Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO AULA 02 – O PANORAMA DO EMPREENDEDORISMO E SUAS APLICAÇÕES NO SÉCULO XXI Alexandre Alves SUMÁRIO 1. Empreendedorismo como Processo 2. Empreendedorismo Corporativo 3. Empreendedorismo Social 4. Empreendedorismo Virtual 5. Eco Empreendedorismo 6. Startups e Fintechs 7. Referências Bibliográficas O EMPREENDEDORISMO COMO PROCESSO INTRODUÇÃO Recentemente o empreendedorismo passou a ser visto recentemente não mais como um evento único e pontual em uma linha do tempo, mas sim como um processo caracterizado por uma série de fases que, não necessariamente, ocorrem em uma sequência linear. Na verdade, as fases do chamado Processo Empreendedor ocorrem de forma não-sequenciada e de forma concomitante. Isto quer dizer que as fases do processo podem ocorrer de forma aleatória, não seguindo uma sequência. Claro que essa ordem aleatória segue uma mínima racionalidade. A constituição de um negócio não ocorre antes do reconhecimento de uma oportunidade ou ideia do empreendedor. De forma concomitante quer dizer que uma fase pode ocorrer ao mesmo tempo em que outra fase ocorre. PROCESSO EMPREENDEDOR Para entender melhor se faz necessário conceituar Processo Empreendedor. Podemos entender esse conceito como um conjunto de medidas que devem ser tomadas pelo empreendedor de forma que proporcione uma maior assertividade na tomada de decisões e aumente as chances de sucesso do empreendimento. Como vimos, as fases do Processo Empreendedor ocorrem de forma não-sequenciada e concomitante, sendo de extrema importância para que o negócio possa progredir e avançar. PROCESSO EMPREENDEDOR Segundo Baron e Shane (2007, p. 16) as fases do processo empreendedor são: 01 Geração de uma ideia para uma nova empresa e/ou reconhecimento de uma oportunidade. 02 Reunião dos recursos necessários para desenvolver a oportunidade. 03 Lançamento do novo empreendimento. 04 administrando o novo empreendimento. 05 Colhendo as recompensas. Geralmente, os esforços dos empreendedores para constituição de seus negócios seguem esse processo básico. Porém, fica evidente que as fases podem ocorrer de forma concomitante, não havendo necessariamente uma clara separação entre elas ou a necessidade de que uma fase se encerre para que outra possa se iniciar. AS FASES DO PROCESSO Geralmente, o processo se inicia com a surgimento de uma ideia para uma nova empresa ou reconhecimento de uma oportunidade de negócio. Nesse momento o empreendedor enxerga no mercado uma possibilidade de exploração comercial de algo. Partindo dessa ideia inicial, ele precisa reunir os recursos necessários para que o empreendimento possa ser iniciado. Esses recursos podem ser materiais, virtuais ou humanos. Reconhecer e entrar em contato com fornecedores, contratar os funcionários habilitados e capacitados, se orientar com contadores e/ou advogados sobre legislação pertinente são tarefas necessárias nessa etapa. AS FASES DO PROCESSO Feito isso, o empreendimento pode ser lançado e estar ativo no mercado, passando o empreendedor a posição de gestor/administrador estratégico do empreendimento buscando tomar as melhores decisões visando o sucesso do negócio. Alcançado esse sucesso, pode finalmente o empreendedor colher os resultados e benefícios de seu trabalho. A DECISÃO E O PLANO DE NEGÓCIOS Contudo, é possível incluir dois itens no modelo de Baron e Shane, ambos entre as fases 01 e 02 do Processo. Esses itens são: A Decisão de prosseguir e a Elaboração do Plano de Negócios. Após o reconhecimento da oportunidade cabe ao empreendedor tomar a decisão relacionado ao prosseguimento ou não da proposta inicial. Caso opte por seguir adiante com o projeto, cabe agora a elaboração de um Plano de Negócios. Sendo este um documento norteador da tomada de decisão quanto ao empreendimento depois dele estar ativo no mercado. Falaremos de forma mais aprofundada do Plano de Negócios em uma aula pertinente. PROCESSO EMPREENDEDOR IMAGEM 01 – As sete fases do Processo Empreendedor, perceba que é possível que mais de uma fase ocorra ao mesmo tempo. Fonte: Elaborado pelo autor. CAUSAS PARA O EMPREENDEDORISMO Após o reconhecimento do Processo Empreendedor é normal que apareça a seguinte dúvida: O que leva um indivíduo a decisão de empreender? Apenas o reconhecimento de uma oportunidade no mercado ou o surgimento de uma boa ideia não justifica a decisão de empreender. Dorneles (2018) explica que a decisão de empreender acontece como consequência de alguns fatores: interesses pessoais, histórico profissional, fatores ambientais, fatores sociais etc. O cargo atual que ocupa, o