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Palestra 3 - Mecanismo de Ação dos Antibacterianos e Desenvolvimento da Resistência Bacteriana

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Carla Bertelli – 3° Período 
Mecanismo de Ação dos Antibacterianos e Desenvolvimento da 
Resistência Bacteriana 
Palestra 3
 
O tratamento antimicrobiano aproveita-se das 
diferenças bioquímicas que existem entre os 
microrganismos e os seres humanos. Os 
fármacos antimicrobianos são eficazes no 
tratamento das infecções, pois são 
seletivamente tóxicos; ou seja, eles têm 
capacidade de lesar ou matar os 
microrganismos invasores sem prejudicar as 
células do hospedeiro. Na maioria das 
situações, a toxicidade seletiva é relativa, em 
vez de absoluta, exigindo que a concentração 
do fármaco seja cuidadosamente controlada 
para atingir o microrganismo enquanto ainda 
está sendo tolerada pelo hospedeiro. 
A escolha do antimicrobiano mais apropriado 
requer o conhecimento 1) da identificação do 
microrganismo; 2) da suscetibilidade do 
organismo com relação a um fármaco em 
particular; 3) do local da infecção; 4) de fatores 
do paciente; 5) da segurança do fármaco; e 6) 
do custo do tratamento. Entretanto, alguns 
pacientes precisam do tratamento empírico 
(administração imediata do(s) fármaco(s) 
antes da identificação bacteriana e dos testes 
de suscetibilidade). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como controlar o crescimento de patógenos in vivo? 
Os agentes quimioterápicos foram criados 
para fazer o controle do crescimento dos 
patógenos in vivo. 
Pensando nisso foram desenvolvidos 
inúmeros agentes microbianos para 
interromper o processo infeccioso 
Agentes Quimioterápicos usados em – 
usados para o tratamento de qualquer 
doença, de uma forma geral, onde temos um 
grupo denominados como 
ANTIMICROBIANOS 
Antimicrobianos – substancias químicas que 
vão fazer ações de inibição de crescimento ou 
morte celular bacteriana para destruir o 
patógeno. 
 
Dentro dos Antimicrobianos nós temos os: 
Antibacterianos 
Antifúngicos 
Antiprotozoários 
Antivirais 
 
Não podemos falar que todos os antibióticos 
são antimicrobianos 
 
Antibióticos → É um termo utilizado para 
denominarmos medicamentos que possuem 
atividade antimicrobiana, porém eles 
possuem origem natural, componentes 
químicos produzidos e extraídos de um 
determinado microrganismo 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
A principal diferença entre antibióticos e 
drogas antibacterianas é que 
os antibióticos são os agentes que têm a 
capacidade de matar todos os 
microorganismos, isto é, bactérias, vírus 
ou fungos, enquanto os antibacterianos são 
os agentes que trabalham especificamente 
contra bactérias. 
 
Antibióticos = Origem Natural 
 
 
O que deve ser considerado para se fazer a 
escolha do agente? – foco em doenças de 
bactérias 
• Diagnóstico e Identificação do 
Microrganismo 
 
• Concentração do Antibiótico no local da 
infecção 
 
• Tempo, tipo e extensão da infecção 
 
• Fatores do Hospedeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas de Classificar o tratamento 
Antimicrobiano 
Considerando os estágios da Doença: 
Ausência de Infecção → Profilaxia 
Infecção → Preventivo 
Sintomas → Empírico (feito quando o 
paciente tem um quadro infeccioso, mas não 
se sabe ainda quem é o patógeno) 
Isolamento do Patógeno → Definitivo 
Regressão → Supressor 
 
Classificação dos Antibacterianos 
De acordo com o seu mecanismo de ação – 
foco da aula de hoje 
Pode ser também, classificada de acordo com 
o espectro de ação, origem, microrganismos 
suscetíveis, atividade antibacteriana... 
Nem todo antibacteriano atua contra todos os tipos de 
bactérias 
 
Estrutura Química 
Forma como denominados as formas 
farmacológicas, referente a sua estrutura 
química 
• Beta lactâmicos, aminoglicosídeos, macro 
• Sintético 
• Natural 
• Semissintético 
 
