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07 Conhecimentos Especificos

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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embasa 
Assistente de Saneamento – Operador de Processos de Água e de Esgoto 
 
1. Conhecimento e funcionamento dos diversos tipos de unidades de tratamento; fases, etapas do 
processo de tratamento de água e esgoto.2. Operação e controle das unidades dos sistemas de água e 
esgoto.3. Manutenção preventiva e corretiva em equipamentos das unidades operacionais ETA/ETE, 
elevatórias e subestação. 2. Medidas de volume, peso e vazão. ............................................................. 1 
 
3 Procedimentos analíticos de rotina tais como: pH, turbidez, cloro, cor, flúor, temperatura, sólidos. 4. 
Equipamentos, reagentes e vidraria. 5. Preparo de solução de produtos químicos. 6. Controle de estoque 
de produtos químicos: formas de armazenamento dos produtos químicos, tais como cloro, cal hidratada, 
sulfato de alumínio, flúor, hipocloritos, formas de transporte e manuseio dos produtos químicos. 
Manutenção de ETA/ETE. 7. Maneiras de utilização dos materiais de expediente, limpeza e conservação 
das instalações internas e externas das ETAs/ETEs; diferentes formas de medição de vazões (vertedores, 
calha parshall). 8. Coleta correta de amostras; identificação das unidades de uma ETA e ETE. 9. 
Monitoramento e operação de ETA/ETE: tipos possíveis de estações de tratamento de água e esgotos. 
10. Processos físicos, químicos e biológicos em ETEs e ETAs. ............................................................. 38 
 
11. Noções básicas de química: reações simples de coagulação e oxidação. ................................. 101 
 
12. Normas Técnicas de Segurança no trabalho no manuseio de produtos químicos, transporte de 
materiais, ergonomia ............................................................................................................................ 103 
 
13. Conceito de segurança do trabalho: EPIs e EPCs ..................................................................... 121 
 
14. Ética no trabalho ........................................................................................................................ 146 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Tais Vieira Cananea 042.599.025-71
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
Conceitos e Competências na Área de Saneamento 
Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, saneamento é o controle de todos os fatores do 
meio físico que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar físico, mental e social do 
homem. De outra forma, pode-se dizer que saneamento, caracteriza o conjunto de ações 
socioeconômicas que tem por objetivo alcançar Salubridade Ambiental. 
 
A Lei define que SANEAMENTO BÁSICO é o conjunto dos serviços, infraestruturas e instalações 
operacionais de: 
a) abastecimento de água potável; 
b) esgotamento sanitário; 
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; e 
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. 
 
Dentre os serviços formadores do Saneamento, é incumbência do Serviço Autônomo Municipal de 
Água e Esgoto - SAMAE, o desempenho dos serviços de ABASTECIMENTO DE ÁGUA e 
ESGOTAMENTO SANITÁRIO, os quais também constituem o que se chama de Saneamento Básico, 
sendo que este é definido pela 
Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, que é a Lei de Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico. 
 
 
 
Saneamento básico 
 
CICLO HIDROLÓGICO 
 
Uma vez visto como a água se distribui em nosso planeta, é importante também o conhecimento de 
como a água se movimenta de um meio para outro na Terra. A essa circulação de água se dá o nome 
de ciclo hidrológico. Neste ciclo distinguem-se os seguintes mecanismos de transferência da água. 
-precipitação 
1. Conhecimento e funcionamento dos diversos tipos de unidades de 
tratamento; fases, etapas do processo de tratamento de água e 
esgoto.2. Operação e controle das unidades dos sistemas de água e 
esgoto.3. Manutenção preventiva e corretiva em equipamentos das 
unidades operacionais ETA/ETE, elevatórias e subestação. 2. Medidas 
de volume, peso e vazão. 
Apostila gerada especialmente para: Tais Vieira Cananea 042.599.025-71
 
