Buscar

Normas e segurança em laboratório 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

NORMAS DE SEGURANÇA EM 
LABORATÓRIO 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFA. DRA. LUCIANE DE GODOI 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
Qualquer atividade em laboratório exige o manuseio de diferentes reagentes e 
produtos químicos, e a exposição a determinados agentes químicos podem 
trazer efeitos adversos na saúde. O uso conhecimento e uso correto de 
Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual, além dos cuidados na 
prevenção de acidentes em laboratório e o controle de incêndios ajuda no 
trabalho seguro em laboratório. 
TEMA 1 – CONCEITO E DEFINIÇÃO DOS TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE 
PROTEÇÃO 
1.1 Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) 
Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s) têm por objetivo 
proteger a saúde e a integridade de quem utiliza determinada área de trabalho, 
como o laboratório, por exemplo, diminuindo os riscos provocados pelo 
manuseio de produtos químicos e biológicos. Estes equipamentos são 
instalados no local de trabalho e servem para prevenir ou minimizar acidentes. 
Alguns aspectos importantes a serem observados: 
 Os EPC’s podem ser de uso rotineiro ou emergencial, e podem minimizar o 
uso de EPI’s; 
 Devem ficar em lugares de fácil acesso e com sinalização adequada; 
 Seu uso é apenas para a finalidade à qual foi destinado; 
 É responsabilidade do profissional a sua conservação e a comunicação em 
caso de dano ou alteração que prejudique o funcionamento, para que seja 
substituído; 
 Seu uso é obrigatório e o profissional deve ser treinado sobre o uso 
adequado do equipamento. 
Os EPC’s mais comuns em laboratório 
são as sinalizações de segurança, extintor de 
incêndio, manta corta-fogo, chuveiro de 
emergência, lava-olhos e capela de exaustão. 
Extintor de Incêndio: os extintores devem 
ser usados quando for detectado algum foco de 
incêndio (Fig.1). É de suma importância que se Figura 1 - Extintores de 
Incêndio. Fonte: FreeImages 
 
 
3 
observe que existem diferentes tipos de extintores que servem para diferentes 
origens de foco de fogo. É fundamental ter conhecimento da origem do 
incêndio para que se escolha o agente extintor adequado para tal situação, 
evitando aumentar as chamas ou criar novos focos com curto-circuito, por 
exemplo. 
 
Manta Corta fogo: é um material empregado em casos de incêndio que 
se estende para as roupas do profissional, extinguindo o fogo por abafamento, 
sendo fabricadas com tecido não combustível. São recomendadas para 
laboratórios que trabalham com uma grande quantidade de líquidos 
inflamáveis. 
 
Chuveiro de Emergência: os 
chuveiros (Fig.2) devem ser usados em 
casos de derramamentos de produtos 
químicos sobre o profissional. Deve ter um 
crivo de aproximadamente 30 cm de 
diâmetro, acionamento por alavanca e ser 
mantido preparado para uso imediato em 
caso de acidentes. No caso do guarda-pó, ou 
até mesmo a roupa, estar encharcado de produto químico, estes devem ser 
retirados antes de utilizar o chuveiro. 
 
Lava-olhos: é um equipamento que deve 
ser usado em casos de contato de 
produtos químicos com os olhos, com o 
objetivo de enxaguar e livrar os olhos de 
contaminantes (Fig.3). Pode estar 
acoplado, ou não, ao chuveiro de 
emergência. Diferentemente do chuveiro, 
seu acionamento se dá por meio de uma 
placa instalada ao lado, que deve ser 
empurrada para permitir a vazão de água. 
 
Figura 2 - Chuveiro de Emergência. 
Fonte: ShutterStock 
Figura 3 - Lava-olhos. 
 Fonte: ShutterStock 
 
 
4 
Capela de Exaustão: é um equipamento imprescindível para um 
laboratório, onde se manipula produtos químicos tóxicos e que liberam gases 
ou vapores. Qualquer reação que tenha liberação de gases deve ser conduzida 
estritamente dentro da capela. No uso da capela deve ser observados se o 
sistema de exaustão está operando corretamente, se seu interior está limpo e 
sempre manter a janela com abertura mínima possível. Em qualquer reação 
que exija aquecimento, certifique-se de que não tenha nenhum material 
inflamável ou explosivo dentro da capela. 
Dentro de qualquer laboratório é fundamental que estes equipamentos estejam 
presentes para prevenir e minimizar possíveis acidentes, garantindo assim a 
integridade física de todo que utilizam o espaço. 
 
