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1 
 
Introdução à radiologia 
Sumário 
INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA .......................................... 2 
➢ Princípios do Raio X: ............................................ 3 
➢ Princípios da tomografia computadorizada: ........ 4 
➢ Princípios da proteção radiológica: ..................... 5 
SEMIOLOGIA DA RADIOGRAFIA DO TÓRAX ..................... 7 
➢ Densidade radiológica: ........................................ 8 
➢ Solicitação do exame radiológico: ..................... 11 
➢ Roteiro – avaliação de parâmetros técnicos: ..... 11 
➢ Roteiro – avaliação do tórax: ............................. 15 
PRINCÍPIOS DA ULTRASSONOGRAFIA ............................ 17 
PRINCÍPIOS DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA .................. 20 
PADRÃO ALVEOLAR E INTERSTICIAL – RADIOGRAFIA DO 
TÓRAX ........................................................................... 22 
➢ Padrão alveolar: ................................................. 23 
➢ Padrão intersticial: ............................................. 27 
ANATOMIA SECCIONAL DO TÓRAX - TC E RM ............... 28 
➢ Janela de mediastino: ........................................ 28 
➢ Janela pulmonar: ............................................... 34 
➢ Janela óssea: ...................................................... 35 
ANATOMIA SECCIONAL NA TOMOGRAFIA DE CRÂNIO.. 35 
o Sistema ventricular: ....................................... 37 
o Cisternas da base: .......................................... 38 
o Lobos do parênquima encefálico: .................. 40 
o Seios da face: ................................................. 46 
RADIOGRAFIA SIMPLES DO TÓRAX EM CARDIOLOGIA .. 47 
➢ Aumento da área cardíaca: ................................ 49 
➢ Vasculatura pulmonar: ...................................... 53 
➢ Vascularização aórtica: ...................................... 54 
PRINCÍPIOS DE EXAMES RADIOLÓGICOS 
CONTRASTADOS, MAMOGRAFIA, DENSITOMETRIA E 
MEDICINA NUCLEAR ...................................................... 55 
➢ Exames radiológicos contrastados: .................... 55 
➢ Mamografia: ...................................................... 58 
➢ Densitometria: ................................................... 62 
➢ Medicina nuclear: .............................................. 63 
ANATOMIA SECCIONAL DO ABDOME – RX, TC E RM ..... 65 
➢ Radiografia abdominal:...................................... 65 
➢ Tomografia abdominal: ..................................... 69 
➢ Ressonância magnética abdominal: .................. 73 
ATELECTASIA PULMONAR ............................................. 76 
➢ Tipos de atelectasia: ......................................... 77 
DERRAME PLEURAL ...................................................... 81 
➢ Aspecto radiológico: ......................................... 82 
HEMITÓRAX OPACO ..................................................... 86 
PNEUMOTÓRAX ............................................................ 88 
PNEUMOMEDIASTINO .................................................. 90 
PENUMOPERICÁRDIO ................................................... 91 
ENFISEMA SUBCUTÂNEO .............................................. 91 
RX SIMPLES DO TÓRAX: MEDIASTINO .......................... 91 
➢ Arcos mediastinais: ........................................... 94 
➢ Divisão do mediastino:...................................... 95 
➢ Mediastino anterior: ......................................... 97 
➢ Mediastino médio: .......................................... 102 
➢ Mediastino posterior: ..................................... 110 
NÓDULOS E MASSAS .................................................. 117 
➢ Nódulo pulmonar solitário: ............................. 117 
➢ Nódulos pulmonares múltiplos: ...................... 121 
AUMENTO DA TRANSPARÊNCIA PULMONAR NO RX DE 
TÓRAX ......................................................................... 123 
➢ Aumento unilateral da transparência pulmonar:
 123 
➢ Aumento bilateral da transparência pulmonar:
 124 
➢ Aumento focal da transparência pulmonar: ... 126 
RADIOGRAFIA DO TÓRAX EM NEONATOLOGIA .......... 129 
➢ Parâmetros técnicos: ...................................... 129 
➢ Semiologia radiológica: ................................... 131 
➢ Tubos e cateteres: .......................................... 133 
 
 
 
 
2 
 
Introdução à radiologia 
• Jandilene Freitas 
• Ana Rita Carvalho 
• Luiz Otávio 
• Jannaina Coelho 
- Avaliações: AV1 +/- metade do conteúdo e AV2 +/- 
metade do conteúdo, não cumulativas. 2ª chamada 
e final todo o assunto; 
- Tem aula na semana de provas; 
- Duas aulas de monitoria cada semana. 
 
- Bibliografia: Introdução à Radiologia – Edson 
Marchiori; Radiologia Básica – Carlos Fernando; 
Learnying Radiology – William Herring. 
- Sites recomendados: Radiology assistant; 
Radiopedia.org; LearningRadiology.com. 
 
INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA 
- Radiologia é o ramo ou especialidade da medicina 
que utiliza as radiações para a realização de 
diagnósticos, controle e tratamento de doenças; 
- Ela permite a visualização de ossos, órgãos ou 
estruturas através do uso de radiações (sonoras, 
eletromagnéticas ou corpusculares), gerando desta 
maneira uma imagem; 
- Nas últimas décadas foram acrescentados novos 
métodos de imagem como a tomografia 
computadorizada, a mamografia, ultrassonografia e 
a ressonância magnética nuclear; 
- Esses novos equipamentos e muitos outros avanços 
vieram a contribuir para tornar essa área ainda mais 
interessante; 
- A radiologia surgiu em 1825 com a descoberta 
experimental dos raios X pelo físico alemão Wilhelm 
Conrad Roentgen; 
- A primeira radiografia foi realizada em 22 de 
dezembro de 1895 – Roentgen pôs a mão esquerda 
de sua esposa no chassi, com filme fotográfico, 
fazendo incidir a radiação oriunda do tubo por cerca 
de 15 minutos. Revelando o filme lá estavam as 
imagens, para confirmação de suas observações; 
- No Brasil a primeira radiografia foi realizada em 
1896, mas não se sabe ao certo que foi o primeiro: 
Silvia Ramos (em São Paulo), Francisco Pereira Neves 
(no Rio de Janeiro), Alfredo Brito (na Bahia) e físicos 
do Pará. 
O que é radiação? 
- É a forma de propagação da energia pelo espaço: 
-- Radiação corpuscular: acompanhada de matéria; 
-- Radiação eletromagnéticas: apenas energia. 
Ex.: luz, micro-ondas, raios UV, raios X e raios gama. 
Radiação ionizante: 
- Sempre que a radiação tem a capacidade de 
arrancar elétrons de um átomo, ela pode ser 
chamada de radiação ionizante; 
 
3 
 
Introdução à radiologia 
- Os raios X, gama e as partículas alfa e beta são 
radiações ionizantes; 
- A luz e os raios infravermelho e ultravioleta são 
radiações não ionizantes. 
➢ Princípios do Raio X: 
- São uma radiação eletromagnética indiretamente 
ionizante que pode ser originada naturalmente 
quando um elétron se movimenta de uma camada 
mais externa para uma mais interna do átomo; 
- Embora não haja uma limitação precisa, em geral, 
os fótons com energia maior que 10 keV são 
chamados de fótons de raios X; 
- Unidade de energia de um fóton: elétron-Volt (eV); 
- Seus múltiplos são o keV (1.000 eV) e o MeV 
(1.000.000 eV). 
- Efeito fotoelétrico ou 
absorção: ocorre quando 
um fóton incide em um 
átomo e ejeta um elétron 
fortemente ligado ao 
núcleo atômico. A energia será totalmente absorvida 
pelo elétron e o fóton deixará de existir. O elétron é 
ejetado do átomo, provocando ionização. 
- Espalhamento Compton: ocorre quando um fóton 
interage com um elétron fracamente ligado ao 
núcleo do átomo. 
Nesse caso, o fóton 
perde uma fração da 
sua energia e muda 
sua trajetória original. 
O elétron é ejetado do 
átomo ao adquirir energia. 
ALVO DE UM TUBO DE RAIOS X 
- Em geral, a região do alvo dos equipamentos é feita 
de tungstênio (metal com alto ponto de fusão); 
- Quando os elétrons se chocam com o alvo, ocorre 
a produçãode uma grande quantidade de calor que 
poderia derreter metais com ponto de fusão mais 
baixo; 
- Mesmo assim, se o calor for excessivo, o alvo de 
tungstênio poderá sofrer alguns danos. Por isso os 
equipamentos de radiologia temm sistemas de 
refrigeração e limitações de uso, diminuindo esses 
danos. 
o Imagens com Raio X: 
- A imagem por raio X é formada pela atenuação do 
raio através dos tecidos; 
- O coeficiente de atenuação (ou de absorção) é 
definido pela mudança proporcional na intensidade 
da radiação; 
- Diferentes tipos de tecido têm diferentes valores 
de atenuação; 
- Essa diferença é o que permite o uso do raio X para 
a geração de imagens de sistemas biológicos. 
- Radiolúcido: meio transparente ao raio X. alta 
exposição do receptor; 
- Radiopaco: meio impenetrável ao raio X. baixa 
exposição do receptor. 
 
- Um método bastante primitivo é o uso de um filme 
fotográfico. O raio X é usado para oxidar o brometo 
de prata contido no filme; 
- A quantidade de 
exposição 
determina o nível 
de oxidação; 
- Usado para 
distinguir entre 
pulmão, ossos e 
tecidos moles; 
- Raios X são 
eficientes para 
detecção de: fraturas ósseas, infecções 
pulmonares, obstruções intestinais. 
 
4 
 
Introdução à radiologia 
 - Outro método é a fluorescência induzida pelo raio 
X. a luz emitida pelo material fluorescente ao ser 
atingido pelo raio X é capturada por uma câmera; 
- Pode ser vista como uma imagem estática ou 
contínua, em tempo real; 
- A fluoroscopia é usada em procedimentos 
invasivos, como a inserção de uma agulha ou cateter; 
- Outros usos incluem angioplastia e alguns tipos de 
biopsia, como do pulmão, seios, rins, fígado e ossos. 
CONTRASTES 
- Contrastes podem ser usados para melhorar a 
qualidade da imagem; 
- Estes agentes podem ser radiolúcidos ou 
radiopacos; 
- Sulfato de bário, por exemplo, é usado para 
imagens gastrointestinais; 
- Alguns tipos de contraste podem ser nocivos. 
 
- A qualidade da imagem pode ser melhorada através 
de um pós-processamento, mas o desejável é obter 
a melhor qualidade durante a aquisição; 
- Problemas: tamanho do feixe de raio X, a fonte, 
artefatos advindos de movimento; 
- As principais fontes de artefatos de movimento são 
o batimento cardíaco e a respiração; 
- Uma forma de minimizar e reduzir o tempo de 
exposição, o que implica na necessidade de uma 
dosagem maior de radiação. 
➢ Princípios da tomografia computadorizada: 
- Qualquer Exame radiológico que permita visualizar 
as estruturas anatômicas na forma de cortes; 
- Funciona com o mesmo princípio do raio X; 
- Uma ampola (para geração dos raios) e um 
conjunto de sensores (para recepção) são 
rotacionados ao redor do meio biológico; 
- As capturas em 
diversos ângulos 
formam uma 
imagem; 
- A tomografia 
permite reproduzir 
os objetos em três 
dimensões; 
- A captura é feita através de uma série de pequenas 
rotações. As informações de atenuação são gravadas 
para um plano de interesse; 
- Um algoritmo processa os dados para formar uma 
imagem 2D. A combinação dessas imagens pode 
gerar a visualização em 3D. 
 
- A exposição do paciente é relativamente alta. Esse 
tempo de exposição é alto em função do processo da 
aquisição de dados em várias direções; 
- A tomografia computadorizada é melhor que o 
raio X para identificação de tecidos moles. 
 
- A combinação de camadas e pontos adjacentes 
permite realizar uma interpolação e aumentar a 
precisão através do reconhecimento de padrões; 
 
5 
 
Introdução à radiologia 
- A combinação das camadas em 2D permite a 
visualização volumétrica da estrutura interna dos 
tecidos; 
- É boa para visualização de tumores, obstruções 
coronárias e ossos quebrados. 
 
- A tomografia computadorizada é melhor do que o 
raio X convencional para a detecção de tumores, 
oferecendo maior resolução e informações 
volumétricas; 
- No entanto, o procedimento tem sido substituído 
pela ressonância magnética, devido à maior 
resolução deste método e por ele não causar danos 
aos tecidos; 
- A tomografia pode ser usada para visualização 
completa, em três dimensões, do corpo humano. 
Essa imagem pode ser usada para investigar 
problemas em todo o corpo, sendo um grande 
candidato para um check-up completo; 
- O revés é a alta dosagem de radiação e o tempo de 
exposição, que pode ser maléfico aos tecidos. 
RISCOS DOS RAIOS X: 
- A interação entre os raios X com moléculas átomos 
do corpo biológico pode causar a ejeção de elétrons 
pelo fóton, criando um par de íons; 
- Os íons são instáveis e podem resultar no 
surgimento de radicais livres. Esses radicais podem 
danificar a estrutura do DNA, o que pode reduzir o 
tempo de vida das células e causar mutações; 
- A maior parte das complicações advindas dos raios 
X são cancerígenas. 
➢ Princípios da proteção radiológica: 
- Justificação: o uso de radiação deve ser justificado, 
isto é, a prática deve trazer benefício suficiente para 
compensar o detrimento correspondente. 
- Limitação de dose: o suo normal da radiação deve 
ser tal que as pessoas envolvidas não recebam mais 
que limites estabelecidos na legislação. Para a dose 
em todo o corpo, existem os limites anuais de 20mSv 
quando se trata de indivíduos ocupacionalmente 
expostos de 1mSv para as pessoas do público em 
geral. 
- Otimização: o uso da radiação deve ser otimizado, 
mantendo as doses nos indivíduos tão baixas quanto 
razoavelmente exequível, levando-se em 
consideração fatores sociais e econômico. 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE TRABALHO: 
- Áreas livres: aquelas que não necessitam de 
nenhum tipo de regra de utilização, nem de regras 
especiais de proteção e segurança. 
- Áreas supervisionadas: são aquelas que, embora 
não necessitem de medidas especiais de proteção e 
segurança, são mantidas sob supervisão. 
- Áreas controladas: são áreas sujeitas a condições 
especiais de proteção e segurança. Essas áreas 
devem ser sinalizadas com o símbolo internacional 
de radiação ionizante. 
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA: 
- Tem como objetivo 
garantir o uso das 
radiações ionizantes 
com o menor dano ao 
ser humano; 
- As recomendações 
são baseadas no 
conhecimento dos 
efeitos biológicos. 
 
 
6 
 
Introdução à radiologia 
 
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO EFEITOS BIOLÓGICOS: 
1. Dose absorvida: 
- Estocásticos; 
- Determinísticos. 
2. Tempo de manifestação: 
- Imediatos – Síndrome da irradiação (vômitos, 
náusea, diarreia); 
- Tardios ou retardados (câncer). 
3. Nível de danos: 
- Somáticos (no indivíduo irradiado); 
- Genéticos (hereditários – no descendente – 
ocorrem nas células germinativas). 
“São mais radiossensíveis as células que exibem 
maior grau de atividade mitótica e (ou) menor 
grau de diferenciação.” 
→Efeitos estocásticos: 
- Não tem limiar de dose para ocorrerem; 
- A probabilidade de aparecer o efeito é proporcional 
a dose, mas a severidade é constante e 
independente da dose; 
- São difíceis de serem medidos experimentalmente, 
devido ao longo período de latência. 
Ex.: câncer, efeitos genéticos. 
→Efeitos determinísticos: 
- Geralmente aparecem num curto intervalo de 
tempo e a severidade é proporcional a dose; 
- Abaixo do limiar de dose não se detecta efeito. 
Ex.: catarata, leucopenia, etc. 
 
→Efeitos genéticos: 
- Os danos provocados nas células que participam do 
processo reprodutivo de indivíduos que foram 
expostos a radiação, podem resultar em defeitos, 
mal formações em indivíduos de sua descendência. 
SISTEMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA: 
JUSTIFICAÇÃO; 
LIMITAÇÃO DE DOSE INDIVIDUAL DE RISCO; 
OTIMIZAÇÃO: 
- No radiodiagnóstico a 
otimização tem por 
objetivo a produção de 
uma imagem que 
apresente nitidez de 
detalhes e visibilidade 
das estruturas anatômicas de interesse. 
 
 
 
7 
 
Introdução à radiologia 
 
COMO MINIMIZAR AS DOSES RECEBIDAS DURANTE 
OS PROCEDIMENTOS DE TRABALHO: 
-Mantendo-se afastado das fontes de radiação. A 
quantidade de radiação diminui quadraticamente 
com o aumento da distância; 
- O tempo de permanência perto de uma fonte de 
radiação também influencia na dose total absorvida 
pelo trabalhador. Portanto, diminuindo esse tempo, 
a dose absorvida será menor; 
- Usar proteções individuais ou coletivas para 
atenuar o feixe de radiação. Os protetores mais 
comuns são os biombos, os aventais plumbíferos e 
os protetores de tireoide. 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA DA RADIOGRAFIA DO 
TÓRAX 
- Raios X atravessam o corpo, atingem e sensibilizam 
o filme/detector e as áreas correspondentes ficam 
pretas (radiação passa direto) ou radiotransparentes 
(áreas que sofreram atenuação pelo objeto que está 
sendo radiografado); 
- Quando o raio X atravessa o corpo, parte da 
radiação vai ser absorvida. Isso gera diferentes 
densidades; 
- Os objetos que possuem a mesma espessura, mas 
diferentes densidades, o que for menos denso vai 
absorver mais radiação; 
- Se objetos de mesma densidade, mas diferentes 
espessuras, o mais espesso vai absorver mais 
radiação. 
 
8 
 
Introdução à radiologia 
 
- Sendo assim, quanto maior a espessura maior será 
a absorção da radiação. 
 
- Para pacientes com biotipos diferentes deve-se 
utilizar técnicas radiológicas diferentes para que a 
imagem não saia prejudicada e influencie no 
diagnóstico. 
➢ Densidade radiológica: 
 
- Com relação a densidade, elementos mais densos 
absorvem mais radiação. No pulmão, por exemplo, 
que só tem ar, a imagem quase não absorve 
radiação, fica preto. Do lado do coração se vê uma 
mancha branca, uma pneumonia (inflamação, 
células de defesa, edema), absorve mais radiação; 
- No corpo humano existem 4 tipos de densidades. A 
menos densa (preta) que é o ar, a mais densa 
(branca), que é o osso e o que fica entre eles (tons de 
cinza) que são as partes moles e densidade de 
gordura. 
*Branco puríssimo é o que se manifesta no metal, é 
o mais denso de todos. 
 
- Brancas: opacidade ou imagem radiopaca (pouco 
penetráveis à radiação); 
- Pretas: imagem radiotransparente ou radiolucente 
(mais penetráveis a radiação - cinza); 
- As patologias alteram a constituição e a densidade 
dos tecidos. 
- Nos ossos se tem densidades diferentes devido à 
maior ou menor concentração de cálcio em 
diferentes partes. Osso compacto tem mais 
concentração e, osso esponjoso (medula óssea + 
gordura) tem menos cálcio. 
 
- Na imagem cima pode-se observar um tumor no 
dedo indicador com uma densidade diferente. 
 
9 
 
Introdução à radiologia 
 
- No Raio X não se consegue visualizar os ventrículos, 
a aorta, a artéria pulmonar e nem o septo 
interventricular. Já na tomografia isso é possível. 
Para uma estrutura ser visualizada na radiografia 
seus bordos precisam estar encostados em uma 
estrutura que tenha densidade diferente da sua. Na 
radiografia, vemos a borda cardíaca direita porque o 
átrio direito tem densidade de partes moles e quem 
está junto dele é o pulmão, que tem densidade de ar. 
Na tomografia é possível observar as estruturas com 
precisão enquanto que na radiografia só se vê a 
silhueta, o contorno das estruturas. 
 
- Na tomografia é possível ver a pelve renal, ver que 
há gordura no seio renal, etc. Na radiografia, com 
muita boa vontade, você verá a sombra de um rim 
de um lado e o contorno do outro no outro lado (se 
vê porque o rim, que tem densidade de partes moles, 
está em contato com a gordura retroperitoneal, que 
tem densidade de gordura); 
 
- Na tomografia seria possível identificar um tumor 
renal, por exemplo, o que não seria possível na 
radiografia. No Raio X também vemos o contorno do 
músculo íleo psoas, que tem densidade de partes 
moles porque ele está em contato com a gordura; 
 
- Raios X atravessam um objeto e produzem uma 
composição (um em cima do outro) as camadas; 
- A sobreposição dos tecidos/órgãos/estruturas é a 
grande desvantagem da radiografia convencional. 
PARA UMA ESTRUTURA SER VISUALIZADA NA 
RADIOGRAFIA SEUS BORDOS PRECISAM ESTAR EM 
CONTATO COM UM TECIDO QUE APRESENTE 
DENSIDADE DIFERENTE. 
 
- Na imagem da direita observa-se uma pneumonia 
que cobre o contorno do coração. Não se sabe onde 
um se inicia e o outro começa. Com essa informação, 
é possível inferir que a pneumonia está localizada no 
lobo médio, porque é o que está em contato direto 
com o coração; 
- Como a pneumonia tem densidade de partes moles 
e o coração também, a sombra de ambos se mistura 
- O pulmão direito tem 3 lobos: superior, médio e 
inferior. O pulmão esquerdo tem 2 lobos: superior e 
inferior. 
- Já nessa imagem ao 
lado, a pneumonia está 
no lobo inferior, porque 
é possível visualizar e 
distinguir a margem 
cardíaca, então sabe-se 
que a pneumonia não 
está em contato direto 
com o coração. 
- A radiação que ultrapassa o corpo determinará 
diferentes tons de cinza na radiografia, de acordo 
com as características dos tecidos e parâmetros 
técnicos. 
 
 
 
10 
 
Introdução à radiologia 
 
o Tipos de densidade: 
 
Densidade metal: 
 
Densidade cálcica: 
 
Densidade de partes moles: 
 
Densidade de gordura: 
 
Densidade do ar: 
 
- Ar dentro da cavidade peritoneal na 2ª imagem. 
Nível ar/líquido e gordura/líquido: 
 
- Nível: interface entre duas substâncias de 
diferentes densidades; 
- Menos denso em cima e mais denso em baixo; 
- Serão vistos como raios horizontais, 
independentemente da posição do paciente. 
 
 
11 
 
Introdução à radiologia 
**Para visualizar um nível hidroaéreo o paciente 
deve fazer o exame de pé. 
➢ Solicitação do exame radiológico: 
- É um documento; 
- É necessária a solicitação para o pagamento do 
exame, no sistema privado ou público; 
- Atentar para o nome correto do exame; 
- Deve constar a indicação do exame, motivo pelo 
qual está sendo solicitado; 
- Evitar CID/indicação padrão; 
- Exame direcionado e protocolo otimizado para a 
patologia em questão (se aplica a tomografia e a 
ressonância); 
- Referir exames anteriores; 
- O médico assistente do paciente deve compartilhar 
com o radiologista sua hipótese diagnóstica; 
- Correlação com dados clínicos e laboratoriais; 
- Uma mesma imagem pode representar várias 
patologias diferentes; 
Evitar: 
- RM de encéfalo com especial atenção aos nervos 
ópticos. São todas coisas diferentes. Sela, órbitas, 
ouvidos, face, base de crânio; 
- RM do MID. Tem várias partes (quadril, coxa, 
joelho, perna, tornozelo ou pé); 
- RM da bacia (bacia inteira, sacroilíacas, quadril, uni 
ou bilateral); 
- RM abdome (superior, inferior, total); 
- RM cervical (pescoço ou coluna cervical); 
- RM da região torácica (tórax ou coluna torácica). 
 
