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4 1. APRESENTAÇÃO O presente relatório de estágio enquadra-se no 8º semestre do curso do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade de Uberaba, apresentado como exigência para o estágio da disciplina Psicodiagnóstico. Considerando que o estágio solicitado, sendo ela uma exigência da Universidade, preponderamos sobre sua importância mediante ao nosso processo de aprendizagem, agregando grandes formas de conhecimentos práticos em nossa profissão, assim nos tornando profissionais preparados para enfrentar os desafios de tal profissão. Assim, o estágio teve como objetivo, aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso, contribuir para a aquisição de experiências e competências profissionais, refletir sobre as práticas e as aprendizagens no contato com a realidade do indivíduo e promover a formação ética alicerçada com a componente teórica. O Processo foi realizado na CLIDA (Clínica Integrada de Docência e Assistência Psicológica), situada na Avenida Guilherme Ferreira, nº 217. Centro de Uberaba, teve duração de 10 atendimentos, sendo o 1º atendimento realizado com a mãe da criança para entrevista de Anamnese, e os demais atendimentos realizados com a criança, o atendimento teve duração de 50 minutos. Todo o processo foi realizado em dupla, onde a acadêmica Regina realizou a aplicação da Anamnese, Desenho Estória e Wisc IV, já a acadêmica Vivian realizou a aplicação dos testes TDE, Madeline Thomas, Desenho Família e Realizou a Devolutiva com a mãe da criança. Durante o todo processo de atendimento, uma das estagiarias aplicava o teste a outra realizava as observações e anotações. As técnicas e testes aplicados foram escolhidos com base nas Hipóteses levantadas durante as supervisões realizadas com a Professora Orientadora Sônia Barros. 5 2. O PSICODIGNÓSTICO Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemáticas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso. (Cunha, 2000, p. 26). O psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade ele parte de uma base de que a personalidade possui um aspecto consciente e outro inconsciente e que tem uma dinâmica interna e que cada indivíduo possui uma configuração da personalidade única e inconfundível. (inteligência, emoções, impulsos, defesas, etc). Visando, portanto, determinadas conceituações é de suma importância que o psicólogo antes de iniciar o tratamento esclareça qual é o motivo manifesto e qual é o motivo latente que traz o cliente à consulta. OCAMPO (1981) ressalta que: O propósito do psicodiagnóstico, é descrever e compreender a personalidade total do paciente, os aspectos do passado presente e futuro. O psicodiagnóstico se estabeleceu no Brasil como prática clínica pautado no modelo médico de atuação. O psicodiagnóstico surgiu como consequência do advento da psicanálise, que ofereceu novo enfoque para o entendimento e a classificação dos transtornos mentais. Seus procedimentos visavam a ações observáveis e quantitativas, devido a sua ênfase na Psicometria, que buscava mais fiéis para aquele momento histórico. Com o desenvolvimento científico e histórico, o psicodiagnóstico passou a ser percebido dentro de um referencial terapêutico, associando a investigação à possibilidade de entendimento dos mecanismos que possivelmente produzem as doenças, dando origem a uma proposta investigativa e interventiva que propicie mudanças terapêuticas. O psicodiagnóstico teve sua origem na conscientização de que as doenças mentais não eram advindas de castigos divinos ou possessões, mas análogas às doenças físicas (ANCONA-LOPEZ, 1984). Nasceu da psicologia clínica, que foi iniciada por Linghter Witmer em 1896, e se fundamentou na 6 tradição médica, produzindo efeitos marcantes na identidade profissional do psicólogo (CUNHA, 2003). Na Cartilha sobre Avaliação Psicológica, editada em 2007 pelo CFP (2007), não há referência ao termo “psicodiagnóstico”. “Já na Cartilha de 2013 (CFP, 2013, p. 34), há apenas uma menção ao termo, descrito como uma modalidade de avaliação psicológica, sem a especificação da necessidade ou não do uso de testes “. . . no âmbito da intervenção profissional, os processos de investigação psicológica são denominados de avaliação psicológica, descritos em termos de suas modalidades – psicodiagnóstico, exame psicológico, psicotécnico ou perícia” (CFP, 2013, p. 34). Influênciado pelo modelo médico, o psicodiagnóstico era realizado por meio de avaliações psicométricas, que valorizavam os aspectos técnicos da testagem. Foi um período em que, apenas, utilizavam testes para obter dados que revelassem uma série de traços ou descrições da capacidade de uma pessoa, desconsiderando suas características peculiares relacionadas ao contexto total (CUNHA, 2003). O psicólogo atuava de modo “objetivo”, visando, apenas, ao contato com aspectos parciais da personalidade humana, não estabelecendo compromissos com suas características pessoais e afetivas (TRINCA 1984). Winnicott esclarece que, aliado ao valor diagnóstico, há um ganho terapêutico na medida em que esse procedimento proporciona à criança a vivência de experiências profundas, muitas vezes temidas. Acompanhado pelo psicólogo, esse contato pode permitir que a criança integre aspectos de sua vida emocional tendo assim a possibilidade de se ver livre de bloqueios que paralisavam seu desenvolvimento. Sendo assim, podemos então, compreender que o psicodiagnóstico é um processo de saber o que ocorre com determinado paciente para além do que pode descrever conscientemente. A utilização de diferentes instrumentos de diagnóstico permite estudar o paciente através de todas as vias de comunicação, determinado procedimento pode apontar para momentos difíceis no tratamento, se houver, se o insight será ou não fácil e de como se processará a relação de transferência. Um bom psicodiagnóstico completo e bem administrado, na visão de ARZENO(1995), permite estimar o prognóstico do caso e a estratégia e/ou abordagem terapêutica mais adequada para ajudar o paciente. 7 Partindo do pressuposto de uma determinada referência inicial pautada nas hipóteses iniciais apresentadas pelo paciente, podemos determinar os objetivos a serem traçados no processo, para atingir certo objetivo é válido levar em consideração a qualidade no qual o psicodiagnóstico foi realizado, essa qualidade engloba a escolha adequada dos instrumentos utilizados para certo processo, agregando então a certo conhecimento uma capacidade de análise e a inter- relação dos dados quantitativos e qualitativos de forma minuciosa. Alcançando certo resultado, aponta-se então, para a competência do profissional, sendo ele o psicólogo clínico, e é fundamental que ele consiga exercer bem essa tarefa, já que, cada detalhe averiguado com sutileza poderá mudar o rumo do processo. “Quando procuramos ler determinado fato a partir de conhecimentos específicos, estamos realizando um diagnostico no campo da ciência ao qual esses conhecimentos se referem”. (TRINCA, 1984, p.01), sendo assim, a paciente manifesta a sua realidade de diversas maneiras diferentes podendo, portanto, ter a percepção de que o paciente pode manifestar-se através da fala, onde são trazidas as suas vivências, a sua história, há também manifestações como a do corpo, modo na qual se senta, gesticula e sua estranheza. O processo em questão é um dos métodos mais magníficos dentro da Psicologia, já que, é capaz de aprender o individuo em sua realidade e esseprocesso é fruto da coautoria entre psicoterapeuta e paciente. VAN KOLCK (1984) nos traz uma reflexão: é importante chegar a um todo integrado de significados que forneça uma compreensão dinâmica da personalidade do indivíduo. Como? Tendo a consciência de que DIAGNOSTICAR é uma condição do conhecimento e não uma opção. 8 3. ANAMNESE O termo anamnese se origina de ana = trazer de volta, recordar e mnese = memória. Significa trazer de volta à mente os fatos relacionados com a pessoa e suas manifestações de doença. A anamnese tem como um de seus fundamentos o alcance de uma boa relação médico-paciente, que objetiva o vínculo, a adesão ao tratamento, a confiança e maior fidedignidade das informações prestadas pelo paciente. A anamnese é uma entrevista para conhecer a História atual do paciente a ser atendido, esta entrevista pode ser adaptada para se adequar melhor ao tipo de investigação que pretende ser feita, consistindo-se, portanto, em buscar de primeira instância com os responsáveis detalhes a respeito da vida do paciente, podendo então contribuir para o processo e boa conduta do Psicodiagnóstico, na entrevista de Anamnese é possível uma investigação na qual verifica-se a origem e a causa do estado atual do paciente, já que, não somos produtos de nós mesmos, somos ligados por um emaranhado de raízes culturais que exercem influência sobre a nossa forma de ser, escolher e agir. Sendo assim, a entrevista de Anamnese ela nos proporciona um aspecto norteador para um determinado procedimento, levando em consideração o desejo do paciente perante o tratamento. Ou seja, este modo peculiar de relacionamento interpessoal está determinado basicamente pela situação viral do paciente, e do terapeuta que através de seus conhecimentos está disposto a ajuda que dele se espera, a partir de uma postura empática, reflexiva e afetiva perante ao paciente, a entrevista é o momento em que inicia-se a formação do vínculo terapêutico e é a partir daí que são colhidos os dados para esclarecer a queixa trazida e auxiliar na hipótese diagnóstica. CUNHA, 1993, diz: Esse procedimento se dá em um contexto familiar, além de dados cronológicos, deve-se explorar variáveis afetivas e sociais. Dependendo da problemática e da estrutura de personalidade da paciente, certas áreas e certos conflitos deveram ser mais explorados do que outros. Sendo assim, pode-se afirmar que, a importância de uma boa construção de relações com o paciente se torna aspecto fundamental para a conclusão de qualquer informação, por isso a importância de se manter conectado com o paciente, mostrando-se interessado por todas as situações que ele tem para 9 contar, é de suma importância para que a conversa flua normalmente e essa criação de vínculo seja eficaz, algumas palavras e expressões são extremamente perigosas mediante a uma entrevista, o uso de expressões e entonações que demonstrem quaisquer julgamentos a fala do paciente deve ser evitadas para que não aparenta evidencias contraditórias do que esta sendo retratado no processo, assim também como frases que cobram de certa forma alguns comportamentos do sujeito, cada detalhe na entrevista deve ser previamente analisada antes de qualquer ato que demonstre ações relativas perante o paciente. 