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PROJETO DE ESTAGIO MARIA DA GLÓRIA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
MARIA DA GLÓRIA ACÁCIO SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
PROJETO PRÁTICO
VEREDA
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
MARIA DA GLÓRIA ACÁCIO SILVA
PROJETO PRÁTICO
 DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de Segunda Licenciatura em Pedagogia, como pré-requisito para aprovação.
 
VEREDA
2021
INSTRUMENTO FUNDAMENTAL DA ESCOLA “A GESTÃO DEMOCRÁTICA” 
RESUMO- Com o objetivo de verificar o reflexo da postura escolar diante de uma gestão democrática, fez-se a seguinte pesquisa bibliográfica com base nos principais autores, Kfouri, Nascimento, Araújo e Libâneo, entre outros, através de sites pedagógicos, livros da área em questão, bibliotecas virtuais e locais. A pesquisa focou aspectos qualitativos da gestão democrática e os recursos de gestão, viáveis para o aprimoramento do trabalho educativo. A pesquisa mostrou que uma gestão democrática deve ser pautada no trabalho coletivo com participação efetiva dos profissionais da educação, da comunidade escolar e local. Nesse sentido é fundamental que o modelo de gestão em que a autonomia se reduz à administração de recursos financeiros. A autonomia de uma gestão democrática deve ser construída pelo conselho escola, do Projeto-Político Pedagógico como expressão da cultura e da comunidade escolar. Portanto todos os segmentos da escola devem buscar a efetiva participação para garantir o direito de todos a uma educação de qualidade.
PALAVRAS-CHAVE: Gestão democrática. Postura Escolar. Autonomia. Modelo de Gestão.
			
	
			
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	6
2.	DESENVOLVIMENTO	7
3.	CONCLUSÃO	............................................................................................................................15 4. REFERÊNCIAS..............................................................................................................................16 
	
1. INTRODUÇÃO
Há muito tempo, a luta pela democratização da educação, de forma geral, e da educação básica, em particular, tem sido uma bandeira dos movimentos sociais no Brasil. Identifica-se em nossa história inúmeros movimentos, gerados na sociedade civil, que exigiam e ainda exigem a ampliação do atendimento educacional a parcelas cada vez mais amplas da sociedade. O Estado, de sua parte, vem atendendo a essas reivindicações de forma muito tímida, longe da universalização esperada. A presente pesquisa em tem como objetivo verificar as ações de uma gestão democrática e seu reflexo para a postura escolar. Fez-se então, uma pesquisa bibliográfica através da metodologia qualitativa em sites, livros com teor pedagógico e biblioteca local. Como bases teóricas foram citados os seguintes autores: Araujo, Kafouri, Nascimento, Libâneo e outros. A gestão da educação no Brasil possui um grande número de leis e outras normatizações provindas das áreas federal, estadual e municipal, que afirmam desde as diretrizes curriculares até o financiamento e fontes de recursos, que qualquer profissional da educação que seja compromissado com o seu fazer pedagógico e político precisa ter conhecimento da legislação nacional e local. Uma característica da gestão democrática é justamente essa preocupação da formação de todos os segmentos que participam ativamente da escola.
 A luta por uma educação pública de qualidade, que se estenda a todos e é gerida por relações democráticas ainda é um desafio da sociedade brasileira. Enquanto outros países desenvolvidos asseguraram, há mais de um século, o acesso à educação a todos os seus cidadãos, no Brasil ainda se persegue essa meta. Após 20 anos de regime militar e de restrições ao exercício da democracia, o Brasil levantou-se para pôr fim ao autoritarismo. Nesse sentido, este trabalho faz uma discussão em torno do assunto tratado relatando os avanços desse processo. Para tanto, dividiu-se este trabalho em capítulos que tratam: 1. Política e gestão no campo educacional.2. Discutindo o papel da escola numa perspectiva histórica.3. Entendendo o processo de gestão escolar.