Espectro de Ação 
Considerar qual é a classificação com a 
coloração de Gram 
Gram Positivas – são roxas, coradas de roxo 
Gram Negativas – são rosas, coradas de rosa 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
O que determina isso é a constituição da 
parede celular, que é constituída por 
peptideoglicanos – O peptideoglicano é o que 
vai dar /estrutura e uma ‘’proteção’’ a bactéria 
Nos Gram Positivos é espessa, quantidade 
Nos Gram Negativas é uma fina camada que 
não permite a retenção do corante roxo 
 
 
Podemos classificar o espectro de ação 
estreito, estendido ou amplo espectro – 
referente a quantidade de bactérias que ele 
consegue atingir, conseguir afetar vários 
grupos bacterianos ou grande quantidade em 
que determinado medicamento exerce sua 
ação 
 
• Espectro estreito = ele atua em uma 
família/grupo especifico de bactérias 
• Espectro estendido = vai atuar em 
mais de uma família/grupo de bactérias 
• Espectro amplo = vai atuar em várias 
famílias/grupos de bactérias 
 
 
 
 
 
 
Efeito 
Bactericida – é aquele que mata, destruição 
bacteriana, reduz significativamente a 
quantidade de bactérias presente → Ela cai no 
gráfico 
Bacteriostático – estabiliza a bactéria, 
paralisa a multiplicação da bactéria, permite 
que essa bactéria fique vulnerável a ação do 
sistema imunológico que vai contribuir para a 
destruição da bactéria. → Permanece 
constante no gráfico 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Classificação por Mecanismo de Ação 
 
1 - Inibição da Síntese de Parede Celular 
2 – Atuam na síntese ou pulsão do ácido 
nucleico 
3 – Inibidores das sínteses de proteínas 
4 – Afetar a Síntese de metabólitos essenciais 
da bactéria, inibem a produção de cofatores 
essenciais 
5 – Inibidores da punção de membrana – 
afetam a integridade da membrana celular 
 
 
Insucessos na Antimicrobiana terapia 
 
• Escolha incorreta do 
Antibiótico/Antibacteriano 
 
• Falha no cálculo da dosagem 
 
• Antibiótico não atinge o sítio de infecção 
 
• Antagonismo entre os antibióticos 
 
• Microrganismos resistentes ao 
antibiótico 
 
Efeitos Adversos 
• Toxicidade Gastrointestinal 
• Alteração na Flora Intestinal 
• Neurotoxicidade 
• Hepatotixicidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Beta Lactâmicos 
Esses b-lactâmicos tem em comum a sua 
estrutura química que apresenta um anel b-
lactâmico. E também compartilham o mesmo 
mecanismo de ação, que é a inibição de 
síntese de parede celular. 
Se caso o anel b-lactâmico for destruído por 
algumas enzimas de resistência o antibiótico 
não vai fazer efeito. 
Betalactamases (β-lactamases) são 
enzimas produzidas por algumas bactérias 
e são responsáveis por sua resistência a 
antibióticos beta-lactâmicos como as 
penicilinas, cefalosporinas, cefamicinas e 
carbapenemas. Estes antibióticos têm como 
elemento comum em suas estruturas 
moleculares um anel de quatro átomos 
conhecido como beta-lactama. 
 
B-Lactâmicos - inibem a síntese de parede 
celular, e são compostos de 4 subgrupos 
principais: penicilinas, cefalosporinas, 
carbapenêmicos e monobactâmicos → 
todos esses possuem em comum a sua 
estrutura (anel B-lactamico) e o mesmo 
mecanismo de ação. 
Devido ao amplo uso de B-lactâmicos em 
processos infecciosos de forma irracional se 
desenvolveu uma resistência bacteriana que 
se tornou ponto crucial na conduta terapêutica 
desses fármacos → bectalamazes 
(degradam a estrutura do B-lactâmicos 
fazendo com que ele se torne inativo → não 
exerce seu efeito e n interrompe a infecção) 
 
Eles possuem semelhanças estruturais, 
relacionada a presença do anel beta 
lactâmico, que atuam na inibição das PLPs. 
 
