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Estado e sociedade
APRESENTAÇÃO
Para alguns autores, não existe uma concepção única sobre Estado, mas para essa unidade, 
adotaremos a concepção de três autores, Burgges, Cooley e Mc Iver que se complementam, 
dizendo que o Estado pode ser entendido como sendo uma sociedade de homens unidos para 
promover o interesse e segurança mútuos por meio da conjugação de todas as suas forças, que 
pela lei promulgada por um governo investido para esse fim, de poder coercitivo e mantém, 
dentro de um território delimitado, as condições universais de ordem social.
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai refletir sobre algumas questões relativas aos conflitos 
histórico existentes entre Estado e sociedade, tendo em vista os elementos que o compõe.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar os elementos componentes do Estado.•
Apontar os principais conflitos históricos existentes entre Estado e sociedade.•
Especificar os resultados oriundos da pouca interação da sociedade nas decisões políticas.•
DESAFIO
O Estado é composto por elementos bem definidos: governo, população e território. De uma 
maneira ampliada, entende-se o Estado-nação a partir de seus governantes e de seus 
cidadão/sociedade. A sua concepção se baseou na necessidade de ordem, cujo objetivo foi 
atender à coletividade e procurar resolver o máximo de conflitos possíveis. A partir do exposto, 
reflita sobre o caso:
INFOGRÁFICO
Acompanhe a seguir o infográfico sobre as relações de poder e autoridade.
CONTEÚDO DO LIVRO
Neste capítulo Estado e Sociedade, da obra Introdução ao direito brasileiro e teoria do Estado 
você vai ler sobre as questões relativas ao conflito histórico existente entre Estado e sociedade, 
tendo em vista os elementos que o compõem.
Boa leitura.
INTRODUÇÃO AO 
DIREITO BRASILEIRO 
E TEORIA DO ESTADO 
Débora Sinflorio da Silva Melo
Revisão técnica:
Gustavo da Silva Santanna
Bacharel em Direito
Especialista em Direito Ambiental Nacional e Internacional 
e em Direito Público
Mestre em Direito
Professor em cursos de graduação e pós-graduação em Direito
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
I61 Introdução ao Direito brasileiro e teoria do Estado / Cinthia 
Louzada Ferreira Giacomelli ... [et al.] ; [revisão técnica: 
Gustavo da Silva Santanna]. – Porto Alegre : SAGAH, 2018.
276 p. il. ; 22,5 cm
ISBN 978-85-9502-371-0
1. Direito. I. Giacomelli, Cinthia Louzada Ferreira.
CDU 342.1
Introducao_Direito_Brasileiro_Book.indb 2 13/03/2018 13:23:36
Estado e sociedade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Identificar os elementos que compõem o Estado.
 Apontar os principais conflitos históricos existentes entre Estado e
sociedade.
 Especificar os resultados oriundos da pouca interação da sociedade
nas decisões políticas.
Introdução
O Estado é entendido como uma sociedade de homens unidos para 
promover o interesse e a segurança mútuos por meio da conjugação 
de todas as suas forças, que — pela lei promulgada por um governo 
investido para esse fim, de poder coercitivo — mantém, dentro de um 
território delimitado, as condições universais de ordem social. 
Neste capítulo, você vai ler sobre as questões relativas ao conflito 
histórico existente entre Estado e sociedade, tendo em vista os elementos 
que o compõem.
Elementos do Estado
Em linhas gerais, a doutrina clássica conceitua o Estado como um conjunto de 
elementos formados por um território, um povo e um governo soberano com 
poder público sobre tais elementos. Contudo, o Estado da Ordem de Malta, por 
exemplo, é um Estado sem território. Nesse sentido, em atenção aos elementos 
que compõem o Estado e o signifi cado de cada elemento, atentamos para as 
ponderações dos doutrinadores Paulo Bonavides, Nina Beatriz Ranieri e José 
Geraldo Brito Filomeno sobre os elementos do Estado. 
