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FACULDADE FUTURA EDUCAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES NÃO ESCOLARES VOTUPORANGA – SP 1 A FUNÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS Fonte: forum.saude.doutissima.com.br/ Lidar com pessoas tornou-se hoje uma atividade completamente diferente do que se fazia há algum tempo atrás. Hoje em plena era da informação, as organizações enfrentam um desafio importantíssimo na gestão de pessoas e nesse contexto de mudanças e competitividade das empresas é necessária uma nova estrutura organizacional para otimizar as habilidades e os talentos das pessoas, evitando conflitos e construindo relações mais efetivas e produtivas. As organizações dependem diretamente das pessoas, para ocupar um espaço de destaque no mercado e para produzir seus bens e serviços, atender bem seus clientes, a fim de atingir seus objetivos empresariais e estratégicos como: produtividade, crescimento sustentado, lucratividade, redução de custo, qualidade nos produtos e serviços, e imagens. Portanto, o setor de RH das organizações, deve ser um setor de enriquecimento de talentos e não de controle e fiscalização; gerenciar com pessoas e não as pessoas. Deve-se pensar em um modelo de gestão de pessoas, que vise maior participação nas decisões utilizando ao máximo a inteligência e o talento de cada funcionário, para obter sinergia de esforços e ampliação de conhecimentos das equipes. O setor de recursos humanos deve investir no capital intelectual e capacitar pessoas criando condições para que elas utilizem eficazmente as suas habilidades. Neste momento a pedagogia vem de uma forma bem definida, com um conhecimento http://forum.saude.doutissima.com.br/doutissima/Psicologia/Dica-do-Psicologo/impotancia-pedagogo-topico_1265_1.htm http://forum.saude.doutissima.com.br/doutissima/Psicologia/Dica-do-Psicologo/impotancia-pedagogo-topico_1265_1.htm acerca de pessoas estruturado e fundamentado, traçando objetivos organizacionais que possam ser alcançados com uma compreensão clara do que se entende por gestão de pessoas e processos, dentro de uma organização. O objetivo dessa reflexão é mobilizar e conscientizar os pedagogos da dimensão do seu papel dentro das organizações. Partindo da realidade que uma empresa é um espaço educativo, cria-se então a necessidade de um profissional apto a amarrar todas as relações humanas, atuando com estratégias e metodologias para informações, conhecimentos e realizações de objetivos, tendo como resultado um melhor aprimoramento, qualificação profissional e pessoal dos funcionários. Para que tais objetivos possam ser alcançados, torna-se necessário que o pedagogo, tenha uma compreensão clara do que se entendem, por gestão de pessoas dentro de uma organização, quais são suas políticas: missão, visão, valores, como eficiência, eficácia e cujos esses objetivos buscam muito mais do que acumular técnicas ou conhecimentos, mas, acima de tudo, promover mudanças e atitudes mais amplas. Fonte: www.primecursos.com.br/ Ampliando a atuação do Pedagogo Empresarial, mesmo que leve algum tempo, é importante conhecer os funcionários em relação à sua origem, seus envolvimentos, formação, cultura, anseios e objetivos. Isso possibilitará elaborar projetos educacionais que estejam adequados aos objetivos da empresa, ou equipá-los para que na compreensão desses objetivos, possam produzir cada vez mais e melhor como a parte integrante e mais importante da empresa e da sociedade. Mantidos em forma http://www.primecursos.com.br/ http://www.primecursos.com.br/ de educação contínua, os saberes acumulados no contexto da empresa e da sociedade, transitórios ou técnicos, possibilitará um trabalho permanente, cuja gestão de sua competência e conhecimento podem e devem ser articulados com outros valores e profissionais, todos com a função de obter mudanças no comportamento e comprometimento do indivíduo com a empresa. A principal missão do pedagogo é fazer intervenções oportunas nos processos organizacionais e desenvolver o potencial humano das equipes de trabalho, seus conhecimentos, suas habilidades, com autodisciplina decorrente da autonomia e da responsabilidade, buscando articular teoria e pratica, na construção de relações mais confiáveis. 1.1 Benefícios da Pedagogia Empresarial 1. Desenvolve novas competências para compreender o negócio e as causas e os efeitos de certas decisões estratégicas. 