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pág.1 CURSO DE NUTRIÇÃO GESTÃO DE PESSOAS E ESTRUTURA EM UAN Profª Ms. Marly Matiko Viski São Paulo 2021.2 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO GERAL Conceito de Administração A Administração é a ciência que estuda as organizações e as empresas com a finalidade de descrevê-las para compreender seu funcionamento, sua evolução, seu crescimento e seu comportamento. A administração, de acordo com Stoner (1995), é um processo de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho, e de usar todos os recursos (humanos, materiais e financeiros) disponíveis da organização para alcançar objetivos estabelecidos. OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO Os objetivos podem ser conceituados como os resultados que a empresa pretende atingir. Pode ser geral e interessar a toda a empresa ou ser específico de um setor. Ao se estabelecer os objetivos deve-se verificar, entre outros fatores, se estão claros e perfeitamente divulgados, entendidos e aceitos por todos os envolvidos e se são específicos, mensuráveis e realísticos. (ABREU, 2016). Entende-se por META as etapas que são realizadas para alcançar os objetivos. FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS A administração é realizada por meio do processo administrativo, que abrange atividades administrativas, técnicas e operacionais. As atividades administrativas incluem as funções de planejamento, organização, direção e controle. As atividades técnicas são aquelas para cujo desempenho são necessários conhecimentos específicos. As atividades operacionais são as que se referem à realização das operações. Em UAN, qualquer que seja o tipo de atividade desenvolvida, o importante é que o trabalho deve ser sempre respaldado nos princípios da Ciência da Nutrição. Em qualquer ramo de atividade, as funções administrativas são: planejamento, organização, direção e controle. PLANEJAMENTO É a função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos almejados e o que deve ser feito para alcançá-los. O planejamento sempre visa a uma ação futura. Com o planejamento são previstas ações concernentes à: • O que fazer: objetivos do trabalho. • Como fazer: normatizar as operações, isto é, definir atribuições. • Quando fazer: definir tempo de execução. Vale ressaltar que se os objetivos da empresa não forem definidos de forma clara e concisa, o planejamento será muito vago e dispersivo. Além disso, é importante considerar que situações imprevistas podem ocorrer, e, portanto o planejamento deve ser flexível a fim de se adequar à situação possibilitando as correções necessárias. Note e Anote: Sem planejamento as demais funções administrativas perdem todo o seu efeito! pág. 3 Aplicado à administração de UAN, a função de planejar inclui desde o planejamento das instalações físicas, planejamento de cardápios, de procedimentos e normas para retirada de mercadorias no estoque, fazer a programação de férias de funcionários, entre outros. ORGANIZAÇÃO Etapa consecutiva ao planejamento É a função administrativa que consiste no agrupamento das atividades necessárias para realizar aquilo que foi planejado. A organização envolve tarefas, pessoas, órgãos e relações. (Abreu, 2016). Assim sendo, organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos em uma estrutura que facilite a realização de objetivos.” (MAXIMIANO apud MENDONÇA, 2010) De acordo com Muttoni, 2017, na organização da UAN, o trabalho deve ser dividido e agrupado em funções que são atribuídas a cada pessoa, conforme as principais relações decorrentes dos exercícios das funções individuais, sendo aplicadas tanto na grande, quanto na média e pequena empresa. Organizar é: - Caracterizar as unidades de trabalho; - Definir o fluxo de sequência do trabalho; - Agrupar as unidades de trabalho para formar unidades mais complexas; - Estabelecer a estrutura de autoridade; - Sistematizar o trabalho Nas empresas, a organização formal (ou estrutura organizacional) é representada por meio de organograma, e os processos são representados por fluxogramas. Este assunto será abordado posteriormente. DIREÇÃO É a função administrativa de conduzir e orientar o pessoal para se alcançar os objetivos da empresa. É uma atividade de comunicação e liderança. Estabelecidos os objetivos, definido o planejamento, organizados os trabalhos, cabe à direção fazer executar as coisas. A direção é uma atribuição privativa das chefias, o que difere do planejamento e organização, que também podem ser realizados por setores especializados da empresa. Vale ressaltar que, enquanto o planejamento e a organização são etapas anteriores à execução dos objetivos, a direção é uma etapa concomitante. A importância da direção parte do pressuposto de que nada adianta um bom planejamento e boa organização se as pessoas trabalham sem orientação e coordenação adequadas. Para dirigir os subordinados, o administrador deve fazer uso dos meios de direção: ordens e instruções, comunicação, motivação, liderança e coordenação. Meios de direção Ordens e instruções => Tanto a ordem quanto a instrução servem para fazer iniciar, modificar ou cessar uma tarefa ou atividade. A ordem refere-se ao que fazer e quando, enquanto a instrução refere-se a como fazer alguma tarefa ou atividade. As ordens e instruções podem ser transmitidas através de cartas, circulares, memorandos, formulários, normas e manuais, ou mesmo verbalmente, por telefone, em reuniões ou diálogos. Comunicação: é o processo de transmissão de informação e compreensão de uma pessoa para outra. Assim, comunicar não é somente transmitir uma mensagem. É, sobretudo, fazer que a mensagem seja recebida e compreendida pela outra pessoa. Se não houver compreensão do significado da mensagem não houve comunicação. pág. 4 De acordo com Teixeira e col. (2007), para se obter sucesso nas comunicações é necessário que se conheça a ordem expedida e sua real significação, bem como o grau de percepção das pessoas a quem se destina a comunicação, pois, para se fazer entender, as colocações devem ser compreensíveis para os ouvintes. Alguns requisitos devem ser observados: - Clareza => não usar expressões novas de interpretação ambígua; - Adequação do tom de voz => as ordens devem ser emitidas em tom de voz firme, natural. - Cortesia => evitar tom imperativo. “Por favor“ e “obrigado” podem ajudar a criar situações de cooperação. Evitar ordens contraditórias, pois caracterizam um chefe inseguro, dúbio e vacilante. Quando for necessário modificar uma ordem já determinada, as razões da mudança devem ser explicadas aos subordinados. Motivação: motivar significa despertar o interesse e o entusiasmo por alguma coisa. Cabe ao administrador saber motivar seus colaboradores na execução de suas tarefas e atingir aos resultados esperados pela empresa. Motivação é o “impulso” que leva as pessoas a agirem desta ou daquela forma, diante de um determinado fato ou estímulo (TEIXEIRA e col., 2007). Este assunto será aprofundado posteriormente. Coordenação: coordenar significa unir e harmonizar todas as atividades e esforços de diferentes pessoas ou órgãos da empresa para alcançar seus objetivos. A coordenação deve estar presente em todas as etapas do processo administrativo, tanto no planejamento, como na organização, na direção e no controle. Liderança: Chiavenato (2000) conceitua liderança como a capacidade de influenciar o comportamento das pessoas. Em UAN o nutricionista é quem dirige as pessoas e coordena as atividades. Ele deve ser o líder. Liderar não é apenas dar ordens ou instruções. É preciso saber unir e harmonizar todas as atividades de diferentes pessoas ou setores (coordenação), saber comunicar e motivar os colaboradores para que se alcancem os objetivos propostos. Se o líder não pode influenciar as ações de seus subordinados, ele será incapaz de cumprir o seu papel e perderá a confiança deles.O tema Liderança será abordado mais detalhadamente em Gestão de Pessoas. CONTROLE Significa medir e avaliar as operações e seus resultados e verificar se o planejado e organizado foi executado adequadamente e quais as ações corretivas necessárias. São exemplos: análise de custos, controle e avaliação de sobras e resto-ingestão, inventário de estoque, volume de vendas, avaliação de desempenho de funcionários, entre outros. Os controles não serão efetivos se não forem devidamente documentados. Entretanto, não basta documentar os fatos. Para um controle eficaz é imprescindível que todas as fases administrativas anteriores, principalmente o planejamento também seja eficaz. Cabe ressaltar que, embora o processo administrativo de planejar, organizar, dirigir e controlar seja basicamente sequencial, tem uma atuação global e pode ter suas etapas desenvolvidas simultaneamente. Os controles assinalam falhas e erros em tempo hábil a fim de repará-los e evitar sua reincidência. pág. 5 ÁREAS DE ATUAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO NUTRICIONISTA EM UAN As áreas do profissional nutricionista que atua em UAN são especificadas na Resolução CFN 600/2018. O Anexo II da Resolução CFN 600/2018, aponta as atribuições técnicas e de apoio do nutricionista. (https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_600_2018.htm ). As atividades técnicas obrigatórias são aquelas de competência exclusiva que exigem conhecimentos específicos do profissional de Nutrição, como por exemplo, elaboração de cardápios de acordo com características da população atendida, elaboração de informações nutricionais, elaboração de manuais de boas práticas, entre outros. Como atividades complementares, incluem-se