10 4. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA Com base na queixa inicial, queixa atual, na primeira entrevista realizada com os responsáveis e no primeiro contato com o paciente, foi possível chegar a algumas hipóteses diagnósticas as quais serão esclarecidas abaixo: • Atenção Difusa- De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2011) a atenção pode ser definida como o fenômeno pelo qual o ser humano processa uma quantidade limitada de informações das várias informações disponíveis. Em outros termos, a atenção refere-se à capacidade e esforço exercido para focalizar e selecionar um estímulo para ser processado, levando o indivíduo a responder a determinados aspectos do ambiente, em lugar de fazê- lo a outros, permitindo que o indivíduo utilize seus recursos cognitivos para emitir respostas rápidas e adequadas mediante estímulos que julgue importantes. Quando uma ou mais atividades são realizadas simultaneamente essa atenção pode se dividir entre as atividades, sendo que quanto mais complexa a atividade mais tempo a paciente vai precisar para estar realizando. Portanto nem todos os estímulos que chegam de uma só vez por meio dos sentidos provocam reações. (Braga 2007) • Insegurança- De acordo com a autora Thaiana F. Brottoa insegurança emocional pode ser desencadeada quando a pessoa tem pensamentos de que não é amada ou não é bom o suficiente para algo ou para alguém, tem a frequente sensação de que é inútil ou que não faz nada direito, isso gera grande desconforto. • Ansiedade e Nervosismo- De acordo com a monografia apresentada por Obelar (2016) é relatado que os transtornos de ansiedade são condições psiquiátricas caracterizadas por medo e ansiedade ou comportamentos de esquiva desproporcionais à situação desencadeante, que persistem além do esperado em relação ao evento. O transtorno ocasiona importantes prejuízos ao indivíduo em função do sofrimento produzido, da piora da qualidade de vida e das restrições sociais que impõem. A ansiedade não é considerada um fenômeno necessariamente patológico, mas uma função natural do organismo, que permite o mesmo estar preparado, ou preparar-se para responder, da melhor forma possível, a uma situação nova e desconhecida, bem como a uma situação já conhecida e interpretada como potencialmente perigosa https://www.psicologoeterapia.com.br/sobre-nos/#respons 11 (Obelar apud Silva, 2010). No entanto, quando a ansiedade atinge graus muito elevados e contínuos, ela pode ser considerada prejudicial ao organismo, pois fará com que este permaneça em constante estado de alerta, configurando, assim, as patologias designadas como transtornos de ansiedade (Araújo, 2011). De acordo com o Hospital Santa Monica (2013) O nervosismo que prepara o individuo para um desafio que esta por vir é uma reação natural do organismo, mas quando se torna excessivo e prejudicial no dia a dia atrapalhando a realizar tarefas simples e afetando negativamente seus relacionamentos interpessoais pode estar sujeito a causar doenças de fundo psicossomático. A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e interferem a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo. (HIRSHFELD et al. 1999; ROSEN; SCHILJKIN, 1998). • Complexo de Édipo- Laplanche e Pontalis (1992), explica que o complexo de Édipo é um conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente em relação aos pais. Sob a sua forma dita positiva, o complexo apresenta-se como na história de Édipo-Rei: desejo da morte do rival que é a personagem do mesmo sexo e desejo sexual pela personagem do sexo oposto. Sob a sua forma negativa, apresenta-se de modo inverso: amor pelo progenitor do mesmo sexo e ódio ciumento ao progenitor do sexo oposto. Na realidade, essas duas formas encontram-se em graus diversos na chamada forma completa do complexo de Édipo. Segundo Freud, o complexo de Édipo é vivido entre os três e os cinco anos, durante a fase fálica; o seu declínio marca a entrada no período de latência. É revivido na puberdade e é superado com maior ou menor êxito num tipo especial de escolha de objeto. O complexo de Édipo desempenha papel fundamental na estruturação da personalidade e na orientação do desejo humano. Para os psicanalistas, ele é o principal eixo de referência da psicopatologia. (p. 77) (SOUZA 2006) De acordo com a Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa é importante ressaltar que, para uma criança,os desejos e os impulsos de prazer são interpretados de forma diferente, pois ela ainda não tem o mesmo conhecimento de mundo de um jovem ou de um adulto, mas, ainda assim, ela os sente e externaliza isso tendo muito ciúme do progenitor do mesmo sexo e 12 um amor incondicional pelo sexo oposto. Quando os pais são separados a criança tem um forte desejo para que eles se reconciliem para que ela tenha contato total com o mesmo. • Carência Afetiva e Agressividade- Crianças com carência afetiva, são crianças dependentes que buscam estar acompanhadas e devido a sua baixa autoestima ela esta em constante procura de aprovação dos outros sobre si mesma, necessitam em muitos casos ser o centro da atenção para se sentirem valorizadas, se frustram e se irritam com facilidade quando suas expectativas não são atingidas pois acreditam que merecem e precisam que aquilo imposto por elas reja realizado. Pode exteriorizar essa dor interna com agressividade, oposição, rejeição. Podem possuir comportamentos destrutivos como ser antissocial, desafiador, insubmisso, agressivo, autoritário. Outros tipos de comportamentos de indiferença e falta de interesse podemos associar a crianças que se isolam, escondem dentro de si mesma se desconectando do entorno para deixar de sofrer, geralmente possuem uma grande imaginação, são excelentes observadoras e analíticas. (SARA SANCHIS 2021) • Falta de limite- A indisciplina, como a própria palavra expressa é o comportamento contrário à disciplina. Conforme Aquino (1996, p.7), “a indisciplina constitui uma das queixas quanto ao cotidiano não apenas de professores, mas também dos pais”. O indisciplinado é quem não se adapta com as normas sociais estabelecidas e se comporta de forma inadequada aos princípios do bom comportamento, traduzidos em termos como: bagunça, tumulto, agressividade, rebeldia, teimosia, falta de limites, desrespeitando assim a figura de autoridade. (REIS 2010, p.10) Dessa maneira a falta de limites desenvolve um quadro de dificuldades que vai se instalando pouco a pouco gerando descontrole emocional, histeria, ataques de raiva; dificuldades de aceitação, distúrbio de conduta, desrespeito aos pais, colegas e autoridades, incapacidade de concentração, dificuldade porá concluir tarefas, excitabilidade, baixo rendimento; agressões físicas se contrariado, descontrole, problemas de conduta, problemas psiquiátricos nos casos que há predisposição. A criança que não aprende a ter limites cresce com uma deformação na percepção do outro. Só ela importa, o seu querer, o seu bem-estar, o seu prazer. A falta de limites, também, gera angústia e incerteza, que pode levar a um comportamento inadequado; este, por sua vez, gerará mais 13 angústia e também culpa, revolta, sensação de impotência e, talvez, agressividade. (ALMASAN; ALVARO; 2006 apud et al Zagury 2003) • Imaturidade- A Imaturidade infantil é diferente da imaturidade em adulto, pois enquanto que na infância existe uma norma previamente construída pela sociedade e educação, com base nas aquisições, nas competências e capacidades cognitivas, na imaturidade em adulto, não existe uma norma explicita, mas implícita, e em vez de se basear na aprendizagem e na dimensão cognitiva, baseia-se em outras dimensões, como: a capacidade de aprender com a experiência, inteligência emocional e a capacidade de lidar com os problemas. Alguns aspectos que podem definir a imaturidade são a dificuldade de se responsabilizar, cometer os mesmos erros, egocentrismo e chantagens emocionais. 