A parede das células é composta por 
peptidoglicano → promove estabilidade da 
bactéria e a forma dela 
Os B- lactâmicos interferem na síntese da 
parede celular, com isso ela não vai 
sobreviver. 
Mecanismo de Ação 
 
 
Inibidores da Síntese de Parede Celular 
Penicilina 
Cefalosporinas 
Inibidores de Beta Lactamase 
Monobactâmicos 
 
Inibem a síntese de parede celular 
O mecanismo de ação está relacionado com 
estruturas chamadas de PLPs, proteínas 
ligadoras de penicilinaEsse inibidor inibe a função das PLPs e 
promove a inativação delas 
As PLPs são proteínas que estão envolvidas 
na síntese do principal componente da parede 
celular das bactérias → os peptideoglicanos 
Eles vão inativar as PLP e vai ocorrer o 
bloqueio na síntese dos peptideoglicanos 
provocando a morte bacteriana 
Promove ação Bactericida 
Autolisinas – essas enzimas da própria 
bactéria envolvidas no processo de 
regeneração da parede celular. Porém, 
durante o uso da penicilina, elas continuam 
ativadas, então elas continuam degradando a 
parede só que a nova parede não está mais 
sendo sintetizada 
Carla Bertelli – 3° Período 
Todas as funções da parede vão ser afetadas e 
não vão acontecer 
 
Penicilinas 
As penicilinas estão entre os fármacos mais 
amplamente eficazes e também entre os 
menos tóxicos conhecidos, mas o aumento da 
resistência limitou o seu uso. Os membros 
dessa família diferem entre si no substituinte 
R ligado ao ácido 6-aminopenicilânico. A 
natureza dessa cadeia lateral afeta o espectro 
antimicrobiano, a estabilidade no suco 
gástrico, a hipersensibilidade cruzada e a 
suscetibilidade às enzimas bacterianas de 
degradação (b-lactamases). 
Mecanismo de ação → As penicilinas 
interferem na última etapa da síntese da 
parede bacteriana (transpeptidação ou 
ligações cruzadas), resultando em exposição 
da membrana osmoticamente menos estável. 
Então pode ocorrer lise celular, seja pela 
pressão osmótica, seja pela ativação de 
autolisinas. Esses antibacterianos são 
bactericidas e atuam de modo tempo-
dependente. As penicilinas são eficazes 
somente contra microrganismos em 
crescimento rápido, que sintetizem a parede 
celular de peptidoglicano. 
Consequentemente, elas são inativas contra 
microrganismos sem essa estrutura, como 
micobactérias, protozoários, fungos e vírus. 
São os antibacterianos mais eficazes 
terapeuticamente e apresentam menor 
toxicidade e que mais apresenta reações 
alérgicas. 
Elas são suscetíveis a diferentes mecanismos 
de resistência que as bactérias já apresentam, 
especialmente as GRAM +. 
O que difere uma penicilina de outra: espectro, 
estabilidade, hipersensibilidade e enzimas de 
degradação 
 
São divididos em 4 tipos principais que se 
diferenciam pelo seu espectro de ação 
O espectro antibacteriano das várias 
penicilinas é determinado, em parte, pela sua 
capacidade de atravessar a parede celular de 
peptidoglicano da bactéria para alcançar as 
PLPs no espaço periplasmático. Fatores que 
determinam a suscetibilidade das PLPs a 
esses antimicrobianos incluem tamanho, 
carga e hidrofobicidade do antimicrobianos β-
lactâmico em particular. Em geral, os 
microrganismos gram-positivos têm paredes 
celulares facilmente atravessadas pelas 
penicilinas e, por isso, na ausência de 
resistência, eles são suscetíveis a esses 
fármacos. Os microrganismos gram-negativos 
têm uma membrana lipopolissacarídea 
externa, que envolve a parede celular e atua 
como barreira contra as penicilinas 
hidrossolúveis. Contudo, as bactérias gram-
negativas têm proteínas inseridas na camada 
lipopolissacarídea que atuam como canais 
cheios de água (denominados porinas), 
permitindo a passagem transmembrana. 
 