2. Permite adquirir novos insights sobre como a missão organizacional influencia as decisões cotidianas na organização. 3. Visualiza novos horizontes combinando os novos insights e competências para ajudar aos colaboradores a verem mais claramente o que devem alcançar e como fazer isto. 4. O colaborador se sente recompensada em seu trabalho, pois aprendendo e desenvolvendo habilidades e competências, as pessoas se sentem mais satisfeitas e realizadas com aquilo que fazem. Muitos dos chefes de seção de pessoal eram advogados, executivos e o escopo básico de seu trabalho eram dizer e fazer coisas de pessoal segundo as leis. Administrava-se o papelório - os procedimentos legais -, o que já era um progresso; contudo, a mediação pessoa/empresa estava relegada aos termos da lei. http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=32682 http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=32682 http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=32682 Fonte: blog.7pontos.com.br/ Acompanhando as mudanças globais passamos para uma sociedade do conhecimento, na qual o recurso controlador não é mais o capital, ou tampouco a terra ou a mão-de-obra, mas sim a capacidade e experiência dos indivíduos. No âmbito empresarial são necessários profissionais para atuarem nos processos de planejamento, capacitação, treinamento, atualização e desenvolvimento dos funcionários dessa empresa, e é nesse momento que surge o pedagogo empresarial. O pedagogo empresarial visa sempre melhorar a qualidade de prestação de serviços de uma empresa. Seja planejando, solucionando problemas, formulando hipóteses, elaborando projetos, esse profissional visa à melhoria dos processos instituídos na empresa, garantindo uma qualidade no atendimento de seus clientes e também dos seus funcionários. Todo esse processo tem por base a gestão de pessoas, desenvolvendo a capacidade de renovação da empresa e dos seus funcionários, buscando sempre o conhecimento de novas técnicas, a promoção de atitudes transformadoras e mobilizadoras, visando sempre que a empresa obtenha excelência nos atendimentos às exigências do mercado e da sociedade (Greco, 2005). O pedagogo tem uma formação holística, o que o habilita a ocupar um espaço organizacional, desempenhando um papel de gestor de pessoas, pode e deve atuar sim numa empresa devido a sua formação que não especificada - como o psicólogo - e sim numa visão ampla que consiste na própria psicologia, na sociologia, na filosofia, na história, na administração dentre outras. O mercado de trabalho já tem exigido e cobrado das empresas mais ações de responsabilidade social. Com isso, está crescendo a demanda por profissionais especializados para planejar, coordenar, executar, e divulgar projetos sociais principalmente na área de educação, o que é a expertise do pedagogo. http://blog.7pontos.com.br/o-mercado-de-trabalho-nas-midias-sociais/ http://blog.7pontos.com.br/o-mercado-de-trabalho-nas-midias-sociais/ Portanto, vale ressaltar a grande importância da atuação do pedagogo dentro de uma organização. Seu papel como educador, articulador e mediador, seu perfil e suas funções pedagógicas e metodológicas. 1.2 Conceito de gestão de pessoas Um setor vivo e dinâmico da organização; setor que manipula os demais; recurso dotado de uma vocação dirigida para o crescimento e desenvolvimento do capital humano e intelectual das pessoas; órgãoresponsável pela distribuição das informações necessárias para o crescimento da organização. Conceituar, identificar, operacionalizar, desenvolver, avaliar e promover são competências importantes para o profissional que almeja ser gestor de pessoas. É claro que muitas delas podem ser compartilhadas com profissionais de outras áreas, mas, quando atribuídas ao profissional de recursos humanos, eles devem oferecer um quadro harmônico e confiável. O aproveitamento de Recursos Humanos decorre de um processo de avaliação contínua dos funcionários e permite a organização reter os seus "bons" funcionários substituindo somente aqueles que apresentam distorções de desempenho consideradas difíceis de serem corrigidas dentro de um programa de treinamento. Daí a importância de se incluir no processo de qualificação profissional a pedagogia que vai responder de uma forma mais efetiva, contribuindo para o desenvolvimento e desempenho global da empresa. Fonte: www.empresafamiliar.com.br/ 1.3 As organizações Empresariais A moderna Gestão de Pessoas procura tratar as pessoas e, os processos, simultaneamente