Cap_18_Introducao_Direito_Brasileiro_Teoria_Estado.indd 1 02/03/2018 16:32:37
De acordo com o doutrinador Paulo Bonavides, em alusão ao doutrinador 
Duguit, os elementos constitutivos do Estado dividem-se em ordem formal e 
ordem material, e assim são compostos:
Ordem formal — o poder político na sociedade, que, segundo Duguit, surge do 
domínio dos mais fortes sobre os mais fracos. Paulo Bonavides faz uma observação 
ponderando ser contrário à defi nição de Estado elaborada por Duguit e, segundo 
o autor, a melhor defi nição de Estado seria a defendida por Jellinek, quando
disse que o Estado “[...]é a corporação de um povo, assentada num determinado
território e dotada de um poder originário de mando”. (BONAVIDES, 2000).
Ordem material — seria o elemento humano, que, segundo Bonavides, qualifi ca-
-se em graus distintos, como população, povo e nação, isto é, em termos demográ-
fi cos, jurídicos e culturais, bem como o elemento território. (BONAVIDES, 2000).
Segundo a autora Nina Beatriz Ranieri, constituem elementos do Estado 
o povo, o território e a finalidade. São estas as diferenças:
Povo — é aquele constituído por seus cidadãos, ou seja, pelos indivíduos a ele 
juridicamente vinculados por meio da nacionalidade e da cidadania (RANIERI, 
2013). De acordo com a doutrinadora Ranieri, o conceito de povo é diverso 
do conceito de população, nação, etnia ou minoria, pois a população seria 
um conceito demográfi co relativo ao número de pessoas que se encontram 
em determinado Estado, em certo momento, independentemente de serem 
nacionais, estrangeiros ou apátridas. Já nação seria o termo responsável para 
designar uma comunidade de base cultural, isto é , uma realidade sociológica, 
identifi cada com o conceito de comunidade (RANIERI, 2013). 
Território — aquele equivalente ao espaço da superfície terrestre que este 
ocupa, ou seja, constitui a base física de um Estado. 
Finalidade — segundo a doutrinadora Ranieri (RANIERI, 2013), é o elemento 
do Estado que diz respeito à fundamentação da sua ação, isto é, os funda-
mentos são simultaneamente teleológicos (são relativos aos fi ns do Estado) e 
axiológicos (relativos aos valores sob os quais se orienta a ação do Estado). 
De acordo com os doutrinadores José Geraldo Brito Filomeno e Marcus 
Cláudio Acquaviva, os componentes do Estado se dividem em:
Elemento material (população e território) — segundo o doutrinador José 
Geraldo Filomeno (FILOMENO, 2016), a população consiste no conjunto 
Estado e sociedade2
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de todos os habitantes do seu território, quer com ele mantenham ou não 
vínculos políticos, além dos necessários vínculos jurídicos. Já o povo seria o 
conjunto de cidadãos. O território seria a parte imprescindível para a existência 
do próprio Estado, composto por solo, subsolo, espaço aéreo, embaixadas, 
navios e aviões militares onde sejam encontrados, os navios e aviões de uso 
comercial ou civil em sobrevoo ou navegação de território não pertencente a 
outros Estados e o mar territorial.
Elemento formal (poder) — para o doutrinador Marcus Clá udio Acquaviva 
(ACQUAVIVA, 2010), o poder é a potencialidade para a realização de algo, 
sendo o poder soberano elemento essencial do Estado, visto que não há Estado 
sem poder soberano. Além disso, a soberania é a forma suprema de poder, 
única, indivisível, inalienável e imprescritível, de que se reveste a sociedade 
política. Para o doutrinador José Geraldo (FILOMENO, 2016), o ordenamento 
jurídico é o conjunto das normas constitutivas e comportamentais criadas 
pelo Estado, mediante processo adequado, por meio de órgãos aos quais a 
Constituição confere poderes para tanto.
Elemento fi nal (bem comum) — relaciona-se ao fato de manter a segurança 
interna e externa de uma população, a construção do Estado de Direito e a 
atenção ao bem-estar de todos.
Independentemente do rol doutrinário adotado, cabe reconhecermos que 
um Estado é reconhecido como soberano quando nele é possível destacaro 
território, um governo soberano, um povo e o elemento final, pois, do contrário, 
não teremos Estado, como, por exemplo, os povos sem pátria, como os curdos, 
que compõem a maior nação mundial sem Estado. 
O doutrinador Marcus Clá udio Acquaviva, no livro Teoria geral do Estado, destaca as 
definições para Estado elaboradas por pensadores como Giorgio Del Vecchio, que 
definiu o Estado como “o sujeito da Ordem Jurídica, na qual se realiza a comunidade 
de vida de um povo”, e Georges Burdeau, para quem o Estado se forma “quando o 
poder torna -se uma instituição, não se confun dindo mais com aquele que o encarna, 
mediante o fenômeno da institucionalização do poder”. Assim, aproveite e confira 
a bibliografia.
