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Trabalho pedagógico do Orientador Escolar

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Prévia do material em texto

1 
 
Disciplina: Trabalho pedagógico do Orientador Escolar 
Autores: D.ra Jezuina Kohls Schwanz 
Revisão de Conteúdos: Esp. Larissa Carla Costa 
Revisão Ortográfica: Ana Carolina Oliveira Freitag 
Ano: 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
2 
 
Jezuina Kohls Schwanz 
 
 
 
 
Trabalho pedagógico do orientador 
escolar 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
SCHWANZ, Jezuina Kohls. 
Trabalho pedagógico do Orientador Escolar / Jezuina Kohls Schwanz – 
Curitiba, 2018. 
48 p. 
Revisão de Conteúdos: Larissa Carla Costa. 
Revisão Ortográfica: Ana Carolina Oliveira Freitag. 
Material didático da disciplina de Trabalho pedagógico do Orientador 
Escolar – Faculdade São Braz (FSB), 2018. 
ISBN: 978-85-5475-155-5 
 
4 
 
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Apresentação da disciplina 
 
 Nesta disciplina serão estudadas as principais questões relacionadas ao 
trabalho pedagógico e todos os processos e etapas que este trabalho exige, 
considerando a escola, a cultura escolar e os sujeitos da educação como 
elementos importantes para pensarmos o papel do orientador diante os cenários 
escolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Aula 1 - O trabalho pedagógico 
 
Apresentação da aula 
 
Nesta aula será estudada a importância da organização do trabalho 
pedagógico nas diferentes modalidades de educação. A educação na atualidade 
está diante de muitos desafios e de diferentes perspectivas. Compreender a 
importância da organização necessária ao trabalho pedagógico ajudará a 
estabelecer uma proposta de atividade adequada ao tipo de necessidade que 
possam haver no trabalho escolar. 
 
1.1 A organização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://br.freepik.com/vetores-gratis/design-de-classe-
isometrica_1259832.htm#term=sala de aula&page=4&position=5 
 
Quando se pensa em organização, talvez a primeira coisa que vem à 
cabeça é a arrumação do espaço onde se habita, como a casa, a mesa do 
trabalho, as anotações. 
Existem vários tipos de organização: doméstica, pessoal, de eventos, 
empresarial e também escolar. 
“Mas o que é organização? ” Organização é uma palavra de origem grega: 
organon, que significa instrumento, utensílio, órgão ou aquilo com que se 
 
7 
 
trabalha. A partir da sua origem, pode-se pensar em organização como a forma 
que se dispõe para atingir objetivos pretendidos. 
Quando se entra em casa e quer encontrar algum objeto, sabe-se onde 
ele está, caso tenha-se algum tipo de organização. O modo como os diversos 
elementos que o compõe no ambiente estão coordenados e dispostos no 
espaço, são a organização. 
Isso acontece em todas as áreas da vida e também pelo trabalho. Em 
todos os tipos de organização, o que se pretende é alcançar objetivos e metas 
com maior eficácia e geralmente é formado por uma, duas ou mais pessoas. 
Há diferentes tipos de organização, como a forma como as pessoas 
relacionam-se entre si, cooperando uma com as outras, na distribuição e 
disposição dos elementos envolvidos com vistas a alcançar uma mesma 
finalidade. 
Nesse sentido, conforme diz Maximiano (1993), uma organização é uma 
combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos 
coletivos. 
 
1.2 O que é organização escolar? 
 
Para responder a essa pergunta, precisa-se compreender o que é a 
organização escolar e a sua gestão. A escola compreendida como uma 
instituição social, se diferencia das empresas de maneira geral. O seu principal 
objetivo é a educação e a formação de pessoas e seus resultados são mais 
qualitativos (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/voltar-ao-conceito-da-escola-com-uma-pilha-
de-livros_1218370.htm#term=escola&page=1&position=24 
 
8 
 
Saiba Mais 
As Instituições Sociais são instrumentos reguladores e 
normativos das ações humanas, que reúnem um conjunto de 
regras reconhecidas pela sociedade. Elas desempenham um 
papel fundamental no funcionamento da sociedade e 
da democracia, geralmente determinam as regras e os 
procedimentos dos grupos de acordo com padrões, papéis, 
valores, comportamentos e relações entre membros da 
mesma cultura. As instituições sociais fazem parte 
da estrutura social e instituem meios sociais que podem ser 
duradouros e estáveis. Nelas são desenvolvidas diversas 
relações em função da interação entre os grupos sociais. 
Assim, temos a Escola como um exemplo de instituição 
social. 
 
A partir daí pode-se entender que a organização escolar também é uma 
reunião de pessoas que interagem entre si com a intenção de alcançar 
determinados objetivos educacionais, sendo uma instituição com estruturas e 
processos de organização que são próprios e remetem a ação de planejar o 
trabalho da escola, otimizar recursos (matérias, intelectuais e financeiros, por 
exemplo) além de coordenar e avaliar o trabalho das pessoas envolvidas nos 
processos escolares. 
 
Curiosidade 
Anísio Teixeira (1900-1971), o inventor da escola pública no 
Brasil, foi pioneiro na implantação de escolas públicas de 
todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer 
educação gratuita para todos. 
Saiba mais sobre o Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no endereço 
eletrônico: 
 http://portal.inep.gov.br/artigo/-
/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/inep-promove-
debate-sobre-contribuicao-de-anisio-teixeira-a-
educacao/21206 
 
https://www.todamateria.com.br/democracia/
https://www.todamateria.com.br/estrutura-social/
https://www.todamateria.com.br/grupos-sociais/
 
9 
 
Ao entender a escola como esse espaço que tem por objetivo a formação 
das pessoas e considerando a diversidade e a pluralidade de sujeitos que 
passam por ela, precisa-se pensar em um conceito de organização e gestão que 
seja diferente da prática administrativa das empresas, já que os objetivos dessas 
instituições diferem dos objetivos da escola, que precisa ser entendida: 
 
(...) como agência educativa, em seu sentido mais radical, tomada a 
educação como apropriação da cultura, e entendida esta como o 
conjunto de conhecimentos, valores, crenças, arte, filosofia, ciência, 
tudo, enfim, que é produzido pelo homem em sua transcendência da 
natureza e que constitui como ser histórico. (PARO, 2007, p.33) 
 
 
Paro (1996) indica que a administração escolar é portadora de uma 
especificidadeque a diferencia da administração capitalista, cujo objetivo é o 
lucro. 
 
Ví deo 
Assista ao vídeo Organização do Trabalho Pedagógico, que 
consiste em um programa de entrevista onde professoras falam 
sobre a importância da organização do trabalho pedagógico nas 
escolas e a participação da comunidade escolar nesse 
processo. 
Disponível no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=Fm_HuBpUlLs&t=34s 
 
O quadro a seguir explica as principais diferenças entre a organização 
escolar e a organização empresarial, bem como seus objetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Fm_HuBpUlLs&t=34s
 
10 
 
Organização Escolar Organização Empresarial 
Visa a produção de bens não 
materiais, à medida que o produto não 
se separa do processo de sua 
produção 
Tem como principal objetivo a 
produção de bens materiais, a 
reprodução do capital e a alienação 
do trabalhador. 
Aluno é sujeito e objeto no processo 
de produção e socialização do 
conhecimento historicamente 
produzido. 
Os fins das atividades humanas são a 
produção de mercadorias, visando a 
obtenção de lucros. 
A formação humana é o principal 
objetivo da construção da identidade 
escolar, segundo seus atores sociais. 
Visa a reprodução ampliada do 
capital, através da mais valia, e, 
portanto, a manutenção da 
dominação. 
Como instância contraditória, 
contribui para a superação da 
dominação e para a manutenção das 
condições objetivas. 
Escolhe a matéria prima de acordo 
com o item que deseja produzir. Devido a sua função social (atender a 
todos) e ao fato de seu objeto de 
trabalho ser o próprio homem, não 
pode escolher a matéria prima com o 
qual vai trabalhar. 
Fonte: Elaborda pela autora e adaptada pelo DI (2018). 
 