. 2 
-escoamento superficial 
-infiltração 
-evaporação 
-transpiração 
 
a) Precipitação 
A precipitação compreende toda a água que cai da atmosfera na superfície da Terra. As principais 
formas são: chuva, neve, granizo e orvalho. A precipitação é formada a partir dos seguintes estágios: 
-Resfriamento do ar à proximidade de saturação 
-Condensação do vapor d`água na forma de gotículas 
-Aumento do tamanho das gotículas por coalizão e aderência até que estejam grandes o suficiente 
para formar a precipitação 
 
b) Escoamento superficial 
A precipitação que atinge a superfície da Terra tem dois caminhos por onde seguir: escoar na superfície 
ou infiltrar no solo. O escoamento superficial é responsável pelo deslocamento da água sobre o terreno, 
formando córregos, lagos e rios eventualmente atingindo o mar. A quantidade de água que escoa 
depende dos seguintes fatores principais: 
-intensidade da chuva 
-capacidade de infiltração do solo 
 
c) Infiltração 
A infiltração corresponde à água que atinge o solo, formando os lençóis d`água. A água subterrânea é 
grandemente responsável pela alimentação dos corpo d´água superficiais, principalmente nos períodos 
secos. Um solo coberto com vegetação (ou seja, com menor impermeabilização advinda, por exemplo, 
da urbanização) é capaz de desempenhar melhor as seguintes funções: 
-Menos escoamento superficial (menos enchentes nos períodos chuvosos) 
-Mais infiltração (maior alimentação dos rios nos períodos secos) 
-Menos carreamento de partículas do solo para os cursos d´água. 
 
d) Evapotranspiração 
A transferência da água para o meio atmosférico se dá através dos seguintes principais mecanismos, 
conjuntamente denominados de evapotranspiração: 
-Evaporação: transferência da água superficial do estado líquido para o gasoso. A evaporação 
depende da temperatura e da umidade relativa do ar. 
-Transpiração: as plantas retiram a água do solo pelas raízes. A água é transferida para as folhas e 
então evapora. Este mecanismo é importante, considerando-se que em uma área coberta com vegetação 
a superfície das folhas para a evaporação é bastante elevada. 
 
Questões 
 
01. Durante o ciclo da água, observamos a formação de nuvens, que ocorre graças à transformação 
do vapor de água em pequenas gotículas. Essa mudança do estado gasoso para o líquido é chamada 
de: 
(A) evaporação. 
(B) solidificação. 
(C) sublimação. 
(D) fusão. 
(E) condensação 
 
02. (Enem). O sol participa do ciclo da água, pois além de aquecer a superfície da Terra dando origem 
aos ventos, provoca a evaporação da água dos rios, lagos e mares. O vapor da água, ao se resfriar, 
condensa-se em minúsculas gotinhas, que se agrupam formando as nuvens, neblinas ou névoas úmidas. 
As nuvens podem ser levadaspelos ventos de uma região para outra. Com a condensação e, em seguida, 
a chuva, a água volta à superfície da Terra, caindo sobre o solo, rios, lagos e mares. Parte dessa água 
evapora retornando à atmosfera, outra parte escoa superficialmente ou infiltra-se no solo, indo alimentar 
rios e lagos. Esse processo é chamado de ciclo da água. 
Considere, então, as seguintes afirmativas: 
I. a evaporação é maior nos continentes, uma vez que o aquecimento ali é maior do que nos oceanos. 
Apostila gerada especialmente para: Tais Vieira Cananea 042.599.025-71
 
. 3 
II. a vegetação participa do ciclo hidrológico por meio da transpiração. 
III. o ciclo hidrológico condiciona processos que ocorrem na litosfera, na atmosfera e na biosfera. 
IV. a energia gravitacional movimenta a água dentro do seu ciclo. 
V. o ciclo hidrológico é passível de sofrer interferência humana, podendo apresentar desequilíbrios. 
(A) somente a afirmativa III está correta. 
(B) somente as afirmativas III e IV estão corretas 
(C) somente as afirmativas I, II e V estão corretas. 
(D) somente as afirmativas II, III, IV e V estão corretas. 
(E) todas as afirmativas estão corretas. 
 