2. DESENVOLVIMENTO 
Quando se fala em política e gestão educacional, lembra-se sempre de partido, eleição para escolha de candidatos para governar o país, estados ou cidades. Isso se dá, pois, com o passar do tempo, a política ficou atrelada à ciência do poder e do Estado. Sobre a sua origem descobriu-se que ela se originou do grego, e estava ligada ao conceito de polis, que significa cidade. De acordo com Araújo (2009), o termo política deriva do grego politeia, que significava todos os procedimentos relativos a polis, ou cidade-Estado. Poderia, então, significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes a vida urbana. Também denomina a palavra política como a arte de exercer o poder público, de governar ou de ocupar-se dos assuntos públicos em geral. Assim pode-se dizer que a política é o conjunto de conhecimentos sistematizados referentes à organização e governo das comunidades humanas, trazendo em si orientações ou a atitude de um governo em relação aos assuntos e problemas de interesse público, encontramos a educação, ou seja, o sistema de ensino, com uma vasta legislação, normas e regulamentos que surgem de acordo com os interesses políticos de cada época. Segundo Nascimento (2009), por meio da história da educação no Brasil, pode-se destacar momentos políticos, os quais mostram o tratamento dado à questão educacional em nosso país. A educação é citada desde a primeira carta Magna brasileira, de 1824, atualmente na Constituição de 1988, bem como na LDB 9.394/96, onde encontra-se o conjunto de normas, princípios, leis e regulamentos do processo educativo brasileiro, resumindo, a política educacional. Motta (1997) relata que quando se fala em regulamentos, normas organização, nos deparamos com a gestão, que é o ato de gerir, gerência. A gestão pode ser definida como a arte de pensar, de decidir e de agir, é arte de fazer acontecer e de obter resultados. Para Nascimento (2009) a gestão ganhou mais corpo no contexto educacional, quando além de citada na Constituição Federal de 1988 (art.206, VI), é reforçada no art. 3º da lei 9.394/96. Reforçada como gestão democrática, vem provocar uma mudança no conceito de administrar dentro das escolas, pois com essa terminologia visa buscar o desenvolvimento da igualdade dos sistemas de ensino, é só lembrar o que significa democracia. Pode-se dizer que hoje, gestão não está somente ligada ao ato de administrar, preocupada apenas com a realização do serviço burocrático. Espera-se que ela vá além, tendo como foco a tentativa de garantir uma administração escolar voltada para os interesses da maioria da população, onde a tomada de decisão se dá de forma participativa. As responsabilidades bem definidas para que se alcance a tarefa essencial da escola, que é a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem, o que influencia diretamente na aprendizagem dos alunos. A respeito disso, Hidalgo (2003) diz que esta conotação tradicional dada ao termo fez com que as propostas referentes à educação, na Constituição de 1988 e, posteriormente, na Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional (LDB n. 9394/96) apresentadas pelos setores organizados das categorias docentes e da sociedade civil utilizassem o termo gestão democrática, na tentativa de garantir uma administração escolar voltada para os interesses da maioria da população propondo, portanto, a gestão democrática, Para o autor, essa terminologia passa então a ser utilizada em substituição àquela vinculada a uma atividade burocrática, conservadora. Gestão democrática passa a significar mudanças na concepção de organização do sistema educativo e das unidades escolares, numa perspectiva descentralizadora, participacionista, transformadora. Nesse sentido, a gestão é o processo de se chegara uma decisão e fazê-la funcionar, mobilizando meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização, estando também envolvidos o pedagógico, o político e o administrativo. Por isso, é muito importante a participação consciente e esclarecida das pessoas que trabalham com a gestão da escola, para que tomem as decisões necessárias com compromisso no coletivo, visando resultados educacionais cada vez mais efetivos e significativos, pois sem o desenvolvimento educacional não há o desenvolvimento social. Conforme Araújo (2009), é válido lembrar que a luta por uma educação pública, de qualidade, extensiva a todos e gerida por relações democráticas ainda é um desafio da sociedade brasileira, pois a simples existência de legislação não garante os direitos. Faz-se necessário o conhecimento das leis e organização para que suas determinações sejam cumpridas, para que as diferenças entre os indivíduos não interfiram no cumprimento da legislação. Portanto, os que assumem o papel de gestor na escola precisam saber que a função da escola não é apenas informar o educando sobre o passado histórico de uma nação, mas situar os cidadãos no âmbito da sua totalidade.
 A educação será tão mais plena quanto mais esteja sendo um ato de conhecimento, um ato político, um compromisso ético e uma experiência estética. (PAULO FREIRE,1998).
