estabelece requisitos e condições mínimas a implementação de medidas de 
controle e sistemas preventivos para garantir a segurança e saúde dos 
trabalhadores que, direta ou indiretamente interajam em instalações elétricas e 
serviços com eletricidade, aplicáveis nas fases de geração, transmissão, distribuição 
e consumo, projeto, construção, montagem, manutenção elétrica e qualquer trabalho 
realizado nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas e órgãos 
competentes. 
Em instalações elétricas devem ser adotadas as medidas preventivas de 
controle ao risco elétrico e outros riscos adicionais mediante técnicas de análise de 
risco. Carga superior a 75kW devem constituir Prontuário de Instalações Elétricas 
contendo procedimentos e instruções, documentos de inspeções e medições do 
sistema; especificações de equipamentos de proteção individual e coletiva; 
documentação de qualificação, habilitação, capacitação e autorização; certificação 
de instrumentos e materiais elétricos. A proteção coletiva compreende 
prioritariamente a desenergização elétrica, na impossibilidade devem ser utilizadas 
outras medidas de proteção coletiva como isolação das partes vivas, obstáculos, 
barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático e bloqueio de 
religamento automático. 
É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos 
de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de 
reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição 
operativa. 
Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas 
para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a sequência, 
seccionamento; impedimento de reenergização; constatação da ausência de tensão; 
instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos 
 12 
circuitos; proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo 
II); instalação da sinalização de impedimento de reenergização. O estado de 
instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para reenergização, 
devendo ser reenergizada respeitando a sequência de procedimentos: retirada das 
ferramentas, utensílios e equipamentos; retirada da zona controlada de todos os 
trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização; remoção do 
aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais; remoção 
da sinalização de impedimento de reenergização; destravamento, se houver, e 
religação dos dispositivos de seccionamento. 
As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 
Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua somente 
podem ser realizadas por trabalhadores qualificados. É considerado trabalhador 
qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica 
reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. É considerado profissional legalmente 
habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente 
conselho de classe. É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às 
seguintes condições, simultaneamente: receba capacitação sob orientação e 
responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e trabalhe sob a 
responsabilidade de profissional habilitado e autorizado. A capacitação só terá 
validade para a empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas peloprofissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação. 
Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal (a cada 2 anos) e 
sempre que ocorrer alguma das situação como: troca de função ou mudança de 
empresa; retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a 
três meses; modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de 
métodos, processos e organização do trabalho. 
Os trabalhadores devem atender aos critérios de qualificação e capacitação, 
treinamento específico em Sistema Elétrico de Potência (SEP), antes da execução 
de atividades AT (alta tensão) o superior da equipe deve avaliar, estudar e planejar 
as atividades e ações. Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT 
somente podem ser realizados quando houver procedimentos específicos, 
detalhados e assinados por profissional autorizado. Os equipamentos, ferramentas e 
dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho 
em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório 
 13 
periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimentos da 
empresa e na ausência desses, anualmente. Todo trabalhador em instalações 
elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP 
devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os 
demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do 
serviço. 
Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização 
adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao 
disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, 
as situações: identificação de circuitos elétricos; travamentos e bloqueios de 
dispositivos e sistemas de manobra e comandos; restrições e impedimentos de 
acesso; delimitações de áreas; sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, 
de veículos e de movimentação de cargas; sinalização de impedimento de 
energização; identificação de equipamento ou circuito impedido. 
Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em 
conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com 
descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional; 
devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências 
e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais. 
devem ter a participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço 
Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, 
quando houver. 
As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com 
eletricidade devem constar do plano de emergência da empresa; Os trabalhadores 
autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros socorros a 
acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória; a empresa 
deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades; Os 
trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de 
prevenção e combate a incêndio. 
Cumprimento de da NR são solidárias aos contratante e contratados, os 
trabalhadores devem ser informados dos riscos, na ocorrência de acidentes cabe a 
empresa propor e adotar medidas preventivas e corretivas. Cabe ao trabalhador: 
zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas 
por suas ações ou omissões no trabalho; zelar pela sua segurança e saúde e a de 
 14 
outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho; 
comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que 
considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas. 
Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de 
recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua 
segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a 
seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. Esta NR não é 
aplicável a instalações elétricas alimentadas por extra-baixa tensão. 
 