03. Os ciclos biogeoquímicos podem ser definidos como processos em que os elementos químicos 
circulam entre os seres vivos e o meio ambiente. Com o ciclo da água não é diferente e os seres vivos 
interferem ativamente no movimento cíclico dessa molécula. 
Marque a alternativa que indica corretamente o nome do processo caracterizado pela perda de água 
pelas plantas na forma de vapor. 
(A) Respiração. 
(B) Transpiração. 
(C) Fotossíntese. 
(D) Gutação 
 
Respostas 
 
01. Resposta E 
Dá-se o nome de condensação à mudança do estado gasoso para o líquido. 
 
02. Resposta D 
Apenas a afirmativa I está incorreta. 
O aquecimento dos continentes é o mesmo dos oceanos, mas nestes há maiores taxas de evaporação, 
em razão do maior volume de água. 
 
03. Resposta B 
As plantas eliminam água na forma de vapor pelos seus estômatos no processo de transpiração. O 
processo de eliminação de água no estado líquido recebe o nome de gutação. 
 
SISTEMA DE ABASTECIMENTO 
 
As águas que utilizamos, percorre um longo caminho até chegar a nossa residência. 
Inicialmente são captados na superfície em barragens, rios ou lagos, passando por uma série de 
tratamento, com o objetivo de purificá-las para o consumo humano. 
 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Tais Vieira Cananea 042.599.025-71
 
. 4 
As águas são tratadas nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) de onde são direcionadas as 
redes de abastecimento de água que compreendem as adutoras, as linhas alimentadoras e as linhas 
distribuidoras. Cabe as adutoras conduzir a água dos mananciais às estações de tratamento e dessas 
aos reservatórios principais, estabelecendo a intercomunicação entre eles. Nas linhas alimentadoras vai 
ocorrer o abastecimento dos reservatórios secundários e das linhas de distribuição, cuja função é fornecer 
água as derivações para o abastecimento de cada prédio. 
 
Sistemas de distribuição 
Normalmente encontramos nas cidades a alimentação das redes de distribuição predial sendo 
alimentadas por redes públicas de fornecimento de água. Porém, podemos encontrar a alimentação 
predial realizada por sistemas particulares como, por exemplo, nascentes e poços. Sendo, no entanto, 
garantida sua potabilidade por exames realizados em laboratório. De acordo, com a existência ou não de 
separação entre a rede pública e a rede interna, podemos classificar os sistemas de abastecimento em: 
 
Distribuição Direta 
- Alimentação direta da rede pública, sem reservatório. 
- Equipamentos hidráulicos abastecidos com a água da rua. 
- Baixo custo. 
- Pode ocorrer falta de água. 
- Pressão da água não é constante. 
 
 
 
Distribuição Indireta 
- Alimentação feita por reservatório superior. 
- Água da rua sobe até a caixa d’água e é distribuída para a edificação. 
- Na falta de água da rua, utiliza-se o reservatório superior, podendo ser: 
• Sem Bombeamento 
A pressão da água na rede pública alimenta o reservatório superior. 
• Com Bombeamento 
A pressão da água na rede pública não é capaz de alimentar o reservatório superior. Usa-se o 
reservatório inferior. 
 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Tais Vieira Cananea 042.599.025-71
 
. 5 
• Hidropneumático 
Necessário determinar uma pressão fixa, importante utilizar um pressurizador. 
 
Distribuição Mista 
Alimentação da rede predial é feita: 
- Parte pela rede pública. 
- Parte pelo reservatório superior. 
 
