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Garantias Constitucionais em Espécie

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Garantia constitucionais em espécie:
1. Acesso à Justiça ( art. 5º, XXXV, CF)
-Historicamente o acesso à Justiça iniciou-se com a justiça pelas próprias mãos.
No Brasil, a introdução do acesso à justiça iniciou-se em 1946, com previsão constitucional
no art.141§ 6° da CF, preocupando-se mais com os direitos individuais.
“A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”
→ O texto constitucional se dirige ao legislador que não deve criar obstáculos, impedir a
litigância, ou qualquer coisa que sirva para impedir o direito de acesso à jurisdição.
→ Utilização de linguagem que as pessoas possam compreender.
Instrumentos de acesso à justiça
→ Defensoria Pública (art. 134 CF)
→ Serviço de assistência judiciária
→ Ministério Público: Ministério Público também é instituição competente para a
salvaguarda do princípio do acesso à justiça em relação aos direitos indisponíveis, individuais
e dos direitos coletivos e difusos, como por exemplo a proteção aos direitos do idoso e no que
concerne aos direitos individuais, atua pela via de Ação Civil Pública.
Se deve entender, por acesso à justiça, a possibilidade material que as pessoas têm de
recorrer ao poder judiciário a fim de exercer o direito formal previsto no texto
constitucional.
2. Devido processo legal (artigo 5º, inciso LIV)
“Ninguém será privado da liberdade ou dos seus bens sem o devido processo legal”
Direito a um processo e a uma sentença justa.
Primeira vez que se fala constitucionalmente em devido processo legal foi na 5 emenda da
constituição de 1791, Constituição Americana.
→ Proteção do homem contra o abuso do Estado (ILUMINISMO XVII-XVIII)
→ Após o iluminismo começa a ideia da participação das pessoas na vontade do estado.
→ Luta de liberdades positivas em que impõe ao Estado fazer algo em favor do cidadão.
Quanto ao processo civil, o devido processo legal manifesta-se nas seguintes formas:
a) na igualdade das partes;
b) na garantia do jus actionis;
c) no respeito ao direito de defesa;
d) no contraditório.
Quanto ao ponto de vista material, tal procedimento configura uma proteção aos direitos
fundamentais.
→ Consequências da adoção do devido processo legal
Dever de propiciar ao litigante ( a comunicação do ato, oportunidade de produzir provas; da
prova oral; a oportunidade de contrariar as provas propostas pela outra parte; de possuir um
defensor para juízo; direito de ser condenado absolvido, a igualdade)
Juiz imparcial
3. Princípio da garantia do contraditório
Envolve o direito ao conteúdo do processo, citação, intimação, que as razões e os argumentos
apresentados pelas partes sejam racionalmente levados em consideração no momento da
sentença.
→ A garantia do contraditório vem do direito romano, é um direito fundamental de 1 geração
pois se se garante a ação deve se garantir o direito de interpor essa ação.
Era assegurado a garantia do contraditório e a ampla defesa desde 1946 (Getúlio Vargas)
→ O texto constitucional de 1988 - art. artigo 5º inciso LV da Constituição Federal c/c caput
do artigo 2º da Lei nº 9.784/1999.
Princípio da não surpresa ou contraditório
(RECURSO ESPECIAL Nº 1.676.027 - PR - proibição da surpresa processual)
→ O juiz não poderá decidir com base em fundamento sobre o qual não se tenha dado às
partes a oportunidade de se manifestar, mesmo que se trate de matéria que deva ser decidida
de ofício.
4. Princípio da igualdade processual ou paridade de armas
→ O princípio da paridade de armas está ligado a uma igualdade de instrumentos de
investigação e de tratamento entre as partes, possibilidade de resposta na mesma intensidade
aos litigantes. A relação do juiz com ambas as partes deve ser equidistante, para que seja
garantida a igualdade na possibilidade de cada parte influenciar a decisão judicial.
Exceções ao princípio da paridade de armas:
O juiz, havendo fundamento e razoabilidade, pode quebrar o princípio da igualdade de armas.
Também se pode quebrar tal princípio nas relações consumeristas (inversão do ônus da
prova).
5. Garantia do juiz natural
→ Consagrado em todas as constituições brasileiras, exceto na de 1937 – constitui uma
garantia de limitação dos poderes do Estado, que não pode instituir juízo ou tribunal de
exceção para julgar determinadas matérias nem criar juízo ou tribunal para processar e julgar
um caso específico.
A Constituição Federal de 1988 determina em seu artigo 5º que todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade. E acrescenta: "XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção"; "LIII –
ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente".
6. Princípio da irretroatividade da norma
A regra adotada pelo ordenamento jurídico é de que a norma não poderá retroagir, ou seja, a
lei nova não será aplicada às situações constituídas sobre a vigência da lei revogada ou
modificada.
Art. 14 do CPC: A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos
processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas
consolidadas sob a vigência da norma revogada.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art5

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