1.2 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 
Os Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI’s) são utilizados para proteger o profissional 
atuante no laboratório em operações com risco 
de exposição, como no manuseio de reagentes 
químicos, vidrarias, equipamentos, material 
biológico, etc. Devem ser produzidos em 
material adequado, de boa qualidade e 
proporcionar o mínimo desconforto. 
Jaleco ou avental: proporciona proteção 
para o corpo e é recomendado para o manuseio 
de substâncias químicas. Deve ser de algodão, 
pois queima mais devagar e reage impede que ácidos e bases atinjam a pele. 
Para uma proteção adequada, deve ser de mangas comprimdas e com 
comprimento até o joelho e ser usado sempre fechado, de preferência com 
velcro para facilitar sua remoção em caso de acidentes (Fig.5). 
 
Luvas: oferecem proteção para as mãos e braços, dependendo do 
tamanho da luva. É necessário o uso deste EPI em operações com substâncias 
tóxicas absorvíveis pela pele e contra substâncias perigosas como solventes, 
ácidos, bases, etc. As luvas devem ser feitas com materiais resistentes para 
proteger a pele, sendo considerados a que tipo de risco o profissional está 
Figura 5 - Jaleco de Laboratório. 
Fonte: FreeImages 
 
 
5 
submetido, seja químico ou físico, para escolher o tipo adequado de luva. Os 
tipos mais comuns são de látex, PVC, Nitrila, Neoprene e Viton. 
 
Óculos de Segurança: fornecem 
proteção facial e ocular (Fig.7) e devem 
estar sempre presentes nas atividades 
em laboratório, sendo de uso obrigatório 
em procedimentos que apresentam risco 
de espirros ou respingos ou emanação 
de vapores ou névoas. Devem ser feitos 
de forma confortável para ser usado por 
longos períodos e não interferir no campo de visão do profissional. 
Máscara de Proteção Facial: proporciona 
proteção das vias respiratórias para ser usada 
em operação onde ocorre exalação de produtos 
tóxicos fora da capela. Deve ser feita com filtro 
adequado, havendo, portanto, diferentes tipos 
de máscara para situações distintas de 
exposição, como poeira (Fig.8), vapores 
orgânicos e substâncias potencialmente tóxicas. 
TEMA 2 – RISCO QUÍMICO PARA A PREVENÇÃO DOS ACIDENTES EM 
LABORATÓRIO 
O ambiente de laboratório é insalubre e muitas vezes sujeito à exposição 
a agentes tóxicos, inflamáveis, etc., dependendo da atividade realizada nele. 
Há uma grande possibilidade da ocorrência de acidentes ou desenvolvimento 
de doença no âmbito profissional de quem atua no laboratório. Esses acidentes 
ou doenças podem ser decorrentes, na maioria dos casos, por conta da algmas 
circunstâncias: 
 O desconhecimento sobre o risco da atividade sendo desempenhada ou do 
produto/reagente sendo manipulado; 
 A falta de atenção do profissional na execução do seu trabalho, muitas 
vezes pelo excesso de confiança, gerando em muitos casos imprudência 
dentro do laboratório. Por mais acostumado que esteja com o manuseio de 
um reagente ou com a prática de um procedimento, nunca se deve deixar 
Figura 7 - Óculos de Segurança. 
Fonte: FreeImages 
Figura 8 - Máscara de Proteção 
contra material particulado. 
Fonte: FreeImages 
 
