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ATIVIDADE TEP 2

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ATIVIDADE - TEP 2
 Discente: Lucy Freitas 
Docente: Fernanda Lira 
1) Interprete o desenho a seguir considerando suas características gerais (Proporção, Perspectiva, Detalhes -essenciais, não essenciais, irrelevantes- e Qualidade da Linha)
R- Sobre a sua proporção: observa-se uma casa com um tamanho da média. Mais próximo da esquerda, denotando maior chance de comportamento estável, rigidamente controlado e em adiar seus impulsos imediatos e tende a se preocupar muito com aqueles que compartilham de seu ambiente e de suas opiniões, ligeiramente apresentado em: “não aturava mais os colegas que o atormentavam”. Localizado ainda no ponto médio da folha, caracterizando um indivíduo geralmente rígido para compensar a ansiedade e insegurança. Apresentado em: “Seu ajustamento escolar se tornou menos satisfatório com o passar do tempo”. Portas muito pequenas denota sentimentos de inadequação do indivíduo e relutância em fazer contatos. Detalhes: O telhado tanto uma parede como um telhado, são geralmente produzidos por esquizofrênicos que parecem estar simbolicamente enfatizando o fato de que seu mundo é em grande parte fantasia e dificuldade de abstrair. Detalhes não essenciais: As janelas da casa constituem formas menos diretas e imediatas de interação com o ambiente do que a porta, vemos ênfase nessa parte do desenho, o que reforça: “tinha dificuldade em terminar as tarefas e raramente participava das atividades em grupo, e só com muita relutância. Seu ajustamento escolar se tornou menos satisfatório com o passar do tempo.” Muitas grades podem expressar um sentimento de que o quarto atrás da janela é uma prisão. Muitos janelas sombreadas indica preocupação excessiva relativa à interação com o ambiente. Detalhe irrelevante: Mais de uma porta, indivíduos gravemente desajustados. Ainda, chaminé com baixa qualidade, denotando um indivíduo que sente o lar como um ambiente com falta de calor, possuindo ainda baixa maturidade e desequilíbrio sensual, o que contextualmente é explicado pelo histórico da sua família direta. A chaminé ainda possui ângulo reto denotando regressão e baixa capacidade mental. Por fim, sobre o intenso uso da borracha, sugere forte conflito acerca do detalhe ou o que aquela parte do desenho representa para o indivíduo, e essa mesma repetição se persistir sobre um detalhe indica patologia potencial.
CASO: Morris, 14 anos, o sétimo de oito filhos, nasceu de uma gestação completa. O parto não teve complicações e não houve danos no nascimento. A história de sua família está repleta de doenças mentais: seu pai e um irmão são esquizofrênicos paranoicos. Aos 13 meses de idade, Morris andava bem e tinha um vocabulário surpreendentemente bom. Ele teve as doenças comuns da infância; nenhuma foi séria, nenhuma deixou complicações. Ele nunca esteve gravemente doente. Ele entrou na escola aos 7 anos de idade. De acordo com seus professores, ele fazia progressos lentos, exceto em leitura; tinha dificuldade em terminar as tarefas e raramente participava das atividades em grupo, e só com muita relutância. Seu ajustamento escolar se tornou menos satisfatório com o passar do tempo. De tempos em tempos ele tinha períodos inexplicáveis de depressão. Sua mãe levou-o a um médico, mas ele não permitiu que o doutor o examinasse. Finalmente ele parou de ir à escola aos 13 anos, porque não aturava mais os colegas que o atormentavam. Morris foi conduzido à custódia do Departamento do Estado do Bem-Estar Público como incorrigível depois de ter se negado a morar na sua casa, ter jogado pedras da janela de sua casa e ter brigado com um irmão mais velho, ameaçando-o de morte. O levou o tempo de 8 minutos no desenho acromático da casa e utilizou muito a borracha, ou seja uma dificuldade a nível do que é desenhado ou de se concentrar e organizar-se em consequência. 
2) Considerando o caso exposto a seguir, que configura um exemplo de aplicação do TAT, analise o enredo das histórias criadas pela avalianda e identifique:
a) Quem é o herói desta história? De que forma ele se identifica com a avalianda? 
b) O que ele sente? Qual seu estado emocional?
c) Quais as necessidades que esse herói apresenta? 
d) O que se pode observar em relação ao desfecho das histórias? 
