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1 2 GHS é o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos, conforme estabelecido na Convenção 170 da Organização Internacional do Trabalho, assinado em 25 de junho de 1990, em Genebra / Suíça. 3 As principais organizações envolvidas na criação do GHS foram: - Organização das Nações Unidas (ONU), - Organização Internacional do Trabalho, - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), - Subcomitê de Especialistas em Transportes de Produtos Perigosos por estradas da ONU. Organização das Nações Unidas Organização Internacional do Trabalho Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico 4 O GHS surge da necessidade de harmonizar os sistemas existentes de classificação, rotulagem e fichas de segurança dos produtos químicos. Um sistema de harmonização foi unificado no setor do transporte, mediante o qual se dispõe de critérios para a classificação e rotulagem de produtos químicos que apresentam perigos físicos e/ou perigo de toxicidade aguda (trabalho realizado pelo Comitê de Especialistas em Transportes de Produtos Perigosos pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas). Por que foi criado o GHS? 5 Antes de ser criado o GHS? 6 um produto químico = um rótulo Depois de ser criado o GHS? 7 GHS NO BRASIL O Brasil, como signatário da Convenção, internalizou o texto deste Ato Multilateral com o Decreto Legislativo 67/1995 e promulgou sua plena vigência em 03jul1998, por meio do Decreto 2.627, naquilo que se refere à segurança na utilização de produtos químicos no trabalho. Por seu turno o Ministério do Trabalho e Emprego inseriu em 2011 a obrigatoriedade da adoção do GHS, alterando a sua Norma Regulamentadora nº 26 que trata de “Sinalização de Segurança”, incluindo classificação, rotulagem e fichas de segurança, porém não estipulou as regras para essas alterações nem datas limites para cumprimento. O sistema GHS gerencia a sinalização para o trabalhador e público em geral de acordo com a categoria e sub-categorias de periculosidade do produto, obtida com testes toxicológicos e ambientais. Acertada sua sub- categoria em cada item de periculosidade, é necessário apresentar a palavra perigo (risco grave) ou atenção (risco menor), conforme o caso; frases de perigo definidas para aquela sub-categoria; frases de prevenção gerais ou para emergências ou para armazenamento; e, pictogramas quando forem necessários. 8 As vantagens de implementar o GHS: •Melhorar a proteção da saúde humana e do meio ambiente através de um sistema de comunicação de perigos ininteligíveis internacionalmente; •Dar um marco de classificação reconhecido pelos países que não possuem este Sistema; •Reduzir a necessidade de realizar provas e avaliações dos produtos químicos, oferecendo informação; •Facilitar o comercio internacional daqueles produtos que foram avaliados e classificados por este Sistema. 9 O GHS se aplica para substâncias puras, para soluções diluídas e misturas. A classificação de perigos é feita considerando as propriedades intrínsecas perigosas das substâncias ou misturas. Identificação dos perigos é feita por meio de 3 passos: •Identificar os dados relevantes sobre os perigos de uma substância ou mistura; •Análise desses dados para identificar os perigos associados com a substância ou mistura; •Decisão sobre se a substância ou mistura classifica como perigosa e determinação do grau de perigo. CLASSIFICAÇÃO DE PERIGOS SEGUNDO O GHS 10 ➢ Benefícios da Harmonização ▪ Aumento da proteção para os seres humanos e ao meio ambiente. ▪ Facilitação para o comércio internacional de produtos químicos. ▪ Redução da necessidade de testes e avaliações. ▪ Serve de plataforma aos países e organismos internacionais na implementação da gestão segura de produtos químicos. 11 GHS - Globally Harmonized System of classification and labelling of chemicals Purple book 2003 2005 2007 2009 2011 http://www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/ghs_welcome_e.html 12 Transporte; Armazenamento e Manuseio 13 Pictogramas do GHS ! explosivos inflamável oxidante corrosivo Toxicidade aguda nocivo Pode provocar..... 