2.6 NR 12 – SEGURANÇA DO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 
 
Norma regulamentadora que define referencias técnicas, princípios 
fundamentais e medidas de proteção para garantir a segurança e a integridade física 
do trabalhador e estabelece requisitos mínimos para prevenção de acidentes e 
doenças do trabalho nas fases de projeto e utilização de máquinas e equipamentos, 
bem como fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão de qualquer 
tipo. Esta norma não se aplica às máquinas e equipamentos: 
a) movidos ou impulsionados por força humana ou animal; 
b) expostos em museus, feiras e eventos, para fins históricos ou que sejam 
considerados como antiguidades e não sejam mais empregados com fins 
produtivos, desde que sejam adotadas medidas que garantam a 
preservação da integridade física dos visitantes e expositores; 
c) classificados como eletrodomésticos. 
É permitida a movimentação segura de máquinas e equipamentos fora das 
instalações físicas da empresa para reparos, adequações, modernização 
tecnológica, desativação, desmonte e descarte. 
Na aplicação desta Norma devem-se considerar as características das 
máquinas e equipamentos, do processo, a apreciação de riscos e o estado da 
técnica. 
Cabe aos trabalhadores: cumprir todas as orientações relativas aos 
procedimentos seguros de operação, alimentação, abastecimento, limpeza, 
manutenção, inspeção, transporte, desativação, desmonte e descarte das máquinas 
e equipamentos; não realizar qualquer tipo de alteração nas proteções mecânicas ou 
dispositivos de segurança de máquinas e equipamentos, de maneira que possa 
 15 
colocar em risco a sua saúde e integridade física ou de terceiros; comunicar seu 
superior imediato se uma proteção ou dispositivo de segurança foi removido, 
danificado ou se perdeu sua função; participar dos treinamentos fornecidos pelo 
empregador para atender às exigências/requisitos descritos nesta Norma; colaborar 
com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma. 
Nos locais de instalação as áreas devem ser demarcadas e devidamente 
desobstruída. Deve ser mantido limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer 
materiais que ofereçam riscos de acidentes, de modo a prevenir riscos provenientes 
de graxas, óleos e outras substâncias que deixem o piso escorregadio. 
As instalações e dispositivos devem ser projetados e mantidas de modo a 
prevenir os perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidente 
previsto na NR-10. São proibidas nas Máquinas e Equipamentos: a utilização de 
chave geral como dispositivo de partida e parada; utilização de chaves tipo faca nos 
circuitos elétricos; e a existência de partes energizadas expostas de circuitos que 
utilizam energia elétrica. 
Os quadros de energia das máquinas e equipamentos devem atender aos 
seguintes requisitos mínimos de 
segurança: possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada; 
possuir sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de acesso por 
pessoas não autorizadas; ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e 
livres de objetos e ferramentas; d) possuir proteção e identificação dos circuitos; e 
atender ao grau de proteção adequado em função do ambiente de uso. 
São proibidas nas máquinas e equipamentos: 
a) a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada; 
b) a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e 
c) a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam 
energia elétrica. 
As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: 
a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas 
facilmente a partir do solo ou de uma 
b) plataforma de apoio; 
c) constituição efixação de forma a não haver deslocamento acidental; e 
d) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-
circuito. 
 16 
Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser 
projetados, selecionados e instalados de modo que: 
a) não se localizem em suas zonas perigosas; 
b) possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra 
pessoa que não seja o operador; 
c) impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por 
qualquer outra forma acidental; 
d) não acarretem riscos adicionais; 
e) não possam ser burlados. 
 
Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir 
dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas. 
As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de 
emergência, por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo latentes e 
existentes. 
Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como 
dispositivos de partida ou de acionamento. 
As máquinas e equipamentos devem possuir acessos permanentemente 
fixados e seguros a todos os seus pontos de operação, abastecimento, inserção de 
matérias-primas e retirada de produtos trabalhados, preparação, manutenção e 
intervenção constante. Consideram-se meios de acesso elevadores, rampas, 
passarelas, plataformas ou escadas de degraus. 
Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos no subitem 12.64.1, 
poderá ser utilizada escada fixa tipo marinheiro. 
Os meios de acesso, exceto escada fixa do tipo marinheiro e elevador, devem 
possuir sistema de proteção contra quedas com as seguintes características: 
a) ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de 
forma a suportar os esforços solicitantes; 
b) ser constituídos de material resistente a intempéries e corrosão; 
c) possuir travessão superior de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 
m (um metro e vinte centímetros) de altura em relação ao piso ao longo de 
toda a extensão, em ambos os lados; 
d) o travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a 
colocação de objetos; e 
 17 
e) possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m (vinte centímetros) de altura e 
travessão intermediário a 0,70 m (setenta centímetros) de altura em 
relação ao piso, localizado entre o rodapé e o travessão superior. 
As máquinas e equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva 
e corretiva, na forma e periodicidade determinada pelo fabricante, conforme as 
normas técnicas oficiais nacionais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas 
internacionais. 
As manutenções preventivas com potencial de causar acidentes do trabalho 
devem ser objeto de planejamento e gerenciamento efetuado por profissional 
legalmente habilitado. 
As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro 
próprio, ficha ou sistema informatizado, com os seguintes dados: 
a) cronograma de manutenção; 
b) intervenções realizadas; 
c) data da realização de cada intervenção; 
d) serviço realizado; 
e) peças reparadas ou substituídas; 
f) condições de segurança do equipamento; 
g) indicação conclusiva quanto às condições de segurança da máquina; e 
h) nome do responsável pela execução das intervenções. 
As inscrições das máquinas e equipamentos devem: 
a) ser escritas na língua portuguesa – Brasil; e 
b) ser legíveis. 
Os serviços em máquinas e equipamentos que envolvam risco de acidentes de 
trabalho devem ser precedidos de ordens de serviço – OS – específicas, contendo, 
no mínimo: 
a) a descrição do serviço; 
b) a data e o local de realização; 
c) o nome e a função dos trabalhadores; e 
d) os responsáveis pelo serviço e pela emissão da OS, de acordo com os 
procedimentos de trabalho e segurança. 
 18 
Profissional Qualificado 
Considera-se trabalhador ou profissional qualificado aquele que comprovar 
conclusão de curso específico na área de atuação, reconhecido pelo sistema oficial 
de ensino, compatível com o curso a ser ministrado. 
Profissional Legalmente Habilitado 
Considera-se profissional legalmente habilitado para a supervisão da 
capacitação aquele que comprovar conclusão de curso específico na área de 
atuação, compatível com o curso a ser ministrado, com registro no competente 
conselho de classe. 
A capacitação só terá validade para o empregador que a realizou e nas 
condições estabelecidas pelo profissional legalmente habilitado responsável pela 
supervisão da capacitação, exceto quanto aos trabalhadores capacitados nos 
termos do item 12.138.2. 
As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança: 
a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas 
facilmente a partir do solo ou de uma plataforma de apoio; 
b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e 
c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-
circuito. 
Nas máquinas operadas por dois ou mais dispositivos de comando bi manuais, 
a atuação síncrona é requerida somente para cada um dos dispositivos de comando 
bi manuais e não entre dispositivos diferentes que devem manter simultaneidade 
entre si. 
Nas máquinas e equipamentos cuja operação requeira a participação de mais 
de uma pessoa, o número de dispositivos de acionamento simultâneos deve 
corresponder ao número de operadores expostos aos perigos decorrentes de seu 
acionamento, de modo que o nível de proteção seja o mesmo para cada trabalhador. 
Durante a utilização de proteções distantes da máquina ou equipamento com 
possibilidade de alguma pessoa ficar na zona de perigo, devem ser adotadas 
medidas adicionais de proteção coletiva para impedir a partida da máquina enquanto 
houver pessoas nessa zona. 
Transportadores de materiais 
Os movimentos perigosos dos transportadores contínuos de materiais devem 
ser protegidos, especialmente nos pontos de esmagamento, agarramento e 
 19 
aprisionamento formados pelas esteiras, correias, roletes, acoplamentos, freios, 12 
roldanas, amostradores, volantes, tambores, engrenagens, cremalheiras, correntes, 
guias, alinhadores, região do estiramento e contrapeso e outras partes móveis 
acessíveis durante a operação normal. 
Todo local de abastecimento do tanque de combustível e de outros materiais 
deve ser localizado, no máximo, a 1,50 m acima do piso ou de uma plataforma de 
apoio para execução da tarefa. 
Dos Operadores de Máquinas 
Os operadores de máquinas e equipamentos devem ser maiores de 18 anos, 
salvo na condição de aprendiz, nos termos da legislação vigente. 
Motosserras 
Os motosserras devem dispor dos seguintes dispositivos de segurança: 
a) freio manual ou automático de corrente; 
b) pino pega-corrente; 
c) protetor da mão direita; 
d) protetor da mão esquerda; e 
e) trava de segurança do acelerador. 
É proibido o porte de ferramentas manuais em bolsos ou locais não 
apropriados a essa finalidade. 
A capacitação de operadores de máquinas automotrizes ou auto propelidas, 
deve ser constituída das etapas teórica e prática e possuir o conteúdo programático 
mínimo descrito nas alíneas do item 1 deste anexo e ainda: 
a) noções sobre legislação de trânsito e de legislação de segurança e saúde no 
trabalho; 
b) noções sobre acidentes e doenças decorrentes da exposição aos riscos 
existentes na máquina, equipamentos e implementos; 
c) medidas de controle dos riscos: EPC e EPI; 
d) operação com segurança da máquina ou equipamento; 
e) inspeção, regulagem e manutenção com segurança; 
f) sinalização de segurança; 
g) procedimentos em situação de emergência; e 
h) noções sobre prestação de primeiros socorros. 
 
