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NR10 - Sep Avançado
1
seg003- NR10 Sep Avançado
Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo – Findes
Lucas Izoton Vieira
Presidente
Senai – Departamento Regional do Espírito Santo
Manoel de Souza Pimenta
Diretor-gestor
Robson Santos Cardoso
Diretor-regional
Alfredo Abel Tessinari
Gerente de Operações 
Fábio Vassallo Mattos
Gerente de Educação e Tecnologia
Agostinho Miranda Rocha
Gerente de Educação Profissional
Equipe técnica
Marcelo Bermudes Gusmão
Coordenação 
Elson Lyra
Elaboração
Fábio Vassallo Mattos
Revisão técnica
Lygia Bellotti
Adaptação de linguagem
Islene Servane dos Santos
Revisão gramatical
Samira Ribeiro Cunha Curto
Revisão pedagógica
Andrelis Scheppa Gurgel
Projeto gráfico
Jackeline Oliveira Barbosa 
Paola Lougon Pasolini
Diagramação
Fabrícia Resieri
Fabrício Zucolotto
Fernando Emeterio de Oliveira
Ilustração
Fernanda de Oliveira Brasil
Maria Carolina Drago
Organização
Vitória
2009
Segurança do Trabalho
NR10 - Sep Avançado
Versão 0
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Senai-ES 
© 2009. Senai - Departamento Regional do Espírito Santo
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por 
quaisquer meios, sem autorização prévia do SENAI/ES.
Senai/ES
Divisão de Educação e Tecnologia - Detec
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
SENAI. Departamento Regional do Espírito Santo.
NR-10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade : sistema elétrico 
de potência / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Departamento 
Regional do Espírito Santo. - Vitória : SENAI, 2009.
144 p. : il.
Inclui bibliografia.
1. NR 10 - SEP. 2. Eletricidade. 3. Segurança. 4. Métodos de trabalho. 5. 
Prevenção de acidentes. 6. Medidas de controle. I. Título.
S474n
Departamento Regional do Espírito Santo
Av. Nossa Senhora da Penha, 2053
Ed. Findes - 6º andar CEP: 29056-913 - Vitória - ES
Tel: (27) 3334-5600 - Fax: (27) 3334-5772 - http://www.es.senai.br
CDU: 614.8:537
Senai-ES - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Apresentação
A busca por especialização profissional é constante. Você, assim como a 
maioria das pessoas que deseja agregar valor ao currículo, acredita nessa 
idéia. Por isso, para apoiá-lo na permanente tarefa de se manter atualiza-
do, o Senai-ES apresenta este material, visando a oferecer as informações 
de que você precisa para ser um profissional competitivo.
Todo o conteúdo foi elaborado por especialistas da área e pensado a 
partir de critérios que levam em conta textos com linguagem leve, gráfi-
cos e ilustrações que facilitam o entendimento das informações, além de 
uma diagramação que privilegia a apresentação agradável ao olhar.
Como instituição parceira da indústria na formação de trabalhadores qua-
lificados, o Senai-ES está atento às demandas do setor. A expectativa é 
tornar acessíveis, por meio deste material, conceitos e informações neces-
sárias ao desenvolvimento dos profissionais, cada vez mais conscientes 
dos padrões de produtividade e qualidade exigidos pelo mercado.
Organização do sistema elétrico ...........................................................................................9
Qualificação, habilitação, capacitação e autorização ................................................. 19
Sinalização de segurança...................................................................................................... 23
Documentação de instalações elétricas ......................................................................... 37
Procedimentos de trabalho ................................................................................................. 41
Aterramento elétrico .............................................................................................................. 47
Riscos no SEP e sua prevenção ........................................................................................... 51
Equipamentos e ferramentas de trabalho ..................................................................... 73
Responsabilidade civil e criminal no acidente ............................................................. 81
Distribuição de energia elétrica ........................................................................................ 85
Técnicas de trabalho em espaços confinados .............................................................. 89
Direção defensiva .................................................................................................................... 99
Postura de trabalho .............................................................................................................. 105
Aspectos comportamentais .............................................................................................. 111
Acidentes típicos ................................................................................................................... 119
Condições impeditivas para o serviço ........................................................................... 131
Transporte da vítima ............................................................................................................ 133
Anexo – Modelo .................................................................................................................... 139
Referências bibliográficas .................................................................................................. 143
Sumário
NR10 - Sep Avançado
9
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
Organização do sistema elétrico
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
Nesta unidade você vai aprender algumas normas que envolvem a orga-
nização do Sistema Elétrico de Potência (SEP). Primeiramente, serão abor-
dados os aspectos organizacionais da atividade, em seguida, questões 
relacionadas à operação dos sistemas elétricos. 
O Sistema Elétrico de Potência (SEP) é o conjunto de todas as instalações e 
equipamentos usados para gerar, transmitir e distribuir a energia elétrica. 
Atualmente, esse mercado tem crescido anualmente em média 4,5%. No 
Brasil, esse sistema apresenta grandes extensões de linhas de transmis-
são e um parque produtor de geração predominantemente hidráulica. 
O principal centro consumidor do País fica concentrado nas regiões mais 
industrializadas, Sul e Sudeste. No Norte, o recurso é gerado em peque-
nas centrais, especialmente termelétricas a óleo diesel. 
NR10 - Sep Avançado
10
As estruturas dos sistemas de energia elétrica possuem organização ver-
tical e horizontal, conforme você pode conferir na ilustração a seguir. 
Aspectos organizacionais 
A regulamentação e a fiscalização da geração, transmissão e distribuição 
de energia elétrica no Brasil são feitas pela Constituição Federal. Assim, 
as concessões para empresas que atuam nesse setor devem ser emitidas 
pelo Ministério das Minas e Energia (MME), já a fiscalização e a regula-
ção são responsabilidades da Agência Nacional do Setor Elétrico (Aneel). 
Além desses órgãos, há ainda outras instituições encarregadas de coor-
denar a expansão e a operação do sistema, como: 
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NR10 - Sep Avançado
11
- Operador Nacional do Sistema (ONS): Tem a função de planejar e co-
ordenar a operação elétrica e energética no Brasil. 
- Empresa de Planejamento Energético (EPE): Responsável por proje-
tar a expansão dos sistemas elétricos e energéticos do País. 
- Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE): É o órgão en-
carregado pelos contratosde compra e venda de energia e também pela 
mensuração da energia fornecida ou recebida pelos geradores, distribui-
dores, consumidores livres e pelas empresas que comercializam o recurso.
 
Segmentos
Há três segmentos que compõem o sistema elétrico: a geração, a transmissão 
e a distribuição de energia elétrica. Para facilitar a sua compreensão sobre as 
questões que envolvem cada uma dessas etapas que fazem parte da organi-
zação vertical do sistema, elas serão abordadas separadamente a seguir.
Geração ou produção 
Os termos geração ou produção podem ser também compreendidos 
como a conversão de uma forma qualquer de energia em energia elé-
trica. Conforme dados apresentados pela Aneel, no Brasil, há mais de 1,5 
mil empreendimentos em operação que geram quase 102.364.691 mi-
lhões de kW de potência. A atual Matriz de Energia Elétrica do País está 
representada na ilustração a seguir:
MATRIZ DE ENERGIA ELÉTRICA DO BRASIL
Empreendimentos em Operação
Tipo
Gás
Petróleo
Carvão Mineral
Nuclear
Eólica
Importação
Total 100100102.364.691 102.364.6911,527 1,527
Biomassa
Hidro
Total
Capacidade
Instalada
n˚ de
Usinas
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Usinas(kW) (kW)
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Processo
Óleo 
Diesel
Óleo 
Residual
Bagaço
 
de Cana
Licor 
Negro
Madeira
Biogás
Casca de
Arroz
Carvão
 
Mineral
Paraguai
Argentina
Venezuela
Uruguai
607
72
26
521
18
222
13
25
2
2
7
2
10
71.848.487
9.886.953
925.748
3.572.554
1.163.970
2.324.550
782.617
212.832
20.030
6.400
1.415.000
2.007.00
28.550
5.650.000
2.250.000
200.00
70.000
70,19
9,66
0,90
3,49
1,14
2,27
0,76
0,21
0,02
0,01
1,38
1,96
0,03
2,33
5,85
0,08
0,20
607
98
539
264
7
2
10
71.848.487
10.812.701
4.736.524
3.346.429
1.415.429
1.415.000
2.007.000
28.550
8.170.000
70,19
10,56
4,63
3,27
1,38
1,96
0,03
7,98
NR10 - Sep Avançado
12
Conforme já mencionado, as fontes de energia elétrica mais comuns no 
Brasil são as usinas hidrelétricas de grande porte – com potência maior 
que 30 MW – e as usinas termelétricas. As hidrelétricas, que são respon-
sáveis por mais de 70% de toda a produção brasileira, estão localizadas, 
especialmente, nas regiões Sul e Sudeste do País. 
A NBR 5460 - Sistemas Elétricos de Potência - estabelece a seguinte defi-
nição para essas usinas: 
2.1 – Usina (Elétrica) – É a instalação elétrica destinada a gerar energia 
elétrica em escala industrial, por conversão de outra forma de energia. 
2.2 – Usina Hidrelétrica – É a usina elétrica na qual a energia elétrica é 
obtida por conversão da energia gravitacional da água. 
Podemos encontrar usinas hidrelétricas do tipo: 
2.2.1 – Usina (hidrelétrica) a fio d´água – Usina hidrelétrica que utiliza 
diretamente a vazão do rio, tal como se apresenta no local. 
2.2.2 – Usina (hidrelétrica) com acumulação - Usina hidrelétrica que dis-
põe do seu próprio reservatório de regularização. 
Nas grandes usinas o nível de tensão na saída dos geradores está normal-
mente na faixa de 6 a 25 kV. 
Já as usinas termelétricas apresentam, como principais características, 
baixos custos de construção, operação e manutenção, além da possibili-
dade de serem instaladas em locais próximos aos centros consumidores. 
Essas usinas ficam principalmente na região Norte do País, representam 
3,4% da produção de eletricidade do País e atendem a uma área que 
corresponde 45% do território brasileiro e a cerca de 3% da população, 
aproximadamente 1,2 milhões de consumidores.
 
