Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Acerca da ideia de literariedade, qual alternativa está correta? Há textos literários em que o aspecto de literariedade inexiste, já que não podemos perceber uma composição estética ou um trabalho de recriação por parte do autor. A literariedade é um conceito exclusivo da poesia, na medida em que descreve os recursos linguísticos e textuais que compõem a tessitura dos versos. O conceito de literalidade se transformou, porém poderia ser considerado como uma qualidade da forma que faz da literatura mais que sua função cognitiva, ética ou pública. É o nome dado aos estudos teóricos que problematizam o dialogismo e a polifonia no romance. Fala-se muito sobre a importância da leitura e sobre como desenvolver essa habilidade. Se você precisasse explicar qual é a relevância da leitura na escola, qual alternativa estaria correta? A leitura é importante para que os alunos recebam informações de diferentes disciplinas e assuntos de forma prática e passiva. A leitura é importante para que os alunos possam estudar gramática, visto que o texto deve servir como pretexto para a análise de questões linguísticas. A leitura é importante porque ela mobiliza inúmeras competências do aluno, sendo que a mais importante delas é a decodificação de letras e de palavras. A leitura é importante porque as pessoas precisam ser capazes de transitar entre os diferentes tipos de texto com que se deparam no dia a dia, como bula de remédios, leis, etc. Os textos literários e os textos não literários são todos produzidos com as mesmas palavras pertencentes do vocabulário dos idiomas. Sendo assim, de que maneira é possível diferenciar um texto literário de um texto não literário? O texto literário preocupa-se mais com a forma como as informações são passadas do que com a próprias informações; o texto não literário tem como objetivo passar informações. O texto literário apresenta linguagem direta, visto que tem como objetivo falar diretamente com o leitor; o texto não literário apresenta linguagem indireta. O texto não literário utiliza figuras de linguagem para tornar o seu discurso o mais direto possível; o contrário acontece no texto literário. O texto literário utiliza linguagem impessoal, pois tem como objetivo poder ser lido por qualquer pessoa em qualquer tempo e em qualquer lugar; o texto não literário apresenta linguagem pessoal. Se os textos literários e os não literários apresentam características distintas, é importante que o professor leve tais diferenças em consideração no momento de planejar atividades a partir da leitura de cada um desses tipos texto. Sobre esse planejamento, é correto afirmar que: O trabalho com o texto literário deve ser menos privilegiado, pois as pessoas se deparam muito mais frequentemente em seu cotidiano com textos não literários. Os textos não literários, por serem mais simples do que os literários, podem ocupar menos tempo de trabalho em sala de aula. O trabalho com textos literários deve se preocupar com o conteúdo, mas também com os recursos linguísticos e estilísticos. Ao trabalhar com um texto literário, o professor deve privilegiar seu conteúdo porque esse é um tipo de texto cujo foco é passar informações. O item em que os dois recursos literários estão presentes no texto é: A Fernando Pessoa (ele mesmo): Cada verso é uma esfinge ter falado. Mas quanto mais explícito ela o diz, Mais tudo permanece inexplicado E menos se apreende o que ela quis. Erra um sussurro, tão etéreo e alado Que nem mesmo silêncio o contradiz. E o ouvi-lo, ou ávido ou irado Na busca dum segredo sem raiz, É como se em pensar – um descampado – Passasse fugitiva e intensamente O Tempo todo inteiro projectado E a sombra ali marcasse, na corrente Do nada para o nada, inda passado E já futuro, a ficção do presente. Ironia e humor. Ironia e métrica. Conotação e rima. Métrica e ironia. O gênero textual literário representado no texto abaixo, de Fernando Pessoa é: Eu amo tudo o que foi Eu amo tudo o que foi Tudo o que já não é A dor que já me não dói A antiga e errônea fé O ontem que a dor deixou, O que deixou alegria Só porque foi, e voou E hoje é já outro dia. Fábula Apólogo. Paródia. Poema. Segundo Saraiva (2001, p.51), “A utilização eficaz da literatura como elemento fundamental na formação do sujeito e do leitor transita pelo conhecimento de seus modos de manifestação e das características que fixam a particularidade de cada um deles.” A respeito da narrativa literária é CORRETO afirmar que: Faz parte do modo narrativo e integra-se às diferentes modalidades desse discurso, que podem apresentar-se sob múltiplas matérias de expressão. O ato de narrar manifesta-se apenas através do recurso relativo à linguagem oral ou à escrita, não tendo conexão com outras formas de arte. Correlaciona-se aos outros discursos narrativos, mas deles se distingue, pois a narrativa literária tem natureza verídica. A narrativa de ficção não se distingue de outras narrativas como as celebrações religiosas, os ritos jurídicos ou textos comunicacionais da imprensa. Na narrativa literária, o autor utiliza-se de vários recursos e elementos na composição do texto para entreter o leitor. Com base nisso, marque a alternativa CORRETA. Os agentes responsáveis pelo ato narrativo também se inscrevem no âmbito da linguagem e são considerados pessoas reais. Narrador e narratário, autor e leitor fazem parte de estatutos ontológicos e funcionais, não havendo distinção entre eles. A natureza paradoxal da narrativa visa promover a crença na realidade ficcional e possibilitar a compreensão da existência humana, através da adesão a esse universo contado. O texto literário é capaz de estabelecer correspondências com o mundo real e, por essa razão, deve ser considerado como verdadeiro. O discurso pode ser direto, indireto e indireto livre. A respeito do nível do discurso é CORRETO afirmar que: O ato produtor da narrativa, ou seja, – o discurso, – adquire forma pela mediação do autor. É o narrador quem coloca as personagens em cena, invade seus pensamentos e adere ao seu olhar. O narrador pode exercer duplo papel: o de autor do discurso e o de agente das ações. Geralmente, as narrativas para crianças, em sua maioria, apresentam narradores que vivenciam os acontecimentos. Segundo Saraiva (2001, p.53), “A existência da narrativa decorre da articulação entre as ações, que constituem a história ou o enunciado, e a comunicação dessas ações, que instala o processo de narração, o discurso ou a enunciação.” A respeito dos níveis da história e do discurso é CORRETO afirmar que: Todo relato é emitido por alguém e, necessariamente, se dirige a alguém, tornando explícita a relação comunicativa autor/narrador. O nível discursivo é sustentado unicamente pela participação ficcional do emissor, ou seja, do narrador. As catálises são os momentos de risco da narrativa e constituem sua armadura lógico-causal. A história ou a fábula abrange o conjunto de acontecimentos ligados entre si por relações de causa e efeito e dispostos sucessiva e cronologicamente.
Compartilhar