 
6 
de tomar as devidas precauções e seguir os procedimentos de segurança, 
visto que o trabalho do químico é perigoso; 
 A pressa em realizar uma tarefa ou estresse são fatores que aumentam a 
probabilidade de ocorrer um acidente, visto que pode acarretar na falta de 
atenção e imprudência citada anteriormente; 
 A falta de organização e limpeza no trabalho e durante a execução de 
quaisquer tarefas podem apresentar riscos sérios. O profissional pode 
esquecer-se do reagente que foi usado e não foi identificado, ou umproduto 
derramado sobre a bancada e que não foi limpo; 
 O não cumprimento às normas de segurança no laboratório podem colocar 
o profissional em riscos desnecessários. 
Para que tais riscos sejam minimizados, alguns aspectos devem ser 
levados em consideração. É essencial sempre ter conhecimento sobre os 
riscos ligados aos procedimentos realizados ao manusear reagentes e outros 
materiais. Durante o trabalho toda atenção e fundamental em todas as 
atividades, assim como a destreza. Essas medidas garantem que a 
possibilidade e probabilidade de ocorrência de acidentes ou doenças 
ocupacionais diminuam consideravelmente. 
TEMA 3 – CONTROLE NA EXPOSIÇÃO AOS AGENTES QUÍMICOS 
 Os fatores de risco ligados à suas propriedades físicas, químicas e 
toxicológicas, apresentadas a seguir. Ressalta-se a importância de buscar 
informações referentes a cada reagente antes de manuseá-lo, para que se 
tome as medidas adequadas de segurança. 
 Asfixiantes: são substâncias que dificultam a respiração, podendo ser um 
asfixiante simples – que são perigosos em grandes quantidades, pois 
diminuem a concentração de oxigênio no ar – e um asfixiante químico – que 
impede a chegada de oxigênio nos tecidos, interrompendo a respiração; 
 Explosivos: são substâncias que podem detonar quando colocadas sob o 
efeito do calor, choque ou fricção. As temperaturas de detonação são 
características de cada substância, além da possibilidade de formar 
misturas explosivas, sendo necessário conhecer as propriedades reativas 
delas ao manusear e misturá-las; 
 Inflamáveis: são substâncias que entram em combustão quando 
submetidas a determinadas condições. A inflamabilidade de uma substância 
 
 
7 
depende de uma série de fatores, tais como a pressão de vapor (pressão 
em que o líquido e seu vapor coexistem em equilíbrio), ponto de ignição 
(temperatura em que uma substância desprende vapor suficiente para 
produzir fogo pelo contato com o ar ou uma fonte de ignição), e o ponto de 
ebulição. Decorrente de tais fatores, uma substância pode ser classificada 
como: 
o Inflamável: substâncias que apresentam ponto de fulgor entre 38 e 
94° C; 
o Facilmente Inflamável: substâncias que apresentam ponto de ignição 
menor que a temperatura ambiente, incluindo as que possuem ponto 
de fulgor entre 23 a 38° C e temperatura de ebulição menor que 100° 
C. A maioria dos solventes orgânicos se enquadram nessa 
classificação; 
o Extremamente Inflamáveis: susbtâncias que apresentam ponto de 
fulgor menor que 0° C, principalmente gases combustíveis, incluindo 
as que possuem ponto de ignição menor que 23° C e ponto de 
ebulição menor que 38° C; 
 Oxidantes: são substâncias que quando entram em contato com outras 
podem produzir uma reação altamente exotérmica, liberando uma grande 
quantidade de calor; 
 Tóxicas: são substâncias que podem causar dano ou morte por meio da 
interação química com o tecido vivo. As principais formas de intoxicação 
podem ser por inalação, ingestão e absorção cutânea, podendo ser 
classificadas pelo índice de dose letal de acordo com a forma de ingestão 
(Tabela 2); 
 
TABELA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES TÓXICOS POR DOSE LETAL 
 Ingestão (mg/kg) Cutânea (mg/kg) Inalação (mg/m3) 
Nocivo 200-2000 400-2000 2-20 
Tóxico 25-200 50-400 0,5-2,0 
Muito Tóxicos <25 <50 <0,5 
 
 
 
8 
 Corrosivos: são substâncias que podem causar danos ou alterações 
irreversíveis em tecidos vivos ou materiais inorgânicos pelo contato. 
Exemplos mais comuns são bases e ácidos concentrados; 
 Irritantes: são substâncias que no contato com a pele ou com as mucosas 
podem provocar uma reação inflamatória, normalmente ácidos e bases 
diluídos e alguns compostos orgânicas. Quanto mais solúvel em água, mais 
irritante é a substância; 
 Carcinogênicos: são substâncias que contêm agentes capaz de iniciar ou 
acelerar o desenvolvimento de um tumor maligno. Essas substâncias 
podem ser divididas em classes: 
o Classe I: causam o efeito comprovado por estudos epidemiológicos 
de causa e efeito; 
o Classe II: provavelmente carcinogênicos para o homem, com alguns 
estudos de longo prazo já feitos; 
o Classe III: suspeitas de causar câncer no organismo humano, porém 
sem dados suficientes para comprovar; 
 Mutagênicos: são substâncias que podem causar alteração no material 
genético das células somáticas e reprodutivas, sendo divididas em classes 
da mesma forma que as substâncias carcinogênicas. 
 