1.3 Tipos de organização escolar 
 
Historicamente, os primeiros estudos sobre a organização da escola 
remontam a 1930, em que basicamente foram marcados por uma concepção 
funcionalista e altamente burocrática da escola, sendo muito parecido com a 
organização das empresas capitalistas. Nessa época também se tem a 
Educação Nova e o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. 
Na década de 30, ampliou-se a demanda escolar, o que ocasionou um 
aumento no número de escolas e professores, a partir disso, vão se desenhando 
ações do poder público para os sistemas de ensino. Assim, seria tarefa dos 
pedagogos a organização e o planejamento das políticas educacionais, da 
gestão e dos sistemas escolares, necessitando que se regulamentasse um curso 
de Pedagogia. 
 
11 
 
Amplie Seus Estudos 
Para saber mais sobre o Manifesto dos Pioneiros da 
Educação Nova, de 1932, acesse o link: 
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_
22e.pdf 
 
 
Já durante a década de 1980, os estudos sobre a organização e a gestão 
escolar se constituíram em uma disciplina que era nomeada Organização do 
Trabalho Escolar. A partir daí adotou-se uma abordagem crítica sobre o assunto. 
Sendo assim, precisa-se saber que existem basicamente duas concepções de 
educação, são elas: 
 
 A concepção científico-racional; 
 A concepção sociocrítica. 
 
Na concepção científico-racional, pode-se dizer que prevalece uma visão 
burocrática da escola, em que se valoriza a técnica. A instituição de ensino é, 
para essa concepção, uma realidade objetiva e neutra e precisa funcionar 
racionalmente, havendo a necessidade de planejamento, organização e controle 
para alcançar os melhores índices de eficácia. 
Já na concepção sócio crítica, a escola é organizada de uma maneira em que 
se agregue as pessoas, tendo como destaque a intenção das ações, a 
importância das relações sociais no grupo escolar e as relações que a escola 
estabelece com o contexto social, cultural e político na qual está inserida. 
O professor Libâneo (2013) aponta para uma divisão mais abrangente da 
organização escolar. Sendo assim, pode-se considerar quatro tipos de 
concepções de organização e gestão dos sistemas escolares, são eles: 
 
 Técnica-científica (tradicional); 
 Autogestionária; 
 Interpretativa; 
 Democrática-participativa. 
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf
 
12 
 
O modelo Técnico-científico é o mais comum quando se fala em 
organização escolar na realidade da educação brasileira. Nesta concepção o 
papel da direção está centralizado em uma pessoa e o grau de participação dos 
demais sujeitos envolvidos nos processos é muito baixo ou inexistente. Existe 
uma hierarquia de cargos de funções em que a racionalização do trabalho e a 
eficiência dos serviços escolares é baseada em regras e procedimentos de 
rotinas administrativas, em que a escola é entendida como uma realidade neutra, 
objetiva e técnica, onde a versão mais conservadora dessa concepção pode ser 
chamada de administração clássica. Sua versão mais atual tem um modelo de 
gestão de qualidade total, em que se utilizam os métodos e práticas de gestão 
das empresas. 
Este modelo de gestão tem como algumas características, a divisão 
técnica do trabalho escolar, o poder centralizado no diretor, comunicação 
verticalizada e maior ênfase nas tarefas do que nas pessoas que compõe a 
comunidade escolar e suas relações interpessoais. 
A outra concepção chama-se de Autogestionária e está baseada na 
responsabilidade coletiva, não havendo direção centralizada sem a figura do 
diretor como gestor principal, mas, na organização com a participação direta e 
igual de todas pessoas envolvidas na escola. Esse conceito não valoriza o 
exercício da autoridade e propõe a criação coletiva do grupo para instituir as 
normas e procedimentos que julguem adequados. 
Não é comum encontrar esse tipo de gestão nas instituições escolares, 
pois, para que ele funcione é necessário um grau muito elevado de 
comprometimento, envolvimento e tomada de decisões, em que exigem um 
maior tempo de discussão e convivência entre os membros do grupo, o que 
acaba tornando-se difícil devido ao tempo reduzido que os trabalhadores 
possuem, em virtude das demandas de trabalho. 
 Podemos destacar como características dessa concepção: 
 
 Promoção do poder coletivo na escola para preparar formas de 
autogestão no plano político; 
 Decisões coletivas por meio de assembleias e reuniões; 
 Alternância no exercício de funções; 
 Ênfase nas relações pessoais, mais do que nas tarefas. 
 
13 
 
 Outra concepção de organização escolar é a Interpretativa. Nessa 
concepção trabalha-se com os significados, experiências subjetivas e as 
interações sociais entre as pessoas como elementos centrais da gestão. 
 Conforme Libâneo (2013), o enfoque interpretativo vê as práticas 
organizativas como uma construção social com base nas experiências subjetivas 
e nas interações sociais. Para esta concepção, a escola é uma realidade 
socialmente construída a partir de diferentes subjetividades e não uma estrutura 
objetiva já dada. A concepção Interpretativa privilegia mais a “ação 
organizadora” (como os valores e práticas compartilhadas entre os sujeitos) do 
que o ato de organizar em si. Abordada de maneira mais radical, essa concepção 
recusa as normas, estratégias e procedimentos organizativos. 
Saiba Mais 
José Carlos Libâneo nasceu em 
Angatuba, interior de São Paulo, em 1945. 
Graduado em Filosofia pela PUC em 
1966. Mestre em educação escolar 
concluído em 1984 e doutor em educação, 
Libâneo é bastante conhecido no meio 
educacional pelas profundas contribuições teóricas que 
produz na área. Ele ensina pesquisa e escreve sobre 
assuntos de Teoria da Educação, Didática, Política 
Educacional e Escola Pública. 
 
 Já a organização escolar Democrática-participativa defende uma 
maneira coletiva de tomada de decisões, considerando a responsabilidade 
individual de cada pessoa. A organização é decidida coletivamente e cada 
membro da comunidade escolar deve assumir sua parte e sua responsabilidadeno trabalho, produzindo assim, um compromisso de toda a equipe na realização 
das atividades que foram planejadas em conjunto. 
 Pode-se dizer que essa forma de organização busca a objetividade no 
trato de questões da organização, através do levantamento de informações 
concretas da realidade escolar, considerando os significados subjetivos e 
culturais que também compõe o ambiente escolar. Essa forma também prevê e 
utiliza o acompanhamento das atividades, para que se possa reorganizar e 
 
14 
 
repensar o rumo das ações e das decisões para melhor alcançar os objetivos 
propostos. 
Para Refletir 
“As concepções de gestão escolar refletem diferentes 
posições políticas e concepções do papel da escola e da 
formação humana na sociedade. Portanto, o modo como 
uma escola se organiza e se estrutura tem um caráter 
pedagógico, ou seja, depende de objetivos mais amplos 
sobre a relação da escola com a conservação ou 
transformação social. ” (LIBÂNEO 2013, pág. 105) 
Pensando no que estudamos até aqui, nós queremos 
conservar ou transformar a sociedade na qual vivemos? 
 
Resumo da aula 1 
 
Nesta aula estudou-se o que é organização, compreendendo esse 
conceito e a origem da palavra, para depois estudar a organização do trabalho 
escolar e suas diferenças da organização empresarial. Viu-se ainda, diferentes 
concepções de trabalho pedagógico e como cada um pressupõe a organização 
da escola. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Conforme estudado nesta aula, Libâneo (2013) aponta para uma 
divisão abrangente da organização escolar. Cite os quatro tipos de 
concepções de organização e gestão dos sistemas escolares e 
discorra sobre eles. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Aula 2 - Gestão escolar 
 
Apresentação da aula 
 
Nesta aula será estudada a Gestão da Educação e a Gestão da escola. 
Vamos conhecer os tipos de gestão e estudaremos a Gestão Democrática das 
escolas, tão presente nos dias atuais, bem como quais os desafios postos para 
que se obtenha uma gestão democrática na educação. 
 