as atividades administrativas como, planejamento, implantação ou adequação de estrutura física, equipamentos e utensílios, gestão de custos, recrutamento, seleção, treinamento de pessoas, entre outros. EXERCÍCIOS 1. Elaborar um plano de ação para uma Unidade de Alimentação e Nutrição em que estão definidos os objetivos e as metas a serem alcançados representa a seguinte ação: A) supervisionar; B) organizar; C) controlar; D) planejar; E) avaliar. https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_600_2018.htm pág. 6 2. “Os princípios gerais relacionados com a tarefa de administrar se aplicam a qualquer tipo ou tamanho de organização”. Com base nos princípios da Administração, numere a segunda coluna de acordo com a primeira: 1. definir competências ( ) Controle 2. agrupar atividades para consecução de objetivos ( ) Direção 3. deliberar, comandar, coordenar ( ) Organização 4. avaliar produtividade ( ) Organização 5. estabelecer normas e padrões ( ) Planejamento A sequência correta é: A) 2, 5, 3, 1, 4 B) 1, 2, 3, 4, 5 C) 3, 2, 5, 4, 1 D) 4, 3, 1, 2, 5 E) 4, 2, 5, 1, 3 3. As atividades realizadas em UAN podem ser classificadas como sendo anteriores à produção (planejamento), durante a produção (comando e coordenação) e posteriores à produção (controle). Assinale a opção que apresenta as atividades que caracterizam, respectivamente, cada uma das etapas, segundo esta classificação. A) Registro do número de refeições servidas, avaliação das sobras, estabelecimento do padrão dos cardápios. B) Supervisão da técnica de pré-preparo, avaliação de custo, apuração numérica do volume de vendas. C) Caracterização da clientela, controle das etapas de pré-preparo e cocção, apuração de custos. D) Caracterização da clientela, planejamento qualitativo de gêneros, treinamento de pessoal. E) Definição dos cardápios, planejamento qualitativo e quantitativo de gêneros, treinamento de pessoal. 4. Administrar é tomar decisões. Entre as principais decisões está o planejamento, o qual consiste em: A) alocar os recursos necessários; B) executar os planos; C) coordenar equipes; D) determinar objetivos e recursos; E) verificar os resultados. 5. É o principal objetivo da função controle: A) monitorar resultados e estimular o trabalho; B) apurar resultados e implementar as ações corretivas; C) desenvolver relatórios de acompanhamento; D) promover as ações de execução; E) Implantar processos organizacionais. 6. O processo administrativo compõe-se de quatro funções básicas. Indique a opção correta: A) A função organização refere-se ao sistema de definição de objetivos, alocação de recursos e os meios para alcançá- los. A de direção ao agrupamento das atividades em órgãos e cargos, definindo níveis de autoridade e responsabilidade. B) A função planejamento possibilita o monitoramento do desempenho organizacional e a tomada de ações corretivas. A de organização a divisão do trabalho e designação de processos e atividades. C) A função controle permite a execução de atividades e alocação de recursos para atingir os objetivos. A de direção o exercício da liderança e coordenação de esforços. D) A função planejamento possibilita a definição da missão organizacional e a programação de atividades. A de direção a orientação da mão-de-obra e a coordenação de esforços. E) A função controle permite desenhar o trabalho a ser executado e coordenar atividades. A de organização o exercício da comunicação, liderança e motivação. pág. 7 7. Ao elaborar rotinas, roteiros de trabalho e normas técnicas, o(a) nutricionista está exercendo a atividade administrativa de: A) tomada de decisão. B) controle do desempenho. C) organização da produção. D) planejamento de atividades. E) direção de pessoal 8. São atividades obrigatórias do nutricionista, segundo a Resolução CFN 600/2018: A) efetuar pedido de compras, elaborar cardápio, fazer entrevista para candidatos operacionais. B) calcular valor nutricional do cardápio, elaborar manual de boas práticas, participar do treinamento de estagiários. C) Promover o aperfeiçoamento e treinamento de funcionários, promover redução de sobras, restos e desperdícios. D) Realizar pedido de compras de acordo com as necessidades da UAN, elaborar manual de boas práticas, realizar visitas aos fornecedores. pág. 8 UNIDADE PRODUTORA DE REFEIÇÕES (UPR) E UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) O mercado de alimentação fora do lar envolve dois grandes segmentos: a alimentação voltada para a coletividade e a alimentação comercial. Em conjunto, são denominadas Unidades Produtoras de Refeição – UPR A alimentação comercial engloba os estabelecimentos que atendem indivíduos ou grupos, clientela ocasional ou regular, abertos a qualquer tipo de público. A alimentação comercial visa obter lucro com a venda dos produtos oferecidos. A alimentação de coletividades, denominada atualmente de Unidade de Alimentação e Nutrição – UAN, refere-se a uma unidade de trabalho que desempenha atividades relacionadas à alimentação e à nutrição e atende a uma clientela definida, com o restaurante geralmente localizado em área própria nas empresas. Situa-se no setor do trabalho (empresas), no ensino (escolas públicas e privadas nos diversos níveis), na saúde e no social (hospitais públicos e privados, asilos, orfanatos) e outros (prisões, comunidades religiosas, forças armadas). A UAN, segundo Gandra e Gambardella (1986), tem como objetivo geral contribuir para manter, melhorar ou recuperar a saúde da clientela a que atendem, por meio de alimentação equilibrada. Entre os objetivos específicos, que podem variar conforme as peculiaridades desses serviços destacam-se: - Elaborar e fornecer dieta que seja balanceada (ou seja, suficiente, completa, harmônica e adequada às características e hábitos alimentares dos usuários), segura em relação à higiene e que se ajuste aos limites financeiros das instituições; - Elaborar e fornecer dietas modificadas; - Desenvolver atividades relacionadas com a educação, pesquisa, assessoria e consultoria na áreade nutrição. Abreu e col. (2003) salientam que a administração da UAN deve ser delegada ao nutricionista, que é o profissional melhor preparado para essa função. pág. 9 O Conselho Federal de Nutricionistas (Resolução CFN 380/05) define UAN como uma unidade gerencial na qual são desenvolvidas todas as atividades técnico-administrativas necessárias para a produção de alimentos e refeições, até a sua distribuição para coletividades sadias e enfermas, além da atenção nutricional a pacientes na internação e em ambulatórios. A Resolução CFN 680/2018, define como Alimentação Coletiva a área de atuação do nutricionista que abrange o atendimento alimentar e nutricional de coletividade ocasional ou definida, sadia ou enferma, em sistema de produção por gestão própria (autogestão) ou sob a forma de concessão (gestão terceirizada). GERENCIAMENTO DE UAN A empresa poderá optar pelas seguintes modalidades de serviços: - Autogestão (serviço próprio): A empresa é responsável por toda infraestrutura e pelo gerenciamento de todo o processo produtivo, isto é, assume toda a responsabilidade pela elaboração das refeições, desde a contratação de pessoal até a distribuição dos serviços aos usuários. - Terceirização (Serviços de terceiros): O fornecimento das refeições é formalizado por intermédio de contrato firmado entre a empresa beneficiária e a empresa prestadora de serviço (concessionárias). Atualmente, as concessionárias são as grandes responsáveis pela gestão de UAN. Refeições servidas ao dia pelas Unidades Produtoras de Refeições no período de 2009 – 2019, segundo a ABERC Fonte: https://aberc.com.br/mercadoreal.asp?IDMenu=21 [11/06/2021] Como pode ser observado pelo quadro acima, a maioria das empresas opta pela terceirização dos serviços de alimentação, buscando reduzir seus custos sem diminuir a qualidade de seus produtos. Vale ressaltar que as UPR empregaram, em 2019, cerca de 250.000 colaboradores. Diante desses dados é interessante abordar os tipos de contrato entre a empresa (contratante) e a concessionária (contratada), já que estas representam um grande mercado de trabalho para os profissionais de cozinha. https://aberc.com.br/mercadoreal.asp?IDMenu=21 pág. 10 TIPOS DE CONTRATO - Preço fixo ou gestão direta: A concessionaria estabelece um preço fixo por refeição de acordo com um padrão estabelecido pela empresa contratante (tipo de cardápio, gramagem per capita, número de refeições, etc.). O gerenciamento é de total responsabilidade da concessionária contratada (recursos humanos e recursos materiais), razão pelo qual este tipo de contrato também é denominado de gestão direta. O preço de venda da refeição é formado por custo mais lucro e a forma de reajuste é definida no contrato. A concessionária emite uma nota de venda de refeições ao cliente. - Mandato: A terceirizada cobra pela administração do serviço que será calculado com base em uma porcentagem sobre folha de pagamento dos funcionários e compra de matéria prima. Por exemplo, as mercadorias são compradas pela concessionária em nome do cliente (nota fiscal entra com o nome do cliente), cabendo à empresa contratante o reembolso dos gastos acrescido de uma taxa de administração. Para que a relação entre contratante e contratada seja satisfatória para ambas as partes, mas principalmente, para o usuário do restaurante, é necessário que haja uma efetiva parceria, racionalização dos custos e autonomia administrativa de ambos os parceiros, resultando em qualidade do serviço e satisfação dos comensais COMPARAÇÃO ENTRE AUTOGESTÃO E TERCEIRIZAÇÃO AUTOGESTÃO TERCEIRIZAÇÃO POSITIVOS: Maior