 20 
O empregador deve manter inventário atualizado das máquinas e 
equipamentos com identificação por tipo, capacidade, sistemas de segurança e 
localização com representação esquemática, elaborado por profissional qualificado 
ou legalmente habilitado. As informações do inventáriodevem subsidiar as ações de 
gestão para aplicação desta Norma. 
Não se aplica: às microempresas e as empresas de pequeno porte, que ficam 
dispensadas da elaboração do inventário de máquinas e equipamentos; a máquinas 
auto propelidas, automotrizes e máquinas e equipamentos estacionários utilizados 
em frentes de trabalho; as ferramentas manuais e ferramentas transportáveis. 
 
2.7 NR 13 – CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES 
 
Norma regulamentadora que estabelece requisitos mínimos para gestão da 
integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações 
interligados nos aspectos relacionados a instalação, inspeção, operação e 
manutenção, visando a segurança e saúde do trabalhador. São aplicáveis em 
equipamentos: todos os equipamentos enquadrados como caldeiras conforme item 
13.4.1.1; vasos de pressão cujo produto P.V seja superior a 8 (oito), onde P é a 
pressão máxima de operação em kPa e V o seu volume interno em m3; vasos de 
pressão que contenham fluido da classe A, especificados no item 13.5.1.2, alínea 
"0", independente das dimensões e do produto P.V; recipientes móveis com P.V 
superior a 8 (oito) ou com fluido da classe A, especificados no item 13.5.1.2, alínea 
"0"; tubulações ou sistemas de tubulação interligados a caldeiras ou vasos de 
pressão, que contenham fluidos de classe A ou B conforme item 13.5.1.2, alínea "0" 
desta NR. Os equipamentos seguinte referenciados devem ser submetidos às 
inspeções previstas em códigos e normas nacionais ou internacionais a eles 
relacionados, ficando dispensados do cumprimento dos demais requisitos desta NR: 
recipientes transportáveis, vasos de pressão destinados ao transporte de produtos, 
reservatórios portáteis de fluido comprimido e extintores de incêndio; vasos de 
pressão destinados à ocupação humana; vasos de pressão que façam parte 
integrante de pacote de máquinas de fluido rotativas ou alternativas; dutos; fornos e 
serpentinas para troca térmica; tanques e recipientes para armazenamento e 
estocagem de fluidos não enquadrados em normas e códigos de projeto relativos a 
vasos de pressão; vasos de pressão com diâmetro interno inferior a 150 mm (cento 
 21 
e cinquenta milímetros) para fluidos das classes B, C e D, conforme especificado no 
item 13.5.1.2, alínea "0"; trocadores de calor por placas corrugadas gaxetadas; 
geradores de vapor não enquadrados em códigos de vasos de pressão; tubos de 
sistemas de instrumentação com diâmetro nominal = 12,7 mm (doze milímetros e 
sete décimos). 
Constitui condição de risco grave e iminente - RGI o não cumprimento de 
qualquer item previsto nesta NR que possa causar acidente ou doença relacionada 
ao trabalho, com lesão grave à integridade física do trabalhador; operação de 
equipamentos abrangidos por esta NR sem dispositivos de segurança ajustados 
com pressão de abertura igual ou inferior a pressão máxima de trabalho admissível 
– PMTA; atraso na inspeção de segurança periódica de caldeiras; bloqueio 
inadvertido de dispositivos de segurança de caldeiras e vasos de pressão, ou seu 
bloqueio intencional sem a devida justificativa técnica baseada em códigos, normas 
ou procedimentos formais de operação do equipamento; ausência de dispositivo 
operacional de controle do nível de água de caldeira; operação de caldeira por 
trabalhador que não atenda aos requisitos estabelecidos no Anexo I desta NR, ou 
que não esteja sob supervisão, acompanhamento ou assistência específica de 
operador qualificado. 
Para efeito desta NR, considera-se Profissional Habilitado – PH aquele que tem 
competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades 
referentes a projeto de construção, acompanhamento da operação e da 
manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras, vasos de pressão e 
tubulações, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no País. 
Todos os reparos ou alterações em equipamentos abrangidos por esta NR 
devem respeitar os respectivos códigos de projeto e pós-construção e as 
prescrições do fabricante no que se refere a: materiais; procedimentos de execução; 
procedimentos de controle de qualidade; qualificação e certificação de pessoal. 
Os sistemas de controle e segurança das caldeiras e dos vasos de pressão 
devem ser submetidos à manutenção preventiva ou preditiva. 
O empregador deve comunicar ao órgão regional do Ministério do Trabalho e 
Emprego e ao sindicato da categoria profissional predominante no estabelecimento 
a ocorrência de vazamento, incêndio ou explosão envolvendo equipamentos 
abrangidos nesta NR que tenha como consequência uma das situações a seguir: 
 22 
morte de trabalhador(es); acidentes que implicaram em necessidade de internação 
hospitalar de trabalhador(es); eventos de grande proporção. 
Os trabalhadores, com base em sua capacitação e experiência, devem 
interromper suas tarefas, exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem 
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de outras 
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico. 
A comunicação deve ser encaminhada até o segundo dia útil após a ocorrência 
e deve conter: razão social do empregador, endereço, local, data e hora da 
ocorrência; descrição da ocorrência; nome e função da(s) vítima(s); procedimentos 
de investigação adotados; cópia do último relatório de inspeção de segurança do 
equipamento envolvido; cópia da comunicação de acidente de trabalho (CAT). 
Caldeiras a Vapor: São equipamentos destinados a produzir e acumular vapor 
sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, projetados 
conforme códigos pertinentes, excetuando-se refervedores e similares. 
Classificação das Caldeiras 
Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 2 categorias, 
conforme segue: 
a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de operação é igual ou 
superior a 1960 kPa (19,98 
kgf/cm2), com volume superior a 50 Litros; 
b) caldeiras da categoria B são aquelas cuja a pressão de operação seja 
superior a 60 kPa (0,61 kgf/cm2) e 
inferior a 1960 kPa (19,98 kgf/cm2), volume interno superior a 50 Litros e o 
produto entre a 
pressão de operação em kPa e o volume interno em m³ seja superior a 6. 
Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem 
visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações: 
nome do fabricante; número de ordem dado pelo fabricante da caldeira; ano de 
fabricação; pressão máxima de trabalho admissível; pressão de teste hidrostático de 
fabricação; capacidade de produção de vapor; área de superfície de aquecimento; 
código de projeto e ano de edição. 
Itens Obrigatórios na Caldeira 
As caldeiras devem ser dotadas dos seguintes itens: 
 23 
a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou 
inferior a PMTA, considerados os requisitos do código de projeto relativos a 
aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração; 
b) instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; 