2.1 O que é gestão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gestão é um campo das ciências humanas que se dedica à 
administração, principalmente de empresas, mas também de outras instituições, 
tais como escolar, tendo em vista fazer com que alcancem seus objetivos de 
maneira eficaz, eficiente e efetiva. 
 Este conceito está diretamente ligado a administração dos recursos que 
as instituições possuem. Tais recursos podem ser materiais e financeiros, pode 
ser o capital humano, tecnológico ou de informação. 
 
 
16 
 
Importante 
O termo gestão vem do latim “gestio-gestionis”, que significa 
executar, obter sucesso com meios adequados. A gestão é um 
meio pelo qual se consegue, também com planejamento, 
resultados de qualidade e, leva a conseguir os objetivos 
propostos. 
 
Saiba Mais 
Para saber mais sobre gestão e suas características, leia o 
artigo: O que é Gestão, Gerenciamento e Administração? 
Disponível em: 
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-que-
e-gestao-gerenciamento-e-administracao/93514/ 
 
 
2.2 A Gestão Escolar 
 
A Gestão Escolar trata dos recursos disponíveis para que se garanta a 
qualidade do ensino, dando direcionamento para esses recursos e a forma como 
serão utilizados nos processos educacionais. 
A gestão escolar, portanto, consiste em um sistema interno de 
organização da escola que envolve todos os setores e que pretende garantir um 
desenvolvimento dos processos educacionais com eficácia, garantindo a 
qualidade da instituição de ensino. 
 
Para que se tenha uma gestão eficaz, é importante que cada escola 
desenvolva um plano de gestão baseado nas diretrizes educacionais vigentes, 
bem como com os princípios da escola e que vise excelência na qualidade de 
ensino, redução da inadimplência em caso de escolas privadas, prevenção da 
evasão escolar, manter a motivação do grupo escolar e também manter os pais 
e os alunos engajados nos projetos escolares. 
 
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-que-e-gestao-gerenciamento-e-administracao/93514/
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/o-que-e-gestao-gerenciamento-e-administracao/93514/
 
17 
 
Importante 
Plano de Gestão é o documento que traça o perfil da escola, 
conferindo-lhe identidade e intenções comuns de todos os 
envolvidos, norteia o gerenciamento das ações internamente ao 
estabelecimento e operacionaliza o Projeto Pedagógico. 
Leia um Plano de Gestão de uma universidade federal no link 
abaixo: 
http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-ufrgs/plano-de-gestao/plano-de-
gestao-2012-2016 
 
 
Gestão: 
• Forma de planejar, organizar, dirigir, controlar e avaliar um 
determinado projeto; 
• Sinônimo de administração, visa à racionalização de recursos 
materiais, recursos humanos e tem por meta o alcance de uma 
determinada finalidade. 
 
Gestão Escolar: 
• Forma de organizar o trabalho pedagógico, que implica 
visibilidade de objetivos e metas dentro da instituição escolar; 
 • Implica gestão colegiada de recursos materiais e humanos, 
planejamento de suas atividades, distribuição de funções e 
atribuições, na relação interpessoal de trabalho, e partilha do 
poder; 
 • Diz respeito a todos os aspectos da gestão colegiada, 
participativa da escola e na democratização da tomada de 
decisões. 
 
Segundo Heloísa Lück (2009), existem 6 pilares para a gestão escolar, 
são eles: 
 
1) Gestão Pedagógica: é a área relacionada com a organização e 
planejamento do sistema educacional, gerenciamento dos 
http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-ufrgs/plano-de-gestao/plano-de-gestao-2012-2016
http://www.ufrgs.br/ufrgs/a-ufrgs/plano-de-gestao/plano-de-gestao-2012-2016
 
18 
 
recursos, das pessoas e da elaboração e execução de projetos. 
Compete também a gestão pedagógica, estabelecer metas que 
visem a qualidade da educação. 
2) Gestão Administrativa: cuida dos recursos das instituições, tanto 
físicos, quanto financeiros e materiais, tem como responsabilidade 
zelar pelos bens e garantir sua utilização adequada. Para isso, é 
necessária atenção as rotinas da secretaria, conhecimento da 
legislação educacional, clareza dos processos educacionais, 
cuidado com a manutenção patrimonial, por exemplo. 
3) Gestão Financeira: é a parte da gestão que organiza as 
demandas financeiras, prioriza os gastos e faz o orçamento da 
instituição com a finalidade de que todos os setores tenham as 
suas necessidades atendidas. 
4) Gestão de Recursos Humanos: tem como principal papel deixar 
a equipe de colaboradores motivados e incentivar os professores a 
estarem engajados com o projeto de ensino adotado pela 
instituição. O ambiente deve ser saudável em que todas e todos se 
sintam estimulados na proposta da escola, para isso, o papel do 
gestor é fundamental. 
5) Gestão da Comunicação: está diretamente ligada aos recursos 
humanos, já que é a partir da comunicação que se estabelece o 
engajamento da equipe com a proposta da escola e para além 
disso, precisa envolver toda a comunidade escolar, ultrapassando 
os muros das instituições, permitindo um ambiente de troca. 
6) Gestão de tempo e eficiência dos processos: nos dias atuais é 
muito importante organizar o tempo. Isso não é diferente nas 
instituições de maneira geral, bem como na escola. A organização 
e gestão do tempo está diretamente relacionada à produtividade 
dos setores e com a eficiência dos processos da instituição. Saber 
aproveitar bem o tempo é saber utilizá-lo para realizar as atividades 
com maior eficiência. Mais uma vez, o papel do gestor é 
fundamental. 
 
 
 
19 
 
2.3 Gestão democrática na escola 
 
 A palavra democracia vem da Grécia antiga e é formada a partir dos 
vocábulos demos, que significa povo e kratós, que significa poder, governo. 
Atualmente, o conceito de democracia é utilizado para denominar formas de 
organização de um grupo de pessoas, em que o poder reside na totalidade dos 
seus membros e quea tomada de decisões considera a vontade geral. 
 Democratizar a gestão na escola pública significa descentralizar as 
decisões dos rumos da educação, buscando compartilhar decisões e autonomia 
para traçar caminhos de forma participativa, com a capacidade de identificar o 
potencial de colaboração de todas as pessoas, pensando em uma educação de 
qualidade e que incentive a cidadania. 
Os processos de democratização da educação, de maneira geral e 
também da educação básica, são bandeiras levantadas por movimentos sociais 
no Brasil. 
A democratização pretende a ampliação do atendimento educacional à 
maioria das parcelas das sociedades, atendendo as demandas sociais por 
educação básica, gratuita e de qualidade. 
A democratização da educação vai muito além do acesso à escola. Dar 
acesso é o primeiro passo para que este processo de democratização possa se 
consolidar, mas, é necessário garantir que todas e todos que ingressam nas 
escolas tenham condições de se manter nela com êxito. Por este motivo, quando 
falamos em democratização da educação, ouvimos ou lemos que é necessário 
garantir o acesso e a permanência de todas e todos nos processos educativos e 
o sucesso dos estudantes e das escolas deve ser o reflexo de sua qualidade. 
 
Ví deo 
Assista ao vídeo Gestão em Foco - Gestão Democrática no link 
abaixo, que explica o que é a gestão democrática: 
https://www.youtube.com/watch?v=hFS0HEagFP4 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=hFS0HEagFP4
 
20 
 
É preciso lembrar que além do acesso e garantia de permanência na 
escola, outro aspecto é fundamental para a democratização da educação: a 
prática social desenvolvida pelos sistemas de ensino e pela escola, em que os 
processos educativos devem proporcionar um espaço de exercício da 
democracia. 
 
Para Refletir 
Pensar a democratização da escola pública implica definir 
com clareza a função social dessa instituição. Para que serve 
a escola? Quais são suas funções básicas? Como se 
posicionar diante de outras funções a ela atribuídas? 
 