➢ Roteiro – avaliação de parâmetros técnicos: 
 
Parâmetros técnicos: 
 
- O kV aumenta a capacidade de penetração dos 
raios, mesmo utilizando a mesma quantidade de 
radiação (mAs); 
- Quando avaliar um exame de imagem você e o 
paciente estão olhando um para o outro, 
independentemente da posição que o exame foi 
realizado. 
o Identificação: 
 
- É sempre importante identificar os lado (direito e 
esquerdo); 
 
12 
 
Introdução à radiologia 
- Ter certeza que o exame que está sendo visto é o 
do paciente. O padrão é a identificação seja no canto 
superior. 
 
R: direita; L: esquerda. 
- É necessário também conferir a data na qual o 
exame foi realizado. 
o Incidência: 
- Posição do paciente em relação ao tubo de raio X; 
- Existem dois tipos de incidência mais comuns: 
-- AP: anteroposterior. A direção do raio entra na 
parte anterior e sai pela posterior para atingir o 
filme; 
-- PA: póstero-anterior. A direção do raio entra na 
parte posterior e sai pela anterior para atingir o 
filme. 
 
**A radiografia padrão de tórax é em PA, perfil ESQ, 
posição ortostática e em apneia (prende a 
respiração). 
- A denominação “perfil” em uma radiografiaé pelo 
lado do corpo que está perto do filme (lado contrário 
ao que está perto da ampola dos raios); 
- É muito importante saber qual o perfil de uma 
radiografia, pois ele vai permitir avalliar as regiões 
que não são visualizadas no PA; 
- O perfil consegue captar estruturas/áreas 
“escondidas” na PA: retroesternal, retrocardíaca e 
seios costofrênicos posteirores. São as imagens que 
se vê abaixo, respectivamente: 
 
- No perfil também é possível fazer uma 
reconstrução tridimensional de uma vista em duas 
dimensões. 
 
- É importante que se faça o perfil porque algumas 
formas se alteram em PA. Por exemplo: lesões 
esféricas vão aparecer redondas no PA/AP e no perfil 
e outras formas/objetos vão aparecer com 
diferentes formas no PA/AP e no perfil. 
 
- O raio X de tórax deve 
ser feito em PA 
porque, dessa forma, 
se aproxima o coração 
do filme. Quanto mais 
próximo do filme a 
estrutura estiver, mais 
nítida será a imagem. 
 
 
13 
 
Introdução à radiologia 
Vantagens da radiografia de perfil: 
- Auxiliar na localização das lesões; 
- Avaliar regiões que não são visualizadas no PA; 
- Confirmar lesões vistas no PA; 
- Avaliar desvios de fraturas; 
- Reconstrução tridimensional de uma imagem 2D. 
**É importante saber se o exame foi feito em AP ou 
PA para não seja feito um diagnóstico errado. Por 
exemplo, o tamanho do coração deve representar 
50% do tamanho do hemitórax se o exame for feito 
em PA. Já se for em AP esse percentual precisa ser 
maior (porque a própria forma de realizar o exame 
vai fazer com que a imagem produzida seja maior do 
que a real). 
Raio X em AP: 
- Crianças, pacientes debilitados ou no leito; 
- Aparelho portátil; 
- Pequena distância entre o tubo e o filme; 
- Magnificação do coração e mediastino (15-20%); 
- Acentuação da trama intersticial; 
- Elevação diafragmática. 
 
Incidência ápico-lordótica: 
- AP com o paciente inclinado para trás (angulação 
em torno de 15/20°, seja o paciente inclinado ou o 
tubo de raios inclinado cefalicamente); 
- Essa incidência serve para retirar as clavículas dos 
campos pulmonares na imagem. É importante para 
avaliar lobo superior e também lobo médio e língula. 
**Se há dúvidas diante de uma radiografia com 
opacidade em lobo superior, se solicita refazer o 
exame nessa incidência. 
 
Incidência de Laurel: 
- Paciente fica em decúbito lateral e os raios incidem 
horizontalmente (feixe paralelo a mesa e o filme 
perpendicular a ela): 
- Serve para detectar pequenos derrames, 
pneumotórax, espessamento pleural; 
- Avaliar mobilidade do conteúdo de uma cavidade; 
- Derrame: lado suspeito em contato com a mesa (o 
líquidos desce); 
- Pneumotórax: lado suspeito para cima (o ar sobe). 
 
 
Incidências oblíquas: 
- Dissociar imagens de planos vizinhos; 
- Estudo dos arcos costais. 
- Não é mais muito utilizada, a tomografia substituiu. 
 
 
14 
 
Introdução à radiologia 
o Posição: 
- Ortostase (em pé); 
- Decúbito ou supino; 
- Decúbito lateral. 
 
 
- Na imagem da direita é possível perceber níveis 
hidroaéreos, indicando a ortostase do paciente. Na 
posição supino não. Ambas foram feitas com a 
mesma incidência AP. 
o Rotação: 
- Para avaliar a rotação se procura as clavículas e 
traça uma linha no bordo medial de ambas. 
 
- Se observa a distância 
entre esses bordos para 
os processos espinhosos. 
Essa distância precisa ser 
igual, se estiver diferente 
a imagem está rodada; 
- Uma radiografia rodada 
vai causar um desvio do 
mediastino (deixando o mediastino rodado), o 
aumento do hilo (deixando a imagem distorcida) e 
uma alteração de transparência pulmonar (deixando 
um pulmão mais branco que o outro). 
o Exposição: 
- Erros técnicos podem induzir erros diagnósticos; 
- É preciso avaliar a exposição/penetração para 
evitar que erros técnicos provoquem erros de 
diagnóstico. É o exemplo do kV; 
- O ideal ao analisar uma radiografia de tórax é que 
seja possível a visualização dos vasos e corpos 
vertebrais atrás do coração; 
- Muito penetrado: imagem preta, difícil de visualizar 
detalhes; 
- Pouco penetrado: imagem muito branca, pode 
induzir observação de falsas opacidades; 
- Após avaliar o PA, avalia-se o 
perfil. No perfil você deve 
visualizar os 2/3 inferiores da 
coluna. O terço superior da 
coluna fica hipotransparente 
em razão da somação de 
imagens. 
o Inspiração: 
- A radiografia de Tórax é feita em apneia inspiratória 
máxima. Isso significa que o diafragma deve estar 
entre o 10º e 11º arcos costais posteriores e entre o 
6º e o 7º arcos costais anteriores; 
- Inspiração inadequada: 
perda de volume 
pulmonar, aumento da 
trama intersticial, 
cardiomegalia. 
 
15 
 
Introdução à radiologia 
 
- Para contar os arcos costais o ideal é que se inicie 
pelo primeiro posterior. 
IMAGEM BOA PARA PRATICAR: 
 
- A radiografia também pode ser feita em inspiração 
e expiração. Isso vai ser usado em casos suspeitos de: 
aprisionamento aéreo (corpo estranho na criança) e 
pequeno pneumotórax (verifica mobilidade 
diafragmática e expansibilidade pulmonar). 
- Na radiografia em expiração, como o ar sai, o 
pulmão fica menor e mais branco. 
 
o Centralização: 
- Ver se o Raio X está centrado no filme. O ideal em 
uma radiografia de Tórax é que se permita visualizar 
bem o pescoço e os úmeros. Não pode cortar 
abdómen. Radiografia de Tórax não pode cortar o 
abdómen. 
➢ Roteiro – avaliação do tórax: 
1. Partes moles: 
 
- Mamas, axilas, fossas supra claviculares, mamilos 
2. Estruturas ósseas: 
- Clavícula, escápulas, vértebras, costelas, esterno. 
 
 
3. Diafragma: 
- O direito é mais alto, no máximo 1,5cm ou um 
espaço intercostal; 
 
16 
 
Introdução à radiologia 
- Distância da bolha gástrica para o diafragma: 1-
2cm. 
 
 
4. Abdome; 
5. Pleura e fissuras: 
- Parietal: reveste o 
diafragma, a 
superfície externa do 
mediastino e a 
superfície interna da 
parede torácica. 
- Visceral: reveste os 
pulmões. 
- Fissuras pleurais: Direita (oblíqua e horizontal) e 
esquerda (oblíqua). 
 
- Seios costofrênicos. 
 
 
6. Mediastino: 
 
 
- Índice cardiotorácico: 
-- estimativa 
confiável do tamanho 
do coração; 
-- só pode ser 
calculado se não 
houver assimetria na 
caixa torácica; 
-- PA em inspiração: A+B < ou igual a C 
7. Hilos pulmonares: 
8. Pulmões: 
- Fluxo e calibre dos vasos nas bases são maiores 
devido à gravidade; 
- Os vasos diminuem gradualmente do centro (hilos) 
para periferia. 
 
17 
 
Introdução à radiologia 
 
 
PULMÃO ESQUERDO: 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA ULTRASSONOGRAFIA 
- Na Ultrassom são utilizadas ondas sonoras que são 
inaudíveis para seres humanos. 
 
 
- A alma do aparelho de ultrassom é o transdutor. Na 
ponta dele se tem um cristal, que possui uma 
característica piezoelétrica (tungstênio) tem a 
capacidade de transformar energia mecânica em 
energia elétrica e vice versa; 
- Quando o aparelho é ligado, o cristal vibra criando 
ondas sonoras (mecânicas) e essas se chocam com as 
partes do corpo e voltam (eco), ao chegar no 
aparelho ele transforma essas ondas em energia 
elétrica. O computador detecta a quantidade de 
energia e transforma em imagens numa escala de 
cinza, preto e branco. 
 
- Existem diversos tipos de transdutor, para se 
adaptar a determinadas áreas do corpo e porque 
tem diversas frequências (cada um é escolhido 
dependendo de onde será realizado o exame); 
 
18 
 
Introdução à radiologia 
1: Endocavitário (5-9 MHz): 
pode ser utilizado para 
estudo endorretal ou 
endovaginal, por isso tem 
uma ponta em formato 
verticalizado 
2: Linear (7-18 MHz): como 
tem uma frequência 
extremamente elevada é 
mais indicado para 
visualização de estruturas 
superficiais, como a tireoide, músculos; 
3: Convexo (3-6 MHz): é muito utilizado no abdome, 
tanto pelo formato quanto pela frequência,que por 
ser menor penetra mais nos tecidos; 
4: Setorial (2-5 MHz). 
- É importante que entre o transdutor e a pele não 
exista nada (inclusive o ar, porque ele reflete muito 
as ondas sonoras emitidas pelo aparelho), por isso é 
colocado um gel a base de água para que o 
transdutor deslize mais facilmente sem a 
interferência do ar; 
o Utilização: 
- É bom para visualização de estruturas sólidas e 
líquidas, principalmente dos órgãos da cavidade 
abdominal, mas não é bom para estruturas com ar 
(ex.: pulmões) e estruturas ósseas; 
- A avaliação do tórax é limitada devido aos pulmões; 
- O líquido é interpretado 
como negro, porque o 
som vai ultrapassam 
completamente. Já 
estruturas sólidas, como 
pedras na vesícula, vão 
ser mostradas como brancas, porque o som vai 
voltar; 
- Não é bom para observar o intestino, porque tem 
muito gás, o que não vai permitir a formação de uma 
imagem adequada. 
 
- Na imagem acima é possível visualizar o rim 
transversalmente. A parte externa mais escura é o 
córtex, mais internamente e central, a parte 
branquinha (rica em gordura), é a medula. 
 
- Primariamente, o Raio X é o exame mais utilizado 
para avaliar o tórax, por ser uma região que contém 
muito ar; 
- No Raio X acima foi verificado um derrame pleural. 
Na USG é possível ver melhor a localização de onde 
se encontra, já que é líquido; 
- Para quantificar o derrame pleural na 
ultrassonografia existe se mede a distância de onde 
termina o líquido até a parede torácica em 
centímetros. Há uma tabela em que se correlaciona 
essa distância em cm com a quantidade de líquido; 
- Sempre que houver uma estrutura com líquido, ela 
é facilmente discernida entre outras estruturas na 
USG. 
1 2 3 4 
 
19 
 
Introdução à radiologia 
 
- Na imagem acima tem-se uma USG da mama. É 
muito bom de identificar cistos na USG, porque eles 
são preenchidos de líquido, ficando completamente 
pretos na imagem; 
- Na imagem ao lado é 
possível ver vasos 
sanguíneos superficiais na 
região do pescoço. Vasos 
da perna e do braço 
também são de fácil 
visualização na ultrassonografia. É possível ver a 
carótida e a jugular na imagem; 
- Na imagem ao lado é 
utilizado também o 
doppler. Com ele, 
estruturas em que há 
movimentação (como nos 
vasos sanguíneos) ele 
coloca cor. É possível 
mensurar a velocidade do fluxo sanguíneo também 
com esse aparelho; 
- A ultrassonografia 
também é muito utilizada 
na gravidez, para 
monitoramento. A radiação 
da ultrassonografia é 
inócua, ou seja, não causa 
nenhum dano ao feto; 
- Agora é possível realizar 
também reconstruções 
tridimensionais com a 
ultrassonografia. Também 
é muito utilizado na obstetrícia. 
o Nomenclatura: 
- Como se utiliza ondas sonoras e eco para formar as 
imagens, a nomenclatura gira em torno disso. 
 
- Anecoico: não voltou quase nenhum eco para o 
aparelho, ausência de eco. É refletido como uma 
imagem negra, são as estruturas que tem líquido. A 
vesícula biliar é o que é mostrado na imagem. Bexiga, 
vasos sanguíneos, cistos, são exemplos. 
- Hipoecoico: parte dos ecos voltou e parte não 
voltou. A estrutura vai ser identificada com 
coloração cinza. A maior parte das estruturas e 
lesões são dessa cor. 
- Hiperecoico: são estruturas que atenuam muito o 
feixe sonoro. Por exemplo, cálculos na vesícula. O 
feixe sonoro bate e voltam quase todos os ecos 
emitidos. A imagem fica branca. 
o Vantagens: 
- O ultrassom é um método portátil, barato e não 
invasivo; 
- Não utiliza radiação ionizante; 
- Funcionamento dos órgãos em tempo real; 
- Boa sensibilidade e especificidade para ampla faixa 
de patologias; 
- Guia para procedimentos intervencionistas. 
o Desvantagens: 
- Operador dependente. A acurácia do diagnóstico 
depende da habilidade do médico; 
1 
2 
3 
1: gordura 
(cinza) 
2: branco: 
tecido 
fibroglandular 
3: cisto 
mamário 
(dentro ele é 
preenchido de 
líquido). 
Patologia 
 
20 
 
Introdução à radiologia 
- Não consegue imagens adequadas das estruturas 
ósseas e com ar; 
- O artifício do meio de contraste ainda não é bem 
estabelecido como na TC e na RM. 
PRINCÍPIOS DA RESSONÂNCIA 
MAGNÉTICA 
 
- Radiação não ionizante; 
- A RM utiliza a energia potencial 
armazenada nos átomos de 
hidrogênio do corpo. Os átomos são 
manipulados por campos magnéticos 
e pulsos de radiofrequência muito 
fortes para produzir energia específica 
para cada tecido suficiente a fim de 
permitir que programas de 
computador altamente sofisticados 
gerem imagens bi e tridimensionais; 
- Cada átomo do corpo humano gira a 
uma velocidade específica, que gera 
um campo magnético; 
- No interior do aparelho tem um grande imã, que 
quando ligado os átomos de hidrogênio do corpo 
entram em consonância com o imã do aparelho; 
- O aparelho começa a emitir ondas de 
radiofrequência com uma frequência igual à dos 
prótons de hidrogênio do corpo, fazendo eles 
ganharem energia. Ao ligar e desligar (questão de 
milissegundos) o corpo capta a radiação, ganha 
energia e na hora que o aparelho é desligado o corpo 
emite a energia de volta, gerando imagens no 
monitor; 
- Existem bobinas específicas (antenas) para certas 
regiões, com um imã auxiliar para que a radiação que 
está sendo emitida seja melhor captada, gerando 
melhores imagens diagnósticas. 
 
 
- No repouso (1ª imagem) os prótons tem uma 
alinhamento aleatório e praticamente nenhum 
campo magnético. Ao entrar no aparelho eles vão se 
alinhar com o campo emitido (2ª imagem). 
 
- Os parâmetros controlados pelo médico são o 
TR/TE (tempo de repetição: tempo entre a emissão 
de uma onda e outra) (tempo de eco: tempo que se 
demora para receber a onda de volta) e T1/T2 (são 
as principais sequências na ressonâncias 
magnéticas); 
 
- No T1 a água vai ser negra na imagem. Globo ocular, 
entre os giros cerebrais, ventrículos cerebrais. 
 
21 
 
Introdução à radiologia 
 
- No T2 o líquido fica branco. Globo ocular, entre os 
giros cerebrais, ventrículos cerebrais. 
- É preciso pelo menos duas sequências (T1/T2) para 
ser possível avaliar adequadamente as imagens da 
ressonância; 
- Na ressonância a imagem é parada, são tiradas 
várias imagens (sequências) para formar a 
visualização de uma área e avalia-la 
adequadamente. Exame multiplanar. 
 
o Nomenclatura: 
 
- Como é um sinal emitido e captado, é intenso de 
sinal, hipointenso. 
 
 
o Meio de contraste: 
- Só é utilizado no T1 porque a água fica preta na 
imagem, o contraste fica branco, sendo melhor para 
visualizar. 
- O que é utilizado na 
ressonância é o gadolínio. 
Ele é tóxico ao ser 
humano na forma pura, 
mas o sal é inócuo no 
corpo. Esse metal 
transfere energia para do 
meio circundante para os 
tecidos, reduzindo o 
tempo de relaxamento T1 
e T2. 
- Quando se faz o 
contraste, se vê as 
estruturas muito 
vascularizadas porque 
vão apresentar hiper 
sinal (brancas), como as 
metástases na imagem 
ao lado 
 
 
Cavidade 
abdominal 
 
22 
 
Introdução à radiologia 
 
- A ressonância é um exame muito bom para 
visualização do SNC, da cavidade abdominal e do 
sistema musculoesquelético (ossos, tendões, 
músculos). 
o Vantagens: 
- Não utiliza radiação ionizante; 
- Não invasivo; 
- Alta capacidade de diferenciação tecidual; 
- Contraste bastante seguro; 
- Imagens multiplanares. 
o Desvantagens: 
- Alto custo; 
- Exame demorado; 
- Pouca disponibilidade por ser um exame de alta 
complexidade. 
PADRÃO ALVEOLAR E INTERSTICIAL – 
RADIOGRAFIA DO TÓRAX 
 
- As principais densidades que aparecem é a do ar 
(preto) e a de partes moles (cinza). 
 
 
➢ Anatomia microscópica do pulmão: 
 
- A unidade funcional do pulmão é o lóbulo pulmonar 
secundário. É uma estrutura que possui 
aproximadamente 2,5cm, é composto por: 
-- septo interlobular:é composto por três tipos de 
tecido: conjuntivo, vasos linfáticos e vênulas 
pulmonares. Está na periferia; 
-- ramo da artéria pulmonar: localizada no centro do 
lóbulo pulmonar secundário, juntamente com um 
bronquíolo; 
 
23 
 
Introdução à radiologia 
-- no tecido intralobular tem-se os sacos alveolares, 
entre um saco e outro há um pouco de tecido 
conjuntivo; 
- Cada ramo da artéria leva sangue NÃO oxigenado 
para o lóbulo. Chegando lá ele será oxigenado pelos 
alvéolos: 
 
- Também tem vasos linfáticos fazendo a drenagem 
desses lóbulos, que vão formando vasos maiores até 
chegar nos que drenam a cavidade torácica. 
 
- Nas paredes dos sacos tem os capilares, o sangue 
vai chegar “sujo”, vai haver a troca gasosa, e vai 
voltar “limpo” (oxigenado). 
➢ Padrão alveolar: 
o Consolidação: 
- Resulta da substituição do ar alveolar por líquidos 
transudato, pus, sangue ou quaisquer outras 
substâncias; 
- Causa mais comum: pneumonia (o ar é substituído 
por exsudato – rico em proteínas). 
 
Pneumonia lobar: 
- Agente etiológico aspirado é Streptococcus 
pneumoniae. Vai até a periferia do pulmão, e vai 
infectando alvéolo por alvéolo. Quando chega na 
fissura (tecido pleural) cessa. 
 
- Na imagem ao lado é 
possível ver os sacos 
alveolares ainda com ar 
(buracos brancos), mas 
no centro já há muito 
exsudato. 
 
- Área de cima ampliada 
mostrando o exsudato 
mais detalhadamente. 
- A área do pulmão que está consolidada fica branca, 
a via aérea fica livre; 
- Os brônquios não ficam infectados. Por isso, 
eventualmente, podemos observar casos em que é 
possível ver os brônquios “desenhados”, chamado 
de broncograma aéreo (sinal de consolidação); 
Broncopneumonia: 
- Tanto os alvéolos, quanto a via aérea estão 
doentes; 
 
24 
 
Introdução à radiologia 
- Muitas vezes há o 
preenchimento 
parcial dos alvéolos 
(imagem d), padrão 
heterogêneo de 
áreas 
comprometidas; 
- O processo de 
infecção NÃO é 
barrado por conta 
de uma fissura; 
- Grande área do 
pulmão envolvida; 
- O padrão de 
broncopneumonia é 
geralmente mais 
associado a 
pneumonia em 
pacientes que 
adquiriram em 
ambientes 
hospitalares. 
 
- Em geral, o diagnóstico é clínico, laboratorial e 
radiológico; 
- Com 2 semanas de início 
com a antibiótico terapia, 
cerca de 50% dos 
pacientes já tem a cura 
radiológica, com o pulmão 
voltando ao normal; 
- O agente etiológico 
agride o epitélio alveolar, por isso que consegue 
voltar tudo ao normal; 
- Se a pneumonia for suficientemente agressiva para 
passar do epitélio, vai ocorrer uma fibrose. 
Complicações: 
- Formação de Abscesso (destruição localizada no 
pulmão): 
 
 
 
 
 
25 
 
Introdução à radiologia 
Hemorragia: sangue dentro dos alvéolos 
(hemorragia alveolar). 
 
Ex.: leptospirose. 
- Na área da hemorragia se vê a consolidação 
(branco): 
 
- Quadro clínico, laboratorial, distribuição da 
consolidação do pulmão e achados associados, 
necessário para saber o que está causando a 
consolidação; 
- Hemoptise é um sinal clínico de que provavelmente 
há sangue nos pulmões. 
o Edema pulmonar: 
- Causado principalmente por insuficiência cardíaca 
esquerda, há líquido. Geralmente é bilateral porque 
é sistêmico. 
 
 
- As principal causa é a insuficiência cardíaca 
esquerda: o ventrículo esquerdo está falho e o 
sangue fica represado nas veias pulmonares, e a 
pressão aumentada faz com que o líquido extravase, 
primeiro para os septos interlobulares porque as 
vênulas correm nesses septos, e depois com a 
pressão muito aumentada o líquido passa a 
extravasar nos alvéolos). Geralmente é bilateral 
porque é um problema sistêmico. 
- Os pulmões do 
paciente ao lado estão 
quase completamente 
esbranquiçados, devido 
a consolidações 
pulmonares bilaterais 
extensas, decorrentes 
de Edema alveolar; 
- Não apresenta hemoptise, não tem febre porque 
não é um quadro infeccioso. Apresenta tosse 
(normalmente acompanhada de líquido, o paciente 
espuma pela boca), dispneia, hipoxemia. 
o Atelectasia: 
- Na atelectasia, o pulmão perde volume, como 
quando “murchamos um balão”. O pulmão 
atelectasiado, sem ar, fica completamente sólido, 
aparecendo opaco (branco) na radiografia. 
 
 
26 
 
Introdução à radiologia 
- Não necessariamente o pulmão inteiro fica 
atalectasiado; 
Mecanismos de atelectasia: 
- Obstrutiva: obstrui um brônquio que está levando 
ar para uma determinada área do corpo; 
- Compressiva: um derrame na pleura empurra o 
pulmão; 
- Cicatricial: uma área do pulmão foi agredida, fez 
uma cicatriz qualquer e retrai o pulmão 
- Adesiva: ocorre quando perde o surfactante. 
 
 
 
- Na atelectasia vai procurar sinais de redução 
volumétrica do pulmão que está doente; 
- Qualquer coisa que retraia uma fissura, é uma 
atelectasia. 
 