 
 
TERMINOLOGIA 
Alimentador predial – tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação ou válvula 
de flutuador do reservatório. 
Barrilete – conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas de 
distribuição. 
Coluna de distribuição – tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar os ramais. 
Peça de utilização – dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água. 
Ponto de utilização – extremidade de jusante do sub-ramal. 
Ramal – tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os subramais. 
Ramal predial – tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial. 
O limite entre no ramal predial e o alimentador predial deve ser definido pelo regulamento das 
concessionárias locais de distribuição de água (ex.: CAERN). 
Rede predial de distribuição – conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de 
distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos. 
Registro de gaveta – registro instalado em uma tubulação para permitir a interrupção de passagem 
de água. 
Registro de pressão – registro instalado no sub-ramal, ou no ponto de utilização, destinado ao 
fechamento ou regulagem da vazão de água a ser utilizada. 
Regulador de vazão – aparelho intercalado numa tubulação para manter constante sua vazão, 
qualquer que seja a pressão a montante. 
Reservatório inferior – reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória, 
destinado a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória 
Reservatório superior – reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de recalque, 
destinado a alimentar a rede predial de distribuição. 
Sistema de abastecimento – rede pública ou qualquer sistema particular de água que abasteça a 
instalação predial. 
Sub-ramal – tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário. 
Torneira de bóia – válvula com bóia destinada a interromper a entrada de água nos reservatórios e 
caixas de descarga quando se atinge o nível operacional máximo previsto. 
Trecho – comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a última conexão 
da coluna de distribuição. 
Válvula de descarga – válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-ramal de 
alimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinada a permitir a utilização da água para sua 
limpeza. 
 
Apostila gerada especialmente para: Tais Vieira Cananea 042.599.025-71
 
. 6 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS DE ESGOTAMENTO1 
 
A expansão demográfica e o desenvolvimento tecnológico trazem como consequência imediata o 
aumento de consumo de água e a ampliação constante do volume de águas residuais não reaproveitáveis 
que, quando não condicionadas de modo adequado, acabam poluindo as áreas receptoras causando 
desequilíbrios ecológicos e destruindo os recursos naturais da região atingida ou mesmo dificultando o 
aproveitamento desses recursos naturais pelo homem. Essas águas, conjuntamente com as de 
escoamento superficial e de possíveis drenagens subterrâneas, formarão as vazões de esgotamento ou 
simplesmente esgotos. 
 
Sendo assim, de acordo com a sua origem, os esgotos podem ser classificados tecnicamente da 
seguinte forma: 
- esgoto sanitário ou doméstico ou comum; 
- esgoto industrial; 
- esgoto pluvial. 
 
Denomina-se de esgoto sanitário toda a vazãoesgotável originada do desempenho das atividades 
domésticas, tais como lavagem de piso e de roupas, consumo em pias de cozinha e esgotamento de 
peças sanitárias, como por exemplo, lavatórios, bacias sanitárias e ralos de chuveiro. 
O chamado esgoto industrial é aquele gerado através das atividades industriais, salientando-se que 
uma unidade fabril onde seja consumida água no processamento de sua produção, gera um tipo de esgoto 
com características inerentes ao tipo de atividade (esgoto industrial) e uma vazão tipicamente de esgoto 
doméstico originada nas unidades sanitárias (pias, bacias, lavatórios, etc). 
O esgoto pluvial tem a sua vazão gerada a partir da coleta de águas de escoamento superficial 
originada das chuvas e, em alguns casos, lavagem das ruas e de drenos subterrâneos ou de outro tipo 
de precipitação atmosférica. 
 
SISTEMAS DE ESGOTOS 
 
Definições 
Para que sejam esgotadas com rapidez e segurança as águas residuais indesejáveis, faz-se 
necessário a construção de um conjunto estrutural que compreende canalizações coletoras funcionando 
por gravidade, unidades de tratamento e de recalque quando imprescindíveis, obras de transporte e de 
lançamento final, além de uma série de órgãos acessórios indispensáveis para que o sistema funcione e 
seja operado com eficiência. Esse conjunto de obras para coletar, transportar, tratar e dar o destino final 
adequado às vazões de esgotos, compõem o que se denomina de Sistema de Esgotos. 
 