flexibilidade do cardápio Funcionários mais satisfeitos, salário maior Pode ser um serviço de maior qualidade já que a responsabilidade é da propria empresa. POSITIVOS: Transferência de responsabilidade quanto aos aspectos sanitários e trabalhistas. Problemas são de responsabilidade da terceirizada NEGATIVOS: Pouco investimento em treinamentos A responsabilidade por qualquer intercorrência é da própria empresa NEGATIVOS: Pode haver maior rotatividade de funcionários em função de menores salários. Funcionários podem ser menos comprometidos com o trabalho. Tipo de contrato pode dificultar a gestão de cardápios pág. 11 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES CENTRALIZADA: Em unidades hospitalares, as refeições para pacientes são produzidas e porcionadas na cozinha o que além de ser mais prático e funcional, possui vantagens significativas como: - Reduzir o número e tamanho das copas nas unidades de internação, - Evitar enganos nas dietas programadas para os pacientes durante a montagem das mesmas, - Distribuir as refeições em temperaturas adequadas, - Diminuir o tempo de distribuição, - Porcionamento mais adequado e padronizado, - Supervisão na montagem por parte do responsável técnico. DESCENTRALIZADA: as refeições são preparadas e envasadas na área de produção e transportadas para outro local de distribuição. Em hospitais as dietas para pacientes são preparadas na cozinha e levadas para as copas de internação onde serão porcionadas pelas copeiras e distribuídas. Este sistema apresenta desvantagens visíveis: - Maior manipulação do alimento comprometendo a qualidade sensorial e higiênica, - Muitas vezes sofrem reaquecimento, - Perda da temperatura do alimento pois a distribuição é mais demorada, - Porcionamento pode ser inadequado - A ocorrência de enganos pode ser maior - A supervisão é dificultada já que a distribuição em todas as copas ocorrem simultaneamente. - Dificulta controle de sobras o que pode interferir diretamente em custos. MISTA: neste sistema, para pacientes, as refeições maiores (almoço e jantar) têm distribuição centralizada, e as menores são distribuídas de modo descentralizado. Distribuição no salão/refeitório de acordo com o tipo de serviço: Quando a distribuição é centralizada, o sistema mais utilizado é o de cafeteria, que consiste em uma linha de balcões expositores, com várias seções para o serviço de pratos frios, quentes, sobremesas, grill, etc., onde o cliente passa por todas as seções. Atualmente, encontram-se restaurantes que possuem multipontos de distribuição, isto é, vários balcões alinhados no sistema cafeteria ou “ilhas” de atendimento que possibilitam aos comensais livre trânsito entre os balcões. Serviços - SELF-SERVICE OU AUTOSSERVIÇO => o próprio cliente se serve. - SERVIÇO PORCIONADO OU CONTROLADO => a refeição é servida por um funcionário do restaurante. - SELF-SERVICE PARCIAL => itens do cardápio que devem ser controlados (prato principal, sobremesa) são servidos por funcionários da UAN e os demais itens o cliente se serve. - SERVIÇO À MESA => o cliente recebe a refeição na mesa. pág. 12 FLUXOS DE ATIVIDADES X LOCALIZAÇÃO DOS SETORES DA UAN A edificação da UAN deve ser projetada de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e facilitar as operações de manutenção, limpeza e desinfecção. Assim, é necessário prever locais específicos para cada operação, sendo que a localização dos setores deve seguir um fluxo de atividades que priorize especialmente a manipulação segura dos alimentos. A figura a seguir exemplifica o fluxo do preparo de refeições do início do processo (recebimento de gêneros) à distribuição e consumo pela clientela e descarte de resíduos). Fluxograma do preparo de refeições Fonte: Teixeira e col., 2007 pág. 13 Principais fluxos de gêneros: Fonte: Silva Fº, 1996 pág. 14 EXERCICIOS Classifique o tipo de distribuição: 1) A empresa possui um refeitório mas as refeições são preparadas por terceiros que as transportamaté o local. _______________________________________________________________________________________________ 2) Os alimentos para o desjejum e lanches dos pacientes são levados até a copa onde a copeira os prepara e distribui. Almoço e jantar e o porcionamento nas bandejas são realizados na cozinha. A copeira apenas distribui. _______________________________________________________________________________________________ 3) Todas as refeições são preparadas e distribuídas no mesmo local pelos funcionários da UAN. _______________________________________________________________________________________________ 4. Com relação às características do sistema de distribuição descentralizado, analise as alternativas abaixo: I- Mais prático, higiênico e funcional II- Perda da apresentação dos alimentos III- Maior possibilidade de trocas e enganos IV-Menor manipulação dos alimentos Marque a alternativa CORRETA A) II, III estão corretas B) I, III estão corretas C) II, III, IV estão corretas D) I, II, III, IV estão corretas 5. Qual sistema de distribuição de uma Unidade de Alimentação e Nutrição que tem como características: menor manipulação de alimentos; melhor conservação da temperatura do alimento; melhor supervisão e controle, supressão das copas superdimensionadas? A) Misto B) Tradicional C) Centralizado D) Descentralizado pág. 15 PLANEJAMENTO FÍSICO-FUNCIONAL: ESTRUTURA DE COZINHA A atividade laboral exige que o trabalhador passe grande parte do seu tempo no local de trabalho. Conforme salienta Jatene no livro “Gestão de Serviço de Nutrição Hospitalar” (Isosaki e Nakasato, 2009), pessoas e atividades influenciam e condicionam o espaço e são influenciadas por ele. O espaço, o ambiente, a área física devem ser tratados como recurso estratégico para qualquer organização. O planejamento físico-funcional das UAN não envolve apenas a construção de uma edificação e suas instalações, mas também deve ser voltado para os processos de trabalho a serem desenvolvidos e para os fluxos de manipulação dos alimentos, funcionários e clientes, caracterizando uma preocupação com o arranjo físico-funcional (SANT’ANA, 2012). Conforme salientam Teixeira e col. (2007): - O planejamento físico permite melhor utilização dos recursos humanos, através do dimensionamento do contingente de mão de obra necessária e definição das tarefas a serem executadas, de que resulta maior racionalização de trabalho e, consequentemente, menor fadiga. - Um planejamento físico adequado às características específicas do funcionamento das UAN, além da economia de movimentos e evidente racionalização das ações, poderá evitar fatores negativos de operacionalização, dentre os quais: interrupções no fluxo de operação, cruzamentos desnecessários de gêneros e funcionários, má utilização dos equipamentos, limitação no planejamento dos cardápios por falta de equipamentos apropriados, equipamentos ociosos ou mal localizados, causando congestionamento na circulação, ocorrência de filas, por falhas no dimen- sionamento e localização dos pontos de distribuição, deficiência no sistema de ventilação e, inclusive, aumento de custos (TEIXEIRA, 2007). - Alguns aspectos do planejamento físico interferem diretamente nas condições higiênicas da UAN, como é o caso da escolha de material adequado para revestimento dos pisos e paredes, dimensionamento e localização correta dos ralos dos pisos para escoamento de água, com a dupla função de facilitar as operações de limpeza e diminuir os acidentes de trabalho. - A determinação dos fluxos de matéria-prima, de pessoal e da utilização dos equipamentos tem que, necessariamente levar em consideração seus cruzamentos e suas interferências que além de otimizar as condições de trabalho e produtividade também diminuem o risco de contaminações alimentares. - Aos clientes, um layout (*) funcional proporciona um ambiente mais saudável e confortável aumentando a satisfação de seus usuários. Em resumo, um layout funcional proporciona: Aos funcionários Conforto, bem-estar, satisfação e segurança no trabalho. Aos clientes Melhores produtos e serviços, ambiente mais saudável, aconchegante e confortável. Às operações Fluxo de trabalho mais racional, menor tempo de produção, diminuição dos custos com recursos materiais e humanos, aumento dos níveis de eficiência administrativa e operacional. Ao espaço físico Flexibilidade na disposição de equipamentos, móveis e áreas físicas, além da possibilidade de ampliação dessas áreas e aproveitamento do espaço da melhor maneira possível. À empresa Integração dos processos e elementos envolvidos em sua execução, com resultados no aumento dos níveis de qualidade, produtividade e eliminação do desperdício. (*) layout: distribuição no espaço de equipamentos, bancadas, acessórios e instalações. pág. 16 PLANTA BAIXA E LAYOUT DE COZINHA Planta baixa em arquitetura, é a representação gráfica de uma construção, onde estão representados todos os seus elementos como paredes, portas, janelas. É a imagem da construção vista de cima, sem o telhado. O layout é a distribuição no espaço de equipamentos, bancadas, acessórios e instalações. O mais utilizado em cozinhas industriais é o a divisão do espaço em setores de trabalho específicos. Exemplo de planta baixa de cozinha Fonte: PAS –Programa de Alimento Seguro, 2003 PLANEJAMENTO DA ÁREA FISICA E INSTALAÇÕES O planejamento da área física de UAN é essencial para o desenvolvimento de um fluxo racional de atividades e sem prejuízo para a saúde do trabalhador. O projeto de uma UAN deve ser realizado por uma equipe multiprofissional, incluindo arquiteto e nutricionista. A participação de nutricionista está prevista na