 
- Pode ter atelectasia completa do pulmão, 
consolidação ou derrame pleural completo; 
- Se fosse uma consolidação, as estruturas estariam 
normalmente localizadas; 
- Se fosse derrame pleural, iria empurrar para o lado 
oposto o coração e o pulmão; 
- No caso da atelectasia, o pulmão perdeu ar, e as 
estruturas anatômicas vizinhas são retraídas para 
ocupar aquele lugar; 
- Chega à conclusão que é uma Atelectasia completa 
do pulmão esquerdo. 
- Todo hemitórax 
direito na imagem ao 
lado está opaco 
(atelectasia 
completa, 
consolidação ou 
derrame); 
- Se fosse 
consolidação, o 
mediastino não 
estaria fora do lugar; 
 
27 
 
Introdução à radiologia 
- Se fosse derrame, as estruturas estariam todas para 
o lado esquerdo; 
- Caso de Atelectasia completa do pulmão direito. 
➢ Padrão intersticial: 
 
- Principais causas: edema intersticial, fibrose, 
doenças ocupacionais, causas neoplásicas; 
- Sinais podem ser sutis; 
- Pode haver superposição de padres intersticiais, 
bom como associação com alveolopatia; 
- Pode haver associação com derrame pleural, 
tumor, linfonodomegalia etc. 
 
Linear: 
- Extravasamento de 
líquido do septo pelas 
vênulas (ocorre na 
ICC). 
 
 
 
 
Reticular: 
- Lembra uma rede, 
com linhas 
entrelaçadas (causa 
mais comum é a 
fibrose). A nível do 
interstício intralobular. 
 
 
Micronodular: 
- Vários pontinhos 
distribuídos de forma 
uniforme nos pulmões 
(causa mais comum é a 
tuberculose). 
 
 
 
 
 
28 
 
Introdução à radiologia 
Reticulonodular: 
- Junção de linhas e 
pequenos nódulos 
(causa mais 
comum é fibrose 
de qualquer 
natureza); 
 
 
ANATOMIA SECCIONAL DO TÓRAX - TC E 
RM 
- Na tomografia existe o conceito de “janelas”. A 
janela é a imagem que é exposta em uma 
determinada faixa de tons de cinza. Existem faixas 
específicas para avaliar cada estrutura. 
 
- Na imagem à esquerda é uma janela para 
visualização do pulmão, e na da direita é uma janela 
de mediastino. É a mesma imagem, porém com 
faixas de tons de cinza diferentes; 
- Essas janelas são manipuladas no computador, 
trocando as faixas de tons, otimizando as imagens 
(só conseguimos ver 20 tons ao mesmo tempo); 
- Existem diversos tipos de janela: osso, cérebro, 
fígado, etc.; 
 
 
- Na ressonância magnética se tem as sequências, as 
mais utilizadas sendo T1/T2. Modifica a sequência a 
depender do que se quer visualizar. 
 
➢ Janela de mediastino: 
o Vasos supracardíacos: 
- Tem dois vasos principais saindo do coração, que 
são a aorta e a artéria pulmonar. A aorta tem a 
porção ascendente, o cajado da aorta (curvinha, 
emite três vasos: subclávia esquerda, carótida 
comum esquerda 
e tronco arterial 
braquiocefálico 
direito). A artéria 
pulmonar emite a 
pulmonar direita 
e esquerda; 
- A subclávia 
esquerda irriga o 
membro superior 
esquerdo. A 
carótida comum esquerda irriga o pescoço e a 
cabeça. O tronco arterial braquiocefálico se 
subdivide em artéria subcláviadireita (irriga MS 
direito) e a artéria carótida comum direita; 
- A aorta descendente é loco depois do arco/cajado 
e, cruzando o diafragma passa a ser aorta abdominal; 
 
29 
 
Introdução à radiologia 
- Já as veias, por sua vez, a jugular vai se juntar com 
a subclávia (em ambos os lados), para formar o 
tronco venoso braquiocefálico direito e esquerdo, 
que vão se unir para formar a veia cava superior, que 
drena para o átrio direito (traz o sangue “sujo do 
membro superior e da cabeça para o coração). 
 
Plano axial: 
- É o plano básico de avaliação das imagens. 
 
 
- É uma janela do mediastino e é possível ver os vasos 
supra aórticos. Tem contraste entrando pelo lado E. 
Lembrar que você está olhando a imagem de baixo 
para cima, com o paciente deitado; 
- Como o corte é muito alto, a 
subclávia D e a carótida 
comum D ainda não se uniram 
para formar o tronco arterial 
braquiocefálico. Então no lado direito, em cortes 
mais baixos vai haver só uma luz, que é a do tronco 
braquiocefálico. Mas do lado esquerdo sempre vão 
haver duas artérias. 
 
 
- Nesse corte, que é mais 
inferior, só é possível ver 
agora 3 artérias (3 marias), 
porque a carótida e a 
subclávia direitas já se uniram 
para formar o tronco; 
- O esôfago não tem ar, é visco como uma estrutura 
sólida, é uma mucosa sobreposta a outra, porque ele 
só abre quando se está engolindo alguma coisa. 
 
 
Lado direito 
1 
2 2 
3 
4 
5 
6 
1: Traqueia; 
2: Pulmões; 
3: carótida comum D; 
4: subclávia D; 
5: carótida comum E; 
6: subclávia E. 
 
1: Traqueia; 
2: Pulmões; 
3: tronco arterial 
braquiocefálico 
4: subclávia D; 
carótida comum E; 
5: subclávia E; 
6: esôfago 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
Lado direito 
 
30 
 
Introdução à radiologia 
 
- Nessa imagem, pelo corte 
ser mais inferior já é 
possível ver os troncos 
venosos braquiocefálicos. 
 
 
 
- Nessa imagem já é 
possível ver o tronco 
venoso do lado E já se 
unindo com o direito. As 3 
marias continuam até 
aparecer a aorta. 
 
 
 
 
- Como esse corte já é mais 
inferior, já é possível 
visualizar a veia cava superior e o arco da aorta. 
 
- Na imagem acima se visualizam as mesmas 
estruturas: cajado da aorta, veia cava superior, 
traqueia, esôfago e pulmões. 
 
1: Tronco arterial 
braquiocefálico; 
2: Carótida comum E; 
3: Subclávia E; 
4: tronco venoso 
braquiocefálico E; 
5: T.V. braquiocefálico D. 
 
1 
2 
3 
4 
4 
1: Tronco venoso 
braquiocefálico D; 
2: TV braquiocefálico E; 
3: TA braquiocefálico D; 
4: carótida comum E; 
5: subclávia E. 
 
1 
2 
3 5 
4 
1: Veia cava superior; 
2: Cajado da aorta. 
 
1 2 
Lado direito 
 
31 
 
Introdução à radiologia 
 
- Nesse corte mais inferior, o 
cajado da aorta não é mais 
visível, mas sim duas porções 
diferentes dessa artéria no 
mesmo plano. A artéria 
pulmonar vem do ventrículo 
direito para o pulmão levando 
sangue “sujo”. A art. Pulmonar direita leva para o 
pulmão direito e a esquerda leva para o pulmão 
esquerdo. 
o Câmaras cardíacas: 
 
 
- No corte axial da tomografia, o laranja é o VE, o 
verde é o AE, o azul é o VD e o rosa é o AD. 
 
 
- O ventrículo direito é a 
câmara mais anterior. A 
câmara mais posterior é o átrio 
esquerdo. 
 
 
1: Porção da aorta 
ascendente; 
2: Porção da aorta 
descendente; 
3: Tronco da artéria 
pulmonar; 
4: Artéria pulmonar D; 
5: Artéria pulmonar E; 
6: veia cava superior. 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
1: Ventrículo D; 
2: Átrio E; 
3: Veia pulmonar D; 
4: Veia pulmonar E; 
5: Ventrículo E; 
6: Átrio direito. 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
 
32 
 
Introdução à radiologia 
 
- A aorta descendente 
acompanha toda a coluna 
vertebral até entrar no 
abdome. 
 
 
- Nessa porção, praticamente 
não se tem mais átrio, porque 
eles são mais superiores. A parte mais escura que se 
vê no VE é o miocárdio que é mais forte porque 
precisa bombear sangue para o corpo inteiro. 
46:00 
 
 
o Ressonância magnética: 
 
 
- Na RM a imagem é a mesma, o que muda é a cor. A 
principal diferenciação entre elas e que na TC os 
ossos são brancos, enquanto que na RM ele pode 
varias dependendo da sequência (cinza, mais escuro, 
etc.). A sequência da imagem acima é um T1. 
A: Traqueia; 
B: Esôfago; 
C: Tronco venoso braquiocefálico E. 
1: Ventrículo D; 
2: Átrio E; 
3: Ventrículo E; 
4: Átrio direito; 
5: Aorta descendente 
 
1 
2 
3 
4 
5 
1: Ventrículo D; 
2: Ventrículo E. 
 
2 
2 
1 
VD 
VE 
VE 
VD 
Veia cava 
inferior 
 
33 
 
Introdução à radiologia 
 
J: veia cava superior; 
K: cajado da aorta. 
 
M: “Y” invertido. Tronco da artéria pulmonar, artéria 
pulmonar D e E; 
L: aorta ascendente; 
P: aorta descendente. 
 
- Na RM tem a possibilidade de captar os 
movimentos. Simula o que se vê no ecocardiograma. 
Plano coronal: 
 
 
Plano axial: 
 
1 
1 
2 
2 
3 
3 
 
34 
 
Introdução à radiologia 
Plano sagital: 
 
 
 
o Tomografia cardíaca: 
- É pedida quando se quer avaliar especificamente e 
em alta resolução apenas o coração e seus vasos de 
saída. 
 
1: Válvula aórtica. [] 2: Artéria coronária. 
 
➢ Janela pulmonar: 
 
 
- Se vê com clareza e nitidez o parênquima do 
pulmão nessa janela. 
1 
2 
 
35 
 
Introdução à radiologia 
Plano axial: 
 
Plano coronal: 
 
➢ Janela óssea: 
 
 
 
ANATOMIA SECCIONAL NA 
TOMOGRAFIA DE CRÂNIO 
- Como um todo, tem-se a pele (atenuação de partes 
moles), tecido celular subcutâneo (atenuação de 
gordura), estruturas ósseas (periósteo, medula 
cortical interna e externa, medula óssea), planos 
meníngeos e parênquima encefálico (córtex e 
substância branca); 
- Os espaços entre as meninges são pouco 
visualizados porque são virtuais. O que mais se fé é o 
aracnoideo porque tem o espaço liquórico, 
estruturas vasculares e nervosas. 
Arco 
costal 
Esterno 
Vértebra 
Corpo 
Vertebral 
Pedículo 
Processo 
transverso 
Lâminas 
Processo 
espinhoso 
 
36 
 
Introdução à radiologia 
 
o Calota craniana: 
- É possível fazer a 
reconstrução 3D do crânio, 
principalmente para ver mal 
formações da calota craniana, 
sinostoses (fechamento 
precoce das suturas), órbitas, 
fraturas. 
 
 
 
 
- A imagem acima traz uma janela óssea com um 
corte mais superior da calota craniana. A cortical 
interna parece um osso mais compactado porque é 
bem branquinho e regular. Não se vê áreas de 
descontinuidade na interna. Já na externa, é possível 
ver áreas da sutura. A sutura coronal dos dois lados 
mais anteriormente e a sagital posteriormente. A 
área medular é mais esponjosa e a cortical mais 
compactada. 
 
- A imagem acima traz um corte mais inferior da 
calota craniana. O osso fica mais fino, mas ainda 
assim é possível ver a cortical interna, externa e a 
medula óssea. 
 
 
 
 
 
Sutura coronal 
Sutura metópica: 
só em crianças. 
Fecha até os 2 
anos de vida. 
 
Sutura 
sagital 
Sutura 
sagitalSutura 
lambdoide 
Cortical 
interna 
Cortical 
externa 
Medula 
óssea 
Sutura 
coronal 
Sutura 
sagital 
 
37 
 
Introdução à radiologia 
o Sistema ventricular: 
 
*Na foto acima a imagem é de uma RM. 
- O sistema ventricular é composto pelo líquor 
cefalorraquidiano (mantém 
uma lubrificação do 
parênquima encefálico – 
amortecimento), que é 
produzido no plexo coroide, 
ventrículos laterais, III e IV 
ventrículos; 
- O IV ventrículo faz continuidade com o canal central 
da medula; 
- O líquor é produzido no espaço supratentorial no III 
ventrículo e no espaço infratentorial no IV ventrículo 
(corno temporal no átrio ventricular). 
Relações anatômicas: 
→Ventrículos laterais: 
- Corno frontal; 
- Parte central; 
- Corno temporal; 
- Corno occipital; 
- Átrio. 
- É o maior de todos. 
→III ventrículo: se conecta ao IV por meio do 
aqueduto de Sylvius. 
→IV ventrículo: localizado na fossa posterior, 
anteriormente ao cerebelo. 
 
 
 
 
**O espacinho preto na parte anterior são os seios 
frontais da face. 
- Nesse corte axial é possível 
ver os ventrículos laterais. Na 
segunda imagem é possível 
ver o átrio ventricular (união dos cornos dos 
ventrículos laterais). 
- Nessa imagem já não é 
mais possível ver a parte 
anterior dos ventrículos, 
mas já permite a 
visualização dos cornos 
occipitais dos 
ventrículos laterais 
(parte circulada em 
azul). III ventrículo em 
roxo. 
 
- Na imagem acima, já em um corte bem mais inferior 
da calota craniana, é possível visualizar o corno 
temporal dos VL (circulado em azul). No centro da 
imagem á esquerda é possível ver no centro do 
mesencéfalo um canal, que é o aqueduto de Sylvius 
(circulado em vermelho). IV ventrículo em roxo. 
1 
1 
1: Ventrículos laterais; 
2: Corno frontal dos VL; 
3: Plexo coroide; 
2 
3 
 
38 
 
Introdução à radiologia 
 
- A imagem da esquerda é um corte coronal e a da 
esquerda um corte sagital. III ventrículo em roxo. IV 
ventrículo em vermelho. Cornos frontais dos 
ventrículos laterais em azul. Tenda do cerebelo em 
verde. 
 
- Cornos frontais dos ventrículos laterais em azul. III 
ventrículo em roxo. Também é possível ver os cornos 
temporais dos VL mais inferiormente (bolinha azul 
escuro). Tenda do cerebelo em verde, o cerebelo 
está logo atrás (1). Cornos occipitais do VL em azul 
claro na imagem da direita (atenuação de líquido). 
 
- Na imagem acima destaca-se o III ventrículo. 
Geralmente em um parênquima normal, os 
ventrículos laterais são simétricos. Em um 
parênquima jovem quase não se vê o III ventrículo, 
porque é uma “laminha” de líquido (paredes mais 
coladinhas por conta da aderência intertalâmica). 
Em parênquimas mais atrofiados é possível ver ele 
mais dilatado. 
 
- Nas imagens acima destaca-se o IV ventrículo. 
o Cisternas da base: 
- São os espaços liquóricos, principalmente de base 
de crânio. É onde repousam as estruturas cranianas, 
passam os vasos, os nervos e é onde estão as 
meninges; 
- Quando se tem um trauma craniano, edemacia o 
parênquima encefálico, ocluindo as cisternas da 
base, causando compressão nos vasos e nas 
estruturas nervosas, levando a danos no 
parênquima. 
Cisterna bulbar: 
 
- Localizada anteriormente ao bulbo. 
Cisterna pré-pontina: 
 
- Espaço liquórico localizado anteriormente a ponte. 
É onde passa a artéria basilar. 
Cisterna pontocerebelar: 
- Localizada entre a ponte e o cerebelo 
1 
 
39 
 
Introdução à radiologia 
 
*No meinho, na frente da ponte é possível ver a 
cisterna pré-pontina (azul). 
Cisterna magna: 
 
- É a maior das cisternas. É a transição do crânio com 
o canal raquiano. Pode ser maior quando há uma 
variação anatômica, sendo chamada de mega 
cisterna. 
Cisterna interpeduncular: 
 
- Localizada no meio dos pedúnculos mesencefálicos 
(orelhinhas do Mickey). 
Cisterna circundante: 
 
- Circunda o mesencéfalo. 
Cisterna supra selar: 
 
- Acima da sela túrcica. Tomar como referência a 
bolinha da hipófise, é logo encima. 
Cisterna quadrigeminal/colicular: 
 
- Está na parte posterior do mesencéfalo, colada na 
placa quadrigeminal. 
o Fossa posterior: 
 
 
 
40 
 
Introdução à radiologia 
- Mesencéfalo em vermelho, como se fosse a cabeça 
de um pinguim. A ponte em azul, seria a barriguinha 
do pinguim. O bulbo está em roxo. 
 
- Cortes axiais de tomografia, de cima para baixo (o 
mais superior na esquerda e o mais inferior na 
direita). Mesencéfalo é visto na 1ª porção. A ponte é 
visualizada na 2ª imagem. O bulbo é visualizado na 
3ª imagem. 
Mesencéfalo: 
 
Ponte: 
 
 
 
Bulbo: 
 
Cerebelo: 
 
o Lobos do parênquima encefálico: 
 
Lobo frontal e parietal: 
 
 
41 
 
Introdução à radiologia 
- O giro pré-central é o mais importante de todos 
porque é a área motora do corpo (Homúnculo); 
- O giro pós-central também é muito importante 
porque é a área sensitiva do corpo. 
 
- Acima é possível ver o sulco central, que é o mais 
perto da linha média. Qualquer lesão que estiver à 
frente desse sulco na tomografia é uma lesão de lobo 
frontal. Dele para trás é o lobo parietal. 
 
- O que está sublinhado em verde é a pars marginalis. 
Logo a frente dela é o sulco central. 
 
- Na imagem acima é possível visualizar o sulco 
frontal superior, que termina no sulco pré-central. O 
giro é o pré-central (1). Giro pós central (2). 
 
 
- O lobo frontal está em vermelho. 
 
- Giro frontal superior em verde. Giro frontal médio 
em azul. Giro frontal inferior em amarelo. Sulco 
frontal superior em vermelho. Sulco frontal inferior 
em roxo. 
 
- Giro frontal superior em verde. Giro frontal médio 
em azul. Giro frontal inferior em amarelo. Sulco 
frontal superior em vermelho. Sulco frontal inferior 
em roxo. 
Corpo caloso e giro do cíngulo: 
 
- No corte sagital é possível visualizar o corpo caloso 
e o giro do cíngulo. Onde o sulco do cíngulo termina 
1 
2 
 
42 
 
Introdução à radiologia 
é a pars marginalis. Ela que define que o sulco a 
frente é o central. Dela para frente é o lobo frontal, 
e atrás é o parietal. 
 
 - O primeiro sulco que se vê à frente da pars 
marginalis é o sulco central. 
 
- Corpo caloso em azul, giro do cíngulo em verde, 
sulco do cíngulo em vermelho. A pontinha de sulco 
que aparece circulada em roxo é o central. 
Lobo temporal: 
 
 
- Quando se vê a fissura, que é o espaço liquórico que 
é a fissura de Silvius, é o lobo temporal. Lobo 
temporal circulado em vermelho. O corno temporal 
do VL está em azul. 
 
- Lobo temporal superior, médio e inferior. O 
hipocampo está circulado em roxo. Do lado do 
hipocampo se tem o corno temporal do VL. 
Lobo occipital: 
 
 
 
 
43 
 
Introdução à radiologia 
 
 
- Sulco parieto-occipital em vermelho, o sulco 
calcarino está em azul, eles dois delimitam o cúneos, 
que é triângulo em verde. O giro lingular está logo 
abaixo em amarelo. É essa região que é chamada de 
córtex visual. 
 
- No corte coronal é mais difícil de ver. O V formado 
pelo sulco parieto-occipital (superior) e pelo sulco 
calcarino (inferior) é possível de se visualizar. Acima 
deles é o lobo parietal, e inferiormente é o lobo 
occipital. É possível ver a tenda do cerebelo e o 
cerebelo. 
 
 
 
 
Base do crânio: 
 
 
- A base do crânio é onde o encéfalo repousa. A fossa 
anterior está em azul, é onde repousa o lobo frontal. 
 
- Fossa média em amarelo. 
Lobo da ínsula: 
 
 
44 
 
Introdução à radiologia 
 
 
- A ínsula está logo ao lado da fissura de silvius, 
medialmente. O lobo temporal fica lateralmente a 
fissura. Na imagem da direita pode-se ver também o 
lobo frontal. 
 
- A região opercular é a que recobre a ínsula. 
Sela túrcica: 
 
 
- Infundíbulo e hipófise. 
 
 
- Na imagem acima a hipófise está bem realçada 
(branquinha) porqueestá com contraste. 
o Órbita: 
 
 
 
45 
 
Introdução à radiologia 
 
 
- Os pontinhos vermelhos são os músculos 
extraoculares. No centro em azul é o nervo óptico. 
Entre isso tem-se a atenuação de gordura da órbita 
(preto). 
 
- De fora para dentro: musculatura, gordura 
(amarelo), nervo óptico. O cristalino em roxo. 
 
 
- Visualizar a integridade óssea. 
 
- Acima se vê a fissura orbitária superior. 
 
- Acima se vê a fissura orbitária inferior. Selas 
etmoidais em azul e seios maxilares em verde. 
 
 
46 
 
Introdução à radiologia 
- Saco lacrimal circulado em rosa. 
**Ele vai para a fossa nasal e depois para a 
orofaringe. 
o Seios da face: 
 
- Além das da imagem tem-se o seio esfenoidal na 
sela túrcica. São melhor visualizados na janela óssea. 
 
 
 
- Seios frontais apontados pela seta em vermelho, 
seios maxilares em amarelo, células etmoidais em 
verde e seio esfenoidal em azul. 
 
 
 
 
47 
 
Introdução à radiologia 
- Na imagem da esquerda, o seio maxilar direito está 
preenchido com material com atenuação de partes 
moles (sinusite). 
 
o Mastoides: 
 
- Para visualizar otites médias geralmente o exame 
de escolha é a TC. Divide em orelha externa (1) – vai 
até a membrana timpânica, orelha média (2) – 
cavidade timpânica, e orelha interna (3) – cóclea, 
vestíbulo e conduto auditivo interno. 
 
- Em vermelho tem-se as células da mastoide 
pneumatizadas, com gás em seu interior. 
 
 
- Conduto auditivo externo indicado em verde. É 
possível ver também os ossículos na TC, é possível 
defini-los muito bem. 
RADIOGRAFIA SIMPLES DO TÓRAX EM 
CARDIOLOGIA 
- Todas as 4 radiografias abaixo são normais, porém 
bem diferentes entre si. A única coisa que muda é a 
faixa etária; 
- Na letra A tem-se um recém-nascido. A parte 
superior central do mediastino é alargada, porque 
eles ainda têm o timo (mediastino superior e 
anterior), alargando o tórax do RN. Nessa faixa etária 
a radiografia é feita deitada e o coração fica mais 
longe do filme, fazendo o coração parecer 
aumentado; 
- Na letra B tem-se uma criança de 7 a 8 anos de 
idade. O timo não aparece mais no mediastino 
superior, o coração parece menor (radiografia já é 
feita em pé, ficando menos distorcido porque está 
perto do filme). Nessa faixa etária o que chama a 
atenção é a bolinha indicada pela seta vermelha, que 
é a artéria pulmonar que está mais proeminente 
1
c
 
2
c
 
3
c
 
 
48 
 
Introdução à radiologia 
(aparece nas crianças e adolescentes devido ao 
metabolismo aumentado); 
- Na imagem C tem-se um adulto de 20-30 anos de 
idade. A bolinha convexa da artéria pulmonar já não 
é mais vista; 
- Na letra D tem-se um paciente idoso, que 
apresenta uma aorta um pouco mais alongada e 
ectasiada, porque ao longo da vida ela vai recebendo 
sangue do ventrículo, fazendo com que ela fique 
alongada e dilatada com o passar dos anos. A borda 
cardíaca também aumenta um pouco. 
 
