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Resumo radiologia

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1 
 
Introdução à radiologia 
Sumário 
INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA .......................................... 2 
➢ Princípios do Raio X: ............................................ 3 
➢ Princípios da tomografia computadorizada: ........ 4 
➢ Princípios da proteção radiológica: ..................... 5 
SEMIOLOGIA DA RADIOGRAFIA DO TÓRAX ..................... 7 
➢ Densidade radiológica: ........................................ 8 
➢ Solicitação do exame radiológico: ..................... 11 
➢ Roteiro – avaliação de parâmetros técnicos: ..... 11 
➢ Roteiro – avaliação do tórax: ............................. 15 
PRINCÍPIOS DA ULTRASSONOGRAFIA ............................ 17 
PRINCÍPIOS DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA .................. 20 
PADRÃO ALVEOLAR E INTERSTICIAL – RADIOGRAFIA DO 
TÓRAX ........................................................................... 22 
➢ Padrão alveolar: ................................................. 23 
➢ Padrão intersticial: ............................................. 27 
ANATOMIA SECCIONAL DO TÓRAX - TC E RM ............... 28 
➢ Janela de mediastino: ........................................ 28 
➢ Janela pulmonar: ............................................... 34 
➢ Janela óssea: ...................................................... 35 
ANATOMIA SECCIONAL NA TOMOGRAFIA DE CRÂNIO.. 35 
o Sistema ventricular: ....................................... 37 
o Cisternas da base: .......................................... 38 
o Lobos do parênquima encefálico: .................. 40 
o Seios da face: ................................................. 46 
RADIOGRAFIA SIMPLES DO TÓRAX EM CARDIOLOGIA .. 47 
➢ Aumento da área cardíaca: ................................ 49 
➢ Vasculatura pulmonar: ...................................... 53 
➢ Vascularização aórtica: ...................................... 54 
PRINCÍPIOS DE EXAMES RADIOLÓGICOS 
CONTRASTADOS, MAMOGRAFIA, DENSITOMETRIA E 
MEDICINA NUCLEAR ...................................................... 55 
➢ Exames radiológicos contrastados: .................... 55 
➢ Mamografia: ...................................................... 58 
➢ Densitometria: ................................................... 62 
➢ Medicina nuclear: .............................................. 63 
ANATOMIA SECCIONAL DO ABDOME – RX, TC E RM ..... 65 
➢ Radiografia abdominal:...................................... 65 
➢ Tomografia abdominal: ..................................... 69 
➢ Ressonância magnética abdominal: .................. 73 
ATELECTASIA PULMONAR ............................................. 76 
➢ Tipos de atelectasia: ......................................... 77 
DERRAME PLEURAL ...................................................... 81 
➢ Aspecto radiológico: ......................................... 82 
HEMITÓRAX OPACO ..................................................... 86 
PNEUMOTÓRAX ............................................................ 88 
PNEUMOMEDIASTINO .................................................. 90 
PENUMOPERICÁRDIO ................................................... 91 
ENFISEMA SUBCUTÂNEO .............................................. 91 
RX SIMPLES DO TÓRAX: MEDIASTINO .......................... 91 
➢ Arcos mediastinais: ........................................... 94 
➢ Divisão do mediastino:...................................... 95 
➢ Mediastino anterior: ......................................... 97 
➢ Mediastino médio: .......................................... 102 
➢ Mediastino posterior: ..................................... 110 
NÓDULOS E MASSAS .................................................. 117 
➢ Nódulo pulmonar solitário: ............................. 117 
➢ Nódulos pulmonares múltiplos: ...................... 121 
AUMENTO DA TRANSPARÊNCIA PULMONAR NO RX DE 
TÓRAX ......................................................................... 123 
➢ Aumento unilateral da transparência pulmonar:
 123 
➢ Aumento bilateral da transparência pulmonar:
 124 
➢ Aumento focal da transparência pulmonar: ... 126 
RADIOGRAFIA DO TÓRAX EM NEONATOLOGIA .......... 129 
➢ Parâmetros técnicos: ...................................... 129 
➢ Semiologia radiológica: ................................... 131 
➢ Tubos e cateteres: .......................................... 133 
 
 
 
 
2 
 
Introdução à radiologia 
• Jandilene Freitas 
• Ana Rita Carvalho 
• Luiz Otávio 
• Jannaina Coelho 
- Avaliações: AV1 +/- metade do conteúdo e AV2 +/- 
metade do conteúdo, não cumulativas. 2ª chamada 
e final todo o assunto; 
- Tem aula na semana de provas; 
- Duas aulas de monitoria cada semana. 
 
- Bibliografia: Introdução à Radiologia – Edson 
Marchiori; Radiologia Básica – Carlos Fernando; 
Learnying Radiology – William Herring. 
- Sites recomendados: Radiology assistant; 
Radiopedia.org; LearningRadiology.com. 
 
INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA 
- Radiologia é o ramo ou especialidade da medicina 
que utiliza as radiações para a realização de 
diagnósticos, controle e tratamento de doenças; 
- Ela permite a visualização de ossos, órgãos ou 
estruturas através do uso de radiações (sonoras, 
eletromagnéticas ou corpusculares), gerando desta 
maneira uma imagem; 
- Nas últimas décadas foram acrescentados novos 
métodos de imagem como a tomografia 
computadorizada, a mamografia, ultrassonografia e 
a ressonância magnética nuclear; 
- Esses novos equipamentos e muitos outros avanços 
vieram a contribuir para tornar essa área ainda mais 
interessante; 
- A radiologia surgiu em 1825 com a descoberta 
experimental dos raios X pelo físico alemão Wilhelm 
Conrad Roentgen; 
- A primeira radiografia foi realizada em 22 de 
dezembro de 1895 – Roentgen pôs a mão esquerda 
de sua esposa no chassi, com filme fotográfico, 
fazendo incidir a radiação oriunda do tubo por cerca 
de 15 minutos. Revelando o filme lá estavam as 
imagens, para confirmação de suas observações; 
- No Brasil a primeira radiografia foi realizada em 
1896, mas não se sabe ao certo que foi o primeiro: 
Silvia Ramos (em São Paulo), Francisco Pereira Neves 
(no Rio de Janeiro), Alfredo Brito (na Bahia) e físicos 
do Pará. 
O que é radiação? 
- É a forma de propagação da energia pelo espaço: 
-- Radiação corpuscular: acompanhada de matéria; 
-- Radiação eletromagnéticas: apenas energia. 
Ex.: luz, micro-ondas, raios UV, raios X e raios gama. 
Radiação ionizante: 
- Sempre que a radiação tem a capacidade de 
arrancar elétrons de um átomo, ela pode ser 
chamada de radiação ionizante; 
 
3 
 
Introdução à radiologia 
- Os raios X, gama e as partículas alfa e beta são 
radiações ionizantes; 
- A luz e os raios infravermelho e ultravioleta são 
radiações não ionizantes. 
➢ Princípios do Raio X: 
- São uma radiação eletromagnética indiretamente 
ionizante que pode ser originada naturalmente 
quando um elétron se movimenta de uma camada 
mais externa para uma mais interna do átomo; 
- Embora não haja uma limitação precisa, em geral, 
os fótons com energia maior que 10 keV são 
chamados de fótons de raios X; 
- Unidade de energia de um fóton: elétron-Volt (eV); 
- Seus múltiplos são o keV (1.000 eV) e o MeV 
(1.000.000 eV). 
- Efeito fotoelétrico ou 
absorção: ocorre quando 
um fóton incide em um 
átomo e ejeta um elétron 
fortemente ligado ao 
núcleo atômico. A energia será totalmente absorvida 
pelo elétron e o fóton deixará de existir. O elétron é 
ejetado do átomo, provocando ionização. 
- Espalhamento Compton: ocorre quando um fóton 
interage com um elétron fracamente ligado ao 
núcleo do átomo. 
Nesse caso, o fóton 
perde uma fração da 
sua energia e muda 
sua trajetória original. 
O elétron é ejetado do 
átomo ao adquirir energia. 
ALVO DE UM TUBO DE RAIOS X 
- Em geral, a região do alvo dos equipamentos é feita 
de tungstênio (metal com alto ponto de fusão); 
- Quando os elétrons se chocam com o alvo, ocorre 
a produçãode uma grande quantidade de calor que 
poderia derreter metais com ponto de fusão mais 
baixo; 
- Mesmo assim, se o calor for excessivo, o alvo de 
tungstênio poderá sofrer alguns danos. Por isso os 
equipamentos de radiologia temm sistemas de 
refrigeração e limitações de uso, diminuindo esses 
danos. 
o Imagens com Raio X: 
- A imagem por raio X é formada pela atenuação do 
raio através dos tecidos; 
- O coeficiente de atenuação (ou de absorção) é 
definido pela mudança proporcional na intensidade 
da radiação; 
- Diferentes tipos de tecido têm diferentes valores 
de atenuação; 
- Essa diferença é o que permite o uso do raio X para 
a geração de imagens de sistemas biológicos. 
- Radiolúcido: meio transparente ao raio X. alta 
exposição do receptor; 
- Radiopaco: meio impenetrável ao raio X. baixa 
exposição do receptor. 
 
- Um método bastante primitivo é o uso de um filme 
fotográfico. O raio X é usado para oxidar o brometo 
de prata contido no filme; 
- A quantidade de 
exposição 
determina o nível 
de oxidação; 
- Usado para 
distinguir entre 
pulmão, ossos e 
tecidos moles; 
- Raios X são 
eficientes para 
detecção de: fraturas ósseas, infecções 
pulmonares, obstruções intestinais. 
 
4 
 
Introdução à radiologia 
 - Outro método é a fluorescência induzida pelo raio 
X. a luz emitida pelo material fluorescente ao ser 
atingido pelo raio X é capturada por uma câmera; 
- Pode ser vista como uma imagem estática ou 
contínua, em tempo real; 
- A fluoroscopia é usada em procedimentos 
invasivos, como a inserção de uma agulha ou cateter; 
- Outros usos incluem angioplastia e alguns tipos de 
biopsia, como do pulmão, seios, rins, fígado e ossos. 
CONTRASTES 
- Contrastes podem ser usados para melhorar a 
qualidade da imagem; 
- Estes agentes podem ser radiolúcidos ou 
radiopacos; 
- Sulfato de bário, por exemplo, é usado para 
imagens gastrointestinais; 
- Alguns tipos de contraste podem ser nocivos. 
 