TEMA 4 – FORMAS DE CONTROLE DE INCÊNDIOS 
O ambiente de laboratório é um espaço propício para a ocorrência de 
incêndios, devido à presença de diversas fontes causadoras de incêndios, 
como o estoque de líquidos voláteis e inflamáveis, os equipamentos elétricos 
conectados à rede elétrica (podendo provocar uma sobrecarga), as tubulações 
e cilindros de gás, além e possíveis trabalhos com produtos e reações que 
podem acarretar em acidentes. A má conservação e falta de manutenção do 
laboratório, assim como o desrespeito às inúmeras normas de segurança já 
citadas podem gerar incêndios no laboratório. 
Um incêndio é um processo em que ocorre uma reação de combustão, a 
qual necessita de três componentes fundamentais para sua propagação: um 
combustível, comburente (oxigênio) e uma fonte de ignição (calor ou faíscas). 
 
 
9 
Existem diferentes classes de incêndio, de acordo com as causas de 
cada: 
 Os incêndios de Classe A são com materiais combustíveis como 
madeira, tecidos, plásticos, etc.; 
 Os incêndios de Classe B são com líquidos inflamáveis como álcoois, 
cetonas, derivados do petróleo, etc.; 
 Os incêndios de Classe C são provocados por equipamentos 
elétricos energizados; 
 Os incêndios de Classe D são com materiais pirofóricos, ou seja, que 
entram em combustão em contato com a umidade do ar. 
Para realizar o controle de incêndios é necessário extinguir um dos 
componentes essenciais de sua propagação. Os extintores de incêndios atuam 
de forma a resfriar o material em combustão ou eliminar o contato do 
combustível com o oxigênio. Existem, portanto, extintores próprios para cada 
situação, sendo os tipos mais comuns: 
 Extintor de Água Pressurizada (classe A); 
 Extintor de Pó Químico Seco (classe B e C); 
 Extintor de Espuma Mecânica (classe A e B); 
 Extintor de CO2 (classe B e C). 
É se suma importância que qualquer profissional atuando em laboratório 
conheça os tipos de extintores, para que se destinam e seja treinado no 
manuseio para casos de emergência. Para que se previna e evite incêndios, 
alguns cuidados devem ser tomados: 
 Manter os líquidos inflamáveis longe da chama do bico de bunsen ou 
qualquer fonte de calor; 
 Certifique-se sempre de que não há vazamento de gás, verificando 
os registros de gás; 
 Nunca conectar vários aparelhos a uma mesma tomada; 
 Conectar aparelhos de alto consumo a uma rede que suporta a alta 
amperagem de operação; 
 Armazenar líquidos inflamáveis e voláteis em refrigerador, de 
preferência à prova de explosão; 
 
 
10 
 Não deixar frascos abertos na bancada, muito menos próximo a 
fontes de calor; 
 Desligar sempre os aparelhos e registros ao sair do laboratório; 
 Manter sempre registro de ocorrências e causas; 
 Evitar o trabalho sozinho em laboratório; 
 Mantar atualizadas as Fichas de Informações de Segurança de 
Produtos Químicos (FISPQ’s) e com fácil acesso. 
Seguindo sempre as normas de segurança e as recomendações, o 
trabalho em laboratório se torna muito mais seguro e eficiente. 
TEMA 5 – O PROJETO ELÉTRICO E HIDRÁULICO 
O Projeto elétrico, assim como o projeto hidráulico do laboratório é 
desenvolvido após se definir o layout do laboratório, tendo por base o projeto 
estrutural e funcional de acordo com o tipo de atividade desenvolvida, após 
definir todas as necessidades em termos de instalações elétricas e hidráulicas. 
Este projeto também deve contemplar os sistemas de segurança no caso de 
vazamentos degases, que são uma das maiores causas de acidentes com 
incêndio no laboratório, assim como sistemas elétricos seguros a fim de evitar 
curto circuito. 
5.1 O projeto hidráulico 
O projeto hidráulico abrange e todo o transporte de líquidos e gases 
(fluídos) considerando as linhas de água das torneiras, capelas, lavadores de 
olhos e chuveiros de emergência, e também o sistema de esgoto e também os 
sistemas para lavagens de gases nos exaustores de capelas. 
O consumo de água, vapor e GLP e ar comprimido também devem estar 
dimensionados neste projeto, pois gases são fluídos e necessitam de linhas 
especiais, cada qual deve ser identificada com cores específicas. 
Os locais de armazenamento dos cilindros e 
registros de gases também devem estar dentro deste planejamento, de forma 
que os cilindros fiquem em locais seguros e fora da área de trânsito intenso no 
laboratório. 
Dentre os sistemas de segurança que estão incorporados no projeto 
hidráulico, estão as linhas de alimentação de água para as mangueiras de 
combate a incêndio e dispositivos de emergência. 
 