- Ao longo da vida, a radiografia do tórax e a 
visualização do coração mudam, de acordo com a 
fisiologia que é observada nas diferentes faixas 
etárias. 
o Critérios técnicos: 
- Antes de avaliar o coração e a área cardíaca deve-
se perceber se a radiografia foi bem feita; 
- Uma radiografia com critérios técnicos 
inadequados leva a uma falsa interpretação; 
- A 1ª coisa a ser observada é a incidência. No adulto 
se faz a radiografia de costas para a bobina do raio X, 
o raio entra pelas costas do paciente: incidência 
póstero-anterior; 
- Quando mais longe uma estrutura estiver do filme 
radiológico, mais distorcida ela vai ficar. Na 
incidência em PA o coração fica mais próximo do 
filme, mostrando uma imagem mais fidedigna. 
 
- A distância de 1,80 metros é a ideal para que o 
coração não fique magnificado. No aparelho portátil 
não se consegue essa distância, magnificando o 
coração (imagem a). 
 
- Outra característica a ser avaliada é o grau de 
inspiração. Os pulmões devem estar bem inspirados, 
e para verificar isso deve-se contar pelo menos 10 
arcos costais posteriores (boa apneia). 
 
- Na radiografia expirada, os pulmões diminuem e o 
coração parece aumentado; 
 
49 
 
Introdução à radiologia 
- Outra coisa a se avaliar é a posição do paciente em 
relação a máquina. Deve estar bem centrado, com 
os ombros equidistantes um do outro. Observar se a 
extremidade das clavículas está equidistante dos 
processos espinhosos das vértebras. 
 
o Anatomia normal: 
 
- No raio X há uma 
sobreposição de diversas 
estruturas que tem a mesma 
densidade, então as áreas 
cardíacas não são facilmente 
ou adequadamente 
diferenciadas. 
- Do VE sai a aorta, que vai 
levar o sangue oxigenado 
para o corpo inteiro; 
- A nível dos capilares, há a troca gasosa e o sangue 
passa a ser rico em CO2; 
- As veias cavas superior e inferior drenam esse 
sangue para o átrio direito, que manda para o 
ventrículo direito. No VD o sangue é empurrado para 
a artéria pulmonar e é levado para os pulmões, onde 
é oxigenado; 
- O sangue oxigenado volta pelas veias pulmonares 
para o átrio esquerdo, que envia para o VE, e assim 
se repete o ciclo. 
➢ Aumento da área cardíaca: 
- A primeira coisa que se avalia é o índice 
cardiotorácico (ICT). Se mede o coração de uma 
ponta a outra, e também o tórax. No adulto o ideal é 
que o tamanho do coração seja até metade do 
tamanho do tórax (A+B=C/2). 
 
- Se o A+B for maior do que 50% de C há um aumento 
do índice cardiotorácico. Isso ocorre porque todas as 
4 câmeras estão sobrepostas na imagem e, nas 
bordas do coração tem-se o átrio direito e o 
ventrículo esquerdo. O átrio esquerdo e o ventrículo 
direito podem aumentar sem aumentar o índice 
cardiotorácico, mas quando o ICT está aumentado é 
específico de cardiomegalia. 
o Coração direito: 
 
 
50 
 
Introdução à radiologia 
- O átrio direito forma a borda cardíaca direita, então 
se ele aumentar, vai aumentar o índice 
cardiotorácico. 
 
- O ventrículo direito está projetado no meio da 
sombra cardíaca, então se houver um aumento 
dessa câmara, não vai haver aumento do ICT. 
 
- O ventrículo direito origina o tronco da artéria 
pulmonar. 
→Aumento do AD: 
 
- Normalmente, se tem mais coração à esquerda, do 
que a direita da coluna. Quando o AD aumenta, tem 
mais coração à direita do que a esquerda, porque ele 
aumenta para o lado. 
**Não necessariamente uma câmara vai aumentar 
em decorrência da outra, depende da doença de 
base. Na imagem acima, por exemplo, o VE também 
está aumentado. Ex.: doença na válvula tricúspide, 
só aumenta o átrio direito. Ex.: doença na válvula 
tricúspide + doença da válvula mitral, aumenta o AD 
e o AE. 
**O mais comum é ter mais de uma câmara 
aumentada. 
→Aumento do VD: 
 
- O VD fica completamente sobreposto as outras 
câmaras cardíacas na radiografia de frente. Quando 
ele aumenta, o ICT não aumenta, para saber que é 
essa câmara que está crescida, ele aumenta para 
frente e para cima. Ele está em contato com o 
esterno, e à medida que cresce, altera a 
forma/morfologia do coração na incidência de 
frente; 
- O habitual é que a ponta esquerda seja suave indo 
em direção para o diafragma e seio costofrênico. O 
coração vai ficar parecendo uma “bota”, alongado e 
obliquado para o lado. O vértice passa a apontar para 
cima e para lateral. 
*Só ele não aumenta o ICT. 
Insuficiência do coração direito: 
- Quando há uma insuficiência do coração direito as 
duas câmaras direitas dilatam. É possível ver muito 
coração no lado direito da radiografia. 
 
51 
 
Introdução à radiologia 
 
- O coração direito vai 
receber o sangue do 
corpo rico em CO2 e 
enviar para os pulmões 
para ser oxigenado. Se 
esse lado do coraçãoestá 
insuficiente, boa parte do 
sangue fica represado nas 
veias do corpo. 
Clinicamente, o paciente 
fica edemaciado na 
periferia (MMSS e MMII), há uma hepatomegalia (o 
sangue hepático vai drenar todo na veia porta, assim 
o sangue vai ficar represado no fígado). Vai haver 
turgência jugular (drena na veia cava, que drena no 
coração direito). 
o Coração esquerdo: 
 
- O sangue chega pelas veias pulmonares pelo átrio 
esquerdo. A válvula mitral está circulada em 
amarelo. Quando ele aumenta, não há aumento do 
ICT, porque ele não compõe nenhuma borda 
cardíaca. 
 
- O ventrículo esquerdo forma a borda cardíaca 
esquerda, então quando ele aumenta, o ICT também 
aumenta. O que está circulado em amarelo é a 
válvula aórtica. 
 
→Aumento do átrio esquerdo: 
 
 
52 
 
Introdução à radiologia 
 
- Quando o AE ele aumenta para cima, para direita e 
para esquerda. São as 3 direções que ele consegue 
crescer; 
- Um causa comum de crescimento do AE é um 
problema/lesão na válvula mitral. 
 
- Na imagem acima tem-se um AE dilatado. 
 
 
- A imagem acima traz um corte axial/transversal do 
corpo. Pode-se observar o AE, que é a câmara mais 
posterior. Na imagem à esquerda se observa que o 
AE está bem aumentado/dilatado. 
 
- Para reconhecer esse aumento no RX, deve-se 
observar alguns sinais. Um desses sinais é um duplo 
contorno ou uma dupla densidade do lado direito do 
coração quando ele cresce para direita; 
- Quando ele cresce para cima, o sinal a ser 
observado é o aumento do ângulo da traqueia com 
os brônquios principais (>90° do ângulo da carina); 
- Quando ele cresce para esquerda se vê uma dupla 
convexidade acima da borda cardíaca esquerda. 
 
- Como o átrio esquerdo pode aumentar para o lado, 
ele pode aparecer no lado direito da coluna, 
mostrando uma densidade diferente. A densidade 
mais clara e mais externa (limitada pelo vermelho) 
corresponde ao átrio direito. A densidade mais 
branca/opaca corresponde ao átrio esquerdo 
(pontilhado em branco) aumentado. 
 
53 
 
Introdução à radiologia 
- O sublinhado amarelo na imagem mostra o 
aumento do ângulo carinal, que também é um sinal 
do aumento do AE. 
 
- Por fim, outro sinal que também se observa no 
aumento do AE é a dupla convexidade (saliência) 
logo acima da borda cardíaca esquerda. Em cima do 
átrio esquerdo existe uma estrutura chamada 
apêndice atrial esquerdo, que não aparece no RX 
normalmente. Quando o AE aumenta, esse apêndice 
é empurrado lateralmente, passando a ser visível na 
radiografia convencional. 
→Aumento do VE: 
 
- É uma das câmaras que aumenta o ICT porque 
compõe a borda cardíaca esquerda; 
- Quando ele aumenta a borda cardíaca esquerda 
mergulha em direção ao seio costofrênico (<4cm). 
 
- A causa mais comum de aumento no VE é a HAS. 
Insuficiência do coração esquerdo: 
- Quando o coração esquerdo falha, o sangue vai 
ficar represado no pulmão, causando edema 
pulmonar. Caracteristicamente, o paciente dorme 
sentado, porque quando ele deita tem a sensação de 
que está se afogando devido ao edema. 
 
➢ Vasculatura pulmonar: 
 
 
54 
 
Introdução à radiologia 
- A artéria pulmonar direita fica escondida atrás do 
coração, não é possível distinguir o tronco dela em 
um RX de adulto normal. O que se vê após a 
ramificação do tronco, mais lateralmente são os 
ramos da artéria pulmonar, que são os hilos 
pulmonares. 
 
- Existem uma doença chamada hipertensão arterial 
pulmonar. Aumenta de calibre o tronco da artéria 
pulmonar e também seus ramos secundários. Se vê 
os hilos aumentados e congestos (imagem à 
esquerda). 
 
- Hilos extremamente congestos, tanto a direita 
como a esquerda, em um paciente com hipertensão 
arterial pulmonar. 
➢ Vascularização aórtica: 
 
- A aorta sai do VE e vai levar o sangue oxigenado 
para o corpo. A única parte da aorta que aparece no 
RX de adulto convencional é a parte da crossa/cajado 
da aorta, acima da borda cardíaca esquerda. 
 
- Se o paciente for portador de uma dilatação 
anormal na aorta, é possível visualizar na radiografia 
convencional. Na imagem abaixo o paciente era 
portador de um aneurisma na aorta. 
 
 
 
55 
 
Introdução à radiologia 
PRINCÍPIOS DE EXAMES RADIOLÓGICOS 
CONTRASTADOS, MAMOGRAFIA, 
DENSITOMETRIA E MEDICINA NUCLEAR 
Resumo da aula feito por Marta Japiassú – 4MA: 
➢ Exames radiológicos contrastados: 
- Exames contrastados são testes radiológicos que 
utilizam meios de contraste para evidenciar 
determinadas partes anatômicas. Radiografias, 
tomografias e exames de ressonância magnética são 
exemplos de procedimentos radiológicos que podem 
utilizar meios de contraste; 
- Contrastes são substâncias capazes de melhorar a 
definição de imagens obtidas em exames 
radiológicos; 
- O método evoluiu desde 1896, quando Haescheck 
e Lindenthal introduziram uma mistura de bismuto, 
chumbo e bário em uma mão amputada na tentativa 
de visualizar a árvore vascular; 
- Em 1917, Cameron e Osborne observaram que a 
bexiga urinária ficava radiopaca em radiografias de 
pacientes sifilíticos tratados com grandes doses de 
iodetos; 
- Em1923 foi realizada a primeira UIV utilizando-se 
iodeto de sódio; 
- Em 1927, Binz e Rath estavam trabalhando no 
tratamento da sífilis utilizando piridina iodada; 
- Logo após em 1929 foi desenvolvido o Selectan e 
em seguida, o Uroselectan, compostos utilizados por 
cerca de 2 décadas, porém ainda com alta 
toxicidade; 
- Em 1950, Vernon Wallingford introduziu um grupo 
amino acetilado na posição C3 da molécula de 
benzeno obtendo boa radiopacidade com reduzida 
toxicidade; 
- Em 1956, um grupo amino foi acrescentado na 
posição C5, reduzindo em cerca de 50% a toxicidade 
da molécula. Estava criado o Hypaque, sinônimo de 
contraste iodado por mais de 2 décadas; 
- Na referida substancia sobrava um carbono livre, 
sendo acrescentado um composto sódio ou 
meglumina; 
 
- Quando em solução, a molécula dissocia-se em um 
cátion e um ânion; 
- Em 1969, Tørsten Almén nota que a toxicidade dos 
contrastes iodados estava, em grande parte, 
associada a osmolaridade; 
- Foram desenvolvidos, então, meios de contraste 
que não se dissociavam em água substituindo o 
sódio ou meglumina por compostos orgânicos; 
- Todos os meios de contraste são muito hidrofílicos, 
de baixo peso molecular, baixa afinidade de ligação 
com proteínas e sem ação farmacológica 
significativa. 
o Principais exames com contrastes iodados: 
- Sistema urinário; 
- Sistema genital (M e F). 
Urografia excretora/intravenosa: 
 
- O iodo é injetado em uma veia periférica; 
- Esse iodo circula pela corrente sanguínea e vai ser 
filtrado pelos rins e excretado na urina; 
- À medida que ele é filtrado e excretado, através do 
sistema urinário, é possível visualizar o sistema 
urinário no Raio-X, o que não seria possível se fosse 
no convencional; 
- Essas estruturas não são visualizadas no raio-x 
convencional pelo fato de que suas densidades são 
semelhantes com os tecidos que estão em volta; 
Cálices 
Ureteres 
Bexiga 
 
56 
 
Introdução à radiologia 
- As chapas são batidas ao longo do tempo, esse 
exame demora em média 30 minutos. 
**Uma desvantagem é que não é possível visualizar 
as estruturas que estão ao redor do sistema urinário, 
pois o Raio-x possui uma baixa resolução das vísceras 
abdominais, como por exemplo, o fígado, o 
pâncreas, a adrenal. 
 
Uterocistografia: 
 
- Esse exame tem como objetivo estudar a uretra e a 
bexiga, vai ajudar na pesquisa de alterações baixas; 
- O iodo vai ser injetado pelo meato uretral do 
paciente; 
- Opacificando a uretra; 
- Para opacificar a bexiga é inserido mais iodo, até 
que ela esteja cheia. 
**Na bexiga existe um mecanismo anti-refluxo, nos 
óstios dosureteres (lugar por onde os ureteres 
entram na bexiga), há uma válvula que recebe o 
nome de Válvula Anti-refluxo, que vai impedir que o 
contraste volte da bexiga para os ureteres e para os 
rins. 
**Na uretrocistografia não é normal que os ureteres 
e os rins sejam opacificado, ou seja, visualizados, se 
isso acontecer é porque o mecanismo anti-reflexo na 
bexiga não está funcionando, representando uma 
patologia que recebe o nome de Refluxo 
Vesicureteral (refluxo de urina da bexiga para os 
ureteres). 
1. Uretrocistografia retrógada: 
- Injeta de forma retrógrada o meio de contraste na 
uretra, o que faz com que ela fique opacificada 
durante o estudo; 
- Retrógrada, pois o meio de contraste vai ser 
injetado contra o fluxo natural da urina (uretra para 
fora), ou seja, de fora para dentro; 
- Somente homens (adolescentes e adultos) podem 
realizar, pois a uretra das crianças e de mulheres são 
curtas. 
2. Uretrocistografia miccional: 
- Depois que a bexiga está cheia de contraste, as 
chapas são realizadas com o paciente em micção 
ativa; 
- Realizada em mulheres, crianças e homens. 
 
Histerossalpingografia: 
 
 
57 
 
Introdução à radiologia 
- É um exame de imagem também conhecido pela 
sigla HSG. É uma forma de raio-x com contraste para 
visualizar trompas e cavidade uterina. O 
procedimento não é invasivo e geralmente é rápido; 
- Vai ser inserido um cateter no colo do útero, por 
onde vai ser injetado o meio de contraste; 
- Opacificando a cavidade uterina , as trompas e se 
as trompas estiverem desobstruídas é possível que o 
contraste passe para o peritônio. 
** Esse tipo de exame é obrigatório quando na 
investigação de infertilidade, é muito utilizado na 
rotina de mulheres que não conseguem engravidar. 
**Se as trompas estiverem obstruídas, há um 
processo inflamatório com fibrose. 
**O ovário não é opacificado na 
histerossalpingografia, pois é uma substância sólida 
e não um órgão oco. Para que o ovário seja 
visualizado pode ser utilizado outros meios, como 
por exemplo, ultrassonografia , tomografia 
computadorizada e ressonância magnética. 
 
- Os exames iodados são extremamente seguros e 
muito utilizados no dia a dia; 
- O iodo também é utilizado na tomografia e no 
cateterismo. 
→Riscos de exames iodados: 
Reações anafiláticas (raras): 
- São reações alérgicas extremamente sérias, súbitas 
e com risco à vida; 
- Para evitar essas reações anafiláticas, quando o 
paciente chega no serviço para marcar um exame 
com iodo, ele precisa responder um questionário 
que apresenta alguns fatores de risco relacionados 
as reações, os principais são: asma brônquica em 
atividade e a reação prévia a um exame com 
contraste.; 
- Nesses casos o exame pode ser trocado e se não 
tiver como trocar, é feito um preparo antialérgico, a 
base de imunossupressores, para minimizar o risco 
de reações anafiláticas. 
 
Nefrotoxicidade: 
- Por ser relativamente nefrotóxico, é importante 
que em pacientes com danos renais estabelecidos 
seja evitado. 
o Principais exames com contrastes baritados: 
- Exame utilizado para visualização do Sistema 
Digestivo; 
- Opacificando as vísceras abdominais (esôfago, 
estômago e o intestino); 
- Esse tipo de contraste jamais pode ser injetado em 
uma veia e nem cair no peritônio ou no mediastino, 
pois por ser uma suspensão colodidal, com o tempo 
o bário vai se desassociar da água permanecendo 
acumulado, o que vai induzir uma reação 
inflamatória crônica. 
**Ou seja, o bário não pode ser administrado em 
mucosas que não tenham comunicação com o meio 
externo, pois não tem como ser excretado. 
 
- À medida que o bário vai sendo injetado, há a 
visualização do esôfago; 
- Do esôfago o contraste vai para o intestino e o 
paciente vai excretar através da evacuação (3 dias 
com as fezes esbranquiçadas); 
- Quando a víscera possui comunicação com o meio 
externo, o contraste é liberado totalmente. 
Enema opaco: 
- O enema opaco é um exame 
de diagnóstico que utiliza raio-
X e contrasta, normalmente 
sulfato de bário, para estudar 
a forma e a função do 
intestino grosso e reto e, 
assim, detectar possíveis 
 
58 
 
Introdução à radiologia 
problemas intestinais, como diverticulite ou pólipos, 
por exemplo; 
- O contraste é injetado por via retal, que depois é 
eliminado pelas fezes, sem nenhum problema. 
→Risco dos exames com sulfato de Bário: 
Suspeita de fístulas ou perfurações: 
- Se houver suspeita de alguma perfuração, o bário 
não é utilizado, pois existe o risco de passar para as 
vísceras sem comunicação externa e se acumular, 
causando uma inflamação, então o iodo vai ser 
utilizado. 
Ex.: pós-operatório de uma cirurgia intestinal. 
➢ Mamografia: 
- O exame de mamografia é a principal tecnologia a 
serviço das mulheres para o diagnóstico precoce do 
câncer de mama, é um exame de rastreio por 
imagem, que tem como finalidade estudar o tecido 
mamário. Esse tipo de exame pode detectar um 
nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável; 
- Foi desenvolvida pelo fato de o câncer de mama ser 
muito prevalente entre as mulher, uma a cada 8 
mulheres vai ter câncer de mama ao longo da vida, 
mas a maioria é descoberta de forma precoce e com 
bom prognóstico. Além disso, em questão de 
número de mortes, perde apenas para o câncer de 
pulmão. 
Ex.: possui uma fase pré clínica muito longa, 
podendo ser detectado por exames de rastreio, 
sendo a mamografia o principal. 
 
 
o Fisiologia da mama: 
- A mama possui dois tipos de tecidos: fibroglandular 
e gorduroso/adiposo; 
- Esses tecidos vão aparecer de forma diferente nos 
exames de imagem. A mulher mais jovem possui 
mais tecido fibroglandular do que gorduroso, mas 
com o passar do tempo as proporções invertem, 
sendo em maior quantidade o gorduroso. 
 
 
- O tipo etiológico mais comum e prevalente do 
câncer de mama é o carcinoma que nasce nos ductos 
mamários (Carcinoma Ductal). 
 
59 
 
Introdução à radiologia 
 
 
o Apresentação dos tecidos na mamografia: 
 
- Tecido fibroglandular são as áreas brancas; 
- Tecido gorduroso/adiposo são as áreas cinza 
escuro; 
- É possível observar na imagem que se trata de um 
mulher na meia idade com muito tecido gorduroso. 
** A principal forma de apresentação do câncer de 
mama na mamografia são as microcalcificaçãoes: 
 
o Diferença entre o raio-X convencional e o 
mamógrafo: 
 
- A principal diferença é que o mamógrafo apresenta 
um compressor, que vai homogeneizar o tecido e 
comprimir a mama, ajudando na redução da 
radiação que vai ser exposta, pois quanto mais fino 
menos radiação; 
- Como o exame de mama deve ser feito todo ano, é 
de extrema importância que a quantidade de 
radiação seja baixa, por esse motivo a mama é 
comprimida. 
**Segundo a sociedade médica a mamografia deve 
começar a ser realizada a partir dos 40 anos, já para 
o Ministério da Saúde a partir dos 50. 
 
 
 
60 
 
Introdução à radiologia 
o Classificação BI-RADS: 
- O ACR BI-RADS, portanto, é uma forma padronizada 
de relatar os achados radiológicos da mamografia, o 
que reduz em muito o risco de interpretações 
subjetivas de laudos puramente descritivos e impede 
que um mesmo achado seja interpretado de forma 
diferente entre o médico radiologista que realizou o 
exame e o médico assistente da paciente que 
solicitou o exame. 
 
→BI-RADS categoria 0 – exame inconclusivo: 
- Quando o radiologista classifica o seu resultado 
como BI-RADS 0, isso significa que ele considerou o 
exame inconclusivo ou incompleto. As causas para 
uma categoria 0 incluem fatores técnicos, tais como 
imagens de baixa qualidade, que podem ser devidos 
ao posicionamento inadequado da mama ou à 
movimentação da paciente durante o exame. A 
categoria 0 também pode ser atribuída quando há 
dúvida sobre a existência ou não de uma lesão, 
havendo necessidade da realizaçãode outro exame 
de imagem para tirar a prova; 
- A disponibilização de laudos de mamografia 
anteriores para que o médico radiologista possa 
comparar imagens antigas com as imagens atuais 
diminui o risco de a mamografia ser classificada 
como BI-RADS 0. Por exemplo, uma lesão de difícil 
avaliação, mas que existe há vários anos e nunca 
mudou de aspecto, fala claramente a favor de uma 
lesão benigna. Com o auxílio de resultados 
anteriores, o médico pode mudar a classificação de 
categoria 0 para categoria 2 (ver mais à frente); 
- Quando o laudo da mamografia recebe a 
classificação 0, a paciente é orientada a realizar 
imagens mamográficas adicionais e/ou uma 
ultrassonografia da mama; 
- Portanto, um BI-RADS 0 não indica nem que a lesão 
é provavelmente benigna nem que é provavelmente 
maligna. A categoria 0 indica um exame inconclusivo 
que deve ser repetido. 
→ BI-RADS categoria 1 – Exame normal ou exame 
negativo: 
- Quando o radiologista classifica o seu resultado 
como BI-RADS 1, isso significa que a mamografia não 
apresenta nenhuma alteração. O exame é 
completamente normal. As mamas são simétricas e 
não foram visualizadas massas, distorções de 
arquitetura ou calcificações suspeitas. O risco de 
lesão maligna em um exame classificado como 
categoria 1 é de 0%. 
→ BI-RADS categoria 2 – Exame com achados 
certamente benignos: 
- Quando o radiologista classifica o seu resultado 
como BI-RADS 2, isso significa que ele encontrou 
alguma alteração na mamografia, mas que as 
características da lesão permitem afirmar que ela é 
benigna; 
- Entre as lesões que costumam ser encontradas em 
exames com classificação BI-RADS 2, podemos citar: 
 
- Para ser classificado como categoria 2, o médico 
precisa ter segurança para afirmar que a lesão é de 
origem benigna. Se o médico tiver dúvidas, o 
resultado não pode ser classificado como BI-RADS 2, 
mas sim como BI-RADS 3; 
- Portanto, na prática, um resultado BI-RADS 2 tem o 
mesmo valor clínico de um BI-RADS 1. O risco de 
lesão maligna é de 0%. 
 