como importantes recursos organizacionais, mas rompendo a maneira tradicional de tratá-las meramente como meios de produção. Pessoas como pessoas e não simplesmente como recursos ou insumo. Até a pouco tempo, elas eram tratadas como objetos e como recursos produtivos - quase da mesma forma como se fossem máquinas ou equipamentos de trabalho, como meros agentes passivos da administração. Através dessa maneira retrógrada de visualizar as pessoas provocou grandes conflitos trabalhistas. Hoje a tendência é fazer com que todas as pessoas, em qualquer nível dentro da organização, sejam administradoras - e não simplesmente executores - de suas tarefas. Além de executar suas tarefas, cada pessoa deve conscientizar-se de que ela deve ser o elemento de diagnóstico e de solução de problemas para obter uma melhoria contínua do seu trabalho dentro da organização. É assim que crescem e solidificam-se as organizações bem-sucedidas. A cultura representa o ambiente de crenças e valores, costumes e tradições, conhecimentos e práticas de convívio social e relacionamento entre as pessoas. A cultura significa o comportamento convencionalizado e aceito pela sociedade e provoca enorme influência e condicionamento sobre todas as ações e comportamentos das pessoas. Segundo Ribeiro: Portanto, cultura é o resultado de um complexo conjunto de processos de aprendizagem os quais são, apenas parcialmente, influenciados pelo comportamento e vontade do líder. Por outro lado, destaca-se que a cultura organizacional indica o clima e as práticas que as organizações desenvolvem ao "redor" dos seus funcionários. (2003, p. 63). Se as organizações são compostas de pessoas e estas precisam engajar-se em organizações para alcançar seus objetivos, nem sempre este casamento é fácil. Se as organizações são diferentes entre si, ocorre o mesmo com as pessoas que por serem diferentes individualmente possuem suas próprias características separadamente. O pedagogo tem como foco dentro de uma empresa, desenvolver e trabalhar o capital humano sob sua responsabilidade, articulando toda a estrutura interna e externa da organização, para construir um capital intelectual, que se traduza em relações de cooperação e ao mesmo tempo promova competitividade para a empresa, como nos mostra o esquema abaixo. Fonte: Chiavenato, Idalberto. Gestão de pessoas: e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 2 O PEDAGOGO EMPRESARIAL Fonte: www.fiepb.com.br/ O desenfreado desenvolvimento científico e tecnológico das últimas décadas tem marcado a sociedade contemporânea com profundas mudanças nas organizações, no modo de produção e nas relações humanas. Verdades e conceitos têm sido questionados, mitos e comportamentos derrubados e o conhecimento tem ultrapassado os limites geográficos, sociais e educacionais com uma vertiginosa velocidade. As novas tendências sociais e os novos rumos impostos pela Era da Informação influenciam diretamente a educação e o conhecimento. Administrar a quantidade de informações veiculadas e estar atualizado, atualmente, é uma tarefa extremamente difícil e especializada. O velho esquema escolar da memorização, da erudição pela erudição oriunda da ação pedagógica da Companhia de Jesus na implantação do sistema educacional brasileiro, já não se enquadra nos moldes da nova construção socioeconômica e educacional do país. O mundo transforma-se a cada momento e o resultado mais visível desse processo é a obsolescência do conhecimento que nos impele à atualização constante e contínua. O MEC evidenciou a intensidade do impacto desse novo formato social ao publicar os Referenciais para Formação de Professores. (GENTILI; BENCINI, 2000). O documento descreve as novas competências do educador e as novas características das suas aulas, que devem priorizar a formação do aluno cidadão, capaz de estabelecer relações com o mundo que o cerca, analisar, pesquisar, estar atualizado e, sobretudo, aprender a aprender. Os reflexos mutatórios na escola explicitam a exigência urgente do mercado de trabalho que não abriga mais o trabalhador mecanizado, mero executor de tarefas, personificado na figura robotizada do personagem do filme Tempos Modernos de Charles Chaplin. O ambiente organizacional contemporâneo requer o trabalhador pensante, criativo, proativo, analítico, com habilidade para resolução de problemas e tomada de decisões, capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de transformação e a flexibilização