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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 1 Antibiótic� Bactéria A bactéria possui duas membranas, uma interna e outra externa e entre elas uma parede celular constituída de peptídeoglicano, formado pelos aminoácidos alanina-D, que desvia a luz para a direita e alanina-L, que desvia a luz para a esquerda e os carboidratos NAG e NAM. Os aminoácidos promovem a ligação dos carboidratos, formando, assim, a parede celular da bactéria, que ocorre em 3 etapas:: 1a: inicia sua formação no citoplasma da bactéria, em que a glicose é ciclada por enzimas, formando o NAG. Do NAG surge o NAM. Essas moléculas, agora são unidas por uma base animada chamada difosfato de uracila, a UDP, com a ajuda de uma fosfatase. 2a (passagem pela membrana interna): este complexo vai para o espaço intermembrana, atravessando a membrana interna da bactéria. Ao passar por ela, ocorre uma reação em que a UDP é clivada por uma enzima específica da membrana interna, chamada alfa-transglicosidase, de modo que somente NAG e NAM atravessam. o NAG+NAG NAM+NAM = aumento da espessura. o NAG+ALA+NAM = aumento do comprimento. 3a (maturação): no espaço intermembrana, alguns aminoácidos, também sintetizados e liberados, como alanina, se associam ao NAG e NAM, crescendo a parede celular em comprimento e espessura, em um processo de maturação. Os antibióticos agem nas 3 diferentes etapas, ora inibindo fosfatase, no citoplasma, na etapa inicial, ora inibindo alfa-transglicosidase, no espaço intermembrana, na etapa intermediária, ora inibindo a etapa final, com a ligação da alanina ao NAG e NAM. Gram+ (espessura maior de parede celular - depende mais da parede celular) e Gram- (menor, mas mais resistente). Por isso, fármacos que inibem a formação da parede celular, vão ser mais ativos contra às gram+ Antibióticos -> têm pelo menos 2 grandes classificações: os que são bactericidas (matam a bactéria) e os que são bacteriostáticos (inibem o crescimento bacteriano, sua proliferação, para a divisão bacteriana). Bactericidas possui subgrupos: 1. Beta-lactâmicos - são uma classe ampla de antibióticos que inclui penicilina e seus derivados que possuem agente antibiótico e o núcleo B-lactamico em sua estrutura molecular. Anel cíclico com radical N -> ligados a R1 e R2. Estrutura fechada, clássica. Temos os clássicos (classes: penicilinas e cefalosporinas) e os outros (aztreonam e classe carbapenêmicos) que teriam uma pequena mudança na estrutura do anel. 2. Glicopeptídeos - vancomicina e polimixinas Resistência -> crescimento bacteriano de forma exponencial -> a cada 20min a bactéria pode criar uma sepa que seja mais resistente àquele tipo de antibiótico. O que leva à Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 2 resistência? A má prescrição; má adesão farmacológica chegando na concentração máxima de equilíbrio estático em 3 dias, 72 horas; automedicação. Quais são as resistências -> Aumento da síntese da enzima beta lactamase -> enzima capaz de degradar o anel cortando assim o mecanismo de ação. Alteração do sítio de ligação do antibiótico -> Inibe o influxo do antibiótico -> bactéria fecha algumas proteínas, proibindo a entrada de antibióticos para a célula. Aumento do efluxo do antibiótico. Mecanismo de ação dos beta-lactâmicos -> inibir a síntese da parede celular. Porém os carbapenêmicos são a exceção, eles destroem a parede celular ao invés de inibir a síntese. Por isso, eles são os mais fortes. Inibir a síntese da parede celular -> inibe a formação do peptideoglicana -> aminoácidos (L-alanina) e glicose. Inibindo a síntese no início -> cefalosporina que é mais potente. Inibindo no final -> penicilina. Derivados semi-sintéticos e sintéticos permitiram o uso de beta-lactâmicos no combate também às bactérias