- A qualidade da imagem pode ser melhorada através 
de um pós-processamento, mas o desejável é obter 
a melhor qualidade durante a aquisição; 
- Problemas: tamanho do feixe de raio X, a fonte, 
artefatos advindos de movimento; 
- As principais fontes de artefatos de movimento são 
o batimento cardíaco e a respiração; 
- Uma forma de minimizar e reduzir o tempo de 
exposição, o que implica na necessidade de uma 
dosagem maior de radiação. 
➢ Princípios da tomografia computadorizada: 
- Qualquer Exame radiológico que permita visualizar 
as estruturas anatômicas na forma de cortes; 
- Funciona com o mesmo princípio do raio X; 
- Uma ampola (para geração dos raios) e um 
conjunto de sensores (para recepção) são 
rotacionados ao redor do meio biológico; 
- As capturas em 
diversos ângulos 
formam uma 
imagem; 
- A tomografia 
permite reproduzir 
os objetos em três 
dimensões; 
- A captura é feita através de uma série de pequenas 
rotações. As informações de atenuação são gravadas 
para um plano de interesse; 
- Um algoritmo processa os dados para formar uma 
imagem 2D. A combinação dessas imagens pode 
gerar a visualização em 3D. 
 
- A exposição do paciente é relativamente alta. Esse 
tempo de exposição é alto em função do processo da 
aquisição de dados em várias direções; 
- A tomografia computadorizada é melhor que o 
raio X para identificação de tecidos moles. 
 
- A combinação de camadas e pontos adjacentes 
permite realizar uma interpolação e aumentar a 
precisão através do reconhecimento de padrões; 
 
5 
 
Introdução à radiologia 
- A combinação das camadas em 2D permite a 
visualização volumétrica da estrutura interna dos 
tecidos; 
- É boa para visualização de tumores, obstruções 
coronárias e ossos quebrados. 
 
- A tomografia computadorizada é melhor do que o 
raio X convencional para a detecção de tumores, 
oferecendo maior resolução e informações 
volumétricas; 
- No entanto, o procedimento tem sido substituído 
pela ressonância magnética, devido à maior 
resolução deste método e por ele não causar danos 
aos tecidos; 
- A tomografia pode ser usada para visualização 
completa, em três dimensões, do corpo humano. 
Essa imagem pode ser usada para investigar 
problemas em todo o corpo, sendo um grande 
candidato para um check-up completo; 
- O revés é a alta dosagem de radiação e o tempo de 
exposição, que pode ser maléfico aos tecidos. 
RISCOS DOS RAIOS X: 
- A interação entre os raios X com moléculas átomos 
do corpo biológico pode causar a ejeção de elétrons 
pelo fóton, criando um par de íons; 
- Os íons são instáveis e podem resultar no 
surgimento de radicais livres. Esses radicais podem 
danificar a estrutura do DNA, o que pode reduzir o 
tempo de vida das células e causar mutações; 
- A maior parte das complicações advindas dos raios 
X são cancerígenas. 
➢ Princípios da proteção radiológica: 
- Justificação: o uso de radiação deve ser justificado, 
isto é, a prática deve trazer benefício suficiente para 
compensar o detrimento correspondente. 
- Limitação de dose: o suo normal da radiação deve 
ser tal que as pessoas envolvidas não recebam mais 
que limites estabelecidos na legislação. Para a dose 
em todo o corpo, existem os limites anuais de 20mSv 
quando se trata de indivíduos ocupacionalmente 
expostos de 1mSv para as pessoas do público em 
geral. 
- Otimização: o uso da radiação deve ser otimizado, 
mantendo as doses nos indivíduos tão baixas quanto 
razoavelmente exequível, levando-se em 
consideração fatores sociais e econômico. 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE TRABALHO: 
- Áreas livres: aquelas que não necessitam de 
nenhum tipo de regra de utilização, nem de regras 
especiais de proteção e segurança. 
- Áreas supervisionadas: são aquelas que, embora 
não necessitem de medidas especiais de proteção e 
segurança, são mantidas sob supervisão. 
- Áreas controladas: são áreas sujeitas a condições 
especiais de proteção e segurança. Essas áreas 
devem ser sinalizadas com o símbolo internacional 
de radiação ionizante. 
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA: 
- Tem como objetivo 
garantir o uso das 
radiações ionizantes 
com o menor dano ao 
ser humano; 
- As recomendações 
são baseadas no 
conhecimento dos 
efeitos biológicos. 
 
 
6 
 
Introdução à radiologia 
 
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO EFEITOS BIOLÓGICOS: 
1. Dose absorvida: 
- Estocásticos; 
- Determinísticos. 
2. Tempo de manifestação: 
- Imediatos – Síndrome da irradiação (vômitos, 
náusea, diarreia); 
- Tardios ou retardados (câncer). 
3. Nível de danos: 
- Somáticos (no indivíduo irradiado); 
- Genéticos (hereditários – no descendente – 
ocorrem nas células germinativas). 
“São mais radiossensíveis as células que exibem 
maior grau de atividade mitótica e (ou) menor 
grau de diferenciação.” 
→Efeitos estocásticos: 
- Não tem limiar de dose para ocorrerem; 
- A probabilidade de aparecer o efeito é proporcional 
a dose, mas a severidade é constante e 
independente da dose; 
- São difíceis de serem medidos experimentalmente, 
devido ao longo período de latência. 
Ex.: câncer, efeitos genéticos. 
→Efeitos determinísticos: 
- Geralmente aparecem num curto intervalo de 
tempo e a severidade é proporcional a dose; 
- Abaixo do limiar de dose não se detecta efeito. 
Ex.: catarata, leucopenia, etc. 
 
→Efeitos genéticos: 
- Os danos provocados nas células que participam do 
processo reprodutivo de indivíduos que foram 
expostos a radiação, podem resultar em defeitos, 
mal formações em indivíduos de sua descendência. 
SISTEMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA: 
JUSTIFICAÇÃO; 
LIMITAÇÃO DE DOSE INDIVIDUAL DE RISCO; 
OTIMIZAÇÃO: 
- No radiodiagnóstico a 
otimização tem por 
objetivo a produção de 
uma imagem que 
apresente nitidez de 
detalhes e visibilidade 
das estruturas anatômicas de interesse. 
 
 
 
7 
 
Introdução à radiologia 
 
COMO MINIMIZAR AS DOSES RECEBIDAS DURANTE 
OS PROCEDIMENTOS DE TRABALHO: 
-Mantendo-se afastado das fontes de radiação. A 
quantidade de radiação diminui quadraticamente 
com o aumento da distância; 
- O tempo de permanência perto de uma fonte de 
radiação também influencia na dose total absorvida 
pelo trabalhador. Portanto, diminuindo esse tempo, 
a dose absorvida será menor; 
- Usar proteções individuais ou coletivas para 
atenuar o feixe de radiação. Os protetores mais 
comuns são os biombos, os aventais plumbíferos e 
os protetores de tireoide. 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA DA RADIOGRAFIA DO 
TÓRAX 
- Raios X atravessam o corpo, atingem e sensibilizam 
o filme/detector e as áreas correspondentes ficam 
pretas (radiação passa direto) ou radiotransparentes 
(áreas que sofreram atenuação pelo objeto que está 
sendo radiografado); 
- Quando o raio X atravessa o corpo, parte da 
radiação vai ser absorvida. Isso gera diferentes 
densidades; 
- Os objetos que possuem a mesma espessura, mas 
diferentes densidades, o que for menos denso vai 
absorver mais radiação; 
- Se objetos de mesma densidade, mas diferentes 
espessuras, o mais espesso vai absorver mais 
radiação. 
 
8 
 
Introdução à radiologia 
 
- Sendo assim, quanto maior a espessura maior será 
a absorção da radiação. 
 
- Para pacientes com biotipos diferentes deve-se 
utilizar técnicas radiológicas diferentes para que a 
imagem não saia prejudicada e influencie no 
diagnóstico. 
➢ Densidade radiológica: 
 
- Com relação a densidade, elementos mais densos 
absorvem mais radiação. No pulmão, por exemplo, 
que só tem ar, a imagem quase não absorve 
radiação, fica preto. Do lado do coração se vê uma 
mancha branca, uma pneumonia (inflamação, 
células de defesa, edema), absorve mais radiação; 
- No corpo humano existem 4 tipos de densidades. A 
menos densa (preta) que é o ar, a mais densa 
(branca), que é o osso e o que fica entre eles (tons de 
cinza) que são as partes moles e densidade de 
gordura. 
*Branco puríssimo é o que se manifesta no metal, é 
o mais denso de todos. 
 
- Brancas: opacidade ou imagem radiopaca (pouco 
penetráveis à radiação); 
- Pretas: imagem radiotransparente ou radiolucente 
(mais penetráveis a radiação - cinza); 
- As patologias alteram a constituição e a densidade 
dos tecidos. 
- Nos ossos se tem densidades diferentes devido à 
maior ou menor concentração de cálcio em 
diferentes partes. Osso compacto tem mais 
concentração e, osso esponjoso (medula óssea + 
gordura) tem menos cálcio. 
 
- Na imagem cima pode-se observar um tumor no 
dedo indicador com uma densidade diferente. 
 
9 
 
Introdução à radiologia 
 
- No Raio X não se consegue visualizar os ventrículos, 
a aorta, a artéria pulmonar e nem o septo 
interventricular. Já na tomografia isso é possível. 
Para uma estrutura ser visualizada na radiografia 
seus bordos precisam estar encostados em uma 
estrutura que tenha densidade diferente da sua. Na 
radiografia, vemos a borda cardíaca direita porque o 
átrio direito tem densidade de partes moles e quem 
está junto dele é o pulmão, que tem densidade de ar. 
Na tomografia é possível observar as estruturas com 
precisão enquanto que na radiografia só se vê a 
silhueta, o contorno das estruturas. 
 
- Na tomografia é possível ver a pelve renal, ver que 
há gordura no seio renal, etc. Na radiografia, com 
muita boa vontade, você verá a sombra de um rim 
de um lado e o contorno do outro no outro lado (se 
vê porque o rim, que tem densidade de partes moles, 
está em contato com a gordura retroperitoneal, que 
tem densidade de gordura); 
 
- Na tomografia seria possível identificar um tumor 
renal, por exemplo, o que não seria possível na 
radiografia. No Raio X também vemos o contorno do 
músculo íleo psoas, que tem densidade de partes 
moles porque ele está em contato com a gordura; 
 
- Raios X atravessam um objeto e produzem uma 
composição (um em cima do outro) as camadas; 
- A sobreposição dos tecidos/órgãos/estruturas é a 
grande desvantagem da radiografia convencional. 
PARA UMA ESTRUTURA SER VISUALIZADA NA 
RADIOGRAFIA SEUS BORDOS PRECISAM ESTAR EM 
CONTATO COM UM TECIDO QUE APRESENTE 
DENSIDADE DIFERENTE. 
 
- Na imagem da direita observa-se uma pneumonia 
que cobre o contorno do coração. Não se sabe onde 
um se inicia e o outro começa. Com essa informação, 
é possível inferir que a pneumonia está localizada no 
lobo médio, porque é o que está em contato direto 
com o coração; 
- Como a pneumonia tem densidade de partes moles 
e o coração também, a sombra de ambos se mistura 
- O pulmão direito tem 3 lobos: superior, médio e 
inferior. O pulmão esquerdo tem 2 lobos: superior e 
inferior. 
- Já nessa imagem ao 
lado, a pneumonia está 
no lobo inferior, porque 
é possível visualizar e 
distinguir a margem 
cardíaca, então sabe-se 
que a pneumonia não 
está em contato direto 
com o coração. 
- A radiação que ultrapassa o corpo determinará 
diferentes tons de cinza na radiografia, de acordo 
com as características dos tecidos e parâmetros 
técnicos. 
 