Penicilinas Naturais – Benzilpenicilina → 
empregado no tratamento de diferentes cocos 
Gram positivos e negativos, por bacilos, 
fármaco de escolha contra a sífilis. 
Suscetíveis a mecanismos de resistência 
produzidos pela betalactamase (degradam a 
penicilina) 
Ela é derivada de uma substância derivada de 
um fungo 
 
Penicilina Resistentes e Penicilinases – 
resiste ao mecanismo de degradação. Esse 
Carla Bertelli – 3° Período 
grupo é destinado exclusivamente para 
tratamento de infecções de cocos Gram 
Positivos. Não possui grandes potenciais para 
atingir as GRAM – 
Penicilina de Espectro Estendido – 
Ampicilina e Amoxicilina (usado na profilaxia 
da endocardite). Atuam em Gram Positivos. 
• Voltada para as GRAM + e algumas GRAM 
– também 
• Pode ser usada profilaticamente a 
procedimentos odontológicos para evitar a 
endocardite 
• A resistência pode ser criada através do 
plasmídeo que uma bactéria passa para 
outra 
 
Penicilina Antopseidomonas – 
Administradas via venosa. Eles são eficazes 
contra vários bacilos gram-negativos, mas não 
contra Klebsiella, devido à sua penicilinase 
constitutiva. Formulações de ticarcilina ou 
piperacilina com ácido clavulânico ou 
tazobactam, respectivamente, estendem o 
espectro antimicrobiano desses fármacos, 
incluindo, assim, microrganismos produtores 
de penicilinase (p. ex. a maioria das espécies 
de Enterobacteriaceae e Bacteroides). 
 
As formas de administrar a penicilina é 
variável, depende da estabilidade, gravidade 
e local do processo infeccioso 
• A absorção por via oral é incompleta, mas 
mesmo assim degrada a flora intestinal 
• A presença de determinados alimentos pode 
retardar a absorção de penicilinas e pode 
levar também a degradação das penicilinas 
por conta da maior liberação de suco gástrico 
no estômago 
• As penicilinas são capazes de ultrapassar a 
barreira placentária, também se distribuem no 
liquido cefalorraquidiano e no tecido ósseo, 
porém a distribuição é um pouco menor 
nesses tecidos 
• Quando o paciente tem problema renal pode 
ocorrer uma maior metabolização das 
penicilinas e com isso ocorre uma menor 
excreção de penicilinas. Por isso é preciso 
alterar a dose para pacientes que tem 
distúrbio renal 
• A principal via de excreção das penicilinas é 
por filtração glomerular, eliminação renal 
• Apesar dos efeitos adversos, as penicilinas 
são as mais recomendadas. 
• Efeitos de hipersensibilidade esta presença 
em 5% a 10% da população 
• Colite pseudomembranosa pode ocorrer 
devido a absorção incompleta das penicilinas 
que podem promover a morte da flora 
intestinal do paciente 
• Os pacientes epiléticos tem mais chances de 
desenvolver convulsões ao uso de penicilinas 
• Citopenias = diminuição de células de defesa 
do organismo 
 
 
Cefalosporinas 
As cefalosporinas são antimicrobianos β-
lactâmicos muito relacionados estrutural e 
funcionalmente com as penicilinas. A maioria 
das cefalosporinas é produzida 
semissinteticamente pelo acréscimo de 
cadeias laterais ao ácido 7-amino-
cefalosporânico. As cefalosporinas têm o 
mesmo mecanismo de ação das penicilinas e 
são afetadas pelos mesmos mecanismos de 
resistência. Contudo, elas tendem a ser mais 
resistentes a certas β-lactamases do que as 
penicilinas. 
Possuem uma estrutura que é parecido com o 
das penicilinas, modificando seu ligante -> 
tem em comum o anel beta lactâmico 
Possuem espectro de ação mais amplo do 
que as penicilinas =antibacterianos de amplo 
espectro 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
Temos 4 gerações de cefalosporinas – tabela 
 
As cefalosporinas podem ser administradas 
principalmente por via intravenosa e 
intramuscular 
A absorção oral das cefalosporinas não é 
significativa. Apesar disso tem a Cefalexina 
que pode ser administrada por via oral. 
• Tem uma distribuição ampla assim como as 
das penicilinas, mas não são todas as 
cefalosporinas que conseguem atingir o 
liquido cefalorraquidiano. Mas a de 3° geração 
consegue atuar no liquido cefalorraquidiano e 
atuar nas infecções como meningites 
• Excreção renal. Mas tem a exceção da 
CEFTRIAXONA que excretada pelas fezes 
 