Gram -. Cefalosporinas de terceira geração e dos antibióticos carbapenêmicos têm potente ampla atividade antimicrobiana. Os monobactâmicos (aztreonam) mostram seres específicos contra atividades das bactérias Gram-negativa, inclusive Pseudomonas e muitas raças bacterianas de resistência múltipla. É mais usado grupo de antibióticos, principalmente, pelas pessoas alérgicas a penicilina. Anel aberto. Embora não seja antibiótico verdade, o inibidor B-lactamase é muitas vezes incluído nesse grupo. É associado aos antibióticos para diminuir a resistência bacteriana. Evitam que os betalactâmicos tenham seus anéis destruídos -> clavulanato, sulbactam e tazobactam. Associações: clavulanato + amoxicilina; sulbactam + piperacilina; tazobactam + cefalosporina. A bactéria consegue mudar a conformação da beta- lactamase, inibindo a ação dos inibidores da beta- lactamase, tornando-se ainda mais resistente. Penicilina - surge na década de 20 com Alexander Fleming Todas as penicilinas apresentam a estrutura básica: 1ª - Anel Tiazolidínico; 2ª - Anel beta- Lactâmico fixado; 3ª - Substituintes R podem ser fixados ao grupo amino. Classificação às modificações realizadas na molécula do 6-APA permitiram a classificação das penicilinas nos seguintes grupos: Grupo 1 (naturais) - penicilinas sensíveis à penicilinase/beta lactamase - grams+ e cocos, exceção de enterococos, alguns gram-, neisseria: meningite e gonorreia - benzilpenicilina ou penicilina G - fenoximetilpenicilina ou penicilina V (oral têm absorção menor) A penicilina G ela não tem uma boa administração oral pois é inativada no ph ácido do estômago -> administração intramuscular ficando latente por 30min e depois sendo liberado. Efeito a depender da dose pode perdurar em níveis de 3 a 30 dias devido ao Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 3 tamanho da molécula e a área de superfície do músculo. 90% são excretadas na urina de maneira inalterada -> excreção renal significativa. Grupo 2 - penicilinas que resistem à penicilinase/beta lactamase -> bactéria refratária ao grupo 1 -> mão - meticilina - nafcilina - oxacilina - dicloxacilina - cloxacilina chamadas de antiestafilocócicas, resistir a ação de penicilinases, especialmente produzidas por Staphylococcus aureus. São representados por Meticilina e Nafcilina. A Meticilina é uma penicilina semi-sintética, é inativada pelo suco gástrico e não é absorvida pelo trato gastrointestinal, sua administração só pode ser feita por via parenteral. A distribuição é ampla. A excreção é rápida principalmente pelo mecanismo de secreção tubular renal. A associação com probenecida reduz a excreção. Meia vida é de aprox 30min. Na insuficiência renal é prolongada chegando a quatro horas. A maioria dos estreptococos e das bactérias gram + são resistentes à meticilina. Pacientes nefropatas (insuf renal) -> aumento na meia vida dá meticilina. Naficilina é uma penicilina semi-sintética, penicilinase resistente, possui a seguinte forma estrutural: 2 anéis aromáticos, grupo cetona -> protegendo mais o anel betalactâmico. Pode ser usada por via oral embora se prefira a via parenteral pois sua absorção é maior. Liga-se às proteínas plasmáticas na taxa de 87 a 90%. Se distribui de forma ampla só que é secretada principalmente pela bile. Pacientes normais 60% da naficilina é metabolizada pelo fígado e 10% são recuperaveis na urina. Hepatopatas -> mais problemas de intoxicação de naficilina Efeitos colaterais ➔ em sua maioria se deve à ocorrência da hipersensibilidade; Todas penicilinas ➔ apresentam sensibilização e reatividade cruzada Grupo 3 (semi sintética) - penicilinas de espectro aumentado (pega Gram + e -) Clavulanato de amoxicilina permite beta lactâmico ter sua ação - amoxicilina - ampicilina são sensíveis a beta lactamase associar aos inibidores de beta-lactamase que não são antibióticos - atuam inibindo a enzima da bactéria permitindo o antibiótico fazer efeito -> Clavulanato, Sulbactam, Tazobactam As aminopenicilinas foram as primeiras penicilinas com atividade contra bactérias Gram-negativas. Pertencem a esta classificação a amoxicilina e a ampicilina. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 4 Ampicilina resistente à ação do suco gástrico, porém sensíveis às beta-lactamases. Pode ser administrada pelas vias oral, intramusculare intravenosa. Apesar de resistir à ação do suco gástrico, sua absorção, ao nível gastrointestinal, varia de 30 a 50% da dose ingerida. O alimento, no trato gastrointestinal, reduz a absorção do antibiótico. A ampicilina se liga às proteínas plasmáticas na taxa de 20%. É principalmente eliminada por via renal, através da secreção tubular. Espectro antibacteriano - pega cocos, é ativa in vitro contra a maioria das bactérias gram +, estafilococos e estreptococos, com exceção dos estafilococos produtores de beta-lactamases. Além de cocos Gram +, bactérias anaeróbicas com exceção de algumas bactérias. É ativa contra algumas bactérias Gram-negativas. A ampicilina é hidrolisada pelas beta lactamases produzidas por diversas bactérias Toxicidade - é bem tolerada e os efeitos colaterais são brandos, representados por exantemas e diarreia. Indicações - é bactericida, possui elevado índice terapêutico. Cistite aguda bacteriana, pielonefrite aguda, epidídimo-orquite aguda, gonorreia, não complicada ou disseminada, meningite, pneumonia, infecções cultaneas, otite média aguda, sinusite aguda, entre outros. Grupo 4 (sintetica) - penicilinas antipseudomonas, são às mais forte para Gram - - ticarcilina - azlocilina - piperacilina (top de linha no sentido de tratamento de Gram -) associada ao inibidor de beta-lactamase -> tazobactam = tazocin - carbenicilina tentar poupar esse antibiótico para casos de pseudomonas, não para qualquer caso de Gram - que pode utilizar o 3 penicilina - cocos e bastonetes segundo grupo - cocos, não muito enterococos terceiro e quarto grupo -> gram -, bastonetes, pseudomonas Cefalosporina - Cefamicinas Têm um elemento de enxofre associado ao anel aromático -> hipoprotrombinemia -> hemorragia. Agregação plaquetária -> tromboflebite -> CIVD . Inibem a via inicial da parede celular, ou seja, bloqueiam a ação da fosfatase, que não ajuda a UDP e não permite a formação de NAG e NAM. São mais potentes que a penicilina, por atuarem no início do processo. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 5 São mais estáveis que a penicilina e muitas beta-lactamases. 1ª Geração: absorvida de forma variável pelo intestino; Podem ser usados para o tratamento de infecções urinárias ou infecções causadas por estafilococos e estreptococos. Gram+ principalmente. 2ª Geração: mostra-se ativos contra micro-organismos inibidos por fármacos de 1ª geração. O cefalócito pode ser administrado por via oral. A dose habitual para adultos é de 10 – 15mg/kg/dia. Mostram-se ativas contra o H. influenzae. 3ª geração: Em comparação com os agentes de 2ª geração, esses fármacos proporcionam uma cobertura ampliada contra micro-organismos Gram negativos. Exemplo de cefalosporina de 4ª geração: Cefepima -> pseudomonas e Gram- Alguns desses tem a capacidade de atravessarem a barreira hematoencefálica. Mostram-se ativos a Citrobacter, S. marcescens. Efeitos colaterais Alergia Produzem sensibilização e podem causar uma variedade de reações de hipersensibilidade idêntica àquelas observadas com as penicilinas. Inclui: Anafilaxia, febre, exantemas. Aztreonan Único da classe do monobactémico disponível nos EUA. Espectro de contra micro-organismos Gram negativos Assemelha-se ao das CEFALOSPORINA DA 3ª GERAÇÃO. Usado em casos de alergia a penicilina e