2.1 DISCUTINDO O PAPEL DA ESCOLA NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA
 Quando se fala sobre políticas e a gestão dos espaços educativos no sistema educacional brasileiro, Araujo (2009) faz algumas considerações históricas, para destacar alguns aspectos fundamentais. Esses aspectos representam as estruturas e as atividades do sistema, que nos permitirão a análise e a compreensão mais ampla do sistema educacional brasileiro em sua estrutura e em suas políticas decisórias e de controle do mesmo. Para Araujo (2009) é imprescindível que sejam levadas em conta algumas questões, como a compreensão da estrutura da educação brasileira para não se perder de vista a totalidade social da qual o sistema educativo é parte, ou seja, um reconhecimento das políticas decisórias até o que realmente se efetiva no interior das escolas. O autor afirma que é necessário buscar uma visão de totalidade, que precisa ser apropriada de forma mais descritiva que analítica por vários motivos, dentre outros, porque a intenção não é que se compreenda a sociedade brasileira para depois entender a organização do sistema. Segundo Nascimento (2009), a esfera escolar está vinculada às práticas sociais e ao mundo do trabalho, como já discutimos no primeiro assunto desta unidade. Pode-se citar novamente como exemplo a Constituição Federal de 1988 e a LDBN 9.394/96, documentos imprescindíveis para entendimento e análise do sistema educacional brasileiro, pois são destes documentos que advêm os princípios e as diretrizes do sistema. O autor afirma ainda que nesse processo de identificação da estrutura da escola é importante entendermos sobre a superestrutura que a forma, em unidade com o seu contrário – a infraestrutura – e a estrutura social, pois entender a infraestrutura do sistema educacional como os modos e os meios de o homem produzir sua existência é o que faz da escola ser o espaço social que descreve a produção do conhecimento, pelo acesso a este pelo cidadão que a usufrui como direito. Neste sentido as transformações desses processos devem ser compreendidas como alavancas que pressionam a ocorrência de mudanças na superestrutura que, por sua vez, se movimenta entre dois elementos: as instituições e as ideias. De acordo com Nascimento (2009), outro elemento imprescindível existente na relação entre a infraestrutura e a superestrutura tem refletido em si a contradição fundamental da infraestrutura, elementos estes que reagem e agem combinada e contraditoriamente, via processos de resistências, aceleramentos e recuos, intermediados por normas, regulamentos, concepções filosóficas e políticas, recursos e instituições, entre tantos outros.
 No que se refere à definição da identidade do contexto escolar é necessário situar o atual momento histórico e conceitual, par buscar alguns desvelamentos sobre sua manifestação. Segundo Kfouri (2009) do moderno ao pós-moderno, supõe-se um movimento histórico, da fragmentação pela via da especialização, à homogeneização pela via da valorização das diferenças - enquanto defesa da pós-modernidade, essas características mostram-nos somente sua superfície. Esse movimento não representa uma ruptura, pois não rompe com a lógica do capital, que favorece a interesses economicistas. Habermas, citado por Anderson (1999), ao tratar sobre o inconcluso projeto da modernidade, diz ser um amálgama contraditório de dois princípios opostos: especialização e popularização. Para Kfouri (2009) o pós-moderno surge anunciando a morte da grande narrativa, como direitos universais defendidos pela própria burguesia, a partir dos anos 1970, quando o comunismo, uma alternativa ao capitalismo, enfraquece.
 O uso da expressão pós-moderno surge para designar um estilo “pós-moderno”, no mundo das artes. A noção de pós-moderno, antes circunstancial pelo seu uso de sentidos diversos, segundo Anderson (1999), só ganhou difusão mais ampla a partir da década de 1970, compondo-se como características de um período, deixando e ser somente uma tendência artística. Os anos 70 foi uma época marcada por crises no comunismo, crise no petróleo; portanto, crises econômicas, bem como ideológicas. Para Hobsbawm (2000), a escolha de uma data específica não passa de uma convenção, e não é algo por que os historiadores estejam dispostos a brigar. Há apenas um indício claro do término do Século Breve: sabemos que, desde 1973, a economia mundial entrou em nova fase.
 Hobsbawm (2000) identifica o colapso da União Soviética coincidindo com uma séria crise de depressão na economia dos países ocidentais. Não que outras crises não tenham surgido, pois a economia dos países ocidentais. Não que outras crises não tenham surgido, pois a economia sofre oscilações relativamente pequenas, ao passo que de 1970 para cá, presenciamos um período de fortes crises. No entanto, Hobsbawm (2000), ao ser indagado sobre finalização de um processo globalizante, responde que não acredita que chegamos ao fim de um processo e que o resultado esteja posto, pois não se encontra encerrado, mas em mudança.
