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▪ INCIDÊNCIAS DE ROTINA 
▪ Em situações que não sejam de urgência são duas: 
▪ Radiografia de abdome em AP em decúbito dorsal 
 
▪ Muitas vezes, é necessário a realização de jejum e uso de 
laxativos, com objetivo de reduzir o conteúdo fecal no 
intestino algo que pode fazer sobreposição sobre 
estruturas normais ou anormais 
▪ Radiografia de abdome em AP paciente em ortostatismo 
 
▪ As hemicúpulas diafragmáticas devem estar inclusas no 
campo de estudo radiológico abdominal, entretanto em 
indivíduos altos é muito fácil que sejam excluídas 
▪ Especialmente, em situações de urgência em que há 
suspeita de pneumoperitônio é fundamental que as 
hemicúpulas diafragmáticas sejam incluídas, uma vez que 
a apresentação do pneumoperitônio se dá por áreas 
hipertransparentes subdiafragmáticas 
▪ Assim, uma incidência adicional que pode ser importante 
num contexto de abdome agudo é a R.X tórax em PA 
 
▪ Reconhecimento das divisões 
 
▪ A direita: Hipocôndrio direito, flanco direito e a fossa ilíaca 
direita, no centro região epigástrica, umbilical e 
hipogástrica. A esquerda tem hipocôndrio esquerdo, o 
flanco esquerdo e a fossa ilíaca esquerda 
 
▪ ROTINA DE ESTUDO/ANATOMIA 
 
▪ Distribuição gasosa 
▪ Lembre-se que o estômago e o cólon comumente estão 
cheios de ar, portanto, aparecem em maior ou menor grau 
radiotransparentes 
▪ Já as alças de intestino delgado estão repletas de liquido 
com pouco conteúdo gasoso e assim, aparecem com 
densidade radiológica de liquido ou de partes moles não 
sendo comumente identificáveis 
 
▪ Observe no hipocôndrio esquerdo uma estrutura 
alongada, radiotransparente, que cruza a linha média 
tratando-se do estômago 
 
▪ Em relação ao cólon, observa-se na pelve o reto, o trajeto 
do sigmoide, a região do cólon descendente até o ângulo 
esplênico, o cólon transverso não está bem definido 
(aparentemente na região central do abdome), ângulo 
hepático e por fim o cólon ascendente e o ceco 
▪ Perceba que o intestino grosso emoldura a cavidade 
abdominal 
 
▪ ESTÔMAGO 
▪ Tem graus de aeração diferentes, consegue identificar 
estruturas como: A grande curvatura, a pequena curvatura, 
região antro-pilórica (a direita), região do corpo e fundo 
gástricos 
 
 
▪ OBS: ocasionalmente o estomago vai estar cheio de liquido 
e pode nem ser visto em R.X de abdome, principalmente 
em situações de urgência 
 
▪ Radiografia de abdome em AP em decúbito dorsal a 
esquerda estômago não está identificável, porque 
provavelmente está repleto de liquido. Isso é uma 
anormalidade? Não necessariamente. Depende do estado 
de jejum ou não do paciente, se se alimentou, etc... (é 
considerado normal na maioria) 
▪ Essa estrutura alongada e hipertransparente no 
hipocôndrio e flanco esquerdo é um segmento cólico (pela 
disposição periférica) com conteúdo gasoso mais 
proeminente 
 
▪ Imagem a direita: existe gás 
subdiafragmático e uma 
interface reta com 
conteúdo homogêneo e 
densidade de partes moles 
ou liquido, isso é chamado 
de nível liquido aéreo. 
 