 
 
10 
 
Introdução à radiologia 
 
o Tipos de densidade: 
 
Densidade metal: 
 
Densidade cálcica: 
 
Densidade de partes moles: 
 
Densidade de gordura: 
 
Densidade do ar: 
 
- Ar dentro da cavidade peritoneal na 2ª imagem. 
Nível ar/líquido e gordura/líquido: 
 
- Nível: interface entre duas substâncias de 
diferentes densidades; 
- Menos denso em cima e mais denso em baixo; 
- Serão vistos como raios horizontais, 
independentemente da posição do paciente. 
 
 
11 
 
Introdução à radiologia 
**Para visualizar um nível hidroaéreo o paciente 
deve fazer o exame de pé. 
➢ Solicitação do exame radiológico: 
- É um documento; 
- É necessária a solicitação para o pagamento do 
exame, no sistema privado ou público; 
- Atentar para o nome correto do exame; 
- Deve constar a indicação do exame, motivo pelo 
qual está sendo solicitado; 
- Evitar CID/indicação padrão; 
- Exame direcionado e protocolo otimizado para a 
patologia em questão (se aplica a tomografia e a 
ressonância); 
- Referir exames anteriores; 
- O médico assistente do paciente deve compartilhar 
com o radiologista sua hipótese diagnóstica; 
- Correlação com dados clínicos e laboratoriais; 
- Uma mesma imagem pode representar várias 
patologias diferentes; 
Evitar: 
- RM de encéfalo com especial atenção aos nervos 
ópticos. São todas coisas diferentes. Sela, órbitas, 
ouvidos, face, base de crânio; 
- RM do MID. Tem várias partes (quadril, coxa, 
joelho, perna, tornozelo ou pé); 
- RM da bacia (bacia inteira, sacroilíacas, quadril, uni 
ou bilateral); 
- RM abdome (superior, inferior, total); 
- RM cervical (pescoço ou coluna cervical); 
- RM da região torácica (tórax ou coluna torácica). 
 
➢ Roteiro – avaliação de parâmetros técnicos: 
 
Parâmetros técnicos: 
 
- O kV aumenta a capacidade de penetração dos 
raios, mesmo utilizando a mesma quantidade de 
radiação (mAs); 
- Quando avaliar um exame de imagem você e o 
paciente estão olhando um para o outro, 
independentemente da posição que o exame foi 
realizado. 
o Identificação: 
 
- É sempre importante identificar os lado (direito e 
esquerdo); 
 
12 
 
Introdução à radiologia 
- Ter certeza que o exame que está sendo visto é o 
do paciente. O padrão é a identificação seja no canto 
superior. 
 
R: direita; L: esquerda. 
- É necessário também conferir a data na qual o 
exame foi realizado. 
o Incidência: 
- Posição do paciente em relação ao tubo de raio X; 
- Existem dois tipos de incidência mais comuns: 
-- AP: anteroposterior. A direção do raio entra na 
parte anterior e sai pela posterior para atingir o 
filme; 
-- PA: póstero-anterior. A direção do raio entra na 
parte posterior e sai pela anterior para atingir o 
filme. 
 
**A radiografia padrão de tórax é em PA, perfil ESQ, 
posição ortostática e em apneia (prende a 
respiração). 
- A denominação “perfil” em uma radiografiaé pelo 
lado do corpo que está perto do filme (lado contrário 
ao que está perto da ampola dos raios); 
- É muito importante saber qual o perfil de uma 
radiografia, pois ele vai permitir avalliar as regiões 
que não são visualizadas no PA; 
- O perfil consegue captar estruturas/áreas 
“escondidas” na PA: retroesternal, retrocardíaca e 
seios costofrênicos posteirores. São as imagens que 
se vê abaixo, respectivamente: 
 
- No perfil também é possível fazer uma 
reconstrução tridimensional de uma vista em duas 
dimensões. 
 
- É importante que se faça o perfil porque algumas 
formas se alteram em PA. Por exemplo: lesões 
esféricas vão aparecer redondas no PA/AP e no perfil 
e outras formas/objetos vão aparecer com 
diferentes formas no PA/AP e no perfil. 
 
- O raio X de tórax deve 
ser feito em PA 
porque, dessa forma, 
se aproxima o coração 
do filme. Quanto mais 
próximo do filme a 
estrutura estiver, mais 
nítida será a imagem. 
 
 
13 
 
Introdução à radiologia 
Vantagens da radiografia de perfil: 
- Auxiliar na localização das lesões; 
- Avaliar regiões que não são visualizadas no PA; 
- Confirmar lesões vistas no PA; 
- Avaliar desvios de fraturas; 
- Reconstrução tridimensional de uma imagem 2D. 
**É importante saber se o exame foi feito em AP ou 
PA para não seja feito um diagnóstico errado. Por 
exemplo, o tamanho do coração deve representar 
50% do tamanho do hemitórax se o exame for feito 
em PA. Já se for em AP esse percentual precisa ser 
maior (porque a própria forma de realizar o exame 
vai fazer com que a imagem produzida seja maior do 
que a real). 
Raio X em AP: 
- Crianças, pacientes debilitados ou no leito; 
- Aparelho portátil; 
- Pequena distância entre o tubo e o filme; 
- Magnificação do coração e mediastino (15-20%); 
- Acentuação da trama intersticial; 
- Elevação diafragmática. 
 
Incidência ápico-lordótica: 
- AP com o paciente inclinado para trás (angulação 
em torno de 15/20°, seja o paciente inclinado ou o 
tubo de raios inclinado cefalicamente); 
- Essa incidência serve para retirar as clavículas dos 
campos pulmonares na imagem. É importante para 
avaliar lobo superior e também lobo médio e língula. 
**Se há dúvidas diante de uma radiografia com 
opacidade em lobo superior, se solicita refazer o 
exame nessa incidência. 
 
Incidência de Laurel: 
- Paciente fica em decúbito lateral e os raios incidem 
horizontalmente (feixe paralelo a mesa e o filme 
perpendicular a ela): 
- Serve para detectar pequenos derrames, 
pneumotórax, espessamento pleural; 
- Avaliar mobilidade do conteúdo de uma cavidade; 
- Derrame: lado suspeito em contato com a mesa (o 
líquidos desce); 
- Pneumotórax: lado suspeito para cima (o ar sobe). 
 
 
Incidências oblíquas: 
- Dissociar imagens de planos vizinhos; 
- Estudo dos arcos costais. 
- Não é mais muito utilizada, a tomografia substituiu. 
 
 
14 
 
Introdução à radiologia 
o Posição: 
- Ortostase (em pé); 
- Decúbito ou supino; 
- Decúbito lateral. 
 
 
- Na imagem da direita é possível perceber níveis 
hidroaéreos, indicando a ortostase do paciente. Na 
posição supino não. Ambas foram feitas com a 
mesma incidência AP. 
o Rotação: 
- Para avaliar a rotação se procura as clavículas e 
traça uma linha no bordo medial de ambas. 
 
- Se observa a distância 
entre esses bordos para 
os processos espinhosos. 
Essa distância precisa ser 
igual, se estiver diferente 
a imagem está rodada; 
- Uma radiografia rodada 
vai causar um desvio do 
mediastino (deixando o mediastino rodado), o 
aumento do hilo (deixando a imagem distorcida) e 
uma alteração de transparência pulmonar (deixando 
um pulmão mais branco que o outro). 
o Exposição: 
- Erros técnicos podem induzir erros diagnósticos; 
- É preciso avaliar a exposição/penetração para 
evitar que erros técnicos provoquem erros de 
diagnóstico. É o exemplo do kV; 
- O ideal ao analisar uma radiografia de tórax é que 
seja possível a visualização dos vasos e corpos 
vertebrais atrás do coração; 
- Muito penetrado: imagem preta, difícil de visualizar 
detalhes; 
- Pouco penetrado: imagem muito branca, pode 
induzir observação de falsas opacidades; 
- Após avaliar o PA, avalia-se o 
perfil. No perfil você deve 
visualizar os 2/3 inferiores da 
coluna. O terço superior da 
coluna fica hipotransparente 
em razão da somação de 
imagens. 
o Inspiração: 
- A radiografia de Tórax é feita em apneia inspiratória 
máxima. Isso significa que o diafragma deve estar 
entre o 10º e 11º arcos costais posteriores e entre o 
6º e o 7º arcos costais anteriores; 
- Inspiração inadequada: 
perda de volume 
pulmonar, aumento da 
trama intersticial, 
cardiomegalia. 
 
15 
 
Introdução à radiologia 
 
- Para contar os arcos costais o ideal é que se inicie 
pelo primeiro posterior. 
IMAGEM BOA PARA PRATICAR: 
 
- A radiografia também pode ser feita em inspiração 
e expiração. Isso vai ser usado em casos suspeitos de: 
aprisionamento aéreo (corpo estranho na criança) e 
pequeno pneumotórax (verifica mobilidade 
diafragmática e expansibilidade pulmonar). 
- Na radiografia em expiração, como o ar sai, o 
pulmão fica menor e mais branco. 
 
o Centralização: 
- Ver se o Raio X está centrado no filme. O ideal em 
uma radiografia de Tórax é que se permita visualizar 
bem o pescoço e os úmeros. Não pode cortar 
abdómen. Radiografia de Tórax não pode cortar o 
abdómen. 
➢ Roteiro – avaliação do tórax: 
1. Partes moles: 
 
- Mamas, axilas, fossas supra claviculares, mamilos 
2. Estruturas ósseas: 
- Clavícula, escápulas, vértebras, costelas, esterno. 
 
 
3. Diafragma: 
- O direito é mais alto, no máximo 1,5cm ou um 
espaço intercostal; 
 
16 
 
Introdução à radiologia 
- Distância da bolha gástrica para o diafragma: 1-
2cm. 
 
 
4. Abdome; 
5. Pleura e fissuras: 
- Parietal: reveste o 
diafragma, a 
superfície externa do 
mediastino e a 
superfície interna da 
parede torácica. 
- Visceral: reveste os 
pulmões. 
- Fissuras pleurais: Direita (oblíqua e horizontal) e 
esquerda (oblíqua). 
 
- Seios costofrênicos. 
 
 
6. Mediastino: 
 
 
- Índice cardiotorácico: 
-- estimativa 
confiável do tamanho 
do coração; 
-- só pode ser 
calculado se não 
houver assimetria na 
caixa torácica; 
-- PA em inspiração: A+B < ou igual a C 
7. Hilos pulmonares: 
8. Pulmões: 
- Fluxo e calibre dos vasos nas bases são maiores 
devido à gravidade; 
- Os vasos diminuem gradualmente do centro (hilos) 
para periferia. 
 