3Estado e sociedade
Cap_18_Introducao_Direito_Brasileiro_Teoria_Estado.indd 3 02/03/2018 16:32:37
Principais conflitos históricos entre 
o Estado e a sociedade
Ao longo dos séculos, a relação entre o Estado e a sociedade vem amargando 
trajetória de esperança e desesperança. No anseio de que sejam garantidos e 
respeitados os direitos preestabelecidos constitucionalmente, a sociedade busca 
que o Estado o cumpra — em contraparte, o Estado anseia que a sociedade 
zele pelo seu país. Contudo, em decorrência do orgulho e do poder ao longo 
de anos, diversos confl itos marcaram a intempestiva relação entre Estado e 
sociedade, entre os quais se destacam os elencados a seguir.
Ditadura militar brasileira (1964–1985) 
A história brasileira é marcada por grandes manifestações de luta entre a 
população e aqueles que detêm o poder. A ditadura militar é considerada um 
dos períodos mais aterrorizantes vividos pela sociedade brasileira, que, no ano 
de 1964, inconformada com a crise política do País, realizou passeatas contra 
o governo do então presidente João Goulart, que até então prometia a reforma 
das bases. Contudo, a parte conservadora da sociedade realizou manifestações 
contrárias ao discurso presidencial e, visto a enorme crise política e tensão
social, a fi m de evitar uma guerra civil, os militares tomaram o poder. O então
presidente se refugiou no Uruguai e, consequentemente, ao longo dos anos,
diversos generais mãos de ferro controlaram o País, cerceando a liberdade em 
geral, oprimindo e perseguindo a população opositora ao regime instalado,
que, na tentativa de salvar o País, lutou como guerrilheira.
Durante esse período, a política, a comunicação, a cultura, etc., foram cer-
ceadas; professores, artistas, escritores e políticos foram torturados, exilados 
e, inclusive, mortos. Com o passar dos anos, a situação econômica e as tensões 
sociais seguiam aumentando, mas, no ano de 1984, com a fragilização do 
poder militar e a vertiginosa crise econômica, ocorreu o movimento Diretas 
Já, um movimento social no qual milhares de brasileiros saíram às ruas a fim 
de exigir a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da emenda do político 
Dante de Oliveira, que buscava o retorno das eleições presidenciais e o fim 
da ditadura. Contudo, apesar de a emenda não ter sido aprovada, a ditadura 
militar findaria e, no ano seguinte, deu espaço à redemocratização do País, 
com a escolha do deputado Tancredo Neves como presidente, o qual, em 
virtude do seu precoce falecimento, foi substituído pelo vice-presidente José 
Sarney, que, em 1988, aprovaria a nova Carta Magna, ou seja, a Constituição 
Federal de 1988 e, assim, o Estado Democrático de Direito.
Estado e sociedade4
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Apartheid na África do Sul 
Durante os anos de 1948–1991, com a ascensão ao poder do partido político 
Nacional Sul-Africano, a sociedade negra sul-africana viu os seus direitos 
serem completamente cerceados, pois os novos governantes institucionaliza-
ram o regime de apartheid, no qual concedia direitos e privilégios somente à 
população branca. Nos anos seguintes, foram proibidos casamentos mistos e 
relações sexuais entre negros e brancos. Ainda, foi criado um cadastramento 
para separá-los (famílias foram divididas), dividiram-se áreas residenciais 
e locais públicos para negros e para brancos, e a população negra deveria 
apresentar à polícia, sempre que solicitada, uma caderneta que determinava 
os seus limites de acesso. 
A segregação racial desencadeou uma série de manifestações, movimentos 
e conflitos na luta da população negra pelo restabelecimento da igualdade 
social no País, independentemente da raça. O ex-presidente sul-africano Nelson 
Mandela foi um dos principais líderes pelo fim do apartheid e, em consequência 
disso, foi mantido preso por longos 27 anos, quando, no ano de 1990, após já 
ter conquistado a liberdade, foi eleito como presidente e deu fim ao regime de 
apartheid no País. Contudo, passados tantos anos, em decorrência de séculos 
de apartheid, a relação entre Estado, negros e brancos ainda é tempestuosa 
na África do Sul.