dos tempos atuais. Mas como conseguir isso? Como conseguir desenvolver competências nos alunos de nossas escolas atuais? Como contribuir para a construção de colaboradores autônomos, e com espírito de aprendizes? Como manter as organizações atualizadas no mundo que vive a transformação num ritmo frenético? Como transformar o ambiente de trabalho em um ambiente de aprendizagem permanente? Diante dessas indagações surge a figura do Pedagogo Empresarial. Cada vez mais as empresas descobrem a importância da educação no trabalho e desvendam a influência da ação educativa do Pedagogo na empresa. O Pedagogo não é mais só o profissional que atua no ambiente escolar. Ao contrário, dispõe de uma imensa área de atuação, tais como: empresas de diversos setores, ONGS, editoras, sites, consultorias especializadas em T&D e em todas as áreas que requeiram um trabalho educativo. A tarefa do Pedagogo Empresarial é, entre outras, a de ser o mediador e o articulador de ações educacionais na administração de informações dentro do processo contínuo de mudanças e de gestão do conhecimento. Gerenciar processos de mudança exige novas posturas e novos valores organizacionais, características fundamentais para empresas que pretendem manterem-se ativas e competitivas no mercado. Dessa forma, o profissional da educação atua na área de Recursos Humanos direcionando seus conhecimentos para os colaboradores da empresa com o objetivo da melhoria de resultados coletivos, desenvolve projetos educacionais, seleciona e planeja cursos de aperfeiçoamento e capacitação, representa à empresa em negociações, convenções, simpósios, realiza palestras, aporta novas tecnologias, pesquisa a utilização e a implantação de novos processos, avalia desempenho e desenvolve projetos para o treinamento dos funcionários. Outra modalidade para a capacitação e treinamento dos recursos humanos no mercado empresarial é a Universidade Corporativa. Essas Universidades desenvolvem um sistema de aprendizado contínuo voltado para as necessidades específicas das empresas e de seus colaboradores. Contribuem para a aquisição dos conhecimentosdos novos processos de produção e valores organizacionais consoantes com a missão da empresa. Esse novo nicho educacional tem crescido e tende a intensificar-se nos próximos anos gerando uma demanda social de Pedagogos Empresariais. As organizações são formadas por pessoas: são elas que atendem ao público, despacham documentos, recebem recados, fazem pagamentos, tomam decisões. Há uma mútua simbiose entre pessoas e organizações: pessoas dependem das organizações e organizações dependem das pessoas. Dentro dessa interdependência e do novo paradigma de competitividade em mercados globais, o treinamento e o aprendizado são imprescindíveis para o aproveitamento das oportunidades pessoais e organizacionais e para a neutralização das ameaças ambientais. Os indicadores propulsores da aprendizagem organizacional são a criatividade e a inovação. Segundo Peter Senge (1999, p. 320), autor do livro A Quinta Disciplina, os gerentes devem estimular e conduzir a mudança para criar organizações que aprendam. (SENGE apud CHIAVENATO, 1999). A aprendizagem e o treinamento nas empresas são os diferenciais de competitividade, qualidade e lucratividade. Por esse motivo o investimento no conhecimento contínuo e coletivo do capital intelectual das empresas tende ao crescimento progressivo. Esse conceito administrativo assemelha-se, integralmente, ao novo conceito educacional de escola e da sua função social: formar cidadãos autônomos, não sendo mais o lugar de simples transmissão do conhecimento, tornou-se, o espaço das relações humanas moldadas, deve ser usada para aprimorar valores e atitudes, além de capacitar o indivíduo na busca de informações, onde quer que elas estejam, para usá-las no seu cotidiano. Torna-se evidente que a palavra de ordem hoje é Gestão do Conhecimento. Escolas e empresas que não repensarem seus modelos e agarrarem-se aos velhos paradigmas do aprendizado e das relações humanas estarão, certamente, fadadas ao fracasso ou ao desaparecimento. A inexorabilidade da reestruturação socioeconômica obriga que as escolas desenvolvam competências nos alunos para atender às exigências do mercado de trabalho e que as organizações se reestruturem e transforme o ambiente de trabalho num ambiente de aprendizagem, contribuindo para a construção de pessoas que se antecipem aos acontecimentos, sejam atualizadas e