 
2.4 Desafio para a gestão democrática da educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://br.freepik.com/vetores-gratis/colecao-do-icone-da-
escola_839793.htm#term=busness&page=1&position=6 
 
Como já estudado, existe um movimento que defende a democratização 
da educação pública que seja de qualidade. Essas reivindicações se 
intensificaram nos anos de 1980 e tiveram como resultado a aprovação do 
princípio da gestão democrática do ensino público, presente no artigo 206 da 
Constituição Federal de 1988. 
 
 
 
21 
 
 
 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 
Título VIII 
Da Ordem Social 
Capítulo III 
Da Educação, da Cultura e do Desporto 
Seção I 
Da Educação 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
 I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
 II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
 III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições 
públicas e privadas de ensino; 
 IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
 V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos 
de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das 
redes públicas; 
 VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
 VII - garantia de padrão de qualidade; 
 VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, 
nos termos de lei federal. 
 Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados 
profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação 
de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
 
Disponível em: 
https://www.senado.gov.br/atividade/const/con1988/con1988_08.09.2016/art_206_.asp 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB, estabelece e 
regulamenta o funcionamento da educação nos sistemas de ensino, dentre 
essas regulamentações está incluída em seu artigo 9º, que trata da elaboração 
do Plano Nacional de Educação, o princípio da gestão democrática. 
O Plano Nacional de Educação, o PNE aborda questões, concepções e 
metas direcionadas à melhoria da qualidade do ensino e à gestão democrática. 
 
 
22 
 
Saiba Mais 
O Plano Nacional de Educação (PNE) determina diretrizes, 
metas e estratégias para a política educacional dos próximos 
dez anos. 
Saiba mais acessando o site: http://pne.mec.gov.br/ 
 
Pesquise 
Você pode pesquisar sobre Gestão Escolar no link da Revista 
Nova Escola: 
https://gestaoescolar.org.br/ 
 
 
Para que haja uma gestão democrática da educação, é necessário que 
também existam alguns elementos que a compõe. Mas quais seriam esses 
elementos? 
Segundo Araújo (2000), existem quatro elementos fundamentais que são 
indispensáveis para que exista uma gestão democrática, são eles: participação, 
pluralismo, autonomia e transparência. 
 
 Participação: o comprometimento com a democratização da 
educação, consiste no desafio de ampliar e criar canais de 
participação dos sujeitos sociais nos rumos da escola, fazendo com 
que ela seja um espaço público para a prática da cidadania; 
 
 Autonomia: pode possibilitar o surgimento de uma democracia 
legítima por meio da ação direta dos sujeitos que participam da 
rotina da escola, partindo daí as soluções de problemas sem se 
pautar apenas em ordens de “cima para baixo” que não levam em 
consideração a existência dos sujeitos, seus anseios e suas reais 
necessidades; 
 
http://pne.mec.gov.br/
https://gestaoescolar.org.br/
 
23 
 
 Pluralismo: compreender a instituição educativa como espaço 
público onde pode-se manifestar a diversidade de opiniões, sendo 
assim, o pluralismo torna-se fundamental. Ele é entendido como 
respeito ao outro, as diferentes opiniões e à diversidade de 
pensamento. O reconhecimento da existência de diferenças de 
identidade e de interesses que convivem no interior da escola, 
contribuem com o processo democrático; 
 
 Transparência: se apresenta como um meio eficiente de dar 
credibilidade ao espaço público, ou seja, a lisura que permite aos 
cidadãos participarem do controle do meio público. Na escola 
depende da participação da comunidade no ambiente e no dia a 
dia escolar, com a socialização das informações para criar um 
clima de confiança e clareza das propostas da escola. 
 
 Lembramos que existem algumas diferenças entre a gestão administrativa 
e a gestão escolar. É importante destacar que a gestão escolar é uma dimensão 
das instituições de educação, não é um fim em si mesmo, mas, é um meio, um 
processo pelo qual a educação vai sendo organizada e que tem por objetivo a 
aprendizagem significativa dos estudantes. Também é importante destacarmos 
que se busca uma gestão e uma educação voltada para as práticas de cidadania, 
por este motivo a gestão democrática é importante, para que se possa 
desenvolver as demandas sociais de maneira contextualizada e justa, porém, as 
práticas democráticas, sejam elas na gestão da escola, nas relações cotidianas 
e de maneiras mais amplas, podem enfrentar alguns desafios. 
 Para a gestão democrática da escola, existem muitos desafios que ainda 
se precisa superar. Pode-se começar pelos elementos: participação, autonomia, 
transparência e pluralismo. Estes são elementos que precisam estar presentes 
em todas as práticas democráticas, como já visto anteriormente. 
 Para a gestão escolar pode-se citar mais alguns desafios, tais como: 
 
 Respeito a diversidade; 
 Evasão escolar; 
 Respeito a legislação vigente; 
 
24 
 
 Autonomia da escola; 
 Participação da comunidade escolar. 
 
Para que se possa haveruma gestão democrática, é preciso lembrar que 
sua implementação nas escolas e instituições não acontecem da noite para o 
dia. Para que ela realmente aconteça é preciso um movimento constante de 
ação–reflexão-ação. A democracia demanda respeito, solidariedade, 
comprometimento, responsabilidade e principalmente ética. 
 
Para Refletir 
“É que a democracia, como qualquer sonho, não se faz com 
palavras desencarnadas, mas com reflexão e prática”. 
Paulo Freire, 1998. 
Pensando no que estudamos até agora, qual é a importância 
da gestão democrática para a educação? E para o papel dos 
trabalhadores em educação? 
 
 
Resumo da aula 2 
 
Nesta aula estudou-se o que é gestão, quais as diferenças da gestão 
administrativa e escolar, bem como o papel das gestões democráticas para os 
objetivos de aprendizagem dos estudantes e as práticas de cidadania. Refletiu-
se ainda sobre os desafios postos a esse tipo de gestão pensando os cenários 
e contextos atuais, deixando como reflexão, repensar sobre como superar esses 
desafios e quais os papéis dos trabalhadores em educação nesse processo, 
especialmente do orientador pedagógico. 
 
 
25 
 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURA 
Leia a obra Gestão Democrática da 
Educação - atuais tendências, novos 
desafios, de Naura S. C. Ferreira. Esta 
obra é composta por cinco capítulos que 
tratam de democratização da gestão da 
educação e seu compromisso, na 
complexidade do mundo hodierno, como 
mecanismo capaz de promover e 
assegurar a capacitação de homens e 
mulheres à participação efetiva da 
construção das instituições, da sociedade, de suas vidas e de 
um mundo mais humano. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre a gestão democrática na escola da atualidade. 
 
 
 
 
Aula 3 - Organização da escola: elementos que compõe a interferem na 
cultura escolar 
 
Apresentação da aula 3 
 
Nesta aula serão estudados os elementos que compõe a cultura escolar. 
Sabe-se que as escolas são um universo composto de muitas informações, 
nesse sentido, para que a escola seja organizada, ela precisa ter elementos que 
ajudem nesta organização e na gestão dos seus processos, e para isso, serão 
vistos agora, quais elementos ajudam nessa organização escolar. 
 
 
 
26 
 
3.1 Gestão democrática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://br.freepik.com/fotos-gratis/vista-de-cima-de-colegas-de-trabalho-
planejamento-de-uma-
estrategia_864127.htm#term=management&page=6&position=42 
 
 Conforme estudou-se até aqui, pode-se dizer que a gestão democrática 
do sistema e da escola, precisa desenvolver maneiras para que todos possam 
participar dos seguimentos escolares e participar das decisões que são 
necessárias. A escola tem como objetivo também, proporcionar o exercício da 
construção democrática já que é um espaço social de construção coletiva de 
conhecimentos, valores e posturas perante a vida e a sociedade. 
 Para que os sistemas de educação possam se organizar, é preciso que 
haja um planejamento que auxilie esse trabalho. Para que exista essa 
organização que se espera da escola, é importante que considere os Planos 
Educacionais do Estado e do Município. 
 Na escola, é o Projeto Político Pedagógico (PPP) que organiza, viabiliza, 
prevê e concretiza as ações educacionais, estabelecendo os objetivos da escola 
e qual as maneiras mais adequadas de alcançar esses objetivos. O PPP é o eixo 
da gestão democrática da escola, lembrando que ela deve ser um espaço de 
participação, de pluralismo, de autonomia e transparência. 
É importante que para se compreender as gestões democráticas é 
necessário que se façam algumas reflexões sobre a prática social da educação 
e o papel da escola. A educação se realiza a partir das relações sociais que as 
pessoas desenvolvem no convívio com o outro, em sociedade. Sendo assim, ela 
acontece na prática, na experiência que as pessoas vivenciam, então, podemos 
dizer que a educação é uma prática, e que acontece no âmbito social. 
 
