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Lúria Niemic Onofre – MED UNIC 34 Aula 2 – LPI – Prof° Flávio Arruda INTRODUÇÃO O coagulograma é um conjunto de exames que avaliam o processo de coagulação do sangue. Através dele, é possível avaliar as fases da hemostasia e identificar possíveis alterações (fase primária ou secundária, qual tipo ela pode ser, etc). É o primeiro exame que se pede para identificar alterações tanto na fase primária quanto secundária da hemostasia. O exame é dividido em coagulograma 1 e coagulograma 2. TESTES LABORATORIAIS DE TRIAGEM Exames de triagem não fecham diagnóstico, só mostram alterações. Identificam as alterações e possíveis causas e dai tem de se fazer um teste especifico para saber qual alteração é. * = fazem parte do coagulograma. • Tempo de Sangramento (TS) * • Tempo de Coagulação (TC) * • Prova do Laço (PL) • Retração do Coágulo (RC) • Contagem de Plaquetas * • Tempo de Atividade de Protrombina (TP/TAP) * • Tempo de Tromboplastina Parcial ativado (TTPa) * • Fibrinogênio TESTES ESPECÍFICOS • Tempo de Trombina (TT) • Agregação Plaquetária • Dosagem de Fatores: FvW, FVIII, FIX, ETC... • Fibrinólise TESTES ESPECÍFICIOS PARA TROMBOFILIAS • Proteína C • Proteína S • Antitrombina Sempre se deve fazer analise morfológica da plaqueta. Se tem uma plaquetopenia, precisa confirmar isso em lâmina para ver se é verdadeira ou só agregados plaquetários. EXAMES QUE AVALIAM A FASE PRIMÁRIA DA COAGULAÇÃO Pode fazer através do tempo de sangramento, contagem de plaquetas e se tiver alteração, pode fazer o teste de agregação plaquetária e de von willebrand. • TEMPO DE SANGRAMENTO (TS) • CONTAGEM DE PLAQUETAS • AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA • DOSAGEM DO FATOR DE VON WILLEBRAND EXAMES QUE AVALIAM A FASE SECUNDÁRIA DA COAGULAÇÃO Mede a ativação da cascata de coagulação, usando ativos que imitam os fatores de contato pela via intrínseca e os fatores teciduais pela via extrínseca. TESTES LABORATORIAIS DE TRIAGEM • TEMPO DE COAGULAÇÃO: Determina o tempo, que o sangue recém extraído, demora em coagular. Não tem uma padronização correta, dependendo do tamanho do tubo, o resultado pode ser diferente. Método de LEE-WHITE. Mede as anormalidades da via intrínseca e via comum, visto que, quando colhe o sangue, não tem fator tecidual envolvido, só fator de contato. • TEMPO DE ATIVIDADE DA PROTROMBINA (TAP-RNI): Plasma + tromboplastina cálcica (reagente). Conta o tempo que forma o coagulo de fibrina. Relação normatizadora internacional (RNI) – qualifica a tromboplastina utilizada usando um índice de sensibilidade internacional (ISI), que corrige qualquer alteração da tromboplastina. ISI = 1. Todo TAP vem com o RNI junto. Monitora terapia anticoagulante oral (Warfarin). Anormalidades da via extrínseca – fatores 10, 7, 5 e 2 (lembrar que a via comum esta sempre junto). Doença hepática – os fatores de coagulação são produzidos a nível hepático. Se existe uma doença hepática, pode ser prejudicada a utilização de vitamina K e dos demais fatores que são produzidos no fígado. Coagulograma 2 fator 8 e fator 5 EXAMES PARA AVALIAR A HEMOSTASIA Valor de referência: 5-10 minutos Lúria Niemic Onofre – MED UNIC 34 Deficiência de vitamina K – configura problemas na síntese de fatores de coagulação, principalmente do fator 7 que vai ter problemas nos fatores de contato. Tempo de referência: 11,5-13,5 Tempo prolongado: alteração da via extrínseca e comum. Cálculo: RNI – serve para monitorar paciente em tratamento com anticoagulante oral. ONDE O TAP-RNI ENTRA NAS VIAS DE COAGULAÇÃO • TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO (TTPA): Plasma + tromboplastina “incompleta” (fosfolipídio) + Ca++ = ativa a cascata pelo fator 12. Avalia anormalidades dos fatores da via intrínseca e via comum. Monitorar terapia anticoagulante com heparina (anticoagulante potencializador da anti-trombina) – atua nos fatores ativados XII, XI, IX, X e II. ONDE TTPA ENTRA NAS VIAS DE COAGULAÇÃO ☛ INTERPRETAÇÃO CONJUNTA DO TAP E DO TTPA TAP normal (via extrínseca ok) e TTPA alterado: Fatores que podem estar alterados (pertencentes da via intrínseca): • Fator XII • Fator XI • Fator IX • Fator VIII TAP alterado e TTPA normal (via intrínseca ok): Fator que pode estar alterado (pertencentes da via extrínseca): • Fator VII TAP alterado e TTPA alterado (pensar então na via comum): Fatores que podem estar alterados (pertencentes da via comum): • Fator X • Fator V • Fator II (protrombina) • Fator I (fibrinogênio) TESTES LABORATORIAIS ESPECÍFICOS • TEMPO DE TROMBINA (TT): Avalia a deficiência de fibrinogênio e a presença de anticoagulantes como a heparina (antitrombina). Não é de rotina e não é tão importante quanto os outros. Pode fazer dosagem de fibrinogênio. Lúria Niemic Onofre – MED UNIC 34 • DOSAGEM DE FATORES DE COAGULAÇÃO: Realizado quando a necessidade de dosar algum fator de coagulação quando os exames de triagem apresentam alterados. Ex. Alteração na TAP? Dosa o fator 7. Dosa o fator relacionado com a via que está alterada. → TAP – Fatores da via extrínseca. → TTPA – Fatores da via intrínseca. → TAP e TTPA – Fatores da via comum. • PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO DA FIBRINA (DÍMERO D): Teste realizado quando a necessidade de pesquisar a presença de níveis anormais de produtos de degradação da fibrina. Geralmente associado a coagulação vascular disseminada, COVID-19, tromboses venosas profundas, ou seja, mais relacionada aos produtos de degradação da fibrina. • DOSAGEM DO FATOR DE VON WILLEBRAND: Realizado quando a suspeita de DvW. Entra tanto na fase primária quanto secundária da hemostasia, porque serve como ponte entre o endotélio vascular lesado e a plaqueta, e também estabiliza o fator 8. Métodos imunológicos são utilizados para diagnóstico e devem ser realizados após testes de screening (TS, Contagem de plaquetas e TTPA). TS e TTPA alterado com contagem de plaqueta normal = deficiência de von Willebrand. • TROMBOFILIAS: Importante pesquisar quando se tem presença de trombofilias: → Proteína C → Proteína S → Antitrombina
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