Carbapenêmicos 
Os carbapenemos são antimicrobianos β-
lactâmicos sintéticos cuja estrutura difere das 
penicilinas, porque o átomo de enxofre do anel 
tiazolidínico foi externalizado e substituído por 
carbono. Imipeném, meropeném, doripeném e 
ertapeném são os fármacos desse grupo 
disponíveis atualmente. O imipeném é 
composto com cilastatina para protegê-lo da 
biotransformação pela desidropeptidase 
renal. 
Espectro antibacteriano: O imipeném resiste 
à hidrólise pela maioria das β-lactamases, 
masnão pelas metalo-β-lactamases. Esse 
fármaco tem papel no tratamento empírico 
devido à sua atividade contra microrganismos 
produtores de β-lactamase gram-positivos e 
gram-negativos, anaeróbicos e P. aeruginosa 
(embora outras cepas de pseudomonas sejam 
resistentes e haja relatos de que cepas 
resistentes de P. aeruginosa aparecem 
durante o tratamento). O meropeném e o 
doripeném têm atividade antibacteriana 
similar à do imipeném. Diferentemente dos 
outros carbapenemos, o ertapeném não cobre 
P. aeruginosa, espécies de Enterococcus e 
espécies de Acinetobacter 
Farmacocinética: Imipeném + cilastina e 
meropeném são administrados por via IV e 
penetram bem nos tecidos e líquidos 
corporais, incluindo o LCS quando as 
meninges estão inflamadas. O meropeném 
alcança níveis terapêuticos na meningite 
bacteriana mesmo sem inflamação. Eles são 
excretados por filtração glomerular. O 
imipeném sofre clivagem pela 
desidropeptidase existente no bordo em 
escova do túbulo renal proximal. Essa enzima 
forma um metabólito inativo que é 
potencialmente nefrotóxico. A associação de 
imipeném e cilastatina protege o fármaco e, 
assim, evita a formação do metabólito tóxico. 
Os outros carbapenemos não necessitam da 
coadministração de cilastatina. O ertapeném 
pode ser administrado pelas vias IM ou IV uma 
vez ao dia. (Nota: as dosagens desses 
fármacos precisam ser ajustadas em 
pacientes com insuficiência renal. 
Carla Bertelli – 3° Período 
 
 
Efeitos adversos: Imipeném + cilastatina 
podem causar náusea, êmese e diarreia. 
Eosinofilia e neutropenia são menos comuns 
do que com outros β-lactâmicos. Níveis 
elevados de imipeném podem provocar 
convulsões, o que é menos provável com os 
demais carbapenemos. 
São divididos em 4 representantes. São 
administrados por via venosa – nunca por via 
oral. 
 
Tem uma característica farmacêutica porque 
ele tem uma capacidade muito boa de andar 
pelo microrganismo 
Impedem associado a sei la oq = produção de 
um metabólico inativo que causa danos 
teciduais 
São eliminados por filtração Renal 
 
 
 