Informações básicas: Trata-se de uma mulher adulta, com 45 anos, casada, com uma filha viva (19 anos), e um filho falecido há três meses, com 21 anos. Seu filho teve leucemia. Foram três anos de tratamento, mas morreu. Foi encaminhada para atendimento psicológico em um ambulatório hospitalar. Refere “sentir-se angustiada, infeliz, com uma tristeza insuportável (sic)”.
Lâmina 2: “Essa jovem mulher sai para estudar. Uma vez, ela teve muitos sonhos: queria casar-se, trabalhar fora, ter filhos. Ela deixou sua família lá no interior e foi para a cidade estudar. Mas os sonhos que se realizaram duraram pouco: uma dor muito grande se atravessou, e la fez tudo para vencer a morte. Agora segue só com sua dor. Está desesperada. Não tem ninguém. E a dor é forte demais...será que ela errou? Acho que esta história terminou”.
Lâmina 7 MF: “Uma mulher... ela se senta no sofá e lembra da sua criança pequena... Eu a segurava no colo e era a mais feliz das mulheres. Ninguém me contou que isso ia terminar. Mas terminou... Não cuidei direito da criança. Ela se foi... Estou desesperada... Só ficou um brinquedo, um sofá vazio, tão vazio como meu coração. É que eu só tinha esse sonho, o de ter a criança, e não ficou nada... A mulher do sofá espera a sua mãe... Mas não foi boa filha, e a mãe não chega. Vai levar sua vida só de formalidades daqui para frente... sem sonhar...sem sofrer. Deu...”
a) Ela mesma. Ele se identifica com a avalianda em todo o momento do enredo, não de forma explícita, mas implícita. Quando fala que a jovem mulher teve muitos sonhos, fala dela mesma no sentido de tudo aquilo que foi reprimido em que a mesma gostaria de fazer, pois possuindo um filho de 21 e uma filha de 19 e a mesma com 45 anos, tem-se aqui que teve o primeiro filho na faixa de 20 anos, e com isso a personagem faz esse percurso falando de desejos e tornando ainda mais próximos quando fala do casamento, trabalho fora e ter filhos e que no ápice da sua vida foi interrompida: “Mas os sonhos que se realizaram duraram pouco: uma dor muito grande se atravessou, e la fez tudo para vencer a morte” SIC. E além de que simbolicamente foi o primeiro filho, a primeira experiência, maternagem, dor do parto, amor (...) e continua: “Agora segue só com sua dor” SIC dialogando assim de forma inconsciente sobre “o desejo de ter um filho e a mulher” perpassado pela relação mãe-bebê e toda relação transferencial que se encontra aqui. Tais constatações também estão presentes na outra lâmina, onde se fala: “Mas terminou... Não cuidei direito da criança. Ela se foi... Estou desesperada... Só ficou um brinquedo, um sofá vazio, tão vazio como meu coração” SIC. Por fim, são fragmentos que permitem ao avaliador identificar, mediante sua demanda, uma identificação projetiva. 
b) Se sente extremamente abalada, angustiada, com uma tristeza profunda e em estado de luto perpassado por um sentimento de culpa, onde: “Agora segue só com sua dor. Está desesperada. Não tem ninguém. E a dor é forte demais...será que ela errou?” SIC. Por fim, se falando de luto, é também localizado e destacável os cinco estágios do luto, estando no primeiro: Negação e Isolamento. Para depois virem os consecutivos: Raiva, barganha, depressão e aceitação. Onde: “Estou desesperada... Só ficou um brinquedo, um sofá vazio, tão vazio como meu coração” SIC. 
c) Necessidade de vivenciar o luto, uma dor necessária. Além de escutá-la, trabalhar a demanda perda, dor, saudade e com maior ênfase o trabalho sobre o seu sentimento de culpa. E de forma concomitante ir trabalhando o seu processo de ressignificação. 
d) Analiso abertura nos desfecho, situações inacabadas, sentimento de culpa, marcado por profunda negação e isolamento no sentido de não haver mais possibilidades, ser o fim da linha. Como: “Não tem ninguém. E a dor é fortedemais...será que ela errou?” SIC.

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