sucesso ou fracasso no emprego atual, a formação acadêmica e até mesmo a infância vivida pelo empreendedor, além da vontade de ascensão social e, obviamente, o desejo de ganhar dinheiro são outros fatores que ajudam a justificar a decisão de empreender. CONCLUSÃO Entendido o Processo Empreendedor, é evidente como sua compreensão é importante para o sucesso do futuro empreendimento. Contudo, também é necessário destacar que existem diversas formas de empreendedorismo, cada uma delas com seus objetivos, peculiaridades e importância para a sociedade. Na presente disciplina, a título introdutório, vamos tratar apenas do Empreendedorismo Corporativo, do Empreendedorismo Social, do Empreendedorismo Virtual e do Eco empreendedorismo. Vamos ver cada um deles de forma um pouco mais aprofundada. EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO INTRODUÇÃO Apesar de o Empreendedorismo causar fascínio em boa parte da população, uma grande quantidade de pessoas nem cogita a possibilidade de abrir um negócio e empreender. As causas para essa aversão podem ser as mais variadas possíveis. Desde fatores culturais, familiares, profissionais até o desejo por uma vida mais estável e um perfil mais conservador, menos disposto a assumir riscos. Dessa forma, um percentual da população deve continuar trabalhando para terceiros, sejam para pessoas jurídicas (empresas) ou para pessoas físicas (empregadores domésticos). INTRODUÇÃO Para esse grupo cresce cada vez mais o chamado Empreendedorismo Corporativo ou Intraempreendedorismo. Essa é uma característica cada vez mais incentivada pelos Profissionais de Gestão de Recursos Humanos para os empregados já contratados e uma característica cada vez mais buscada em candidatos. Vamos entender melhor esse conceito. CONCEITO “Empreendedorismo corporativo é o processo pelo qual um indivíduo ou um grupo de indivíduos, associados a uma organização existente, criam uma nova organização ou instigam a renovação ou inovação dentro da organização existente”. (DORNELAS, 2008), como se vê, o empreendedorismo praticado dentro das organizações já estabelecidas recebe o nome de empreendedorismo corporativo, a inovação pode ser desenvolvida e os conceitos de empreendedorismo são aplicados internamente.” (CARELI et al, 2013, p. 3) CONCEITO O conceito acima pode causar certa confusão, explicando melhor, o indivíduo ou grupo de indivíduo dentro de uma organização já consolidada têm uma ideia ou reconhecem uma oportunidade no mercado, permitindo a inovação e o surgimento de novos produtos ou serviços. Ou seja, o empreendedor nesse caso não é dono ou sócio da empresa, pelo contrário, ele é um empregado que tem uma boa ideia ou identifica uma oportunidade no mercado e, através da empresa na qual trabalha, lança o produto ou serviço. Com base no conceito, fica evidente porque cada vez mais as empresas estão interessadas em colaboradores com características empreendedoras. CARACTERÍSTICAS As características mais comuns do intraempreendedor ou empreendedor corporativo são: Visão sistêmica, isto quer dizer que o colaborador consegue enxergar a empresa como um todo e não apenas o seu setor ou função. Espírito inovador e ousadia. Criatividade. Foco, comunicação eficaz. Bom relacionamento interpessoal. Espírito de liderança e, por fim, flexibilidade. Com relação a essa última característica, é importante para o intraempreendedor entender que nem sempresua ideia ou projeto será bem recebida pelos gestores da empresa, além disso, como o mercado está em constante transformação, uma ideia ou oportunidade que parece boa hoje, pode não ser algo tão vantajoso no futuro, desta forma, o colaborador precisa ser flexível para adaptar sua ideia as necessidades do mercado ou mesmo abandonar o projeto se ficar evidente sua inviabilidade. RELEVÂNCIA A importância do empreendedorismo corporativo está relacionada com o próprio cenário do mercado como um todo na atualidade. Como a competição entre as organizações estão em níveis altíssimos, cada vez mais se exigindo patamares elevados de qualidade, inovação, redução de custos e consequente redução de valores dos produtos, bem como a demanda cada vez maior por produtos considerados sustentáveis, a necessidade de criatividade e inovação é cada vez maior. Como esses fatores são essencialmente humanos, a presença de empreendedores corporativos dentro das organizações é algo cada vez mais buscado. CONCLUSÃO VÍDEO 01 – Empreendedorismo Corporativo: Flávio Pimentel no TEDxFIAP. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sdGakTF4Zkw https://www.youtube.com/watch?v=sdGakTF4Zkw EMPREENDEDORISMO SOCIAL INTRODUÇÃO Apesar de parecer um paradoxo, existe uma modalidade de atividade empreendedora na qual o objetivo fim não é a geração de lucro. O empreendedorismo social objetiva sobretudo o combate a problemas sociais crônicos como a pobreza, redução da desigualdade social, educação de qualidade, combate à fome, melhora nos indicadores saúde da população etc. INTRODUÇÃO Contudo, um erro muito comum é achar que os empreendimentos sociais não possuem caixa e que os recursos humanos envolvidos não são remunerados. Apesar de não ser o objetivo, o empreendimento dito social pode receber recursos e é possível que o empreendedor/gestor do negócio receba um salário. Porém, esse foi estipulado no estatuto social no momento de constituição do empreendimento. Além disso, os recursos disponíveis são direcionados à manutenção do projeto e a geração de benefícios sociais, bens muitas vezes imensuráveis para as populações beneficiárias. CONCEITO “O empreendedor social busca hoje implantar nas comunidades medidas sustentáveis para que seja possível conciliar os avanços tecnológicos e outros progressos com um meio ambiente saudável e boas condições de vida para todos. A proposta é simples: utilizar técnicas de gestão, inovação, criatividade, sustentabilidade e outras com o propósito de maximizar o capital de uma comunidade, bairro, cidade ou país. É uma área de grande importância para o meio ambiente e para a sociedade que defende a ideia de um mundo mais sustentável. O empreendedorismo social já é uma realidade no Brasil e no mundo e os diferentes modelos de negócios desenvolvidos por empreendedores estão quebrando muitos paradigmas, contribuindo para transformar realidades.” (SEBRAE, 2017) CASOS REAIS Um exemplo de Empreendimento Social é o Instituto Chapada, segundo o Sebrae (2017) o Instituto é uma “Iniciativa que tem como mentora e principal líder a pedagoga Cybele Oliveira, é uma organização focada em ajudar a melhorar a qualidade da educação pública.” A instituição apoia a formação continuada de professores e gestores escolares, além do apoio a crianças e formação de redes de colaboração visando melhorar a educação pública. Outra iniciativa interessante é o Instituto GRAAC do oncologista pediátrico Antônio Sergio Petrilli, organização que tem atuado no combate ao câncer infantil, obtendo taxa de cura acima de 70%. CARACTERÍSTICAS De acordo com Melo Neto e Froes (2002), nem todos os indivíduos com perfil empreendedor, possuem perfil para atuar como empreendedores sociais. Os candidatos a gerir esse tipo de negócios precisam conhecer muito bem o problema que desejam combater e a público-alvo que vão atender. Nesse sentido, é muito interessante que esse empreendedor tenha como características a boa capacidade em ouvir e conversar. Isso é fundamental na compreensão do seu “cliente”. Outra habilidade fundamental é a empatia, o gestor precisa se imaginar/colocar no lugar do outro para compreender aquela realidade e buscar formas de solucionar aquele problema. EMPREENDEDORISMO PRIVADO X SOCIAL TABELA 01 – Comparação entre o empreendedorismo privado e social. Adaptado de Melo Neto e Froes (2002) ÁREAS DE ATUAÇÃO Os empreendedores sociais podem atuar em diversos setores, sempre que observarem que uma determinada área em uma determinada comunidade apresenta problemas. Por exemplo, podemos citar empreendimentos sociais atuando na agricultura urbana, conservação de florestas, uso e reuso da água, direitos humanos, diversidade, alfabetização, capacitação profissional, acesso à universidade, moradia de baixo custo, reciclagem, saneamento, saúde comunitária, entre inúmeros outros setores. ABRANGÊNCIA Em relação à abrangência, um empreendimento social normalmente possui uma escala de atuação comunitária como em um bairro, uma favela, um setor ou uma cidade, contudo, existe a possibilidade de empreendimentos sociais com abrangência muito maior, inclusive nacional. EMPREENDEDORISMO VIRTUAL INTRODUÇÃO Recentemente observamos um importante avanço tecnológico que é a internet, além disso, em pouco tempo, o número de usuários da web cresceu significativamente. Hoje em dia, a grande maioria da população tem acesso à internet, pelo menos via celular. A presença da rede mundial causou um forte impactos nas relações humanas, no conhecimento e educação, na própria sociedade e claro, no mercado de uma forma geral e no empreendedorismo. Dornelas (2018) vê a internet como um imenso celeiro de oportunidades e é nesse cenário bastante promissor que surge o empreendedorismo virtual entendido como ações empreendedores que desenvolvem suas atividades de