2.2 ENTENDENDO O PROCESSO DE GESTÃO ESCOLAR.
Quando se fala da organização formal da escola, é importantíssimo que se entenda que a instituição é um sistema de normas e valores que existe para ajudar a sociedade identificar e atingir certos objetivos – as instituições sociais básicas são: a família, a educação, a religião, a economia e o governo. Para Kfouri (2009) a educação faz parte das instituições sociais básicas, a escola é considerada uma Organização formal, pois é composta por indivíduos que estão juntos para atingir objetivos específicos, previamente definidos, e encontra-se estruturada de acordo com normas, leis, regulamentos, veja o quadro abaixo que mostra a forma de organização da educação brasileira de acordo com a LDB 9.394/96. Outra característica é a de possuir hierarquia e responsabilidades claramente definidos, podemos citar como exemplo seu objetivo, que é: contribuir para a formação do ser humano. Daí, constata-se que a educação possui regras e normas a seguir, o que a caracteriza como organização formal, sua organização está respaldada e definida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96. Mas não se pode esquecer que na estrutura total da escola aparecem os grupos informais, ou seja, a organização informal. Uma de suas características é ser formada por poucas pessoas, exemplo um grupo de alunos, onde seus objetivos não estão definidos de forma rígida e expressa para determinarem suas ações, escapando do âmbito estrutural e organizacional da escola, mas está ocorrendo dentro do ambiente educacional.
 Diante dessa realidade, Kafouri (2009) afirma que a organização e a gestão da escolaestão sempre em discussão no meio educacional. Isso ocorre, pois é por meio delas que se constituem as condições e os meios que visam assegurar o funcionamento da instituição de ensino, por se tratarem do conjunto de normas, diretrizes, estrutura organizacional, ações e procedimentos que são tomados em seu interior. Segundo Libâneo (2005), a gestão da escola corresponde, portanto, à necessidade de a instituição escolar dispor de condições e de meios para a realização de seus objetivos específicos. Elas visam:
a) Prover condições, os meios e todos os recursos necessários ao ótimo funcionamento da escola e do trabalho em sala de aula;
b) Prover o envolvimento das pessoas no trabalho, por meio da participação, e fazer a avaliação e o acompanhamento dessa participação;
c) Garantir a realização da aprendizagem para todos os alunos.
 Pode-se dizer então, que a escola é um espaço de realização dos objetivos do sistema de ensino e dos objetivos de aprendizagem, visando o desenvolvimento das potencialidades humanas com vistas a formar cidadãos participativos necessárias para atingir as finalidades do ensino.
 De acordo com Libâneo (2005), quando se estuda a história da educação, encontra-se várias concepções de organização e gestão escolar, elenca-se aqui, quatro delas:
a) Técnico-científica: Nela prevalece a visão tecnicista e burocrática da escola, por isso se preocupa mais com o detalhamento da divisão técnica das funções e tarefas do trabalho escolar. O poder está centralizado no papel do diretor, deixando claras as hierarquias existentes no interior da escola. Esse modelo de gestão se pauta na administração rígida, com várias normas e procedimentos burocráticos que devem ser cumpridos por todos. A comunicação na escola ocorre de forma impositiva, dificultando a comunicação entre seus integrantes, o que acaba Gerando vários problemas em decorrência de se terem como principal preocupação as tarefas administrativas do que as pessoas que as compõem.
b) Auto gestionária: Possui ênfase na inter-relação entre os indivíduos, se baseia na responsabilidade coletiva entre os integrantes da escola, na participação direta de todos nas decisões que são tomadas para o funcionamento da instituição. Ocorre aqui o que chamamos de autogestão caracterizada pela recusa a normas e sistemas de controle, pelas formas mais sistematizadas de organização e gestão, valorizando a capacidade do próprio grupo de criar e regulamentar as suas normas e procedimentos, contestando o poder instituído.
c) Interpretativa: Nessa a escola é vista como uma realidade social subjetiva e socialmente construída, o processo de organização e gestão possui significados subjetivos dos interesses das pessoas que a compõe. Isso contribui para caracterizar a escola como um lugar que presa mais a ação do que o próprio ato de organizar, pois na ação aparecem às interações sociais das pessoas, seus valores e significados subjetivos, marca da gestão interpretativa.