saibam aprender a aprender. O pedagogo vai para as organizações ocupar o papel de gestor de pessoas, de conhecimento e de talentos e segundo Idalberto Chiavenato, gerir talento humano está se tornando indispensável para o sucesso das organizações. Ter pessoas não significa necessariamente ter talentos. E qual a diferença entre pessoas e talentos? Um talento é sempre um tipo especial de pessoa e nem sempre toda pessoa é um talento. Fonte: blog.raleduc.com.br/ Para ter talento a pessoa precisa possuir algum diferencial que a valorize. Hoje, o talento envolve três aspectos: a) Conhecimento. É o saber. Constitui o resultado do aprender a aprender, aprender continuadamente e aumentar continuadamente o conhecimento. b) Habilidade. É o saber fazer. Significa utilizar e aplicar o conhecimento, seja para resolver problemas ou situações ou criar e inovar. c) Competência. É o saber fazer acontecer. A competência permite alcançar e superar metas e resultados, agregar valor, obter excelência e abastecer o espírito empreendedor. http://blog.raleduc.com.br/2016/07/19/pedagogia-empresarial-fortalecendo-o-ead/ http://blog.raleduc.com.br/2016/07/19/pedagogia-empresarial-fortalecendo-o-ead/ http://blog.raleduc.com.br/2016/07/19/pedagogia-empresarial-fortalecendo-o-ead/ Talento era o nome dado a uma moeda valiosa na antiguidade. Hoje é preciso saber atrair, aplicar, desenvolver, recompensar, reter e monitorar esse ativo precioso para as organizações e não apenas para a área de RH. Conhecimento: Habilidade: Competência: SABER SABER FAZER SABER FAZER ACONTECER Aprender a Aprender Aplicar o Conhecimento Alcançar Metas Aprender Continuamente Resolver Problemas Agregar Valores Aumentar o conhecimento Criar e Inovar Obter excelência Empreender O esquema acima sintetiza o papel articulador do pedagogo dentro das organizações, viabilizando contextos favoráveis e incentivador, para que os talentos cresçam e se desenvolvam, formando o capital humano das empresas, que é seu maior patrimônio, seu grande diferencial, que a faz alcançar competitividade e sucesso. O papel do pedagogo, em espaços organizacionais, tornou-se desafiador a partir do momento em que verificamos através de discussões realizadas em sala de aula, seminários, mesa redonda, através de leituras compartilhadas, um horizonte se abrindo para esta área do conhecimento, que se fundamentam também nos quatro pilares da educação. Segundo o relatório Jacques Delors, da Comissão Internacional sobre a educação para o século XXI, elaborado para a UNESCO, iniciado em 1993 e concluído em 1996, destaca os quatro pilares básicos essenciais a um novo conceito de educação: A educação ao longo de toda vida baseia-se em quatro pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser. (...) A educação ao longo de toda a vida torna-se assim, para nós, o meio de chegar a um equilíbrio mais perfeito entre trabalho e aprendizagem bem como ao exercício de uma cidadania mais ativa (DELORS, 2001, p. 101). Refletindo sobre as contribuições deste relatório para a formação continuada dos profissionais, percebemos que a concepção de educação nele proposta está voltada para toda a organização. Um modelo que vai além dos muros da escola e deve fazer com que o indivíduo saiba conduzir o seu destino, num mundo onde a rapidez das mudanças se conjuga com o fenômeno da globalização modificando a relação que homens e mulheres mantêm com o espaço e o tempo. O pedagogo é um profissional dentro das organizações que tem formação para compreender as empresas enquanto organizações que aprendem e que seu diferencial é as pessoas e como tal conduzir os processos de ensino/aprendizagem. Fonte: www.imesmercosur.org.br/ 3 O PEDAGOGO E A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL Geralmente, o pedagogo tem-se caracterizado como profissional responsável pela docência e especialidades da educação, como: Direção, Supervisão, Coordenação e Orientação Educacional, entre outras atividades específicas da escola. Podemos dizer que, dificilmente, encontra-se o profissional da educação desvinculado da escola propriamente dita, e inserido em outras atividades do mundo do trabalho, como em empresas, ainda que esse trabalho se refira à educação, mas em uma perspectiva extraescolar. Ao analisar a estrutura de organização das disciplinas do curso de Pedagogia notamos que não há direcionamento específico para a atuação do pedagogo em empresas, fato esse que dificulta a inserção e conhecimento