5. HIPÓTESES CONFIRMADAS Carência afetiva e agressividade Falta de limite 14 Insegurança Ansiedade e nervosismo Relação Edípica 15 6. CRONOGRAMA 04/05/21 Primeiro atendimento- Entrevista de Anamnese com a mãe da paciente. 11/05/21 Segundo Atendimento- Técnica projetiva: A hora do jogo diagnóstica (com a paciente) e Técnica projetiva Desenho Estória (D-E) (com a paciente). 18/05/21 Terceiro atendimento- Continuação da Técnica projetiva Desenho Estória (D-E) (com a paciente). 25/05/21 Quarto atendimento- Continuação do Teste projetivo- Desenho Estória (D-E) e Aplicação do teste de Desempenho Escolar (TDE). 01/06/21 Quinto atendimento- Aplicação do Teste Madeleine Thomas (com a paciente). 08/06/21 Sexto atendimento- Aplicação do teste projetivo- Desenho Família Estória (DF-E). 15/06/21 Sétimo atendimento- Continuação do teste projetivo- Desenho Família Estória (DF-E). 22/06 Oitavo atendimento- Aplicação do teste de capacidade intelectual WISC IV. 29/06 Nono atendimento- Continuação da Aplicação do teste de capacidade intelectual WISC IV. Entrevista Devolutiva (com a paciente e com a mãe da paciente) 16 7. INDENTIFICAÇÃO Nome: Vitória Nathália Lopes Ribeiro Data de nascimento:05 de novembro de 2012 Idade: 8 anos Série: 2º ano Escola: Escola Municipal Santa Maria Cidade: Uberaba 17 8. QUEIXA A mãe de Vitória buscou ajuda psicológica para a paciente, queixando- se que a filha é muito nervosa, rasga as roupas, corta roupas com tesoura, rouba as coisas e diz ser dela, as crises nervosas teve início desde os três anos de idade, chegando a ficar gaga por algumas vezes, queixou-se também que a paciente tem dificuldade na escola, sendo uma aluna repetente do 2º ano, vagarosa em realizar as atividades escolares. Foi a escola que orientou a mãe a buscar ajuda psicológica. Além disso, a paciente usa muito da chantagem emocional para conseguir as coisas com a mãe. 18 9. TESTES APLICADOS Sabemos que um teste psicológico é de uma mensuração objetiva e padronizada fundamental de uma amostra de comportamento, uma verificação ou projeção futura dos potenciais do sujeito como diz Silva 2008. Sedo assim, baseando-se nas hipóteses diagnósticas levantadas de primeira instância referente a paciente, foram delimitados cinco testes. • ESCLA DE INTELIGENCIA WECHSLER PARA CRIANÇAS (WISC- IV) • TESTE DE DESEMPENHO ESCOLAR (TDE) • A HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA • DESENHO ESTÓRIA (DE) • MADELEINE THOMAS • PROCEDIMENTO DESENHO FAMÍLIA COM ESTÓRIA (DF-E) 19 9.1– (WISC- IV) ESCALA DE INTELIGENCIA WECHSLER PARA CRIANÇAS A Escala Wechsler de Inteligência para Crianças – 4ª Edição (WISC-IV) – é um instrumento clínico de aplicação individual que tem como objetivo avaliar a capacidade intelectual das crianças e o processo de resolução de problemas. Faixa etária: 6 anos e 0 meses a 16 anos e 11 meses. É composto por 15 subtestes, sendo 10 principais e 5 suplementares, e dispõe de quatro índices, à saber: Índice de Compreensão Verbal, Índice de Organização Perceptual, Índice de Memória Operacional e Índice de Velocidade de Processamento, além do QI Total. Cubos avalia o componente espacial da percepção em um nível conceitual e a habilidade construtiva. Avalia a organização perceptual e visual, a conceitualização abstrata e a formação de conceito não verbal e visualização espacial. Semelhanças avalia as funções executivas (comparações verbais abstratas, formação de conceitos e habilidade verbal geral). Digitos recruta os recursos para armazenamento e operação da memória de trabalho. Conceitos Figurativos mede o raciocínio fluido, organização perceptual(capacidade de organizar os conceitos não verbais de uma maneira que eles podem ser processados rapidamente com precisão), a categorização(habilidade em reconhecer as características comuns de conceitos não verbal). Códigos examina a velocidade e a precisão com que números são associados aos códigos correspondentes. Vocabulário desenvolvimento da linguagem e conhecimento das palavras. Sequencia de Números e letras Avaliam a memória de trabalho, atenção, concentração, raciocínio e controle mental. Raciocinio Matricial é uma medida de inteligência fluida por meio da habilidadede realizar analogias em uma matriz. Compreensão avalia o raciocínio verbal, a memória remota, o julgamento, a abstração e a flexibilidade cognitiva (avalia o uso de experiências passadas e conhecimento dos padrões convencionais de comportamento). Procurar símbolos avalia a atenção, memória de curto prazo, rapidez de processamento, precisão, discriminação perceptual e habilidade para explorar símbolos visuais. Aritimética avalia habilidades de calculo e raciocínio matemático, como a capacidade de resolver as quatro operações básicas, habilidades de resolução de problemas complexos, atenção, abstração, concentração, flexibilidade cognitiva e memória imediata. 20 Informação avalia a memória retrógada, memória semântica e habilidade verbal geral (aquisição de conhecimento e retenção). Foram realizados quatro encontros com a paciente Vitória Nathalia para a aplicação do teste WISC IV que é um instrumento clinico de aplicação individual, que tem como objetivo avaliar a capacidade intelectual e o processo de resolução de problemas de crianças e adolescentes na faixa etária entre 6 e 0 meses a 16 anos e 11 meses. É composto por 15 subtestes, dividido entre indicies Fatoriais e Quociente de Inteligência Geral. Os subtestes do WISC-IV são: informação, semelhanças, vocabulário compreensão, conceitos figurativos medidas de fatores específicos da inteligência cristalizada; O subteste aritmética, do fator de conhecimento quantitativo.Os subtestes: dígitos e sequencia de números e letras medem o fator memória de curto prazo. Os subtestes códigos, procurar símbolos e cancelamento são específicos de velocidade de processamento. Os subtestes cubos e completar figuras calculam o processamento visual raciocínio matricial Alem disso como medida da capacidade intelectual geral, o wisc-iv pode ser utilizado para diferentes finalidades como por exemplo, avaliação psicoeducacional, diagnóstico de crianças excepcionais em idade escolar, avaliação clinica, neuropsicologia e pesquisa. O instrumento também pode ser útil não apenas para diagnósticos de deficiências ou avaliações de uma criança, mas também para identificar as forças e fraquezas do sujeito e fornecer informações relevantes para elaboração de uma programação educacional especifica para cada caso. A participante foi submetida a aplicação de 10 sub testes que fazem parte do WISC IV que é sensível a resultados direcionado a compreensão verbal, organização perceptual, memória operacional e velocidade de processamento.A paciente V apresentou desempenho mediano nos testes: 8 vocabulário, 7 compreensão, 8 conceitos figurativos, 8 raciocínio matricial, 7 sequência de números e letras, 5 procurar símbolos e ficou a cima da média nos testes cubos com 12 e 14 em códigos.( falta semelhanças e dígitos ) A mesma obteve resultados medianos com o QI 96 na organização perceptual com percentil 39 e intervalo de confiança 90-103, na velocidade de processamento obteve QI 97 com percentil 42 e intervalo de confiança 90-105 .(Falta compreensão verbal e memória operacional e QI total) 21 9.2- TESTE DE DESEMPENHO ESCOLAR (TDE) O Teste de Desempenho Escolar (TDE), de 1994, é um instrumento psicométrico de aplicação individual que avalia de forma ampla as capacidades fundamentais para o desempenho escolar em três áreas específicas: 1) leitura - reconhecimento de palavras isoladas do contexto; 2) escrita - escrita do nome próprio e de palavras contextualizadas, apresentadas sob a forma de ditado; 3) aritmética - solução oral de problemas e cálculo de operações aritméticas por escrito. Ele foi concebido e normatizado com o objetivo de avaliar escolares de 1ª a 6ª séries do Ensino Fundamental. Cada um dos subtestes apresenta uma escala de itens em ordem crescente de dificuldade que são apresentados à criança independentemente de sua série. A aplicação do subteste é interrompida pelo aplicador assim que os itens apresentados forem muito difíceis de serem resolvidos (Stein, 1994). 