legislação (Lei 8234/91, que regulamenta a profissão e Resolução CFN 680/2018, que dispõe sobre as áreas de atuação e atribuições do nutricionista). O dimensionamento dos setores de UAN inclui o cálculo da área necessária para cada setor e a definição das dimensões dos diferentes setores. É um processo trabalhoso que exige o envolvimento do nutricionista junto à equipe de planejamento para que os diversos setores não sejam projetados e construídos de forma sub ou superestimada, dificultando futuramente no dia a dia a execução das tarefas (SANT’ANA, 2012). Os setores específicos da cozinha devem comportar adequadamente a disposição dos equipamentos e proporcionar fluxos (de alimentos, funcionários, usuários e lixo) bem definidos, facilitando a supervisão e a integração (SILVA, 1998). pág. 17 Para se iniciar um projeto de UAN algumas necessidades básicas devem ser levantadas (MEZOMO, 2002; SANTANA, 2012): - Tipo de estabelecimento => é essencial especificar o setor para a qual a UAN será planejada (trabalho, saúde, ensino, Forças Armadas, comercial ou serviço de bordo) e a atividade específica do estabelecimento (UAN para indústria automobilística, UAN hospitalar, etc.). - Porte do estabelecimento => essa informação fornecerá uma ideia do número de refeições diárias a serem servidas. Pequeno: até 500 refeições/dia, Médio: 501 a 2000 refeições/dia, Grande: 2001 a 10.000 refeições dia ou Extra porte: acima de 10.000 refeições dia - Tipo de clientela => caracterizar a clientela de acordo com idade, gênero, gasto energético no trabalho, condições de saúde (enfermo ou saudável), hábitos e preferências alimentares. - Tipos de refeição => desjejum, almoço, lanches, jantar, lanche noturno e outros. Essas informações serão essenciais para a determinação dos setores de trabalho, como por exemplo: área para pré-preparos, estocagem, etc. - Número de refeições servidas e capacidade de atendimento => total e por turnos. Exemplo: TR (total de refeições/dia) = 2000, sendo: 300 desjejuns, 1000 almoços, 500 jantares e 200 ceias. - Padrão dos cardápios =>o padrão de cardápios(simples, intermediário, sofisticado) e quantidade de itens oferecidos, vão definir os tipos de setores necessários, o seu dimensionamento e os tipos de equipamentos e outros materiais necessários à montagem da UAN. - Per capita previsto => as informações sobre o per capita e, em alguns casos, as porções a serem utilizadas nas UAN são essenciais para o cálculo da capacidade e quantidade dos equipamentos e utensílios necessários para a montagem dos setores. - Períodos de distribuição => trata-se do tempo previsto para a distribuição. Esse dado auxiliará na definição do sistema de distribuição a ser adotado, no dimensionamento da área e de equipamentos. - Logística de abastecimento e política de compras => a frequência de abastecimento e a política de compras servirão de base para definição dos tipos e dimensionamento dos setores necessários para recepção e estocagem da UAN. - Região da UAN => informações sobre a cidade e Estado em que a UAN estará localizada são necessárias para verificação da presença de centros de abastecimento, facilidade de transporte, frequência de entrega. - Fontes de energia disponíveis => eletricidade, gás e vapor de caldeira, especialmente para a escolha dos equipamentos que serão adquiridos. - Disponibilidade financeira => como a construção e montagem de uma UAN demandam altos investimentos é necessário obter todas as informações sobre os recursos disponíveis para atendimento de todas as exigências da legislação brasileira, garantia de conforto, redução de agravos à saúde e a satisfação dos clientes e colaboradores do serviço. pág. 18 INSTALAÇÕES Teixeira e col. (2007) e Sant’Ana (2012) descrevem requisitos importantes a serem considerados no planejamento físico-funcional de unidades de alimentação que interferem nas condições de trabalho. Desta forma, estes aspectos devem ser planejados com base na legislação e necessidades gerais de UAN. São eles: - Área externa da UAN: deve estar livre de focos de insalubridade, de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, de insetos, roedores e outros animais no pátio ou vizinhança, de focos de poeira, de acúmulo de lixo nas imediações, de água estagnada, dentre outros. - Localização: A localização da cozinha deve favorecer o fluxo da produção de refeições, portanto, o ideal é que a cozinha esteja localizada no andar “térreo”, voltada para o nascente (maior conforto térmico) e em bloco isolado. A localização da cozinha no mesmo piso do restaurante e com acesso direto e independente de outras áreas também é recomendada. Este tipo de localização permite melhor operacionalização dos serviços: Facilidade de comunicação com o exterior, permitindo fácil acesso de fornecedores (entrada gêneros e outros produtos) e funcionários. Facilidade de iluminação natural: as janelas devem receber luz suficiente do exterior para evitar a necessidade de manter as luzes acesas, o que contribui para aumentar a sensação de calor, além de aumentar os custos. Facilidade de ventilação cruzada natural: é a ventilação que se consegue com as janelas localizadas em paralelo ou perpendicularmente, o que possibilita a movimentação do ar. Eliminação de monta-carga ou elevadores para o abastecimento e transporte de gêneros. Esses equipamentos, além de onerar o custo de construção, podem necessitar de manutenção e estar sujeitos a defeitos e acidentes. Também deve-se considerar os atrasos na distribuição que podem ocorrer em função do transporte e o risco de contaminação dos alimentos. Facilidade de remoção do lixo, evitando problemas de contaminação, odor, proliferação de insetos e roedores e microrganismos. Preferencialmente, deve ser voltada para o nascente a fim de aproveitar o sol da manhã no período da manhã e evitá-lo no período da tarde, pois proporciona maior conforto térmico e evita a instalação de aparelhos como quebra- sol, toldos e condicionadores de ar. Aspectos como beleza, ausência de odores desagradáveis e ausência de poluição sonora e do ar também devem ser contemplados na escolha da localização da UAN. - Vias de acesso e saída: a presença de diferentes vias de acesso (portas de entrada) e de saídas (portas de saída) evitam cruzamentos indesejáveis e facilitam um fluxo adequado dos processos de trabalho. Para UAN de grande e extra porte são importantes as seguintes vias de acesso: Acesso para matérias-primas Acesso para fornecedores. Acesso para pessoal administrativo e visitantes. Acesso e saída para funcionários (porta única para entrada e saída) Acesso e saída para clientes. Saída de lixo. - Paredes e teto: revestidos com material liso, impermeável e lavável, que facilite a limpeza. Cantos e rodapés arredondados para facilitar a higienização. Entre os materiais existentes no mercado, o azulejo é o que melhor reúne estas características, sendo, entretanto necessário um cuidado especial quanto ao material utilizado em sua colocação, uma vez que é comum ocorrer deslocamentos, principalmente na área de cocção, onde o calor e a umidade são maiores. O material usado para os rejuntes dos azulejos também deve ser de qualidade (resistentes, impermeáveis, antimofo). Deve ser indicada a aplicação de cantoneiras nas paredes, e de barras de aço, nos locais de movimentação dos carros, para aumentar a resistência do material que reveste a parede. pág. 19 Quanto ao teto, deve ser de fácil limpeza, de cor clara, resistente à temperatura e impermeável ao vapor. Não deve ser combustível, nem propagador de incêndios, e deve absorver os ruídos das diversas operações realizadas na cozinha. Devem ser mantidos íntegros, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores e descascamentos. O teto recomendado para a área de cocção é a laje de concreto, maciça ou pré-moldada, revestida e pintada com tinta acrílica. Porém, o uso de forro de PVC também é aceito (BRASIL - MDS, 2007) Segundo a Portaria Municipal de São Paulo nº 2619/2011 – SMS, o pé-direito (medida entre o piso e o teto) deve ter, no mínimo, 2,7 metros. - Piso: deve proporcionar o máximo de segurança: antiderrapante, resistente ao ataque de substâncias corrosivas, e de fácil limpeza. Atualmente, o mercado dispõe de uma gama de pisos monolíticos e cerâmicas com características que se enquadram nos padrões exigidos para as UAN. A aplicação do piso monolítico (pedra inteiriça) é um fator que favorece a higienização, pois os rejuntes dos pisos de cerâmica, por serem de cimento, são porosos, dificultando a higienização e favorecendo a proliferação de bactérias (TEIXEIRA e col., 2007). O piso deve ter, ainda, um único nível, evitando os acidentes de trabalho e favorecendo o deslocamento de carros, que tanto auxiliam no desenvolvimento das tarefas. Deve ter inclinação suficiente para direcionar, aos ralos, a água de higienização. Estes ralos deverão ser sifonados, o que irá impedir a entrada de insetos e roedores. - Portas: superfície lisa, não absorvente, com fechamento automático e vedação inferior para evitar entrada de insetos e roedores. Preferencialmente com visor. As portas de circulação devem ser largas para melhor circulação de carrinhos e pessoas. A largura e altura mínimas são de 1,00 m e 2,10 m, respectivamente. - Janelas: devem ser localizadas na parte superior das paredes uma vez que o ar quente tende a subir. A colocação das janelas nesta posição também evita a incidência dos raios solares diretamente sobre a superfície de trabalho, assim como da corrente de ar sobre o fogão. Os vidros devem ser transparentes e lisos e todas devem possuir telas de proteção contra insetos