das possibilidades de atuação desse profissional nos processos produtivos. Por essa razão e, também, porque a escola constitui-se um local de trabalho bastante conhecido dos pedagogos, esses profissionais limitam sua procura a essas instituições. Nesse momento, em que o curso de pedagogia passa por um processo de reestruturação com propostas divergentes de diretrizes curriculares e, também, considerando as modificações ocorridas no processo produtivo, faz-se importante contemplar a possibilidade de atuação desses profissionais em outros setores do mundo do trabalho. Fonte: www.fundasc.com.br/ 4 O TRABALHO DO PEDAGOGO Todos esses aspectos levam-nos a refletir sobre a possibilidade de um novo campo de atuação para o pedagogo, até agora pouco explorado. Para discutirmos a presença do pedagogo nos processos produtivos, elegemos trêsaspectos constitutivos da especificidade do trabalho desse profissional que nos parece interessantes ser aproveitados nos locais de produção, sendo eles: a interação com o sujeito, a reflexão sobre a prática do trabalho e a elaboração de programas instrucionais que priorizem a totalidade do processo de trabalho. O trabalho costumeiramente desenvolvido pelo profissional da educação (o pedagogo) refere-se a oferecer instrumentos para que o sujeito aprenda a desvendar a realidade. Para que o conhecimento aconteça por parte do sujeito, o educador tem um papel fundamental que é o de oferecer subsídios de cunho teórico-prático para que a partir da ação o sujeito interfira na realidade. Nesse sentido, o educador não é um mero transmissor de conhecimento, mesmo porque o processo pelo qual consolida-se o conhecimento pressupõe a interação entre sujeito estruturante e objeto a ser estruturado, assim, faz-se imprescindível notar que a função essencial do educador está em oferecer além dos conteúdos, os instrumentos que possibilitem e estimulem a busca do conhecimento por parte do sujeito. Fonte: www.cognin.com.br/ Como mencionamos anteriormente, se há no mundo do trabalho a necessidade de um conhecimento de caráter mais criativo e ativo, então a interação entre os profissionais responsáveis pela produção demonstra ser essencial. Essa interação conjuga a troca recíproca de conhecimento, de um lado, os técnicos, com o saber adquirido pelos anos de experiência na profissão e alguma formação institucional, de outro, os engenheiros e outros profissionais com formação de nível mais elevado, mas que muitas vezes se encontram desprovido de condições para socializar esse conhecimento com os demais. Assim, esses últimos acabam por centralizar em si a escolha dos procedimentos a serem utilizados na produção, perdendo a contribuição prática dos trabalhadores e emperrando a organização da empresa de acordo com as novas formas de organização do trabalho. Pudemos observar que em uma das empresas pesquisadas utiliza como estratégia para a qualificação de seus quadros profissionais o programa de multiplicadores de treinamento, o qual requer do profissional maior responsabilidade e conhecimento, já que terá de dominar além de seu trabalho específico todo o processo de produção. Esse tipo de programa requer do profissional, outras habilidades como capacidade de compreensão e exposição de ideias, utilização e seleção de materiais didáticos para atingir fins determinados, capacidade de oratória entre outros. Tudo parece indicar que a necessidade do mercado não se encontra mais fundamentada na divisão entre planejar e executar, por isso os treinamentos realizados simplesmente com suporte técnico não é mais suficiente. Para trabalhar nas novas formas de organização do trabalho, parece ser necessário o desenvolvimento intelectual e comportamental visando o trabalho conjunto. Como parte de uma equipe interdisciplinar, o pedagogo por compreender o processo cognoscente pode contribuir na aprendizagem do profissional aguçando o desenvolvimento das potencialidades individuais através da interação entre os profissionais na seleção de metodologias adequadas proporcionando, assim, condições para que ocorra a aprendizagem por meio do trabalho. Outro aspecto da formação do pedagogo refere-se à reflexão sobre a prática, aliando teoria e prática. No âmbito da escola, a práxis é bastante discutida como elemento essencial na prática cotidiana na sala de aula. Ao falar sobre a valorização do saber produzido nas relações sociais, o pedagogo é o profissional que faz das situações concretas que vive o