9.3- A HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA A hora do jogo diagnóstica parte da concepção de que, através do brincar, a criança fala de si simbolicamente, e a maneira como ela atua durante essa atividade pode revelar o sentido oculto das angustias e dos sintomas que apresenta ( Efron, Fainberg, Kleiner, Sigal & Woscoboinik, 1981). O jogo insere- se tanto na vertente da psicoterapia, orientando o psicodiagnóstico e tratamento das dificuldades de ordem emocional, como na psicopedagogia, orientando o diagnóstico e intervenção das dificuldades de aprendizagem. Estas duas vertentes se encontram relacionadas no que concerne às dificuldades de aprendizagem. Piaget (1978) caracteriza o brincar como uma atividade que reflete os estados internos do sujeito diante de uma realidade vivida ou imaginada. Deste se diferencia o jogo de regras por ser constituído pela estrutura de regras. Dada sua natureza lógica e social esta forma de jogo é caracterizada 22 pelas coordenações do sujeito, pelas coordenações interindividuais, a fim de dar conta das exigências de reciprocidade social. Durante a hora lúdica não é necessário que a criança permaneça o tempo todo brincando. Há silêncios eloquentes como os dos adultos, há momentos de inatividade que não significam passividade, assim como há muitas conversas que não podem ser consideradas como tais. Legitimar a linguagem lúdica da criança foi objeto da psicanálise. Freud e Ana Freud já consideravam a importância do jogo, entretanto, Melanie Klein foi a pioneira na utilização do jogo como técnica psicanalítica, considerando-o “a via régia do inconsciente, como são os sonhos no adulto”. Melanie Klein considera o brincar a linguagem típica da criança por ser mais expressiva que a linguagem verbal. O jogo representa, segundo a autora, o equivalente lúdico da fantasia, traduzindo, durante sua evolução, a evolução da fantasia. A criança atualiza por meio do jogo suas imaginações inconscientes, sexuais e agressivas, seus desejos e suas experiências vividas. Considero que se a paciente falar todo o tempo podemos escutar sem interrupção nenhuma, mas se ela permanecer calada, essa postura será insustentável, tanto para ela quanto para a psicóloga. Essa indicação é uma má interrupção do que seria uma atitude não intervencionista, não interfere, para recolher a produção espontânea da paciente. O papel do psicólogo na hora do jogo diagnóstico é o de observador não participante, no caso do estágio na qual estamos, como estamos em duas estagiárias, uma brinca com a criança e a outra observa a paciente e faz as anotações relevantes, mas essa não participação de uma das estagiárias tem um limite. Existem crianças que ao chegar, já solicitam que façamos alguma coisa com elas. Essa pode ser a forma que elas encontram para manter-nos entretidos porque temem que possamos fazer-lhe algum mal, uma sedução por motivos mais ou menos semelhantes, ou então, uma verdadeira forma de buscar contato. Responder ao pedido de brincar é funcionar como Ego auxiliar da criança; é responder com a mesma frequência de onda que nós mesmos propusemos para a nossa comunicação. Em certos casos, é conveniente incluir brinquedos ou materiais que estejam relacionados com o conflito da criança para ver quais as associações que surgem. Não é permitido, seguindo a regra de abstinência de S. Freud, 23 assumir papeis que a criança nos atribua e que impliquem uma atuação da transferência agressiva ou erótica, pois isso perturba o sentido da situação analítica. A mesma postura aplica-se à situação diagnostica. Em relação as condutas agressivas, tais como jogar, esconder ou tentar danificar, devemos deixar fazer até o ponto em que possamos nós mesmos consertar o objeto danificado. Para concluir podemos dizer que a hora do jogo diagnostico é um momento do brincar da criança, onde iremosperceber as variáveis internas da personalidade da criança. A criança projeta suas questões chaves no conteúdo do jogo e na maneira como usa os brinquedos, assim como o brinquedo a qual escolheu. Tem como objetivo examinar a vida intrapsíquica da criança como desejos, medos, impulsos, conflitos. Pode-se avaliar também a inteligência, criatividade, espontaneidade, habilidades, percepto-motoras. O entrevistador durante a hora do jogo observa o brincar da criança, atentando para a criatividade, fluxo e intensidade. O entrevistador deve deixar claro para a criança que ela pode usar o brinquedo da forma que ela quiser. Para finalizar esta é interessante distinguir entre a “hora de jogo diagnóstica” e “hora de jogo terapêutica”, a fim de delimitar os dois procedimentos: “a hora de jogo diagnóstica” engloba em um processo que apresenta início, desenvolvimento e fim em si mesmo, opera como uma unidade e assim deve ser interpretada; já a “hora de jogo terapêutica” apresenta um elo a mais, inserindo num “continuum” mais amplo, no qual, pela intervenção do terapeuta, novos aspectos e modificações vão surgindo. Como pudemos observar, o jogo, em suas diferentes formas, constitui um recurso diagnóstico complementar aos testes e provas. Além de oferecer um direcionamento ao tratamento de crianças e adolescentes, revela-se como um meio favorável a ser utilizado como procedimento de intervenção nas áreas da psicoterapia, da psicopedagogia e da educação. 9.4 PROCEDIMENTO DESENHO ESTÓRIA (DE) Segundo Walter Trinca (apud Prudenciatti; Tavano; Neme, in Trinca2003) o instrumento Desenho Estória tem como objetivo auxiliar no diagnóstico psicológico. Ele nos da a possibilidade de conhecer características individuais podendo ser usado como recurso psicológico de aproximação do mundo mental 24 do paciente, permitindo observar suas fantasias, desejos, angustias, afetos e sentimentos, despertando conteúdos internos e possibilitando o acompanhamento dos movimentos emocionais que emergem durante a aplicação (Trinca 2003,p 60). De acordo com o artigo escrito por Prudenciatti; Tavano; Neme (2013) o termo Estória possui o significado da narrativa de ficção, porem contada de maneira lúdica e “história” a narrativa é feita de acontecimentos reais. O desenho-estória por ser uma atividade atrativa, lúdica e acessível, Mèridieu (1994) nos diz que o mesmo expressa o mundo interno da criança juntamente com a sua personalidade. Ao desenhar ela mostra o seu conhecimento sobre um determinado objeto e a representação mental que tem no momento para ela, por meio dessas informações nós podemos compreender melhor suas ansiedades, medos e fantasias além de reflexos atuais e como eles são transformados na imaginação. Dessa mesma maneira, Winnicott (1971/1975) diz que as crianças brincam por prazer, e inevitavelmente podemos notar de acordo com o seu momento a forma que ela lida com o ódio, agressão, angustia e como domina as relações sociais e então dará um norte para a consulta terapêutica. De forma consciente ou não, o paciente não saberá sobre o que esta expressando a respeito de si, e assim será e menos defensivo, comunicando com coisas que ele não tem percepção. O mesmo realizou cinco unidades sequenciais de desenhos livres e cinco estórias e titulo que lhes são associadas imediatamente após cada desenho e em seguida o profissional faz o inquérito para saber mais sobre o desenho. 9.5 MADELEINE THOMAS A Técnica projetiva Madeleine Thomas, é uma técnica projetiva para crianças que procura fornecer um meio de observação do modo como elas lidam com a ansiedade e com o prazer, emoções cuja elaboração ou integração indiciam aspectos fundamentais da organização da mente. Estas emoções são evocadas por situações desenhadas nos Cartões que constituem o teste. Os Cartões são apresentados as crianças com a indicação de que se trata de uma história (que ainda não está acabada). As crianças deverão dar sequência a 25 história. Tem por objetivo, como atrás se referiu, descrever o modo como as crianças elaboram as emoções, nomeadamente a ansiedade e o prazer, consideradas estados afetivos fundamentais no processo de desenvolvimento. As características do material, assim como a sua forma de aplicação, resultam da reflexão sobre uma prática clínica inserida no quadro das teorias psicodinâmicas de funcionamento psicológico As histórias representadas nos diversos Cartões do teste Madeleine Thomas dizem sempre respeito a uma mesma personagem, menino ou menina, consoante o sexo da criança a observar. As histórias representam episódios, comuns na vida infantil, ansiogéneos (perder-se, estar sozinho, ter um pesadelo etc.) ou prazerosos (ir passear, poder brincar com outras crianças), e a tarefa pedida para a criança é que ela complete as histórias apresentadas. As características da situação do teste, no modo de aplicação descrito, refletem ainda um outro aspecto inspirado na entrevista lúdica: a implicação mútua, a partilha a dois (psicólogo e criança). De fato, quando o psicólogo apresenta e descreve o Cartão e dá a vez a criança para que ela selecione as cenas e as descreva, estabelecesse uma troca, uma representação do ((agora tu-agora eu» (Leal, 1985/1975) que facilita e promove a comunicação expressiva. Considera-se, no entanto, que sendo a avaliação psicológica um processo global e complexo, os elementos de interpretação do teste Madeleine Thomas, adquirem maior riqueza de significado quando articulados e integrados com os restantes elementos obtidos nesse processo, ajudando a enriquecer a compreensão global da criança, nomeadamente pela forma como elabora as emoções e se relaciona com outros significados. 9.6 PROCEDIMENTO DESENHO FAMÍLIA COM ESTÓRIA (DF-E) O procedimento de Desenho Família com Estórias (DF-E), é uma técnica de investigação clínica da personalidade. Não se trata de teste psicológico, e sim de um instrumento par auso clínico e pesquisa. Segundo TRINCA (1972) O Procedimento de DF-E foi introduzido, como instrumento de investigação clínica da personalidade. A escolha do DF-E em um processo psicodiagnóstico se dá em função das hipóteses iniciais de que as dificuldades e os sofrimentos 26 apresentados têm relação com questões sobre a dinâmica familiar, sendo recomendada a sua utilização logo após as primeiras entrevistas. Como um desdobramento natural destas, o DF-E apresenta-se como um objeto mediador, favorecendo, portanto, o processo de associação livre e, consequentemente, a comunicação dos elementos centrais do caso. Trinca (2013b, p.24) que “as unidades de produção não se dissociam entre si, mas formam um processo unitário, que converge para a representação dos focos nodais de natureza inconsciente”. Sendo assim, o DF-E consiste numa sequência de quatro desenhos de famílias com respectivas estórias e títulos, solicitados nas seguintes ordens: 1- Desenhe uma família qualquer, neste desenho pode-se perceber o modelo de família introjetado, nota-se que, normalmente, não há uma recusa a essa unidade, pois ela introduz o tema família de maneira ampla, permitindo maior controle das associações, sendo interessante observar o quanto a produção se aproxima ou distancia da configuração familiar real. 2- Desenhe uma família que você gostaria de ter, neste desenho deve-se observar, tanto no desenho quanto na estória, as semelhanças e as diferenças em relação a família real, a inclusão ou a exclusão de membros da família e o conteúdo das idealizações. 