c) injetor ou sistema de alimentação de água independente do principal que 
evite o superaquecimento por alimentação deficiente, acima das temperaturas de 
projeto, de caldeiras de combustível sólido não atomizado ou com queima em 
suspensão; 
d) sistema dedicado de drenagem rápida de água em caldeiras de recuperação 
de álcalis, com ações automáticas após acionamento pelo operador; 
e) sistema automático de controle do nível de água com intertravamento que 
evite o superaquecimento por alimentação deficiente 
Manual de Operação 
Toda caldeira deve possuir manual de operação atualizado, em língua 
portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo: 
a) procedimentos de partidas e paradas; 
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina; 
c) procedimentos para situações de emergência; 
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e depreservação do meio 
ambiente. 
As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica 
e extraordinária. 
A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da 
entrada em funcionamento, no local de operação, devendo compreender exame 
interno, seguido de teste de estanqueidade e exame externo. 
A inspeção de segurança periódica, constituída por exames interno e externo, 
deve ser executada nos seguintes prazos máximos: 
a) 12 meses para caldeiras das categorias A e B; 
b) 15 meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer categoria; 
c) 24 meses para caldeiras da categoria A, desde que aos 12 meses sejam 
testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança. 
A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da 
entrada em funcionamento, no local de operação, devendo compreender exame 
interno, seguido de teste de estanqueidade e exame externo. 
 24 
As caldeiras devem obrigatoriamente ser submetidas a Teste Hidrostático – TH 
em sua fase de fabricação, com comprovação por meio de laudo assinado por PH, e 
ter o valor da pressão de teste afixado em sua placa de identificação. 
Inspeção Periódica 
A inspeção periódica de tubulações deve ser executada sob a responsabilidade 
técnica de PH. 
Estabelecimentos que possuam Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos 
– SPIE, conforme estabelecido no Anexo II, podem estender seus períodos entre 
inspeções de segurança, respeitando os seguintes prazos máximos: 
a) 24 meses para as caldeiras de recuperação de álcalis; 
b) 24 meses para as caldeiras das categorias B; 
c) 30 meses para caldeiras da categoria A; 
d) 40 meses para caldeiras especiais conforme, definição no item 13.4.4.6. 
Inspeção Extraordinária 
Deve ser realizada inspeção extraordinária nas seguintes situações: 
a) sempre que a tubulação for danificada por acidente ou outra ocorrência que 
comprometa a segurança dos trabalhadores; 
b) quando a tubulação for submetida a reparo provisório ou alterações 
significativas, capazes de alterar sua capacidade de contenção de fluído; 
c)antes da tubulação ser recolocada em funcionamento, quando permanecer 
inativa por mais de 24 (vinte e quatro) meses. 
No máximo, ao completar 25 anos de uso, na sua inspeção subsequente, as 
caldeiras devem ser submetidas a uma avaliação de integridade com maior 
abrangência para determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos 
para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso. 
Imediatamente após a inspeção da caldeira, deve ser anotada no seu Registro 
de Segurança a sua condição operacional, e, em até 60 dias, deve ser emitido o 
relatório, que passa a fazer parte da sua documentação, podendo este prazo ser 
estendido para 90 (noventa) dias em caso de parada geral de manutenção. 
O empregador deve informar à representação sindical da categoria profissional 
predominante no estabelecimento, num prazo máximo de 30 dias após o término da 
inspeção de segurança, a condição operacional da caldeira. 
 25 
Mediante o recebimento de requisição formal, o empregador deve encaminhar 
à representação sindical predominante no estabelecimento, no prazo máximo de 10 
dias após a sua elaboração, a cópia do relatório de inspeção. 
Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna 
ou externa, diferente da atmosférica. 
Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme descrito a 
seguir: 
Classe A: fluidos inflamáveis; fluidos combustíveis com temperatura superior ou 
igual a 200 ºC; fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm; 
hidrogênio; acetileno. 
Classe B: fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC; fluidos 
tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm. 
Classe C: vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido. 
Classe D: outro fluido não enquadrado acima. 
Grupos dos Vasos 
Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco em 
função do produto P.V, onde P é a pressão máxima de operação em MPa e V o seu 
volume em m3, conforme segue: 
Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo, em local de fácil acesso 
e bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes 
informações: 
a) fabricante; 
b) número de identificação; 
c) ano de fabricação; 
d) pressão máxima de trabalho admissível; 
e) pressão de teste hidrostático de fabricação; 
f) código de projeto e ano de edição. 
Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes fechados, a 
instalação deve satisfazer os seguintes requisitos: 
a) dispor de pelo menos 2 saídas amplas, permanentemente desobstruídas, 
sinalizadas e dispostas em direções distintas; 
b) dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção, operação 
e inspeção, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões 
que impeçam a queda de pessoas; 
 26 
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser 
bloqueadas; 
d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes; 
e) possuir sistema de iluminação de emergência. 
Vasos de pressão com temperatura de operação inferior a 0 ºC (zero grau 
Celsius) e que operem em condições nas quais a experiência mostre que não ocorre 
deterioração devem ser submetidos a exame interno a cada 20 anos e exame 
externo a cada 2 anos. 
As empresas que possuem tubulações e sistemas de tubulações enquadradas 
nesta NR devem possuir um programa e um plano de inspeção que considere, no 
mínimo, as variáveis, condições e premissas descritas: os fluidos transportados; a 
pressão de trabalho; a temperatura de trabalho; os mecanismos de danos 
previsíveis; as consequências para os trabalhadores, instalações e meio ambiente 
trazidas por possíveis falhas das tubulações. 
As tubulações ou sistemas de tubulação devem possuir dispositivos de 
segurança conforme os critérios do código de projeto utilizado; As tubulações ou 
sistemas de tubulação devem possuir indicador de pressão de operação. 
Todo estabelecimento que possua tubulações, sistemas de tubulação ou linhas 
deve ter a seguinte documentação devidamente atualizada: 
a) especificações aplicáveis às tubulações ou sistemas, necessárias ao 
planejamento e execução da sua inspeção; 
b) fluxograma de engenharia com a identificação da linha e seus acessórios; 
c) PAR em conformidade com os itens 13.3.6 e 13.3.7; 
d) relatórios de inspeção em conformidade com o item 13.6.3.9. da NR. 
 