61 
 
Introdução à radiologia 
→ BI-RADS categoria 3 – Exame com achados 
provavelmente benignos: 
- Quando o radiologista classifica o seu resultado 
como BI-RADS 3, isso significa que ele encontrou 
alguma alteração na mamografia, que 
provavelmente é benigna, mas que ele não tem 
100% de segurança. Por mais que o médico tenha 
quase certeza que a lesão é benigna, se ele tiver a 
mínima dúvida, a classificação deve ser categoria 3; 
- Quando o exame é classificado como BI-RADS 3, a 
conduta sugerida é repetir a mamografia após 6 
meses. Se o novo exame também for categoria 3, 
uma nova mamografia é repetida após mais 6 meses 
(12 meses após a primeira). Se nessa mamografia o 
resultado for o mesmo, uma última reavaliação 
mamográfica deve ser realizada após mais 1 ano (2 
anos após o resultado inicial). Se após 2 anos, a lesão 
permanecer igual, o radiologista pode passar a 
considerá-la um BI-RADS 2; 
- Por outro lado, se em algum momento de o 
seguimento a lesão mudar de características e se 
tornar mais suspeita, a classificação deve ser 
mudada para BI-RADS 4 e a lesão deve ser biopsiada. 
Vários estudos já mostraram que esse seguimento 
semestral não acarreta risco para a paciente. Mesmo 
nos raros casos em que a lesão muda de 
característica e passa a haver a suspeita de 
malignidade, a espera não traz prejuízos à saúde da 
paciente; 
- Portanto, um resultado na categoria 3 indica uma 
lesão com baixíssimo risco de malignidade, que não 
precisa ser inicialmente biopsiada, mas que, por 
prudência, deve ser seguida de perto ao longo dos 
próximos 2 anos; 
- O risco de lesão maligna do BI-RADS 3 é de apenas 
2%, ou seja, 98% dos casos são mesmo lesões 
benignas. 
→ BI-RADS categoria 4 – Exame com achados 
suspeitos: 
- Quando o radiologista classifica o seu resultado 
como BI-RADS 4, isso significa que ele encontrou 
alguma alteração na mamografia, que pode ser um 
câncer, mas que não necessariamente é um câncer. 
Todas as pacientes com um resultado BI-RADS 4 
devem ser submetidas à biópsia da lesão para que o 
diagnóstico correto possa ser estabelecido; 
- A categoria 4 costuma ser dividida em 3 
subcategorias de acordo com o risco de câncer: 
 
- Independentemente da subcategoria de BI-RADS 4, 
todos os casos devem ser submetidos à biópsia. A 
diferença é que na paciente com BI-RADS 4A, o 
esperado é que a biópsia confirme uma lesão 
benigna, enquanto no BI-RADS 4C, o esperado é que 
a biópsia confirme o diagnóstico de câncer. 
→ BI-RADS categoria 5 – Exame com elevado risco 
de câncer: 
- Quando o radiologista classifica o seu resultado 
como BI-RADS 5, isso significa que ele encontrou 
alguma alteração na mamografia, que quase com 
certeza é derivada de um câncer da mama; 
- Lesões da mamas com típicas características de 
câncer incluem nódulos densos e espiculados, 
calcificações pleomórficas, lesões com retração da 
pele ou distorções da arquitetura da mama ou 
calcificações lineares finas dispostas num segmento 
da mama. Todas as lesões com categoria 5 devem ser 
biopsiadas; 
- O risco de lesão maligna em um exame classificado 
como BI-RADS 5 é maior que 95%. 
→ BI-RADS categoria 6 – Exame com lesão maligna 
previamente conhecida: 
- A classificação BI-RADS 6 é utilizada apenas nas 
pacientes que já têm o diagnóstico de câncer de 
mama estabelecido e acabam por fazer uma 
mamografia para acompanhamento da doença, 
como por exemplo, após início da quimioterapia. 
Essa classificação serve apenas para confirmar ao 
médico que a lesão maligna identificada na 
mamografia é a mesma já conhecida anteriormente. 
 
62 
 
Introdução à radiologia 
o Limitações: 
- Mamas densas em 
mulheres jovens, com 
muito tecido 
fibroglandular, o que 
acaba dificultando a 
identificação de uma 
calcificação ou nódulo. 
Pois, a radiopacidade 
dessas lesões é 
semelhante à do tecido 
normal. 
➢ Densitometria: 
- Exame que utiliza radiografia para fazer imagens, 
através de um aparelho chamado densidômetro; 
- Esse aparelho faz uso da radiação X e também dois 
feixes da radiação, os feixes conseguem separar o 
tecido mole do tecido ósseo; 
- A principal função da Densitometria óssea é estudar 
a densidade mineral óssea; 
- Exame para rastrear o risco de fraturas na 
população susceptível à osteoporose. 
**Quanto menor a massa óssea, maior o risco de 
fraturas. 
 
 
- Como resultado da perda de massa óssea 
relacionada com a idade, ocorre maior risco de 
fraturas; 
- Os locais mais susceptíveis são os ossos do quadril 
(coxo-femural; cabeça do fêmur; colo do fêmur), 
coluna e punho. 
**Em mulheres na menopausa há uma perda 
acelerada da massa óssea, o que favorece risco de 
fraturas. 
 
** A densidometria surgiu pelo fato de que o Raio-X 
convencional é relativamente insensível à perda 
discreta de densidade mineral óssea, já a 
densitometria é altamente sensível. 
- Então no Rx convencional só é identificada 
desmineralização com perda de 30-50% da 
densidade óssea. 
 
 
63 
 
Introdução à radiologia 
 
- T-score e Z-score são utilizados nos laudos de 
densitometria óssea, sendo o primeiro mais comum. 
→T-Score: 
- Utilizado em mulheres após a menopausa; 
- Comparando a densidade mineral óssea da 
paciente com a que é esperada para uma mulher 
jovem. 
*O T-Score é a “nota” da densidade óssea do 
paciente comparada a adultos jovens do mesmo 
sexo e etnia. 
 
→Z-score: 
- Utilizado para os outros pacientes que não as 
mulheres na menopausa; 
*O Z-Score é a “nota” da densidade óssea do 
paciente comparado com as pessoas da mesma faixa 
etária, sexo e etnia. 
 
 
➢ Medicina nuclear: 
- Exame que utiliza uma substância que é radioativa 
e vai acoplar ela a um fármaco qualquer, para 
simular algum metabolismo do organismo; 
- Essa substância quando injetada nopaciente, vai 
começar a decair e isso é captado por um aparelho 
(Gamma Camera); 
- Esse decaimento é feito através de raios gama. 
 
- - Apresenta um exame funcional, a anatomia dele 
não é muito interessante; 
- Nesse exame vai ser estudado o metabolismo. 
 
- Nesse caso a substância radioativa foi o tecnécio; 
 
64 
 
Introdução à radiologia 
- Analisa se esse contraste chega no coração, se 
possui alguma dificuldade de chegar lá ou se vai ter 
metabolizado pelo miocárdio, o que pode indicar 
uma área isquêmica. 
 
- - Foi injetado no paciente uma substância 
radioativa acoplada a um fármaco que tinha 
afinidade por mucosa gástrica; 
- A bexiga pode aparecer na medicina nuclear, pois a 
substância vai ser excretada pela urina; 
- Existe uma doença chamada de Divertículo de 
Meckel, é um divertículo (saquinho) de natureza 
congênita e apenas 1% da população apresenta; 
- Localiza-se a mais ou menos um metro da válvula 
íliocecal, apresenta vários tipos de revestimento na 
sua mucosa (pancreático, intestinal e gástrico); 
- Se tiver um revestimento gástrico, vai produzir 
ácido dentro do divertículo, que vai jogar ácido 
dentro do intestino delgado, tendo a presença de 
úlceras; 
- O exame nuclear é muito importante na 
identificação do revestimento do divertículo. 
 
 
 
 
 
 
Cintilografia óssea: 
 
- Utilizado para pesquisa de metástase; 
- Há a imagem do esqueleto ósseo inteira, através da 
substância radioativa que vai ser acoplada a um 
fármaco que tenha afinidade pelo metabolismo 
ósseo; 
- As regiões mais escuras, com metabolismo 
aumentado indicam metástase. 
** As substâncias que serão utilizadas vão depender 
do metabolismo que se quer estudar. 
>> Vantagens: 
- Não invasivo; 
- Imagens funcionais; 
- Menor exposição à radiação; 
- Menor índice de reações. 
>> Desvantagens: 
- Baixa resolução anatômica; 
- Disponibilidade de certos radiotraçadores não é 
imediata, pelo fato de serem substâncias com 
decaimento radioativo ao longo do tempo; 
- São exames demorados; 
- Por ser tratar de imagens funcionais, alguns exames 
precisam de preparo prolongado, com restrição a 
certos tipos de alimentos e medicamentos; 
- Alguns processos metabólicos não podem ser 
acelerados e a aquisição de imagens pode ser 
demorada. 
 
 
65 
 
Introdução à radiologia 
ANATOMIA SECCIONAL DO ABDOME – 
RX, TC E RM 
➢ Radiografia abdominal: 
 
- Na radiografia 
convencional do 
abdome poucas 
estruturas são bem 
identificadas porque se 
tem poucos tons de 
cinza. 
 
 
- As indicações para realizar uma radiografia normal 
do abdome simples são: 
-- suspeita de obstrução ou perfuração intestinal; 
-- dor abdominal moderada/importante não 
determinada; 
-- suspeita de corpo estranho; 
-- seguimento de cálculo renal. 
Incidências: 
- A mais utilizada é AP, na maioria das vezes o 
paciente está deitado. 
 
- Também pode ser feito em pé, e é muito útil em 
casos de obstrução intestinal, porque o ar sobe e o 
líquido desce, sendo formados níveis nas alças 
intestinais. 
 
- Outra incidência que pode ser feita é o paciente 
deitado em decúbito lateral, usado principalmente 
em pesquisa de pneumoperitônio. O lado esquerdo 
para baixo e o direito para cima. Se tiver ar ele tende 
a subir e se localizar entre o fígado e a parede 
abdominal. 
 
 
o Anatomia radiográfica: 
 
 
66 
 
Introdução à radiologia 
 
 
- Os lobos inferiores do pulmão ficam projetados 
nessa área porque o diafragma tem um formato de 
“montanha”. A região mais anterior e mais posterior 
não tem diafragma porque ele não é reto, então se 
vê o pulmão. Uma pneumonia ou um derrame 
pleural pode aparecer numa radiografia abdominal. 
 
**Se você olhar atentamente para as bases 
pulmonares, muitas vezes você pode ver a 
vasculatura pulmonar como ramificação linear 
opacidades (como visto no exemplo acima). 
 
 
 
- Só é possível delimitar esses órgãos da figura acima 
se tiver uma linha de gordura delimitando as 
capsulas. Como os órgãos abdominais tem 
densidades muito próximas uns dos outros, só é 
possível delimita-los se houver uma linha de gordura 
entre eles. Se não for possível delimitar, é necessário 
saber ao menos onde fica a projeção de cada um 
deles. 
Aparelho urinário: 
 
 
**A posição da vesícula biliar pode ser muito 
variável. Ele pode aparecer em qualquer lugar na 
 
67 
 
Introdução à radiologia 
região do quadrante superior direito. A posição mais 
comum (na borda inferior do fígado) é mostrada na 
parte anterior por exemplo. 
 
- Na maioria das vezes é possível identificar o 
contorno dos rins nos flancos. Os ureteres são muito 
finos e retroperitoneais então, em geral não é 
possível visualizar, só se sabe a localização 
topográfica, que seria paravertebral; 
- A vesícula biliar e as suprarrenais também 
normalmente não são visualizadas na radiografia 
convencional; 
- O gás projetado na região da bexiga não é da 
bexiga, e sim do reto que fica projetado sobre a 
bexiga, porque não se tem a noção de profundidade 
nessa incidência. 
Estruturas musculares e ósseas: 
 
 
 
 
o Roteiro sistematizado: 
1. Procurar gás fora de alças 
(pneumoperitônio); 
2. Avaliar o padrão gasoso intestinal; 
3. Procurar calcificações patológicas; 
4. Avaliar o arcabouço ósseo e a sombra dos 
órgãos sólidos; 
5. Avalie dispositivos cirúrgicos. 
→1. Gás fora de alças: 
- Quando se tem um 
pneumoperitônio 
fazer a radiografia em 
ortostase é melhor, 
porque o ar tende a 
subir, se localizando 
logo abaixo do 
diafragma. 
 
68 
 
Introdução à radiologia 
- Eventualmente pode-se ver o gás entre as alças 
intestinais, como na imagem abaixo. 
 
→2. Padrão gasoso intestinal: 
- É muito variável, mas de uma maneira geral se 
encontra densidade gasosa na moldura do cólon, 
mas não no intestino delgado. Essa moldura é 
periférica. Esse gás no intestino grosso é normal por 
conta das bactérias que liberam gás. Na região 
central do abdome não se vê gás, ou se vê é muito 
pouco. 
 
→3. Calcificações patológicas: 
- Geralmente as calcificações que se busca são 
cálculos renais. Na imagem abaixo é possível 
visualizar a sombra do rim esquerdo do paciente 
(porque tem gordura al lado então é possível 
delimitar). Também é possível ver dentro do rim 
duas estruturas com densidade elevada. 
 
 
→4. Sombra dos órgãos sólidos e arcabouço ósseo: 
- Observar os principais órgãos. 
 
 
69 
 
Introdução à radiologia 
- Na imagem abaixo é possível ver uma bola com 
densidade de partes moles no hipocôndrio esquerdo 
delimitada por gordura. Ela não tem o formato de 
nenhum órgão que é esperado nessa região, então 
pode-se concluir que essa estrutura é patológica 
(cisto renal – líquido –> urina). 
 
- Na imagem abaixo, à esquerda tem-se um paciente 
com o arcabouço ósseo normal. Tem uma boa 
delimitação entre a cortical e a medular dos ossos. À 
direita observa-se que há uma densidade 
difusamente aumentada no esqueleto, com uma má 
delimitação da cortical e da medular. Nessa imagem 
o paciente era portador de metástases ósseas 
decorrentes de um adenocarcinoma de próstata. 
 
→5. Avaliar dispositivos cirúrgicos: 
- Avaliar o bom posicionamento de dispositivos 
cirúrgicos (dreno, cateter, sonda, etc.) na imagem 
abaixo se observa uma sonda gástrica bem 
posicionada projetada na camara gástrica. 
 
➢ Tomografia abdominal: 
 
 
- Na transição toraco-abdominal já é possível ver o 
fígado (1). 
 
1 
 
70 
 
Introdução à radiologia 
 
1: fígado. 2: polo superior do baço. 3. Fundo do 
estômago. 4: aorta descendente; 
 
 
- Depois da 12ª vértebra dorsal o fígado fica bem 
mais perceptível. 1: fígado. 2: polo superior do baço. 
3. Fundo do estômago. 4: líquido dentrodo 
estômago. 5: polo superior do rim esquerdo. 
 
 
1: fígado. 2: polo superior do baço. 3. Fundo do 
estômago. 4: líquido dentro do estômago. 5: polo 
superior do rim esquerdo. 6: polo superior do rim 
direito (em geral o rim direito é mais baixo do que o 
esquerdo). A bolinha em vermelho está circulando é 
a porção intra-hepática da veia cava inferior, ao lado 
da aorta (apontada em vermelho). 
 
1 
2 
3 
4 
1 
2 
3 
4 
5 
1 
2 
5 
4 
3 
6 
 
71 
 
Introdução à radiologia 
 
- É possível visualizar na imagem acima o fígado, o 
estômago e o baço na mesma localização 
topográfica. 1: Terço médio do rim esquerdo. 2: 
transição do polo superior com o terço médio do rim 
direito. 3: porção extra-hepática da veia cava 
inferior. 4: veia renal esquerda entrando na veia cava 
inferior. 5: pâncreas (mais escuro acima da veia 
porta). 6: veia porta (linha mais branca). 
 
 
1: veia cava inferior. 2: cabeça do pâncreas. 3: 
vesícula biliar (densidade de líquido). As estruturas 
que estão dentro do círculo vermelho são alças 
intestinais. Alças colônicas são as que tem gás, alças 
do delgado em geral não tem gás e estão colabadas. 
 
 
1: vesícula biliar. Polos inferiores dos rins direito e 
esquerdo, final do fígado. Todas as outras estruturas 
à frente da coluna são alças intestinais. Ao lado la 
coluna tem-se dois grandes músculos, que são os 
psoas. 
 
1 2 
3 
4 
5 6 
2 
1 
3 
1 
 
72 
 
Introdução à radiologia 
 
- A imagem acima já está no nível de L4. Veia cava 
inferior à direita da coluna vertebral (1), a aorta mais 
à esquerda. Músculo psoas (2) e final do fígado (3) 
também podem ser visualizados. Musculatura 
paravertebral (4). As outras estruturas são as alças 
intestinais. 
 
 
- Nesse corte entrando na região pélvica a aorta e a 
veia cava começam a bifurcar, então se vê mais de 
duas estruturas vasculares. 1: artérias ilíacas 
comuns. 
 
 
1: veias ilíacas. 2: artérias ilíacas. 3: músculo psoas. 
4: osso ilíaco. 
 
 
- Esses pontinhos no centro são pequenos vasos que 
nutrem as alças intestinais. Vasos ilíacos na lateral. 
1 
2 
3 
4 
1 
1 
1 
2 
2 
3 
4 
 
73 
 
Introdução à radiologia 
 
 
1: cólon sigmoide. Região sacral circulada em 
vermelho. 2: Acetábulo. 3: musculatura glútea. 
 
 
1: bexiga. 2: reto. 3: vesícula seminal (paciente do 
sexo biológico masculino). 
 
 
➢ Ressonância magnética abdominal: 
o RM T1 abdome superior: 
- Os órgãos são os mesmos, o que muda é o sinal, a 
densidade. 
 
1 2 
3 
1 
2 
3 
Próstata 
Fígado Baço 
Estômago 
Gordura 
peritoneal 
 
74 
 
Introdução à radiologia 
 
**O pâncreas é o que passa transversalmente, a veia 
está coladinha nele (mais escura). 
 
1: rim direito. 2: rim esquerdo. 
 
 
 
o RM T2 pelve masculina: 
 
 
 
**A vesícula seminal se vê “branca” na RM-T2 
porque são ricas em líquido. 
Pâncreas Veia 
mesentérica 
Veia 
cava 
1 2 
Vesícula 
biliar 
Pâncreas 
M. psoas 
Reto 
Bexiga 
Vesícula 
seminal 
 
75 
 
Introdução à radiologia 
 
 
o RM T2 pelve feminina: 
 
 
*Por fora o miométrio, por dentro o endométrio. 
 
 
 
Lembrar que é sempre bom correlacionar com 
outros planos de imagem. 
 
Bexiga Próstata 
Útero 
Reto 
Bexiga 
 
76 
 
Introdução à radiologia 
ATELECTASIA PULMONAR 
- Opacidade com PERDA de volume pulmonar; 
- Perda de volume pulmonar associado com 
redução da quantidade de ar alveolar; 
- Atelectasia e consolidação são processos 
diferentes, que podem coexistir. 
 
- Na imagem acima pode-se observar que a cisura 
não está onde deveria, foi puxada para cima. 
 
- Na imagem acima tem-se uma pneumonia do lobo 
superior. É uma opacidade da mesma forma, mas a 
cisura está na topografia correta. 
 
 
➢ Sinais radiológicos: 
o Diretos: 
- Desvio da cisura na direção da atelectasia, 
aproximação dos vasos, 
- Brônquios na área afetada (mais visto na 
tomografia). 
 
 
- Na imagem acima observa-se uma opacidade em 
todo o lobo superior direito, mas a cisura não está 
em sua topografia normal, ela foi puxada para a 
região da atelectasia. Também é possível observar a 
traqueia desviada, mesmo não sendo um sinal 
direto. 
o Indiretos: 
- Desvio de todas as estruturas móveis do mediastino 
(fissuras pleurais, traquéia, coração, hemidiafragma, 
hilo); 
 
77 
 
Introdução à radiologia 
- Opacidade pulmonar; 
- Elevação hemidiafragma; 
- Desvio mediastinal para o lado da atelectasia; 
- Hiperinsuflação compensatória do pulmão 
contralateral; 
- Desvio hilar; 
- Aproximação dos arcos costais. 
 
 
- Na imagem acima é possível observar uma 
atelectasia de lobo superior esquerdo com o desvio 
da traqueia para o lado da opacidade, o desvio 
também do coração e do diafragma deslocados para 
a região da atelectasia. 
 
- Na imagem acima se observa o hemitórax esquerdo 
completamente opaco, evidenciando uma 
atelectasia de todo o pulmão. Nela é possível ver que 
o pulmão direito ultrapassou a linha média e já está 
no hemitórax direito, porque está tentando 
compensar a atelectasia. 
➢ Tipos de atelectasia: 
- Pode ser completa de todo o pulmão (colapso 
pulmonar), lobar, segmentar ou subsegmentar. 
 
- Na imagem acima é observada uma atelectasia 
completa do pulmão esquerdo. Há desvio do 
mediastino para a região da atelectasia. 
o Atelectasia lobar: 
 
 
78 
 
Introdução à radiologia 
- O padrão/aspecto da atelectasia lobar vai ser 
sempre semlehante, a não ser que o paciente tenha 
alguma variação anatômica. 
→Atelectasia do lobo superior direito: 
- Paciente tem um tumor no brônquio do lobo 
superior direito. Se há um tumor vai obstruir um 
brônquio e o ar não vai mais entrar. 
Na atelectasia o ar vai ser reabsorvido e o pulmão 
vai colabar, por isso a perda de volume, 
diferentemente da consolidação em que o ar é 
substituído por alguma coisa. 
 
 
 
 
 
- Nem sempre vai ser possível ver todos os achados 
em um paciente, por isso é importante reconhecer 
todos. 
 
 
 
 
79 
 
Introdução à radiologia 
Sinal radiológico: Atelectasia LSD S de GOLDEN 
 
 
- Tem uma opacidade, com a cisura levantada e a 
traqueia puxada. Faz o “S” porque tem um tumor na 
região hilar, formando uma massa. 
 
→Atelectasia dos lobos inferiores: 
- Opacidade em forma de vela (meio triangular) é o 
mais característico que é identificado (sinal da vela 
retrocardíaco). 
 
 
- Um achado importante na imagem da esquerda é a 
cúpula diafragmática, que está puxada para cima, e 
que há desvio de traqueia; 
- Na região inferior da imagem direita (base do 
triângulo) se vê a imagem mais branca porque está 
somando a densidade do coração com a densidade 
do pulmão atelectasiado. 
**Na imagem à direita, o que está sendo apontado 
pela seta amarela é o botão aórtico, que é mais 
proeminente em pacientes idosos devido à ectasia 
da aorta (principalmente em idosos hipertensos e 
com placas ateromatosas), isso pode desviar um 
pouco a traqueia, mas é um achado normal, 
característico da idade, é chamado de dilatação senil 
da aorta. NÃO confundir com atelectasia o botão 
aórtico mais proeminente desviando levemente a 
traqueia. 
 
- Na imagem à direita, a opacidade está bem atrás 
porque o lobo inferior é uma estrutura posterior. 
 
80 
 
Introdução à radiologia 
➢ Mecanismos de atelectasia: 
 
→Atelectasia obstrutiva: 
 
- Atelectasia segmentar: obstrução no ponto verde; 
- Atelectasia lobar: obstrução no ponto azul; 
- Atelectasia pulmonar: o obstruçãono ponto roxo; 
- Se a obstrução ficar no ponto vermelho (traqueia) 
o paciente morre porque não consegue respirar. 
Pode ser por: 
- Obstrução da via aérea com reabsorção distal do 
gás; 
- Tubo endotraqueal mal posicionado; 
- Tampão de muco; 
- Corpo estranho; 
- Tumor; 
- Estenose brônquica; 
- A principal causa no adulto é o tumor, e nas crianças 
o corpo estranho. 
 