d) Democrático-participativa: Busca-se nesse modelo a articulação entre a direção da escola, os membros da equipe escolar, alunos, pais e comunidade na participação da administração da escola, caracterizando o trabalho coletivo, com base em objetivos comuns, para que sejam assumidos por todos. A responsabilidade dos projetos e ações para o funcionamento da escola é do grupo. Mas não se descaracteriza a responsabilidade individual de cada membro para a efetivação do todo. A gestão participativa é uma das formas de expressão do exercício da cidadania, buscando desenvolver a função social da escola na preparação do aluno para atuar no mundo. Fornece condições e instrumentais através dos conteúdos e da socialização, na busca de conseguir mostrar ao aluno como deve de maneira organizada e ativa participar do meio social em que vive, ou seja, na democratização da sociedade. Como foi descrito acima, vários são os modelos de gestão existentes no ambiente educacional, mas sabe-se que na realidade nem todas as escolas conseguem pôr em prática um modelo que venha realmente atender tanto o lado administrativo da escola, o cumprimento legal, quanto o lado de participação ativa da comunidade que dela faz parte. A estrutura básica de organização do trabalho em uma escola é composta por:
Conselho escolar: com as atribuições consultivas, deliberativas e fiscais, composto pelos docentes, funcionários, pais e alunos.
Direção: o papel do diretor, com a responsabilidade de coordenar organizar e gerenciar todas as atividades da escola.
Setor Técnico-administrativo: composto pelas pessoas que trabalham na secretaria da escola, zeladoria, vigilância, serviços de multimeios, assegurando o atendimento dos objetivos e funções da escola.
 Setor pedagógico: compreendendo as atividades de coordenação pedagógica da escola e de orientação educacional com o trabalho de supervisionar, acompanhar, avaliar as atividades pedagógico-curriculares.
Professores e alunos: em relação aos professores, com a função básica de fazer acontecer o processo de ensino aprendizagem, ou seja, o objetivo prioritário da escola. Já os alunos, em busca de formação pessoal e profissional, e também integra as associações representativas dentro da escola.
3 CONCLUSÃO
Com o principal objetivo de verificar as ações de uma gestão democrática e seu reflexo para a postura escolar, a presente pesquisa constatou que não é uma tarefa difícil fazer de uma escola uma instituição avançada no processo de gestão democrática, assim como aqueles aspectos que ainda são considerados carentes de melhores encaminhamentos, identificados como limites e obstáculos. Detectou-se também que os termos gestão e organização, são muitas vezes associados à ideia de administração, de governo, de provisão de condições de funcionamento de determinada instituição social, família, empresa, escola, órgão público, entidades sindicais, culturais, científicas etc. Então, a organização escolar é entendida como uma organização que agrega pessoas, destacando-se a intenção de suas ações, a importância das interações sociais do grupo e as relações da escola como o contexto cultural e político. A escola não é uma entidade objetiva, neutra, mas algo construído pela comunidade educativa, que envolve os professores, alunos e pais. No ambiente escolar, encontra-se formas democráticas de gestão e de tomadas de decisões, que torna a gestão um processo construído coletivamente. Assim, as instituições recebem grande influência da sociedade em que se situam, para articular os conhecimentos e capacidades que são vinculadas pela própria escola. O que permite o entendimento a complexidade e diversificação do sistema educacional, ao produzir a consciência dos sujeitos envolvidos e interessados nesse processo. Dessa forma, a legislação será um meio para organizar e atender os objetivos e finalidades dos sistemas educacionais. Leis que compreenderão desde as diretrizes curriculares até os financiamentos e recursos que se dispõe. Enfim, a organização e a gestão escolar dependem da necessidade da instituição escolar dispor das condições e dos meios para a realização de seus objetivos específicos que visam promover uma postura escolar condizente com a realidade atual e que garanta a realização da aprendizagem para todos os alunos.
4 REFERÊNCIAS
ARAUJO, Adriana de. Políticas e gestão dos espaços educativos. Pearson.São Paulo,SP.2009
BRASIL. Lei n.9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996. 
HIDALGO, A. M. et al. A gestão escolar e a democratização da educação no Paraná :descerrando a cortina. Paraná. Cascavel: Edunioeste,2003.
KFOURI, Samira Fayez. Políticas e gestão dos espaços escolares.Pearson. São Paulo, SP.2009
LIBÂNEO, José Carlos; Educação Escolar:políticas, estrutura e organização.2.ed.São Paulo:Cortez,2005. 
MOTTA, Elias de Oliveira. Direito Educacional no século XXI: com comentários à nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional. Brasília: Unesco,1997.
 NASCIMENTO, Josilane Buarque Ricci.Políticas e gestão dos espaços educativos. Pearson. São Paulo, SP.2009 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7.ed. São Paulo: Paz e Terra,1988. 
 VIEIRA, Sofia Lerche. Política educacional em tempo de transição. Fortaleza:Ceará.2001.

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