3- Desenhe uma família onde uma pessoa não está bem, neste desenho de maneira geral é necessário observar, qual é o personagem identificado como quem não está legal e qual é o significado desse lugar nas relações do sujeito com os objetivos internos e externos do seu mundo familiar. 4- Desenhe a sua família, aqui podemos ter informaçõessore como o examinado lida com sua família real, podendo ter a percepção das relações entre elementos de forma realística ou não e qual é o foco dos conflitos conscientes e inconscientes das relações familiares. Assim como o DE, é utilizado papel sulfite entregues na transversal, além de lápis de cores e lápis preto e borracha, após cada desenho é solicitado a estória de determinado desenho, e ao termino de cada estória, realiza-se o inquérito, tendo por objetivo esclarecer com maior clareza o material produzido e explorar novas associações. Dessa maneira o teste facilitará a comunicação de conflitos profundos, vividos no meio familiar, de fantasias inconscientes a 27 respeito das figuras significativas e do jogo de forças emocionais existentes no seio da família da paciente. 10. ENCAMINHAMENTO Após o processo de aplicação dos testes e das técnicas das análises dos mesmos e das entrevistas, foi feito o encaminhamento do paciente para psicoterapia adolescente individual. _______________________________________ Sonia Maria CRP: _______________________________________ Regina Gonçalves Ramos RA: 5147614 _______________________________________ Vivian Aparecida da Silva RA: 5139344 28 11. ENTREVISTA DEVOLUTIVA A entrevista Devolutiva é de caráter esclarecedor e assistencial. Não é uma entreva diretiva ou manipuladora. Apresentamos os resultados encontrados de todos os testes psicológicos projetivos, cognitivos e o que foi observado e, passamos algumas orientações e se preciso um encaminhamento para algum profissional. Durante o processo de diagnóstico, é criado um vínculo com o paciente, e é devolvida as informações elaboradas, interpretadas a luz da psicologia profunda e numa linguagem que torne a comunicação acessível, esclarecendo dúvidas e problemas. Sendo assim, ao terminar o processo, o psicólogo analisará criteriosamente todo o material colhido e irá elaborar hipóteses explicativas que serão capazes de situar o cliente dentro de um contexto, um todo, levando-se em conta as suas capacidades, limitações e defesas. Continuando as recomendações, de acordo com Ocampo (1981): Um ponto fundamental é comparar a entrevista inicial com a de devolução, pois se vai ter uma noção de como é que foi todo o processo e de como é que está sendo a devolução de informações, se aconteceu alguma mudança, se a queixa se desdobrou ou se transformou, e assim vai mostrar que modificações houve. O psicólogo deve identificar os aspectos mais sadios e adaptativos, assim como os menos sadios e adaptativos, tanto do cliente quanto do seu grupo familiar; depois ele irá fazer uma distinção entre o que pode e o não pode ser dito ao cliente, como consciência de questões sobre o que é menos adaptativo e consequentemente mais doente, muitas vezes não deve ser dito para respeitar as possibilidades do cliente e seus limites. Assim, a entrevista inicia-se com os aspectos mais adaptativos do cliente e prossegue até chegarmos aos menos adaptativos. Resumindo esse tópico, devemos ficar atento ao cliente para identificar a tolerância ou não às informações que estão sendo ditas e podem aparecer por meio de aspectos verbais conscientes; há também os inconscientes que são os lapsos ou então a aceitação passiva para simplesmente não pensar no assunto, e ainda os não verbais, tais como os atrasos, as faltas, a resistência do final do processo – pode- se também perceber isso quando os sinais de tolerância com relação àquilo que é devolvido.10 javascript:void(0);/*1336606035653*/ 29 Em 1991, Cunha, Freitas e Raymundo (apud NUNES, In: CUNHA, 1993) elaboraram algumas recomendações sobre a entrevista de devolução: - Após a interpretação dos dados, o entrevistador vai comunicar-lhe em que consiste o psicodiagnóstico, e indicar a terapêutica que julga mais adequada; - O entrevistador retoma os motivos da consulta, e a maneira como o processo de avaliação foi conduzido; - A devolução inicia com os aspectos menos comprometidos do paciente, ou seja, menos mobilizadores de ansiedade; - Deve-se evitar o uso de jargão técnico (expressões próprias da ciência circulante entre os profissionais da área, em outras palavras “gíria profissional”), e iniciar por sintoma ligado diretamente à queixa principal; - A entrevista de devolução deve encerrar com a indicação terapêutica. 30 12. DEVOLUTIVA Com a Paciente: A paciente compareceu no dia 01/07/2021. Agradeceremos a ela por ter comparecido aos atendimentos e realizado todas as atividades solicitadas. Perguntamos como foi a experiência dos nossos atendimentos? O que ela achou? O que mais gostou e o que menos gostou (enfatizamos na resposta negativa que para termos bons resultados em algumas coisas é necessário fazermos coisas que não gostamos, mas que mesmo não gostando sempre podemos tirar um aprendizado e sermos ainda melhores naquilo), ela concordou. E se ela sabe o motivo da mãe ter levado ela para o atendimento psicológico? Ela disse que não sabia. Respondemos que a mãe ama muito ela e que se preocupa com o desenvolvimento dela. Informamos também que a mãe notou que ela tem algumas dificuldades em relação às atividades da escola, que ela é uma menina muito nervosa e que fica brava com facilidade, quando contrariada, rasgando as roupas, quebrando as coisas, jogando as coisas. Informamos que o processo do Psicodiagnóstico estaria se encerrando a partir do dado momento e que não nos encontrar-mos-ia mais, porém ela poderia fica tranqüila, pois seria encaminhada para a psicoterapia e psicopedagoga, e se encontrará com outro psicólogo ou psicólogo, que também irá realizar diversas atividades com ela (e), algumas legais e outra nem tanto, mais é pra ela se dedicar da mesma forma que se dedicou com a gente. Ressaltamos as qualidades e habilidades da paciente: é uma menina muito esperta, afetiva, tem habilidades nos jogos, mas não gosta de perder e quase sempre que perde quer trocar o jogo, ou torce pelas pessoas perderem, é uma menina muito competitiva, porém muito criativa com os jogos, é uma menina muito alegre e isso é muito bom. Em seguida realizamos algumas orientações para ela, enfatizando que embora ela tenha inúmeras habilidades, assim como outras crianças e pessoas adultas também, ela apresenta algumas dificuldades que precisam ser trabalhadas: Esta dispersa, muito desatenta e sempre esta com preguiça, por isso ela tem dificuldades de realizar algumas tarefas que são necessárias para a idade dela, por isso sempre que ela tiver dificuldade ela pode procurar a 31 professora. E que ela não precisa se sentir diferente em nada, assim como apresentado em alguns desenhos (onde ela dizia que desenhava e pintava feio ou então falava que não conseguia, mesmo sem tentar, como apresentado em alguns testes), pois ela é uma menina muito inteligente mais precisa pegar firme para aprender sem ter preguiça. Falamos também da relação dela com o pai, desse desejo dela em querer os pais juntos, enfatizando que nem sempre um relacionamento entre os adultos dão certo, e está tudo bem, o importante é o pai e a mãe amarem ela e cuidar dela, e mesmo os pais estejam separados o pai nunca vai deixar de ser pai e a mãe nunca deixará de ser mãe. Falamos que é errado torcer pela queda do outro, que devemos sempre estar com o outro e vencer junto com ele, torcer sempre pelo bem do outro, pois se ela torce ao contrário isso pode magoar o(a) coleguinha e deixá-lo triste, perguntamos se ela iria gostar que torcessem para ela perder? Ela parou, pensou e disse que não, que é ruim. Para finalizar, dissemos para Vitória Nathália que foram ótimos os encontros que tivemos, agradeceremos a ela por tudo e principalmente por ter nos dado a oportunidade de conhecer quem ela era. Com a mãe: A mãe compareceu no dia 29/06/21,sem a presença da paciente, pois a mesma não estava se sentindo bem, dando inicio a nossa devolutiva com a mãe, relatamos o que foi identificado em todo trabalho feito até aqui. Iniciamos pela valorização da mãe em procurar a nossa ajuda em relação a sua filha, Vanusa disse ser uma mãe muito orgulhosa, mas reconhece quando precisa de ajuda e este foi um momento que se viu em dificuldade, reconhecendo que não é possível abraçar o mundo sozinha e que um suporte é sempre bem aceito. Agradecemos por ela ter sido tão responsável e