▪ Vai acontecer quando 
paciente está em ortostatismo e existe conteúdo liquido e 
aéreo dentro do estomago 
▪ Esse nível liquido aéreo não é uma apresentação habitual 
do estômago. Quando ocorre um caso volumoso dessa 
forma pode pensar em redução do peristaltismo gástrico 
ou mesmo de obstrução do trânsito do restante do trato 
gastrointestinal 
▪ Percebam como existe pouca aeração no restante do trato 
gastrointestinal nesse caso 
▪ Desde que exista clínica: liquido aéreo tão proeminente 
como esse pensar em obstrução em algum ponto do trato 
GI 
▪ INTESTINO DELGADO 
▪ As alças intestinais mais comumente não são vistas ou 
somente pequenos segmentos são vistos aerados, pois o 
conteúdo em maioria é liquido 
 
▪ Quando identificamos alças intestinais tem uma posição 
mais central e tem um aspecto que as distingue das alças 
cólicas que é a presença de válvulas coniventes, que se 
apresentam como estruturas radiopacas que se estendem 
por toda extensão das alças 
▪ O diâmetro máximo das alças é de 3cm 
▪ Quando alças tem mais de 3cm falamos em dilatação 
▪ Se o diâmetro vai até 3cm (está no limite máximo) falamos 
em distensão 
 
▪ INTESTINO GROSSO 
▪ Cólon tem um aspecto diferente, pois o conteúdo é 
predominantemente fecal. O que observa-se é um aspecto 
heterogêneo com aéreas hipertransparentes e outras com 
densidade de partes moles ou liquido entremeadas 
▪ OBS: CÓLON EMOLDURA A CAVIDADE ABDOMINAL 
▪ As alças do cólon têm diâmetros máximos diferentes de 
acordo com a sua localização 
▪ Intestino grosso (de maneira geral) diâmetro máximo de 
6cm ( <6cm) 
▪ Ceco e sigmoide: até no máximo 9cm ou menos de 9cm 
▪ Quando então, ceco e sigmoide com >9cm estão dilatados 
▪ Quando qualquer outro segmento do I.G tem mais de 6cm 
de diâmetro está dilatado (anormais) 
 
▪ Da dir. para esq: cólon ascendente, ângulo hepático, cólon 
transverso, ângulo esplênico, cólon descendente, 
chegando na crista ilíaca tem o sigmoide até a região do 
reto 
 
 
▪ Avaliação das partes moles 
▪ FÍGADO 
▪ Se localiza no hipocôndrio direito em região subcostal e 
subdiafragmática 
 
▪ Perceba que no aspecto superior, subdiafragmático 
existem estruturas alongadas radiopacas que 
correspondem a vasos sanguíneos no lobo inferior do 
pulmão direito (é visível, porque posterior do pulmão 
projeta-se mais caudalmente que anterior e essa parte 
posterior fica no mesmo plano que fígado) 
▪ Junto da borda hepática existem estruturas radiopacas 
alongadas e agrupadas que correspondem a clips cirúrgicos 
e colestectomia 
▪ Ampliação dos vasos sanguíneos pulmonares citados 
 
 
▪ MÚSCULOS PSOAS 
 
▪ São vistos como estruturas alongadas radiopacas 
paravertebrais que se originam dos processos transversos 
das vertebras lombares e vão se inserir nos trocanteres 
menores femorais 
▪ Quando passam junto a pelve mantem uma intima relação 
com os músculos ilíacos que nós não conseguimos enxergar 
com uma radiografia simples de abdome 
▪ Os músculos psoas são importantes, pois as suas bordas, 
seus limites podem desaparecer em situações de 
processos inflamatórios na cavidade abdominal ou ascite 
 
▪ RINS 
▪ Localizam-se nos hipocôndrios, topografia subcostal, rim 
esquerdo mais alto que o direito aproximadamente ao nível 
de T12 e L1, são levemente radiopacos que se situam 
lateralmente ao músculo psoas 
 
▪ Delimitação dos rins: sempre longitudinal e latero-lateral 
 
▪ É possível identificar a parte inferior do baço: 
 
 
▪ BEXIGA 
 
▪ Identificável desde que esteja repleta de urina. Quando a 
bexiga está vazia não é possível identificar em radiografia 
simples de abdome 
▪ Apresenta-se levemente radiopaca, arredondada, na região 
da pequena pelve na linha mediana 
 