Conforme a NBR 5460 esse tipo de geração é definido da seguinte forma:
2.3 - Usina Termelétrica – Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida 
por conversão da energia térmica. Os tipos mais utilizados no Brasil são: 
2.3.1 – Unidade (Termelétrica) a combustão interna – Unidade termelé-
trica cujo motor primário é um motor de combustão interna 
2.3.2 - Unidade (Termelétrica) a gás – Unidade termelétrica cujo motor 
primário é uma turbina a gás. 
2.3.3 - Unidade (Termelétrica) a turbina - Unidade termelétrica cujo mo-
tor primário é uma turbina a vapor. 
2.3.4 – Usina Nuclear – Usina termelétrica que utiliza a reação nuclear 
como fonte térmica. 
Assim como as hidrelétricas, as usinas termelétricas a carvão mineral, 
óleo combustível, gás natural ou as nucleares são classificadas como fon-
tes de energia elétrica convencionais. Em ambos os casos são utilizados 
geradores do tipo síncrono e a operação ocorre em frequência nominal 
de 60Hz, que é a usada nos sistemas elétricos brasileiros. Já no caso da 
geração nuclear, as usinas ficam localizadas o mais próximo possível dos 
locais de consumo. Isso é feito para reduzir os gastos com transmissão e 
de acordo com normas de segurança e preservação ambiental. 
Além das fontes de energia elétrica já citadas, há diversas formas alterna-
tivas de energia como solar fotovoltaica, usinas eólicas, usinas que usam 
NR10 - Sep Avançado
queima de biomassa (madeira, cana-de-açúcar, por exemplo) e outras 
fontes menos usuais, como as que utilizam a força das marés.
No Brasil, estão sendo desenvolvidos estudos para verificar as possibi-
lidades técnicas e os custos de produção de energia na Amazônia e a 
transmissão dela para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, situa-
das a mais de 2000 quilômetros. 
A seguir, você vai aprender mais sobre a transmissão de energia elétrica. 
Confira.
Transmissão 
A transmissão pode também ser definida como o transporte de energia 
elétrica de acordo com o valor nominal de tensão entre a subestação ele-
vadora de uma usina elétrica e a subestação abaixadora em que se inicia 
a subtransmissão. Nessa fase, o sistema de distribuição é alimentado e 
fornece energia elétrica a um grande consumidor.
Esse processo de transmissão também pode ser realizado entre as subes-
tações que fazem a interligação dos sistemas elétricos de dois concessio-
nários, ou áreas diferentes do sistema de um mesmo concessionário.
No Brasil, as tensões de transmissão mais comuns em corrente alternada 
variam entre 138 KV e 765 KV, incluindo nesse intervalo tensões de 230 
KV, 345 KV, 440 KV e 500 KV. As redes que possuem tensões nominais 
iguais ou maiores que 230 KV formam uma rede básica de transmissão. 
Já os sistemas de subtransmissão apresentam níveis mais baixos, como 
34,5 KV, 69 KV ou 88 KV e 138 KV e alimentam subestações de distribui-
ção. Geralmente, esses sistemas operam com tensões menores que as 
dos sistemas de transmissão, porém, não é raro operarem com mesma 
tensão que eles. 
Os sistemas de subtransmissão nascem nos barramentos das subesta-
ções regionais e terminam nas subestações abaixadoras locais. Das re-
gionais, geralmente, saem diversas linhas de transmissão que apresen-
tam caminhos diversos. 
Um único sistema pode apresentar dois ou mais níveis de tensões de 
subtransmissão, além de um subnível de subtransmissão. 
No Brasil existe um sistema que opera em corrente contínua, o Sistema 
de Itaipu, com nível de tensão de ± 600 kVDC .
No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de 
potência é constituído basicamente pelos geradores, estações de eleva-
ção de tensão, linhas de transmissão, estações seccionadoras e estações 
transformadoras abaixadoras. 
Na transmissão em corrente contínua a estrutura é essencialmente a 
mesma, diferindo apenas pela presença das estações conversoras junto à 
13
NR10 - Sep Avançado
14
subestação elevadora (para retificação da corrente) e junto à subestação 
abaixadora (para inversão da corrente) e ainda pela ausência de subesta-
ções intermediárias abaixadoras ou de seccionamento. 
As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior 
ao de linhas em corrente alternada, enquanto que as estações conver-
soras apresentam custo elevado. Portanto, a transmissão em corrente 
contínua apresenta-se vantajosa na interligação de sistemas com frequ-
ências diferentes ou para transmissão de energia a grandes distâncias. 
Sob o ponto de vista físico e elétrico, as linhas de transmissão e de subtrans-
missão se confundeme os métodos de cálculo são os mesmos. Em algumas 
empresas as linhas de subtransmissão ficam sujeitas aos seus departamen-
tos de distribuição, que as planejam, projetam, constroem e operam. Em 
outras empresas elas estão a cargo dos departamentos encarregados das 
linhas e subestações. É uma opção de organização administrativa. 
Para efeito didático, extraímos algumas definições da NBR 5460, as quais 
transpomos abaixo: 
3.1 – Subtransmissão – Transmissão de energia elétrica entre uma subes-
tação abaixadora de um sistema de transmissão e uma ou mais subesta-
ções de distribuição. 
3.2 – Subestação – Parte de um sistema de potência concentrada em um 
dado local, compreendendo primordialmente as extremidades de linhas 
de transmissão e/ou de distribuição, com os respectivos dispositivos de 
manobra, controle e proteção, incluindo as manobras civis e estruturas 
de montagem, podendo incluir também, transformadores, equipamen-
tos conversores e outros equipamentos. Podemos citar dentre os tipos 
de subestação: 
3.2.1- Subestação Elevadora – Subestação transformadora na qual a ten-
são de saída é maior que a tensão de entrada. 
3.2.2- Subestação Abaixadora – Subestação transformadora na qual a 
tensão de saída é menor que a tensão de entrada. 
3.2.3 – Subestação de Manobra (chaveamento) – Subestação cuja fina-
lidade principal é modificar a configuração de um sistema elétrico, me-
diante modificação das interligações de linhas de transmissão. 
3.2.4 – Subestação telecontrolada (desassistida) – Subestação não-aten-
dida cuja operação é controlada à distância.
3.3 – Linhas – Conjunto de condutores, isoladores e acessórios, destinado 
a transportar energia elétrica entre dois pontos de um sistema elétrico. 
Compõem-se basicamente de três partes principais: 
a) Estruturas (ou suportes) e acessórios; 
b) Cadeias de isoladores e acessórios, 
c) Cabos condutores e acessórios. 
NR10 - Sep Avançado
Protegendo este conjunto, encontramos a malha ou dispositivo de ater-
ramento, composto de cabos pararraios, fios terra e contrapeso. 
Em resumo, sob o ponto de vista funcional e operacional, podemos dizer 
que a estrutura de um sistema elétrico pode ser dividida em várias subes-
truturas baseadas nos seus diversos níveis de tensão: geração, transmis-
são, subtransmissão e distribuição (primária e secundária), sendo essa 
última objeto de nosso estudo no próximo item. 
À medida que a demanda de energia aumenta, mais fontes necessitam 
serem exploradas e novas linhas de transmissão necessitam serem cons-
truídas para conectar essas novas estações geradoras aos novos pontos 
de distribuição e também às estações já existentes, surgindo assim a in-
terligação de sistemas. 
Essas interligações podem propiciar um melhor aproveitamento das dis-
ponibilidades energéticas de regiões com disponibilidades energéticas 
com características distintas. São economicamente vantajosas e aumen-
tam a confiabilidade do suprimento às cargas, embora implique numa 
maior complexidade de operação do sistema. Um exemplo é a interliga-
ção dos sistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul do Brasil, que apresentam 
sensíveis diferenças de hidraulicidade de seus rios, uma vez que os perío-
dos chuvosos não são coincidentes nas várias bacias hidrográficas. 
Distribuição 
Por definição, “é a transferência de energia elétrica para os consumidores, 
a partir dos pontos em que se considera terminada a transmissão (ou 
subtransmissão), até a medição de energia, inclusive”. 
Os principais componentes do sistema elétrico de distribuição são: 
• Redes primárias; 
• Redes secundárias; 
• Ramais de serviço e entrada; 
• Medidores; 
• Transformadores de distribuição,
• Capacitores e reguladores de rede.
As linhas de transmissão e de subtransmissão convergem para as esta-
ções de distribuição, que são uma subestação rebaixadora que alimenta 
um sistema de distribuição, onde a tensão é abaixada, usualmente, para 
o nível de 13,8 kV. 
Dessas subestações originam-se alguns alimentadores que se interligam 
aos transformadores de distribuição da concessionária ou a de consumi-
dores em tensão primária. 
15
NR10 - Sep Avançado
16
Define-se Sistema (de distribuição) Primário, como sendo o conjunto dos 
alimentadores de um dado sistema de distribuição, incluindo os primários 
dos transformadores de distribuição pertinentes. São linhas de tensões 
suficientemente baixas para ocuparem vias públicas e suficientemente 
elevadas para assegurarem uma boa regulação, mesmo para potências 
razoáveis. Às vezes desempenham o papel de linha de subtransmissão 
em pontas de sistemas. 
Consumidores cuja carga instalada seja superior a 75 kW serão atendidos 
em tensão primária, tensão nominal de média ou alta tensão, dependen-
do de sua demanda. 
Dentre os outros níveis de tensão primária de distribuição ainda encontra-
dos no Brasil podemos citar: 2,3 kV; 3,8 kV ; 6,6 kV; 11,9 kV; 23 kV; 34,5 kV. 
A energia em tensão primária de distribuição é entregue a um grande nú-
mero de consumidores tais como indústrias, centros comerciais, grandes 
hospitais, entre outros. Os alimentadores primários suprem um grande nú-
mero de transformadores de distribuição que abaixam o nível para a tensão 
secundária para o uso doméstico e pequenos consumidores comerciais.
Quanto ao nível de tensão de distribuição dos sistemas secundários, 
observam-se os seguintes valores nominais mais frequentes: sistema de 
220/127 volts (entre fases e entre fase e neutro) e o sistema de 380/220 
volts, deriváveis de sistemas trifásicos com neutro, e o sistema de 220/110 
volts derivável de sistemas monofásicos. Esses sistemas incluem os se-
cundários dos transformadores de distribuição pertinentes e os ramais 
de ligação dos consumidores. Operam com as tensões mais baixas do 
sistema e em geral seu comprimento não excede de 200 a 300 m. 
O Centro de Operação da Distribuição – COD - é o órgão destinado a 
supervisionar e coordenar as atividades operativas do sistema de distri-
buição. Sua filosofia básica é a de centralização do comando operativo 
da rede elétrica em um só órgão e local e visa a proporcionar: 
• Adequado atendimento aos consumidores.
• Controle e análise das interrupções, visando minimizá-las.
• Manutenção da configuração planejada.
• Melhores condições operativas, diminuindo os riscos.
• Dinamização e controle das manutenções. 
Atualmente, o mercado de distribuição de energia elétrica atende cerca 
de 47 milhões de unidades consumidoras, das quais 85% são consumi-
dores residenciais, em mais de 99% dos municípios brasileiros. Ao longo 
dos últimos 20 anos o consumo de energia elétrica apresentou índices 
de expansão elevados, devido à expressiva participação das classes de 
consumo residencial, comercial e rural, enquanto o segmento industrial 
teve participação menor. 
NR10 - Sep Avançado
Aspectos sobre a operação de sistemas elétricos 
Tanto os grandes motores industriais quanto os equipamentos eletro-
domésticos, são projetados e construídos para trabalharem dentro de 
certas faixas de tensão e frequência, fora das quais podem apresentar 
funcionamentos não satisfatórios ou até mesmo se danificarem. 
Essas exigências básicas impõem à operação dos sistemas elétricos um ade-
quado controle da tensão e da frequência na rede, a qual está sujeita às mais 
variadas solicitações de carga, que variam ano a ano, mês a mês e, o mais im-
portante, podendo variar muito durante um único dia, devido, por exemplo, 
à demanda nos horários de pico, quando comparada com a da madrugada. 
Como não é possível armazenar energia elétrica comercialmente, deve ser 
produzida, a cada instante, na medida da demanda requerida.
Além das variações de carga previstas, há também as de natureza alea-
tória, tais como a conexão e desconexão de cargas por manutenção ou 
defeito de instalações da planta industrial ou comercial, que ocasionam 
alterações pequenas, em geral, na frequência e tensão da rede. Defei-
tos na rede que provocam o desligamento de linhas, geradores, grandes 
blocosde carga ou de interligações entre sistemas, podem ocasionar os-
cilações ou variações mais significativas, as quais os equipamentos de 
controle procuram minimizar. 
A frequência é controlada automaticamente nos próprios geradores 
através dos reguladores de velocidade, equipamentos que injetam mais 
ou menos água, vapor ou gás nas turbinas que acionam os geradores, 
dependendo do aumento ou diminuição da demanda. 
O controle da tensão pode ser feito remotamente nas usinas, através dos 
reguladores automáticos de tensão, podendo também ser efetuado em 
nível de transmissão, de subtransmissão e de distribuição. De um modo 
geral, o controle junto à carga é bem mais efetivo, uma vez que o contro-
le remoto pode não ser suficiente. O controle é feito automaticamente 
por meio de transformadores com controle de TAP por compensadores 
síncronos ou compensadores de reativos estáticos e, manualmente, por 
meio de conexão ou desconexão de bancos de capacitores e/ou reatores 
em derivação.
Além dos aspectos ligados ao controle de tensão e da carga/frequência 
na operação das redes interligadas, existe o problema de como distri-
buir as cargas entre as diversas usinas do sistema, nas diversas situações 
de demanda. À alocação dessa geração dá-se o nome de despacho da 
geração, de cujo estabelecimento depende muito a operação racional e 
eficaz do sistema como um todo. 
É interessante ressaltar também que existem sistemas automáticos de 
supervisão e controle ou de despacho automático. O controle é feito por 
algoritmos de simulação/decisão em computador, com dados monitora-
dos continuamente sobre o carregamento das linhas de transmissão, as 
gerações das diversas usinas e o estado da rede de transmissão.
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NR10 - Sep Avançado
18
NR10 - Sep Avançado
Conforme a Norma Regulamentadora 10 (NR 10), os profissionais que 
realizam intervenções, execuções, manutenções ou operações em ativi-
dades de natureza elétrica devem ser capacitados em cursos regulares 
específicos para esse trabalho. A qualificação dessas pessoas é certifica-
da pela conclusão de cursos “elé” que, segundo o Conselho Federal de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), inclui as modalidades de 
eletrotécnica, eletrônica e telecomunicações. Essa especialização deve 
também ser reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e 
ter currículo específico e que comprove aprovação em exames e avalia-
ção preestabelecidos. 
São considerados capacitados profissionais de nível superior e médio 
com profissões regulamentadas - engenheiros, técnicos e tecnólogos - 
além de pessoas que concluíram cursos profissionalizantes e adquiriram 
conhecimento para atuar profissionalmente, como os eletricistas monta-
dores, eletricistas de manutenção, entre outros.
A habilitação para todos os profissionais dessa área deve ser emitida pelo 
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) baseada 
na Lei n.º 5.194/66, que regula o exercício das profissões de engenheiro, ar-
quiteto e engenheiro-agrônomo e na Lei n.º 5.524/68, que normaliza as atri-
buições dos técnicos industriais de nível médio em diversas modalidades.
É considerado capacitado um trabalhador que, mesmo não tendo reali-
zado cursos, desenvolveu habilidades para realizar atividades específicas. 
Esses profissionais devem ser orientados por outros devidamente habi-
litados e que possuam autorização para capacitar. Eles serão também os 
responsáveis por limitar o trabalho dos capacitados. 
O termo autorizado é usado para designar os trabalhadores qualificados 
ou capacitados e os profissionais habilitados com aprovação formal da 
empresa. É importante ressaltar que a autorização é um processo adminis-
trativo, por meio do qual a empresa declara oficial e formalmente a apro-
vação, que autoriza o profissional a operar em suas instalações elétricas. 
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Qualificação, habilitação, capacitação e 
autorização
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
NR10 - Sep Avançado
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O esquema a seguir irá ajudá-lo a entender como funcionam as questões 
apresentadas até agora. Confira:
É responsabilidade da empresa desenvolver um sistema de identifica-
ção, como crachás, para possibilitar o reconhecimento da abrangência 
da autorização que cada profissional possui, de acordo com seu nível de 
conhecimento. 
Além da identificação, os trabalhadores que têm autorização para atuar 
em instalações elétricas devem ter essa informação registrada na em-
presa. Esse trabalho também demanda que o profissional se submeta 
a exames para atestar condições de saúde compatíveis com a atividade. 
Esses dados também devem ser registrados em seu prontuário médico, 
conforme estabelece a NR 7.
Instruções da Organização Mundial da Saúde (OMS) salientam a impor-
tância de a autorização dos profissionais que irão desempenhar funções 
com envolvimento de eletricidade ser feita por médico do trabalho, que 
deve usar um protocolo específico.
FORMAÇÃO
SISTEMA OFICIAL DE ENSINO NA EMPRESA
CAPACITAÇÃO ESPECÍFICA
DIRIGIDA E SOB
RESPONSÁBILIDADE DE UM
PROFISSIONAL HABILITADO
AUTORIZADO
QUALIFICAÇÃO
PROFISSÃO OCUPAÇÃO
REGISTRO
NO
CONSELHO
HABILITADO CAPACITADO NÃO ELETRICISTAS
PALESTA / BRIEFINE DE 
SEGURANÇA PARA
TRABALHADORES NA
PROXIMIDADE DE INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS
TREINAMENTO DE SEGURANÇA (40H)
SEGURNAÇA COM ELETRICIDADE RISCOS ELÉTRICOS E ADICIONAIS
PRIMEIRO SOCORROS
COMBATE A INCÊNDIO
PROCEDIMENTO E RESPONSÁBILIDADE
AUTORIZADO
(INSTALACÕES BT / NÃO SEP)
CAPACITADO - TRABALHO SOB RESPONSÁBILIDADE DE HABILITADO
AUTORIZADO
TREINAMENTO COMPLEMENTAR EM
SEGURNAÇA NA ALTA
 