1 http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/ES01_02.html 
Apostila gerada especialmente para: Tais Vieira Cananea 042.599.025-71
 
. 7 
O conjunto de condutos e obras destinados a coletar e transportar as vazões para um determinado 
local de convergência dessas vazões é denominado de Rede Coletora de Esgotos. Portanto, por 
definição, a rede coletora é apenas uma componente do sistema de esgotamento. 
 
Evolução dos Sistemas de Esgotamento 
Os primeiros sistemas de esgotamento executados pelo homem tinham como objetivo protegê-lo das 
vazões pluviais, devendo-se isto, principalmente, à inexistência de redes regulares de distribuição de 
água potável encanada e de peças sanitárias com descargas hídricas, fazendo com que não houvesse, 
à primeira vista, vazões de esgotos tipicamente domésticos. Porém, como as cidades tendiam a se 
desenvolver às margens de vias fluviais, por causa da necessidade da água como substância vital, 
principalmente para beber, com o passar do tempo os rios se tornavam tão poluídos com esgoto e o lixo, 
que os moradores tinham que se mudar para outro lugar. Este padrão universal foi seguido pelos humanos 
por muitos e muitos séculos. 
Poucas foram as exceções a esse padrão. Sítios escavados em Mohenjo-Daro, no vale da Índia, e em 
Harappa, no Punjab, indicam a existência de ruas alinhadas, pavimentadas e drenadas com esgotos 
canalizados em galerias subterrâneas de tijolos argamassados a, pelo menos 50 centímetros abaixo do 
nível da rua. Nas residências constatou-se a existência de banheiros com esgotos canalizados em 
manilhas cerâmicas rejuntadas com gesso. Isto a mais de 3000 a. C. 
No Egito, no Médio Império (2100-1700 a. C.), em Kahum, uma cidade arquitetonicamente planejada, 
construíram-se nas partes centrais, galerias em pedras de mármore para drenagem urbana de águas 
superficiais, assim como em Tel-el-Amarma, onde até algumas moradias mais modestas dispunham de 
banheiros. Em Tróia regulamentava-se o destino dos dejetos, sendo que a cidade contava com um 
desenvolvido sistemas de esgotos. E Knossos, em Creta, a mais de 1000 a. C., contava com excelentes 
instalações hidrosanirtárias, notadamente nos palácios e edifícios reais. Na América do Sul os incas e 
vizinhos de língua quíchua, desenvolveram adiantados conhecimentos em engenharia sanitária como 
atestam ruínas de sistemas de esgoto e drenagem de áreas encharcadas, em suas cidades. 
Historicamente é observado que as civilizações primitivas não se destacaram por práticas higiênicas 
individuais por razões absolutamente sanitárias e sim, muito frequentemente, por religiosidade, de modo 
a se apresentarem limpos e puros aos olhos dos deuses de modo a não serem castigados com doenças. 