▪ Avaliação dos ossos 
▪ OBS: a dose de raio x utilizada em uma radiografia de 
abdome é diferente da dose de raio x utilizada quando 
queremos estudar uma estrutura óssea, portanto, tem 
menor nível de detalhamento 
▪ OBS 2: Anatomia óssea serve de reparo anatômico para 
identificar a posição dos ureteres 
▪ Ureteres: tem um trajeto que tangencia a borda lateral dos 
processos transversos das vertebras lombares e no nível 
das espinhas isquiáticas na pelve vão tomar um trajeto 
anterior e se inserir na bexiga 
 
 
▪ Avaliação da gordura peritoneal 
 
▪ Gordura peritoneal ou pré-peritoneal: é profunda a fascia 
transversalis e preenche o espaço pararrenal posterior 
▪ Lateralmente se espessa e forma o coxim gorduroso pré-
peritoneal que é uma extensão anterior do espaço 
pararrenal posterior 
▪ Observamos essa gordura como estruturas alongadas, 
radiotransparentes que permeiam a cavidade abdominal 
de um lado e do outro 
▪ Importância: desaparece em situações de processos 
inflamatórios e ascite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS 
▪ DISTRIBUIÇÃO GASOSA 
 
▪ EX1 - Disposição das alçasdo intestino delgado tem 
aspecto concêntrico, encontram-se dilatadas com 
conteúdo predominantemente gasoso algo que não é 
habitual. 
▪ Pensar na possibilidade de obstrução, correlacionando com 
a clínica paciente tem que ter vômito, náuseas, parado de 
eliminar gases, peristaltismo de luta ou ausência de 
peristaltismo e com muita frequência tem dor abdominal 
 
▪ EX2- 
▪ Alças tem 5cm de diâmetro-> estão dilatadas (máx. 3cm) 
▪ Na seta esquerda: presença de válvulas coniventes 
estruturas opacas que atravessam toda a extensão 
transversal das alças de I.D 
 
 
▪ Hipocôndrio direito: linha de sutura cirúrgica mecânica 
(grampos cirúrgicos). Ou seja, paciente passou por um 
procedimento cirúrgico que está evoluindo com uma 
obstrução intestinal 
▪ Principal causa de obstrução nesse contexto é a presença 
de aderências oblitas 
 
▪ As alças de I.D tem até 3 cm de diâmetro e 
caracteristicamente apresentam as válvulas coniventes, 
colón transverso até 6cm diâmetro, ceco e cólon sigmoide 
ate 9 cm de diâmetro 
▪ EX3- Paciente em pós operatório imediato de uma 
cesariana, o que está apontado pela seta é uma cicatriz 
cirúrgica 
 
▪ Tem dilatação de alça de intestino delgado (com conteúdo 
aéreo= hipertransparente), não há um caráter concêntrico 
e também, tem uma ausência de gás na região da pelve 
▪ Nem sempre vamos pensar em obstrução quando tem 
dilatação de alça do I.D, porque há situações em que por 
desequilíbrios iônicos, uso de drogas, como opioides ou em 
pós-operatório podemos ter uma alteração da motilidade 
do intestino, tendo uma motilidade reduzida causando 
uma falha na progressão do conteúdo intestinal do cólon, 
mas não há uma obstrução mecânica. 
▪ Essa situação é chamada de ílio-funcional ou ílio-
adinâmico tem que tratar a causa dessa motilidade 
▪ Outro ponto que chama atenção contra obstrução 
mecânica nesses casos é a ausência de uma área de 
transição clara entre alças dilatadas e alças não dilatadas 
 
▪ Alça sentinela (dilatação gasosa ileal) 
▪ Sugere que exista um processo inflamatório nas 
adjacências 
▪ EX1- Na pancreatite: Mais comumente no epigástrio, 
hipocôndrio esquerdo também 
 