TENSÃO /
SEP E EM SUAS PROXIMIDADES
TREINAMENTO EM INSTALAÇÕES E
EQUIPAMENTOS PARA AMBIENTES
COMATMOSFERAS EXPLOSIVAS
POR EXEMPLOS, PINTURA / LIMPEZA DE
SUBESTAÇÕES
INSTALAÇÕES AI / SEP E NAS
SLAS PROXIMIDADES OU
SIMILARES
(PARA TRABALHOS EMÁREAS
CLASSIFICADAS MEDIANTE PT)
TREINADOAUTORIZADO
INSTRUÍDO
NR10 - Sep Avançado
Esses trabalhadores precisam ainda passar por treinamentos específicos 
a respeito dos riscos que a atividade com energia elétrica apresenta. A 
NR 10 estabelece conteúdos mínimos para os módulos básico e com-
plementar desse curso. A empresa concederá autorização somente aos 
profissionais que tenham participado da capacitação e apresentaram 
aproveitamento satisfatório.
Além do curso, a norma também recomenda treinamentos de recicla-
gem a cada dois meses, com conteúdo de acordo com as necessidades 
identificadas por cada organização durante esse período e sempre que 
ocorrer alguma das situações a seguir: 
- Troca de função ou mudança de empresa: As alterações podem ser 
no local de trabalho e, consequentemente, mudança em relação à expo-
sição a riscos elétricos. No caso específico de mudança de empresa, é o 
empregador que deve recomendar ou não que o trabalhador realize o 
curso sob sua coordenação ou se responsabilize pelo treinamento reali-
zado pelo profissional na antiga empresa.
- Retorno ao trabalho após afastamento ou inatividade por período 
superior a três meses: Essa reciclagem é feita para relembrar ao profis-
sional conceitos e práticas relacionadas à prevenção de riscos envolvidos 
no trabalho com eletricidade.
- Modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de 
métodos, processos e organização do trabalho: É um aperfeiçoamen-
to essencial, especialmente quando há alterações nas instalações, inclu-
são de novos equipamentos e métodos de trabalho.
É importante ressaltar ainda dois aspectos normativos essenciais. O pri-
meiro define que as atividades em áreas classificadas sejam previamen-
te autorizadas e os profissionais recebam treinamento adequado. Essa 
recomendação é feita pelo fato de essas áreas estarem sujeitas à ocor-
rência de atmosferas explosivas e, por isso, apresentam restrições para o 
trabalho com eletricidade. 
Outra recomendação, é que os profissionais que não atuem diretamente 
com eletricidade recebam instruções formais sobre essas atividades para 
que desenvolvam capacidade de identificar e avaliar possíveis riscose to-
mar medidas adequadas, em caso de acidentes. É o caso, por exemplo, de 
profissionais que realizam serviços de limpeza, pintura e manutenção. 
Nesta unidade você conheceu os requisitos básicos necessários para 
um profissional atuar em atividades que envolvam eletricidade. Você vai 
ampliar ainda mais seus conhecimentos no próximo capítulo em que o 
conteúdo abordado será a sinalização de segurança usada nas áreas de 
trabalho com energia elétrica.
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NR10 - Sep Avançado
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NR10 - Sep Avançado
Para trabalhar em locais que apresentem riscos de acidentes, é necessá-
rio conhecer as sinalizações padrão aplicadas durante os processos. Sina-
lizar equipamentos, delimitar a área de trabalho e disponibilizar um cor-
redor de acesso a ela são algumas das medidas essenciais para garantir a 
segurança dos profissionais envolvidos na atividade e de outras pessoas 
que possam vir a ser atingidas por eventuais acidentes.
Equipamentos energizados, que permanecem fechados com chave e ca-
deado, também devem ser sinalizados com bandeiras ou fitas. Isso pos-
sibilita a identificação dos riscos, proibições de acesso, cuidados a serem 
tomados e a identificação dos circuitos. 
Nesta unidade, você vai conferir alguns exemplos de sinalização e de 
equipamentos de proteção.
Sinalização
As sinalizações aplicadas em ambientes que apresentam risco elétrico e 
seus respectivos significados devem ser identificados por todos os pro-
fissionais da área, mesmo os que não estejam diretamente envolvidos 
com o risco. Conheça algumas delas a seguir.
Alta tensão
Sinalização que adverte os trabalhadores sobre o risco de choque elétri-
co, no caso de ultrapassar as áreas demarcadas. 
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Sinalização de segurança
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
PERIGO DE
MORTE
ALTA
 