Conflito entre Israel e Palestina
O confl ito político-social entre Israel e Palestina, sem sombra de dúvidas, é um 
dos confl itos históricos mais contundentes da humanidade, que, nos últimos 
anos, tem fomentado debates e a preocupação mundial sobre a eminente guerra 
na região. Há anos, judeus e palestinos disputam o território após a divisão 
territorial realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 14 de maio 
de 1948, que previamente idealizou a divisão da Palestina em dois Estados, 
um judeu e outro árabe, mas, ao fi nal, somente foi criado o Estado de Israel. 
A decisão da ONU desencadeou uma onda de conflitos entre a população 
judia e palestina e os seus governantes, pois, de um lado, os palestinos reivin-
dicavam o reconhecimento do seu Estado e a integralidade do território e, do 
outro, os judeus defendiam ser os legítimos donos das terras, visto que, por 
séculos, os seus ancestrais teriam ocupado tais terras, mas, em decorrência de 
perseguições e expulsões, teriam as perdido. Nesse sentido, ano após ano, a co-
munidade internacional busca medidas para solucionar os conflitos entre judeus 
e palestinos, conflito que, há anos, é responsável por mortes e ódio na região.
5Estado e sociedade
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Interação da sociedade nas decisões políticas
O fi m da ditadura militar no Brasil e a promulgação da Constituição de 1988 
— que, além de ter estabelecido o Estado Democrático de Direito, reafi rmou e 
restaurou a democracia participativa no País — garantiram que cada cidadão 
brasileiro tivesse a liberdade e a oportunidade, por meio do sufrágio universal, 
de decidir o futuro do País.
Em consequência da vaga interação da sociedade nas decisões políticas, a 
administração pública, responsável por gerir o patrimônio público formado 
pelo conjunto de bens e direitos do governo federal, tem lutado contra o su-
cateamento dos seus serviços e buscado, por meio da transparência pública, 
informar a população, por meio dos canais virtuais do governo, sobre os fatos 
relativos aos órgãos da administração pública. 
Considerando a realidade brasileira, é imperioso destacarmos que grande 
parcela da população não possui acesso à internet. A falta de interação da 
sociedade com as decisões políticas também se deve ao fato de que os casos 
envolvendo determinados personagens políticos, acusados formalmente por 
envolvimento em crimes contra a administração pública, não recebem o 
mesmo tratamento jurídico que os indivíduos comuns (presos acusados por 
outros crimes e que não ocupam cargos políticos). Tal fato tem influenciado 
negativamente a interação social, visto que, em decorrência da morosidade 
judicial e de outros fatores, a população tem acreditado que, ainda que exija 
mudanças nas decisões políticas e/ou judiciais, elas não vão ocorrer, devido 
às inter-relações de poder. 
Nesse sentido, quando a sociedade se deixa dominar ou contribui para o 
fortalecimento de políticos ou partidos políticos que violem a democracia e as 
normas constitucionais do País, permite que novas ditaduras sejaminstaladas 
e, consequentemente, que a democracia participativa seja cerceada. Conhecer 
os seus governantes, futuros candidatos, e os partidos políticos é fundamental 
para o crescimento e fortalecimento de um Estado, pois, assim, a sociedade 
tem condições razoáveis e perceptíveis de entender quando um partido político 
adota determinada postura. 
Portanto, o cidadão não deve esperar o período eleitoral para conhecer 
os seus representantes e partidos políticos, mas, como cidadão politizado, 
deveria realizar um estudo prévio para, na época, ter solidez na escolha do 
melhor representante. Como bem ponderou o célebre ex-presidente americano 
Abraham Lincoln, “um boletim de um voto tem mais força que um tiro de 
espingarda” (o voto é mais forte do que uma bala).
Estado e sociedade6
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A liberdade de votar é um dos principais mecanismos de mudança de um povo, por 
isso deve ser utilizada com sabedoria e não ser objeto de troca ou venda, o que im-
possibilita a realização de mudanças políticas. Contudo, em decorrência da fragilização 
do sistema político, causada por escândalos de corrupção, a população, que outrora 
lutava bravamente por seus direitos e pelo progresso do seu País, tem interferido cada 
vez menos nas decisões políticas que afetam a sociedade como um todo. 