 
Monobactamicos 
Apenas intravenosa e intramuscular 
Os monobactamos, que também 
desorganizam a síntese da parede celular 
bacteriana, são singulares, pois o anel β-
lactâmico não está fundido com outro anel. O 
aztreonam, que é o único monobactamo 
disponível comercialmente, tem atividade 
antimicrobiana, principalmente contra 
patógenos gram-negativos, incluindo as 
Enterobacteriaceae e P. aeruginosa. Ele não 
tem atividade contra gram-positivos e 
anaeróbios. O aztreonam é resistente à ação 
da maioria das β-lactamases, com exceção 
das β-LEE. Ele é administrado por via IV ou IM 
e pode se acumular no paciente com 
insuficiência renal. O aztreonam é 
relativamente não tóxico, mas pode causar 
flebite, erupções cutâneas e, ocasionalmente, 
testes de função hepática anormais. Ele tem 
baixo potencial imunogênico e apresenta 
escassa reatividade cruzada com anticorpos 
induzidos por outros β-lactâmicos. Assim, 
esse fármaco pode ser uma alternativa segura 
no tratamento de pacientes alérgicos a 
penicilinas, cefalosporinas ou carbapenemos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Inibidores da Síntese de Proteínas 
Inibem a síntese proteica 
Muitos antimicrobianos exercem seu efeito 
antimicrobiano agindo nos ribossomas 
bacterianos e inibindo a síntese proteica das 
bactérias. Os ribossomas bacterianos diferem 
estruturalmente dos ribossomas 
citoplasmáticos dos mamíferos e são 
compostos de subunidades 30S e 50S (os 
ribossomas de mamíferos têm subunidades 
40S e 60S). Em geral, a seletividade pelos 
ribossomas bacterianos minimiza potenciais 
consequências adversas resultantes da 
interrupção da síntese proteica nas células do 
hospedeiro mamífero. Contudo, 
concentrações elevadas de cloranfenicol ou 
tetraciclinas podem causar efeitos tóxicos 
como resultado da interação com ribossomas 
mitocondriais de mamífero, pois a estrutura de 
ribossomas mitocondriais se parece mais com 
a de ribossomas de bactérias. 
Ela não inibe a nossa síntese proteína por 
conta a diferença dos números S dos nossos 
ribossomos → diferença de ribossomos das 
células procariontes e eucariontes 
Existem várias maneiras de fazer essa 
inibição: ações em todos os lugares, 
translocação, inibir a formação das ligações 
entre aminoácidos, 
 
Tetraciclinas 
As tetraciclinas consistem em quatro anéis 
fundidos com um sistema de ligações duplas 
conjugado. Substituições nesses anéis 
alteram a farmacocinética individual e o 
espectro de atividade antimicrobiana. 
As tetraciclinas entram nos microrganismos 
suscetíveis por difusão passiva e também por 
um mecanismo proteico de transporte 
dependente de energia próprio da membrana 
citoplasmática interna da bactéria. As 
tetraciclinas se concentram no interior das 
células dos microrganismos suscetíveis. Elas 
se ligam reversivelmente à subunidade 30S 
do ribossoma bacteriano. Essa ação impede 
que o RNA transportador (RNAt) se ligue ao 
complexo RNA mensageiro (RNAm)-
ribossoma, inibindo, assim, a síntese de 
proteínas da bactéria. 
 
Espectro antibacteriano 
As tetraciclinas são antimicrobianas 
bacteriostáticos eficazes contra uma ampla 
variedade de microrganismos, incluindo 
bactérias gram-positiva e gram-negativas, 
protozoários, espiroquetas, micobactérias e 
espécies atípicas. Elas são usadas com 
frequência no tratamento da acne e de 
infecções por Chlamydia (doxiciclina). 
 
Resistência 
A resistência natural às tetraciclinas mais 
frequente é uma bomba de efluxo que as 
expele para fora da célula, impedindo, assim, 
o seu acúmulo intracelular. Outros 
mecanismos de resistência bacteriana às 
tetraciclinas incluem inativação enzimática e 
produção de proteínas bacterianas, que 
impedem a ligação da tetraciclina no 
ribossoma. A resistência a uma tetraciclina 
não confere resistência universal a todas elas 
 
Glicilciclinas 
Tigeciclina, um derivado da minociclina, é o 
primeiro antimicrobiano disponível membro da 
classe glicilciclina. Ela é indicada no 
tratamento de infecções complicadas de pele 
e tecidos moles, bem como infecções 
complicadas intra-abdominais. 
A tigeciclina tem ação bacteriostática, ligando-
se reversivelmente à subunidade ribossomal 
30S e inibindo a síntese de proteínas. 
A tigeciclina tem amplo espectro de atividade 
que inclui os estafilococos resistentes à 
meticilina (MRSA, do inglês methicilin-
resistant S. aureus), estreptococos resistentes 
a múltiplos fármacos, enterococos resistentes 
a vancomicina (VREs, do inglês vancomicin-
Carla Bertelli – 3° Período 
resistant enterococci), espectro estendido 
para bactérias gram-negativas produtoras de 
β-lactamase, Acinetobacter baumannii e 
vários microrganismos anaeróbicos. Contudo, 
a tigeciclina não é ativa contra espécies de 
Morganella Proteus, providencia ou 
Pseudomonas. 
 