cuidado para que a Vitória comparecesse aos atendimentos. Informamos que a Avaliação esta sendo encerrada e que durante o processo Vitória foi submetida a exames psicológicos que nos auxiliaram para avaliarmos tanto a parte cognitiva quanto a parte emocional da paciente. Relatamos o potencial da Vitória, que em alguns aspectos a menina apresenta bom desempenho e em outros por preguiça as vezes ela não 32 consegue fazer, mas quando damos um tempinho pra ela e incentivamos, ela faz e faz correto. Mostramos pra ela as atividades realizadas por Vitória em relação ao desempenho escolar já que ela teve grandes dificuldades em realizar as atividades, atingindo um nível inferior a idade escolar dela, levando em consideração que ela ainda é repetente, tendo uma média intelectual voltado para a idade inferior a sete anos, porém, além deste aspecto podemos identificar que Vitória é imatura e precisa de alguém para ajudá-la nesse quesito, estimulando suas capacidades para que sua média suba e as dificuldades não se agravem e prejudiquem a sua vida futuramente. O desenvolvimento escolar de Vitória está abaixo de sua idade cronológica o que justifica ela não estar conseguindo realizar algumas atividades na escola. mostramos alguns desenhos e estórias contadas por ela, para enfatizar a confirmação da agressividade ( agressividade essa que foi colocada pela mãe em sua queixa inicial) uma relação mal resolvida com o pai que precisa ser trabalhada, pois o pai não esta tão presente na vida da paciente, ela precisa estar mais com o pai, pois sempre que se trata de algo referente a ele, ela se atrapalha, fica confusa e não sabe explicar certinho, enfatizamos também as questões afetivas da criança, mostrando que ela é uma menina doce, amorosa, porém mal compreendida as vezes. Mostramos também através dos desenhos a sua carência afetiva. Emocional: Vitória é uma menina amorosa, afetiva, sensível, feliz e sonhadora... Porém é uma criança bem competitiva e não caiu a realidade ainda que nem sempre conseguimos vencer. Tem muita dificuldade em lidar com as frustrações, quando ela perde ela fica agitada, às vezes não quer jogar mais, às vezes quer jogar mais, porém sempre com o intuito de querer vencer e derrubar o outro, ela sempre minimiza a forma dos jogos de seus concorrentes dizendo que é perdedor e que está torcendo para a pessoa perder. Não tem sido capaz de parar, pensar e analisar. Todo esse comportamento demonstra imaturidade, essa imaturidade também irá ser necessária trabalhar, para não atrapalhar o resto da vida dela. Por isso é necessário que ela seja incentivada a crescer. Vitória apesar do pouco convívio com o pai, ela o tem como o melhor de todos, que cuida que é o mais legal, pois faz as melhores caretas e que não bate nela mais, porém a separação dos pais não agrada a Vitória, ela sempre fala de querer os pais juntos, pois ama os dois, Vitória carrega um sentimento de culpa 33 por essa separação, por isso tem medo de ser abandonada, chora quando fica sozinha, pois ela entende que os pais não se entendem e esse sentimento de carência dela ( mesmos os dois dando todo amor do mundo) se transforma em agressividade, onde ela desconta em tudo que vê pela frente, por isso é preciso ser tratado isso para que não se torne algo mais grave futuramente. Com relação às brigas: Sobre as brigas e discussões, mesmo que seja a muito tempo, incomodam muito a Vitória, ela guarda isso e não tem uma noção exata de família unida, família que se apóia, portanto, seja com quem for as discussões e brigas é preciso não envolver a Vitória e nem levar ao conhecimento dela, já que grande parte do processo de agressividade da Vitória foi desenvolvido por ver os pais discutirem e brigarem, seja perto dela ou alguma história contada pela mãe perto dela, assim gerando um reflexo em seus comportamentos, acreditando que tudo que os pais fazem ela pode fazer também. Devolve agressividade, pois os pais são agressivos. A mãe disse que irá tentar ser um pouco mais calma, irá tentar mudar pela filha, apesar do pai ser uma pessoa muito incompreensiva. Orientações: Quando Vitória mudar o comportamento e ser necessário castigá-la, sentar com ela e conversar, explicar o motivo no qual esta sendo castigada, e não ceder as carinhas fofas que ela faz. Para uma um bom comportamento é necessário uma boa disciplina e a Vitória precisa desse entendimento de certo e errado, impor um limite que ela não tem. Buscar conversar mais com a filha, já que nos encontros Vitória apresentava grande necessidade de falar, conversar o que foi feito no dia, como foi o fim de semana quando for passar o dia com pai, buscar ter mais diálogo com ela. Impor limites de horários para dormir, assim ela acordará mais disposta, evitando a “preguiça” que ela sempre fala durante os atendimentos. A mãe relata que quando a paciente vai passar o fim de semana com o pai, ele a obriga a acordar de madrugada colocando o celular da paciente para despertar as três da manhã para orar, não levando em consideração de que a Vitória é uma criança em fase de crescimento e precisa ter seus horários respeitados. 34 Vitória apresentou interesse pela sexualidade, em alguns momentos, fundamental a mãe buscar conhecer melhor a Vitória, sentar e conversar com ela sobre esses assuntos também, já que ela fala que precisa fazer 18 anos logo para namorar. Em relação as atividades escolares: Embora Vitória tenha dificuldade, a mãe precisa permitir que a filha realize mais sozinha e não fazer por ela. É preciso estimular mais a paciente para as atividades escolares, como ler e escrever, ter paciência com ela nas atividades, pois às vezes ela precisa de um tempo maior para fazer, podendo ser necessário uma explicação mais especifica e detalhada, mas que ela tem capacidade e tem muita facilidade em aprender com o uso de algo concreto (exemplo dos cubos). Sendo assim, se ela entrega tudo fácil pra ela, acaba que ela não terá o entusiasmo em aprender, pois terá alguém que faz por ela, sem ela precisar fazer qualquer esforço pra isso, e será de grande aprendizagem para a vida dela também, pois verá que nem sempre temos alguém para fazer por nós, nós mesmo temos que aprender, senão irá reforçando alguns comportamentos, como não querer copiar, raciocinar, principalmente as atividades relacionadas a cálculos matemáticos. Vitória tem capacidade para exercer essas funções, mas a facilidade em ter tudo na mão, a falta de atenção e a preguiça não deixam. Em psicoterapia essa falta de atenção pode ser trabalhada e ela se tornar consciente disso. Para finalizar, dissemos a Vanusa que seria interessante ela também ser encaminhada para Psicoterapia se ela tivesse interesse é claro, assim ela poderia ajudar a Vitória ainda mais, o que iria orientar melhor na forma de agir em relação a Vitória. A mãe concordou, disse que realmente será importante para ela, até para mediante ao contato com o pai da criança e o relacionamento atual que a mãe tem, onde sente-se insegura. Sendo assim, encaminhamos a mãe Vanusa e a Filha Vitória Nathalia para a Psicoterapia com o consentimento de ambas, sendo a Vitória Nathalia encaminhada para a Psicopedagoga também. Agradecemos a ela por ter nos confiado os cuidados da filha e que foi um enorme prazer trabalhar com a Vitória.35 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS Consideramos que o estágio de psicodiagnóstico foi de extrema importância pois nos proporcionou nosso primeiro encontro com o paciente, a anamnese, desenvolvimento dos testes, jogo diagnóstica, vinculo e interpretação; sem esse processo não teríamos aprendido sobre a teoria e a prática. O psicodiagnóstico é necessário para um melhor atendimento facilitando um diagnóstico assertivo diante a demanda do paciente e o encaminhamento adequado. Os instrumentos disponibilizados pela CLIDA são de extrema qualidade fazendo com que toda a prática fosse realizada com excelência! As supervisões foram de extremo aprendizado pois podemos aprender com as colegas e com a percepção e vivência da supervisora Sônia. Fomos muito amparadas e acreditamos que foi essêncial para o desenvolvimento de novas habilidades e aumento da capacidade de interpretação e estratégias diagnósticas. REFERENCIAS 36 ARZENO, M. E. G. Psicodiagnóstico Clínico: novas contribuições. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. ALMASAN,, Daisy Ariane; ÁLVARO,, Alex Leandro Teixeira. A IMPORTÂNCIA DO SENSO DE LIMITES PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA. A IMPORTÂNCIA DO SENSO DE LIMITES PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA , São Paulo, p. 7, 1 nov. 2006. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/tbOkBIyG6UiKPI O_2013-5-10-15-27-44.pdf BRAGA, Juliana Leao. Atenção concentrada e atenção difusa:. Elaboração de instrumentos de medida , Brasilia, 2007. Disponivél em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/3485 BROTTO, Thaiana F. O que é insegurança emocional?. O que é insegurança emocional?, são paulo, 2021. Disponível em: https://www.psicologoeterapia.com.br/psicologo-ajuda-emocional/inseguranca- emocional/ CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico-V. 5a. Ed. rev. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. p26. CUNHA, Jurema Alcides e cols. Psicodiagnóstico-R. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. KOLCK, Lourenção Van. 