2.8 NR 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES 
 
Norma que determina os limites de tolerância a concentração ou intensidade 
máxima ou mínima relacionada com a natureza o e tempo de exposição ao agente 
que não causará danos a saúde do trabalhador durante sua vida laboral. os anexos 
desta norma demonstram os níveis de tolerância ao contato com agentes químicos e 
biológicos comprovados através de laudo de inspeção do local de trabalho. 
 27 
O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os 
subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, 
incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 
a) 40% para insalubridade de grau máximo; 
b) 20% para insalubridade de grau médio; 
c) 10% para insalubridade de grau mínimo; 
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas 
considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo 
vedada a percepção cumulativa. A eliminação ou neutralização da insalubridade 
determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo. A eliminação ou 
neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por 
órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador. 
Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia 
acústica de duração inferior a 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo. Os 
níveis de impacto deverão seravaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de 
pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As 
leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância 
para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído 
existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. Em caso de não se dispor de 
medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será 
válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação 
“C”. Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C). 
A exposição ao calor deve ser avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido 
Termômetro de Globo” – IBUTG definido pelas equações que se seguem: 
a) Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg; 
b) Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg. 
Relacionado a tolerância a exposição à ar comprimido o trabalhador não 
poderá sofrer mais que uma compressão num período de 24 horas. Após a 
descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo, por 2 
horas, no canteiro de obra, cumprindo um período de observação médica. 
Para trabalhos sob ar comprimido, os empregados deverão satisfazer os 
seguintes requisitos: 
a) ter mais de 18 e menos de 45 anos de idade; 
 28 
b) ser submetido a exame médico obrigatório, pré-admissional e periódico, 
exigido pelas características e peculiaridades próprias do trabalho; 
c) ser portador de placa de identificação, de acordo com o modelo anexo 
(Quadro I), fornecida no ato da admissão, após a realização do exame médico. 
Em relação à supervisão médica para o trabalho sob ar comprimido, deverão 
ser observadas as seguintes condições: 
a) sempre que houver trabalho sob ar comprimido, deverá ser providenciada a 
assistência por médico qualificado, bem como local apropriado para atendimento 
médico; 
b) todo empregado que trabalhe sob ar comprimido deverá ter uma ficha 
médica, onde deverão ser registrados os dados relativos aos exames realizados; 
c) nenhum empregado poderá trabalhar sob ar comprimido, antes de ser 
examinado por médico qualificado, que atestará, na ficha individual, estar essa 
pessoa apta para o trabalho; 
d) o candidato considerado inapto não poderá exercer a função, enquanto 
permanecer sua inaptidão para esse trabalho; 
e) o atestado de aptidão terá validade por 6 meses; 
f) fazem caso de ausência ao trabalho por mais de 10 dias ou afastamento por 
doença, o empregado, ao retornar, deverá ser submetido a novo exame médico. 
Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição 
ocupacional diária a VMB correspondente a um valor de aceleração resultante de 
exposição normalizada (aren) de 5 m/s 2. 
Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos 
limites de exposição ocupacional diária a VCI: 
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s 
2; 
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/m/s 1,75. 
Durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa 
poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm2, exceto em caso de 
emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão, sob supervisão 
direta do médico responsável. 
A duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior: 
a) 8 horas, em pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm2; 
b) 6 horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm2; 
 29 
c) 4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm2. 
As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou 
em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao 
frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de 
laudo de inspeção realizada no local de trabalho. 
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, 
com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, 
serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no 
local de trabalho. 
Cabe ao empregador, após o término do contrato de trabalho envolvendo 
exposição ao asbesto, manter disponível a realização periódica de exames médicos 
de controle dos trabalhadores durante 30 anos. 
Estes exames deverão ser realizados com a seguinte periodicidade: 
a) a cada 3 anos para trabalhadores com período de exposição de 0 a 12 
anos; 
b) a cada 2 anos para trabalhadores com período de exposição de 12 a 20 
anos; 
c) anual para trabalhadores com período de exposição superior a 20 anos. 
d) O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos 
referente à extração, tratamento, moagem, transporte do minério, ou ainda 
a outras operações com exposição a poeiras do manganês ou de seus 
compostos é de até 5 mg/m3 no ar, para jornada de até 8 horas por dia. 
e) O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos 
referente à metalurgia de minerais de manganês, fabricação de compostos 
de manganês, fabricação de baterias e pilhas secas, fabricação de vidros 
especiais e cerâmicas, fabricação e uso de eletrodos de solda, fabricação 
de produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras operações com 
exposição a fumos de manganês ou de seus compostos é de até 1 mg/m3 
no ar, para jornada de até 8 horas por dia. 
Operações diversas 
Insalubridade de grau máximo 
Operações com cádmio e seus compostos, extração, tratamento, preparação 
de ligas, fabricação e emprego de seus compostos, solda com cádmio, utilização em 
 30 
fotografia com luz ultravioleta, em fabricação de vidros, como antioxidante, em 
revestimentos metálicos, e outros produtos. 
Insalubridade de grau mínimo 
Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de grande exposição a 
poeiras. Trabalhos de carregamento, descarregamento ou remoção de enxofre ou 
sulfitos em geral, em sacos ou a granel. 
Agentes biológicos 
Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é 
caracterizada pela avaliação qualitativa. 
Insalubridade de grau máximo 
a) Trabalho ou operações, em contato permanente com: 
b) Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como 
objetos de seu uso, não previamente esterilizados; 
c) Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de 
animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, 
brucelose, tuberculose); 
d) Esgotos (galerias e tanques); e 
e) Lixo urbano (coleta e industrialização). 
Insalubridade de grau médio 
Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com 
material infecto-contagiante, em: 
a) Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de 
vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde 
humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os 
pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses 
pacientes, não previamente esterilizados); 
b) Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos 
destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao 
pessoal que tenha contato com tais animais); 
c) Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, 
vacinas e outros produtos; 
d) Laboratórios de análise clínica e histopatológica (aplica-se tão-só ao 
pessoal técnico); 
 31 
e) Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se 
somente ao pessoal técnico); 
f) Cemitérios (exumação de corpos); 
g) Estábulos e cavalariças; 
h) Resíduos de animais deteriorado 
 