Aminoglicosídeos 
Os aminoglicosídeos são usados para o 
tratamento de infecções graves de correntes 
de bacilos gram-negativos aeróbicos. 
Contudo, sua utilidade clínica é limitada por 
graves toxicidades. O termo 
“aminoglicosídeo” se origina da sua estrutura: 
dois aminoaçúcares unidos por ligação 
glicosídica a um núcleo hexose central. Os 
aminoglicosídeos são derivados de 
Streptomyces sp. (têm sufixo-mycin em 
inglês) ou Micromonospora sp. (terminam em 
-micin em inglês). 
Os aminoglicosídeos difundem-se por meio de 
canais porina na membrana externa dos 
microrganismos suscetíveis. Esses 
microrganismos também têm um sistema 
dependente de oxigênio que transporta o 
fár maco através da membrana 
citoplasmática. Dentro da célula, eles se fixam 
na subunidade ribossomal 30S, onde 
interferem com a monta gem do aparelho 
ribossomal funcional e/ou causam a leitura 
incorreta do código genético pela subunidade 
30S do ribossoma completo.Os 
antimicrobiano que interrompem a síntese 
proteica em geral são bacteriostáticos; os 
aminoglicosídeos são os únicos a atuar como 
bactericidas. O efeito bactericida dos 
aminoglicosídeos é concentração- -
dependente, isto é, a eficácia depende da 
concentração máxima (Cmáx) do fármaco 
acima da concentração inibitória mínima (CIM) 
do microrganismo. Para os aminoglicosídeos, 
a Cmáx é de 8 a 10 vezes a CIM. Eles também 
exibem efeito pós-antimicrobiano (EPA), que 
é supressão bac teriana continuada após a 
concentração do antimicrobiano cair abaixo 
da CIM. Quanto maior a dosagem, mais longo 
o EPA. Devido a essas propriedades, o 
aumento do intervalo entre dosagens (uma 
dose alta única é administrada por dia) é 
usado com mais frequência do que dosagens 
diárias divididas. Isso diminui o risco de 
nefropatia e aumenta a adesão ao tratamento. 
Os aminoglicosídeos são eficazes contra a 
maioria dos bacilos aeróbicos gram-
negativos, incluindo os que podem ser 
resistentes a múltiplos fármacos, como 
Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella 
pneumoniae e Enterobacter sp. Além disso, os 
aminoglicosídeos são associados, com 
frequência, a antimicrobianos β-lactâmicos 
para obter efeito sinérgico, particularmente no 
tratamento de endocardite infecciosa por 
Enterococcus faecalis e Enterococcus 
faecium. Algumas aplicações terapêuticas de 
quatro dos aminoglicosídeos mais usados – 
amicacina, gentamicina, tobramicina e 
estreptomicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Inibidores da Síntese/Função de 
Ácidos Nucleicos 
Causam o relaxamento do DNA, 
descompactando-o e deixando ele mais 
vulnerável. Afeta também a divisão da célula 
Medicamentos chamados de 
FLURUQUINOLONAS 
DNA – Girase e a Topoisomerase IV 
O resultado da inibição dessas enzimas é o 
relaxamento do DNA, fazendo com que ele 
fique vulnerável a quebra, afeta a 
estabilização cromossomal, faz com que a 
bactéria não consiga se dividir 
As fluoroquinolonas entram na bactéria 
através de canais de porina e exibem efeitos 
antimicrobianos na DNA-girase 
(topoisomerase bacteriana II) e 
topoisomerase bacteriana IV. A inibição da 
DNA-girase resulta em relaxamento do DNA 
superespiralado, promovendo quebra da fita 
de DNA. A inibição da topoisomerase IV 
impacta a estabilização cromossomal durante 
a divisão celular, interferindo com a separação 
do DNA recém-replicado. Em microrganismos 
gram-negativos (p. ex., Pseudomonas 
aeruginosa), a inibição da DNA-girase é mais 
significativa do que a da topoisomerase IV, ao 
passo que, nos gram-positivos (p. ex., 
Streptococcus pneumoniae), é o contrário. 
Fármacos com maior atividade na 
topoisomerase IV (p. ex., ciprofloxacino) não 
devem ser usados contra infecções por S. 
pneumoniae, e aqueles com maior atividade 
na topoisomerase II (p. ex., moxifloxacino) não 
devem ser usados contra infecções por P. 
aeruginosa. 
 