que sejam removíveis para facilitar a higienização. pág. 20 Recomendações para janelas Fonte: MDS, Roteiro de implantação de restaurantes populares, 2007- Configuração geométrica: A forma retangular e desde que o comprimento não exceda mais de 1,5 a 2 vezes a largura, é a mais adequada principalmente para grandes áreas, pois: - permite boa localização dos setores; - propicia melhor disposição dos equipamentos; - evita caminhadas supérfluas; - possibilita melhor distribuição das áreas e, portanto, do fluxo de produção; - evita conflitos de circulação (pessoal ou material); - facilita a supervisão das atividades. Outras configurações também podem ser indicadas, como "H", "L", "U", pois permitem, como na configuração retangular, facilitação do fluxo, boa disposição de equipamentos, ventilação e iluminação natural. pág. 21 Configurações NÃO indicadas: Quadrada: distancia os operadores das paredes opostas àquelas onde estão os equipamentos, levando à caminhadas desnecessárias. Além disso, este formato pode dificultar a localização dos setores e levar à necessidade de alocar alguns deles na parte central, impossibilitando iluminação e ventilação natural. - Circular e hexagonal: dificultam a instalação dos equipamentos, impedem a localização adequado dos setores e também levam à necessidade de alocar alguns deles na parte central, impossibilitando a iluminação e ventilação natural, dificultam a instalação de janelas, impedindo a circulação do ar e aumentando a temperatura interna. Também aumentam o desconforto de clientes e podem ocasionar acidentes de trabalho. Espaços para circulação Os espaços para circulação de pessoas e materiais devem ser suficientes e adequados, garantindo assim, uma execução eficiente e segura, o que evita acidentes de trabalho. Para a circulação de pessoas (pequenas circulações) estima-se 0,8 m para salões de refeições e entre 1 m e 1,5 m para circulação nos setores de trabalho. Já para grandes circulações (utilizadas pelas pessoas e carros de transporte), deve-se planejar entre 1,8 m e 2,1 m. pág. 22 COMPOSIÇÃO DA ÁREA DE UAN A composição dos setores é representada pelos diferentes tipos de áreas necessárias a uma UAN, preferencialmente utilizando barreiras físicas como meias paredes, no caso das áreas de pré-preparos e preparos, ou paredes integrais, no caso daquelas com climatização ou para higienização. 1) Recebimento e estocagem de alimentos Área para recebimento de mercadorias: O recebimento de mercadorias é feito na plataforma de descarga, de preferência, coberta, que deverá situar-se em área externa do prédio, próximo à estocagem e ser de fácil acesso aos fornecedores. Deve ainda ter altura suficiente (~ 1,2m) em relação à rua de acesso para facilitar o descarregamento das matérias primas por meio dos caminhões baú. Esta área deve ter um espaço suficiente para acomodar as mercadorias no momento de controle (verificação das mercadorias e pesagem). Deve possuir: balança tipo plataforma, estrados, cuba para pré-higienização de verduras, área para armazenamento de caixas plásticas (caixotaria). Áreas para estocagem: Local destinado à guarda de gêneros alimentícios. Deve localizar-se junto à área de recepção de mercadorias e ser de fácil acesso à área de processamento. Os gêneros alimentícios devem ser armazenados de acordo com seu grau de perecibilidade: - estoque seco ou despensa para alimentos que podem ser armazenados a temperatura ambiente. - estoque refrigerado para alimentos perecíveis, podendo ser câmaras frigoríficas ou refrigeradores e freezers, dependendo da necessidade do serviço. Materiais de limpeza e descartáveis devem ser armazenados em locais separados de alimentos. É importante que a despensa: - tenha porta única, larga e alta; - borracha para vedação na parte inferior; - piso de material lavável e resistente; - não deve possuir ralos; - tenha boa iluminação, ventilação cruzada ou mecânica; - janelas e aberturas teladas; - temperatura nunca superior a 27ºC; Umidade relativa do ar entre 50% e 60%. - estrados fenestrados para sacarias, com elevação de 40 cm do piso e pés protegidos por canoplas. - prateleiras laváveis e resistentes, localizadas a 25 cm do piso, afastadas 10 cm das paredes, profundidade de até 45 cm e 60 cm do teto. - pia de higienização de mãos; - Escada; extintor de incêndio, móveis de escritório, balança de mesa. Armazenagem refrigerada: As câmaras frigoríficas destinam-se ao armazenamento de produtos perecíveis. Recomenda-se, no mínimo, a instalação de duas câmaras: uma para carnes (temperatura máxima 4º C) e outra para verduras e legumes (10ºC). As câmaras deverão apresentar as seguintes características: - Antecâmara para proteção térmica - Revestimento com material lavável e resistente - Nível do piso igual ao da área externa - Termômetro permitindo a leitura pelo lado externo - Interruptor de segurança localizado na parte externa com lâmpada piloto indicadora "ligado" - "desligado" - Prateleiras em aço inox ou outro material apropriado pág. 23 - Porta que permita a manutenção da temperatura interna - dispositivo de segurança que permita abri-la por dentro, quando utilizar porta hermética. Área para processamento: Área para pré-preparo: Local onde serão realizadas as operações preliminares, podendo ser subdivididas em: preparo de carnes, verduras e legumes, sobremesas, escolha de cereais, padaria, confeitaria, preparo de desjejum e lanches, etc., dependendo do volume de refeições e da diversidade e padrão do cardápio. Deve haver, necessariamente, algum tipo de separação entre elas, pois os gêneros de cada área de pré-preparo não podem se misturar aos gêneros de outras áreas para evitar a contaminação cruzada. Quando as áreas de pré-preparo forem climatizadas, principalmente o setor de carnes, a temperatura deve ser mantida entre 12º e 18ºC (SANTANA, 2012). - Área de cocção: Esta área deverá situar-se entre as áreas de pré-preparos e de expedição das preparações, ou seja, o local onde as produções realizadas ficam “aguardando” para serem distribuídas. Dependendo da complexidade do restaurante, pode ser um pequeno espaço para um carro térmico ou um passtrough, equipamento térmico, onde são acondicionadas as preparações até o momento da distribuição. Área de distribuição/consumação: é o restaurante propriamente dito: deve ter comunicação direta com a cozinha, facilitando o fluxo. Na área de distribuição encontram-se os balcões térmicos de distribuição, com seções para pratos frios, pratos quentes, sobremesas, bebidas, etc. Esses balcões podem estar linearmente colocados, separando a cozinha do salão ou com outros layouts mais convenientes, como em forma de U ou formando “ilhas” de distribuição, a fim de facilitar o fluxo de comensais quando o volume de refeições assim o exigir. Destaca-se ainda que de acordo com a Norma Regulamentadora NR-24 (Condições de conforto e segurança nos locais de trabalho), a área de consumação deve ser calculada considerando pelo menos, 1 m2 por usuário, abrigando de cada vez, 1/3 do total de funcionários por turno de trabalho, considerando aquele com o maior número de trabalhadores. Sant’Ana (2012) aponta que essa área é insuficiente por não considerar o espaço destinado à circulação. Convém destacar que, conforme a legislação trabalhista NR-24, estabelecimentos com mais de 300 empregados obrigatoriamente devem possuir uma área onde os funcionários possam realizar suas refeições. Área para higiene/guarda dos utensílios de preparação (lavagem de panelas/utensílios da cozinha) Local separado e isolado da área de processamento, contendo água quente e fria, além de espaço suficiente para guardar peças de equipamentos e utensílios limpos. O retorno de utensílios sujos não deve oferecer risco de contaminação aos que estão guardados. Área para higiene/guarda dos utensílios de mesa (lavagem de utensíliosdo salão) Esta área deve ser adjacente ao refeitório, comunicando-se com este através de guichê para recepção do material usado. Os utensílios de mesa já higienizados não devem entrar em contato com os sujos. Sala do nutricionista: deve ser situada em local que facilite a supervisão das áreas de produção. A colocação de um visor em toda a extensão da sala é recomendada por facilitar esta atividade de supervisão. Área para higienização e guarda de carros-transporte: área necessária apenas para unidades que utilizam carros transporte. Deve possuir sistema de drenagem com grelhas, esguicho de pressão com água quente e fria. pág. 24 Instalações anexas: - Área/Local para higiene das mãos => Deve existir lavatórios exclusivos para higiene das mãos em quantidade suficiente considerando-se o fluxo de produção, a dimensão das instalações e as características dos alimentos de cada setor (Portaria 2619/2011). Quando não houver separação de áreas deve existir pelo menos uma pia para higiene das mãos, em posição estratégica em relação ao fluxo de preparações dos alimentos. As torneiras dos lavatórios devem ser acionadas sem contato manual. - Depósito de lixo: o ideal é que seja refrigerado com temperatura em torno de 2ºC a 4ºC, principalmente onde há um grande volume de refeições (Sant’ana,2012) devendo permanecer por um período máximo de três dias (Gambardella e Lopes, 2015). Caso não seja possível a refrigeração, o depósito de lixo deve ser revestido de material lavável e dotado de ponto de água próximo, de preferência com esguicho de pressão. Deve estar situado em local que facilite sua remoção, bem ventilado (janelas teladas) e protegido contra chuva ou próximos aos setores que produzem mais resíduos. - Depósito para material de limpeza (DML): para guarda