27 
 
 Pensando sob essa ótica, a educação acontece em diferentes espaços e 
lugares, pode-se citar como exemplo: a família, a igreja, a escola, etc. Na escola, 
a educação é sistematizada, organizada e desenvolvida de preferência como 
prática democrática participativa e que favoreça o exercício consciente da 
cidadania, prezando pelo comprometimento dos sujeitos com os interesses da 
sociedade de maneira mais geral. 
Nesse sentido a gestão democrática está prevista na Constituição Federal 
de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e no Plano Nacional 
de Educação. 
 
3.2 O Projeto Político Pedagógico e o planejamento escolar 
 
 Toda escola como instituição tem objetivos que pretendem alcançar, 
metas que são necessárias que se cumpram e projetos a serem realizados. Esse 
conjunto e os meios que serão utilizados para que se concretize é o que compõe 
o Projeto Político Pedagógico, o PPP. 
 Se considerarmos as palavras que dão nome ao documento, podemos 
compreender melhor sua função: 
 
 É um projeto porque nele se reúnem propostas de ações concretas 
que se pretende executar durante um determinado período de 
tempo; 
 É político porque a escola é um espaço que tem como objetivo a 
formação de pessoas que sejam cidadãos conscientes, 
responsáveis, críticos e comprometidos coletivamente com a 
sociedade e a comunidade da qual fazem parte, podendo modificar 
os caminhos que se podem seguir; 
 É pedagógico, pois, esse documento organiza e define as 
atividades, as metas, os objetivos e os projetos necessários ao 
processo de ensino e de aprendizagem na escola. 
 
 Quando juntamos estas três dimensões, o Projeto Político Pedagógico 
torna-se um guia que indica a direção a seguir. O Projeto Político Pedagógico 
configura-se em uma forma de planejar. 
 
28 
 
Ví deo 
Assista ao vídeo em que Maura Barbosa, consultora 
pedagógica de Gestão Escolar, visita a escola EMEB 
Professora Ana Isabel da Costa Ferreira, em Mogi Mirim (SP), 
para falar sobre como fazer o PPP funcionar na prática. 
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=s_tnaiuAksM 
 
 A construção de um Projeto Político Pedagógico, na perspectiva de uma 
gestão que seja democrática, é norteado pelos mesmos princípios de uma escola 
pública que preza pela democracia. Para Sacristan (2001), a escola como projeto 
da modernidade possui objetivos e finalidades consideradas por ele em cinco 
grandes grupos: 
 
1. A fundamentação da democracia; 
2. O estímulo ao desenvolvimento da personalidade do sujeito; 
3. A difusão e o incremento do conhecimento e da cultura em geral; 
4. A inserção dos sujeitos no mundo; 
5. A custódia dos mais jovens, suprindo nessa missão a família. 
 
 Nesse sentido, para realizar o projeto social da educação, a escola precisa 
refletir sobre seu projeto como instituição social, e essa tarefa se concretiza na 
elaboração do PPP de cada escola e como ele será executado. 
 Para Ilma Passos Veiga (2000), uma escola pública e democrática precisa 
de princípios orientadores para o seu projeto, segundo ela são: 
 
 Igualdade de condições para acesso e permanência; 
 Qualidade para todos (acrescentaríamos “qualidade social para 
todos”); 
 Gestão democrática, 
 Liberdade - princípio que sempre está associado à ideia da 
autonomia; 
 Valorização do magistério. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=s_tnaiuAksM
 
29 
 
 Para que se possa discutir o Projeto Político Pedagógico, existem os 
princípios centrais para a gestão democrática da escola: autonomia e 
participação. Assim, para Gadotti (2000), esses princípios garantem que o PPP 
não se torne apenas uma “carta de intenções”, para ele, estes dois princípios, 
mostram que a autonomia e a gestão democrática da escola fazem parte da 
própria natureza do ato pedagógico. A gestão democrática da escola é, portanto, 
uma exigência do seu Projeto Político Pedagógico. 
Amplie Seus Estudos 
SUGESTÃO DE LEITURALeia a obra Projeto Político-Pedagógico da 
Escola: uma construção possível, de IIlma 
Passos Alencastro Veiga. Essa coletânea 
busca a organização do trabalho 
pedagógico por meio da constituição de um 
projeto político e pedagógico. 
 
 
 Para construir o Projeto Político Pedagógico, é necessário ter em mente 
um planejamento. “Mas o que é planejamento? ” 
 O planejamento é um processo contínuo e dinâmico em que existe um 
conjunto de ações intencionais, que estão interligadas e coordenadas para que 
se possa realizar objetivos futuros e antecipar decisões. 
 Existem vários tipos de planejamento, o que está em pauta nesse 
momento é o planejamento escolar. Sendo assim, “o que é o planejamento 
escolar? ” 
 Podemos dizer que o planejamento escolar é a estruturação das 
atividades, tarefas e decisões de uma escola, em que qualquer coisa que 
acontece na instituição, deve estar devidamente organizada como parte desse 
planejamento. 
 É o planejamento que estabelece a finalidade, a missão de uma dada 
ação, instrumentalizando os processos de gestão, demarcando a maneira como 
se pode realizar algum tipo de intervenção. 
 
30 
 
Vocabula rio 
Intervenção: é o ato ou efeito de intervir, ou seja, interceder 
por algo ou alguém. 
 
 
 
 As experiências escolares mostram que quando o planejamento escolar 
é feito sem atenção às políticas que lhe dão suporte (tais como a LDB e a 
Constituição, sendo pensado somente de maneira burocrática, deslocando-se 
das realidades escolares) ele não terá sentido nenhum em existir. 
 É importante que o planejamento leve em consideração o histórico e seja 
contextualizado de todas as ações da escola, e nesse sentido cabe lembrar que 
o PPP envolve etapas que se complementam e que são interligadas, 
realimentando todo o processo. Essas etapas são: elaboração, 
acompanhamento e avaliação (BORDIGNON; GRACINDO, 2000). 
Pensando em um trajeto de construção e planejamento que seja cíclico, é 
preciso pensar na elaboração, acompanhamento e avaliação e que estes 
elementos se entrelaçam, dando sentido a cada um desses fatores: 
 
1. Primeiro, a elaboração considera dois eixos: a finalidade da escola 
e seu ambiente interno e externo. Como expectativa de futuro, a 
finalidade orienta a definição da filosofia, das políticas e objetivos 
institucionais. A análise do ambiente dá a dimensão situacional, seus 
limites e possibilidades. Da análise situacional decorrem estratégias 
de ação e definição de responsabilidades; 
2. Em segundo, o acompanhamento desvela a ação - o PPP na 
prática -organizando as condições para sua execução; 
3. E por fim, avaliação tem uma função diagnóstica, oferecendo 
informações fundamentais para a tomada de decisão, tanto na 
elaboração, quanto durante todo o acompanhamento do PPP, 
permitindo assim, a permanente correção de rumos na direção da 
finalidade da educação. É a avaliação que revela os objetivos reais, 
 
31 
 
a coerência entre o discurso e a prática, entre as demandas da 
sociedade e a ação educacional. 
 