TENSÃO
NR10 - Sep Avançado
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Restrições e impedimentos de acesso
Alerta sobre exposição a perigos ao entrar na área.
Identificação de circuitos elétricos
Indica a presença de circuitos elétricos.
Equipamentos de travamento
Usado para bloquear dispositivos e sistemas de manobra e comandos.
CUIDADOALTA
TENSÃO
88KV
LTA
LES NOR
NR10 - Sep Avançado
Delimitações de áreas
Restringe a entrada de trabalhadores a locais específicos. 
Sinalização de áreas
Aplicada em áreas de circulação de pessoas, como vias públicas e ao re-
dor de veículos e de cargas que estejam sendo movimentadas.
Sinalização de painéis
É uma bandeira imantada ou outro elemento similar que demonstra o 
bloqueio de operação do equipamento. 
Sinalização de dispositivos de seccionamento
Os dispositivos de seccionamento usados em manobras de impedimen-
to devem ser identificados com bandeiras aplicadas no mecanismo e 
no comando de acionamento e, também, terem suas partes mecânicas 
e elétricas bloqueadas. Os disjuntores desativados durante as ações de 
impedimento também devem ter seus comandos de acionamento, loca-
lizados no painel, sinalizados e ter o comando elétrico bloqueado.
As sinalizações acima do nível do solo podem ser feitas somente depois 
de realizado o aterramento temporário. 
25
NR10 - Sep Avançado
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Sinalização de manoplas
Bandeiras de cor laranja devem ser utilizadas para sinalizar todos os va-
rões dos dispositivos de seccionamento, além dos disjuntores do barra-
mento. Esses dispositivos precisam também ser mecanicamente bloque-
ados durante o processo de impedimento. 
 
Sinalização de áreas com obras civis
Uma fita refletiva apoiada em cones, cavaletes ou estruturas adjacentes 
é utilizada para sinalizar as áreas em que estão sendo feitas obras. Locais 
abertos e tampões de caixas subterrâneas precisam também ser identifi-
cados com cones ou grades não-metálicas. Em todos os casos, é necessá-
rio deixar livre um corredor de acesso para permitir a passagem. 
Sinalização de subestações transformadoras portáteis 
ou de transformadores móveis
Durante o trabalho nesses locais, as áreas devem ser demarcadas com fi-
tas refletivas fixadas nas estruturas ou apoiadas em cones, posicionados 
a uma distância de segurança.
 
Outros dispositivos
Outros dispositivos de segurança importantes são invólucros, obstáculos 
e barreiras. Conheça-os a seguir.
 
Invólucros: Envolvem partes energizadas para impedir contato com par-
tes internas.
Obstáculos: Têm a função de impedir o contato acidental, mas não impe-
dem o contato direto por ação deliberada.
Barreiras: Impedem contato com partes energizadas das instalações elétricas.
Agora que já conhece as sinalizações de segurança, você vai estudar os 
equipamentos de proteção. 
PERIGO DE
MORTE
ALTA
 
TENSÃO
NR10 - Sep Avançado
Equipamentos de segurança
O trabalho com eletricidade demanda a utilização de equipamentos de 
proteção individual (EPI) e coletiva (EPC), que protegem o trabalhador de 
acidentes e identificam riscos ao grupo de profissionais, respectivamen-
te. A seguir, você vai conferir alguns exemplos desses equipamentos. 
 
EPI
Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção 
coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os 
riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual (EPI) 
específicos e adequados para cada atividade desenvolvida. Essa medida 
é normatizada pela Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho 
e Emprego, a NR 6.
As roupas para o trabalho também precisam ser, obrigatoriamente, ade-
quadas às atividades. O desenvolvimento delas deve levar em conta fa-
tores como condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagné-
ticas. Acessórios de uso pessoal, como relógios, brincos, anéis e outros, 
são proibidos em trabalhos em instalações elétricas ou próximos a elas, 
pois eles facilitam a condução da energia.
Todos os equipamentos de proteção individual têm que possuir um Cer-
tificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Em-
prego. A limpeza e a acomodação desses equipamentos também devem 
ser realizadas de acordo com procedimentos específicos. O uso desses 
aparelhos é recomendado nas seguintes situações:
- Quando não é possível eliminar o risco por outros meios.
- Se houver necessidade de complementar a proteção coletiva.
- Quando forem realizados trabalhos eventuais e que apresentem exposição 
de curta duração, cujo controle na fonte ainda não tenha sido estudado.
 