14 DIAMANTE DE HOMMEL 15 O número ONU é um número de série determinado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para identificar produtos químicos e/ou que oferecem perigo à vida. Ele é composto por quatro dígitos e fica na parte de baixo do painel laranja (o painel de segurança). É como se fosse o RG de um produto perigoso. Acima de 5 kg, já é obrigatório o uso de número ONU para produtos dessa natureza. Simbologia da ONU 16 O objetivo da padronização da sinalização de segurança é o de facilitar a identificação dos produtos químicos perigosos nas atividades de transporte e, com isso, permitir maior agilidade e eficácia nas ações necessárias ao controle de situações acidentais. O primeiro número X423 indica produto sólido, libera vapores e é inflamável. A letra X que precede o número indica que o produto deve reagir em contato com água. O número 2257 é o número correspondente ao Potássio. Simbologia da ONU 17 Simbologia da ONU https://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/produtos/produto_consulta_onu.asp 18 19 RISCO CLASSE 1 Classe 1 - Explosivos Subclasse 1.1: Explosivos com um risco de explosão em massa; Subclasse 1.2: Explosivos com um risco de projeção; Subclasse 1.3: Explosivos com um risco predominante na causa de incêndio; Subclasse 1.4: Explosivos com nenhum perigo de explosão significativa; Subclasse 1.5: Explosivos bem insensíveis com risco de explosão em massa; Subclasse 1.6: Artigos extremamente insensíveis. 20 RISCO CLASSE 2 Subclasse 2.1: Gases inflamáveis; Subclasse 2.2: Gases não inflamáveis, gases não tóxicos *; Subclasse 2.3: Gases tóxicos *. 21 RISCO CLASSE 3 Líquidos inflamáveis: São líquidos, misturas de líquidos ou líquidos que contenham sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor inflamável a temperaturas de até 60,5°C. 22 4 4 Sólido inflamável Piro fosfórico RISCO CLASSE 4 4 Em contato com a água, emite gás inflamável Sólidos inflamáveis; Substâncias sujeitas à combustão espontânea, e substâncias que se tornam perigosas quando entram em contato com a água. Subclasse 4.1: Sólidos inflamáveis; Subclasse 4.2: Materiais espontaneamente inflamáveis; Subclasse 4.3: Materiais que em contato com a água emitem gases inflamáveis. 23 RISCO CLASSE 5 - Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos Subclasse 5.1: Substâncias oxidantes; Subclasse 5.2: Peróxidos orgânicos 24 RISCO CLASSE 6 Classe 6 - Substâncias tóxicas e substâncias infecciosas Subclasse 6.1: Substâncias tóxicas (venenosas); Subclasse 6.2: Substâncias infecciosas. 25 RISCO CLASSE 7, 8 e 9 As classes 7, 8 e 9 não estão divididas em subclasses: •Classe 7: materiais radioativos; •Classe 8: substâncias corrosivas; •Classe 9: substâncias perigosas diversas. 26 Vamos praticar o aprendizado? 27 Vamos praticar o aprendizado? 28 Vamos praticar o aprendizado? 29 Vamos praticar o aprendizado? 30 31 32 Perigos e Riscos: a) Eliminar ou minimizar a emissão de vapores e gases inflamáveis; 33 b) controlar a geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática - Eletricidade estática é gerada quando líquidos fluem através de tubulações, válvulas e outros equipamentos. - A continuidade elétrica e o correto aterramento asseguram que a eletricidade estática não se acumule e cause uma centelha. - Centelhas de cargas eletroestáticas podem ignitar muitas misturas inflamáveis. Perigos e Riscos: 34 FONTES DE IGNIÇÃO E SEU CONTROLE 35 Fontes de Ignição: Uma mistura dentro dos limites de inflamabilidade necessita apenas de um elemento para que se produza um incêndio ou explosão. A FONTE DE IGNIÇÃO (faíscas, centelhas, chamas abertas, pontos quentes, eletricidade estática, etc.). Na presença de produtos inflamáveis, é de fundamental importânciao controle das referidas FONTES DE IGNIÇÃO. O risco mais significativo diz