 
▪ EX2- Distensão segmentar de uma alça de delgado 
relacionada a apendicite 
▪ EX3- Distensão de todo cólon até a região da transição 
entre o cólon descendente e o cólon sigmoide 
▪ Perceba como há uma transição abrupta entre a área 
distendida com conteúdo gasoso e a área em que não há 
conteúdo gasoso, exceto por uma pequena quantidade de 
ar na região do reto. 
▪ Isso sugere obstrução intestinal, ao contrário do que 
acontece na obstrução de alça de delgado, na obstrução de 
alça cólica os sintomas são mais tardios é mais difícil de ser 
detectada clinicamente (exame de imagem é útil) 
▪ A principal causa de obstrução cólica em adultos são os 
tumores colorretais malignos 
 
 
▪ EX 4- Deslocamento do ceco 
 
 
▪ Destaca-se na região da fossa ilíaca direita uma alça 
intestinal que possui válvulas coniventes, enquanto que 
uma grande alça cólica encontra-se medialmente a ela 
(imagem 1). A relação de posição dessas duas alças esta 
invertida 
▪ Causa não muito frequente de obstrução que pode 
ocorrer tanto em jovens como idosos, são os volvos ou 
vólvulos :Essas anormalidades acontecem quando existe a 
ROTAÇÃO DAS ALÇAS de maneira que ocorra a obstrução 
do trânsito do cólon ou do ID 
▪ Nesse exemplo, temos o deslocamento do ceco sua posição 
na FID em direção ao epigástrio e hipocôndrio esquerdo. 
Enquanto isso o final do ID ou ilio-terminal vai se localizar 
lateralmente a essa alça de ceco (segmento de intestino 
grosso que girou do seu eixo, deslocou) 
▪ Tratamento cirúrgico de urgência, se continuar torcido 
pode ter comprometimento vascular e até ruptura da alça 
cólica 
▪ O volvo de ceco é menos comum que o volvo de sigmoide 
e ocorre mais em paciente jovens em relação ao de 
sigmoide, entre 30 e 60 anos 
▪ Condições predisponentes: 1- falha na fixação proximal do 
cólon facilitando a mobilidade e o giro, 2- aderências que 
serviriam como um fulcro para que haja a torção da alça 
cólica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ EX 5- SINAL DO GRÃO DE CAFÉ 
 
 
▪ Representa uma alça cólica, segmento do cólon sigmoide 
que apresenta um volvo, ou seja, um giro no seu próprio 
eixo causando uma obstrução em alça fechada 
▪ Condição de urgência de tratamento cirúrgico, pode levar a 
isquemia, perfuração, mais comum em relação ao volvo de 
ceco e mais comum em idosos. 
 
▪ PARTES MOLES 
▪ Ex. 1- Hepatomegalia + Esplenomegalia 
 
▪ Quando fígado está aumentado de tamanho tem sinais 
diretos e indiretos de hepatomegalia 
▪ Nesse caso, no flanco e no hipocôndrio direito tem uma 
estrutura com densidade de partes moles que está 
deslocando o cólon inferiormente, correspondente ao 
fígado com hepatomegalia 
 
 
▪ No hipocôndrio esquerdo tem uma pequena porção do 
baço com características semelhantes à do fígado, ou seja, 
com densidade de partes moles. Como saber se o baço está 
aumentado nesse caso? Por sinais indiretos 
▪ Para identificar esses sinais primeiro identifica o rim (colo 
inferior e superior renal, diâmetro látero-lateral do rim 
esquerdo). Em situações de normalidade o colo inferior do 
baço não deve ultrapassar o terço médio renal (linha 
transversal) 
▪ O que está acontecendo nesse caso, quando colo inferior 
do baço ultrapassa o nível do terço médio do rim esquerdo 
pensar em esplenomegalia 
▪ Além do baço e do fígado, é possível ver na imagem a 
presença de uma opacidade na região da pelve que 
corresponde a bexiga repleta de urina 
▪ Ex. 2- Hepatoesplenomegalia 
 
▪ Hipocôndrio direito e esquerdo, flancos direito e esquerdo 
tem estruturas com densidade de partes moles e que estão 
causando o estiramento do estômago e o deslocamento 
inferior de alças cólicas intestinais 
▪ Percebam que não há aeração na região do hipocôndrio 
nem mesmo do flanco, nem de um lado nem do outro. 
Pensar em hepatoesplenomegalia + correlação com clínica 
(nesse caso paciente com desordem mieloproliferativa) 
▪ Ex. 3- Ascite 
 