 
- Na imagem acima há uma opacidade no lobo 
superior do pulmão esquerdo, desvio da traqueia 
para o lado E. A opacidade tem margens bem 
definidas, isso significa que está sendo delimitada 
pela cisura. 
→Atelectasia compressiva: 
- Perda de volume secundária ao processo de 
ocupação do espaço; 
- Alteração intratorácica que impede a expansão 
pulmonar (não há obstrução das vias aéreas, a 
compressão é externa ao pulmão); 
- Derrame pleural, pneumotórax e massa pleural são 
possíveis causas. 
 
81 
 
Introdução à radiologia 
 
- Na imagem acima, a área branca delimitada é o 
pulmão atelectasiado, tudo no lugar do pulmão é 
pneumotórax (não tem trama vascular); 
- Comprime e empurra o pulmão. 
→Atelectasia em placa/ discoide/ em faixa/ 
subsegmentar: 
- Densidades lineares, paralelas ao diafragma, nas 
bases; 
- Comum no pós-operatório, paciente com dor, 
respiração superficial, acamado. Paciente que não 
faz uma expansibilidade pulmonar adequada. 
 
 
DERRAME PLEURAL 
- Pleura visceral: reveste a superfície externa 
pulmonar incluindo as fissuras; 
- Pleura parietal: reverte a superfície interna da 
parede torácica, mediastino e diafragma; 
- Espaço pleural: entre os dois folhetos pleurais; 
- Não há comunicação entre as cavidades pleurais; 
- Normalmente 2-10ml de líquido do espaço pleural 
para permitir o deslizamento. 
O DERRAME É NO ESPAÇO PLEURAL, NÃO NOS 
PULMÕES. 
 
- O derrame é a presença de líquido anormal no 
espaço pelural; 
 
82 
 
Introdução à radiologia 
- Pode ser um derrame livre, loculado, cisural ou 
subpulmonar. 
- O derrame pleural se manifesta como uma 
opacidade homogênea. 
 
- Na imagem acima pode-se dizer que há um 
derrame pleural do lado esquerdo ou no hemitórax 
esquerdo. 
➢ Aspecto radiológico: 
Fatores que afetam o aspecto radiológico: 
- Posição do paciente, em decúbito o derrame pode 
passar desapercebido; 
- Grau de elasticidade do pulmão; 
- Doenças pulmonares fibróticas; 
- Efeito gravitacional; 
- Quantidade de líquido; 
- Livre ou loculado; 
- Associação com tumor. 
 
O DERRAME PLEURAL NÃO TEM BRONCOGRAMA, 
PORQUE ELE NÃO ESTÁ NO PULMÃO. A PRINCIPAL 
CARACTERÍSTICA É QUE É UMA OPACIDADE 
HOMOGÊNEA. 
o Derrame pleural livre: 
- Opacidade homogênea; 
- Obliteração do seio costofrênico; 
- Contornos diafragmático e cardíaco obscurecidos; 
- Não há boncrograma aéreo; 
- Não há perda de volume; 
- Pode ter efeito expansivo com desvio mediastinal 
para o lado oposto (se for muito grande). 
 
 
 
83 
 
Introdução à radiologia 
- Quando se tem um derrame pequeno, com pouco 
líquido, há a obliteração do seio costofrênico. É o 
sinal do menisco. 
 
- Aumenta a sensibilidade para derrame pleural se 
fizer o exame também em perfil. Se o derrame for 
muito pequeno não vê no PA porque vai se misturar 
com o abdome (fígado). 
Sinal da parábola: 
 
 
**Para diferenciar de pneumonia, o certo não é dizer 
que é porque não tem broncograma (porque nem 
toda pneumonia vai ter broncograma), e sim porque 
morfologicamente/semiologicamente não tem 
forma de lobo nenhum. Tem forma de derrame. 
→Investigação radiológica: 
 
- Pode-se fazer uma ultrassonografia, que é muito 
boa para ver o derrame. É boa também para guiar 
um futuro procedimento, como toracocentese, para 
drenar o líquido; 
- A TC é indicada em alguns casos, principalmente 
quando se suspeita de neoplasia, para avaliar a 
pleura e se o derrame é secundário a um câncer de 
pulmão; 
- O decúbito lateral/Laurell é o que possui melhor 
sensibilidade para o derrame pleural, porque 
identifica aqueles a partir de 5ml. SEMPRE o lado 
suspeito de derrame para baixo, para o líquido 
escorrer pela parede, e não pelo mediastino. 
 
 
84 
 
Introdução à radiologia 
- Pode-se observar no canto inferior do pulmão 
direito na 1ª imagem o sinal do menisco, que é a 
obliteração do seio costofrênico. 
 
- Em pacientes que estão em UTI, 
traqueostomizados, com cateteres e sondas, se há 
uma opacidade e há dúvida da causa, faz-se o laurell. 
Na imagem da direita fica evidenciado que o 
paciente também tem derrame. Deve-se ter muito 
cuidado em pacientes acamados, porque o derrame 
vai se espalhar e deixar tudo branco na radiografia. 
o Derrame intercisural: 
 - É um derrame na cisura. O mais comum de ser 
observado é na cisura transversa. 
 
- Ele fica entre os dois folhetos pleurais, encistado. 
Pode ser menorzinho, como na imagem abaixo: 
 
- Acontece principalmente em pacientes com ICC. 
Em ambas as imagens mostradas anteriormente é 
possível ver um aumento da área cardíaca. Cuidado 
para não achar que é um tumor; 
- Esse derrame pode ser chamado de psudotumor ou 
tumor evanescente ou tumor fantasma. Como ele 
geralmente acompanha o paciente com ICC, na hora 
que essa insuficiência é tratada e o paciente esse 
derrame some/seca. 
o Derrame subpulmonar/infrapulmonar: 
- Entre a base pulmonar e o diafragma; 
- Pseudo-hemidiafragma; 
- Separação da bolha gástrica do pseudo-
hemidiafragma (normal é <1,5cm, quase 
encostando). 
 
- Na imagem acima pode-se observar a bolha gástrica 
sendo apontada em vermelho, e como ela está 
distante da sombra do que seria o diafragma. Isso 
significa que é um derrame pleural infrapulmonar; 
- Para reconhecer esse tipo de derrame deve-se 
saber a semiologia normal das cúpulas 
diafragmáticas, e notar quando há alteração. 
 
- Na imagem acima o seio costofrênico está raso e a 
sombra diafragmática está muito elevada. 
 
85 
 
Introdução à radiologia 
 
- É um tipo de derrame livre. Se houver dúvida, 
colocar o paciente em Laurell. Na imagem da direita 
é possível ver que o líquido escorreu, inclusive 
entrou um pouco na cisura. Se não quiser fazer o 
decúbito lateral, pode ser feito um ultrassom. 
**É importante lembrar que a cúpula diafragmática 
está na localização normal, o que dá o aspecto de 
que ela está elevada é o derrame. 
o Derrame loculado: 
- Aderências na superfície pleural, limitam a 
mobilidade do líquido; 
- Normalmente Empiema, hemotórax ou tumor. 
*Doenças sistêmicas geralmente cursam com 
derrames livres. O derrame loculado normalmente 
vem de traumas, facadas, tiro, processos 
inflamatórios muito purulentos, etc. 
- Forma ou localização não usual; 
- Não muda de posição com a mudança de decúbito. 
 
 
- Na imagem acima, pode-se dizer que não é uma 
pneumonia lobar do lobo inferior porque o lobo 
inferior não tem essa morfologia de meia lua. A 
pneumonia para ter margens bem definidas teria 
que ser uma pneumonia lobar tocando na cisura. 
Não pode ser uma atelectasia porque não tem sinal 
de perda de volume; 
- É preciso olhar e constatar que não é uma 
consolidação. O maior eixo da lesão é paralelo à 
superfície pleural e na grande maioria das vezes tem 
um aspecto de meia lua, como nas imagens 
mostradas previamente. Mas ele também pode ter 
uma morfologia completamente estranha. 
o Grande derrame pleural: 
 
- Exerce um efeito expansivo local, empurrando as 
estruturas contralateral. 
 
86 
 
Introdução à radiologia 
 
o Derrame maciço: 
- Hemitórax opaco; 
- Mais do que 2000ml; 
- Opacidade de todo o hemitórax com caráter 
expansivo; 
- Desvio do mediastino para o lado oposto; 
- Radiografia não avalia o pulmão; 
- Realizar TC de tórax para avaliar a etiologia do 
derrame. 
 
- Na imagem acima se observa uma opacidade 
completamente homogênea com efeitoexpansivo e 
desvio das estruturas contralateralmente; 
- Pode promover uma atelectasia compressiva 
HEMITÓRAX OPACO 
- Opacidade de todo o hemitórax. Pode ser: 
-- sem alteração do volume do hemitórax; 
-- há perda de volume com efeito retrátil; 
-- há efeito expansivo. 
- A referência será a posição do mediastino; 
- Também observar: alterações dos espaços costais e 
posição dos gases abdominais. 
 
- Na 1ª imagem é possível visualizar broncograma. 
Pneumonia comprometendo todo o lado esquerdo 
do pulmão. Não tem desvio de traqueia ou 
mediastino, ou seja, é um hemitórax opaco e não 
tem efeito expansivo; 
- Na 2ª imagem há uma opacidade em todo o pulmão 
direito. Não é possível ver o coração ou o mediastino 
do recém-nascido, os arcos costais do lado esquerdo 
também estão próximos. Pela perda de volume, é 
uma atelectasia de todo o pulmão; 
- Na 3ª imagem há uma opacidade em todo o pulmão 
direito com efeito expansivo, todas as estruturas 
estão empurradas contralateralmente, indicando 
um derrame pleural. 
o Hemitórax opaco com perda de volume: 
- Na imagem abaixo é possível ver que a traqueia está 
desviada para o lado da opacidade, o mediastino 
também, podendo-se concluir que é uma atelectasia. 
 
 
87 
 
Introdução à radiologia 
- Na imagem ao 
lado é possível ver 
que o diafragma e 
o estômago 
subiram para a 
opacidade. Há 
também um desvio 
de traqueia. Não se 
vê o coração nem o 
mediastino no lado 
direito do pulmão. 
É uma atelectasia 
- Na imagem ao 
lado também é 
possível ver um 
desvio da 
traqueia, o 
coração está bem 
puxado para o 
lado da 
opacidade. É um 
caso de agnesia 
pulmonar. 
- Na imagem ao 
lado também se 
tem um desvio de 
traqueia para o 
lado da opacidade, 
o coração também 
não é visualizado 
no lado direito do 
pulmão. É uma pós-
pneumectomia 
- Todas as imagens 
acima possuem características de perda de volume, 
porém são 3 casos diferentes. 
 
o Hemitórax opaco com efeito expansivo: 
 
- Tende a rebaixar a cúpula diafragmática e empurrar 
o coração contralateral. 
 
- Só analisando as imagens acima não é possível qual 
delas tem o tumor e qual não tem, por isso deve-se 
fazer a tomografia para investigar a causa. 
o Hemitórax opaco sem efeito expansivo ou 
retrátil: 
 
- A principal causa dessa categoria é a pneumonia. 
Na imagem acima é possível identificar o 
broncograma. 
 
 
88 
 
Introdução à radiologia 
 
- Na imagem acima não há muito desvio da linha 
média ou da traqueia. Nesse caso, há duas forças 
antagônicas juntas, geralmente derrame e 
atelectasia. Nenhum deles está predominante, um tá 
compensando o outro, o derrame está empurrando 
e a atelectasia está puxando. 
PNEUMOTÓRAX 
- Ar de qualquer origem no espaço pleural; 
- Espontâneo ou traumático. 
 
 
 
- Os vasos param na linha visceral e depois é só um 
preto bem hipertransparente, é só gás/ar. 
o Linha da pleura visceral: 
 
- A pleura visceral torna-se visível: linha da pleura 
visceral. 
 
- A curvatura da pleura visceral é paralela a curvatura 
da parede torácica. 
 
- Não há parênquima 
pulmonar distal ao 
pneumotórax. 
 
 
 
89 
 
Introdução à radiologia 
 
Sinal do sulco profundo: 
- Reconhecimento do pneumotórax depende do seu 
volume e da posição do paciente; 
- Supino: anterior e basal; 
- Ortostase: apical e lateral; 
- Seio costofrênico maior e mais radiotransparente 
no lado do pneumotórax. 
 
- Em ambas imagens os pacientes estão deitados. O 
sinal do sulco profundo é quando o diafragma é 
empurrado para baixo pelo gás. Habitualmente, o 
seio costofrênico do lado do pneumotórax está 
maior, mais baixo e mais radiotransparente. 
o Pneumotórax com atelectasia passiva: 
 
- O pneumotórax é toda a área preta, e bem 
radiotransparente no pulmão direito. O que a seta 
aponta que está branquinho é o pulmão colapsado. 
Não é derrame porque o líquido tem densidade de 
partes moles, se misturando com o pulmão 
colapsado. 
 
o Pneumotórax hipertensivo: 
- Estruturas mediastinais desviadas para o lado 
oposto; 
- Comprometimento cardiopulmonar e do retorno 
venoso para o coração; 
- Inversão do diafragma; 
- Retificação do bordo cardíaco. 
 
- A radiografia acima, supostamente, nunca deveria 
ser vista na vida real, porque significa que o doente 
foi mal avaliado, era para o diagnóstico e o 
tratamento serem feitos antes, porque é risco de 
vida para o paciente. Na imagem a coluna está nua, 
com todas as estruturas empurradas para o lado do 
pulmão esquerdo. Não tem parênquima pulmonar, 
tem espaços intercostais aumentados e o sinal do 
sulco profundo está claramente presente. 
o Hidropneumotórax: 
- Presença de nível hidro-aéreo no espaço pleural. 
 
90 
 
Introdução à radiologia 
 
- Junta o derrame gasosos com o derrame líquido, 
fazendo um nível. O gás sobe e o líquido desce. 
 
- Na imagem acima ainda é possível ver o colapso 
pulmonar (apontado em amarelo). 
PNEUMOMEDIASTINO 
- Ar nos tecidos moles do mediastino; 
- Lesão nos pulmões ou estruturas do mediastino, 
como vias aéreas ou esôfago; 
- A pleura mediastinal é separada do mediastino e 
torna-se visível como uma linha branca fina; 
- Pode ser espontâneo ou traumático; 
- Pode dissecar para as partes moles do pescoço. 
 
- O gás fica entre a pleura parietal e o mediastino. 
 
- Na imagem acima é um paciente vítima de trauma. 
As linhas pretas sendo vistas na região central do 
mediastino não é normal. Essas linhas pretas sobem 
para o pescoço. O gás nas partes moles é chamado 
de enfisema subcutâneo. 
Sinal do diafragma contínuo: 
 
G 
L 
G 
L 
O gás disseca 
tudo, e fica 
com gás entre 
o coração e o 
diafragma. 
 
91 
 
Introdução à radiologia 
PENUMOPERICÁRDIO 
- Ar no espaço do pericárdio (membrana que reveste 
o coração); 
- O gás fica só em torno do coração. 
 
 
- Na imagem acima é possível observar que o gás 
desenha o coração. 
 
ENFISEMA SUBCUTÂNEO 
- Ar nas partes moles do pescoço, do tórax, na 
parede torácica e abdominal. 
 
RX SIMPLES DO TÓRAX: MEDIASTINO 
- O mediastino é a região anatômica situada entre os 
dois pulmões; 
- Limite superior a abertura torácica ao nível da 7a 
vértebra cervical; 
- Limite inferior é o diafragma; 
- Limites laterais são os hilos pulmonares e folhetos 
plurais; 
- Estende-se do esterno aos corpos vertebrais 
ântero-posteriormente. 
 
Funções: 
- Manter o equilíbrio anátomo-funcional dos 
hemitórax por meio do isolamento e amortecimento 
de suas estruturas; 
- Criar mecanismos para que o sistema respiratório 
propicie adequadamente o afluxo de sangue (na 
inspiração) e o aumento do débito cardíaco (na 
expiração); 
- Defesa imunológica (linfonodos). 
 
92 
 
Introdução à radiologia 
 
o Densidades na radiografia: 
- Os Rx atravessam o paciente e são atenuados de 
acordo com a densidade dos tecidos atravessados; 
 
 
- Os feixes de Rx ao atravessar o corpo do paciente 
sofrem atenuação de acordo com a densidade de 
cada tecido; 
- O mediastino é uma região difícil de ser avaliada 
pelo estudo radiológico convencional, uma vez que 
compreende um grande número de estruturas de 
mesma densidade radiológica, com exceção da 
traqueia que contém ar; 
- A rotina de investigação diagnóstica foi 
completamente modificada com o advento da TC. 
o Diagnóstico por imagem: 
Tomografia: 
- TC é considerada, atualmente, o exame obrigatório 
na avaliação das doenças torácicas, permitindo de 
uma só vez, tanto o estudo parenquimatoso quanto 
o mediastinal; 
- A disposição axial dos cortes permite eliminar a 
principal limitação da RX simples que é a 
superposição de estruturas; 
- Medida de densidade: possibilita saber se a lesão 
é líquida ou sólida, orientando o diagnóstico de 
forma mais segura; 
- Calcificaçõessão mais bem avaliadas por essa 
técnica. 
Ultrassonografia: 
- Pode ser indicada para o estudo das lesões de 
tireoide, como bócio mergulhante; 
- Ultrassonografia transesofágica: utilizada para 
estudo do esôfago, coração e pericárdio. 
Ressonância magnética: 
- Pode ser utilizada em casos mais complexos, 
principalmente quando há lesões cardíacas e 
vasculares. 
 
 
93 
 
Introdução à radiologia 
 
- Observar no centro da radiografia sinais de 
esternorrafia (fios metálicos para suturar o esterno). 
 
 
- Em laranja e azul tem-se as pleuras e a parede 
torácica; 
- Em vermelho as bordas cardíacas; 
- Em amarelo a veia cava superior e o arco aórtico; 
- Em verde os hilos pulmonares. 
 
 
 
 
94 
 
Introdução à radiologia 
 
 
o Incidências radiográficas adicionais: 
Tórax com esôfago contrastado (perfil): 
- Indicações: avaliar compressões extrínsecas; íntima 
relação com o átrio esquerdo (pode identificar 
lifadenomegalias). 
 
➢ Arcos mediastinais: 
- Os arcos causam impressões na superfície 
pulmonar. 
 
- Em um paciente normal é esperado observar 5 
arcos: dois à direita e três à esquerda; 
- É essencial que você saiba os marcos anatômicos do 
RX normal; 
- Só a partir daí vai conseguir identificar as 
alterações. 
 
 
 
95 
 
Introdução à radiologia 
 
Aumento do AE 
 
- O aumento do AE pode gerar o quarto arco 
esquerdo em cima da ponta do VE. 
 
 
➢ Divisão do mediastino: 
- O mediastino é divido em compartimento para 
facilitar o agrupamento de tumores e doenças de 
acordo com o local e seu sítio de origem; 
- Há pelo menos 3 classificações propostas: 
 
- Mediastino superior: plano sobre o arco aórtico. 
Estruturas da entrada torácica; 
- Mediastino anterior: contém o timo, linfonodos, 
tecido mesenquimal. Algumas classificações incluem 
o coração; 
- Mediastino médio: contém coração, grandes vasos, 
brônquios, linfonodos e nervo frênico; 
- Mediastino posterior: começa na margem anterior 
dos corpos vertebrais. Contém a aorta descendente, 
esôfago, ducto torácico, linfonodos, nervos e áreas 
paravertebrais. 
 
- Não existe um plano de tecido separando esses 
compartimentos; 
- Na radiografia lateral, os compartimentos anterior 
e médio podem ser separados desenhando uma 
linha imaginária anterior à traqueia e 
posteriormente à Veia cava inferior; 
- Os compartimentos médio e posterior podem ser 
separados por uma linha imaginária que passa 1cm 
posteriormente à borda anterior dos corpos 
vertebrais; 
 
96 
 
Introdução à radiologia 
- Essa divisão nos permite fazer um diagnóstico 
diferencial mais restrito. 
o Alterações mediastinais: 
 
o Massas mediastinais: 
 
 
- A massa mediastinal não contém broncograma 
aéreos; 
- As margens do pulmão serão obtusas; 
- Podem haver anormalidades espinhais, costais ou 
esternais associadas. 
Massa pulmonar: cria ângulos agudos com o 
pulmão; 
Massa mediastinal: cria ângulos obtusos com o 
pulmão. 
 
 
- Na radiografia acima há uma lesão que apresenta 
borda aguda com o mediastino – massa pulmonar 
(tumor pancoast). 
 
- A radiografia de tórax acima mostra uma lesão com 
ângulo obtuso com o mediastino – massa 
mediastinal (timoma localizado no mediastino 
anterior); 
- Como existe um sinal de silhueta com a borda 
direita do coração - que se localiza anteriormente - 
podemos deduzir que a massa deve estar localizada 
dentro do mediastino anterior. 
o Métodos de imagem de acordo com os 
compartimentos mediastinais: 
- TC: analisar e caracterizar as massas mediastinais 
anteriores e médias; 
- Ressonância magnética: analisar massas localizadas 
no compartimento posterior porque a maioria 
dessas massas acaba sendo de natureza 
neurogênica. 
 
97 
 
Introdução à radiologia 
**Uma TC adicional pode ser realizada quando o 
osso precisar ser avaliado. 
➢ Mediastino anterior: 
- Estruturas: timo, linfonodos, aorta ascendente, 
artéria pulmonar, nervos frênicos e tireoide; 
- As lesões mais comuns que você verá no mediastino 
anterior serão de origem tímica ou linfonodal; 
- Mesmo os tumores de células germinativas surgem 
das células pluripotentes do timo; 
- Antes de querer fazer a biópsia de uma massa 
mediastinal anterior, lembrar que algumas dessas 
lesões podem ser de origem vascular. 
 
 
- É possível observar que forma um ângulo obtuso, 
quando se observa a radiografia em perfil pode-se 
concluir que é uma massa que compromete o 
mediastino anterior. 
 
 
- Massa em mediastino anterior. Na radiografia de 
tórax há uma massa que tem ângulos obtusos com o 
mediastino - massa mediastinal; 
- Os vasos hilares são vistos através dessa massa, 
portanto, ela não se origina do hilo e provavelmente 
surgirá do mediastino anterior. Mais comumente 
será uma massa de origem tímica ou linfática A 
localização anterior foi confirmada em uma TC: 
linfoma em um paciente HIV+; 
- Sinal de sobreposição do hilo: quando há uma 
massa mediastinal e você ainda consegue ver os 
vasos hilares através dessa massa, então você sabe 
que a massa não surge do hilo! Devido à geometria 
do mediastino, a maioria dessas massas estará 
localizada no mediastino anterior. 
→Massas císticas: 
- Massas totalmente císticas: cistos tímicos; 
- Massas císticas com componentes sólidos: linfoma 
ou timoma cístico; 
- Massas císticas com septações que realçam pelo 
meio de contraste: pensar em tumor de células 
germinativas. 
 
 
98 
 
Introdução à radiologia 
Cisto tímico: 
- Cisto típico: atenuação de líquido: 
 
Tumor de células germinativas: 
 
- A seta vermelha da imagem acima aponta um 
tumor, a amarela evidencia a aorta; 
- Diagnóstico: lesão heterogênea com septos no 
mediastino anterior – tumor de células germinativas. 
É uma massa cística com septos localizada no 
mediastino anterior; 
- Você tem que lembrar que apenas cerca de 60% dos 
tumores de células germinativas contêm gordura, 
então deve perceber que a ausência de gordura NÃO 
EXCLUI um tumor de células germinativas do 
diagnóstico diferencial; 
- Quanto mais componentes sólidos um tumor de 
células germinativas tiver, maior será a 
probabilidade de o tumor ser maligno; 
- Os teratomas representam o principal grupo de 
tumores germinativos. A maioria de natureza 
benigna; 
- Podem ser sintomáticos na dependência do seu 
tamanho, em razão da compressão de estruturas 
vizinhas ou devido a ruptura dentro da árvore 
brônquica ou espaço pleural; 
- Um terço dos casos exibe calcificações esparsas, 
mas raramente podem ser observados dentes; 
- Caracterizada por massa heterogênea (tecido 
adiposo, parte mole, cisto e osso): 
 
→Timomas: 
- Derivados de células típicas epiteliais; 
- São os tumores mais frequentes no mediastino 
anterior (20%) dos tumores mediastinais; 
- Incidem igualmente nos sexos F e M; 
- Predominam na 4ª década de vida; 
- Mais da metade dos pacientes apresentam 
associação com outras doenças (ex.: miastenia 
gravis, colagenoses); 
- Massa homogênea ou heterogênea; 
- Raramente tem calcificações; 
Timoma cístico: 
 
- Massa localizada no mediastino anterior; 
- A massa é cística, mas tem componentes de realce 
sólidos, por isso estamos preocupados com linfoma, 
tumor de células germinativas e timoma cístico. 
 