17 
 
Introdução à radiologia 
 
 
PULMÃO ESQUERDO: 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA ULTRASSONOGRAFIA 
- Na Ultrassom são utilizadas ondas sonoras que são 
inaudíveis para seres humanos. 
 
 
- A alma do aparelho de ultrassom é o transdutor. Na 
ponta dele se tem um cristal, que possui uma 
característica piezoelétrica (tungstênio) tem a 
capacidade de transformar energia mecânica em 
energia elétrica e vice versa; 
- Quando o aparelho é ligado, o cristal vibra criando 
ondas sonoras (mecânicas) e essas se chocam com as 
partes do corpo e voltam (eco), ao chegar no 
aparelho ele transforma essas ondas em energia 
elétrica. O computador detecta a quantidade de 
energia e transforma em imagens numa escala de 
cinza, preto e branco. 
 
- Existem diversos tipos de transdutor, para se 
adaptar a determinadas áreas do corpo e porque 
tem diversas frequências (cada um é escolhido 
dependendo de onde será realizado o exame); 
 
18 
 
Introdução à radiologia 
1: Endocavitário (5-9 MHz): 
pode ser utilizado para 
estudo endorretal ou 
endovaginal, por isso tem 
uma ponta em formato 
verticalizado 
2: Linear (7-18 MHz): como 
tem uma frequência 
extremamente elevada é 
mais indicado para 
visualização de estruturas 
superficiais, como a tireoide, músculos; 
3: Convexo (3-6 MHz): é muito utilizado no abdome, 
tanto pelo formato quanto pela frequência,que por 
ser menor penetra mais nos tecidos; 
4: Setorial (2-5 MHz). 
- É importante que entre o transdutor e a pele não 
exista nada (inclusive o ar, porque ele reflete muito 
as ondas sonoras emitidas pelo aparelho), por isso é 
colocado um gel a base de água para que o 
transdutor deslize mais facilmente sem a 
interferência do ar; 
o Utilização: 
- É bom para visualização de estruturas sólidas e 
líquidas, principalmente dos órgãos da cavidade 
abdominal, mas não é bom para estruturas com ar 
(ex.: pulmões) e estruturas ósseas; 
- A avaliação do tórax é limitada devido aos pulmões; 
- O líquido é interpretado 
como negro, porque o 
som vai ultrapassam 
completamente. Já 
estruturas sólidas, como 
pedras na vesícula, vão 
ser mostradas como brancas, porque o som vai 
voltar; 
- Não é bom para observar o intestino, porque tem 
muito gás, o que não vai permitir a formação de uma 
imagem adequada. 
 
- Na imagem acima é possível visualizar o rim 
transversalmente. A parte externa mais escura é o 
córtex, mais internamente e central, a parte 
branquinha (rica em gordura), é a medula. 
 
- Primariamente, o Raio X é o exame mais utilizado 
para avaliar o tórax, por ser uma região que contém 
muito ar; 
- No Raio X acima foi verificado um derrame pleural. 
Na USG é possível ver melhor a localização de onde 
se encontra, já que é líquido; 
- Para quantificar o derrame pleural na 
ultrassonografia existe se mede a distância de onde 
termina o líquido até a parede torácica em 
centímetros. Há uma tabela em que se correlaciona 
essa distância em cm com a quantidade de líquido; 
- Sempre que houver uma estrutura com líquido, ela 
é facilmente discernida entre outras estruturas na 
USG. 
1 2 3 4 
 
19 
 
Introdução à radiologia 
 
- Na imagem acima tem-se uma USG da mama. É 
muito bom de identificar cistos na USG, porque eles 
são preenchidos de líquido, ficando completamente 
pretos na imagem; 
- Na imagem ao lado é 
possível ver vasos 
sanguíneos superficiais na 
região do pescoço. Vasos 
da perna e do braço 
também são de fácil 
visualização na ultrassonografia. É possível ver a 
carótida e a jugular na imagem; 
- Na imagem ao lado é 
utilizado também o 
doppler. Com ele, 
estruturas em que há 
movimentação (como nos 
vasos sanguíneos) ele 
coloca cor. É possível 
mensurar a velocidade do fluxo sanguíneo também 
com esse aparelho; 
- A ultrassonografia 
também é muito utilizada 
na gravidez, para 
monitoramento. A radiação 
da ultrassonografia é 
inócua, ou seja, não causa 
nenhum dano ao feto; 
- Agora é possível realizar 
também reconstruções 
tridimensionais com a 
ultrassonografia. Também 
é muito utilizado na obstetrícia. 
o Nomenclatura: 
- Como se utiliza ondas sonoras e eco para formar as 
imagens, a nomenclatura gira em torno disso. 
 
- Anecoico: não voltou quase nenhum eco para o 
aparelho, ausência de eco. É refletido como uma 
imagem negra, são as estruturas que tem líquido. A 
vesícula biliar é o que é mostrado na imagem. Bexiga, 
vasos sanguíneos, cistos, são exemplos. 
- Hipoecoico: parte dos ecos voltou e parte não 
voltou. A estrutura vai ser identificada com 
coloração cinza. A maior parte das estruturas e 
lesões são dessa cor. 
- Hiperecoico: são estruturas que atenuam muito o 
feixe sonoro. Por exemplo, cálculos na vesícula. O 
feixe sonoro bate e voltam quase todos os ecos 
emitidos. A imagem fica branca. 
o Vantagens: 
- O ultrassom é um método portátil, barato e não 
invasivo; 
- Não utiliza radiação ionizante; 
- Funcionamento dos órgãos em tempo real; 
- Boa sensibilidade e especificidade para ampla faixa 
de patologias; 
- Guia para procedimentos intervencionistas. 
o Desvantagens: 
- Operador dependente. A acurácia do diagnóstico 
depende da habilidade do médico; 
1 
2 
3 
1: gordura 
(cinza) 
2: branco: 
tecido 
fibroglandular 
3: cisto 
mamário 
(dentro ele é 
preenchido de 
líquido). 
Patologia 
 
20 
 
Introdução à radiologia 
- Não consegue imagens adequadas das estruturas 
ósseas e com ar; 
- O artifício do meio de contraste ainda não é bem 
estabelecido como na TC e na RM. 
PRINCÍPIOS DA RESSONÂNCIA 
MAGNÉTICA 
 
- Radiação não ionizante; 
- A RM utiliza a energia potencial 
armazenada nos átomos de 
hidrogênio do corpo. Os átomos são 
manipulados por campos magnéticos 
e pulsos de radiofrequência muito 
fortes para produzir energia específica 
para cada tecido suficiente a fim de 
permitir que programas de 
computador altamente sofisticados 
gerem imagens bi e tridimensionais; 
- Cada átomo do corpo humano gira a 
uma velocidade específica, que gera 
um campo magnético; 
- No interior do aparelho tem um grande imã, que 
quando ligado os átomos de hidrogênio do corpo 
entram em consonância com o imã do aparelho; 
- O aparelho começa a emitir ondas de 
radiofrequência com uma frequência igual à dos 
prótons de hidrogênio do corpo, fazendo eles 
ganharem energia. Ao ligar e desligar (questão de 
milissegundos) o corpo capta a radiação, ganha 
energia e na hora que o aparelho é desligado o corpo 
emite a energia de volta, gerando imagens no 
monitor; 
- Existem bobinas específicas (antenas) para certas 
regiões, com um imã auxiliar para que a radiação que 
está sendo emitida seja melhor captada, gerando 
melhores imagens diagnósticas. 
 
 
- No repouso (1ª imagem) os prótons tem uma 
alinhamento aleatório e praticamente nenhum 
campo magnético. Ao entrar no aparelho eles vão se 
alinhar com o campo emitido (2ª imagem). 
 
- Os parâmetros controlados pelo médico são o 
TR/TE (tempo de repetição: tempo entre a emissão 
de uma onda e outra) (tempo de eco: tempo que se 
demora para receber a onda de volta) e T1/T2 (são 
as principais sequências na ressonâncias 
magnéticas); 
 
- No T1 a água vai ser negra na imagem. Globo ocular, 
entre os giros cerebrais, ventrículos cerebrais. 
 
21 
 
Introdução à radiologia 
 
- No T2 o líquido fica branco. Globo ocular, entre os 
giros cerebrais, ventrículos cerebrais. 
- É preciso pelo menos duas sequências (T1/T2) para 
ser possível avaliar adequadamente as imagens da 
ressonância; 
- Na ressonância a imagem é parada, são tiradas 
várias imagens (sequências) para formar a 
visualização de uma área e avalia-la 
adequadamente. Exame multiplanar. 
 
o Nomenclatura: 
 
- Como é um sinal emitido e captado, é intenso de 
sinal, hipointenso. 
 
 
o Meio de contraste: 
- Só é utilizado no T1 porque a água fica preta na 
imagem, o contraste fica branco, sendo melhor para 
visualizar. 
- O que é utilizado na 
ressonância é o gadolínio. 
Ele é tóxico ao ser 
humano na forma pura, 
mas o sal é inócuo no 
corpo. Esse metal 
transfere energia para do 
meio circundante para os 
tecidos, reduzindo o 
tempo de relaxamento T1 
e T2. 
- Quando se faz o 
contraste, se vê as 
estruturas muito 
vascularizadas porque 
vão apresentar hiper 
sinal (brancas), como as 
metástases na imagem 
ao lado 
 
 
Cavidade 
abdominal 
 
22 
 
Introdução à radiologia 
 
- A ressonância é um exame muito bom para 
visualização do SNC, da cavidade abdominal e do 
sistema musculoesquelético (ossos, tendões, 
músculos). 
o Vantagens: 
- Não utiliza radiação ionizante; 
- Não invasivo; 
- Alta capacidade de diferenciação tecidual; 
- Contraste bastante seguro; 
- Imagens multiplanares. 
o Desvantagens: 
- Alto custo; 
- Exame demorado; 
- Pouca disponibilidade por ser um exame de alta 
complexidade. 
PADRÃO ALVEOLAR E INTERSTICIAL – 
RADIOGRAFIA DO TÓRAX 
 
- As principais densidades que aparecem é a do ar 
(preto) e a de partes moles (cinza). 
 
 
➢ Anatomia microscópica do pulmão: 
 
- A unidade funcional do pulmão é o lóbulo pulmonar 
secundário. É uma estrutura que possui 
aproximadamente 2,5cm, é composto por: 
-- septo interlobular:é composto por três tipos de 
tecido: conjuntivo, vasos linfáticos e vênulas 
pulmonares. Está na periferia; 
-- ramo da artéria pulmonar: localizada no centro do 
lóbulo pulmonar secundário, juntamente com um 
bronquíolo; 
 
23 
 
Introdução à radiologia 
-- no tecido intralobular tem-se os sacos alveolares, 
entre um saco e outro há um pouco de tecido 
conjuntivo; 
- Cada ramo da artéria leva sangue NÃO oxigenado 
para o lóbulo. Chegando lá ele será oxigenado pelos 
alvéolos: 
 
- Também tem vasos linfáticos fazendo a drenagem 
desses lóbulos, que vão formando vasos maiores até 
chegar nos que drenam a cavidade torácica. 
 