forma integral ou parcial utilizando alguma plataforma virtual na internet. CONCEITO Os chamados empreendedores virtuais são pessoas que possuem características um pouco diferentes dos empreendedores tradicionais, isso porque alguns itens como ponto comercial e localização passa a ter importância secundária, uma vez que a internet aproxima as pessoas de uma forma nunca vista. Nesse sentido, confiabilidade, veracidade das informações, dados satisfatórios sobre o produto/serviço são itens mais procurados pelos consumidores virtuais. Os empreendedores digitais devem saber identificar oportunidades no meio virtual, conhecer muito bem seu público-alvo e estar sempre buscando a inovação. Isso porque, as mudanças na internet ocorrem de forma muito mais rápida do que era antigamente. VANTAGENS X DESVANTAGENS O empreendedorismo na internet tem uma série de vantagens. A primeira delas é a capacidade de o empreendimento ficar ativo 24 horas por dia, sete dias na semana, uma vez que a depender da atividade, não é necessário um funcionário ativo durante todo o período. Maior visibilidade e exposição, já que na web é possível que pessoas de todo o mundo visitem sua loja, o que não é possível em um ponto fixo. Redução do custo com aluguel de sedes ou contratação de funcionários etc. Por outro lado, os desafios incluem o cuidado constante com ataques de hackers, sites fraudulentos, atrasos e erros que o sistema pode manifestar, além de falhas com entregas de produtos e atrasos. CASOS REAIS Das variadas formas de empreendedorismo apresentadas até aqui, o virtual é o que apresenta, sem sombra de dúvida, o maior número de exemplos conhecidos. A Amazon, uma das maiores empresas do mundo com atividade comercial na web, a plataforma Airbnb que trabalha com aluguel de casas e apartamentos para temporadas, o Nubank, banco digital que oferece serviços bancários simplificados, o Descomplica, plataforma de educação que possui desde preparatórios para vestibulares até pós-graduações são exemplos de empreendimentos virtuais. Na atualidade, a grande maioria das empresas possui alguma operação na internet, desde toda a cadeia empresarial até a simples existênciade um site organizacional para divulgação da empresa e dos serviços oferecidos. E-COMMERCE X E-BUSINESS Por fim, cabe diferenciar o e-business do e-commerce. O e-business é todo o processo organizacional da empresa que é gerido e alicerçado em um sistema de internet, intranet ou extranet. Em suma, é o conjunto de sistemas necessários para que o negócio aconteça. O e-commerce, por sua vez, é uma parte do e-business é corresponde as operações de marketing e ações comerciais desenvolvidas em ambiente web, geralmente de compra e venda de produtos, bens ou serviços. Normalmente, uma diferenciação entre ambos é que o e-commerce nem sempre ocorre de forma integral em um ambiente web. CONCLUSÃO VÍDEO 02 – Empreendedorismo Virtual vem crescendo no Brasil. Reportagem Legislativo Piauí. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=p_IuAVaftCI https://www.youtube.com/watch?v=p_IuAVaftCI ECO EMPREENDEDORISMO INTRODUÇÃO O panorama ambiental da atualidade revela que o modelo passado e o modelo atual de exploração e produção são praticamente incompatíveis com a correta conservação do meio ambiente. Além disso, a conservação da natureza é fundamental para a própria preservação da humanidade, uma vez que dependemos dela para continuar a existir. Nesse contexto, se faz necessário pensar em formas de alternativas de utilização de recursos. É nesse cenário que surge o chamado eco empreendedorismo, entendido como o empreendimento que busca uma oportunidade no mercado para explorá-la e a partir disso gerar lucro, mas que também tenha responsabilidade ambiental, com benefícios para o meio ambiente e para a sociedade. CONCEITO É um segmento de mercado que busca atuar em produtos ou serviços que de alguma forma auxiliem na solução dos problemas ambientais. “O ecoempreendedorismo pode promover o surgimento de uma cultura empreendedora e criar um ambiente favorável à implementação de um programa de ecoempresas” (ALBUQUERQUE, 2009, pág. 275) ÁREAS DE ATUAÇÃO Um eco empreendedor pode atuar em diversos segmentos como por exemplo: alimentos orgânicos, alimentos naturais sem aditivos químicos ou conservantes, embalagens biodegradáveis, produtos de limpeza e higiene pessoal sem derivados do petróleo, tintas sem metais pesados ou agressivos, entre outros. Além disso, um empreendedor verde pode atuar desenvolvendo processos de fabricação de um determinado produto de forma mais sustentável, processos de reciclagens mais