99 
 
Introdução à radiologia 
 
- O mediastino é a parte do meio do tórax, o centro 
dos dois campos pulmonares, e incorpora traqueia, 
coração, esôfago, timo e parte dos sistemas vascular, 
nervoso e linfático. 
 
- Através da articulação do manúbrio, fazendo uma 
linha seguindo para o disco intervertebral de T4 tem-
se a divisão de mediastino superior e anterior. O 
mediastino inferior pode ser dividido em anterior, 
médioe posterior. As estruturas envolvidas pelo 
pericárdio são as que compõem o mediastino médio. 
O que está para trás dele é o mediastino posterior. 
 
 
- Limites anatômicos do mediastino: 
-- lateral: superfícies pleurais; 
-- anterior: esterno; 
-- posterior: superfície anterior das vértebras; 
-- superior: transição cérvico-torácica; 
-- inferior: diafragma. 
 
Observações sobre lesões de origem mediastinal: 
- A massa mediastinal não contém broncograma 
aéreo; 
- As linhas mediastinais serão interrompidas; 
- Anormalidades espinhais, costais ou esternais 
podem estar associadas. 
- Alargamento mediastinal: muitos casos estão 
relacionados a técnica – rotação, inspiração 
adequada e visão em AP. 
 
 
100 
 
Introdução à radiologia 
 
 
 
- Acima tem-se as linhas paravertebrais e 
paratraqueais. 
Linha de junção anterior: 
- Mediana: encontro anterior dos pulmões; 
- Vista em 20% dos Rx; 
- Quando abaulada indica lesão do compartimento 
anterior. 
 
Sinal da sobreposição hilar: 
- Opacidade não tem origem nas estruturas do hilo 
pulmonar; 
- Não é uma lesão de origem vascular porque não 
interfere na vasculatura daquela região; 
- Lesão projetada no hilo; 
- Preservação dos contornos dos vasos hilares; 
- Lesão mediastinal, pleural ou pulmonar. 
- Nas imagens abaixo pode-se observar que a lesão 
se projeta no hilo pulmonar, mas é de origem hilar 
porque há a preservação dos contornos dos vasos. 
Pode ser uma lesão do mediastino, da pleura ou do 
pulmão. 
 
Sinal da borda incompleta: 
- Margem voltada para o pulmão bem delimitada; 
- Margem voltada para parede torácica ou 
mediastino tem limites imprecisos; 
- Opacidade extrapulmonar. 
 
101 
 
Introdução à radiologia 
 
- É possível definir que a lesão acima possui margens 
bem delimitadas na região pulmonar, mas não é 
possível definir ar margens na região do mediastino. 
Isso significa que é uma opacidade extrapulmonar 
porque veio do mediastino ou da pleura para o 
pulmão. Ela também tem um ângulo obtuso. 
→ A maioria das massas (> 60%) são: 
- Timomas 
- Tumores neurogênicos 
- Cistos Benignos 
- Linfadenopatia 
→Em crianças, os mais comuns (> 80%) são: 
- Tumores neurogênicos 
- Tumores de células germinativas 
- Cistos anteriores 
→Em adultos, os mais comuns são: 
- Linfomas 
- Timomas 
- Massas tireoidianas 
Existe uma divisão do mediastino que é pré-vascular, 
visceral e paravertebral: 
 
 
 
 
 
 
102 
 
Introdução à radiologia 
➢ Mediastino médio: 
- Espaço visceral; 
Limites anatômicos: 
-- anterior: pericárdio, aorta, vasos braquiocefálicos 
(posteriores do pré-vascular); 
-- posterior: linha vertical conectando um ponto de 
cada corpo vertebral torácico 1 cm posterior à sua 
margem anterior; 
-- superior: transição cervicotorácica; 
-- inferior: diafragma. 
Estruturas contidas: 
- Não vasculares: traqueia, carina, esôfago e gânglios 
linfáticos; 
- Vascular: coração, aorta torácica ascendente, 
aórtica arco, aorta torácica descendente, superior 
veia cava, artérias pulmonares intrapericárdicas, 
ducto torácico. 
**Pode-se ter lesão nos lifonodos, traqueia, esôfago, 
veia ázigos, veia cava, coração e arco aórtico. 
- Cistos de duplicação (duplicação do esôfago e cistos 
broncogênicos); 
- Linfadenopatias; 
- Anomalias no arco aórtico; 
- Linfonodos necróticos; 
- Coleção de líquido pancreático por pancreatite; 
- Pólipo esofágico fibrovascular. 
**Lesões que contém líquido: cistos de duplicação 
ou linfonodos necróticos. 
 
 
- Nas imagens acima é possível observar uma lesão, 
com densidade de partes moles, bem definida. O 
ângulo é obtuso, sendo uma provável lesão 
mediastinal empurrando o ângulo pulmonar. No 
perfil é possível delimitar a lesão, mostrando que o 
epicentro dela está no mediastino médio se 
estendendo para o anterior. Nessas imagens é 
possível visualizar dois sinais: 
-- sinal da borda incompleta na incidência em PA, 
porque não é possível definir a borda medial da 
lesão; 
-- ângulo obtuso observado também na incidência 
de PA, que sugere uma lesão de origem mediastinal. 
- As lesões mais significativas incluem neoplasias de 
vias aéreas, esôfago e linfonodos; 
- As lesões não neoplásicas mais comuns são o cisto 
broncogênico e cistos de duplicação esofágica. 
 
103 
 
Introdução à radiologia 
Observação: não é possível definir apenas pelo Rx de 
tórax se a lesão é cística. Depende muito da imagem 
e da clínica para determinar a origem e a 
característica e composição da lesão. Geralmente é 
feita uma tomografia para definir a origem da lesão. 
o Aumento hilar: 
 
 
- Onde as setas amarelas apontam na primeira 
imagem é a localização das artérias pulmonares, que 
nessa imagem não é possível visualizar muito bem, 
mas estão com calibres aumentados; 
- Na segunda imagem o hilo está muito aumentado 
pela sarcoidose. 
 
- Quando se tem um aumento hilar deve-se pensar 
na probabilidade de metástases lifonodais ou 
linfomas. Na imagem anterior o que chama atenção 
é uma formação nodular densa no campo pulmonar 
direito e um aumento do hilo pulmonar. 
Provavelmente é um tumor primário com 
linfadenomegalias hilares monolaterais. 
Sobreposição hilar: 
 
- Na imagem acima é possível observar uma lesão 
nodular com densidade de partes moles, mas as 
estruturas vasculares não estão alteradas, sendo 
assim, não é uma lesão de origem hilar, mas está 
projetada no hilo. 
 
- No perfil é possível identificar que a lesão é mais de 
mediastino médio para posterior. 
 
 
104 
 
Introdução à radiologia 
 
- Na imagem acima também é possível ver o sinal da 
sobreposição hilar, porque há uma lesão com 
densidade de partes moles na região do hilo, mas as 
estruturas vasculares não estão comprometidas. 
 
- No perfil é possível atestar que a lesão está no 
mediastino posterior. 
 
- Na imagem acima também se observa uma lesão 
com preservação da trama vascular e ângulo obtuso. 
Na tomografia é possível constatar uma lesão no 
pericárdio localizada no mediastino médio e 
anterior. 
o Aneurisma de aorta: 
- Na maioria das vezes, com uma técnica adequada 
de Rx de tórax, é possível ver que a aorta está 
ectasiada, aumentada de calibre e tortuosa, com 
placas ateromatosas. 
 
- Na imagem acima chama a atenção o calibre da 
aorta. Nas imagens normalmente tem uma escala 
com a proporção de tamanho da lesão. 
Até quando é considerado normal: aorta 
ascendente é 4, a crossa da aorta é 3, aorta 
descendente 2. Acima disso já pode ser chamada de 
lesão aneurismática ou ectasia da aorta. 
 
- Na imagem em AP há um abaulamento (linha 
vermelha) no recesso azigoesofágico (delimitado 
pelas linhas amarelas), como se tivesse uma lesão 
nessa região. Na imagem em perfil é possível 
delimitar uma lesão nodular no mediastino 
posterior. 
 
 
105 
 
Introdução à radiologia 
- Na tomografia acima o paciente tinha varizes 
esofágicas, configurando uma lesão no mediastino 
posterior. 
 
- Na primeira imagem é possível ver uma formação 
nodular, com densidade de partes moles, com 
ângulo obtuso e com o sinal da borda incompleta. No 
Rx de perfil é possível definir uma formação nodular 
no mediastino médio indo para o anterior. É uma 
lesão bem próxima a crossa da aorta (linha em 
vermelho). 
 
- Quando foi para tomografia, foi possível ver 
múltiplas lesões nodulares com atenuação de partes 
moles, configurando linfonodomegalias atípicas. 
o Abcesso: 
 
 
- A tomografia acima é de uma criança que tinha um 
alargamento mediastinal. É possível ver uma lesão 
hipoatenuante, heterogênea com limites 
parcialmente definidos. Era um abcesso na região 
mediastinal média. 
o Mediastinite necrosante: 
 
- É um processo inflamatório infeccioso da região 
causando necrose. São vistas várias bolhas gasosas 
de permeio. Em um Rx vai haver umadensificação, 
uma opacificação da região. 
 
- É possível ver inúmeras coleções hipoatenuantes, 
heterogêneas com realce periférico no mediastino 
 
106 
 
Introdução à radiologia 
médio, configurando um conteúdo líquido, uma 
mediastinite. 
 
o Metástase: 
 
- Na imagem acima tem-se metástase linfonodal. Há 
perda da forma normal, estão heterogêneos, 
atenuados e com aspecto arredondado (linfonodos 
tem um aspecto de “feijão”). Na imagem acima há 
comprometimento tanto do mediastino médio como 
do anterior. 
o Cistos mediastinais congênitos: 
- Falhas no desenvolvimento embriológico do 
intestino anterior e/ou da cavidade celômica; 
- Tipos: cistos broncogênico, pericárdico, entérico e 
tímico, linfangioma e cisto de duplicação esofágica; 
- Fundamental conhecer localização e achados 
clássicos de imagem; 
- Diagnóstico definitivo é feito em grande parte por 
exames de imagem, principalmente a tomografia. Rx 
de tórax serve como triagem; 
- Evita procedimentos invasivos desnecessários; 
- São lesões benignas. 
→Cisto broncogênico: 
- Cisto de paredes finas, revestido por epitélio 
respiratório; 
- Arredondado ou oval; 
- Frequentemente à direita, próximo da carina; 
- Origem embriológica na árvore traqueobrônquica; 
- Pode aparecer em qualquer compartimento; 
- Tipicamente do espaço visceral: subcarinal e menos 
comum paratraqueal; 
- Pode ter realce paritetal; 
- Pode calcificar, ter conteúdo de partes moles. Se 
tiver dúvida faz uma RM. 
 
- Lesão de atenuação mais baixa sem realce. 
 
 
107 
 
Introdução à radiologia 
 
- Na imagem é possível ver uma formação com 
atenuação de partes moles projetada próximo ao 
brônquio direito, localizada no mediastino médio. 
 
- É possível ver uma cardiomegalia, um aumento 
difuso das câmaras cardíacas, principalmente à 
esquerda. 
 
 
- É possível observar 
uma formação 
nodular com 
densidade de partes 
moles localizada no 
mediastino médio 
em íntima relação 
com o brônquio 
fonte direito. 
→Cisto pericárdico: 
- Lesão congênita benigna; 
- Geralmente assintomática; 
- 75% são no ângulo cardiofrênico direito. 
 
- No Rx acima se observa uma imagem alongada com 
atenuação de partes moles. 
 
- Na tomografia é possível ver que se configura como 
uma lesão cística em íntima relação com o 
pericárdio, sem evidências de realce. 
**Para saber se tem realce do contraste é só 
observar a aorta, as veias pulmonares. 
 
108 
 
Introdução à radiologia 
 
 
 
- É possível observar 
uma lesão com 
densidade de partes 
moles projetada no 
mediastino médio. 
 
 
 
 
- Formação nodular 
com densidade de 
partes moles no 
ângulo do diafragma 
com o coração à 
direita projetada no 
mediastino médio. 
 
 
→ Pseudocisto de pâncreas com componente 
mediastinal. 
 
→Cisto de duplicação esofágico: 
- Incomum anomalias de desenvolvimento; 
- Bem circunscritas, homogêneas, com 
atenuação de fluidos adjacente ao 
esôfago ou associada a parede 
esofágica; 
- Pode ter parede espessa, diferente 
do cisto broncogênico, porque tem 
mais mucosa; 
- Heterogeneidade interna pode estar presente 
(hemorragia ou infecção); 
- 50% tem mucosa gástrica ectópica: MN 99mTc de 
pertecnatato de sódio e pode ser útil no diagnóstico 
dessas lesões em pacientes pediátricos. 
 
109 
 
Introdução à radiologia 
 
- Apontado em amarelo o esôfago sendo desviado 
anteriormente e em vermelho o cisto) 
- Para definir qual é o cisto depende da clínica do 
paciente. 
 
- Imagem 
com 
atenuação 
de partes 
moles 
projetada 
no 
mediastino 
inferior. 
 
- Na imagem acima tem-se a ressonância magnética 
do mesmo paciente, mostrando que é um cisto em 
íntima relação com o esôfago. 
 
 
→Cisto (meningocele) no mediastino posterior: 
 
- Na imagem acima tem-se uma formação cística 
alongada em contato com o saco dural (apontado em 
vermelho). Era uma meningocele dorsal. 
o Lipossarcoma: 
 
- Formação densa projetada no mediastino superior, 
observar a linha paratraqueal desviada. 
 
- Lesão heterogênea com atenuação de gordura, 
desviando a traqueia (apontada em vermelho) para 
a esquerda. 
o Paraganglioma mediastinal: 
 
110 
 
Introdução à radiologia 
- Localização característica: 
-- região paraaórtica do mediastino médio; 
-- região paravertebral do mediastino posterior. 
- Aglomerado principal de células ganglionares 
simpáticas. 
- Paragangliomas mediastinais não complicados 
demonstram intenso realce de contraste. 
 
- Lesão nodular projetada no hilo à esquerda com 
intenso realce a infusão do contraste aplicado. 
o Linfocele de ducto torácico: 
 
 
➢ Mediastino posterior: 
- Limites anatômicos: 
-- anterior: limites posteriores do espaço visceral; 
-- posterior: uma vertical linha ao longo da margem 
posterior da parede torácica no aspecto lateral dos 
processos transversos; 
-- superior: transição cérvicotorácica; 
-- inferior: diafragma. 
- Conteúdo principal: coluna torácica e tecidos moles 
paravertebrais (estruturas vasculares, nervos); 
- Anomalias: 
-- neurogênicas: gânglios da raiz dorsal adjacentes 
ao forame intervertebral. 
-- outras lesões em potencial: infecciosa 
(discite/osteomielite), traumática origem 
(hematoma) e hematopoiese extramedular. 
→Lesão neoplásica: 
Tumores neurogênicos: 
- Mais comuns tumores da bainha nervosa 
(schwannoma); 
- Neurofibroma; 
- Tumores de gânglios parassimpáticos 
(paraganglioma, chemodectoma feocromocitoma); 
- Tumores da cadeia simpática (neuroblastoma, 
ganglioneuroblastoma, ganglioneuroma); 
 
 
111 
 
Introdução à radiologia 
Tumores não neurogênicos: 
- Cordoma; 
- Condrossarcoma; 
- Sarcoma de Ewing; 
- Metástase. 
→Outras lesões: 
- Infecção: abscesso paraespinhal, inflamação, 
mediastinite; 
- Vascular: aneurisma da aorta torácica descendente, 
varizes, linfangioma; 
- Trauma hematoma paraespinhal; 
- Hematopoiese extramedular; 
- Cistos neurentérico; 
- Meningocele torácica. 
o Schwannoma gigante: 
 
- Na imagem acima tem-se uma massa de tamanho 
considerável com borda bem definida, ângulo 
obtuso, com o sinal da borda incompleta, indicando 
origem mediastinal. 
 
- Na imagem acima é possível confirmar a origem da 
lesão no mediastino posterior. Está em íntima 
relação com a coluna torácica. 
o Ganglioneuroma: 
 
- Na tomografia acima é possível ver uma formação 
expansiva de tamanho considerável paravertebral, 
localizada no mediastino posterior. 
o Neuroblastoma: 
 
- Mais comum em crianças. Formação expansiva com 
realce heterogêneo em íntima relação com o corpo 
vertebral. 
 
112 
 
Introdução à radiologia 
o Hematopoiese extramedular: 
 
- Extremamente comum. São vistas múltiplas 
formações nodulares mediastinais se projetando 
para campo pulmonar. 
 
- Estão projetadas na região paravertebral, 
mediastino posterior. 
 
- Na TC se vê com realce na região paravertebral. O 
osso tem uma atenuação diferente. 
 
- Na imagem acima é possível ver múltiplas lesões, 
quando vai para a TC é possível definir que são 
paravertebrais adjacente aos corpos vertebrais 
dorsais. A seta verde aponta para a ausência do 
parênquima esplênico. 
o Meningocele lateral: 
- É uma falha do revestimento da dura-máter na 
coluna, seja lombar, dorsal ou cervical. 
 
 
- Nas imagens acima é possível ver uma falha das 
estruturas ósseas e dos planos menígeos com 
herniação dos conteúdos. É localizada no mediastino 
posterior. 
 
 
113 
 
Introdução à radiologia 
 
- É possível visualizar acima uma formação 
expansiva. Ângulo obtuso com o mediastino e borda 
pulmonar bem definida, mas a mediastinal não, 
configurando o sinal da borda incompleta, indicando 
lesão de origem mediastinal. 
 
- Na tomografia é possível ver uma lesão de 
características císticas em íntima relação com o saco 
dural e o corpo vertebral. Na ressonância é definida 
a continuidade da lesão com osplanos meníngeos, 
configurando uma meningocele. 
 
 
 
 
 
 
o Pectus excavatum: 
 
- Na imagen acima é possível observar o mediastino 
todo desviado para a esquerda, mas não é vista 
nenhuma lesão empurrando isso. 
- Na imagem ao lado é 
possível observar que na 
verdade o que empurra o 
mediastino é uma 
alteração morfológica, 
que é chamado de pectus 
excavatum. Observar o 
esterno e o processo 
xifoide, que faz uma 
angulação muito grande, 
empurrando assim as 
estruturas do mediastino 
lateralmente. 
o Tumor esofágico: 
 
Na imagem ao 
lado é possível 
ver que há uma 
formação 
expansiva 
heterogênea, e 
não é possível 
delimitar muito 
bem, que na 
verdade é o 
mediastino 
deslocado por 
conta de um 
tumor. 
 
114 
 
Introdução à radiologia 
 
- Nesse corte tomográfico é possível ver uma 
formação expansiva no mediastino posterior e 
médio, delocando o mediastino para a direita. 
 
- É um tumor esofagiano. 
o Aneurisma de aorta: 
 
- É possível ver na imagem acima à aorta bem 
crescida e tortuosa, como se estivesse ectasiada, 
aneurismática. 
 
- Na imagem acima é possível ver a aorta ectasiada, 
aneurismática, com prótese e acabou dissecando o 
aneurisma, formando duas luzes. 
 
 
- Observar nas imagens acima o aumento do calibre 
da aorta. 
 
 
 
 
115 
 
Introdução à radiologia 
o Múltiplas linfonodomegalias: 
 
- No Rx não é possível ver muitas lesões, mas na TC 
são observadas múltiplas linfonodomegalias. 
 
- Várias nodulações hilares e mediastinais podem ser 
observadas. 
o Osteocondroma: 
- No Rx é possível ver uma lesão nodular com alta 
densidade, projetada na câmara cardíaca. Na 
tomografia e na reconstrução 3D é vista uma 
formação calcificada adjacente as estruturas ósseas 
posteriores, no mediastino posterior. 
 
 
o Pneumomediastino: 
 
- No Rx acima é observado gás nas estruturas 
mediastinais (observas as linhas pretinhas e finas). 
 
116 
 
Introdução à radiologia 
 
- Na tomografia é possível ver que é um 
pneumomediastino. 
o Processo inflamatório infeccioso: 
 
- É possível observar uma formação expansiva 
enorme projetada no pulmão direito. Não envolve 
brônquios pulmonares porque esses são bem vistos 
e bem definidos na imagem. É observado o sinal do 
ângulo obtuso e o sinal da borda incompleta. 
 
- Observa-se uma coleção pericárdica gigante, 
heterogênea com realce periférico. Era um processo 
inflamatório infeccioso da região. 
o Metástase: 
 
- É possível ver um campo pulmonar completamente 
heterogêneo, com áreas de maior densidade, meio 
nodulares. É definido também um alargamento 
mediastinal. O paciente tinha metástase de campo 
pulmonar, superfície pleural e mediastinal 
 
 
117 
 
Introdução à radiologia 
 
- Tem também o comprometimento do mediastino 
com os linfonodos, observado na imagem acima. 
o Hérnia de hiato: 
- Lesão com nível hidroaéreo no mediastino inferior 
deve-se pensar em hérnia diafragmática. 
 
- Na imagem acima é possível observar uma lesão 
enorme, um nível hidroaéreo, configurando uma 
lesão numa alça intestina. É uma hérnia hiatal. 
 
 
 
 
NÓDULOS E MASSAS 
- Nódulos e massas são importantes padrões de 
lesão do parênquima pulmonar; 
- A diferença principal entre nódulo e massa é o 
tamanho. Até <3cm é definido como nódulo, acima 
disso é definido como massa; 
- Podem ser únicos ou múltiplos nódulos. O 
diagnóstico diferencial e o raciocínio clínico mudam 
de um para o outro. 
➢ Nódulo pulmonar solitário: 
 
o Tuberculose: 
- Doença endêmica no mundo inteiro e é adquirida 
pela inalação do bacilo Mycobacterium tuberculosis 
por gotículas expelidas na respiração e na fala 
(perdigotos). 
 
- Embora uma boa parte da população tenha tido 
contato com o bacilo, é uma minoria que realmente 
desenvolve a tuberculose doença; 
- Ao inalar o bacilo ele se deposita no pulmão. Nesse 
sítio ele começa a se replicar e o organismo inicia a 
defesa para impedir esse processo. As primeiras 
células que chegam são os neutrófilos, mas na 
grande maioria das vezes eles não vão dar conta; 
 
118 
 
Introdução à radiologia 
- Com alguns dias, se forma ao redor do bacilo um 
granuloma, que são macrófagos unidos formando 
células gigantes. Uma vez formado o granuloma, 3 a 
4 semanas após a infecção, se fizer o PPD (teste que 
é injetado no subcutâneo a proteína da tuberculose 
para ver a reação, dependendo do grau é possível 
definir se a pessoa teve ou não tuberculose) ele dará 
positivo; 
- Em 95% da população, esse processo 
granulomatoso consegue deter a infecção e o bacilo, 
não podendo mais se proliferar para o resto dos 
pulmões. Nos outros 5% o granuloma não é 
suficiente para deter o bacilo, então ele começa a se 
multiplicar desordenadamente, que é a tuberculose 
doença, com a destruição exuberantedo parênquima 
pulmonar; 
- Abaixo tem-se um pulmão com uma área 
granulomatosa, que tende ao arredondado. Fica 
como uma cicatriz no pulmão do indivíduo que ele 
teve um contato com o bacilo. É possível visualizar 
no Rx. 
 