▪ Radiodensidade abdominal está difusamente aumentada, 
dificuldade de identificar estruturas com densidade de 
partes moles (vísceras abdominais como fígado, baço ou 
estruturas musculares como m. psoas) 
▪ Deslocamento medial das alças intestinais 
▪ Abaulamento da região dos flancos 
▪ Aspectos sugestivos de ascite: acúmulo de liquido na 
cavidade peritoneal num volume maior que o habitual 
▪ Para identificar ascite em R.X abdome são necessários 
pelo menos 500ml de liquido 
 
▪ Ex. 4- Lesões expansivas 
 
▪ Quando tem lesões expansivas na cavidade abdominal a 
única coisa que conseguimos identificar com mais 
frequência são os deslocamentos das vísceras adjacentes 
ou das alças intestinais 
▪ Observe na esquerda- uma área livre de alças intestinais 
isso não é habitual sugere que exista uma estrutura em 
crescimento, em expansão 
▪ Se olhar com cuidado percebemos o limite de uma 
formação radiopaca, lobulada que está provocando 
deslocamento por compressão intrínseca das alças 
adjacentes (anormalidade= massa crescendo na cav. 
Abdominal) 
 
 
 
 
▪ OSSOS 
 
▪ Procurar por áreas de esclerose (aumento da densidade) ou 
de lise (redução da densidade) 
▪ Aumento volumétrico com trabeculado ósseo grosseiro 
principalmente no osso ilíaco direito e em L4. Esse aspecto 
na maioria quando assimétrico nessas localizações é 
sugestivo de Doença de Paget 
▪ Doença de Paget: comum, crônica, caracterizada por um 
remodelamento ósseo anormal 
o Espessamento cortical, escleroses ósseas, 
trabeculado ósseo grosseiro 
▪ A pelve, coluna, crânio e ossos longos proximais são os 
locais mais comumente afetados 
▪ Doença com características benignas 
 
▪ Ex.2- Metástases escleróticas 
 
▪ Áreas escleróticas continuas e extensas, especialmente se 
o paciente tem um passado de doenças oncológica▪ Um tipo de câncer que causa essas lesões escleróticas é o 
câncer de próstata 
 
 
 
▪ Ex. 3- Mieloma múltiplo 
 
▪ Lesões líticas (áreas de menor densidade) 
▪ Nesse exemplo, múltiplas lesões líticas nos ossos pélvicos e 
nos segmentos proximais femorais 
▪ Ex. 4- Lesões líticas no osso ilíaco 
 
▪ Histiocitose de Células de Langerhans 
▪ Os aspectos do 3 e 4 é muito semelhante na maioria das 
vezes o diagnostico é dependente de biopsia 
▪ OBS: Tomar cuidado com a sobreposição intestinal ficou em 
duvida da lesão lítica, lembrar da regra das 2 incidências, 
caso não tenha certeza mesmo assim pede TC ou RM 
 
▪ CALCIFICAÇÕES 
▪ Cálculos renais: patologia muito frequente na prática. 
Maioria dos cálculos são radiopacos: 
- Oxalato de cálcio: radiopacos (+ comuns) 
- Ácido úrico e cálculos de indinavir: radiotransparente 
(não são vistos à radiografia) 
▪ Aparência dos cálculos na radiografia é variável e depende 
da composição, quanto maior componente de cálcio o 
calculo tiver mais radiopaco ele tende a ser 
▪ Radiografia de abdome tem menos sensibilidade em 
relação ao USG e especialmente em relação a TC (método 
padrão ouro) 
▪ Portanto, para os cálculos visíveis na radiografia aspecto 
típico são estruturas radiopacas, alongadas, ovaladas ou 
mesmo moldando os cálices renais 
▪ Quando os cálculos são muito grandes e acabam moldando 
os cálices renais são chamados de cálculos cuneiformes 
(menos comum) 
▪ O que é mais comum são os cálculos de menor tamanho, 
habitualmente com menos de 1 cm, que se localizam nos 
cálices maiores ou menores renais 
 