Os primeiros indícios de tratamento científico do assunto, ou seja, de que as doenças não eram 
exclusivamente castigos divinos, começaram a aparecer na Grécia, por volta dos anos 500 a. C., 
particularmente a partir do trabalho de Empédocles de Agrigenco (492-432 AC), que construiu obras de 
drenagem das águas estagnadas de dois rios, em Selenute, na Sicília, visando combater uma epidemia 
de malária. 
No livro hipocrático Ares, Águas e Lugares (1), um texto médico por excelência, consideravam-se 
insalubres planícies encharcadas e regiões pantanosas, sugerindo a construção de casas em áreas 
elevadas, ensolaradas e com ventilação saudável. Saliente-se que nas cidades gregas havia os 
administradores públicos, os astínomos, responsáveis pelos serviços de abastecimento de água e de 
esgotamentos urbanos como, por exemplo, a manutenção e a limpeza dos condutos. Nas cidades 
romanas do período republicano esta gerência era desempenhada pelos censores e no imperial, a partir 
de Augusto (63 AC-14 DC), pelos zeladores e atendentes. A prestação destes serviços, no entanto, eram 
prioridade das áreas nobres das cidades gregas e principalmente das romanas, onde os moradores 
tinham de pagar pelo uso do serviço. 
É importante citar que uma obra como a cloaca máxima, destinada ao esgotamento subterrâneo de 
águas estagnadas dos pés da colina do Capitólio até o Tibre, ainda hoje em operação, foi concluída no 
governo de Tarquínio Prisco. Em De Arquitetura, Vitrúvio (70-25 a. C) justificava a importância de se 
construírem as cidades em áreas livres de águas estagnadas e onde a drenagem das edificações fossem 
facilitadas. Relatos de Josefos (37-96 d. C) sobre o Oriente Médio, descrevem elogios ao sistema de 
drenagem em Cesaréia, construído por Herodes (73-4 a. C). Já Estrabão surpreendeu-se negativamente 
com a construção de galerias a céu aberto em Nova Esmirna. 
Sistemas de drenagens construídos em concreto com aglomerantes naturais também existiram nas 
cidades antigas como Babilônia, Jerusalém e Bizâncio, porém por sua insuficiência quantitativa, estas 
cidades tornaram-se notáveis por seus peculiares e ofensivos odores. 
A partir de 476 da era cristã, com a queda do Império Romano, iniciou-se o período medieval, que 
duraria cerca de um milênio, e desgraçadamente para o Ocidente, caracterizou-se por uma fusão de 
culturas clássicas, bárbaras e ensinamentos cristãos, centralizado em Constatinopla. Grande parte dos 
conhecimentos científicos foram deslocados pelos cientistas em fuga, para o mundo árabe, notadamente 
a Pérsia, dando início na Europa, a uma substituição deste conhecimento por uma cultura a base de 
superstições, gerando a hoje denominada Idade das Trevas (500-1000 d. C.). Como a ênfase de que as 
Apostila gerada especialmente para: Tais Vieira Cananea 042.599.025-71
 