- Nas paredes dos sacos tem os capilares, o sangue 
vai chegar “sujo”, vai haver a troca gasosa, e vai 
voltar “limpo” (oxigenado). 
➢ Padrão alveolar: 
o Consolidação: 
- Resulta da substituição do ar alveolar por líquidos 
transudato, pus, sangue ou quaisquer outras 
substâncias; 
- Causa mais comum: pneumonia (o ar é substituído 
por exsudato – rico em proteínas). 
 
Pneumonia lobar: 
- Agente etiológico aspirado é Streptococcus 
pneumoniae. Vai até a periferia do pulmão, e vai 
infectando alvéolo por alvéolo. Quando chega na 
fissura (tecido pleural) cessa. 
 
- Na imagem ao lado é 
possível ver os sacos 
alveolares ainda com ar 
(buracos brancos), mas 
no centro já há muito 
exsudato. 
 
- Área de cima ampliada 
mostrando o exsudato 
mais detalhadamente. 
- A área do pulmão que está consolidada fica branca, 
a via aérea fica livre; 
- Os brônquios não ficam infectados. Por isso, 
eventualmente, podemos observar casos em que é 
possível ver os brônquios “desenhados”, chamado 
de broncograma aéreo (sinal de consolidação); 
Broncopneumonia: 
- Tanto os alvéolos, quanto a via aérea estão 
doentes; 
 
24 
 
Introdução à radiologia 
- Muitas vezes há o 
preenchimento 
parcial dos alvéolos 
(imagem d), padrão 
heterogêneo de 
áreas 
comprometidas; 
- O processo de 
infecção NÃO é 
barrado por conta 
de uma fissura; 
- Grande área do 
pulmão envolvida; 
- O padrão de 
broncopneumonia é 
geralmente mais 
associado a 
pneumonia em 
pacientes que 
adquiriram em 
ambientes 
hospitalares. 
 
- Em geral, o diagnóstico é clínico, laboratorial e 
radiológico; 
- Com 2 semanas de início 
com a antibiótico terapia, 
cerca de 50% dos 
pacientes já tem a cura 
radiológica, com o pulmão 
voltando ao normal; 
- O agente etiológico 
agride o epitélio alveolar, por isso que consegue 
voltar tudo ao normal; 
- Se a pneumonia for suficientemente agressiva para 
passar do epitélio, vai ocorrer uma fibrose. 
Complicações: 
- Formação de Abscesso (destruição localizada no 
pulmão): 
 
 
 
 
 
25 
 
Introdução à radiologia 
Hemorragia: sangue dentro dos alvéolos 
(hemorragia alveolar). 
 
Ex.: leptospirose. 
- Na área da hemorragia se vê a consolidação 
(branco): 
 
- Quadro clínico, laboratorial, distribuição da 
consolidação do pulmão e achados associados, 
necessário para saber o que está causando a 
consolidação; 
- Hemoptise é um sinal clínico de que provavelmente 
há sangue nos pulmões. 
o Edema pulmonar: 
- Causado principalmente por insuficiência cardíaca 
esquerda, há líquido. Geralmente é bilateral porque 
é sistêmico. 
 
 
- As principal causa é a insuficiência cardíaca 
esquerda: o ventrículo esquerdo está falho e o 
sangue fica represado nas veias pulmonares, e a 
pressão aumentada faz com que o líquido extravase, 
primeiro para os septos interlobulares porque as 
vênulas correm nesses septos, e depois com a 
pressão muito aumentada o líquido passa a 
extravasar nos alvéolos). Geralmente é bilateral 
porque é um problema sistêmico. 
- Os pulmões do 
paciente ao lado estão 
quase completamente 
esbranquiçados, devido 
a consolidações 
pulmonares bilaterais 
extensas, decorrentes 
de Edema alveolar; 
- Não apresenta hemoptise, não tem febre porque 
não é um quadro infeccioso. Apresenta tosse 
(normalmente acompanhada de líquido, o paciente 
espuma pela boca), dispneia, hipoxemia. 
o Atelectasia: 
- Na atelectasia, o pulmão perde volume, como 
quando “murchamos um balão”. O pulmão 
atelectasiado, sem ar, fica completamente sólido, 
aparecendo opaco (branco) na radiografia. 
 
 
26 
 
Introdução à radiologia 
- Não necessariamente o pulmão inteiro fica 
atalectasiado; 
Mecanismos de atelectasia: 
- Obstrutiva: obstrui um brônquio que está levando 
ar para uma determinada área do corpo; 
- Compressiva: um derrame na pleura empurra o 
pulmão; 
- Cicatricial: uma área do pulmão foi agredida, fez 
uma cicatriz qualquer e retrai o pulmão 
- Adesiva: ocorre quando perde o surfactante. 
 
 
 
- Na atelectasia vai procurar sinais de redução 
volumétrica do pulmão que está doente; 
- Qualquer coisa que retraia uma fissura, é uma 
atelectasia. 
 
 
- Pode ter atelectasia completa do pulmão, 
consolidação ou derrame pleural completo; 
- Se fosse uma consolidação, as estruturas estariam 
normalmente localizadas; 
- Se fosse derrame pleural, iria empurrar para o lado 
oposto o coração e o pulmão; 
- No caso da atelectasia, o pulmão perdeu ar, e as 
estruturas anatômicas vizinhas são retraídas para 
ocupar aquele lugar; 
- Chega à conclusão que é uma Atelectasia completa 
do pulmão esquerdo. 
- Todo hemitórax 
direito na imagem ao 
lado está opaco 
(atelectasia 
completa, 
consolidação ou 
derrame); 
- Se fosse 
consolidação, o 
mediastino não 
estaria fora do lugar; 
 
27 
 
Introdução à radiologia 
- Se fosse derrame, as estruturas estariam todas para 
o lado esquerdo; 
- Caso de Atelectasia completa do pulmão direito. 
➢ Padrão intersticial: 
 
- Principais causas: edema intersticial, fibrose, 
doenças ocupacionais, causas neoplásicas; 
- Sinais podem ser sutis; 
- Pode haver superposição de padres intersticiais, 
bom como associação com alveolopatia; 
- Pode haver associação com derrame pleural, 
tumor, linfonodomegalia etc. 
 
Linear: 
- Extravasamento de 
líquido do septo pelas 
vênulas (ocorre na 
ICC). 
 
 
 
 
Reticular: 
- Lembra uma rede, 
com linhas 
entrelaçadas (causa 
mais comum é a 
fibrose). A nível do 
interstício intralobular. 
 
 
Micronodular: 
- Vários pontinhos 
distribuídos de forma 
uniforme nos pulmões 
(causa mais comum é a 
tuberculose). 
 
 
 
 
 
28 
 
Introdução à radiologia 
Reticulonodular: 
- Junção de linhas e 
pequenos nódulos 
(causa mais 
comum é fibrose 
de qualquer 
natureza); 
 
 
ANATOMIA SECCIONAL DO TÓRAX - TC E 
RM 
- Na tomografia existe o conceito de “janelas”. A 
janela é a imagem que é exposta em uma 
determinada faixa de tons de cinza. Existem faixas 
específicas para avaliar cada estrutura. 
 
- Na imagem à esquerda é uma janela para 
visualização do pulmão, e na da direita é uma janela 
de mediastino. É a mesma imagem, porém com 
faixas de tons de cinza diferentes; 
- Essas janelas são manipuladas no computador, 
trocando as faixas de tons, otimizando as imagens 
(só conseguimos ver 20 tons ao mesmo tempo); 
- Existem diversos tipos de janela: osso, cérebro, 
fígado, etc.; 
 
 
- Na ressonância magnética se tem as sequências, as 
mais utilizadas sendo T1/T2. Modifica a sequência a 
depender do que se quer visualizar. 
 
➢ Janela de mediastino: 
o Vasos supracardíacos: 
- Tem dois vasos principais saindo do coração, que 
são a aorta e a artéria pulmonar. A aorta tem a 
porção ascendente, o cajado da aorta (curvinha, 
emite três vasos: subclávia esquerda, carótida 
comum esquerda 
e tronco arterial 
braquiocefálico 
direito). A artéria 
pulmonar emite a 
pulmonar direita 
e esquerda; 
- A subclávia 
esquerda irriga o 
membro superior 
esquerdo. A 
carótida comum esquerda irriga o pescoço e a 
cabeça. O tronco arterial braquiocefálico se 
subdivide em artéria subcláviadireita (irriga MS 
direito) e a artéria carótida comum direita; 
- A aorta descendente é loco depois do arco/cajado 
e, cruzando o diafragma passa a ser aorta abdominal; 
 
29 
 
Introdução à radiologia 
- Já as veias, por sua vez, a jugular vai se juntar com 
a subclávia (em ambos os lados), para formar o 
tronco venoso braquiocefálico direito e esquerdo, 
que vão se unir para formar a veia cava superior, que 
drena para o átrio direito (traz o sangue “sujo do 
membro superior e da cabeça para o coração). 
 
Plano axial: 
- É o plano básico de avaliação das imagens. 
 
 
- É uma janela do mediastino e é possível ver os vasos 
supra aórticos. Tem contraste entrando pelo lado E. 
Lembrar que você está olhando a imagem de baixo 
para cima, com o paciente deitado; 
- Como o corte é muito alto, a 
subclávia D e a carótida 
comum D ainda não se uniram 
para formar o tronco arterial 
braquiocefálico. Então no lado direito, em cortes 
mais baixos vai haver só uma luz, que é a do tronco 
braquiocefálico. Mas do lado esquerdo sempre vão 
haver duas artérias. 
 
 
- Nesse corte, que é mais 
inferior, só é possível ver 
agora 3 artérias (3 marias), 
porque a carótida e a 
subclávia direitas já se uniram 
para formar o tronco; 
- O esôfago não tem ar, é visco como uma estrutura 
sólida, é uma mucosa sobreposta a outra, porque ele 
só abre quando se está engolindo alguma coisa. 
 
 
Lado direito 
1 
2 2 
3 
4 
5 
6 
1: Traqueia; 
2: Pulmões; 
3: carótida comum D; 
4: subclávia D; 
5: carótida comum E; 
6: subclávia E. 
 
1: Traqueia; 
2: Pulmões; 
3: tronco arterial 
braquiocefálico 
4: subclávia D; 
carótida comum E; 
5: subclávia E; 
6: esôfago 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
Lado direito 
 
30 
 
Introdução à radiologia 
 
- Nessa imagem, pelo corte 
ser mais inferior já é 
possível ver os troncos 
venosos braquiocefálicos. 
 