7Estado e sociedade
Cap_18_Introducao_Direito_Brasileiro_Teoria_Estado.indd 7 02/03/2018 16:32:39
ACQUAVIVA, M. C. Teoria geral do Estado. 3 ed. Barueri: Manole, 2010.
BONAVIDES, P. Ciência política. 10 ed. São Paulo: Malheiros, 2000.
FILOMENO, J. G. B. Teoria geral do Estado e da Constituição. 10 ed. rev., atual. e ampl. 
Rio de Janeiro: Forense, 2016.
RANIERI, N. B. S. Teoria do Estado: do Estado de Direito ao Estado Democrá tico de 
Direito. Barueri: Manole, 2013.
Leituras recomendadas
ARAGÃO, M. J. Israel × Palestina: origens, história e atualidade do conflito. Rio de 
Janeiro: Revan, 2006.
BALOGUN, H. A. Apartheid na África do Sul, a ascensão e queda do apartheid na África 
do Sul. São Paulo: Edicon, 2011.
REIS FILHO, D. A. Ditadura e democracia no Brasil: do golpe de 1964 à constituição de 
1988. Rio de Janeiro: Zahar, 2014. 
DICA DO PROFESSOR
O vídeo a seguir foca nos elementos do Estado e na importância da conexão entre esses 
elementos. Em seguida você estudará acerca da ineficácia do governo e seus conflitos, gerados 
quando não há discussão com a sociedade sobre suas prioridades.
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EXERCÍCIOS
1) O principal propósito da administração pública é a gestão do patrimônio público, 
formado pelo conjunto de bens e direitos do governo federal. 
A) O governo gerencia o patrimônio público, formado pelo conjunto de bens e direitos do 
governo federal.
B) O governo não gerencia o patrimônio público da União.
C) O governo gerencia o patrimônio público, formado pelo conjunto de bens e direitos dos 
municípios.
D) O governo gerencia o patrimônio público, formado pelo conjunto de bens e direitos dos 
estados.
E) O governo gerencia o patrimônio público, formado pelo conjunto de bens e direitos da 
União e dos municípios.
2) A democracia pode ser considerada como sendo, segundo Cunnighan (2007), 
o"igualitarismo que retira a autoridade (...) da família, da igreja, da escola, e do 
Exército". Com base nessa citação, assinale a resposta CORRETA. 
A) O pensamento do autor baseou-se na anarquia.
B) O pensamento do autor baseou-se em suas próprias experiências.
C) O pensamento do autor baseou-se na Revolução Francesa.
D) Menciona que o governo é ineficaz e pouco lógico em suas atitudes.
E) Acredita que o governo é eficaz e lógico em suas ações.
3) Com relação aos elementos do Estado, assinale a alternativa CORRETA. 
A) Governo, território, população e cidadania.
B) Cidadania, povo e raça.
C) Governo, território e legalidade.
D) Governo, território e população.
E) Governo e território.
4) No que diz respeito ao conceito de Estado, assinale a alternativa CORRETA. 
A) O Estado é uma parte especial da humanidade, considerada como uma unidade organizada.
B) O Estado não é uma parte especial da humanidade, considerada como uma unidade 
organizada.
C) O Estado é uma parte especial da humanidade, considerada como uma unidade organizada 
em classes.
D) O Estado é uma parte especial da humanidade, considerada como uma unidade organizada, 
com base no poder.
E) O Estado é uma parte especial da humanidade, autônoma, considerada como uma unidade 
organizada a partir do sistema anárquico.
5) Assinale a alternativa CORRETA para as características da soberania? 
A) Una, indivisível, imprescritível, legal.
B) Una, indivisível, legal.
C) Una, indivisível, imprescritível, inalienável.
D) Una, imprescritível, substância, governança.
E) Una, imprescritível, inalienável, substancial.
NA PRÁTICA
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) é um dos mais importantes movimentos 
sociais do Brasil, tendo como foco as questões do trabalhador do campo, principalmente no 
tocante à luta pela reforma agrária brasileira. Como se sabe, no Brasil prevaleceu historicamente 
uma desigualdade do acesso à terra, consequência direta de uma organização social 
patrimonialista e patriarcalista ao longo de séculos, predominando o grande latifúndio como 
sinônimo de poder.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
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