seguros ou que consomem menor quantidade de água, entre outros. Assim como o empreendedor virtual, para o empreendedor verde o requisito inovação é muito presente. STARTUPS E FINTECHS STARTUPS Startups são negócios repetíveis e escaláveis. Repetíveis pois o mesmo produto/serviço será vendido para todo a base de cliente, dessa forma não pode haver consultoria ou personalização conforme o cliente individual. Escaláveis no sentido que, conforme o número de consumidores aumenta, os recursos não são consumidos na mesma proporção. Por exemplo, o WhatsApp possui 10 milhões de usuários hoje (dado fictício para ser usado como exemplo), se amanhã o número de usuários subir para 20 milhões, a empresa não precisa dobrar a sua cadeia produtiva para atender essa demanda. Além disso, o aplicativo é basicamente o mesmo e não pode ser personalizado conforme o desejo do usuário. Portanto, é um negócio repetível e escalável. (SEBRAE, 2019) STARTUPS Outra característica das startups é o uso de tecnologia. Isso fica evidente, uma vez que um negócio só consegue dobrar sua base de cliente, sem dobrar a cadeia produtiva através do uso de tecnologia. A plataforma de hospedagem Airbnb, a plataforma de aluguel Quinto Andar, a plataforma de mobilidade Uber, a plataforma educacional Descomplica, a plataforma de saúde Gympass são alguns exemplos bastante conhecidos de startups FINTECHS Fintech é uma palavra originada da conjugação de dois outros vocábulos da língua inglesa, “financial” e “technology”. Contudo, o conceito vai muito além de tecnologia financeira. São empresas que atuam no ramo financeiro, geralmente startups, que através do meio digital conseguem oferecer serviços que usualmente não eram ofertados de maneira virtual. É um ramo de atividade que vêm crescendo muito no Brasil e no mundo. Para se ter uma ideia, o Nubank, famoso banco digital que oferece desde cartão de crédito e conta corrente grátis até empréstimos e seguro de vida, quando abriu capital em bolsa de valores foi avaliado em um valor de mercado acima do Itaú, o maior banco tradicional do Brasil. FINTECHS Além do famoso Nubank, o Banco Digio, o Banco Inter, O C6 Bank e a Creditas são outros exemplos de fintechs. Os grandes bancos não ficam atrás nesse assunto, muitos deles já iniciaram a digitalização de sua base de serviços, bem como investiram em fintechs promissoras. Por exemplo, o Bradesco é um dos acionistas do Banco Digio, além de ter parceria com o Banco Next. CONCLUSÃO VÍDEO 03 – O que são Startups? - Entrevista com Vinícius Machado. Sebrae Acre. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Dvh-hjW-fS8 https://www.youtube.com/watch?v=Dvh-hjW-fS8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAGGIO, Adelar Francisco. BAGGIO, Daniel Knebel. Empreendedorismo: Conceitos e Definições. Revista de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, p. 25-38, 2014. BARON, R. A.; SHANE, S. A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Cengage Learning, 2007. CARELI et al. O Empreendedorismo Corporativo como Estratégia Competitiva numa Organização. In: Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. 2013. CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. Empreendedorismo e viabilização de novas empresas. Um guia eficiente para iniciar e tocar seu próprio negócio. 2 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2007. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. DORNELAS, J. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios. 7. ed. São Paulo: Empreende, 2018. Empreendedorismo social: Organizações que ajudam a transformar o país. SEBRAE, 2017. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sp/cursos_eventos/e mpreendedorismo-social-organizacoes-que-ajudam-a-transformar-o- pais,4b8b4c64814fc510VgnVCM1000004c00210aRCRD Acesso em 20 de janeiro de 2022. GRECO, Simara Maria de Souza Silveira (org). Empreendedorismo no Brasil. Curitiba: IBQP, 2020. HISRICH, R. D.; PETERS, M. P.; SHEPHERD, D. A. Empreendedorismo. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. MELO NETO, F. P. de.; FROES, C. Empreendedorismo social: a transição para a sociedade sustentável. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sp/cursos_eventos/empreendedorismo-social-organizacoes-que-ajudam-a-transformar-o-pais,4b8b4c64814fc510VgnVCM1000004c00210aRCRD O que é fintech e por que esse termo ficou tão popular? Nubank, 2021. Disponível em: https://blog.nubank.com.br/fintech-o-que-e/ Acesso em 21 de janeiro de 2022. O que é uma Startup. SEBRAE, 2019. Acesso em 20 de janeiro de 2022. https://blog.nubank.com.br/fintech-o-que-e/
Compartilhar