seu instrumento de reflexão e elabora saber, esse mesmo saber faz com que o docente se relacione mais profundamente com o conhecimento. Nesse momento da sociedade capitalista tudo indica que seja oportuno para os setores produtivos estreitarem as relações existentes entre teoria e prática, canalizando essa união em benefício da qualificação profissional, ainda que, contraditoriamente, o interesse das empresas capitalista com a formação profissional seja a acumulação de capital. Como mencionamos, juntamente com a tendência a uma maior proximidade entre categorias profissionais na produção, parece possível dizer que o diálogo visando à troca de experiência e, sobretudo, a capacidade de olhar para a produção extraindo dessa mesma realidade as necessidades práticas para encontrar novos caminhos constitui-se em um elemento importante para a empresa, como também, para despertar a capacidade criativa e de compreensão profissional. Esse trecho evidencia que o ato de executar encontra-se dissociado do ato de planejar, alienando o trabalhador da compreensão do processo produtivo. Nesse sentido, é oportuno que as experiências práticas estejam ligadas a instrumentos educacionais que, além de proporcionarem a participação dos trabalhadores no planejamento, execução e avaliação, levem o sujeito a perceber as situações provenientes da prática e as alternativas cabíveis para solucionar os problemas que surgem e propor inovações. Para que se preconizem inovações na produção, o componente intelectual demonstra ser indispensável, pois tudo parece indicar que somente com uma articulação de nível intelectual poderemos avançar no âmbito da qualificação profissional. Essa articulação compreende a interação com a realidade através do questionamento constante das práticas empregadas na produção, de modo a incorporar ou rejeitar as experiências que surgem. A importância de subsidiar as experiências provenientes da prática de suporte educacional, já que os pedagogos do trabalho nas indústrias metalomecânica na Alemanha têm desenvolvido e aplicado o conceito de qualificação profissional com base na capacidade e conhecimento para compreender o processo de produção, aprendizagem direcionada às experiências surgidas no trabalho, objetivos que são orientados no processo total da produção incluindo planejamento, execução e controle do trabalho em cooperação, em seguida são desenvolvidas diretrizes didáticas que contemplam esses conceitos. Fonte: pedagogiaaopedaletra.com/ Estudos demonstram a necessidade de desenvolver um conceito de qualificação profissional com base na nova forma e organizar a produção, e também, os novos modelos organizacionais parecem requerer que as experiências adquiridas na prática do trabalho estejam subsidiadas de suporte educacional a fim de traduzir o momento no qual o trabalhador despende sua força de trabalho em ganhos individuais e que as equipes de trabalho inovem, troquem experiências e interajam entre si, não apenas em uma perspectiva de execução, mas de concepção do trabalho. Outro aspecto do trabalho que o pedagogo pode vir realizar na empresa se refere à elaboração de programas instrucionais ou diretrizes didáticas. Nas empresas podemos constatar que todas elas fazem um planejamento prévio das etapas de treinamento contendo conteúdos, objetivos, técnicas (lê-se metodologia) e avaliação, porém esse planejamento é realizado sem suporte educacional, ainda que o objetivo seja a qualificação dos trabalhadores, que por mais restrito que se entenda esse conceito, em geral, refere-se à aquisição de conhecimentos do processo produtivo e desenvolvimento de capacidades intelectuais e comportamentais no sujeito que aprende determinado conteúdo. A organização sistemática das atividades a serem aplicadas no treinamento demanda um tipo de conhecimento específico da prática educativa, como a elaboração e seleção de materiais didáticos, instrumentalização didática dos profissionais e, ainda, a seleção de metodologia apropriada para conduzir a execução do treinamento. A prática educativa pressupõe a superação dos elementos formais do programa de aprendizagem, não os excluindo,mas ultrapassando a simples organização formal para uma organização educativa, na qual o objetivo, o conteúdo, a metodologia e a avaliação são vistos interligados, sofrendo modificação, seleção e adaptação de modo a interferir na organização intelectual do sujeito.
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