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Disponível em:https://br.psicologia-online.com/carencia- afetiva-o-que-e-consequencias-e-como-cura-la-634.html STEIN, L. M. (1994). TDE - Teste de Desempenho Escolar: manual para aplicação e interpretação. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo. TRINCA, W. (Org.). (2013b). Formas compreensivas de investigação psicológica: Procedimento de Desenhos- Estórias e Procedimento de Desenhos de Família com Estórias. São Paulo, SP; Vetor. TRINCA, W. Diagnóstico Psicológico. São Paulo EPU, 1984. SOUZA, Mauricio Rodrigues de. A psicanálise e o complexo de Édipo:. (Novas) observações a partir de Hamlet, .31 jul. 2006. 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Percebemos informações importantes trazidas pela mãe com relação ao desenvolvimento psicomotor de V. A mãe informa que V, sempre foi muito adiantada em tudo que fazia, nasceu com 8 meses, deu seus primeiros passos com 9 meses, reconhecimento familiar desde quando estava no ventre materno, onde, V. sempre se agitava ao ouvir a voz de seus pais e seu tio no qual é seu padrinho. A mãe de V. traz como queixas principais o nervosismo chagando a cortar suas roupas com uma tesoura, mãe de V, teve um relacionamento de 11 anos com o pai da criança, onde ela o agredia após a descoberta de traições cujo ex. marido a culpa por determinada traição já que a mesma não fazia as coisas nas quais ele queria. V. mora com a mãe a tia e a prima de 23 anos, cujo momento tem dormido no mesmo quarto que V. já que a criança tem medo de escuro, precisando se sentir segura com uma companhia. V. dormia com sua mãe até meados de abril de 2021, onde após a triagem a mãe foi orientada a retirar V. do seu quarto. Mãe de V. traz também questões sobre furto na escola onde a criança estuda. V. leva as coisas para casa dizendo ser dela, “gostei e peguei para mim”. Mãe de V. diz que os ataques de nervosismo apresentados por ela, vem desde os 3 anos de idade, chegando a ficar até gaga devido ao nervosismo excessivo. V. Foi uma criança muito desejada por seus pais, apesar do fim da gravidez ter sido um pouco conturbada devido as dores intensas sentidas pela mãe, V. foi muito bem recebida pelos membros de seu âmbito familiar, sendo mimada por seus familiares paternos até hoje. Segundo a mãe V. fica nervosa somente com pessoas da família, que moram em sua casa, não permitindo que 39 sejam mais autoridade do que ela, V. não aceita a ausência de sua mãe, sempre quando a mesma necessita sair para resolver assuntos pessoais V. grita ficando muito nervosa e irritada, quebrando o que estiver em sua frente, utilizando frases como: “Você não me ama”, “Você não quer ficar comigo” que podem mexer sentimentalmente com a mãe em busca de uma atitude contraditória da mãe em relação a sua saída. V. é bem competitiva e não gosta de perder, se perder chora. Chora com facilidade perante a todos, quando contrariada pela mãe diz: Você não me ama” Você não quer cuidar de mim”. Referente a atualidade na escola e as aulas remotas: V. tem anos e estuda na Escola Santa Maria. A mãe fica muito nervosa, diz que as aulas a tirado sério. V. tem ajuda da tia nas lições quando a mãe se encontra ausente e tem aulas de reforços pelo SESI também, já que tem dificuldade de aprendizagem e repetiu 2 vezes o segundo 2º ano fundamenta. Não tem reclamações da escola. Tem poucos amigos, antes da Pandemia tinha um amigo muito próximo chamado Max, que é um pouco mais velho do que ela, na qual ela gostava muito da companhia dele e de brincar, eles brincavam muito de jogar bola. Vitória tem mais facilidade de amizade com meninos do que meninas. Repetindo muitas das coisas que os meninos fazem. O PAI busca sempre participar das reuniões. Possui um desenvolvimento lento, aprendendo somente quando interessa a ela. Suas matérias preferidas são: artes e educação física. V. tem uma questão religiosa bem definida, ela é evangélica e buscar orar todos os dias de manhã, em suas orações corriqueiramente pede pela restauração de sua família, gosta de brincar com terra, água, slime, pintar, poço de lama pois gosta muito do desenho da pepa e danças forró com a mãe. Referente as relações familiares a mãe acha o pai presente, porém critica seus gestos de agressões com a criança. Foram 2 vezes decorrentes sendo ele bem rígido com ela mediante as atuações imprópria de V. A mãe iniciou um relacionamento onde V. não gosta do rapaz, afirmando: “EU NÃO GOSTO DELE” “VOCÊ TEM QUE VOLTAR COM O PAPAI”. V presenciou um beijo do atual parceiro na mãe e ficou muito brava. Quando a mãe beijava o pai ela nem ligava. V. é castigada por seus atos impróprios com a mãe, ficando, portanto, sem celular e tv, porém a mãe se arrepende voltando com o castigo e permitindo com que a criança retorne a praticar seus atos de maneiras indisciplinadas. 40 A entrevista verbal com a criança possibilitou observar que V. é uma criança agitada, sem nenhuma dificuldade para interagir com o meio, entende- se aqui que cada indivíduo aprende a ser constituir nas relações com os outros. Segundo Vygotsky: É através da atividade que o homem se apropria do mundo, ou seja, é a atividade que propicia a transição daquilo que está fora do homem para dentro dele, processo de internalização. De acordo com Vygotsky, o desenvolvimento do sujeito está relacionado à interação a mediação social e cultural. Dessa maneira os movimentos construídos pelo sujeito também dependem dos recursos biológicos, psicológicos e das condições do ambiente em que ela vive. Sendo assim, podemos observar segundo o relato trazido pela mãe da criança que V. constitui totalmente uma persona infundada em sua mãe, reprimindo o seu eu interior e agindo conforme a existência da mãe, tornando-se uma adulta mirim, impondo regras e desejos onde devem ser realizados segundo seus próprios pensamentos. Observando, portanto, o seu comportamento mediante ao relato trazido pela mãe de V. podemos perceber certa imaturidade, falta de limite, ansiedade e nervosismo, ocasionando certos comportamentos incoerentes como roer as unhas mostrando aí um certo índice de ansiedade em determinados momentos. Pode-se inferir que a falta de disciplina e coerência entre os pais com relação à educação informal e formal da criança, parece ter afetado algumas etapas importantes de seu desenvolvimento, fazendo com que enfrente muitas dificuldades para adquirir novas capacidades cognitivas, afetivas e sociais. Durante os atendimentos com V. utilizou-se uma linguagem simples de acordo com a idade e capacidade de compreensão da criança. Procurou-se estimulara verbalização, fazendo-lhe perguntas sobre o que faz o que gosta, sua rotina, e assim por diante, como se fosse uma entrevista dirigida. Foi possível observar que demonstra em suas ações ansiedade frente as atividades até então, propostas, pois sabe o que outro espera e sendo assim procurou liderar no primeiro momento, tomando frente as brincadeiras, mostrando conhecimento dos mesmos e o que não sabia completamente se mostrou atenta as informações repassadas e sendo cooperativa com as atividades propostas e muito competitiva. Observamos também que a mesma analisava o jogo das estagiarias e mostrava que estava perdendo para ver a reação das mesmas. 41 No seguinte encontro V chegou toda empolgada, ainda mais quando entrou na sala e viu na mesa que tinha jogos, logo foi dizendo que gostava de jogos e que ela já conhecia quase todos por ver vídeo no YouTube sobre. Disse que foi com a mãe, foi questionado se ela gosta da mãe e ela disse: Eu gosto muito da minha mãe, mais as vezes ela briga comigo, eu não gosto mais ela pede desculpas. Falou do namorado da irmã alegando que a irmã não tem idade ainda para namorar, contou também que um dia a irmã colocou no status uma foto de uma menina pulando na piscina, Vitoria viu, disse para irmã que iria contar para a mamãe. Irmã da V disse que se ela contasse ia falar para a mãe dela que ela pegava a menina. V acha que a irmã não gosta dela, pois ela implica muito e empurrou ela uma vez. Mas ela gosta da irmã. Percebemos que V gostaria de ter uma relação melhor com a Irma e não entende porque não é possível. Brincamos com os jogos pula macaco, domino de animais e palito Iniciamos com o Pula macaco, jogo escolhido por Vitória, na qual ela mesma montou o brinquedo e ela falou as instruções. Ela falou das cores dos macacos, organizando cada uma de nós com uma cor diferente. Durante o jogo: Fez uma fila com os macacos, ficava olhando e mexendo nos palitos enquanto jogava, dizia que queria comprar todos os jogos do you tube mais a mãe não queria comprar. Colocou um macaco no cantinho do pensamento para ficarem disciplinados, colocou o macaco da estagiaria R também. A estagiaria R enfatizou de que o macaco estaria de castigo porém sem saber o motivo, já que ele não fez nada. V disse: Minha mãe é assim. Quando eu não faço a coisa certa e não entendo, ela me coloca de castigo. Percebemos que V se sentia confusa do porque as vezes era colocada de castigo pela mãe. Foi colocando todos os macacos que errava de castigo. Pegou o macaco da estagiária V e também o colocou de castigo e ria quando errávamos. Estagiária R pediu para passar a vez e ela não deixou. E ficou Feliz quando a estagiária R disse que ela estava melhorando. Pegou o macaco dela e foi brigar com os macacos da estagiaria V colocou nomes nos macacos e começou a falar dos outros jogos perguntando se queríamos que ela mostrasse como jogava. E então separou os palitos de plástico e os de madeira, fez uma patinha de pato com os palitos. Tentava passar na frente algumas vezes. Percebemos que V observava as estagiarias para ver 42 se elas teriam alguma reação com as atitudes dela passar na frente para jogar primeiro, percebemos também que mesmo errando ela pegava os palitinhos para ganhar. Iniciamos o jogo dominó e vibrava em cada peça que pega igual e dizia que ia ganhar o tempo todo. Empolgava pois tinha a peça certa para o momento e tentava olhar as peças das estagiárias e então colocou as peças na caixa para ninguém olhar e durante o jogo ela dava muita risada sem muito critério. Logo após iniciamos o primeiro teste. 