cefalosporina. Útil em bastonetes ou cocos gram negativos aeróbicos. Administração intravenosa, meia vida de 1 a 2 horas. Infusão intravenosa; penetram bem nos líquidos corporais e tecidos (exceção de cefoperazona) e todas cefalosporinas orais; meia vida de 7 a 8 horas. Toxicidade - produção de dor após injeção intramuscular e tromboflebite após injeção intravenosa. Toxicidade renal; podem causar hipoproteinemia e distúrbios hemorrágicos Carbapenens - Imipenem e Meropenem - diferença apenas na farmacocinética -> Mero têm uma meia vida um pouco maior. pegam mais cocos; relacionados com os antibióticos beta lactâmicos; Imipenem - 1o fármaco dessa classe; exibe amplo espectro; inativado por desidropeptidases nos túbulos renais (baixa concentração urinaria). Atividade um pouco maior contra anaeróbios Gram negativos e pouco menos com Gram + Cilastatina - inibidor de desidropeptidase -> enzima do túbulo renal pode ser dado associado ao Imipenem -> aumentando a concentração do carbapenêmico sérico Bactérias que têm resistência a carbapenêmicos -> conhecida como superbactéria -> infecção gravíssima. mecanismo de ação diferentes dos beta-lactâmicos clássicos, eles destroem a parede celular, formando poros. + poderoso que se têm dos beta-lactâmicos. Exibe amplo espectro; Inativado por desidropeptidases nos túbulos renais (baixa concentração urinária). Resistência bacteriana: aumento da síntese da enzima carbopeptidase, que degrada o anel carbapenêmico, semelhante à ação da beta-lactamase, que destrói o anel betalactâmico. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 6 PARTE 2 apendicite -> pedir hemoglobina Glicopeptídeo - bactericidas, inibir a síntese da parede celular (via intermediária) -> bloqueando a alfa-transglucosidase. A vancomicina bloqueia a transglucosidase. É adm por via parenteral. Tratamento de Colite. Associações: vancomicina + gentamicina. xxxxx Glicopeptídeos (inibidores da parede celular): a vancomicina tem ação bactericida sobre microrganismos Gram+. Sua ação resulta principalmente da inibição da biossíntese da parede celular, da alteração da permeabilidade da membrana citoplasmática e da síntese do RNA (ácido ribonucleico). Não há resistência cruzada entre a vancomicina e outras classes de antibióticos. Microbiologia: a vancomicina têm demonstrado atividade in vitro e clínica contra a maioria das cepas dos microrganismos listados abaixo, entretanto o principal uso é contra cepas de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina. xxxxx ANTIBIÓTICOS Espectro estreito - tem como alvo apenas subconjuntos específicos de patógenos bacterianos. O uso de antimicrobianos de amplo espectro pode levar ao desenvolvimento de uma superinfecção. Amplo espectro - alvo ampla variedade de patógenos. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 7 MODO DE AÇÃO lipofílicos -> emulsificar os lipídios -> atuam como detergentes - polimixina -> destruir a membrana plasmática. Forte efeito colateral -> pode matar as células da epiderme. Usada como última fronteira de tratamento. Inibidores da função de membrana Polimixina B e polimixina E (colistina) - são lipofílicos com propriedades semelhantes a detergentes e interagem com o componente lipopolissacarídeo da membrana externa das bactérias gram-negativas, rompendo suas membranas externa e interna e matando as células bacterianas. Polimixinas As polimixinas são ativas contra uma grande variedade de bacilos gram-negativos (incluindo P. aeruginosa e Acinetobacter spp.) incluindo muitas espécies de enterobactérias (como E. coli e Klebsiella spp.) e bacilos não-fermentadores. Degrana a membrana plasmática interna. Com isso, acaba destruindo a membrana das nossas células também, fazendo o paciente cursar com necrose epidérmica. É o antibiótico mais forte que se tem, utilizado somente em infecção hospitalar. São bacteriostáticos. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 8 Desta forma, as polimixinas têm sido utilizadas na prática clínica no tratamento de infecções graves por bacilos gram-negativos multirresistentes como P.aeruginosa e A. baumannii, principalmente, no tratamento de pneumonias associadas à assistência à saúde, infecções de corrente sanguínea relacionadas a cateteres, nas infecções do sítio cirúrgico e nas infecções do trato urinário. É a classe + forte contra bactérias gram -. Daptomicina - não mais potente que polimixinas ativada pelo Ca, sítio hidrofílico (parte externa) e cauda hidrofóbica (interna) -> forma um poro na membrana -> efluxo de potássio -> homeostase -> morte celular rápida. A potência comparada com a polimixinas. Quando a gram- e resistente a vancomicina e linezolida. Modo de ação: liga-se à membrana celular via inserção dependente de CÁLCIO da cauda lipídica. Isso causa uma despolarizaçãorápida, mas fazendo com que o K + deixe a célula. resulta em morte celular rápida. Atua na membrana celular. Recruta cálcio para formação de poro. Ação sobre bactérias gram +. Mostra-se potente, também, contra bactérias resistentes à vancomicina e linezolida. A principal indicação clínica deste antimicrobiano é o conjunto das infecções causadas por estafilococos resistentes à oxacilina e os enterococos. Apesar de apresentar excelente atividade in vitro contra pneumococo, a daptomicina é inativada pelo surfactante pulmonar, não podendo dessa maneira ser utilizada no tratamento de pneumonia. se liga na 30s não deixando a 50s se ligar -> inibe a síntese de ribossomo -> não leitura de RNAm -> bactéria não produzir mais nenhuma proteína (nem de proliferação nem de sobrevivência) -> aminoglicosídeo são bactericidas Aminoglicosídeo - impedindo síntese protéica -> não terminações adequadas ou de forma equivocada da proteína. Não age sobre as demais células porque os ribossomos das bactérias são diferentes. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 9 Efeito colateral -> ototoxicidade (toxicidade no ouvido interno). Temos: gentamicina, estreptomicina e amicacina Tetraciclinas -> age na subunidade 30s -> inibir o RNAt (inibindo a sua ligação ao sítio A - mudando a configuração da subunidade 30s). Não impede a formação do ribossomo -> não acabar com a síntese de todas as proteínas. Ela é bacteriostática. Impede a síntese protéica. Efeito Colateral -> osteoporose, raquitismo, mal formação fetal (atravessa a barreira placentária - polidactilia). Podem ser utilizadas no tratamento de infecções causadas por clamídias, riquétsias, cólera, brucelose e actinomicose. São alternativas no tratamento de infecções causadas por Mycoplasma pneumoniae, Neisseria…. A tigeciclina, um derivado da tetraciclina minociclina, é o primeiro antibiótico de glicilciclina disponível. Mesma potência de Polimixina. Inibe a síntese da proteína pela ligação à subunidade 30S do ribossomo. A tigeciclina é eficaz contra várias bactérias resistentes, inclusive as resistentes às tetraciclinas. É ativa contra bactérias Gram + (Staphylococcus aureus sensíveis e resistentes à meticilina, Streptococcus pneumoniae com sensibilidade reduzida à penicilina, Enterococcus faecalis sensíveis à vancomicina, E. faecium resistentes à vancomicina e Listeria spp). É ativa contra bactérias Gram _. Contra patógenos atípicos (Chiamidiae, Mycoplasma spp), Mycobacterium abcessus... Aminoglicosídeo bloqueia a subunidade 30s, inibindo o sítio que recebe o aminoácido do RNAt, não havendo mais a leitura do RNAm, parando a síntese de proteínas. GENTAMICINA, NEOMICINA. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 10 bacteriostática prolongamento ST inibir que RNAt saia do tipo A para o sítio B pelo uso de macrolídeos -> antibiótico, só age em bactérias. Inibe a subunidade 50s, impedindo a formação do e consequentemente a síntese de proteínas. EFEITOS COLATERAIS: o Nefrotoxicidade. Os macrolídeos são ativos contra: Cocos Gram-positivos aeróbios e anaeróbios; porém, a maioria dos enterocococos, muitas cepas de Staphylococcus aureus (especialmente meticilina-resistentes), alguns Streptococcus pneumoniae e cepas de S. pyogenes são resistentes. São Eritromicina; Azitromicina; Claritromicina. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 11 Oxazolidinonas A linezolida e Tedizolida representam a classe de antimicrobianos sintéticos conhecidos como oxazolidinonas. Possui excelente atividade contra cocos gram-positivos. Não apresenta atividade contra bactérias gram-negativas. Modo de Ação: bloqueio da formação do complexo de iniciação (complexo 70S) –bacteriostático. Linezolida A linezolida é um antibiótico de oxazolidinona que tem atividade contra: Estreptococos, incluindo enterococos resistentes à vancomicina (VRE) Estafilococos, incluindo S. aureus resistente à meticilina (MRSA) e outras cepas resistentes a outras classes de antibióticos Micobactérias Anaeróbios,como Fusobacterium, Prevotella, Porphyromonas e Bacteroides spp Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 12 Tedizolida Tedizolida é um antibiótico da classe das oxazolidinonas com espectro de atividade semelhante ao da linezolida, embora possa ter atividade contra alguns cocos Gram-positivos resistentes à linezolida. Modo de ação: Rifamicina e Ciprofloxacina ciprofloxacina - age no próprio plasmídeo do DNA Inibem a atividade da DNA girase ou topoisomerase IV – DNA descompactado e Síntese proteica descontrolada (morte da célula). quinolonas -> inibem DNA girase bacteriana -> abrir completamente -> destruir a bactéria. Age como bactericida e bacteriostático. Efeito colateral -> ruptura de tendão, problemas cardiovasculares e delírio. Indicações: A. Trato genito-urinário B. Trato Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 13 gastrintestinal C. Trato respiratório D. Osteomielites E. Partes moles F. Ação contra micobactérias. Fluoroquinolonas - Ciprofloxacina -> infecção trato urinário Levofloxacina -> infecção trato respiratório inferior Inibidores das vias metabólicas (Ácido Fólico) - PABA (sintetase inibida pelas sulfas block toda a reação à frente) -> Di-hidrofílico (redutase inibida pela trimetoprime) - tetra hidrofolato -> purinas -> DNA Folato B12 e anemia perniciosa O sulfametoxazol é comumente empregado em associação com o trimetoprim, uma diamino-pirimidina, associação mais conhecida como cotrimoxazol. Inibição da sintetase e redutase. O efeito das duas drogas é sinérgico, pois atuam em passos diferentes da síntese do ácido tetra-hidrofólico (folínico), necessária para a síntese dos ácidos nucléicos. O sulfametoxazol inibe um passo intermediário da reação e o trimetoprim a formação do metabólito ativo do ácido tetra-hidrofólico no final do processo. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 14 Cotrimoxazol - é indicado nas infecções do trato urinário, altas e baixas, uretrites e prostatites agudas ou crônicas. É utilizado no tratamento de otite média, sinusite e exacerbação aguda de bronquite crônica como alternativa para pacientes alérgicos aos B-lactâmicos. Isoniazida A isoniazida é utilizada para tratamento de todos os tipos de tuberculose, sendo empregada simultaneamente com outros fármacos. É sempre incluída em todos os esquemas terapêuticos, a não ser que haja contra-indicação ou resistência ao medicamento. Devido à resistência, a droga deve ser sempre associada a outros tuberculostáticos. Resolução A ITU de Marisa foi provavelmente causada pelos cateterismos que ela fez no Vietnã. A maioria das bactérias que causam ITUs são membros da microbiota intestinal normal, mas podem causar infecções quando introduzidas no trato urinário, como pode ter ocorrido quando o cateter foi inserido. Alternativamente, se o próprio cateter não fosse estéril, bactérias em sua superfície poderiam ter sido introduzidas no corpo de Marisa. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 15 A terapia antimicrobiana que Marisa recebeu no Camboja também pode ter sido um fator complicador, pois pode ter selecionado cepas resistentes a antimicrobianos já presentes em seu corpo. Essas bactérias já teriam contido genes de resistência antimicrobiana, sejam adquiridos por mutação espontânea ou por transferência gênica horizontal e, portanto, teve a melhor vantagem evolutiva para adaptação e crescimento na presença da terapia antimicrobiana. Como resultado, uma dessas cepas resistentes pode ter sido posteriormente introduzida em seu trato urinário. Testes de laboratório no CDC confirmaram que a cepa de Klebsiella pneumoniae da amostra de urina de Marisa foi positiva para a presença de NDM, uma carbapenemase muito ativa que está começando a surgir como um novo problema na resistência antimicrobiana. Embora as cepas NDM-positivas sejam resistentes a uma ampla gama de antimicrobianos, elas mostraram suscetibilidade à tigeciclina (estruturalmente relacionada à tetraciclina) e às polimixinas B e E (colistina). Para evitar que a infecção se propagasse, Marisa foi isoladados outros pacientes em uma sala separada. Todos os funcionários do hospital que interagiram com ela foram aconselhados a seguir protocolos rígidos para evitar a contaminação de superfícies e equipamentos. Isso inclui práticas especialmente rigorosas de higiene das mãos e desinfecção cuidadosa de todos os itens que entram em contato com ela. A infecção de Marisa finalmente respondeu à tigeciclina e acabou curando. Ela recebeu alta algumas semanas após a internação e uma amostra de fezes de acompanhamento mostrou que suas fezes estavam livres de K. pneumoniae contendo NDM, o que significa que ela não estava mais abrigando a bactéria altamente resistente. bactericidas fluoroquinolonas e rifamicina Estreptomicina, gentamicina e amicacina são glico e bactericida Os antibióticos são substâncias químicas produzidas por microrganismos vivos ou através por meio de processos semissintéticos, que têm a capacidade de impedir o crescimento ou destruir microrganismos patogênicos. Conforme dito, os antibióticos são auxiliares relevantes na terapêutica das infecções, destruindo os microrganismos ou impedindo sua proliferação para limitar o processo e criar condições para que o hospedeiro possa eliminar o agente etiológico rapidamente e de forma eficaz, por meio do sistema imunológico. Justifica-se, assim, a não prescrição de antibióticos bacteriostáticos para pacientes com AIDS, visto que o sistema imunológico desses estará comprometido e não responderá de maneira satisfatória. Alguns antibióticos apresentam núcleos comuns, podendo ser divididos em grupos: 1) Derivados dos aminoácidos: Monopeptídeos: estrutura com um único tipo de aminoácido, por exemplo a Cicloserina e a Terizidona; Polipeptídeos: estrutura com aminoácidos distintos, por exemplo, a Actinomicina, Anfomicina, Bacitracina, Bleomicina e a Vancomicina; Derivados do aminopropanodiol: por exemplo, o Cloranfenicol, Tiofenicol; Derivados do ácido 6 - aminopenicilânico (6 - APA): por exemplo, as Penicilinas; Derivados do ácido 7 - aminocefalosporânico: por exemplo, as Cefalosporinas e Cefamicinas. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 16 2) Derivados dos açúcares: Macrolídeos: existe adição de diferentes açúcares inseridos em sua estrutura, por exemplo a Eritromicina, Espiramicina e Azitromicina; Aminiglicosídeos: todos os componentes desse grupo possuem a mesma propriedade química. Por exemplo, Estreptomicina, Gentamicina, Amicacina; Lincosamina: Clindamicina, Lincomicina. 