 
 
11 
5.2 As capelas 
As capelas de exaustão são locais dotados de exaustores de gases, 
dependendo do tipo de atividade desenvolvida no laboratório, são dotadas 
sistemas de lavagem de gases e obedecem a critérios rigorosos de construção 
e segurança. Além de se levar em conta o tipo de trabalho, a quantidade de 
operadores que irão utilizar estes sistemas, o volume e o tipo de análises a 
serem realizadas, como por exemplo, emissão de gases tóxicos, ácidos ou 
bases, o uso de aquecedores, sistemas de destilação ou extração de 
substâncias, ou ainda para uso em análises microbiológicas, este sistema 
deverá ainda prever: Sistemas para lavagem de gases tóxicos, Estrutura 
robusta, com vidro de proteção e materiais resistentes à choques e impactos, 
Revestimento interno resistente ao ataque de produtos químicos, resistentes à 
corrosão e com instalações elétricas seguras e protegidas, e um nível de ruído 
aceitável, além de sistema de iluminação adequada ao tipo de atividade. 
 
NA PRÁTICA 
Você já parou pra pensar que em todas as atividades que realizamos, 
sejam nas atividades profissionais, ou nas atividades esportivas ou em 
momentos de lazer, somos obrigados a usar equipamentos de segurança? 
Imagina se você iria se arriscara fazer uma escalada, ou saltar de paraquedas 
sem os equipamentos apropriados? Ou até mesmo mergulhar em alto mar sem 
usar um cilindro de oxigênio e uma roupa apropriada? Até mesmo para 
cozinhar, usamos equipamentos de proteção, como avental e luvas para não 
queimar as mãos. Os equipamentos de proteção individual não foram feitos 
para "dar um charme" na pessoa e sim para protegê-la dos riscos externos, ou 
seja, preservar a saúde física de quem o utiliza que é o mais importante, pois a 
sua vida, não tem preço. 
 
FINALIZANDO 
Nesta segunda aula, estudamos os conceitos e definições de EPI e EPC e 
também a importância de usar corretamente estes equipamentos de proteção, 
pois ao trabalhar em um laboratório, estamos expostos aos riscos de 
intoxicação por agentes químicos. Pois o laboratório é muitas vezes 
considerado um ambiente insalubre, e, dependendo do tipo de atividade e das 
 
 
12 
análises que são realizadas, é necessário um controle periódico do nível de 
alguns elementos químicos e substâncias nocivas que podem causar sérios 
danos à saúde dos trabalhadores. 
Também estudamos algumas formas de prevenir focos de incêndio e 
conhecemos alguns agentes extintores, os quais possuem uma classificação 
de acordo com os materiais combustíveis e comburentes. 
Para complementar o estudo sobre o projeto hidráulico e elétrico do laboratório, 
vimos como este pode contribuir para um layout de laboratório seguro e com 
isso, favorecer a prevenção contra incêndios causados por agentes químicos e 
outros fatores aos quais estamos sujeitos em nossa atividade profissional. 
E para complementar os estudos sobre este assunto, sugerimos a leitura do 
artigo, sobre a importância do uso correto dos equipamentos de proteção 
individual e coletiva, acessando o link: 
http://revistas.unoeste.br/index.php/ce/article/download/401/826 
 
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, M.Z. Segurança em laboratórios químicos e biotecnológicos, 
Caxias do Sul, RS, EDUC, 2008. CARVALHO, P.R. Boas práticas químicas em 
biossegurança, Rio de Janeiro: Interciência, 1999. Chemical Safety Matters, 
Cambridge: Cambridge University Press, 1992. 
 
MARIANO, A. B., et al., Guia de Laboratório para o Ensino de Química: 
instalação, montagem e operação. Conselho Regional de Química IV Região, 
São Paulo, 2012. 
FILHO, A. F. V., Segurança em Laboratório Químico. Conselho Regional de 
Química IV Região, Campinas, SP, 2008. 
Do VAL, A. M. G., et.al., Segurança e Técnicas de Laboratório – Volume I. 
Departamento de Química, UFMG, 2008.

Outros materiais