 O Projeto Político Pedagógico, utilizado como instrumento de 
planejamento coletivo, pode fazer com que se crie uma unidade do trabalho 
escolar, unindo os trabalhadores da educação envolvidos nos processos 
formativos de ensino-aprendizagem, não separando os que planejam dos que 
realizam as atividades. Se for elaborado, executado e avaliado de maneira 
conjunta e coletiva, pode criar uma nova lógica em que todos os segmentos 
planejam, oportunizando uma visão do todo. 
Importante 
O PPP é um documento teórico-prático que pressupõe relações 
de interdependência e reciprocidade entre os dois polos, 
elaborado coletivamente pelos sujeitos da escola e que aglutina 
os fundamentos políticos e filosóficos em que a comunidade 
acredita e os quais deseja praticar. Define os valores 
humanitários, princípios e comportamentos que a espécie 
humana concebe como adequados para a convivência humana; 
sinaliza os indicadores de uma boa formação e qualifica as 
funções sociais e históricas que são de responsabilidade da 
escola. É um instrumento que organiza e sistematiza o trabalho 
educativo, compreendendo o pensar e o fazer da escola por 
meio de ações, atos e medidas que combinem a reflexão e as 
práticas do fazer pedagógico (SILVA, 2003, p. 296). 
 
 Para a elaboração do PPP, cita-se: 
 
1. Deve-se estabelecer a finalidade e o papel social da escola; 
2. Determinar o perfil de cidadania que se quer ter na escola; 
3. Delimitar os conteúdos, metodologias e tecnologias para que o 
estudante se desenvolva de maneira plena a nível pessoal e social; 
4. Constituir estratégias de acompanhamento e avaliação para que 
exista uma educação democrática, cidadã, inclusiva e socialmente 
relevante; 
 
32 
 
5. Construir democraticamente, com o envolvimento de todos os 
segmentos da escola: direção, professores, funcionários, alunos, 
pais e comunidade; 
6. Propor ações que possam garantir o acesso e a permanência, de 
todas e todos os estudantes; 
7. Garantir a consolidação da gestão democrática, com a participação 
de todos, inclusive o Grêmio Estudantil, caso haja; 
8. Reorganizar o trabalho educativo, em que cada parte deve ser vista 
como integrante de um todo; 
9. Promover a qualidade na educação, como construção social 
coletiva; 
10. Pensar de maneira interdisciplinar, com o envolvimento de todas 
as áreas do conhecimento; 
11. Valorizar o trabalho das professoras e professores, garantindo a 
formação continuada; 
12. Proporcionar as condições de trabalho para que haja 
cumprimento do currículo escolar. 
 
 Pode-se assim dizer que o PPP irá, ou deverá refletir as ações 
pedagógicas e administrativas para que se alcance os objetivos desejáveis na 
busca de uma educação para a cidadania e para as práticas democráticas. 
 Nesse sentido, ressalta-se a importância da construção de um PPP que 
seja feito de maneira coletiva e que vise a gestão democrática dos sistemas de 
ensino, em que a educação contribua para a qualidade social das pessoas. 
 
Saiba Mais 
Leia a reportagem sobre planejamento na Revista Nova 
Escola, que está disponível no link: 
https://novaescola.org.br/conteudo/431/planejamento-
momento-de-repensar-a-escola 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/431/planejamento-momento-de-repensar-a-escola
https://novaescola.org.br/conteudo/431/planejamento-momento-de-repensar-a-escola
 
33 
 
3.3 Currículo Escolar 
 
 O Currículo Escolar, é uma lista de tudo que se pretende ensinar na 
escola, como fazer e como avaliar as aprendizagens. Geralmente são 
compostos pelas disciplinas de cada série com uma lista, ordenada de maneira 
sequencial dos conteúdos que os estudantes precisam aprender ao final do ano 
letivo. 
 Ele abrange experiências de aprendizagens a que os estudantes vão 
passar, bem como as metodologias de ensino utilizadas para cada nível de 
ensino. É importante que o currículo seja construído levando em consideração a 
diversidade de pessoas que compõe a escola, bem como suas identidades 
pensando na individualidade de cada um, mas também nos contextos sociais 
dos quais fazem parte. 
 Os conteúdos que fazem parte dos currículos, precisam desenvolver o 
senso crítico e questionador dos estudantes, desenvolvendo assim, 
potencialidades que sejam voltadas para a construção de práticas cidadãs. 
 O seu objetivo é compreender e descrever os fenômenos que acontecem 
nas práticas escolares. Pode-se dizer que existem três teorias do currículo, e 
que o tipo de educação depende da perspectiva adotada pela escola e pelo 
corpo docente. As teorias são: tradicionais, críticas e pós-críticas. Vejamos cada 
uma delas: 
 
 Teorias tradicionais: essa teoria tem como principal objetivo 
preparar os alunos e alunas para a aquisição de habilidades 
intelectuais através da memorização. Essa teoria teve origem nos 
Estados Unidos, e é composta de uma tendência conservadora, 
baseada nos princípioseconômicos de Frederick Taylor (1856-
1915), em que tentava igualar o sistema educacional ao modelo 
capitalista organizacional e administrativo das empresas; 
 
 Teorias críticas: para as teorias críticas não existe neutralidade, já 
que todas as teorias estão baseadas em relações de poder. Essas 
relações estão implícitas nas disciplinas, nos conteúdos e nas suas 
 
34 
 
distribuições na escola através do currículo. Essas relações podem 
reproduzir as desigualdades que já existem na sociedade, e fazem 
com que muitos dos estudantes não consigam chegar ao final do 
sistema educativo, já que predomina a lógica das classes 
dominantes. Percebe o currículo como um campo que prega a 
liberdade e um espaço cultural e social de lutas. 
 
 Teorias pós-críticas: as perspectivas pós-críticas compreendem 
o currículo como algo que produz relações de gênero, já que nos 
sistemas escolares predominam as estruturas patriarcais. Faz uma 
crítica a desvalorização do desenvolvimento cultural e histórico de 
alguns grupos de minorias étnicas, por exemplo, aos conceitos de 
ciência e razão, defendendo que o conhecimento não é algo certo 
e dado, questionando o conceito de verdade que predominou 
durante muito tempo na ciência. 
 
 É importante que a escola saiba a qual teoria curricular ela vai se afiliar, 
já que em função das divergências entre as teorias, torna-se fundamental discutir 
qual currículo ela quer adotar para se chegar aos objetivos desejados. Essa 
escolha se dá a partir da concepção do seu Projeto Político Pedagógico, já que 
é esse documento que fundamenta a prática teórica da instituição. 
Ví deo 
Para ampliar seus conhecimentos sobre currículo escolar, 
assista a aula Fundamentos da Organização do Currículo 
Escolar - Aula 01 - Currículo: gênese e transformações, da 
UNIVESP. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Wevbe-
px4lk 
https://www.youtube.com/watch?v=Wevbe-px4lk
https://www.youtube.com/watch?v=Wevbe-px4lk
 
35 
 
Saiba Mais 
Leia o livro Documentos de Identidade, 
de Tomaz Tadeu da Silva, que busca 
traçar um mapa dos estudos sobre 
currículo desde sua gênese, nos anos 
vinte, até às atuais teorias pós-críticas. 
Em capítulos curtos e redigidos em 
linguagem direta, o autor fornece um 
panorama sintético mas abrangente das 
principais perspectivas sobre currículo. 
 
3.4 Avaliação 
 
 Os processos de avaliação são outro elemento fundamental na escola. 
 