3) Derivados de acetato e propionato: Poliênicos: possuem boa atividade sobre fungos, por exemplo, a Anfotericina B, a Nistatina; Aromáticos: a Tetraciclina, Riofocia, Oxitetraciclina; Derivados do grisano: apresentam, em sua estrutura, o anel grisano e agem como antimicótico, sendo utilizados no tratamento de fungos (Grizeofulvina). O uso dos antibióticos pode ser realizado de duas formas distintas: específica, se o microrganismo é conhecido e sua sensibilidade já foi identificada, ou empírica, quando se sabe o provável microrganismo causador da patologia, tomando por base a prevalência em causar infecção em determinado local. Quanto à ação biológica, classificam-se em: • Bactericidas: Penicilinas, Cefalosporinas, Amoniglicosídeos (gentamicina). • Bacteriostáticos: Cloranfenicol, Eritromicina. Quanto ao espectro de ação, classificam-se em: • Pequeno espectro: Gram positivos: Penicilinas naturais, Penicilinas biossintéticas e semissintéticas. • Amplo espectro: Cefalosporinas, Cloranfenicol, Tetraciclina2. Mecanismo de ação dos antibióticos De forma complexa, os antibióticos podem atuar sobre a parede celular, a membrana citoplasmática, na síntese de proteínas e na síntese de ácidos nucleicos: 1. Antibióticos que atuam na síntese da parede celular; A parede celular é uma estrutura exclusiva da bactéria que a envolve externamente, dando-lhe forma, permitindo proteção, sustentação, manutenção da sua hipertonicidade interna e ainda desempenha importante papel no momento da reprodução. O antibiótico que atua sobre a parede celular age no momento da formação dessa cápsula, ou seja, na fase de crescimento da bactéria. O efeito produzido é bactericida. Exemplo: Penicilina e Cefalosporina9. 2. Antibióticos que atuam impedindo a permeabilidade da membrana citoplasmática; A membrana citoplasmática está localizada abaixo da parede celular e atua regulando as trocas metabólicas da bactéria com o meio extracelular, funcionando como barreira osmótica. Os antibióticos que assim atuam desorganizam a sua estrutura e alteram a sua permeabilidade. O efeito produzido é bactericida. NÃO SÃO DE USO NA ODONTOLOGIA. 3. Antibióticos que atuam impedindo a elaboração e síntese de proteínas; Podem atuar por meio de dois mecanismos: • Dificultando a tradução da informação genética, como o cloranfenicol, tetraciclina e eritromicina. O efeito é bacteriostático. • Induzindo à formação de proteínas defeituosas, como a estreptomicina e gentamicina. O efeito é bactericida. 4. Antibióticos que atuam na síntese de ácido nucleico; Esses podem atuar: • Na síntese de DNA, interferindo na replicação da informação genética, como os antibióticos utilizados nas neoplasias malignas da cavidade bucal (Sistema ABC: Atriamicina, Bleomicina e Cisplatina). O efeito é bactericida. • Na síntese de RNA, impedindo a transcrição da informação genética por bloqueio da enzima RNA - Polimerase. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 4o semestre 17 O efeito é bactericida. Exemplo: mitomicina, que é indicado para neoplasias malignas. Há três indicações principais em odontologia para uso dos antibióticos: A) Tratamento das infecções dentais agudas e/ou crônicas; B) Profilática em pacientes de risco para desenvolvimento de endocardite bacteriana; C) Profilática para pacientes com algum grau de comprometimento do sistema imunitário e de defesas. Nos casos das infecções dentais, o uso de antibióticos é indicado quando há comprometimento sistêmico diante de trismo, febre, calafrios, fraqueza, vertigem, taquipneia, celulite. A escala decrescente de biodisponibilidade é: Suspensão> cápsula>comprimido>drágea
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