respeito à possibilidade de vazamento na presença de fontes de ignição. As fontes de ignição podem ser as mais variadas possíveis e podem gerar temperaturas suficientes para iniciar o processo de combustão da maioria das substâncias inflamáveis conhecidas: 36 FONTES DE IGNIÇÃO: - Eletricidade estática: Como exemplo de cargas acumuladas nos materiais. As cargas eletrostáticas surgem naturalmente, principalmente devido a atrito com materiais isolantes; as manifestações da eletricidade estática são observadas, principalmente, em locais onde a umidade do ar é muito baixa, ou seja, locais secos; 37 FONTES DE IGNIÇÃO: Faíscas: O impacto de uma ferramenta contra uma superfície sólida pode gerar uma alta temperatura, em função do atrito, capaz de ionizar os átomos presentes nas moléculas do ar, permitindo que a luz se torne visível. Normalmente chamada de faísca, esta temperatura gerada é estimada em torno de 700ºC; 38 Fontes de Ignição: Brasa de cigarro: Pode alcançar temperaturas em torno de 1.000ºC. Esta queima se dá entre 800 a 1200 graus célsius, temperatura da brasa da ponta do cigarro. A tal temperatura inúmeras substâncias se combinam, desencadeando o surgimento de novas substâncias (por pirólise ou piro síntese), antes inexistentes na fumaça. 39 FONTES DE IGNIÇÃO: Compressão adiabática: Toda vez que um gás ou vapor é comprimido em um sistema fechado, ocorre um aquecimento natural. Quando esta compressão acontece de forma muita rápida, (dependendo da diferença entre a pressão inicial (P0) e final (P1), e o calor não sendo trocado devidamente entre os sistemas envolvidos, ocorre o que chamamos tecnicamente de compressão adiabática. Esta compressão pode gerar picos de temperatura que podem chegar, dependendo da substância envolvida, a mais de 1.000ºC. Isto pode acontecer, por exemplo, quando o oxigênio puro é comprimido, rapidamente passando, de 1 atm para 200atm, em uma tubulação ou outro sistema sem a presença de um regulador de pressão; 40 FONTES DE IGNIÇÃO: Chama direta: É a fonte de energia mais fácil de ser identificada. Algumas chamas oxicombustíveis, por exemplo, podem atingir temperaturas variando de 1.800ºC (hidrogênio ou GLP com oxigênio) a 3.100ºC (acetileno / oxigênio). 41 FONTES DE IGNIÇÃO: Misturas perigosas: Sempre que possível, deverá ser evitada qualquer mistura acidental de líquidos inflamáveis. Por exemplo: uma pequena quantidade de acetona dentro de um tanque de querosene, pode baixar o ponto de fulgor de seu conteúdo devido à volatilidade relativamente alta da acetona, o que cria uma mistura inflamável, quando da utilização desse mesmo querosene. A gasolina misturada com um óleo combustível pode mudar o ponto de fulgor deste, de tal forma que seja perigoso para um uso corriqueiro. Em cada caso, o ponto de fulgor baixo pode fazer as vezes de um detonador para a ignição de materiais que têm pontos de fulgor altos. 42 FONTES DE IGNIÇÃO: Misturas perigosas: Sempre que possível, deverá ser evitada qualquer mistura acidental de líquidos inflamáveis. Por exemplo: uma pequena quantidade de acetona dentro de um tanque de querosene, pode baixar o ponto de fulgor de seu conteúdo devido à volatilidade relativamente alta da acetona, o que cria uma mistura inflamável, quando da utilização desse mesmo querosene. A gasolina misturada com um óleo combustível pode mudar o ponto de fulgor deste, de tal forma que seja perigoso para um uso corriqueiro. Em cada caso, o ponto de fulgor baixo pode fazer as vezes de um detonador para a ignição de materiais que têm pontos de fulgor altos. 43 CONTROLE: Na presença de produtos inflamáveis, é de fundamental importância o controle das referidas FONTES DE IGNIÇÃO. ✓Ventilação adequada; ✓Isolando adequadamente processos ou operações auxiliares consideradas perigosas (ambientes confinados, externos ou compartimentados); ✓Aterramento adequado das instalações, máquinas e equipamentos. 