A avaliação não é tudo; não deve ser o todo, nem na escola nem fora 
dela; e se o frenesi avaliativo se apoderar dos espíritos, absorver e 
destruir as práticas, paralisar a imaginação, desencorajar o desejo, 
então a patologia espreita-nos e a falta de perspectivas, também. 
(MEIRIEU, 1994) 
 
 Se pensar na avaliação em uma concepção pedagógica mais moderna, 
pode-se conceber a educação como experiência de vivências múltiplas, 
valorizando o desenvolvimento integral dos estudantes. Nesse sentido, a 
avaliação assume um significado orientador e cooperativo. 
 “Mas qual é a importância da avaliação para os sistemas educacionais? ” 
 Pode-se dizer que a avaliação é um processo que deve ser realizado 
continuamente, de forma cumulativa e sistemática, com o objetivo de 
diagnosticar a situação em que cada aluno se encontra com relação à proposta 
curricular. Nesse sentido, ela deve ser compreendida como uma prática de 
investigação e de questionamento da relação de ensino aprendizagem, 
buscando identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma 
forma que valorize o diálogo. 
 Se como profissionais da educação, pensar-se a avaliação nesse sentido, 
o erro deixa de representar a ausência de conhecimento ou aprendizagem, mas, 
será o ponto para a reflexão sobre a prática pedagógica que vai interferir no 
currículo e no PPP. 
 
36 
 
 Nessa lógica, considerando o que diz a Lei 9.394/96, Lei de Diretrizes de 
Bases da Educação Nacional, pode-se considerar uma educação que priorize 
valores e atitudes democráticas, priorizando os aspectos qualitativos ao invés de 
quantitativo, buscando a melhoria dos resultados ao longo do período educativo. 
 O estudante, sendo bem orientado, saberá dizer quais são seus pontos 
fortes, e como construiu sua aprendizagem, conseguindo identificar o que ainda 
precisa aprender e melhorar. 
 Nesse sentido, a avaliação pode desenvolver, tanto nos trabalhadores em 
educação quanto nos estudantes, a noção de responsabilidade e uma atitude 
crítica, principalmente se for criada uma oportunidade de auto avaliação, que 
comece por si mesmo, resultando em assumir seus próprios atos diante dos 
resultados. 
 
Ví deo 
Assista ao vídeo Avaliação da aprendizagem, com Cipriano 
Luckesi, doutor em Educação pela USP-SP, em que explica a 
prática cotidiana da sala de aula, em que a avaliação é um 
grande desafio para os educadores. 
Acesse no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=JqSRs9Hqgtc 
 
É importante refletir sobre os processos avaliativos, revendo as 
concepções de ensino aprendizagem, de educação e de escola, e pensando em 
sempre estar apoiado em princípios e valores comprometidos com a instituição, 
bem como de alunos cidadãos. Quando, a partir dessa reflexão, a avaliação for 
colocada em prática, será vista como função diagnóstica, dialógica, com 
possibilidade transformadora da realidade escolar. 
 
Resumo da aula 3 
 
Nesta aula estudou-se o Projeto Político Pedagógico e como a sua 
construção coletiva é importante para a prática democrática da gestão da 
https://www.youtube.com/watch?v=JqSRs9Hqgtc
 
37 
 
educação. Estudou também o currículo, como documento que organiza e articula 
os conhecimentos, as práticas e as metodologias dentro dos processos de 
ensino e aprendizagem, assim como, a escolha de uma teoria pode definir o tipo 
de educação. Por fim, pudemos conhecer um pouco mais sobre a avaliação, 
pensando na sua importância para os processos educacionais. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Discorra sobre os documentos que compõe a organização 
escolar, cite dois deles e qual sua importância no processo 
educativo. 
 
 
 
 
Aula 4 - Orientação dos sujeitos da escola e dimensões coletivas 
 
Apresentação da aula 4 
 
 Nesta aula será estudado sobre os sujeitos da educação, sobre a escola 
como ambiente/espaço/tempo em que esses sujeitos experimentam diferentes 
processos formativos e como o orientador pedagógico pode contribuir nesses 
processos. 
 
4.1 O trabalho pedagógico do Orientador Escolar 
 
 A escola é o primeiro lugar em que os indivíduos entram em contato com 
o mundo, em que sua família não está sempre presente. É nesse lugar que ele 
vai aprender a conviver com regras, com burocracias, diferenças, grupos e de 
maneira geral com a estrutura social da vida na sociedade. Portanto é 
fundamental que a escola seja um ambiente democrático e que contribua para a 
formação cidadã dos sujeitos. 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:https://br.freepik.com/vetores-gratis/coleta-de-elementos-da-
escola_1022112.htm#term=professor&page=2&position=2 
 
 
A escola vem se modificando ao longo dos anos. Mesmo parecendo que 
ela está engessada, parada no tempo, já que se passa por mudanças 
tecnológicas cada vez mais rápidas, devido aos avanços principalmente das 
telecomunicações, por vezes a escola e as sociedades não conseguem 
acompanhar esse ritmo. Diante disso, a escola tem grandes desafios para a 
educação atual, enquanto instituição social que forma os sujeitos que vão estar 
na sociedade. 
Essas mudanças fazem com que seja preciso manter uma condição 
reflexiva sobre a escola, para que essa seja um espaço em que se possa garantir 
o respeito a diversidade e a promoção da educação de qualidade, para a 
formação de cidadãos que dividam princípios éticos e democráticos no convício 
social. 
Pode-se perceber que a escola se constitui como lugar importante para a 
socialização e de produção de identidades e deculturas, e por vezes parece 
distante dos interesses dos alunos, o que cria a ideia de jovens desinteressados 
das constantes mudanças que caracterizam o tempo presente (BAUMAN, 2001). 
No entanto, apesar de parecer muitas vezes parada no tempo, a escola se 
constitui em um importante espaço de convivência e de produção social em que 
podem-se observar diferentes formas de se perceber e experimentar o mundo. 
Pode-se dizer que são muitas as funções da escola, dentre elas: a de 
formar o cidadão, possibilitar a construção de conhecimentos, atitudes e valores 
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39 
 
éticos e democráticos, educar a ouvir, analisar, questionar, opinar, entender, 
decidir, resolver questões problemas de maneira mais geral, a ser solidário e 
participativo e ir a busca de seus objetivos. 
Ví deo 
Assista ao vídeo do professor José Pacheco, publicado em 
janeiro de 2012, que apresenta um projeto inovador para a 
educação: Fazer a Ponte. De projeção internacional, traz 
elementos de organização pedagógica, comunitária e 
administrativa, na proposta de formar cidadãos cada vez mais 
cultos, autônomos, solidários e democraticamente 
comprometidos com a construção de um novo projeto de 
sociedade. Pelo desenvolvimento dessa proposta, Pacheco 
recebeu, em 1977, o prêmio "Experiências Inovadoras no 
Ensino". 
Assista ao vídeo no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=reOEnY8jkjo 
 
4.2 O papel dos profissionais da educação 
 
 Os trabalhadores da educação têm sido apontados como responsáveis 
pelo fracasso escolar, porém, se observado por outro ângulo, poderá se perceber 
que a situação objetiva de trabalho dessas pessoas – professores e professoras, 
funcionárias e funcionários das escolas – tem sido realizado, muitas vezes em 
condições precárias, desvio e fragmentação das suas atividades, além de 
desvalorização das categorias. 
 Mesmo com esse cenário, cada vez mais se requer desses profissionais 
uma ação multifuncional frente ao panorama mais complexo das relações 
sociais, trabalhistas e culturais. 
 Historicamente, no Brasil, os processos de formação e capacitação dos 
trabalhadores em educação não tem sido suficiente para dar conta das numeras 
realidades que o sistema educativo do país tem. Em sua maioria, a formação 
inicial é deficiente, os salários são baixos e as escolas, especialmente as 
públicas, em sua maioria não possuem condições físicas e de recursos para a 
realização eficiente do trabalho. 
https://www.youtube.com/watch?v=reOEnY8jkjo
 
40 
 
 Nesse sentido é necessário que haja vontade e luta política para que se 
possa pensar em reverter essa situação. 
 Além disso, os trabalhadores da educação sofrem com o pouco prestígio 
social, colocando em questão a formação, a prática, a eficiência, a identidade a 
classe e a categoria, de maneira geral. Essas questões nos remetem à 
necessidade de articulação dos processos de gestão com as condições objetivas 
em que se realiza a ação pedagógica, como já estudado. Ainda, é preciso 
condições de formação e profissionalização dos professores e dos funcionários. 
 Nessa perspectiva, os trabalhadores e as trabalhadoras em educação 
vêm se esforçando pela criação de mecanismos de participação e 
democratização da gestão escolar. 
 Ao pensar a democratização da gestão, precisa-se considerar em que 
condições tais profissionais realizaram os processos de trabalho e as ações 
pedagógicas. Dessa forma, já estudamos que é preciso entender a gestão como 
um espaço de construção política, e que vai além das questões puramente 
administrativas e, portanto, torna-se necessário englobar as condições objetivas 
dos profissionais que atuam no dia a dia dos processos de ensino-aprendizagem, 
de democratização da gestão e de escolha dos dirigentes escolares. 
 É fundamental fortalecer o processo de participação dos diferentes 
segmentos na escola, destacando a atuação dos trabalhadores em educação 
por meio da compreensão e discussão do seu papel social e dos processos de 
trabalho que ocorrem em seus espaços. 
 