43 HORA DO JOGO DIAGNÓSTICA Ao realizar Hora do Jogo Diagnóstica; podemos perceber nos jogos que V é uma criança muito competitiva, e que gosta muito de jogar, a mesma é muito criativa com os jogos, esta sempre criando histórias paras os objetos que jogamos. Durante a brincadeira lúdica percebemos que a mesma tinha necessidade de minimizar a forma de jogo das estagiárias dizendo que eram perdedoras. É uma criança muito observadora e sempre muito alegre, em alguns jogos a paciente fala da sua relação com a mãe que mora com ela, que cuida e educa, o pai que mora fora da cidade e como ela ama a relação dos dois e que tem muito desejo que os pais voltem a ficar juntos para que ela possa ter maiscontato com ele, e a relação com a Irmã por ser a distância pensa que poderiam ser mais amigas. Durante a anamnese foi relatado pela mãe que V é muito amorosa, e que não é muito de obedecer a mãe na conversa com a mesma V apresentou ter falta de limite, imaturidade, ansiedade e nervosismo. Sobre o pai a mãe disse que não tem o que reclamar, pois os dois tem uma ótima relação de pai e filha. DESENHO ESTÓRIA Ao realizar o Desenho Estória (DE); V apresentou riso constante, nervosismo e ansiedade, muita competitividade. Foi mencionado por ela o relacionamento dos pais, que gostaria que os dois estivessem juntos. Em outro momento a mesma disse que não entende o porque a mãe a coloca de castigo, demonstrou grande necessidade de conversar, e carência afetiva. Demonstrou também dificuldade de realizar a atividade quando havia outro estimulo. Ao contar as histórias V demonstrou estar muito confusa e tentava ligar um desenho no outro, misturava fantasia com realidade. Em outros momentos era perceptível a relação confusa que V tem com o pai, ela mostra o pai bastante distante mas ao contar sobre ele é como se eles convivessem juntos. Percebemos uma Relação edípica mal resolvida, V demonstra ter ciúmes da mãe e menciona nos desenhos que a mãe tem inveja dela pela relação dela com o pai, V gostaria muito que os dois reatassem o casamento porque gosta dos dois juntos apesar de que os pais se separaram com ela muito nova, acreditamos pelo complexo de 44 Édipo de V que ela deseja que os pais voltem a se relacionar como um casal para que a mesma tenha seu desejo realizado de conviver todos os dias com o pai. Ela alimenta um amor pelo progenitor e demonstra nos desenhos a confusão desses sentimentos, de acordo com a relação deles. É uma menina muito sensível, desenha muitos corações e usa cores fortes, mas tem agressividade quando é frustrada, tem uma auto imagem muito negativa e o super ego rígido pois não se contenta com as coisas que faz, em alguns momentos foi demonstrado interesses sexuais e até situações que ela se imagina namorando. 1° Desenho Estória No dia da aplicação do teste, V Iniciou com a folha na horizontal, lápis preto. Começou a casa pelo teto, depois desenhou o sol e disse que o sol seria diferente pois era de coração. Disse que essa hora a mãe estava com saudade dela, pois nesta hora as duas ficam abraçadinhas. Desenhou varias nuvens enfileiradas ao lado do sol, tanto na direita quanto na esquerda, Disse para as estagiárias as cores preferidas dela eram Azul, rosa, pois formam um casal muito lindo e disse também que rosa e azul se transforma em roxo. Desenhou um coração grande em cima da casa Ao se preparar para colorir posicionou os lápis de cores um em cada canto da folha Vermelho no coração - Azul no superior - Laranja em cima da casa, no telhado Rosa abaixo da casa. Ainda sem tirar os lápis coloridos posicionados na folha, ela pegou um lápis preto e desenhou um vaso de flor com um coração no centro ao lado da casa. Começou a colorir o telhado laranja ( cores fortes, sem pressão intensiva, mas com cores fortes). Casa rosa e disse que daria o desenho para uma pessoa que ela gostava muito e que estava na frente dela, que era a estagiária R para ela colocar no quarto. Pintou a Flor de verde, o céu de azul, disse que estava fazendo a margem do céu. Ficou retangular. Sol de coração amarelo. Coração de vermelho V perguntou se tinha mais pessoas do lado de lá da parede e disse que não ia parar a conversação bateu nas paredes para ver se alguém respondia do outro lado e que assim seria difícil continuar. Percebemos que V tem dificuldades 45 de prestar atenção em uma coisa quando se tem mais estímulos a sua volta. Continuou a pintar, a partir do vaso com a cor rosa. Miolo da flor amarelo,porta marrom Desenhou uma menina ao lado da casa, iniciou pelo vestido. E um unicórnio do lado dela e outro vaso de flor que a menina esta aguando com o regador de unicórnio. Pintou o chifre do Unicórnio. Com a junção de 3 lapis de cores diferentes desenhou um coração gigante: Azul, rosa e laranja. ( apagou a primeira linha pois duas cores falhou) Passou o lápis em cima das linhas que estavam mais fraquinhas, utilizou mais a cor rosa. Vestido da menina, pintou de laranja. Força no lápis quando pinta. Nome do 1° desenho- Lilica. Menina do desenho Pegou o lápis azul e rosa e desenhou um coração em volta do nome Lilica Estória: Era uma menina que morava em uma casa colorida, que tinha um coração colorido em cima da casa dela. Ficava passeando e brincando no pula pula de coração. Aguava as plantinhas e olhava para o céu. Continuou a estória dizendo que o coração do titulo era um coração dos desejos. Ultimo desejo era o unicórnio, pois gostava muito dele, pois ela não gostava de morar sozinha. O unicórnio pede para o coração transformar a menina em uma princesa. Tinha pai e mãe mais morreu de acidente de carro. A filha ficou triste e pediu para o coração mágico trazer o papai e a mamãe de volta, pois gostava dos pais juntos e não separados. Inquérito: Quem mora com a menina? Mora um unicórnio Desenhou um unicórnio. Não ficou como ela queria ela apagou e desenhou de novo. Quem é o Unicórnio? ele é mágico e transforma no amiguinho dela. (Insistiu que queria jogar os jogos do inicio da sessão) Com um lápis ainda nas mãos continuou a pintar o Unicórnio. O que o unicórnio faz? ajuda ela, pois se transforma em uma pessoa e ajuda ela em todas as coisas, o nome do unicórnio é Perola: escreveu o nome dentro de um outro coração menor em cima da cabeça dele. Últimos minutos jogamos mais um pouco o jogo do macaco, ela escolheu as cores para a estagiária V. A estagiária R No perguntou se os macacos 46 fossem pessoas quem eles seriam? E ela disse chamavam. macaco chamado pai e mãe, e começou a bater um no outro. ( a mãe batendo no pai) e colocou o pai de castigo. 2° Desenho Estória Propomos que a V e a estagiaria R iria desenhar e a estagiária V ficaria como jurada do desenho e da estória. Ela mesma propôs para que uma não olhasse o desenho da outra. Colocou a caixa do jogo pula macaco para tapar o seu desenho, mas a estagiária V pediu para tirar ( pois poderia influencia-la na criação do desenho)- Folha na horizontal. Pegou os lápis, rosa, amarelo, laranja, vermelho, azul e roxo e ficou segurando eles. Desenhou uma menina com a cor rosa, pintou seus braços de azul, o corpo de rosa e azul. Cochichou no ouvido da estagiária V que ela iria desenhar uma casa bem grande. Diz ela que estava desenhando um Power Ranger: disse que gosta muito e que ele seria colorido. Usou dois lápis juntos para pintar, viu que não deu certo e utilizou um lápis em cada mão para pintar sem trocar as mãos. Desenhou um espaço de roxo, pintou as bolinhas do espaço de roxo, cor forte e certa força no lápis. O restante do espaço de azul. Durante o processo de desenho V dava bastantes risadas, estagiária R pegou um lápis e ela disse: opa.... Regina perguntou se ela iria usar, ela pegou todos os lápis nas mãos e disse que ela poderia usar. Disse que está esquecendo tudo, e que esta ficando velhinha igual a vó dela fala. Desenhou um coração pequeno no alto da folha colorido e escreveu o nome colorido. Nome do 2° Desenho Estória: Power Ranger na lua Estória: Um Power Ranger que morava na lua e ele morava em uma das bolinhas e as outras bolinhas eram animais que eram cachorrinhos e o Power Ranger colocava ração para os cachorrinhos. O coração maior é um portal mágico que dá para a cidade e lá na cidade se pode comprar muitos pirulitos. Inquérito: 47 Quem seria os Power Ranger? ela disse que seria o papai e o padrinho que é o tio dela e ela gosta muito dele. Eles gostam de olhar para a Lua e as vezes escutam barulho de lobo. Desenhou um coração grandão rosa e azul e outro
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