 
- Na imagem anterior é possível ver uma área opaca 
no lobo superior esquerdo, com margens bem 
delimitadas que se provou ser um granuloma 
infeccioso cicatrizado. 
o Padrão de calcificação: 
→Padrão benigno: 
 
- Os padrões de calcificação acima são característicos 
de benignidade. 
 
- Na imagem acima é possível ver no lobo inferior 
direito um padrão de calcificação central. Tem um 
halo periférico menos denso e uma área central mais 
densa porque tem mais cálcio. Geralmente são 
decorrentes de um granuloma calcificado da 
tuberculose. 
 
- Na letra A o nódulo na janela de pulmão, na letra B 
que é a janela de mediastino (mais apropriada para 
ver as calcificações) é possível definir que é uma 
calcificação com padrão central. 
 
119 
 
Introdução à radiologia 
 
- Na letra C é visto o nódulo no lobo inferior esquerdo 
na janela pulmonar. Na janela de mediastino na letra 
D é possível ver que o nódulo tem um padrão 
laminado. 
 
- Nas imagens acima é possível ver um nódulo com 
um padrão difusamente calcificado. 
→Padrões suspeitos: 
 
- Os padrões de microcalcificação e 
periférico/excêntrico são característicos de nódulos 
potencialmente malignos. 
 
- Na imagem acima é possível ver um nódulo 
irregular no lobo superior direito. É possível definir 
que é um nódulo com densidade de partes moles 
com uma calcificação periférica/excêntrica. Assim, 
ele é suspeito de malignidade. 
o Localização: 
 
- Os nódulos dos lobos superiores são mais suspeitos 
do que os de lobos inferiores porque a maioria dos 
cânceres de pulmão se localizam inicialmente nos 
lobos superiores. Isso acontece porque é onde se 
tem maior deposição da fumaça de cigarro. Observar 
que o hilo direito também está congesto. 
o Crescimento: 
- Estabilidade em 2 anos, duplicação em menos de 7 
dias ou mais de 450 dias: quase sempre benignos; 
 
120 
 
Introdução à radiologia 
- Um nódulo que se duplica em 5-6 dias 
provavelmente é uma pneumonia aguda que tende 
ao arredondado; 
- Nódulos malignos vão crescendo e geralmente 
duplicam entre 24 a 36 meses. 
 
- Na 1ª tomografia acima tem-se um nódulo no lobo 
inferior direito. Na segunda imagem de controle 
tem-se um pequeno crescimento, que é suspeito de 
malignidade. 
 
- Acima tem-se uma opacidade nodular no lobo 
inferior direito. 2 semanas depois na imagem de 
controle é possível contatar um crescimento 
significativo. É uma opacidade tipo massa agora. Isso 
sugere uma pneumonia, infecção, e não câncer 
(porque não cresce tão rápido assim). 
o Tamanho: 
 
- Quanto maior a massa maior a chance de 
malignidade. A chance de ser maligno em uma massa 
acima de 3cm é superior a 90%. 
 
 
 
121 
 
Introdução à radiologia 
o Contornos: 
- Os nódulos ou massas podem ser lisos, lobulados 
ou espiculados. A chancede malignidade vai 
aumentando, o mais suspeito de todos é o 
especulado. 
 
- Acima tem um nódulo de contorno liso, que é mais 
característico de benignidade. Pouca chance de 
malignidade. 
 
A: nódulo de bordos lisos, com pouca chance de 
malignidade; 
B: nódulo de bordos lobulados, com uma chance 
intermediária de malignidade; 
C: nódulo de bordos espiculados, que alta chance de 
malignidade. 
 
 
 
➢ Nódulos pulmonares múltiplos: 
 
- Além das características citadas na avaliação do 
NPS, também é importante avaliar sinais de infecção, 
doença sistêmica e neoplasia maligna. A história 
clínica é fundamental para fazer um diagnóstico 
diferencial adequado. 
 
- O paciente acima apresentava febre alta, no 3º mês 
após um transplante renal. São encontradas 
inúmeras opacidades, que são nódulos, em ambos os 
pulmões. No contexto do paciente, se impõe o 
diagnóstico de infecção aguda. Era uma candidíase 
disseminada porque o paciente estava fazendo uso 
de imunossupressores. 
 
122 
 
Introdução à radiologia 
 
- A imagem acima é de um paciente que fez uma 
pneumectomia prévia por neoplasia. Por isso, as 
estruturas do mediastino são deslocadas para o local 
antes ocupado pelo pulmão. No pulmão esquerdo é 
possível observar várias nodulações. Em um paciente 
que já teve uma neoplasia, essas nodulações 
múltiplas impões o diagnóstico de metástase, que foi 
confirmado pela biópsia. 
 
- Na imagem acima tem-se um paciente de UTI que 
está intubado (é possível ver o tubo) e com um 
cateter venoso central (na topografia da veia cava 
superior). São apontadas várias opacidades 
arredondadas, que são os nódulos. Como história 
clinica ele apresentava febre alta e era usuário de 
drogas. Nesse contexto, o principal diagnóstico seria 
infecção por embolia séptica, devido ao uso das 
seringas possivelmente contaminas. Cada foco de 
infecção aparece como um nódulo na radiografia. 
Infecções por embolia séptica ocorrem em pacientes 
que são muito susceptíveis a bacteremia, como 
pessoas com higiene oral precária, usuários de 
drogas, pessoas com piercings nas mucosas. 
 
- Mulher com 30 anos e dispneia, é possível visualizar 
vários nódulos na radiografia. Na tomografia dela 
(imagem abaixo) confirmou o aspecto nodulado 
bilaterais. Ela tinha uma história de sinusite, 
glomerulonefrite e Anticorpo C-ANCA positivo. Essa 
constelação de achados é característica de uma 
vasculite que é a Granulomatose de Wegener. 
Acomete mais mulheres de meia idade, e o 
acometimento mais comum dos pulmões são 
nódulos múltiplos. 
 
 
 
 
 
 
 
123 
 
Introdução à radiologia 
AUMENTO DA TRANSPARÊNCIA 
PULMONAR NO RX DE TÓRAX 
➢ Aumento unilateral da transparência 
pulmonar: 
o Aspiração de corpo estranho: 
- Mais prevalente entre 1 e 3 anos, sendo uma das 
principais causas de morte em crianças com menos 
de 5 anos. 
 
- O corpo estranho pode ser radiopaco ou 
radiotransparente. No caso acima nota-se um corpo 
estranho radiopaco, que vem a ser um dente de leite 
que a criança aspirou e ficou no brônquio-fonte 
esquerdo; 
- O mais comum é ter a aspiração de corpos 
estranhos radiotransparente, como alimentos. 
Nesses casos não é possível identifica-los na 
radiografia convencional; 
- Uma das alternativas que se tem em termos de 
diagnóstico é fazer o Rx em expiração (se for uma 
criança maior que obedeça aos comandos). No Rx 
em expiração o campo pulmonar fica menor porque 
o pulmão desinfla, além disso fica mais 
esbranquiçado porque tem menos ar. Se há um 
corpo estranho radiotransparente obstruindo a via 
aérea, o ar vai ficar preso no pulmão, e quando a 
radiografia for tirada em expiração vai estar com 
uma aparência muito semelhante da radiografia em 
inspiração. 
 
- A radiografia acima foi tirada em inspiração e 
expiração máxima. Na imagem da direita pode-se 
observar que o pulmão esquerdo está menor e mais 
esbranquiçado do que o direito. Tinha um corpo 
estranho obstruindo o brônquio principal direito, 
fazendo com que o ar fique preso no pulmão e se 
mostre basicamente igual em ambos os modos de 
radiografia. No caso acima a broncoscopia 
evidenciou um amendoim no brônquio fonte direito. 
o Síndrome de Poland: 
- Entidade congênita incomum relacionada a falha de 
desenvolvimento da parede torácica na 6ª semana 
de gestação. Esses pacientes tem uma hipoplasia ou 
uma agenesia da musculatura peitoral. Como é uma 
barreira a menos, fica mais hiper transparente. 
 
 
124 
 
Introdução à radiologia 
o Mastectomia: 
- É a mais comum de se encontrar no dia a dia. 
 
- Acima pode-se observar que o pulmão direito está 
mais transparente do que o direito, e a razão para 
isso é semelhante a da Síndrome de Poland, como é 
menor uma barreira/camada para o raio passar, a 
imagem se mostra mais radiotransparente. 
o Pneumotórax: 
 
- Na imagem acima pode-se observar que no lado 
esquerdo há uma hipertrânsparência e não há malha 
pulmonar. Pode-se ver também o pulmão 
atelectasiado pela compressão à direita. 
➢ Aumento bilateral da transparência 
pulmonar: 
o Enfisema: 
- Corresponde ao aumento permanente do espaço 
aéreo distal ao bronquíolo terminal por conta da 
destruição de paredes alveolares. Muito comum na 
população mais idosa. É um pulmão cheio de ar, mas 
um paciente com hipóxia porque a hematose está 
muito reduzida pela destruição alveolar; 
- Essa destruição das paredes alveolares tem como 
causa mais comum o tabagismo crônico. 
 
 
 
 
125 
 
Introdução à radiologia 
 
- No Rx não é possível identificar as bolhas do 
enfisema, porque são muito pequenas, mas é 
possível ver o gás preso no pulmão. 
Radiograficamente há uma hipertransparência 
bilateral. Há também uma hiperinsuflação dos 
pulmões porque tem muito ar preso, então é 
possível observar uma retificação e um 
rebaixamento do diafragma. 
 
- Na radiografia em perfil tem-se o tórax com aspecto 
de barril, com um aumento antero-posterior do 
tórax, hiperextensão do pulmão com retificação da 
cúpula diafragmática e uma traqueia calibrosa (em 
bainha de sabre) também podem ser observados. 
**Para identificar os sinais de um enfisema na 
radiografia convencional deve-se ter pelo menos 30 
a 40% de destruição do pulmão. 
 
 
 
- A tomografia tem uma sensibilidade maior, então 
no início da doença é possível identificar alterações. 
As áreas do enfisema são completamente negras 
porque não tem parênquima. 
 
126 
 
Introdução à radiologia 
o Bronquiolite obliterante: 
- Obstrução crônica do fluxo aéreo associada a lesão 
inflamatória de pequenas vias aéreas; 
- Clinicamente, manifesta-se por persistência de 
taquipneia, tosse, sibilância e hipoxemia por mais de 
2 meses após um episódio de bronquiolite viral 
aguda ou pneumonia viral; 
- 10% dos lactentes podem ter bronquiolite viral 
aguda e 1% deles podem evoluir para BO. Pode ser 
uni ou bilateral. 
 
- No lado que tiver a bronquiolite obliterante as vias 
aéreas vão estar espessadas. Vai ser possível ver no 
Rx uma hipertransparência. Na imagem acima é 
unilateral localizada no lado esquerdo. 
o Doença vascular pulmonar crônica: 
- Em até 4% dos pacientes com trombo embolismo 
pulmonar agudo não ocorre lise completa do 
trombo. 
 
 
 
- É possível observar uma hipertransparência 
bilateral na imagem acima (mas em alguns casos 
pode aparecer só unilateralmente). É possível 
observar também o aumento do calibre dos hilos 
pulmonares. Além do descrito pode haver um 
aumento do VE. 
➢ Aumento focal da transparência pulmonar: 
o Cisto: 
- Qualquer espaço arredondado, bem circunscrito, 
que é circundado por uma parede fibrosa ou 
epitelizada, cuja espessura geralmente é inferior a 
2mm; 
- A maioria dos cistos são congênitos. 
 
 
 
127 
 
Introdução à radiologia 
 
 
- Observar uma bolha de ar, se mostrando mais 
hipertransparente no Rx no pulmão direito, envoltopor uma fina membrana. Se for muito grande deve-
se avaliar uma possível intervenção. 
o Pneumatocele: 
- Maioria decorrente de pneumonia na infância, 
permanecendo visíveis algum tempo depois da 
resolução dos sintomas; 
- Tipicamente assintomáticas, porém podem causar 
compressão de estruturas vizinhas ou sofrer infecção 
secundária. 
 
 
- Na imagem acima observa-se uma consolidação no 
lobo inferior do pulmão esquerdo e uma leve 
consolidação no lado direito. 
 
- Depois de iniciar o tratamento, 1 semana depois é 
possível ver algumas bolhas de ar na radiografia, 
caracterizando a pneumatocele. 
 
128 
 
Introdução à radiologia 
 
- Depois de 2 meses é possível observar o 
crescimento das bolhas. Essa pneumatocele tende a 
ser reabsorvida e a desaparecer naturalmente com o 
passar do tempo. Normalmente não há intervenção 
a não ser que estejam obstruindo estruturas 
vizinhas. 
o Abcesso: 
- Geralmente ocorre devido a complicação de 
pneumonia. É uma coleção de pus que pode ter gás, 
principalmente pela presença de bactérias 
produtoras de gás. 
 
- Na imagem acima é possível 
visualizar uma cavidade com um 
nível líquido, bordas levemente 
irregulares e espessas. O nível 
líquido decorre do pus. 
 
o Cavitação: 
- Espaço que contém gás, com ou sem nível líquido, 
dentro de um nódulo, massa ou consolidação, sendo 
geralmente decorrente da eliminação de conteúdo 
necrótico pela via aérea. As paredes costumam ser 
irregulares e medir mais de 1 mm. 
 
- A diferença para o abcesso é que não tem pus 
dentro, então não forma o nível dentro da cavidade. 
o Neoplasia escavada: 
- A maioria das cavidades com paredes espessas 
(>15mm) são decorrentes e neoplasias malignas. O 
revestimento interno da cavidade costuma ser 
nodular ou lobulado; 
- Algumas neoplasias malignas podem necrosar, e 
essa necrose pode gerar o aparecimento de gás no 
interior da área do tumor. É identificada como uma 
área de hipertransparência focal. 
 
129 
 
Introdução à radiologia 
 
 
- Na área acima é possível ver uma parede 
extremamente espessada (quando maior a 
espessura maior a chance de malignidade). 
RADIOGRAFIA DO TÓRAX EM 
NEONATOLOGIA 
 
- No período neonatal tem-se um alargamento do 
mediastino superior por conta do timo. Com o passar 
do tempo o timo involui e não é mais possível de 
identificar em crianças maiores; 
- O Rx é muito necessário na neonatologia. Existem 
algumas particularidades, tanto da anatomia como 
dos parâmetros técnicos. 
➢ Parâmetros técnicos: 
- A chapa normalmente é feita em AP com um 
aparelho portátil. Não se faz de forma habitual duas 
incidências no RN pra minimizar a exposição à 
radiação ionizante; 
- A distância entre o RN e a âmpola de RX é pequena 
(é uma limitação do aparelho portátil); 
- Deve-se avaliar: imobilização adequada; fatores de 
exposição otimizados; raio central corretamente 
posicionado. 
o Imobilização adequada: 
 
- Deve-se imobilizar corretamente para que não haja 
rotação. Existem dispositivos adequados, mas na 
falta do equipamento adequado pode-se imobilizar 
com um lençol, ou a mão pode segurar o bebe (não 
é ideal porque ela vai estar levando radiação 
também). 
o Fatores de exposição: 
 
- A chapa não pode estar muito escura nem muito 
branca. Se estiver muito escura podem ser perdidas 
consolidações, se estiver muito branca pode 
 
130 
 
Introdução à radiologia 
“fabricar” consolidações e atelectasias que não 
existem; 
- Para saber se os fatores de exposição foram 
adequadamente escolhidos deve-se observar: 
1. Os corpos vertebrais posteriormente ao 
coração. Se é possível a visualização clara, 
dos espaços discais na região retrocardíaca é 
porque os fatores de exposição foram 
adequados; 
2. O raio central deve estar bem posicionado ao 
nível dos mamilos e garantir que o tórax não 
está girado. Para saber se foi bem 
posicionado deve-se olhar as estruturas 
ósseas de um lado e do outro e ver se estão 
simétricas. 
 
1: mostra os corpos vertebrais e os discos 
intervertebrais na região retrocardíaca; 
2: mostra a simetria dos arcos costais; 
3: a criança tende a elevar o tórax e o abdome, 
fazendo uma chapa em hiperextensão. Para ver se 
não foi hiperextendido se observa os arcos costais 
anteriores. Se eles estiverem apontando para baixo 
como na imagem mostra, o paciente está bem 
posicionado. Se eles estiverem apontando para cima 
houve hiperextensão. Isso pode alargar o mediastino 
e induzir a pensar em uma cardiomegalia quando 
não há nenhuma. 
4: a chapa deve ser obtida em inspiração máxima, 
então a chapa deve ser batida no momento que o RN 
está inspirando. Conta-se os arcos costais 
posteriores onde há pulmão, se tiver pelo menos 8 a 
chapa foi bem inspirada. 
 
ERROS COMUNS 
 
- Nessa imagem se observa que não está 
adequadamente inspirada porque só tem 7 arcos 
costais posteriores com pulmão. Também é possível 
observar que está hiperextendida, porque os arcos 
costais anteriores apontam para cima, alargando o 
mediastino. É possível visualizar os discos 
intervertebrais, significando que os fatores de 
exposição estão adequados e os arcos costais estão 
simétricos dos dois lados, significando que a imagem 
não foi rodada. 
 
- O fator de exposição foi correto, mas os arcos 
costais estão assimétricos, então a chapa está 
rodada. Está hiperextendida e pouco inspirada. 
Todos esses fatores distorcem a anatomia e não é 
possível avaliar o Rx com precisão. 
 
 
 
131 
 
Introdução à radiologia 
➢ Semiologia radiológica: 
 
- Nos primeiros 
dias de vida pode 
ser visto uma 
área ovalada 
densa na 
topografia da 
crossa da aorta. 
Essa imagem 
corresponde ao 
ducto arterioso 
da criança, e 
pode aparecer 
em até 6-7 horas 
de vida. Esse 
ducto ainda bate 
com sangue nas 
primeiras horas 
de vida. Ele comunica a aorta descendente com a 
artéria pulmonar. Ele se fecha ao nascimento, mas 
não imediatamente ao nascimento. Leva o nome de 
bossa ductal. 
 
- Centros acessórios de ossificação. As epífises ainda 
são cartilaginosas ao nascimento e ossificam com o 
tempo. Algumas delas já começam a calcificar 
quando a criança nasce. Essas bolinhas brancas na 
região umeral na imagem acima correspondem a 
esses centros de ossificação da epífise umeral. 
 
- A presença do timo 
ocupa o mediastino 
anterior. Ele pode involuir 
no período neonatal em 
situações de estresse, 
infecção, trauma, etc. O 
timo normal tem mais ou 
menos a largura de três corpos vertebrais dorsais. 
 
- Eventualmente o timo adquire algumas formas 
peculiares, que não devem ser confundidas com 
patologias. O formato mais comum é do timo um dos 
lobos em formato triangular (em forma de vela de 
navio). É o sinal da vela do barco. 
 
132 
 
Introdução à radiologia 
 
- Na imagem acima novamente o sinal da vela do 
barco no mediastino superior causado pela 
proeminência do lobo direito do timo. 
 
- Outro sinal que pode ser visto é o sinal da onda. 
São pequenas ondulações na borda do mediastino 
que ocorrem quando o timo ocupa o mediastino 
anterior e posterior. Na parte anterior do mediastino 
ele entra em contato com os arcos costais, se 
amoldando a eles, assim são vistas algumas 
ondulações no local onde ele se molda. 
 
- Outro sinal que é possível identificar é uma 
saliência/reentrância na transição do timo com a 
área cardíaca. É o sinal da incisura. 
➢ Artefatos: 
 
- Crianças tem muitas dobras de pele, e 
eventualmente podem simular lesões. Na imagem 
acima há uma dobra de pele simulando um 
pneumotórax do lado esquerdo. É possível dizer que 
é uma dobra de pele porque ela se estende além do 
campo pulmonar. Pneumotórax não faria isso. Se 
houver dúvida uma incidência complementar, como 
perfil ou oblíqua, pode ser pedida. 
 
- Muitos pacientes fazem a radiografia na UTI dentro 
da incubadora. A bola hipertransparenteacima é o 
orifício da incubadora. 
 
 
 
 
 
133 
 
Introdução à radiologia 
➢ Tubos e cateteres: 
o Cateter central na artéria umbilical: 
 
- É inserido na artéria 
umbilical. Tem um 
trajeto inferior, faz 
uma alça pra cima 
quando entra na 
artéria ilíaca e se 
localiza ao nível da 
aorta. Deve ser 
colocado longe dos 
vasos viscerais, 
porque se aponta do 
cateter ficar perto dos 
vasos renais, do tronco celíaco, pode induzir a 
trombose ou isquemia desses vasos importantes. Ou 
ele fica baixo (nível de L3/L4) ou alto (nível de T6-T9). 
 
- Na imagem acima é possível observar o trajeto, que 
começa descendente, depois faz uma volta e sobe de 
novo. Ele está numa posição alta e correta. As 
costelas se articulam com os corpos vertebrais 
dorsais, a coluna lombar não se articula com as 
costelas, é assim que se sabe se está na posição 
correta. A ultima costela de articula com T12. 
 
- Novamente o cateter desce, dá uma volta e sobe 
novamente. Ele está na posição de T8. Está bem 
posicionado. 
o Cateter venoso umbilical: 
 
 
134 
 
Introdução à radiologia 
- É mais comum 
do que o arterial. 
É colocado na 
veia umbilical. 
Tem um trajeto 
retilíneo 
usualmente à 
direita da coluna 
vertebral porque 
vai entrar na veia 
cava inferior. Fica 
ao nível de T8/T9, 
na transição da 
veia vaca inferior 
com o átrio direito do coração. 
 
- O cateter tem trajeto retilíneo, à direita da coluna 
vertebral, no nível de T8. 
o Cateter central por acesso venoso periférico: 
 
 
- O PICC deve ficar ao nível da veia cava superior à 
direita da coluna vertebral, antes de chegar no 
coração. 
o Tubo traqueal: 
 
- São duas linhas radiopacas paralelas, deve ficar 
antes da bifurcação da traqueia. O erro mais comum 
é a intubação seletiva. 
o Sondas gástricas: 
 
- Se observa uma linha única que adentra ou pelo 
nariz ou pela boca da criança. Desce no trajeto 
esperado do esôfago e fica na projeção da câmara 
 
135 
 
Introdução à radiologia 
gástrica. O erro mais comum é ela ter um trajeto 
intrapulmonar. 
EXERCÍCIOS 
 
- Tecnicamente, o fator de exposição está bom, mas 
está rodado, porque os arcos costais não estão 
simétricos (observar a clavícula). Está pouco 
inspirado porque só tem 7 arcos costais no campo 
pulmonar, mas não está hiperextendido. 
 
- O timo está normal no período neonatal. 
 
- Na imagem acima tem-se o sinal da vela do barco. 
 
- O cateter acima é o venoso umbilical. Observar o 
trajeto retilíneo, paravertebral à direita no nível de 
T8. Está bem posicionado. 
 
- Acima tem-se um cateter venoso umbilical que 
entrou no coração. Está mal posicionado, projetado 
no VD. 
 
136 
 
Introdução à radiologia 
 
 
- Na imagem acima é possível observar um PICC mal 
posicionado, ele entrou direto no coração. 
 
- Acima tem-se uma tubo traqueal mal posicionado, 
que ficou seletivo no brônquio fonte direito e fez 
uma atelectasia total do pulmão esquerdo. 
 
- Acima, apontado pela seta vermelha tem-se um 
cateter umbilical arterial bem posicionado, porque a 
ponta do cateter está no nível de L5. Apontado pelas 
setas brancas tem-se um cateter umbilical venoso, 
que também está bem posicionado porque está 
retilíneo a nível de T9. O apontado pela seta amarela 
vem da boca do RN, que uma sonda gástrica bem 
posicionada na câmara gástrica. No topo também é 
possível identificar um tubo traqueal bem 
posicionado na traqueia distal.

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