4.3 Trabalho pedagógico do Orientador 
 
 A Orientação Educacional é: 
 
Um sistema em que se dá através da relação de ajuda entre 
Orientador, aluno e demais segmentos da escola; resultado de uma 
relação entre pessoas, realizada de maneira organizada que acaba por 
despertar no educando oportunidades para amadurecer, fazer 
escolhas, se auto conhecer e assumir responsabilidades (MARTINS, 
1984, p. 97). 
 
 A Orientação Educacional deve ser um processo realizado de maneira 
organizada e permanente dentro da escola, buscando a formação integral dos 
 
41 
 
estudantes, através das aprendizagens e conhecimentos obtidos na escola 
através de métodos e técnicas cientificas. 
 
Saiba Mais 
Leia a reportagem Orientador Educacional: o mediador da 
escola da Revista Nova Escola, de Daniele Almeida. 
Disponível no link: 
 https://novaescola.org.br/conteudo/450/mediador-escola 
 
 
 Pensando nas transformações que as sociedades e as escolas vêm 
passando ao longo dos tempos, o trabalho de Orientação precisou adaptar-se 
as mudanças e necessidades dessa nova sociedade. Nos dias de hoje, é 
importante que o orientador busque conhecer as realidades nas quais estão 
inseridos, tanto a escola, quanto os estudantes e suas famílias, levando em 
consideração caraterísticas e vivencias que compõe essas realidades, já que os 
processos de ensino aprendizagem passam a acontecer em diversos campus e 
com influência dos meios de comunicação. 
 Podemos citar as transformações na profissão, pensando a partir da 
legislação, em uma linha do tempo: 
 
 Período implementar: de 1920 a 1941 - associado à Orientação 
Profissional, prevalecendo a escolha profissional; 
 
 Período Institucional: de 1942 a 1961 - exigência legal da 
Organização Educacional nos estabelecimentos de ensino e nos 
cursos de formação; 
 
 Período Transformador: de 1961 a 1970 - a Orientação 
Educacional é caracterizada como educativa, ressaltando a 
formação do orientador e fixando Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional; 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/450/mediador-escola
 
42 
 
 Período Disciplinador: de 1971 a 1980 - a Orientação 
Educacional se torna obrigatória nas escolas, incluindo 
aconselhamento educacional; 
 
 Período Questionador: de 1980 a 1990 - o Orientador 
Educacional discute suas práticas, seus valores, a questão do aluno 
trabalhador, enfim sua realidade no meio social; 
 
 Período Orientador: a partir de 1990 - a Orientador Educacional 
volta-se para a "construção" do cidadão comprometido com seu 
tempo e com sua gente, trabalhando a subjetividade e a 
intersubjetividade, obtidas através de diálogo. 
 
 Já na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB 9394/96, a 
Orientação Educacional é citada, apenas no artigo 64: 
 
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, 
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a 
educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou 
em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, 
garantida, nesta formação, a base comum nacional. (BRASIL, 1996) 
 
 As escolas enfrentam muitos problemas, tais como a indisciplina, os 
conflitos familiares, auxílio aos professores e professoras para lidar com os 
estudantes que chegam com diferentes problemas e conflitos, além das 
dificuldades de aprendizagem, e nesse sentido, cada dia mais o Orientador 
Educacional está sendo requisitado e seu papel tem muita importância no 
ambiente escolar. Sendo assim, ele precisa trabalhar sempre buscando um 
desenvolvimento integral dos estudantes, atuando como mediador entre os 
professores, funcionários, estudantes e sociedade, promovendouma melhor 
convivência dentro e fora da escola. 
 
 
43 
 
Converse Com Seus Colegas 
O Orientador Educacional é um profissional que participa de 
todos os momentos coletivos da escola, na definição de seus 
rumos, na elaboração e na avaliação de sua proposta 
pedagógica, nas reuniões do Conselho de Classe, 
oferecendo subsídios para uma melhor avaliação do 
processo educacional. De que maneira ele pode realizar 
esse trabalho na escola atual? 
 
 O Orientador Educacional tem uma grande importância para todos os 
processos educacionais, conforme ilustração abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Elaborado pelo autor e adaptado pelo DI (2018). 
 
 Para que o Orientador Educacional consiga realizar seu trabalho de 
maneira plena, o profissional que ocupa essa posição na escola não deve ficar 
o tempo todo dentro de sua sala, apenas recebendo os estudantes que por 
algum motivo tenham que sair de suas salas de aula por motivos de disciplina, 
ele só vai conseguir saber o que está acontecendo na escola se entender as 
 
44 
 
suas funções e quais são os comportamentos destes estudantes que circulam 
pelo ambiente escolar, para que assim possa propor encaminhamentos 
adequados para cada tipo de situação. 
 Podemos enumerar algumas atividades das quais os Orientadores 
Educacionais devem se ocupar: 
 
 Orienta os alunos em seu desenvolvimento pessoal, preocupando-
se com a formação de seus valores, atitudes, emoções e 
sentimentos; 
 
 Orienta, ouve e dialoga com alunos, professores, gestores e com a 
comunidade; 
 
 Participa da organização e da realização do projeto político-
pedagógico e da proposta pedagógica da escola; 
 
 Ajuda o professor a compreender o comportamento dos alunos e a 
agir de maneira adequada em relação a eles; 
 
 Ajuda o professor a lidar com as dificuldades de aprendizagem dos 
alunos; 
 
 Medeia conflitos entre alunos, professores e outros membros da 
comunidade; 
 
 Conhece a legislação educacional do país; 
 
 Circula pela escola e convive com os estudantes. 
 
A Orientação Educacional na atualidade, caminha para a busca da 
totalidade dos estudantes, preocupando-se com a ampliação do conhecimento 
do educando como pessoa, construindo sua personalidade e participando 
consciente e ativamente de sua própria história de vida, valorizando a realidade 
de cada aluno. 
 
 
 
45 
 
Resumo da aula 4 
 
 Nesta aula estudou-se o papel do Orientador Pedagógico e sua função 
dentro das escolas para estabelecer relações harmônicas e coerentes com os 
processos de ensino aprendizagem dos estudantes, bem como com as 
premissas da educação e gestão democráticas. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Sabemos o quanto é importante que o orientador educacional 
caminhe ao lado de seus alunos, acompanhando seu 
processo de ensino aprendizagem. Partindo desta informação, 
no que implica esse "caminhar ao lado” do aluno? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Resumo da disciplina 
 
 Nesta disciplina houve a oportunidade de repensar os sistemas 
educacionais e a escola como lugar de participação democrática que pode ser 
exercitada principalmente a partir de uma gestão que tenha esse conceito como 
premissa. Estudou-se a construção de documentos que compõe a cultura 
escolar e que organizam as práticas metodológicas e de avaliação dos 
processos de ensino e aprendizagem que busquem o sucesso das atividades e 
propostas pedagógicas, com isso, por fim, estudou-se ainda o papel dos 
trabalhadores em educação na consolidação desses processos democráticos e 
o papel do Orientador educacional como um importante ator que estabelece as 
relações dialógicas dentro da escola, relacionando e considerando aspectos 
globais dos indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
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