 
 
 
Inibidores da Síntese de Metabólicos 
essenciais 
Afeta a via do ácido fólico da bactéria 
Participação de duas enzimas → Di-
hidrofólico e cofatores essenciais 
SEMELHANA ESTURURAL COM O PABA 
PABA → Percursor do Ácido Fólico 
 
Inibidores de Função de Membrana 
Afetam a membrana plasmática – ela vai 
desestruturar a membrana plasmática, se liga 
nos constituintes lipoproteicos da membrana e 
desorganizam essa membrana. Afetam a sua 
permeabilidade/seletividade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Resistência dos Medicamentos 
Usamos eles errados por muito tempo e isso 
causa a resistência -> a resistência é 
selecionada 
Em conjunto com a evolução dos 
antibacterianos e com o uso inadequado deles 
tanto em ambiente hospitalar quanto em área 
ambiental surgiu a resistência das bactérias a 
eles = superbactérias 
 
Quando a gente usa um antibacteriano ele 
mata todas as bactérias sensíveis, porém, a 
resistente não vai morrer com o antibacteriano 
→ o problema é que as sensíveis morreram e 
liberou condições para que a resistente se 
multiplique e toma conta 
Ela passa o seu gene → compartilha com a 
bactéria sensível o gene que confere 
resistência a aquela bactéria sensível 
Trocam plasmídeos e se tornam resistentes 
O antibiótico para de funcionar por conta disso 
 
Resistencia Natural ou Intrínseca – está 
dentro da bactéria desde a sua fabricação, é 
dela 
Adquirida → Cromossômica ou Plasmidial 
• Cromossômica – mutação de um gene 
• Plasmidial – comunicação entre 
bactérias 
 
forma que ela é adquirida: 
dividida em 2 fases 
• Reorganização da membrana e sua 
permeabilidade → alteração da 
composição do lipopolissacarídeo; 
diminuição do conteúdo de porinas 
(permitem a passagem de pequenas 
substâncias no canal) ; superexpressão de 
bombas de reflexo 
• Alterações genéticas → aquisição de 
mutação; transformação horizontal de 
genes; alteração de resposta de 
sinalização celular; formação de biofilme 
(complexo / aglomeração bacteriana= 
cateteres → dificulta a ação dos 
antibacterianos) e comunicação 
bacteriana. 
 
Quatro principais mecanismos de resistência 
aos antimicrobianos 
1 – Bomba de refluxo 
2 – Perda de Porinas 
3 – Modificação do sitio de ligação 
4 – Através da inativação por enzimas 
 
Produção de ENZIMAS inativadoras 
Enzimas que inativam o beta lactâmico 
Quando a bactéria possui um mecanismo de 
resistência e esse é uma enzima inativadora, 
ela vai ser responsável por promover a 
degradação(de um componente químico da 
estrutura do antibacteriano), que faz com que 
esse antibacteriano se torne INATIVO → NÃO 
CONSEGUE EXERCER SUAS FUNÇÕES 
Carla Bertelli – 3° Período 
BACTERICIDAS (morte bacteriana ) OU 
BACTERIOSTÁTICAS ( interrompe a 
proliferação da bactéria ). 
 
 
Alteração de Sítio de Ação 
Modificação do sítio de ligação 
Alteração do local onde o antibacteriano vai se 
ligar, impedindo que ele exerça ação 
bactericida ou bacteriostática (sítio: azul 
escuro, antibacteriano: laranja) 
 
 
Perda de Porinas 
A bactéria pode perder a porina, ou pode 
acontecer uma mudança no canal que não 
permite que o antibacteriano entre ou uma 
redução de excreção 
 
Bombas de Efluxo 
Proteína que joga ele fora – remove o 
antibacteriano de dentro da bactéria 
Substâncias proteicas presentes no interior da 
bactéria e q podem ser produzidas através da 
expressão de um determinado gene fazendo 
com que ocorra uma remoção dos agentes 
antimicrobianos, a bactéria vai envolver gasto 
energético para fazer com que ocorra a 
formação de uma BOMBA (estrutura capaz de 
remover moléculas antimicrobianos de dentro 
dela p fora) = daí n da tempo do antibacteriano 
agir ali e destruir ela

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