Confira a seguir alguns exemplos de EPI.
Vestimenta condutiva para serviços ao potencial
São roupas que têm a função de proteger o trabalhador contra efeitos 
do campo elétrico criado em serviços realizados em linha viva. Faz parte 
desse conjunto um macacão feito com tecido aluminizado, luvas, gor-
ro e galochas feitas com o mesmo material, além de uma malha flexível 
acoplada a um bastão de grampo de pressão, que deve ser conectado 
à instalação e manterá o eletricista na mesma tensão que a tensão da 
instalação em todos os pontos. É recomendado o uso da vestimenta em 
serviços com tensões iguais ou superiores a 66 kV.
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NR10 - Sep Avançado
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Luvas
As luvas são classificadas de acordo com o nível de tensão de trabalho e 
de teste, conforme tabela a seguir:
 Classe Tensão de Ensaio Tensão em Uso
00 2.500 v 500 v
0 5.000 v 1.000 v
1 10.000 v 7.500
2 20.000 v 17.000 v
3 30.000 v 28.500 v
4 40.000 v 38.000 v
Mangas de segurança isolantes para proteção dos braços e antebraços 
contra choques elétricos
Protegem os braços e antebraços de contato com instalações ou partes 
energizadas. As mangas apresentam, normalmente, nível de isolamento 
de até 20 kV e estão disponíveis em vários tamanhos. Elas possuem alças 
e botões que as unem nas costas e devem ser usadas em conjunto com 
luvas isolantes. Antes do uso, elas devem ser vistoriadas e periodicamen-
te ensaiadas em relação ao seu isolamento. 
Capacetes isolantes de segurança
É um dispositivo usado para proteger os profissionais contra quedas de obje-
tos e contatos acidentais com as partes energizadas da instalação. O capacete 
para uso em serviços com eletricidade deve ser classe B, ou seja, passar por 
testes de rigidezdielétrica a 30 kV e apresentar, preferencialmente, aba total.
LUVAS DE
PROTEÇÃO
LUVAS ISOLANTES
P/ AT E BT
INFLADOR DE
LUVAS
BOLSA EM LINA
PARA GUARDAR
LUVA ISOLANTE
NR10 - Sep Avançado
 Óculos de segurança
Tem a função de proteger os olhos contra elementos que venham a pre-
judicar a visão, como descargas elétricas.
Máscara e respiradores
Equipamento destinado à utilização em áreas confinadas e sujeitas à 
emissão de gases e poeiras. 
Creme protetor solar
Para trabalhos externos com exposição solar deve ser usado creme pro-
tetor na face e em outras partes expostas. O objetivo do uso do protetor 
é proteger o trabalhador da radiação solar.
Calçados 
Também conhecidos como botinas sem biqueira de aço. Esses equipa-
mentos têm a função de minimizar consequências de contatos com par-
tes energizadas, selecionadas de acordo com o nível de tensão, de isola-
ção e de aplicabilidade.
29
NR10 - Sep Avançado
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Perneiras de segurança isolantes para proteção da perna 
contra choques elétricos
São elementos usados para proteger as pernas e coxas dos profissionais 
de contato com instalações ou partes energizadas. As perneiras normal-
mente apresentam um nível de isolamento de até 20 kV e estão dispo-
níveis em vários tamanhos. Devem ser usadas em conjunto com calçado 
apropriado para trabalhos elétricos. Antes do uso devem ser vistoriadas 
e ter seu isolamento checado. 
É um dispositivo que tem a função de proteger os profissionais contra 
quedas. A aplicação dele é obrigatória em operações realizadas a alturas 
maiores que dois metros. Os cinturões de segurança podem ser: abdo-
minais ou de três pontos (paraquedista), que é o mais recomendado. Os 
equipamentos devem ser usados com trava quedas instalados em cabos 
de aço ou cabo flexível fixados a estruturas que serão escaladas.
Protetor auricular
Esses dispositivos têm a função de reduzir as consequências de ruídos que 
possam vir a prejudicar a audição dos profissionais. No caso de trabalho 
com eletricidade, os protetores não devem possuir elementos metálicos.
CINTO DE SEGURANÇA
ABDOMINAL
TRAVA QUEDAS PARA
CABE DE AÇO
CINTO DE SEGURANÇA
TIPO PÁRA-QUEDISTA
PROTETOR AURICULAR
TIPO CONCHA
PROTETOR AURICULAR
DESCARTÁVEL
NR10 - Sep Avançado
Legislação específica para EPIs
A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, apresenta artigos específicos 
sobre os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs). Confira:
Artigo 166 – A empresa é obrigada a fornecer aos empregados gratuita-
mente Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado ao risco e em 
perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medi-
das de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de 
acidentes e danos à saúde dos empregados.
Cinturão de segurança
Artigo 167 – O Equipamento de Proteção Individual (EPI), só poderá ser 
posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação 
do Ministério do Trabalho.
A Norma Regulamentadora nº 6, ao tratar dos equipamentos de prote-
ção individual estabelece as obrigações do empregador:
a) Adquirir o Equipamento de Proteção Individual(EPI) adequado ao risco 
de cada atividade.
b) Exigir seu uso.
c) Fornecer ao trabalhador somente o equipamento aprovado pelo órgão 
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e 
conservação.
e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.
f ) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.
g) Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) qualquer irre-
gularidade observada.
Quanto ao Equipamento de Proteção Individual (EPI) o empregado deverá:
a) Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina.
b) Responsabilizar-se por sua guarda e conservação.
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio 
para uso.
O artigo 158 constitui ato faltoso do empregado a recusa do uso do Equi-
pamento de Proteção Individual (EPI).
Além dessas obrigações legais, há outra que determina que os Equipa-
mentos de Proteção Individual (EPI) devem ser inspecionados antes da 
utilização. Em caso de dúvidas em relação à sua integridade, é necessário 
consultar suas especificações técnicas ou o responsável pela área de se-
gurança da empresa.
Os equipamentos de proteção coletiva serão abordados a seguir. Confira. 
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NR10 - Sep Avançado
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EPC
Os profissionais e pessoas autorizadas a trabalhar em instalações elétri-
cas devem possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do 
emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de 
acidentes em instalações elétricas.
Um treinamento de reciclagem bienal sobre o uso dos equipamentos tam-
bém é recomendado, conforme você já aprendeu em unidades anteriores. 
Em todas as operações realizadas em instalações elétricas é necessário 
prever as medidas de proteção coletiva para garantir a segurança e a saú-
de dos trabalhadores, que incluem prioritariamente a desenergização 
elétrica e, se ela não for possível, deve ser aplicada tensão de segurança, 
conforme estabelece a NR-10.
O objetivo desses procedimentos é proteger os profissionais envolvidos 
nas atividades de risco e os outros trabalhadores que atuem em áreas 
próximas à eletricidade. 
Confira a seguir alguns exemplos de equipamentos e sistemas de prote-
ção coletiva usados nas instalações elétricas.
Conjunto de aterramento
Equipamento destinado à execução de aterramento temporário, visando 
a evitar os efeitos da ocorrência de sobretensões. 
GRAMPOS DE CONEXÃO A LINHA
VARA PARA
CONEXÃO DOS
GRAMPOS
GRAMPO DE CONEXÃO A TERRA
Conjunto para aterramento provisório
NR10 - Sep Avançado
Tapete de borracha isolante
É um dispositivo aplicado em subestações para isolar o chão de contatos 
indiretos, minimizando, dessa forma, as consequências de eventuais fa-
lhas na isolação dos equipamentos.
Placas de sinalização
A função das placas de sinalização é demonstrar perigos e situações dos 
equipamentos - equipamentos energizados; não manobre este equipa-
mento; sobre carga, entre outras. O objetivo desses objetos é proteger 
profissionais que atuem no circuito e demais pessoas.
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TAPETE DE BORRACHA
FALHA DE ISOLAÇÃO
CIRCUITO
EQUIVALENTE
IF
IA IC
RT
RA
RT
IF = CORRENTE TOTAL DE FALTA
IA = CORRENTE DE FALTA FLUINDO
DO ATERRAMENTO
Ic = CORRENTE DE FALTA FLUINDO
PELO E TAPETE
Rc = RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO
RC RESISTÊNCIA DO CORPO
RT = RESISTÊNCIA DO TAPETE
PERIGO
DE MORTE
ALTA TENSÃO
ESTA CHAVE
NÃO DEVERÁ
SER MANOBRADA
EM CARGA
PERIGO
NÃO OPERE
ESTA CHAVE
BANDEROLA COM BASTÃO
PLACAS DE SINALIZAÇÃO
NR10 - Sep Avançado
34
Cones e bandeiras de sinalização
Anteparos destinados a isolar área onde esteja sendo realizada uma 
intervenção.
Fita zebrada para sinalização
É um tipo de fita plástica colorida, com listas amarelas e pretas interca-
ladas, fabricada a partir de poliestireno. Geralmente, esse dispositivo é 
usado para sinalização, interdição, balizamento ou demarcação em geral 
por indústrias, construtoras, transportes, órgãos públicos ou empresas 
que realizam trabalhos externos.
Leves, resistentes, dobráveis e de fácil instalação, são fornecidas em rolo 
de 200 metros de comprimento e 70 mm de largura, podendo ser afixa-
das em cones e tripés.
Cone em PVC
São elementos usados para sinalizar, isolar, balizar ou interditar áreas de 
tráfico ou serviços com extrema rapidez e eficiência. Fabricados a partir 
de polietileno, PVC, ou borracha, os cones são altamente duráveis e resis-
tentes a intempéries e maus tratos.
NR10 - Sep Avançado
Correntes em sinalização ABS
Essas correntes são usadas para sinalização e isolamento. Fabricadas a par-
tir de plástico ABS de alta durabilidade, resistência mecânica e contra altas 
temperaturas, esse material é excelente para uso externo, pois não perde 
a cor ou descasca com a ação de intempéries e estão disponíveis em ta-
manhos pequenos e grandes, nas cores amarelo, preto ou mesclado.
As correntes de sinalização ABS são indicadaspara uso na construção 
civil, como decoração ou isolamento e sinalização de áreas em diversas 
aplicações como docas, ancoradouros, estacionamentos, rodovias, pedá-
gios, bancos, shopping centers, supermercados, entre outros.
Roteadores de máquinas
São anteparos usados para impedir contatos acidentais com partes ener-
gizadas ou partes móveis de equipamentos.
Protetores isolantes de borracha para Redes elétricas 
São anteparos que têm a função de proteger contra contatos acidentais 
em redes aéreas e aplicados em áreas onde estão sendo realizados traba-
lhos em redes energizadas ou perto delas.
Neste capítulo, você aprendeu a identificar as sinalizações aplicadas em 
locais que apresentam risco elétrico. A seguir, você irá estudar outro pro-
cedimento essencial para o controle do trabalho com energia elétrica 
que é a documentação. 
35
NR10 - Sep Avançado
36
NR10 - Sep Avançado
Antes da realização de quaisquer atividades em instalações elétricas, é 
necessária a expedição de documentos específicos, como a documenta-
ção técnica e o projeto elétrico. A seguir, você vai aprender os conceitos 
que envolvem cada um deles. 
Documentação técnica 
Essa documentação inclui conhecimentos e técnicas que devem ser dis-
ponibilizados para consulta ou análise durante ou após a execução dos 
projetos. Normalmente, os profissionais da construção civil desconhe-
cem a documentação das instalações elétricas, apesar de elas possuírem 
muitas informações essenciais.
Um projeto de engenharia elaborado de forma adequada deve contemplar 
muito mais que um conjunto de plantas. Conforme estabelecem as NBR 
5410 e 14039, é necessário haver, no mínimo, os seguintes documentos:
- Plantas.
- Esquemas unifilares e outros, quando aplicáveis. 
- Detalhes de montagem, quando necessários. 
- Memorial descritivo da instalação. 
- Especificação dos componentes, como descrição, características nomi-
nais e normas que devem atender. 
- Parâmetros de projeto, que incluem informações referentes aos parâ-
metros utilizados durante a concepção e o dimensionamento do projeto 
da instalação elétrica, necessários para permitir que qualquer profissio-
nal compreenda e avalie as decisões tomadas. Por exemplo: correntes 
de curto-circuito, queda de tensão, fatores de demanda e reserva con-
siderados, temperatura ambiente, classificação das influências externas, 
presença de harmônicas, critérios de proteção, temperatura ambiente, 
entre outros.
- Memorial de cálculo. 
- Lista de materiais. 
 