2.9 NR 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS 
 
A Norma Regulamentadora 16 (NR – 16) é a norma que define que as 
atividades e operações perigosas são aquelas que oferecem perigo ao trabalhador e 
ao ambiente de trabalho. Segundo os anexos da norma, elas estão classificadas em 
explosivos, inflamáveis eradioativos. 
O exercício em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a 
percepção de adicional de 30%, incidente sobre o salário, sem os acréscimos 
resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. 
É responsabilidade do empregador a caracterização ou descaracterização da 
periculosidade, através da elaboração, por médico do trabalho ou Engenheiro de 
Segurança do Trabalho, do laudo de periculosidade. 
Pela classificação os explosivos são tidos como substâncias ou misturas de 
substâncias que, quando excitadas por algum agente externo, são capazes de 
decompor-se quimicamente gerando considerável volume de gases a altas 
temperaturas. 
Sendo assim estas reações de decomposição podem ser iniciadas por agentes 
mecânicos sendo esses: pressão, impacto, vibração, entre outros) pela ação do 
calor (aquecimento, faísca, chama, etc) ou pela ação de outro explosivo (espoletas, 
boosters ou outros iniciadores). Além disso, os explosivos são substâncias capazes 
de rapidamente transformarem-se em gases, e assim produzir calor intenso e 
pressões elevadas. 
Já as substâncias inflamáveis, são divididas em três diferentes tipos: 
• Líquido inflamável: é todo o produto que tenha um ponto de fulgor inferior a 
70°C e pressão de vapor absoluta que não exceda a 2,8 kgf/cm², a 37,7°C; 
• Líquido combustível: é todo produto que tenha um ponto de fulgor igual ou 
superior a 70°C e inferior a 93,3°C. 
 32 
Ponto de fulgor: é a menor temperatura em que um líquido fornece vapor 
suficiente para formar uma mistura inflamável quando uma fonte de ignição (faísca, 
chamas abertas, entre outros) está presente. Existem dois testes utilizados para 
encontrar o ponto de fulgor que são: o recipiente aberto e o recipiente fechado. Já o 
método empregado é indicado pela MSDS (que é a ficha de segurança de produtos 
químicos). 
Outra substância a ser destacada é a radioativa, esta, é um fenômeno natural 
ou artificial, pelo qual algumas substâncias ou elementos químicos, chamados 
radioativos, são capazes de emitir radiações, as quais têm a propriedade de 
impressionar placas fotográficas, ionizar gases, produzir fluorescência, atravessar 
corpos opacos à luz ordinária etc. 
As radiações que são emitidas pelas substâncias radioativas, são em sua 
grande maioria partículas alfa, partículas betas e raios gama. 
O ambiente é classificado como insalubre, dependendo de uma perícia técnica 
em que se pode realizar internamente ou solicitando ao Ministério do Trabalho, por 
meio das Delegacias Regionais do Trabalho, a fim de detectar a periculosidade. 
É importante lembrar que todos os componentes perigosos, são elementos 
com alto potencial de causar acidentes, degradação e grandes tragédias a nível 
humano, material e natural. 
A NR 16 ainda determina que operações de transporte de inflamáveis líquidos 
ou gasosos liquefeitos em pequenas quantidades estão excluídas de periculosidade. 
A possibilidade de até 200 litros para os inflamáveis líquidos e 135 quilos para os 
inflamáveis gasosos liquefeitos e os demais transportados em vasilhames e a granel 
são consideradas condições de periculosidade. 
Todas as áreas de risco que estão previstas nesta norma, devem ser 
delimitadas, sob a responsabilidade do empregador. 
Percebemos aqui então os riscos destacados dentro da NR 16 sobre 
Atividades e Operações perigosas, que podem ocorrer por meio de substâncias 
inflamáveis entre outros aspectos. Sabendo disso, podemos também nos prevenir e 
evitar que acidentes ocorram no decorrer de nossas atividades. 
 