 
 
- Nessa imagem já é 
possível ver o tronco 
venoso do lado E já se 
unindo com o direito. As 3 
marias continuam até 
aparecer a aorta. 
 
 
 
 
- Como esse corte já é mais 
inferior, já é possível 
visualizar a veia cava superior e o arco da aorta. 
 
- Na imagem acima se visualizam as mesmas 
estruturas: cajado da aorta, veia cava superior, 
traqueia, esôfago e pulmões. 
 
1: Tronco arterial 
braquiocefálico; 
2: Carótida comum E; 
3: Subclávia E; 
4: tronco venoso 
braquiocefálico E; 
5: T.V. braquiocefálico D. 
 
1 
2 
3 
4 
4 
1: Tronco venoso 
braquiocefálico D; 
2: TV braquiocefálico E; 
3: TA braquiocefálico D; 
4: carótida comum E; 
5: subclávia E. 
 
1 
2 
3 5 
4 
1: Veia cava superior; 
2: Cajado da aorta. 
 
1 2 
Lado direito 
 
31 
 
Introdução à radiologia 
 
- Nesse corte mais inferior, o 
cajado da aorta não é mais 
visível, mas sim duas porções 
diferentes dessa artéria no 
mesmo plano. A artéria 
pulmonar vem do ventrículo 
direito para o pulmão levando 
sangue “sujo”. A art. Pulmonar direita leva para o 
pulmão direito e a esquerda leva para o pulmão 
esquerdo. 
o Câmaras cardíacas: 
 
 
- No corte axial da tomografia, o laranja é o VE, o 
verde é o AE, o azul é o VD e o rosa é o AD. 
 
 
- O ventrículo direito é a 
câmara mais anterior. A 
câmara mais posterior é o átrio 
esquerdo. 
 
 
1: Porção da aorta 
ascendente; 
2: Porção da aorta 
descendente; 
3: Tronco da artéria 
pulmonar; 
4: Artéria pulmonar D; 
5: Artéria pulmonar E; 
6: veia cava superior. 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
1: Ventrículo D; 
2: Átrio E; 
3: Veia pulmonar D; 
4: Veia pulmonar E; 
5: Ventrículo E; 
6: Átrio direito. 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
 
32 
 
Introdução à radiologia 
 
- A aorta descendente 
acompanha toda a coluna 
vertebral até entrar no 
abdome. 
 
 
- Nessa porção, praticamente 
não se tem mais átrio, porque 
eles são mais superiores. A parte mais escura que se 
vê no VE é o miocárdio que é mais forte porque 
precisa bombear sangue para o corpo inteiro. 
46:00 
 
 
o Ressonância magnética: 
 
 
- Na RM a imagem é a mesma, o que muda é a cor. A 
principal diferenciação entre elas e que na TC os 
ossos são brancos, enquanto que na RM ele pode 
varias dependendo da sequência (cinza, mais escuro, 
etc.). A sequência da imagem acima é um T1. 
A: Traqueia; 
B: Esôfago; 
C: Tronco venoso braquiocefálico E. 
1: Ventrículo D; 
2: Átrio E; 
3: Ventrículo E; 
4: Átrio direito; 
5: Aorta descendente 
 
1 
2 
3 
4 
5 
1: Ventrículo D; 
2: Ventrículo E. 
 
2 
2 
1 
VD 
VE 
VE 
VD 
Veia cava 
inferior 
 
33 
 
Introdução à radiologia 
 
J: veia cava superior; 
K: cajado da aorta. 
 
M: “Y” invertido. Tronco da artéria pulmonar, artéria 
pulmonar D e E; 
L: aorta ascendente; 
P: aorta descendente. 
 
- Na RM tem a possibilidade de captar os 
movimentos. Simula o que se vê no ecocardiograma. 
Plano coronal: 
 
 
Plano axial: 
 
1 
1 
2 
2 
3 
3 
 
34 
 
Introdução à radiologia 
Plano sagital: 
 
 
 
o Tomografia cardíaca: 
- É pedida quando se quer avaliar especificamente e 
em alta resolução apenas o coração e seus vasos de 
saída. 
 
1: Válvula aórtica. [] 2: Artéria coronária. 
 
➢ Janela pulmonar: 
 
 
- Se vê com clareza e nitidez o parênquima do 
pulmão nessa janela. 
1 
2 
 
35 
 
Introdução à radiologia 
Plano axial: 
 
Plano coronal: 
 
➢ Janela óssea: 
 
 
 
ANATOMIA SECCIONAL NA 
TOMOGRAFIA DE CRÂNIO 
- Como um todo, tem-se a pele (atenuação de partes 
moles), tecido celular subcutâneo (atenuação de 
gordura), estruturas ósseas (periósteo, medula 
cortical interna e externa, medula óssea), planos 
meníngeos e parênquima encefálico (córtex e 
substância branca); 
- Os espaços entre as meninges são pouco 
visualizados porque são virtuais. O que mais se fé é o 
aracnoideo porque tem o espaço liquórico, 
estruturas vasculares e nervosas. 
Arco 
costal 
Esterno 
Vértebra 
Corpo 
Vertebral 
Pedículo 
Processo 
transverso 
Lâminas 
Processo 
espinhoso 
 
36 
 
Introdução à radiologia 
 
o Calota craniana: 
- É possível fazer a 
reconstrução 3D do crânio, 
principalmente para ver mal 
formações da calota craniana, 
sinostoses (fechamento 
precoce das suturas), órbitas, 
fraturas. 
 
 
 
 
- A imagem acima traz uma janela óssea com um 
corte mais superior da calota craniana. A cortical 
interna parece um osso mais compactado porque é 
bem branquinho e regular. Não se vê áreas de 
descontinuidade na interna. Já na externa, é possível 
ver áreas da sutura. A sutura coronal dos dois lados 
mais anteriormente e a sagital posteriormente. A 
área medular é mais esponjosa e a cortical mais 
compactada. 
 
- A imagem acima traz um corte mais inferior da 
calota craniana. O osso fica mais fino, mas ainda 
assim é possível ver a cortical interna, externa e a 
medula óssea. 
 
 
 
 
 
Sutura coronal 
Sutura metópica: 
só em crianças. 
Fecha até os 2 
anos de vida. 
 
Sutura 
sagital 
Sutura 
sagitalSutura 
lambdoide 
Cortical 
interna 
Cortical 
externa 
Medula 
óssea 
Sutura 
coronal 
Sutura 
sagital 
 
37 
 
Introdução à radiologia 
o Sistema ventricular: 
 
*Na foto acima a imagem é de uma RM. 
- O sistema ventricular é composto pelo líquor 
cefalorraquidiano (mantém 
uma lubrificação do 
parênquima encefálico – 
amortecimento), que é 
produzido no plexo coroide, 
ventrículos laterais, III e IV 
ventrículos; 
- O IV ventrículo faz continuidade com o canal central 
da medula; 
- O líquor é produzido no espaço supratentorial no III 
ventrículo e no espaço infratentorial no IV ventrículo 
(corno temporal no átrio ventricular). 
Relações anatômicas: 
→Ventrículos laterais: 
- Corno frontal; 
- Parte central; 
- Corno temporal; 
- Corno occipital; 
- Átrio. 
- É o maior de todos. 
→III ventrículo: se conecta ao IV por meio do 
aqueduto de Sylvius. 
→IV ventrículo: localizado na fossa posterior, 
anteriormente ao cerebelo. 
 
 
 
 
**O espacinho preto na parte anterior são os seios 
frontais da face. 
- Nesse corte axial é possível 
ver os ventrículos laterais. Na 
segunda imagem é possível 
ver o átrio ventricular (união dos cornos dos 
ventrículos laterais). 
- Nessa imagem já não é 
mais possível ver a parte 
anterior dos ventrículos, 
mas já permite a 
visualização dos cornos 
occipitais dos 
ventrículos laterais 
(parte circulada em 
azul). III ventrículo em 
roxo. 
 
- Na imagem acima, já em um corte bem mais inferior 
da calota craniana, é possível visualizar o corno 
temporal dos VL (circulado em azul). No centro da 
imagem á esquerda é possível ver no centro do 
mesencéfalo um canal, que é o aqueduto de Sylvius 
(circulado em vermelho). IV ventrículo em roxo. 
1 
1 
1: Ventrículos laterais; 
2: Corno frontal dos VL; 
3: Plexo coroide; 
2 
3 
 
38 
 
Introdução à radiologia 
 
- A imagem da esquerda é um corte coronal e a da 
esquerda um corte sagital. III ventrículo em roxo. IV 
ventrículo em vermelho. Cornos frontais dos 
ventrículos laterais em azul. Tenda do cerebelo em 
verde. 
 
- Cornos frontais dos ventrículos laterais em azul. III 
ventrículo em roxo. Também é possível ver os cornos 
temporais dos VL mais inferiormente (bolinha azul 
escuro). Tenda do cerebelo em verde, o cerebelo 
está logo atrás (1). Cornos occipitais do VL em azul 
claro na imagem da direita (atenuação de líquido). 
 
- Na imagem acima destaca-se o III ventrículo. 
Geralmente em um parênquima normal, os 
ventrículos laterais são simétricos. Em um 
parênquima jovem quase não se vê o III ventrículo, 
porque é uma “laminha” de líquido (paredes mais 
coladinhas por conta da aderência intertalâmica). 
Em parênquimas mais atrofiados é possível ver ele 
mais dilatado. 
 
- Nas imagens acima destaca-se o IV ventrículo. 
o Cisternas da base: 
- São os espaços liquóricos, principalmente de base 
de crânio. É onde repousam as estruturas cranianas, 
passam os vasos, os nervos e é onde estão as 
meninges; 
- Quando se tem um trauma craniano, edemacia o 
parênquima encefálico, ocluindo as cisternas da 
base, causando compressão nos vasos e nas 
estruturas nervosas, levando a danos no 
parênquima. 
Cisterna bulbar: 
 
- Localizada anteriormente ao bulbo. 
Cisterna pré-pontina: 
 
- Espaço liquórico localizado anteriormente a ponte. 
É onde passa a artéria basilar. 
Cisterna pontocerebelar: 
- Localizada entre a ponte e o cerebelo 
1 
 
39 
 
Introdução à radiologia 
 
*No meinho, na frente da ponte é possível ver a 
cisterna pré-pontina (azul). 
Cisterna magna: 
 
- É a maior das cisternas. É a transição do crânio com 
o canal raquiano. Pode ser maior quando há uma 
variação anatômica, sendo chamada de mega 
cisterna. 
Cisterna interpeduncular: 
 
- Localizada no meio dos pedúnculos mesencefálicos 
(orelhinhas do Mickey). 
Cisterna circundante: 
 
- Circunda o mesencéfalo. 
Cisterna supra selar: 
 
- Acima da sela túrcica. Tomar como referência a 
bolinha da hipófise, é logo encima. 
Cisterna quadrigeminal/colicular: 
 
- Está na parte posterior do mesencéfalo, colada na 
placa quadrigeminal. 
o Fossa posterior: 
 
 
 
40 
 
Introdução à radiologia 
- Mesencéfalo em vermelho, como se fosse a cabeça 
de um pinguim. A ponte em azul, seria a barriguinha 
do pinguim. O bulbo está em roxo. 
 