 
 
▪ Cálculos ureterais 
▪ Em relação aos cálculos ureterais, além da composição um 
fator que pesa na sua identificação é a sobreposição do 
conteúdo gasoso ou sólido intestinal 
▪ Lembrar que os ureteres não são vistos na radiografia de 
abdome e o trajeto deles tangencia os processos 
transversos das vertebras lombares 
 
o Ureterolitíase 
 
▪ Na topografia do ureter observa-se uma pequena 
calcificação arredondada, ou seja, uma pequena formação 
radiopaca que corresponde a um cálculo ureteral 
 
▪ Nefrocalcinose 
 
 
▪ Um diagnóstico diferencial importante dos cálculos renais 
é a nefrocalcinose 
▪ Em que ocorrem calcificações parenquimatosas que mais 
comumente são medulares e mais raramente corticais que 
aparecem na radiografia como aglomerados de estruturas 
radiopacas confluentes 
▪ Percebam que elas não moldam os cálices renais, estão 
infiltradas no parênquima, portanto, é diferente o aspecto 
da nefrocalcinose em relação aos cálculos coraliformes 
▪ Nefrocalcinose: deposição de cálcio no parênquima renal, 
mais comumente em topografia medular (95%) e 
raramente em topografia cortical (5%). Múltiplas causas 
(algumas abaixo): 
▪ Hiperparatireoidismo 
▪ Rim espongiomedular 
▪ Hipervitaminose D 
▪ Hiperuricemia 
 
▪ Cálculos vesicais 
 
▪ Primários: mais comumente cálculos migrados dos rins e 
foi parar na bexiga 
▪ Secundários: cálculos formados na bexiga ou depósitos de 
cálcio em corpos estranhos (cateteres/sondas) 
▪ Esses cálculos são radiopacos, geralmente arredondados 
com dimensões maiores do que os cálculos vistos em rins e 
ureteres, especialmente os secundários (formados na 
bexiga) 
▪ Quando movimentamos o paciente com decúbito lateral, 
por exemplo, esses cálculos vão se movimentar e 
acompanhar a região gravitacional dependente 
 
 
▪ Colelitíase 
 
▪ Mulher, 40 anos, sobrepeso, dor em cólica hipocôndrio 
direito 
▪ Raio x mostrou tênue opacidade alongada junto a borda 
esquerda do lobo direito 
 
▪ Na USG: estrutura hiperecoica, que condiciona sombra e 
esse é um aspecto típico de cálculo na vesícula biliar 
▪ Esses cálculos são compostos primariamente por colesterol 
e por isso são radiotransparentes. Ocasionalmente quando 
são calcificados podem tornar-se radiopacos 
▪ Método de escolha para avaliação de colelitíase é a 
ultrassonografia 
 
▪ Aspecto típicos: imagens hiperecoicas brancas, 
arredondadas, com dimensões variadas e que vão estar 
associadas a sombra acústica posterior (imagem preta que 
se projeta post aos cálculos no interior da vesícula) 
▪ Raramente é possível ver em radiografia simples os cálculos 
▪ Mais raramente ainda vê cálculos em alguma via de 
drenagem de bile 
 
▪ Calcificações em estruturas vasculares 
 
▪ Esquerda: Aorta e artérias ilíacas comuns direita e 
esquerda, a identificação desses vasos é facilitada pela 
presença de placas ateroscleróticas parietais calcificadas 
▪ Direita: formação levemente radiopaca que apresenta 
calcificações na sua periferia, como não tem nenhuma 
estrutura vascular com esse formato e tamanho pensar em 
aneurisma de aorta abdominal 
▪ Para confirmação ou não dessa hipótese pode solicitar USG 
ou TC 
 