Além da apresentação dos documentos já mencionados, a NBR 5410 
aborda a necessidade de ser elaborado um manual do usuário, especial-
mente em unidades residenciais e pequenos centros comerciais em que 
37
Documentação de instalações elétricas
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
NR10 - Sep Avançado
38
a eletricidade seja manuseada por leigos. Esse manual deve contemplar 
pelo menos as seguintes informações:
- Esquemas dos quadros de distribuição com indicação dos circuitos e 
respectivas finalidades. Deve ser incluída também uma relação de pon-
tos alimentados, no caso de circuitos terminais.
- Potências máximas permitidas em cada circuito terminal disponível. 
- Potências máximas previstas nos circuitos terminais de reserva, se houver. 
- Recomendações para os dispositivos de proteção dos quadros não de-
vem ser substituídos por outros com características diferentes.
A seguir, você vai estudar o projeto elétrico.
Projeto elétrico 
Projeto é um conjunto de estudos e realizações desenvolvidas desde a 
concepção inicial até a materialização de uma ideia concretizada. Esse 
trabalho tem grande relevância técnica, pois inclui experiência e signifi-
cativa abrangência de conhecimentos normativos, físicos, matemáticos 
e da legislação e sua realização. Visa a proporcionar segurança, conforto 
e melhor custo e benefício para usuário e o empreendimento.
Há três classificações possíveis para o empreendimento, de acordo com 
a fase que se encontra, são elas:
- Projeto básico.
- Projeto executivo. 
- Projeto “as built” (conforme construído). 
Todas as cópias e documentos relacionados a cada uma dessas fases de-
vem ser armazenados e devidamente identificados pelo projetista. Isso 
garante segurança jurídica dos projetos.
A NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade) estabele-
ce algumas normas específicas a respeito da documentação das instala-
ções elétricas. Confira: 
10.2.3 - “As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares 
atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as 
especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dis-
positivos de proteção”. 
10.2.4 - “Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW de-
vem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, 
além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo: 
a) Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de 
segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das 
medidas de controle existentes. 
b) Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção 
contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos.
 c) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o 
ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR.
NR10 - Sep Avançado
d) Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacita-
ção, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados.
e) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamen-
tos de proteção individual e coletiva.
 f ) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classi-
ficadas. 
g) Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cro-
nogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. 
10.2.5 - “As empresas que operam em instalações ou equipamentos in-
tegrantes do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário 
com o conteúdo do item 12.2.4 e acrescentar ao prontuário os documen-
tos a seguir listados: 
a) Descrição dos procedimentos para emergências e
b) Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual. 
10.2.5.1 - As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Siste-
ma Elétrico de Potência devem constituir prontuário contemplando as 
alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item 12.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 12.2.5”. 
10.2.6 - O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e man-
tido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela 
empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvi-
dos nas instalações e serviços em eletricidade. 
10.2.7 - Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações 
Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado. 
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NR10 - Sep Avançado
Cada tipo de atividade realizada no setor elétrico demanda um procedi-
mento específico, que inclui instruções de segurança. Por esse motivo, é 
preciso que as empresas desenvolvam seus próprios manuais de proce-
dimentos com indicações claras e objetivas e com a descrição minuciosa 
de cada etapa do processo. É imprescindível que esses informativos se-
jam periodicamente atualizados e abordem a realidade que o profissio-
nal vive no trabalho. 
Entre os trabalhos com eletricidade que necessitam de procedimentos, 
estão:
- Atividades em alta tensão.
- Liberação de redes para serviço e para reenergização.
- Bloqueio de religador automático.
- Serviços de ligação, inspeção e corte de unidades de baixa tensão.
- Trabalhos em redes desenergizadas localizadas próximas a instalações 
com tensão.
- Troca de medidores em baixa tensão. 
- Poda de árvores em redes aéreas de alta e baixa tensão energizada.
- Manutenção do sistema de iluminação.
- Medições instantâneas e gráficas em subestações e instalações de baixa 
tensão.
- Lavagem de acessórios em redes energizadas.
- Manutenção em redes de alta e baixa tensão desenergizadas. 
- Atendimento emergencial em redes aéreas de média e baixa tensão 
energizada.- Trabalhos em rede de alta tensão energizada.
- Fiscalização de fraude e desvio de energia em unidades de consumo de 
baixa tensão. 
- Construção de redes de alta e baixa tensão.
- Análise, aprovação e comissionamento de projetos de automação. 
- Inspeções em redes de alta e baixa tensão. 
O conteúdo abordado no manual de cada empresa é específico, porém, é 
necessário que ele contenha, pelo menos, os itens citados a seguir:
Objetivo: Relaciona os procedimentos técnicos e de segurança para re-
alização de serviço no sistema elétrico, visando garantir a integridade do 
trabalhador.
Aplicação pessoal: Estabelece o público a quem se destina o manual, 
que pode ser contratada ou contratante. 
Aplicação de instalações: Indica se a rede elétrica é contratada, cliente, 
outra concessionária, entre outros.
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Procedimentos de trabalho
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
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Características da instalação: Descreve as especificidades da rede, que 
pode ser: alta ou baixa tensão, trifásica, monofásica, energizada e dese-
nergizada.
Avaliação do risco e requisito de segurança: Faz um levantamento a 
respeito da segurança, da execução dos serviços pela equipe e dos pro-
cedimentos necessários para execução das tarefas.
Distância de atuação: Relaciona as distâncias mínimas de segurança 
para realização dos trabalhos em eletricidade.
Recursos humanos: Descreve e quantifica a equipe que realizará o tra-
balho e relaciona a função de cada profissional, como chefe de turma, 
eletricista, ajudantes, motoristas.
 
Recursos materiais: Demonstra os recursos necessários para a execução 
do trabalho, como:
Equipamentos de proteção individual: capacete de segurança, luvas 
de borracha, luva de raspa, luva de vaqueta e luva de cobertura para luva 
de borracha, óculos de proteção, cinturão de segurança com talabarte, 
botina de segurança, entre outros. 
Equipamentos de proteção coletiva, de serviços e ferramentas: de-
tectores de tensão para baixa e alta tensão, alicate de corte universal iso-
lado, sacola para conduzir materiais, cones de sinalização, fitas, cordas ou 
correntes, estojo de primeiros socorros, placas de advertência, corda de 
manilha, escadas extensíveis - dupla ou singela -, caminhão com carro-
çaria longa ou equipado com escada extensível giratória isolada e rádio 
para comunicação. 
Recomendações sobre cuidados com os equipamentos: neste tópi-
co devem ser descritas as condições dos equipamentos, como higieni-
zação, lubrificação, testes mecânico e elétrico, uso de material anticor-
rosivo, entre outros.
Sequência de operações: Relacionam os procedimentos de execução 
por etapa, desde a chegada ao local e delimitação da área de serviço até 
a saída da equipe, após conclusão da tarefa. Neste item podem ser indi-
cadas a função de cada profissional em cada passo, os riscos envolvidos, 
as medidas de controle. É necessário ainda incluir, no manual de passos, 
desenhos, fotos, esquemas de cada etapa que será realizada.
 