de materiais e produtos de limpeza que estão em uso. É recomendado que se tenha um tanque de lavagem de uso exclusivo do serviço de alimentação. Para esta área são necessários: estante gradeada, tanque para lavagem de panos, conjunto de traves e ganchos presos na parede para pendurar vassouras, rodos e escovas. - Caixotaria ou depósito para guarda de vasilhames, engradados, etc.: Sua localização deverá ser próxima da área de descarga. São necessárias: estantes ou prateleiras, tanque para lavagem de engradados (água quente e fria). - Área para depósito de botijões de gás: Área externa, delimitada através de telas, grades vazadas ou outro sistema que permita a ventilação e evite o acesso de pessoas. - Área para vestiários e sanitários de uso exclusivo dos funcionários do serviço de alimentação: conforme a Norma Regulamentadora NR-24 (Condições de conforto e segurança nos locais de trabalho) do Ministério do Trabalho e Emprego, essa área: - Deve ser separada por sexo. - As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas essenciais, ou seja, 1 m2, para cada sanitário, por 20 trabalhadores. - É exigido no conjunto de instalações sanitárias um lavatório e um chuveiro para cada grupo de 20 trabalhadores. - Para o vestiário é exigido pelo menos 1,5 m2 por trabalhador. Exemplo de planta baixa com layout – cozinha hospitalar pág. 25 Exemplo de planta baixa com layout de cozinha pág. 26 Exemplo de planta baixa de cozinha com layout pág. 27 Exemplo de planta baixa com layout de cozinha pág. 28 EXERCICIOS 1) Sobre o planejamento físico-funcional das Unidades de Alimentação e Nutrição, pode-se afirmar que: I. A área destinada especificamente à cocção deverá localizar-se próxima à área de saída dos manipuladores de alimentos. II. A área de recepção deve ser localizada em local de fácil acesso para transporte de mercadorias e ser provida de rampa para facilitar o trabalho III. Em todas as Unidades de Alimentação e Nutrição, existe circulação interna que tem como objetivo principal o desvio do tráfego estranho ao serviço. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): A) I, apenas. B) II, apenas. C) III apenas. D) I e II. E) I, II e III 2) No planejamento físico de uma Unidade de Alimentação e Nutrição, os pisos: A) em pedra e asfalto são adequados nas áreas de distribuição e no refeitório. B) de madeira são recomendados para as áreas onde são realizadas operações úmidas. C) devem ser isentos de ralos nas áreas de pré-preparo e preparo. D) devem formar ângulos com paredes ou base de colunas e não podem ser vedados para facilitar a limpeza. E) devem ser construídos com materiais impermeáveis à água, não absorventes e laváveis, sem fissuras ou rachaduras. 3) Assinale a alternativa correta. A planta física de uma UAN deve ser planejada de modo a: A) Ser respeitado o fluxo do alimento de maneira a não haver retrocesso; ter preferentemente luz artificial e paredes escuras. B) Ser respeitado o fluxo do alimento de maneira a não haver retrocesso; ser localizada preferentemente em andares altos, de difícil acesso a insetos e roedores. C) Ser respeitado o fluxo do alimento de maneira a não haver retrocesso e de modo a ter cruzamento de fluxo entre alimentos crus e cozidos. D) Ser respeitado o fluxo do alimento, de maneira a não haver retrocesso, seguindo o caminho lógico do recebimento da matéria-prima até a distribuição da refeição pronta. E) Ser respeitado o fluxo do alimento de maneira a não haver retrocesso; ter ventilação artificial, com temperatura ambiente acima de 30°C. 4) As instalações físicas de uma unidade de alimentação devem ser adequadas às operações que são realizadas nos diferentes setores da unidade. Uma recomendação importante para a área de preparo de alimentos é: A) a utilização de luminárias com coletores de água proveniente da condensação de vapores. B) a instalação de caixas de gordura com dimensões compatíveis com o volume de resíduos produzido. C) a utilização de substâncias odorizantes ou desodorizantes, desde que aprovadas por órgão competente. D) a instalação de telas milimetradas e removíveis nos equipamentos de sistema de exaustão. E) a proibição do uso de controle químico de vetores e pragas urbanas por meio de substâncias desinfestantes. 5) O planejamento físico-funcional de um serviço de alimentação tem como objetivo principal garantir instalações adequadas e funcionais, assegurando a operacionalização dentro das mais rígidas normas técnicas e de higiene, bem como a qualidade da produção dos serviços prestados aos comensais. Sendo assim, analise as alternativas que devem conter em um planejamento físico-funcional e marque a opção correta. I – Localização do serviço de alimentação. II – Determinação do sistema de distribuição de refeição. III – Número de comensais IV – Determinação e dimensionamento das áreas de trabalho. V – Dimensionamento, adequação e distribuição dos equipamentos de acordo com os fluxos estabelecidos. A) Apenas duas são verdadeiras pág. 29 B) Três são falsas C) Apenas uma é verdadeira D) Todas são verdadeiras E) Todas são falsas 6) Em relação às exigências sanitárias para as edificações e instalações de Serviços de Alimentação, identifique se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas abaixo. ( ) As edificações e as instalações de serviços de alimentação devem possibilitar fluxo ordenado, sem cruzamentos em todas as etapas de preparação. ( ) A presença de animais só é permitida nas áreas externas às áreas de preparação. ( ) As caixas de gordura e esgoto podem estar localizadas dentro da área de preparação, desde que possuam dispositivos que permitam o seu fechamento. ( ) As aberturas externas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos devem ser providas de telas milimetradas. ( ) As superfícies das paredes, tetos e piso da área do serviço de alimentação devem seguir, exclusivamente, a recomendação de que sejam laváveis paraevitar a contaminação dos alimentos. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo. A) V – F – F – F – V B) F – V – V – F – V C) V – F – F – V – F D) F – F – V – V – F E) V – V – F – V – F 7) A recepção do setor de abastecimento de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) deve ter: A) Prateleiras de madeira, janelas teladas e luz indireta. B) Instalações sanitárias e pia para lavação de mãos com sabão líquido. C) Câmaras frigoríficas com temperatura controlada e carros térmicos para alimentos. D) Plataforma de descarga, balança, local para pré-higienização de vegetais e frutas e, ainda, carro de plataforma para transporte de caixas. E) Refrigeradores comerciais e temperatura ambiente controlada. AMBIÊNCIA Ambiência é o conjunto de elementos envolventes que condicionam as atividades administrativas e operacionais e determinam, em grande parte, a qualidade e quantidade de trabalho produzido (Teixeira e col., 2007). Na saúde, ambiência compreende o espaço físico, social, profissional e de relações interpessoais que deve estar em sintonia com um projeto de saúde voltado par a atenção acolhedora, resolutiva e humana (Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização). Em cozinhas deve-se levar em conta que há vários fatores relacionados a ambiência que interferem diretamente na produção e condições de trabalho, como: iluminação, temperatura ambiente, ventilação, cor, ruídos, odores e umidade. - Iluminação: deve ser distribuída uniformemente pelo ambiente, evitando ofuscamento, sombras, reflexos fortes e contrastes excessivos. Deve-se evitar a incidência de luz solar direta sobre as bancadas de trabalho. A iluminação mais recomendada é a natural, pois além de mais econômica, proporciona mais sensação de bem- estar ao funcionário, além de exercer ação bactericida devido a ação de raios ultravioletas. É obtida por meio de aberturas equivalentes (janelas) a 10% a 15% da área do setor. A iluminação elétrica não pode ser dispensada. Normalmente são utilizadas lâmpadas fluorescentes, protegidas contra explosões ou quedas. As lâmpadas fluorescentes são mais econômicas e por serem brancas são mais adequadas, por manter a cor natural dos alimentos e não contribuir para a elevação da temperatura no local. pág. 30 A iluminação adequada garante a limpeza do local e de suas instalações, o conforto físico e mental dos funcionários, melhor visualização dos alimentos, além de evitar acidentes. A iluminação artificial, quando necessária, não deve ser inferior a 549 lux nas áreas de inspeção, 220lux nas áreas de trabalho e 110 lux nas outras áreas (Oliveira e Silva, 2016). -Ventilação, temperatura e umidade: A ventilação pode ser obtida por meio de aberturas na parede que permitam circulação natural do ar, com área equivalente a 10% a 15% do setor. A ventilação adequada assegura conforto térmico para os funcionários, além de renovação de ar e amenizar a temperatura. A instalação de equipamentos para esses fins (circuladores, exaustores, coifas) também são recomendados. A inexistência desse conforto pode ocasionar mal-estar, dores de cabeça, prostração, tonturas e desmaios, comprometendo a produtividade e qualidade do trabalho. Para evitar a contaminação, a direção do fluxo de ar nas áreas de preparo dos alimentos deve ser direcionada da área limpa para a área suja (SANT’ANA, 2012). Umidade relativa do ar com valores menores de 30% podem ocasionar risco à saúde devido à secura do ar, causando desidratação das mucosas dos olhos, resseca as vias respiratórias e aumenta a predisposição para resfriados. De acordo com a NR-17 (Condições de conforto e segurança no ambiente de trabalho), a temperatura deve estar entre 20º e 23ºC e a umidade