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Formação e extinção do Estado

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IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C.
FORMAÇÃO E EXTINÇÃO DO ESTADO
Formação jurídica do Estado.
O nascimento jurídico do Estado
é observado através de dois pontos de
vista: sendo o primeiro reconhecido
desde o momento em que a
coletividade estatal se organiza e
possui órgãos que querem e agem por
ela, não influem sobre a sua existência
as transformações posteriores da
Constituição ou forma de governo, o
Estado nasce e permanece através de
todas as mudanças.
Já o segundo ponto de vista,
considera o surgimento jurídico do
Estado quando o mesmo é
reconhecido pelas demais potências, o
que é matéria do direito internacional.
No entanto, os dois pontos de vista
são úteis e não se contradizem.
Formação histórica do Estado.
São basicamente três modos
pelos quais historicamente se formam
os Estados:
a) Modos originários:
O nascimento do Estado não
depende de um nenhum fator externo,
é quando ocorre “um agrupamento
humano mais ou menos homogêneo,
estabelecendo-se num determinado
território, organiza o seu governo e
passa a apresentar as condições
universais da ordem política e jurídica”
(MALUF).
Portanto, o nascimento do
Estado de modo originário se dá
quando uma nação se proclama
Estado e assim é aceita pela
comunidade internacional. Os dois
exemplos mais típicos na Antiguidade
é Roma e Atenas.
b) Modos secundários:
O surgimento se dá pela união
ou pela divisão dos Estados. São
casos de união:
I. Confederação:
Junção de dois ou mais Estados
mediante um tratado, pacto ou
convenção, visando interesses
comuns. A Soberania individual é
mantida e quando atingido o objetivo
do pacto, do tratado ou da convenção,
a confederação pode se extinguir
automaticamente.
II. Federação:
É uma união nacional mais
íntima e indissolúvel, de províncias
que passam a constituir uma só
pessoa de direito público internacional.
Exemplo clássico de união federal é a
América do Norte. Temos, ainda, no
continente americano, México, Brasil,
Argentina e Venezuela.
III. União pessoal:
É o governo de dois ou mais
países por um só monarca. É uma
união de natureza precária, transitória,
porque decorre exclusivamente de
eventuais direitos sucessórios ou
convencionais de um determinado
príncipe. Por exemplo: Alemanha e
Espanha sob o poder de Carlos V.
IV. União real:
É a união efetiva, com caráter
permanente, de dois ou mais países
formando uma só pessoa de direito
público internacional. Por exemplo:
Inglaterra, Escócia e Irlanda, que se
IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C.
juntaram para a formação da
Grã-Bretanha.
São casos de divisão:
I. Divisão Nacional:
É a que se dá quando uma
determinada região ou província
integrante de um Estado obtém a sua
independência e forma uma nova
unidade política. Por exemplo: Divisão
da União Soviética em diversos
países.
II. Divisão Sucessoral:
É uma forma típica das
monarquias medievais: o Estado,
considerado como propriedade do
monarca, era dividido entre os seus
parentes e sucessores,
desdobrando-se, assim, em reinos
menores autônomos. O direito atual
não admite e nem reconhece o direito
de propriedade sobre um estado.
c) Modos derivados.
Ocorrem quando um Estado
surge por concessão de outro Estado
cuja abrangência territorial
compreendia aquele, quais sejam:
I. Colonização:
Foi a primeira utilizada pelos
gregos que povoaram as terras e
criaram Estados ao longo do
Mediterrâneo. Modernamente, temos
os exemplos do Brasil e das demais
antigas colônias americanas povoadas
pelos ingleses, espanhóis e
portugueses, as quais se
transformaram posteriormente em
Estados livres.
II. Concessão dos Direitos de
Soberania e Ato de Governo:
É um ato de governo que, por
sua vontade espontânea, concede a
soberania a algum povo que viva sob
sua égide. Exemplos históricos: o caso
da Inglaterra reconhecendo a
soberania da Irlanda do Norte e do
Canadá.
Extinção do Estado.
Assim como os seres humanos,
o Estado também nasce, cresce e
morre. Os motivos que podem levar o
Estado à extinção variam entre causas
gerais ou específicas:
a) Causas gerais:
Ocorre o desaparecimento do
Estado como unidade de direito
público sempre que, por qualquer
motivo, faltar um dos seus elementos
morfológicos.
b) Causas específicas:
I. Naturais:
Extingue-se pela ocorrência de
fatores imprevisíveis e aleatórios à
vontade do governante e do povo. Tais
como: terremotos, maremotos,
erupções vulcânicas, que fazem
desaparecer pequenos ou grandes
Estados.
Por exemplo: Destruição das
cidades Herculano, Pompeia e
Stadium pela erupção do vulcão
Vesúvio, próximo de Nápoles, no ano
de 79 da Era Cristã.
II. Conquista:
Pode ser extinto em função do
processo de conquista efetuado por
outro Estado mais forte militarmente.
Neste caso, o governo, elemento do
Estado, deixaria de existir.
IZABELLA F. REIS - 1° PERÍODO 2021/01 - PROFESSOR: JULIANO SEPE L. C.
Por exemplo: Sucumbência de
vários Estados europeus, como
Tchecoslováquia, diante do poderio
militar alemão, durante a 2ª Guerra
Mundial.
III. Emigração:
Ocorre quando determinado
imprevisto faz com que toda a
população nacional abandone o
território do Estado, como por
exemplo, uma radiação atômica ou
doença que se propague por toda uma
região, levando seus habitantes a
fugirem de Chernobill.
IV. Expulsão:
Pode um Estado desaparecer
quando, além da conquista do território
por outra potência, sua população é
expulsa, como ocorreu com os judeus
que foram expulsos da Palestina pelos
romanos no ano de 70 d.C.,
extinguindo-se então o Estado de
Israel.
V. Renúncia dos direitos de
soberania:
Ocorre quando um Estado
renuncia ao princípio de
autodeterminação em favor de outro
Estado mais próspero, propiciando sua
incorporação e a formação de um
Estado maior, como aconteceu com
certa frequência na época medieval.
Um dos exemplos mais recentes
é o Estado mexicano do Texas, que
declarou a sua independência em
1837. Entretanto, em 1845, abriu mão
da sua soberania para integrar-se aos
Estados Unidos da América.

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