Necessidade de comunicação integrada: aborda a necessidade pri-
mordial de haver comunicação entre contratada, contratante e centro de 
operações. As intervenções no sistema elétrico precisam ser previamen-
te solicitadas por escrito ao setor competente para serem autorizadas 
pelo centro de operações. 
A autorização dos serviços é o tema que você vai estudar a seguir.
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Pedido para Execução de Serviço (PES)
Sobre a autorização dos serviços, é preciso ainda ressaltar algumas ques-
tões. Atividades que não estejam no prazo de programação devem ter 
sua autorização solicitada à área que comanda o sistema ou instalação 
com justificativa escrita. Se liberado, o serviço fica sob responsabilidade 
do setor que o realizará.
Em caso de liberação de sistema ou instalação que demande manobras, 
é necessário levar em consideração os prazos mínimos estabelecidos. Já 
quando a intervenção no sistema ou a instalação elétrica envolver outras 
áreas ou empresas, ela deve ser desenvolvida de acordo com/conforme 
normas definidas em um acordo, que necessita do planejamento de to-
das as equipes que participam da realização dos serviços. 
O Pedido para Execução de Serviço (PES) é emitido para cada tipo de 
atividade a ser desenvolvida, caso sejam identificados impedimentos 
distintos. Se dois ou mais serviços possuírem o mesmo tipo de impedi-
mento, somente um PES deve ser feito sob a supervisão de um profissio-
nal responsável. 
Na situação em que um mesmo impedimento tiver dois ou mais respon-
sáveis, um PES deve ser solicitado para cada um, mesmo que eles façam 
parte da mesma área. 
Já quando a programação de impedimento apresentar alteração na confi-
guração do sistema ou instalação, um projeto atualizado tem que ser en-
caminhado. Se isso não for possível, o órgão que realizará o serviço deve 
elaborar um croqui com todos os elementos, de modo a garantir a identifi-
cação dos pontos de serviço e as modificações que vão ser promovidas. 
A seguir você vai estudar as etapas da programação. Confira.
Etapas da programação
A programação é feita em algumas etapas que serão descritas a seguir.
Elaboração da manobra programada
No programa de manobra devem constar as seguintes informações:
- Data, horário previsto para início e fim do serviço.
- Descrição sucinta da atividade.
- Nome do responsável pelo serviço.
- Dados dos clientes interrompidos, área ou linha de produção.
- Trecho elétrico a ser desligado, identificado por pontos significativos.
- Sequência das manobras necessárias para garantir a ausência de tensão 
no trecho do serviço e a segurança nas operações.
- Sequência de manobras para retorno à situação inicial.
- Divulgação do desligamento programado aos envolvidos.
- As áreas e clientes afetados pelo desligamento programado devem ser 
informados antes da data do desligamento.
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Aprovação do Pedido para Execução de Serviços (PES)
Depois de realizada a programação e elaborado o planejamento de exe-
cução do serviço, o setor responsável disponibilizará o PES no sistema, 
para que ele possa ser consultado por todos os órgãos envolvidos no 
processo. O chefe da área executante deve entregar uma via impressa 
do PES aprovado ao responsável pelo serviço, que deve disponibilizar o 
documento no local de trabalho. 
Procedimentos gerais
Se o responsável pelo serviço não possuir o PES e a Autorização para Exe-
cução de Serviços (AES), a área funcional responsável não permitirá execu-
ção do desligamento. Esse processo de desativação do equipamento está 
condicionado à solicitação direta do responsável pelo serviço ao setor res-
ponsável, que deve visitar o local em que serão executados os serviços.
Se for preciso substituir o responsável pelo trabalho, a área executante 
deve justificar a alteração e informar à responsável os dados do novo co-
mandante. 
Para cada PES deve ser gerada uma Ordem de Serviço (OS) ou um Pedido 
de Turma de Emergência (PTE). Depois de confirmar os dados do serviço 
com o responsável, as atividades são liberadas e serão comandadas pela 
área funcional, que coordenará o processo de retorno à configuração 
normal de operação, retirando toda a documentação vinculada à execu-
ção do serviço.
Para garantir a segurança das pessoas que participam das atividades, se 
houver mais de uma equipe trabalhando em um mesmo trecho, a nor-
malização somente poderá ser autorizada pela área funcional responsá-
vel, após a liberação do trecho por todos os responsáveis.
Nos casos em que os serviços não forem executados ou executados par-
cialmente, conforme a programação, o responsável pelo serviço deve 
comunicar à área funcional responsável. Isso é feito com o objetivo de 
adequar a base de dados e reprogramar os serviços.
Procedimentos para serviços de emergência
Os procedimentos de segurança para corrigir eventuais problemas são 
responsabilidade do órgão executante. O impedimento das atividades 
em caso de emergência deve ser solicitado ao setor funcional responsá-
vel com a informaçãodos seguintes dados:
- Motivo do impedimento.
- O nome do solicitante e do responsável pelo serviço.
- Descrição sucinta e localização das atividades a serem executadas.
- Tempo necessário para a execução das atividades.
- Elemento a ser impedido.
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A partir do recebimento dessas informações, a área funcional gera uma OS 
ou PTE e relata a ocorrência aos clientes afetados. Depois da realização de 
reparos e da liberação do sistema e das instalações elétricas pelo responsá-
vel, o serviço será reiniciado até voltar ao normal de operação, mediante a 
expedição de toda a documentação vinculada à execução do serviço.
O procedimento de liberação de serviços é o tema que você estudará a 
seguir.
Liberação para serviços
A liberação dos serviços é feita com o objetivo de definir os procedimen-
tos básicos que devem ser realizados durante a execução de trabalho 
nos circuitos e instalações elétricas desenergizadas. Esse processo tem, 
obrigatoriamente, que ser aplicado em todas as áreas que sejam direta 
ou indiretamente ligadas ao planejamento, programação, liberação, co-
ordenação e realização de serviços em sistemas ou instalações elétricas. 
Alguns conceitos básicos precisam ser conhecidos pelos profissionais 
que participam das atividades, são eles: 
Falha: Está relacionada à irregularidade total ou parcial de equipamentos 
e componentes da rede ou da instalação em que atuem ou não dispositi-
vos de proteção, supervisão ou sinalização. A ocorrência de falha impede 
que os dispositivos desempenhem suas tarefas previstas temporária ou 
permanentemente.
Defeito: O termo significa irregularidade de equipamento ou componen-
te do circuito elétrico que altera seu funcionamento adequado e pode 
provocar a inatividade. 
Interrupção programada: É o conceito que relaciona interrupção no for-
necimento de energia elétrica por um período determinado, programa-
do e com prévio aviso aos clientes envolvidos.
Interrupção não programada: Significa a interrupção no fornecimento de 
energia elétrica sem prévio aviso aos clientes.
Procedimentos
Alguns procedimentos gerais são necessários para a liberação dos equi-
pamentos ou circuitos dos quais deve ser obtido o maior número pos-
sível de informações que permitam a realização de um planejamento. 
Nesse plano deve constar uma estimativa do tempo de execução dos 
serviços, adequação dos materiais, previsão de ferramentas específicas e 
diversas, número de empregados.
A disposição das equipes é realizada de modo que permita a maior agilida-
de possível em caso de ser necessária a obtenção e o restabelecimento dos 
circuitos com a máxima segurança no menor tempo possível. Para isso, de-
vem ser consideradas questões como comprimento do circuito, dificulda-
de de acesso, período de chuvas, existência de cargas e clientes especiais.
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A definição e a liberação dos serviços devem levar em consideração pon-
tos estratégicos dos circuitos, tipo de defeito, tempo de restabelecimen-
to, importância do circuito, comprimento do trecho a ser liberado, cruza-
mento com outros circuitos e a sequência das manobras necessárias para 
a liberação dos circuitos envolvidos.
No processo de liberação de serviços também é necessário considerar 
um procedimento para minimizar a área que será atingida, caso haja fa-
lha elétrica durante as operações. Para isso, o setor funcional deve man-
ter os cadastros de todos os circuitos atualizados. 
Antes de iniciar qualquer atividade ou serviço, o responsável pelo pro-
cesso deve reunir os profissionais envolvidos no processo de liberação e 
realizar os seguintes procedimentos:
- Verificar se todos os profissionais que atuam na liberação e na execução 
dos serviços estão usando todos os equipamentos de proteção individu-
al necessários.
- Demonstrar aos envolvidos as etapas da liberação dos processos que 
vão ser executados e os objetivos a serem alcançados.
- Explicar de forma clara e objetiva as normas de segurança, especial-
mente as consideradas fora de rotina.
- Confirmar que os trabalhadores estão conscientes do que fazer, onde, 
como, quando e por que fazer.
O programa de manobras deve ser checado por um profissional diferen-
te do que o elaborou. Os procedimentos para a verificação das falhas são 
definidos pela empresa e devem ser seguidos corretamente, de acordo 
com procedimentos previamente estabelecidos. 
Se houver dúvida em relação à realização das manobras para a liberação 
ou trabalho, é necessário que o executante consulte o responsável pelo 
serviço a respeito dos procedimentos que precisam ser adotados para 
assegurar a proteção de todos. 
O processo de liberação dos serviços somente pode ser feito se o res-
ponsável tiver posse de documento emitido pelo setor responsável pela 
liberação. Caso seja necessário interromper o serviço ou condicionar as 
ações de comandos de equipamentos, é preciso sinalizá-los com mate-
riais e objetos específicos para essa finalidade. A reativação das ativida-
des deve ser feita por um profissional que deve devolver todos os docu-
mentos de autorização para a liberação.
Os procedimentos de trabalho em atividades com envolvimento de ele-
tricidade foi o tema que você estudou neste capítulo. A seguir, você irá 
aprender um método que garante a segurança nas operações, por impe-
dir a ocorrência de curto-circuito: o aterramento elétrico. Confira. 
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O aterramento elétrico é um método desenvolvido para controlar riscos 
de curtos-circuitos nas instalações. O objetivo da operação é levar a cor-