2.10 NR 17 – ERGONOMIA 
 
 33 
A Norma Regulamentadora 17 (NR – 17) é a norma que estabelece parâmetros 
para a adaptação das condições do trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de maneira a proporcionar um máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficientes das atividades. É de responsabilidade do empregador a 
avaliação da adaptação das condições do trabalho (aspectos relacionados ao 
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos 
e às condições ambientais) de acordo com as características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, realizando análise ergonômica do trabalho. 
O transporte manual de cargas é aquele no qual o peso da carga é suportado 
inteiramente por um único trabalhador, compreendendo o levantamento e a 
disposição da carga. Não pode ser exigido de nenhum trabalhador o transporte 
manual de cargas cujo peso possa lhe comprometer a saúde ou sua segurança. 
Todo trabalhador que venha a trabalhar com o transporte manual de cargas não 
leves, deve receber treinamento ou instruções com vistas a salvaguardar a sua 
saúde e prevenir acidentes. Sempre que possível deve se fazer o transporte de 
carga utilizando o apoio de equipamentos específicos, tais como: carrinho de mão, 
ponte rolante, etc. Quando o serviço for realizado por mulheres e/ou jovens 
(menores de 18 anos e maiores de 14 anos) o peso máximo da carga a ser 
transportada deverá ser bem inferior ao recomendando para os homens. 
O mobiliário dos postos de trabalho devem ser, sempre que possível, 
planejados e/ou adaptados para a realização dos serviços na posição sentada, 
proporcionando ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação, 
atendendo aos seguintes requisitos mínimos: ter altura e características da 
superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade; ter área de trabalho de 
fácil alcance e visualização; ter dimensões que possibilitem o posicionamento e 
movimentação adequado ao trabalhador. Quando na atividade for necessária a 
utilização dos pés, além dos requisitos supracitados, os pedais e demais comandos 
com necessidade de acionamento com os pés devem estar posicionados e terem as 
dimensões que possibilitem fácil alcance e ter características e peculiaridades do 
trabalho a ser executado. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem ser 
confortáveis e devem possuir regulagem de altura. 
Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem ser 
adequados com as características psicofisiológicas dos trabalhadores e à 
característica do trabalho a ser executado. Nas atividades de leitura de documentos, 
 34 
digitação, datilografia e mecanografia deve: ser fornecido suporte para documentos, 
que possa ser ajustado visando boa postura, visualização e operação; utilizar papel 
de fácil legibilidade. Utilizando computador ou terminais de vídeo deve se adequar: o 
ajuste da tela e à iluminação do ambiente, visando proporcionar corretos ângulos de 
visibilidade; a tela, o teclado, e o suporte documentos devem ter a mesma distância 
dos olhos. 
As condições ambientais do trabalho devem ser adequadas as características 
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza da atividade. Nos locais de trabalho 
onde as atividades exercidas exigem solicitação intelectual e atenção constante do 
trabalhador são recomendadas as seguintes condições de conforto: o nível de ruído 
de acordo com o estabelecido na NBR 10152, para as demais atividades o nível de 
ruído deve de até 65 dB (A); a temperatura do ambiente deve ser entre 20ºC e 23ºC; 
a velocidade do ar inferior a 0,75 m/s e a umidade relativa do ar acima de 40%. 
Todos os locais de trabalho devem haver iluminação adequada a natureza da 
atividade, conforme estabelecido na Norma de Higiene Ocupacional nº 11(NHO 11) 
da Fundacentro. 
A organização do trabalho deve ser adequada às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Para 
efeito dessa NR deve levar em consideração, no mínimo: Normas de produção; 
modo operatório; exigência de tempo; determinação do conteúdo de tempo; ritmo do 
trabalho; conteúdo das tarefas. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular ou 
dinâmica corporal, deve se observar: todo e qualquer sistema de avaliação de 
desempenho para efeito de remuneração deve levar em consideraçãoas 
repercussões sobre a saúde do trabalhador; pausas para descanso; quando do 
retorno ao trabalho, após afastamento igual ou superior a 15 dias, a exigência de 
produção deverá permitir o retorno gradativo; Nas atividades com computadores 
deve se observar: o empregador não deve promover avaliação baseado no número 
de toques sobre o teclado; o número máximo de toques reais no teclado não pode 
ultrapassar 8000 toques por hora de trabalho. 
 