- Cortes axiais de tomografia, de cima para baixo (o 
mais superior na esquerda e o mais inferior na 
direita). Mesencéfalo é visto na 1ª porção. A ponte é 
visualizada na 2ª imagem. O bulbo é visualizado na 
3ª imagem. 
Mesencéfalo: 
 
Ponte: 
 
 
 
Bulbo: 
 
Cerebelo: 
 
o Lobos do parênquima encefálico: 
 
Lobo frontal e parietal: 
 
 
41 
 
Introdução à radiologia 
- O giro pré-central é o mais importante de todos 
porque é a área motora do corpo (Homúnculo); 
- O giro pós-central também é muito importante 
porque é a área sensitiva do corpo. 
 
- Acima é possível ver o sulco central, que é o mais 
perto da linha média. Qualquer lesão que estiver à 
frente desse sulco na tomografia é uma lesão de lobo 
frontal. Dele para trás é o lobo parietal. 
 
- O que está sublinhado em verde é a pars marginalis. 
Logo a frente dela é o sulco central. 
 
- Na imagem acima é possível visualizar o sulco 
frontal superior, que termina no sulco pré-central. O 
giro é o pré-central (1). Giro pós central (2). 
 
 
- O lobo frontal está em vermelho. 
 
- Giro frontal superior em verde. Giro frontal médio 
em azul. Giro frontal inferior em amarelo. Sulco 
frontal superior em vermelho. Sulco frontal inferior 
em roxo. 
 
- Giro frontal superior em verde. Giro frontal médio 
em azul. Giro frontal inferior em amarelo. Sulco 
frontal superior em vermelho. Sulco frontal inferior 
em roxo. 
Corpo caloso e giro do cíngulo: 
 
- No corte sagital é possível visualizar o corpo caloso 
e o giro do cíngulo. Onde o sulco do cíngulo termina 
1 
2 
 
42 
 
Introdução à radiologia 
é a pars marginalis. Ela que define que o sulco a 
frente é o central. Dela para frente é o lobo frontal, 
e atrás é o parietal. 
 
 - O primeiro sulco que se vê à frente da pars 
marginalis é o sulco central. 
 
- Corpo caloso em azul, giro do cíngulo em verde, 
sulco do cíngulo em vermelho. A pontinha de sulco 
que aparece circulada em roxo é o central. 
Lobo temporal: 
 
 
- Quando se vê a fissura, que é o espaço liquórico que 
é a fissura de Silvius, é o lobo temporal. Lobo 
temporal circulado em vermelho. O corno temporal 
do VL está em azul. 
 
- Lobo temporal superior, médio e inferior. O 
hipocampo está circulado em roxo. Do lado do 
hipocampo se tem o corno temporal do VL. 
Lobo occipital: 
 
 
 
 
43 
 
Introdução à radiologia 
 
 
- Sulco parieto-occipital em vermelho, o sulco 
calcarino está em azul, eles dois delimitam o cúneos, 
que é triângulo em verde. O giro lingular está logo 
abaixo em amarelo. É essa região que é chamada de 
córtex visual. 
 
- No corte coronal é mais difícil de ver. O V formado 
pelo sulco parieto-occipital (superior) e pelo sulco 
calcarino (inferior) é possível de se visualizar. Acima 
deles é o lobo parietal, e inferiormente é o lobo 
occipital. É possível ver a tenda do cerebelo e o 
cerebelo. 
 
 
 
 
Base do crânio: 
 
 
- A base do crânio é onde o encéfalo repousa. A fossa 
anterior está em azul, é onde repousa o lobo frontal. 
 
- Fossa média em amarelo. 
Lobo da ínsula: 
 
 
44 
 
Introdução à radiologia 
 
 
- A ínsula está logo ao lado da fissura de silvius, 
medialmente. O lobo temporal fica lateralmente a 
fissura. Na imagem da direita pode-se ver também o 
lobo frontal. 
 
- A região opercular é a que recobre a ínsula. 
Sela túrcica: 
 
 
- Infundíbulo e hipófise. 
 
 
- Na imagem acima a hipófise está bem realçada 
(branquinha) porqueestá com contraste. 
o Órbita: 
 
 
 
45 
 
Introdução à radiologia 
 
 
- Os pontinhos vermelhos são os músculos 
extraoculares. No centro em azul é o nervo óptico. 
Entre isso tem-se a atenuação de gordura da órbita 
(preto). 
 
- De fora para dentro: musculatura, gordura 
(amarelo), nervo óptico. O cristalino em roxo. 
 
 
- Visualizar a integridade óssea. 
 
- Acima se vê a fissura orbitária superior. 
 
- Acima se vê a fissura orbitária inferior. Selas 
etmoidais em azul e seios maxilares em verde. 
 
 
46 
 
Introdução à radiologia 
- Saco lacrimal circulado em rosa. 
**Ele vai para a fossa nasal e depois para a 
orofaringe. 
o Seios da face: 
 
- Além das da imagem tem-se o seio esfenoidal na 
sela túrcica. São melhor visualizados na janela óssea. 
 
 
 
- Seios frontais apontados pela seta em vermelho, 
seios maxilares em amarelo, células etmoidais em 
verde e seio esfenoidal em azul. 
 
 
 
 
47 
 
Introdução à radiologia 
- Na imagem da esquerda, o seio maxilar direito está 
preenchido com material com atenuação de partes 
moles (sinusite). 
 
o Mastoides: 
 
- Para visualizar otites médias geralmente o exame 
de escolha é a TC. Divide em orelha externa (1) – vai 
até a membrana timpânica, orelha média (2) – 
cavidade timpânica, e orelha interna (3) – cóclea, 
vestíbulo e conduto auditivo interno. 
 
- Em vermelho tem-se as células da mastoide 
pneumatizadas, com gás em seu interior. 
 
 
- Conduto auditivo externo indicado em verde. É 
possível ver também os ossículos na TC, é possível 
defini-los muito bem. 
RADIOGRAFIA SIMPLES DO TÓRAX EM 
CARDIOLOGIA 
- Todas as 4 radiografias abaixo são normais, porém 
bem diferentes entre si. A única coisa que muda é a 
faixa etária; 
- Na letra A tem-se um recém-nascido. A parte 
superior central do mediastino é alargada, porque 
eles ainda têm o timo (mediastino superior e 
anterior), alargando o tórax do RN. Nessa faixa etária 
a radiografia é feita deitada e o coração fica mais 
longe do filme, fazendo o coração parecer 
aumentado; 
- Na letra B tem-se uma criança de 7 a 8 anos de 
idade. O timo não aparece mais no mediastino 
superior, o coração parece menor (radiografia já é 
feita em pé, ficando menos distorcido porque está 
perto do filme). Nessa faixa etária o que chama a 
atenção é a bolinha indicada pela seta vermelha, que 
é a artéria pulmonar que está mais proeminente 
1
c
 
2
c
 
3
c
 
 
48 
 
Introdução à radiologia 
(aparece nas crianças e adolescentes devido ao 
metabolismo aumentado); 
- Na imagem C tem-se um adulto de 20-30 anos de 
idade. A bolinha convexa da artéria pulmonar já não 
é mais vista; 
- Na letra D tem-se um paciente idoso, que 
apresenta uma aorta um pouco mais alongada e 
ectasiada, porque ao longo da vida ela vai recebendo 
sangue do ventrículo, fazendo com que ela fique 
alongada e dilatada com o passar dos anos. A borda 
cardíaca também aumenta um pouco. 
 
- Ao longo da vida, a radiografia do tórax e a 
visualização do coração mudam, de acordo com a 
fisiologia que é observada nas diferentes faixas 
etárias. 
o Critérios técnicos: 
- Antes de avaliar o coração e a área cardíaca deve-
se perceber se a radiografia foi bem feita; 
- Uma radiografia com critérios técnicos 
inadequados leva a uma falsa interpretação; 
- A 1ª coisa a ser observada é a incidência. No adulto 
se faz a radiografia de costas para a bobina do raio X, 
o raio entra pelas costas do paciente: incidência 
póstero-anterior; 
- Quando mais longe uma estrutura estiver do filme 
radiológico, mais distorcida ela vai ficar. Na 
incidência em PA o coração fica mais próximo do 
filme, mostrando uma imagem mais fidedigna. 
 
- A distância de 1,80 metros é a ideal para que o 
coração não fique magnificado. No aparelho portátil 
não se consegue essa distância, magnificando o 
coração (imagem a). 
 
- Outra característica a ser avaliada é o grau de 
inspiração. Os pulmões devem estar bem inspirados, 
e para verificar isso deve-se contar pelo menos 10 
arcos costais posteriores (boa apneia). 
 
- Na radiografia expirada, os pulmões diminuem e o 
coração parece aumentado; 
 
49 
 
Introdução à radiologia 
- Outra coisa a se avaliar é a posição do paciente em 
relação a máquina. Deve estar bem centrado, com 
os ombros equidistantes um do outro. Observar se a 
extremidade das clavículas está equidistante dos 
processos espinhosos das vértebras. 
 
o Anatomia normal: 
 
- No raio X há uma 
sobreposição de diversas 
estruturas que tem a mesma 
densidade, então as áreas 
cardíacas não são facilmente 
ou adequadamente 
diferenciadas. 
- Do VE sai a aorta, que vai 
levar o sangue oxigenado 
para o corpo inteiro; 
- A nível dos capilares, há a troca gasosa e o sangue 
passa a ser rico em CO2; 
- As veias cavas superior e inferior drenam esse 
sangue para o átrio direito, que manda para o 
ventrículo direito. No VD o sangue é empurrado para 
a artéria pulmonar e é levado para os pulmões, onde 
é oxigenado; 
- O sangue oxigenado volta pelas veias pulmonares 
para o átrio esquerdo, que envia para o VE, e assim 
se repete o ciclo. 
➢ Aumento da área cardíaca: 
- A primeira coisa que se avalia é o índice 
cardiotorácico (ICT). Se mede o coração de uma 
ponta a outra, e também o tórax. No adulto o ideal é 
que o tamanho do coração seja até metade do 
tamanho do tórax (A+B=C/2). 
 
- Se o A+B for maior do que 50% de C há um aumento 
do índice cardiotorácico. Isso ocorre porque todas as 
4 câmeras estão sobrepostas na imagem e, nas 
bordas do coração tem-se o átrio direito e o 
ventrículo esquerdo. O átrio esquerdo e o ventrículo 
direito podem aumentar sem aumentar o índice 
cardiotorácico, mas quando o ICT está aumentado é 
específico de cardiomegalia. 
o Coração direito: 
 
 
50 
 
Introdução à radiologia 
- O átrio direito forma a borda cardíaca direita, então 
se ele aumentar, vai aumentar o índice 
cardiotorácico. 
 