▪ Calcificações nas glândulas adrenais 
 
▪ Causas de calcificações em glândulas adrenais: doenças 
granulomatosas (tuberculose), sequelas de sangramentos, 
traumatismos, hemorragias 
▪ Formato alongado ou arredondado, confluentes, podem 
inclusive moldar o formato de uma glândula adrenal usual 
▪ Calcificações das junções costo-condrais 
▪ Calcificações em topografia de vesícula biliar 
▪ Por último uma calcificação arredondada homogênea que 
corresponde a um linfonodo calcificado 
▪ Na fossa ilíaca da pelve tem formações radiopacas 
alongadas que são grampos cirúrgicos 
▪ Na pelve 2 (setas) são flebólitos (calcificações vasculares 
praticamente todos ind tem, não tem significado clinico) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Paciente jovem, dor incialmente epigástrica, localizou-se 
após cerca de 12h na FID e irritação peritoneal à palpação. 
▪ Formação radiopaca alongada na FID, pensar em apendicite 
aguda 
▪ Essa formação muito provavelmente esta dentro do 
apêndice cecal 
▪ Apendicolito: pode ser um dos componentes para geração 
de uma apendicite aguda. Quando ele obstrui a luz do 
apêndice pode ter translocação bacteriana e infecção local 
causando, por tanto, processo inflamatório e infeccioso 
que caracteriza apendicite aguda 
 
▪ Errata: calcificações em topografia epigástrica – observar 
presença de arcos costais inferiores 
 
▪ Paciente com historia de pancreatite, nesses casos paciente 
com pancreatites graves ou de repetição acabam fazendo 
calcificações parenquimatosas e cronificando o quadro de 
pancreatite (pancreatites crônicas) 
 
 
 
▪ Uma das boas indicações de uso de radiografia simples de 
abdome é identificação de corpos estranhos desde que 
sejam corpos estranhos radiopacos 
▪ Situação comum em crianças, ind com distúrbios 
psiquiátricos e usuários de substancia entorpecentes 
▪ Nesse ex: paciente ingeriu pregos, parafusos, vidro, 
baterias de botão (densidade alta sugestiva de metal)... 
 
▪ GORDURA PERITONEAL 
▪ Aspecto usual em 
relação a gordura 
pré-peritoneal 
 
▪ Processos 
inflamatórios na 
cavidade 
abdominal, 
infecciosos ou 
acúmulo de liquido 
podem fazer com 
que a gordura pré-
peritoneal fique 
focalmente indefinida 
▪ Aspecto alterado- paciente com dor na FID apresentando 
febre, mal estar, náuseas e vômitos de inicio a cerca de 24 
horas suspeita de apendicite 
▪ Existe um 
aglomerado de 
alças distendidas 
com conteúdo 
aéreo na FID 
(alça de 
sentinela) 
▪ Apendicolitos nas setas pretas 
▪ Não é possível identificação da linha de gordura pré-
peritoneal nessa região 
▪ FIE (fossa ilíaca esq) dá pra definir a linha de gordura pré-
peritoneal 
 
▪ PNEUMOPERITÔNIO: 
 
▪ Paciente está deitado, porém não temos o semicircular 
subdiafragmático típico 
▪ Como faz diagnostico de pneumoperitônio nessa 
situação? Procura o sinal da dupla parede 
▪ As paredes dessas alças intestinais estão mais visíveis do 
que o habitual. Isso acontece porque consegue ver tanto 
aspecto interno como externo da parede (o que me faz ver 
o externo é a presença de gás) 
▪ Gás fora da alça intestinal em pneumoperitônio 
 
 
▪ Sinalde Rigler ou sinal da parede dupla: sinal indireto de 
pneumoperitônio em radiografias de abdome em AP em 
decúbito dorsal. 
 
 
➔ Indicações atuais de radiografias de abdome: 
▪ Distensão abdominal 
▪ Suspeita de perfuração intestinal 
▪ Avaliação de corpo estranho 
▪ Avaliação de tubos e sondas 
▪ Suspeita de obstrução intestinal 
▪ Monitorar a progressão de contraste no intestino 
▪ Avaliar trânsito colônico 
▪ Monitorar cálculos renais

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