44 Controle: ✓Os produtos inflamáveis devem ser armazenados em áreas isoladas do restante das instalações e edifícios, seja pelo distanciamento ou mediante a utilização de elementos construtivos (compartimentação); ✓Armazenamentos auxiliares são os principais responsáveis por sinistros. ✓No caso de tambores e outros recipientes transportáveis deve ser deixado um corredor separando os edifícios anexos e o armazenamento. A zona de armazenamento deve ser utilizada única e exclusivamente para este fim. ✓Uso de recipientes metálicos (preferencialmente). ✓A estocagem dos recipientes deve ser feita em pallets, evitando-se o contato direto com o piso e a altura de empilhamento, sempre que possível não deve ser superior a um recipiente. ✓Realizar inspeções regularmente para detecção de possíveis vazamentos. 45 46 Controle e armazenamento: 47 Classificação dos perigos 10 classes agrupam os perigos à saúde humana: ▪Toxicidade aguda ▪Corrosão e irritação da pele ▪Lesões oculares graves/irritação ocular ▪Sensibilização respiratória ou da pele ▪Mutagenicidade em células germinativas ▪Carcinogenicidade ▪Toxicidade à reprodução e lactação ▪Toxicidade sistêmica para certos órgãos-alvo — Exposição única ▪Toxicidade sistêmica para certos órgãos-alvo — Exposições repetidas ▪Perigo por aspiração. ABNT-NBR 14725:2009 – PARTE 2 (GHS) 48 • ABNT-NBR 14725 • “Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente” ➢ Parte 1: Terminologia (2009); ➢ Parte 2: Sistema de classificação de perigo (2009); ➢ Parte 3: Rotulagem (2012); ➢ Parte 4: Ficha de Informações Produtos Químicos (FISPQ) (2012). de Segurança de INCORPORAÇÃO DO GHS PELO BRASIL 49 ABNT-NBR 14725:2009 – PARTE 2 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PERIGO Para as SUBSTÂNCIAS, outros sistemas de classificação, além dos descritos nesta parte da ABNT NBR 14725, podem ser utilizados até 26.02.2011. A partir de 27.02.2011, os produtos químicos (substâncias) devem ser classificados de acordo com esta parte da ABNT NBR 14725 (ABNT NBR 14725-2:2009). INCORPORAÇÃO DO GHS PELO BRASIL 50 ABNT-NBR 14725:2009 – PARTE 2 SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PERIGO Para além as MISTURAS, outros sistemas de classificação, dos descritos nesta parte da ABNT NBR 14725, podem ser utilizados até 31.05.2015. A partir de 01.06.2015, os produtos químicos (misturas) devem ser classificados de acordo com esta parte da ABNT NBR 14725 (ABNT NBR 14725-2:2009). INCORPORAÇÃO DO GHS PELO BRASIL 51 ABNT-NBR 14725:2009 – PARTE 2 (GHS) Estabelece: ▪Classificação dos perigos à saúde humana; ▪Classificação dos perigos ao ambiente aquático; ▪ Avaliação dos perigos físicos. INCORPORAÇÃO DO GHS PELO BRASIL 52 CLASSIFICAÇÃO DOS PERIGOS AO AMBIENTE AQUÁTICO ➢2 classes: ▪Toxicidade aguda para o ambiente aquático ▪Toxicidade crônica para o ambiente aquático INCORPORAÇÃO DO GHS PELO BRASIL 53 54 55 ABNT-NBR 14725:2012 PARTE 4 (Elaboração de FISPQ) INCORPORAÇÃO DO GHS PELO BRASIL 56 Elaboração de FISPQ 57 Elaboração de FISPQ 58 Elaboração de FISPQ 59 Elaboração de FISPQ 60 Elaboração de FISPQ 61 Elaboração de FISPQ 62 Elaboração de FISPQ 63 Elaboração de FISPQ 64 Elaboração de FISPQ 65 Elaboração de FISPQ 66 Elaboração de FISPQ 67 Elaboração de FISPQ 68 Elaboração de FISPQ 69 Elaboração de FISPQ 70 Elaboração de FISPQ 71 Elaboração de FISPQ 72 Elaboração de FISPQ 73 Elaboração de sinalização (NR – 26) 74 Elaboração de sinalização (NR – 26) 75 Fontes de pesquisa - Norma Regulamentadora nº 20 (MTE); - Norma Regulamentadora nº 26 (MTE) ; - Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química); - Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo); - NBR 14725 (Produtos químicos — Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente) ; - NBR 6493 – Norma para cores de tubulações industriais; - FISPQ e Imagens disponíveis na internet.76 77 Marcos Aurélio de Souza Lopes Gestor Ambiental Ocupacional Professor e Instrutor Técnico em Segurança do Trabalho. aurelio.m@zipmail.com.br
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