- O ventrículo direito está projetado no meio da 
sombra cardíaca, então se houver um aumento 
dessa câmara, não vai haver aumento do ICT. 
 
- O ventrículo direito origina o tronco da artéria 
pulmonar. 
→Aumento do AD: 
 
- Normalmente, se tem mais coração à esquerda, do 
que a direita da coluna. Quando o AD aumenta, tem 
mais coração à direita do que a esquerda, porque ele 
aumenta para o lado. 
**Não necessariamente uma câmara vai aumentar 
em decorrência da outra, depende da doença de 
base. Na imagem acima, por exemplo, o VE também 
está aumentado. Ex.: doença na válvula tricúspide, 
só aumenta o átrio direito. Ex.: doença na válvula 
tricúspide + doença da válvula mitral, aumenta o AD 
e o AE. 
**O mais comum é ter mais de uma câmara 
aumentada. 
→Aumento do VD: 
 
- O VD fica completamente sobreposto as outras 
câmaras cardíacas na radiografia de frente. Quando 
ele aumenta, o ICT não aumenta, para saber que é 
essa câmara que está crescida, ele aumenta para 
frente e para cima. Ele está em contato com o 
esterno, e à medida que cresce, altera a 
forma/morfologia do coração na incidência de 
frente; 
- O habitual é que a ponta esquerda seja suave indo 
em direção para o diafragma e seio costofrênico. O 
coração vai ficar parecendo uma “bota”, alongado e 
obliquado para o lado. O vértice passa a apontar para 
cima e para lateral. 
*Só ele não aumenta o ICT. 
Insuficiência do coração direito: 
- Quando há uma insuficiência do coração direito as 
duas câmaras direitas dilatam. É possível ver muito 
coração no lado direito da radiografia. 
 
51 
 
Introdução à radiologia 
 
- O coração direito vai 
receber o sangue do 
corpo rico em CO2 e 
enviar para os pulmões 
para ser oxigenado. Se 
esse lado do coraçãoestá 
insuficiente, boa parte do 
sangue fica represado nas 
veias do corpo. 
Clinicamente, o paciente 
fica edemaciado na 
periferia (MMSS e MMII), há uma hepatomegalia (o 
sangue hepático vai drenar todo na veia porta, assim 
o sangue vai ficar represado no fígado). Vai haver 
turgência jugular (drena na veia cava, que drena no 
coração direito). 
o Coração esquerdo: 
 
- O sangue chega pelas veias pulmonares pelo átrio 
esquerdo. A válvula mitral está circulada em 
amarelo. Quando ele aumenta, não há aumento do 
ICT, porque ele não compõe nenhuma borda 
cardíaca. 
 
- O ventrículo esquerdo forma a borda cardíaca 
esquerda, então quando ele aumenta, o ICT também 
aumenta. O que está circulado em amarelo é a 
válvula aórtica. 
 
→Aumento do átrio esquerdo: 
 
 
52 
 
Introdução à radiologia 
 
- Quando o AE ele aumenta para cima, para direita e 
para esquerda. São as 3 direções que ele consegue 
crescer; 
- Um causa comum de crescimento do AE é um 
problema/lesão na válvula mitral. 
 
- Na imagem acima tem-se um AE dilatado. 
 
 
- A imagem acima traz um corte axial/transversal do 
corpo. Pode-se observar o AE, que é a câmara mais 
posterior. Na imagem à esquerda se observa que o 
AE está bem aumentado/dilatado. 
 
- Para reconhecer esse aumento no RX, deve-se 
observar alguns sinais. Um desses sinais é um duplo 
contorno ou uma dupla densidade do lado direito do 
coração quando ele cresce para direita; 
- Quando ele cresce para cima, o sinal a ser 
observado é o aumento do ângulo da traqueia com 
os brônquios principais (>90° do ângulo da carina); 
- Quando ele cresce para esquerda se vê uma dupla 
convexidade acima da borda cardíaca esquerda. 
 
- Como o átrio esquerdo pode aumentar para o lado, 
ele pode aparecer no lado direito da coluna, 
mostrando uma densidade diferente. A densidade 
mais clara e mais externa (limitada pelo vermelho) 
corresponde ao átrio direito. A densidade mais 
branca/opaca corresponde ao átrio esquerdo 
(pontilhado em branco) aumentado. 
 
53 
 
Introdução à radiologia 
- O sublinhado amarelo na imagem mostra o 
aumento do ângulo carinal, que também é um sinal 
do aumento do AE. 
 
- Por fim, outro sinal que também se observa no 
aumento do AE é a dupla convexidade (saliência) 
logo acima da borda cardíaca esquerda. Em cima do 
átrio esquerdo existe uma estrutura chamada 
apêndice atrial esquerdo, que não aparece no RX 
normalmente. Quando o AE aumenta, esse apêndice 
é empurrado lateralmente, passando a ser visível na 
radiografia convencional. 
→Aumento do VE: 
 
- É uma das câmaras que aumenta o ICT porque 
compõe a borda cardíaca esquerda; 
- Quando ele aumenta a borda cardíaca esquerda 
mergulha em direção ao seio costofrênico (<4cm). 
 
- A causa mais comum de aumento no VE é a HAS. 
Insuficiência do coração esquerdo: 
- Quando o coração esquerdo falha, o sangue vai 
ficar represado no pulmão, causando edema 
pulmonar. Caracteristicamente, o paciente dorme 
sentado, porque quando ele deita tem a sensação de 
que está se afogando devido ao edema. 
 
➢ Vasculatura pulmonar: 
 
 
54 
 
Introdução à radiologia 
- A artéria pulmonar direita fica escondida atrás do 
coração, não é possível distinguir o tronco dela em 
um RX de adulto normal. O que se vê após a 
ramificação do tronco, mais lateralmente são os 
ramos da artéria pulmonar, que são os hilos 
pulmonares. 
 
- Existem uma doença chamada hipertensão arterial 
pulmonar. Aumenta de calibre o tronco da artéria 
pulmonar e também seus ramos secundários. Se vê 
os hilos aumentados e congestos (imagem à 
esquerda). 
 
- Hilos extremamente congestos, tanto a direita 
como a esquerda, em um paciente com hipertensão 
arterial pulmonar. 
➢ Vascularização aórtica: 
 
- A aorta sai do VE e vai levar o sangue oxigenado 
para o corpo. A única parte da aorta que aparece no 
RX de adulto convencional é a parte da crossa/cajado 
da aorta, acima da borda cardíaca esquerda. 
 
- Se o paciente for portador de uma dilatação 
anormal na aorta, é possível visualizar na radiografia 
convencional. Na imagem abaixo o paciente era 
portador de um aneurisma na aorta. 
 
 
 
55 
 
Introdução à radiologia 
PRINCÍPIOS DE EXAMES RADIOLÓGICOS 
CONTRASTADOS, MAMOGRAFIA, 
DENSITOMETRIA E MEDICINA NUCLEAR 
Resumo da aula feito por Marta Japiassú – 4MA: 
➢ Exames radiológicos contrastados: 
- Exames contrastados são testes radiológicos que 
utilizam meios de contraste para evidenciar 
determinadas partes anatômicas. Radiografias, 
tomografias e exames de ressonância magnética são 
exemplos de procedimentos radiológicos que podem 
utilizar meios de contraste; 
- Contrastes são substâncias capazes de melhorar a 
definição de imagens obtidas em exames 
radiológicos; 
- O método evoluiu desde 1896, quando Haescheck 
e Lindenthal introduziram uma mistura de bismuto, 
chumbo e bário em uma mão amputada na tentativa 
de visualizar a árvore vascular; 
- Em 1917, Cameron e Osborne observaram que a 
bexiga urinária ficava radiopaca em radiografias de 
pacientes sifilíticos tratados com grandes doses de 
iodetos; 
- Em1923 foi realizada a primeira UIV utilizando-se 
iodeto de sódio; 
- Em 1927, Binz e Rath estavam trabalhando no 
tratamento da sífilis utilizando piridina iodada; 
- Logo após em 1929 foi desenvolvido o Selectan e 
em seguida, o Uroselectan, compostos utilizados por 
cerca de 2 décadas, porém ainda com alta 
toxicidade; 
- Em 1950, Vernon Wallingford introduziu um grupo 
amino acetilado na posição C3 da molécula de 
benzeno obtendo boa radiopacidade com reduzida 
toxicidade; 
- Em 1956, um grupo amino foi acrescentado na 
posição C5, reduzindo em cerca de 50% a toxicidade 
da molécula. Estava criado o Hypaque, sinônimo de 
contraste iodado por mais de 2 décadas; 
- Na referida substancia sobrava um carbono livre, 
sendo acrescentado um composto sódio ou 
meglumina; 
 
- Quando em solução, a molécula dissocia-se em um 
cátion e um ânion; 
- Em 1969, Tørsten Almén nota que a toxicidade dos 
contrastes iodados estava, em grande parte, 
associada a osmolaridade; 
- Foram desenvolvidos, então, meios de contraste 
que não se dissociavam em água substituindo o 
sódio ou meglumina por compostos orgânicos; 
- Todos os meios de contraste são muito hidrofílicos, 
de baixo peso molecular, baixa afinidade de ligação 
com proteínas e sem ação farmacológica 
significativa. 
o Principais exames com contrastes iodados: 
- Sistema urinário; 
- Sistema genital (M e F). 
Urografia excretora/intravenosa: 
 
- O iodo é injetado em uma veia periférica; 
- Esse iodo circula pela corrente sanguínea e vai ser 
filtrado pelos rins e excretado na urina; 
- À medida que ele é filtrado e excretado, através do 
sistema urinário, é possível visualizar o sistema 
urinário no Raio-X, o que não seria possível se fosse 
no convencional; 
- Essas estruturas não são visualizadas no raio-x 
convencional pelo fato de que suas densidades são 
semelhantes com os tecidos que estão em volta; 
Cálices 
Ureteres 
Bexiga 
 
56 
 
Introdução à radiologia 
- As chapas são batidas ao longo do tempo, esse 
exame demora em média 30 minutos. 
**Uma desvantagem é que não é possível visualizar 
as estruturas que estão ao redor do sistema urinário, 
pois o Raio-x possui uma baixa resolução das vísceras 
abdominais, como por exemplo, o fígado, o 
pâncreas, a adrenal. 
 
Uterocistografia: 
 
- Esse exame tem como objetivo estudar a uretra e a 
bexiga, vai ajudar na pesquisa de alterações baixas; 
- O iodo vai ser injetado pelo meato uretral do 
paciente; 
- Opacificando a uretra; 
- Para opacificar a bexiga é inserido mais iodo, até 
que ela esteja cheia. 
**Na bexiga existe um mecanismo anti-refluxo, nos 
óstios dos

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