2.11 NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDUSTRIA 
DA CONSTRUÇÃO 
 
 35 
A Norma Regulamentadora 18 (NR – 18) é a norma que estabelece diretrizes 
de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que implementar 
medidas de controle e medidas protetivas nos processos, nas condições e no meio 
ambiente de trabalho na Industria da Construção (atividades constantes no Quadro I, 
código da Atividade Específica da NR 4 – SESMT, e as atividades de demolição, 
reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral). 
Antes do início das atividades é obrigatório a comunicação à DRT (Delegacia 
Regional do Trabalho) das seguintes informações: endereço da obra; endereço e 
qualificação do responsável pela obra; tipo de obra; previsão de início e término; 
número máximo previsto de trabalhadores. 
O PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria 
da Construção), é obrigatório em estabelecimentos com 20 ou mais trabalhadores, 
sendo que, este documento deve contemplar as exigências contidas na NR 9 – 
Programa de Prevenção e Riscos Ambientais. A implementação do PCMAT é de 
responsabilidade do empregador e este deve ser elaborado por um profissional 
habilitado na área de segurança do trabalho e em conformidade com o disposto 
nesta NR, devendo ser mantido no estabelecimento, a disposição dos órgãos de 
fiscalização. 
Área de Vivência: Os canteiros de obras devem dispor de Área de Vivência, 
que devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza, e 
deve ser composta de: instalações sanitárias, vestiário, alojamento, local de 
refeições, cozinha, quando houver preparo de refeições, lavanderia, área de lazer e 
ambulatório, quando se tratar de frente de trabalho com mais de 50 trabalhadores. 
No caso de haver trabalhadores alojados o alojamento, a lavanderia e a área de 
lazer são obrigatórios. 
Demolição: Antes de se iniciar a demolição dos canteiros, as linhas de 
fornecimento de energia elétrica, água, líquidos inflamáveis e gasosos liquefeitos, 
substâncias toxicas, canalizações de esgoto e de escoamento de água devem ser 
desligadas, retiradas, protegidas ou isoladas, respeitando-se as normas e 
determinações em vigor. Toda demolição deve ser programa e dirigida por 
profissional habilitado. 
Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas: As escavações realizadas em 
canteiros de obras devem ter sinalização de advertência e barreira de isolamento em 
todo seu perímetro. É proibido o acesso de pessoas não autorizadas às áreas de 
 36 
escavação e cravação de estacas. As escavações com mais de 1,25m de 
profundidade devem dispor de escadas e rampas, colocadas próximas aos postos 
de trabalho a fim de permitir, em caso de emergência a saída rápida de 
trabalhadores. É proibido fazer reparo ou manutenção em bate-estacas enquanto o 
equipamento estiver em operação. São obrigatórios o uso de cinto de segurança, 
tipo para- que dista, nos trabalhos executados em escadas da torre de bate-estacas 
e proteção auditiva para todos que estiverem próximo ao local. Os taludes instáveis 
das escavações com profundidade superior a 1,25 devem ter sua estabilidade 
garantida por meio de estruturas dimensionadas para este fim. Os acessos de 
trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação devem ter 
sinalização de advertência permanente. O operador de bate estacas deve ser 
qualificado e ter sua equipe treinada. É proibido o acesso de pessoas não 
autorizadas às escavação e cravação de estacas. Quando o bate estacas não 
estiver em operação o pilão deve permanecer em repouso sobre o solo no fim do 
seu curso. 
Carpintaria: Todo trabalhador que for realizar serviços de carpintaria utilizando-
se de operação de máquinas e equipamentos deve ser qualificado nos termos desta 
norma. 
Todos os equipamentos e máquinas utilizados para a realização dos serviços 
de carpintaria devem ser os que apresentem dispositivos que previnam a ocorrência 
de eventos que venham a prejudicar a segurança e saúde dos trabalhadores, tais 
como: protetor facial contra projeção de partículas; aterramento elétrico; guia 
empurrador; guia de alinhamento; dispositivo de bloqueio, etc. 
Armações de Aço: A dobragem e corte de vergalhões de aço devem ser 
realizados sobre bancadas de armação que devem ser de material resistente e 
apoiadas de forma segura. É obrigatória a colocação de pranchas de madeiras 
sobre armações das fôrmas, para circulação de operários. As pontas dos vergalhões 
devem ser protegidas. 
Estruturas de concreto: As formas devem ser projetadas e construídas de 
modo que resistam às cargas máximas de serviço. Durante a desforma devem ser 
viabilizados meios que impeçam a queda livre de seções de fôrmas e escoramentos, 
sendo obrigatórios a amarração das peças e o isolamento e sinalização ao nível do 
terreno. Os suportes e escoras de fôrmas devem ser inspecionados antes e durante 
a concretagem por trabalhador qualificado. As conexões dos dutos transportadores 
 37 
de concreto devem possuir dispositivo de segurança para impedir a separação das 
partes, quando o sistema estiver sob pressão. Proteção das periferias feita por 
guarda-corpo durante a concretagem. Os vibradores de imersão devem ter dupla 
isolação e os cabos de ligação ser protegidos contra choques mecânicos e corte de 
ferragem, devendo ainda ser dotados de dispositivo “fuga a terra”. No local onde se 
executa a concretagem somente deve permanecer a equipe indispensável para a 
execução da tarefa. 
Operações de Soldagem e Corte a Quente: As operações de soldagem e corte 
a quente somente podem ser realizadas por trabalhadores qualificados e devem ser 
utilizados materiais e equipamentos que possuem dispositivos que garantam a 
segurança dos trabalhadores envolvidos nos serviços e circunvizinhos, tais como: 
Ventilação local exaustora, equipamentos utilizados para manusear eletrodos devem 
possuir isolamento elétrico; utilização de anteparo nos serviços de soldagem e corte 
a quente; equipamentos elétricos devem possuir aterramento elétrico. 
Escadas, Rampas e Passarelas: É obrigatório a instalação de rampa ou escada 
provisória de uso coletivo para transposição de níveis como meio de circulação de 
trabalhadores. Guarda corpo com rodapé. Estas devem ser dimensionadas em 
função do número de trabalhadores. A madeira deve ser resistente e de boa 
qualidade. Escadas, rampas e passarelas devem ser providas de guarda - corpo 
com altura de 1,20 m para travessão superior, 0,70 m para travessão intermediário e 
rodapé de 0,20m de altura. Manter sempre desobstruída. Apoio das extremidades 
cobrindo-a totalmente. Devem ser dotadas de sistema antiderrapante, tipo friso, 
réguas ou outros meios que evitem escorregamentos de trabalhadores. Rampas 
com corrimão por toda sua extensão. Construída e mantidas em perfeitas condições 
de uso e segurança. 
Medida de proteção contra queda de altura: E obrigatória à instalação de 
proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhador ou de projeção de 
materiais, as aberturas no piso deve m ter fechamento provisório resistente. Os vãos 
de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de no mínimo 
1,20m constituído de material resistente e segurança fixado a estrutura, até a 
colocação definitiva das portas. 
Movimentação de transporte de materiais e pessoas: As disposições deste item 
aplicam-se as instalações de montagem, desmontagem, operação, teste, 
manutenção e reparos

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