rente a percorrer um caminho seguro com propriedades mecânicas para 
impedir que correntes elétricas perigosas causem danos onde haja pou-
ca resistência elétrica. Essa técnica também protege os trabalhadores de 
descargas atmosféricas que possam interagir ao longo do circuito. 
Uma instalação pode ter somente um aterramento, independente da 
atividade que vai ser realizada. Em alguns casos específicos, é possível 
fazer dois aterramentos separados, desde que sejam levadas em conta 
medidas de proteção específicas. 
Cada tipo de trabalho demanda um método diferente de aterramento 
temporário. Em linhas de distribuição ou em trabalhos de manutenção 
e instalação o tipo mais indicado é um conjunto padrão composto pelos 
seguintes itens:
Vara ou bastão de manobra em material isolante e acessórios: Do 
qual fazem parte cabeçotes de manobra.
Grampos condutores: Ligam o conjunto de aterramento aos pontos a 
serem ativados.
Trapézio de suspensão: Leva o conjunto de grampos à linha e conec-
ta os cabos de interligação das fases. Esse elemento é fabricado a partir 
de materiais leves e com boa condutividade, além disso, possibilita que 
sejam realizadas conexões elétricas e mecânicas entre os cabos de inter-
ligação das fases e descida para terra.
Grampos de terra: Conectam os itens do conjunto ao ponto de terra, 
que é a estrutura ou o trado.
Trado ou haste de aterramento: Tem a função de ligar o conjunto de 
aterramento ao solo. Suas dimensões devem ser realizadas de forma a 
permitir baixa resistência de terra e área de contato adequada. As medi-
das têm que levar em conta a tensão da rede de distribuição ou da linha 
de transmissão, o material da estrutura e os procedimentos de operação.
Como você já sabe, para cada tipo de trabalho é indicado um aterramen-
to específico. Conheça a seguir cada um deles.
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Aterramento elétrico
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Fixo em equipamentos
O aterramento fixo em equipamentos é um sistema de proteção coletiva 
desenvolvido para garantir proteção elétrica rápida e eficaz. Isso é feito 
por meio do escoamento da energia para potenciais inferiores, geral-
mente, a terra. A medida evita que a corrente passe pelo corpo de uma 
pessoa, caso ela toque ocasionalmente a instalação ou ocorra falha no 
isolamento. Todas as instalações devem possuir invólucros, carcaças de 
equipamentos, barreiras e obstáculos. 
Essa operação funciona da seguinte forma:o terminal de terra se conecta 
ao neutro da rede e ao cabo de para-raios.
Esse tipo de aterramento é bastante utilizado em subestações, cercas e 
telas de proteção, carcaças de transformadores e componentes, quadros 
e painéis elétricos, torres de transmissão, entre outros.
Fixo em redes e linhas
Nesse tipo de aterramento, quando o neutro estiver disponível, ele deve 
ser ligado ao circuito de aterramento e aterrado a cada 300 metros. No 
aterramento fixo em redes e linhas nenhum ponto da rede ou da linha 
deve ficar a mais de 200 metros de um ponto de aterramento.
NR10 - Sep Avançado
Fixo em estais
O aterramento fixo em estais recebe este nome porque é feito com o uso 
de estais de âncora e contra poste, ilustrados a seguir, que são sempre 
aterrados e conectados ao neutro da rede se ela estiver disponível. Nes-
se caso, sempre que houver possibilidade, o condutor de aterramento é 
instalado na parte interna do poste. 
Veículos
Em serviços realizados em linha viva, o veículo que realiza o transporte 
dos equipamentos deve ser aterrado. Nesse caso, um grampo de cone-
xão é aplicado entre o veículo e o trado e eles são ligados por um cabo 
flexível. 
A seguir, você estudará os conceitos de equipotencialização. Fique atento!
Equipotencialização
O aterramento temporário deve ser realizado em todos os circuitos que 
estiverem sendo utilizados em conexão com o ponto de terra e por meio 
de curto-circuito, ou seja, por equipotencialização. Essa técnica consiste 
na aplicação de cabos com potencial elétrico idêntico para diminuir a 
diferença de potencial. 
Esse procedimento deve ser usado antes e depois do ponto de interven-
ção do circuito, mas não pode ser aplicado se a intervenção ocorrer no 
fim do trecho. É preciso que o profissional saiba que, por ser temporário, 
esse aterramento deve ser retirado após a finalização do serviço. 
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A energização acidental pode ser causada pelos fatores apresentados a 
seguir:
- Erros na manobra;
- Fechamento de chave seccionadora;
- Contato acidental com outros circuitos energizados ao longo do circuito;
- Tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede;
- Fontes de alimentação de terceiros (geradores);
- Linhas de distribuição para operações de manutenção e instalação e 
colocação de trafos;
- Torres e cabos de transmissão nas operações de construção de linhas 
de transmissão;
- Linhas de transmissão nas operações de substituição de torres ou ma-
nutenção de componentes da linha.
Após conhecer os métodos de aterramento, você vai estudar os riscos 
envolvidos no trabalho com eletricidade. Confira. 
NR10 - Sep Avançado
Os riscos no SEP e a prevenção deles, temas abordados nesta unidade, 
devem ser conhecidos por todas as pessoas que tenham contato mínimo 
com instalações elétricas. Para isso, a NR 10 estabelece alguns conceitos 
para garantir a segurança dos trabalhadores que atuam em locais próxi-
mos a instalações elétricas, são eles:
Zona de risco: É uma área restrita a profissionais autorizados, em que 
devem ser adotadas técnicas, instrumentos e equipamentos adequados 
ao trabalho.
Zona controlada: Área restrita a trabalhadores autorizados.
Zona livre: Zona com acesso permitido.
Contatos com partes energizadas
Entre as causas mais comuns de acidentes no trabalho com eletricidade 
está o contato com condutores aéreos energizados. Geralmente, aconte-
ce o toque de equipamentos, como guindastes, caminhões basculantes, 
nos condutores. Com isso, eles passam a integrar o circuito elétrico ao 
serem tocados por uma pessoa localizada fora do equipamento ou pelo 
motorista que, ao sair do veículo, entra em contato com terra e o veículo, 
e pode ocorrer um acidente fatal. 
Outro acontecimento muito frequente é o choque elétrico de pessoas 
que se encostam à banca de capacitores que, mesmo desativadas, con-
servam a carga elétrica por algum tempo. Por isso, é muito importante 
respeitar as normas de manuseio desses dispositivos.
O desligamento primário de transformadores em que será realizado ser-
viço deve ser realizado com bastante precaução, pois há risco de o lado 
secundário ter sido ligado a algum aparelho que pode enviar para o pri-
mário uma tensão elevadíssima. Por isso, é essencial aterrar os conduto-
res do transformador ao ligar o primário. 
Indução
Tensões induzidas também podem ser identificadas na linha por causa 
de um fenômeno chamado acoplamento capacitivo e eletromagnético. 
O efeito capacitivo ocorrerá se um ou dois condutores e o potencial de 
dielétrico tiverem potenciais diferentes.
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Riscos no SEP e sua prevenção
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NR10 - Sep Avançado
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Por causa das tensões capacitivas e as tensões estáticas em relação à ter-
ra, as linhas aterradas são drenadas imediatamente. Porém, haverá ten-
são de acoplamento capacitivo e eletromagnético induzida pelos condu-
tores energizados próximos à linha.
Confira a seguir os conceitos de descarga atmosférica.
Descargas atmosféricas
As descargas atmosféricas são fenômenos que provocam alterações nas 
redes aéreas de transmissão e distribuição de energia elétrica e podem 
causar prejuízos materiais em construções atingidas por elas. Também 
há riscos de morte para pessoas e animais submetidos às descargas, que 
podem fazer a tensão atingir um valor maior que 100kV.
Estudos comprovaram que, na atmosfera, as cargas elétricas positivas fi-
cam na parte superior das nuvens, e as negativas na parte inferior. Com 
os ventos ascendentes e de forte intensidade, as gotículas de água vão 
para a parte superior da nuvem e ocorre a polarização delas. Além disso, 
a concentração de cargas elétricas positivas e negativas numa determi-
nada região faz surgir uma diferença de potencial entre a terra e a nu-
vem. Porém, normalmente, o ar possui rigidez dielétrica, que pode ser 
alterada pelas condições ambientais. 
O aumento da diferença de potencial entre a terra e a nuvem faz as car-
gas elétricas dela irem em direção à terra e realizarem um trajeto incons-
tante, geralmente, cheio de ramificações, que recebe o nome de descar-
ga piloto. Esse fenômeno permitirá a passagem de uma avalanche de 
cargas com corrente de pico em torno de 200 mil ampéres. As descargas 
atmosféricas podem ser ascendentes – da terra para a nuvem - ou des-
cendentes – da nuvem para a terra – ou entre nuvens.
Sobre esse fenômeno é possível afirmar ainda: 
- O raio tem natureza absolutamente imprevisível em relação às suas ca-
racterísticas elétricas e também tem efeitos destruidores decorrentes de 
sua incidência sobre instalações, pessoas ou animais.
- Nenhuma medida é capaz de impedir a ocorrência de uma descarga 
em uma determinada região. Algumas técnicas podem somente minimi-
zar os efeitos destruidores como, por exemplo, instalações adequadas de 
captação e de condução segura da descarga para a terra.
NR10 - Sep Avançado
- Normalmente, a nuvem atua como placa negativa, o solo como placa 
positiva e o ar tem a função de isolante de baixo poder dielétrico. Essa 
configuração favorece ocorrência de raios.
Agora que você já sabe como ocorrem as descargas atmosféricas, estu-
dará as sobretensões transitórias.
Sobretensões transitórias
A queda de um raio na terra pode causar, além dos danos diretamente pro-
vocados pela corrente elétrica e pelo calor intenso, sobretensões em redes 
de energia elétrica, de telecomunicações, de TV a cabo, antenas parabóli-
cas, redes de transmissão de dados, entre outros. Esse fenômeno recebe o 
nome de sobretensão transitória e traz as seguintes consequências: 
- Danos a pessoas e animais.
- Queima total ou parcial de equipamentos elétricos ou danos à instala-
ção elétrica interna e telefônica, entre outras.
- Reduz a vida útil dos equipamentos, até a parada deles.
As sobrecorrentes transitórias originadas por descargas atmosféricas podem 
ser provocadas por descarga direta ou indireta. Veja mais detalhes sobre elas.
Descarga Direta: Por meio desse processo, o raio atinge diretamente 
uma

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