entre 40% e 45%. Sant’Ana (2012) refere que, de acordo com a Segurança e Medicina do Trabalho, como o trabalho em UAN é continuo e atividade moderada, o limite máximo tolerável é de até 26,7ºC. De acordo com Teixeira e col. (2007), temperatura entre 22º e 26º, com umidade relativa de 50% a 60% é considerada compatível com as operações realizadas em cozinhas. - Sistema de exaustão: um adequado sistema de exaustão auxilia na extração de gordura (principal agente poluidor do ambiente de UAN), vapor, gases, fumaça, calor e odores. Os sistemas de exaustão para UAN são formados pela (a) coifa ou captador, devendo ser instalado acima da fonte poluidora, entre 1,8 m e 2 m do piso, (b) filtros instalados dentro da coifa, (c) damper corta-fogo (*) e (d) dutos que conduzem os poluentes do ambiente interno para o externo. (*) Em caso de incêndio os damper corta fogo impedem que durante um determinado tempo fogo e fumaça se propaguem através dos dutos de ventilação para outros andares ou compartimentos de segurança de fogo. pág. 31 - Sonorização: o ruído é considerado uma das causas de doenças psicológicas, ocasionando elevação da pressão sanguínea, perda da acuidade auditiva, neurose, etc. Ruídos entre 70 a 80 decibéis já prejudicam a saúde. Assim, a recomendação é para que o nível de ruídos nos setores de trabalhos de uma UAN não ultrapasse 70dB, e o nível médio seja mantido entre 45 dB a 55 dB. (SANT’ANA, 2012). Devido à quantidade de máquinas, sistema de exaustão, manipulação de utensílios, ressonância na superfície metálica, entre outros, as cozinhas de UAN são normalmente, barulhentas, como por exemplo, no momento de higienização de panelas e louças. Matos e Proença (2003) encontraram em uma UAN que fornecia 1550 almoços/dia, picos de ruído elevados na área de cocção e higienização de panelas (> 85 decibéis). No planejamento são necessários cuidados para se evitar esses problemas, destacando-se: - As paredes, quando paralelas, não devem ficar a mais de 17 m de distância a fim de evitar o eco, produzido com mais facilidade a partir desta distância; - Evitar projetos de UAN com formas circulares ou côncavas, por concentrarem e conduzirem o som. Do mesmo modo, devem ser evitadas formas triangulares, com equipamentos distribuídos nos vértices do triângulo; - Não instalar equipamentos nos cantos ou junto às paredes, a fim de evitar reflexão do som; - Empregar materiais acústicos e isolantes para o teto e as paredes; - Aplicar material isolante nas bancadas de inox, antes de sua fixação no concreto; - Dar preferência a equipamentos silenciosos e carros que se movam sob rodízios de borracha; - Instalar sistema de som com música ambiente, que ajuda a diminuir os ruídos provocados pelos equipamentos e trabalhadores; - Promover cursos de treinamento para os funcionários, objetivando a identificação do ruído como causa social de doenças, no trabalho. A Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15 – Atividades e Operações Insalubres) do Ministério do Trabalho estabelece parâmetros para exposição ao ruído para que não haja prejuízo à saúde do trabalhador. De acordo com essa norma, a exposição ao ruído superior a 85 dB por mais de 8h diárias consecutivas já é considerada prejudicial à saúde. Cor A escolha das cores no ambiente de trabalho está diretamente relacionada ao seu índice de reflexão (a quantidade de luz que volta ao meio ambiente, após incidir numa superfície). As cores têm o poder de absorver luz em maior ou menor intensidade, daí sua importância no ambiente de trabalho. As cores utilizadas no teto e no alto das paredes (acima de altura dos olhos) devem ter um percentual de reflexão acima de 80% (branca). Para as paredes, abaixo da altura dos olhos, o índice de reflexão deve estar 50 e 75%, para os pisos, as cores recomendadas devem corresponder a um índice de reflexão de 35 a 40%. Vale lembrar que a legislação sanitária estadual (CVS-5/2013) e municipal (Portaria 2619/2011 SMS-G) exigem cores claras para paredes, teto e piso. Algumas cores são utilizadas no local de trabalho para prevenir acidentes: - Vermelho => utilizada para distinguire identificar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio (área de alarme, hidrantes, extintores de incêndio e portas de saída de emergência). - Amarelo => utilizada para indicar cuidado e atenção (parapeitos, corrimões, portas baixas de escadas, etc.). - Verde => indica segurança, sendo utilizada em caixas e equipamentos de socorro de urgência, quadro de avisos). - Branco => é empregada em áreas de bebedouros, áreas de armazenagem e zonas de segurança. pág. 32 As cores e seu índice de reflexão e indicação Cores Índice de reflexão (%) Indicação Branco leitoso 100 Teto (cor mais indicada) Branco cal 85 Teto (a cor pode ser utilizada) Perola 84 Cor não indicada Alumínio 83 Cor não indicada Branco gelo 79 Cor não indicada Amarelo 70 Cor não indicada Amarelo superclaro 60 Parede Rosa superclaro 60 Parede Areia 60 Parede Azul superclaro 50 Parede Cinza superclaro 50 Parede Verde claro 40 Piso Cinza médio 35 Piso Verde oliva 25 Cor não indicada Vermelho 17 Cor não indicada Carmim-marrom 10 Cor não indicada Roxo 05 Cor não indicada Preto 00 Cor não indicada Fonte: Sant’Ana (2012) Pelo quadro anterior, verifica-se que cores com índice de reflexão entre 60% – 50% são adequadas para o revestimento das paredes. Em UAN este fato nem sempre é comprovado, devido à larga utilização de materiais e equipamentos normalmente confeccionados em aço inoxidável, que interferem no índice de reflexão, favorecendo a ocorrência de ambientes escuros, quando a cor usada não é o branco. Em resumo, as condições adequadas de ambiência são: Condições ideais de ambiência em UAN Iluminação Dar preferência pela iluminação natural. A iluminação artificial, quando necessária, não deve ser inferior a 549 lux nas áreas de inspeção, 220lux nas áreas de trabalho e 110 lux nas outras áreas. As lâmpadas devem ser fluorescentes. Temperatura Limite máximo tolerável = 26,4ºC Adequado = entre 22º e 26ºC Umidade 50% a 60% Ventilação Aberturas de 10% a 15% da área de cada setor Ruído Limite máximo = 70 dB Adequado = 45 a 55 dB pág. 33 EXERCÍCIOS 1. Para melhor adequação do ambiente e das instalações físicas de um restaurante, a fim de garantir conforto, segurança e funcionalidade para a produção de refeições atendendo aos padrões qualitativos desejáveis, as Normas Regulamentadoras exigem: A) iluminação natural; temperatura de 15 °C; vestiário com 1 chuveiro para cada 20 funcionários; bancadas de trabalho com altura de 1,2 m na área de produção; portas com 1,2 m x 2 m. B) piso antiderrapante; nível de ruído de 70 decibéis; temperatura de 15 °C na área de produção de refeições; tubulações embutidas; vestiários separados por sexo. C) nível de ruído de 70 decibéis; tubulações embutidas; calçados antiderrapantes; distância de pelo menos 1 m entre os equipamentos; umidade relativa de 40%. D) temperatura de 30 °C na área da produção de refeições; portas de separação de subáreas de 2,5 m x 1,5 m; vestiários separados por sexo, com 1 chuveiro para cada 20 funcionários e água quente. E) temperatura em torno de 23ºC na área de produção de refeições; lâmpadas proporcionando iluminação suficiente de acordo com a área física; vestiários separados por sexo com lavatório e 1 torneira para cada 20 funcionários. 2. São temperaturas e umidades relativas compatíveis com as operações realizadas numa unidade de Alimentação e Nutrição, respectivamente: A) 20ºC a 26ºC e 30% a 50% B) 20 ºC a 28ºC e 50% a 70% C) 22ºC a 28ºC e 40% a 80% D) 22ºC a 26ºC e 50% a 60% E) 24ºC a 27ºC e 50% a 70% 3. No que se refere aos aspectos físicos das Unidades de Alimentação e Nutrição (U.A.N.), assinale “V” para verdadeiro(s) e “F” para falso (s). ( ) Dentre os fatores que devem ser considerados na ambiência do trabalho pode-se citar: a iluminação, ventilação, cor, ruídos, temperatura e umidade. ( ) A iluminação mais recomendada para as U.A.N é a artificial com lâmpadas incandescentes de 100W/15m2. ( ) Uma temperatura de 22 a 26°, com umidade relativa de 50 a 60% é considerada compatível com as operações realizadas numa U.A.N. ( ) As cores utilizadas no teto e no alto das paredes (acima da altura dos olhos) devem ter um percentual de reflexão baixo, em torno de 15 a 25%. ( ) O ruído é considerado uma das causas de doenças psicológicas, ocasionando também, elevação da pressão sanguínea e perda da acuidade aditiva. A sequência correta de cima para baixo é: A) V; F; V; F; V. B) F; F; V; V; V. C) V; V; F; V; F. D) F; V; F; V; V. E) V; F; F; V; F. 4. Os ruídos excessivos em uma UAN podem levar à perda da capacidade auditiva dos funcionários. Para que isso seja evitado, alguns cuidados devem ser tomados no planejamento da área física. I - As paredes devem ficar a mais de 25 metros de distância entre si. II - Os equipamentos não devem ser instalados juntos às paredes. III - As formas circulares devem ser evitadas. Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões): (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. pág. 34 5. O uso das cores nos locais de trabalho é indicado para evitar acidentes de trabalho. Relacione a cor com o significado. (1) Vermelho (2) Amarelo (3) Verde (4) branco ( ) indica segurança, sendo utilizada em caixas e equipamentos de socorro de urgência, quadro de avisos). ( ) utilizada para distinguir e identificar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio (área de alarme, hidrantes, extintores de incêndio e portas de saída de emergência). ( ) é empregada em áreas de bebedouros, áreas de armazenagem e zonas de segurança. ( ) utilizada para indicar cuidado e atenção (parapeitos, corrimões, portas baixas de escadas, etc.). EQUIPAMENTOS DE COZINHA Os equipamentos utilizados em cozinhas profissionais constituem um dos itens mais importantes no planejamento físico-funcional, pois definem o layout da UAN, podendo interferir diretamente na produção da refeição. Outro aspecto não menos importante refere-se à segurança do operador. De acordo com a NR-12 (Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos), o empregador deve adotar medidas de proteção (arranjo físico, organização do trabalho, sistemas de segurança, epi, entre outros) para o trabalho em máquinas e equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores. CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS Equipamentos Básicos: aqueles que são necessários a uma UAN, independente de seu objetivo institucional ou social como fogão, geladeira, freezer, batedeira, descascador de legumes, máquina de lavar louças, liquidificador, câmaras e refrigeradores, coifas, cafeteira, bebedouros etc. Equipamentos de Apoio: aqueles que auxiliam ou facilitam o trabalho com os equipamentos básicos: balcões de distribuição, balcões de apoio, bancadas, armários, carrinhos etc. ESCOLHA CORRETA DOS EQUIPAMENTOS A eficiência das operações executadas em uma cozinha depende do layout e dos equipamentos. Não se constroem cozinhas para depois adaptar os equipamentos. Antes de escolher o equipamento algumas questões devem ser levantadas: • Eficiência dos equipamentos no atendimento às necessidades do cardápio. • Custo dos equipamentos. • Tipo de energia utilizada (gás ou eletricidade). • Facilidade de reposição de peças pág. 35 A indústria de equipamentos e projetos no Brasil adota o padrão “gastronorm”. Todos os equipamentos, desde o transporte, passando pelo preparo e cocção até a lavagem, baseiam-se em um módulo retangular de 53 cm por 32,5 cm e suas medidas são múltiplos ou submúltiplos deste módulo, de maneira que, seja qual for o fornecedor de bandejas, estas se encaixam em carrinhos, em bancadas, cubas e em lavadoras de qualquer outro fornecedor. O mesmo vale para a composição de fornos, fritadeiras e demais equipamentos distribuídos no layout (ISOSAKIe NAKASATO, 2009). Destaca-se a importância da seleção e aquisição de móveis e equipamentos adequados também ao bem-estar de seus operadores visando à prevenção de doenças relacionadas ao trabalho. Altura de bancadas inadequadas e equipamentos mal posicionados, por exemplo, podem levar ao desconforto físico e provocar lesões ou outros acidentes de trabalho. CATEGORIA DOS EQUIPAMENTOS DE COZINHA Os equipamentos deverão servir para: ✓ O recebimento e armazenamento de alimentos. ✓ O pré-preparo, preparo e o processamento dos alimentos. ✓ A montagem, a manutenção e o atendimento. ✓ A limpeza e higienização da cozinha e suas dependências 1. Equipamentos para recebimento de alimentos: - balança tipo plataforma - Carro tipo plataforma Câmara frigorifica 2. Equipamentos para armazenamento: - Câmara frigorífica - Refrigerador - Freezer - balcões refrigerados Carrinho plataforma Balança plataforma pág. 36 3. Equipamentos para pré-preparo e preparo: - cortador de frios - fogão - forno - forno combinado - fritadeira - caldeirão a vapor - batedeiras, etc. 4. Equipamentos para atendimento: - balcões de distribuição quentes - balcões de distribuição refrigerados - réchaud - carrinhos Forno combinado Fritadeira Balcão de distribuição 5. Equipamentos de espera: - Pass trough - Balcões refrigerados - Carrinhos - Banho-maria 6. Equipamentos para limpeza: - Máquina de lavar louças pág. 37 AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS A solicitação de equipamentos deve ser feita por escrito, detalhadamente, especificando nome do equipamento, capacidade, material usado para fabricação, fonte de alimentação e acessórios. Paralelamente, o nutricionista deve solicitar folhetos de especificação e catálogos técnicos dos fabricantes, que auxiliam na escolha do equipamento mais adequado. Principais pontos a serem analisados na aquisição dos equipamentos: • Capacidade nominal e efetiva • Tamanho • Peso do equipamento • Mobilidade • Facilidade de uso • Facilidade de operação • Facilidade de limpeza • Facilidade para manutenção • Vida útil • Custos • Qualidade do equipamento MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS A manutenção dos equipamentos pode ser classificada com preventiva e corretiva. A manutenção preventiva é feita periodicamente e deve ser estabelecido um cronograma para que todos os equipamentos sejam revisados. Este tipo de manutenção aumenta a vida útil do equipamento e proporciona maior segurança em sua operacionalização além de diminuir os custos com quebras e avarias. A manutenção corretiva é aquela que é feita somente quando o problema aparece, podendo acarretar transtornos na operação como mudança inesperada do cardápio, sobrecarga de trabalho e aumento dos custos indiretos. UTENSÍLIOS Os utensílios são ferramentas de trabalho de uso intensivo na cozinha. A variedade dos utensílios é proporcional ao grau de dificuldade e sofisticação dos pratos. Os utensílios devem ser funcionais, podendo ser fabricados em aço inoxidável, alumínio, plásticos resistentes, etc. É bom lembrar que utensílios ou equipamentos de madeira não são permitidos, pois absorvem muita umidade, o que facilita a proliferação de bactérias e mofos. Os utensílios devem ser mantidos em bom estado de conservação e higiene e renovados de tempos em tempos. Os utensílios utilizados na cozinha devem ser separados dos utensílios utilizados na distribuição. RECIPIENTES GASTRONORM (GN) Inicialmente projetados pelos suíços, adotados a seguir pelos europeus e hoje utilizados no mundo inteiro, os recipientes GN são a base do planejamento dos modernos equipamentos de UAN. Basicamente são bandejas que medem 32,5 x 53 cm, com profundidades variáveis de 2, 6, 10, 15 e 20 cm, sendo utilizadas para preparar, manter e servir qualquer tipo de alimento. Os GN podem ser subdivididos em ½ GN, 1/3 GN, ¼ GN, 1/6 GN e 1/9 GN, com as mesmas profundidades de 2, 6, 10, 15 e 20 cm. Podem ser de aço inox (quente e frio), ferro esmaltado (quente), policarbonato (frios) e até porcelana. pág. 38 pág. 39 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS 1 Kg = 1 litro = 0,001 m³ = 1000 cm3 1000 g = 1000 mL = 1000 cm³ 1g = 1 mL = 1 cm³ 1 m³ = 1000 litros 1 cm³ = 0,001 litro O dimensionamento de equipamentos utilizados em UAN, nas palavras de Teixeira e col. (2007), exige experiência do profissional nutricionista e informações imprescindíveis como número de refeições, tipo de cardápio, per capita e fator de cocção dos alimentos, área disponível, combustível a ser utilizado. Assim, o dimensionamento e a seleção correta dos equipamentos dependem: - do volume de refeições servidas, pois esse fator determina o tamanho do equipamento ou quantas peças serão necessárias. É importante não exagerar, pois os cardápios estão constantemente sendo modificados. - do cardápio: quantidade de itens oferecidos, complexidade das preparações e a variedade de ingredientes utilizados no cardápio. - métodos de cocção: o interesse pelo valor nutricional, principalmente, o valor calórico dos pratos, trouxe um maior interesse pelos métodos de preparo dos alimentos. As frituras são evitadas, devido ao excesso de gordura. As carnes, os peixes e as aves, quando assados, grelhados ou cozidos no vapor, são mais saudáveis. - mão de obra: a qualidade e o número de funcionários disponíveis para a produção das produções. - política de compras, que interfere principalmente na recepção e armazenamento de gêneros e determinam os equipamentos necessários. - tipo de equipamento: os equipamentos múltiplos requerem menos espaço. Os cozimentos lentos podem ser feitos à noite, liberando espaço para as atividades diárias. Dimensionamento do volume de alimentos: Valim. = Vequip. – (Câmara de ar) Onde: Valim. => volume efetivo (é o volume disponível do recipiente para o alimento) Vequip. = >Volume Nominal (é a capacidade determinada pela fábrica) Câmara de ar => espaço vazio no interior do equipamento necessário para que a cocção possa se processar. Corresponde no mínimo a 10% do volume nominal do equipamento (10% a 15%). Fator de cocção => Indicador utilizado para determinar o rendimento do alimento após a cocção. (peso da preparação cozida ÷ peso liquido) RELEMBRANDO..... 1 cm3 = 1 g (ou ml) 1000 cm3 = X X = 1000 x 1/1 = 1000 g (ou ml) 1000 g = 1 kg (ou 1 litro) pág. 40 1 – Exemplo: O nutricionista de uma UAN necessita comprar um caldeirão que comporte arroz para 1000 comensais. Qual o volume do caldeirão a ser comprado, sabendo-se que: Per capita = 80 g Fator de cocção = 2,2 a) Calcular o peso final da preparação => 80 x 2,2 x 1000 = 176 kg b) Calcular volume da câmara de ar => 10% de 176 kg = 17,6 kg c) Calcular a capacidade do caldeirão => volume do alimento + câmara de ar Resposta: Volume do caldeirão = 176 + 17,6 = 193, 6 litros => AQUISIÇÃO: 1 caldeirão de 200 litros 2 - Exemplo: Qual a quantidade máxima de arroz cru que um caldeirão de 300 L poderá comportar? Sabe-se que: Fcocção = 2,20 Câmara de ar = 10% Valim = Vequip – câmara de ar Valim. = 300 – (10%) Valim. = 300 – 30 Valim. = 270 litros (Capacidade disponível para o alimento pronto) Resposta => 270 ÷ 2,2 = 122,7 kg de arroz cru ~ 123 kg Fórmula para determinar a capacidade dos equipamentos cilíndricos (caldeirões, panelas) Volume (V) = πR2h Onde: π (pi) = 3,1416 ; R = raio (diâmetro ÷ 2); h = altura Exemplo 3: um caldeirão possui 1 metro de diâmetro
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