. 8 
doenças eram castigos divinos às impurezas espirituais humanas e seus tratamentos eram resolvidos 
com procedimentos místicos ou orações e penitências, as práticas sanitárias urbanas sofreram, se não 
um retrocesso, pelo menos uma estagnação. 
Neste período, no Ocidente, como o conhecimento científico restringiu-se ao interior dos mosteiros, as 
instalações sanitárias como encanamentos de água e esgotamentos canalizados, ficaram por conta da 
iniciativa eclesiástica. Como exemplos desta afirmativa, pode-se citar que enquanto no século IX, a cidade 
do Cairo, no Egito, já dispunha de um serviço público de adução de água encanada, só em 1310 os 
franciscanos concordaram em que habitantes da cidade de Southampton utilizassem a água excedente 
de um convento que tinha um sistema próprio de abastecimento de água desde 1290. 
Na Idade Média, nas cidades as pessoas construíram casas permanentes e esgoto, lixo e refugos em 
geral eram depositadosnas ruas. Quando as pilhas ficaram altas, e o mau odor tornava-se insuportável, 
a sujeira era retirada com a utilização de pás e veículos de tração animal. Esta condição prevaleceu até 
o final do século XVIII, principalmente nas cidades menores. 
A iniciativa de pavimentação das ruas nas cidades europeias, com a finalidade de mantê-las limpas e 
alinhadas, a partir do final do século XII, exemplos de Paris (1185), Praga (1331), Nuremberg (1368) e 
Basiléia (1387), tornou-se o marco inicial da retomada da construção de sistemas de drenagem pública 
das águas de escoamento superficial e o encanamento subterrâneo de águas servidas, estas inicialmente 
para fossas domésticas e, posteriormente, para os canais pluviais. As primeiras leis públicas notáveis de 
instalação, controle e uso destes serviços têm origem a partir do século XIV. 
Em termos de saneamento o período histórico dos séculos XVI e XVIII é considerado de transição. A 
partir do século XVI, já no Renascimento, com a crescente poluição dos mananciais de água o maior 
problema era o destino dos esgotos e do lixo urbanos. No século seguinte, o abastecimento de água 
urbano teve radical desenvolvimento, pois se passou a empregar bombeamentos com máquinas movidas 
a vapor e tubos de ferro fundido para recalques de água, notadamente a partir da Alemanha, 
procedimentos que viriam a se generalizar no século seguinte, juntamente com a formação de empresas 
fornecedoras de água. 
Os estudos de John Snow (1813-1858), o movimento iluminista, a revolução industrial e as mudanças 
agrárias provocaram alterações revolucionárias no final do século XVIII, com profundas alterações na 
vida das cidades e, consequentemente, nas instalações sanitárias. Ruas estreitas e sinuosas foram 
alargadas e alinhadas, pavimentadas, iluminadas e drenadas, tanto na Inglaterra como no continente. 
O aparecimento da água encanada e das peças sanitárias com descarga hídrica, fizeram com que a 
água passasse a servir com uma nova finalidade: afastar propositadamente dejetos e outras impurezas 
indesejáveis ao ambiente de vivência. A sistemática de carreamento de refugos e dejetos domésticos 
com o uso da água, embora fosse conhecido desde o século XVI, quando John Harrington (1561-1612) 
instalou a primeira latrina no palácio da Rainha Isabel, sua disseminação só veio a partir de 1778, quando 
Joseph Bramah (1748-1814) inventou a bacia sanitária com descarga hídrica, inicialmente empregada 
em hospitais e moradias nobres. A generalização dos sistemas de distribuição de água e as descargas 
hídricas para evacuar o esgoto, provocaram a saturação do solo, contaminando as ruas e o lençol freático. 
A extravasão para os leitos das ruas criou, também, constrangimentos do ponto de vista estéticos, levando 
a necessidade de criação de esquemas para limpeza das vias públicas das cidades grandes. 
Muitas cidades como Paris, Londres e Baltimore tentaram o emprego de fossas individuais com 
resultados desastrosos, pois as mesmas, com manutenção inadequada, se tornaram fontes de geração 
de doenças. Raramente eram limpas e seu conteúdo se infiltrava pelo solo, saturando grandes áreas do 
terreno e poluindo fontes e poços usados para o suprimento de água. As fossas, portanto, tornaram-se 
um problema de saúde pública. 
Além disso, era ilusoriamente fácil eliminar a água de esgoto, permitindo-a alcançar os canais de 
esgotamento existentes sob muitas cidades. Como esses canais de esgotamento se destinavam a carrear 
água de chuva, a generalização dessa prática levou os rios de cidades maiores transformarem-se em 
esgotos a céu aberto, um dos maiores desafios enfrentados pelos reformadores sanitários do século XIX. 
Paralelamente começava a se concretizar a ideia de serem organismos microscópicos como possível 
causa das doenças transmissíveis. No início do século XIX havia na Grã-Bretanha várias cidades 
consideradas de grande porte, mas elas pareciam tão incapazes como suas predecessoras de evitar as 
contrastantes ondas de mortes por doenças e epidemias, que ainda eram o preço inevitável da vida 
urbana. Apesar das consideráveis melhorias executadas nos esgotos londrinos no século anterior, as 
galerias continuavam despejando seus bacilos no rio Tâmisa, contaminando a principal fonte de água 
potável da capital. 
 
 
 
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. 9 
O sistema de esgotos utilizado em todo o Brasil, é do tipo “separador absoluto”. Este sistema constitui 
a veiculação do esgoto sanitário (doméstico, industrial e infiltração) em um sistema independente 
denominado de sistema de esgoto sanitário. As águas pluviais são coletadas e transportadas em um 
sistema de drenagem pluvial totalmente independente. 
 
Classificação dos esgotos 
Doméstico – constitui de efluentes gerados em uma residência, em hábitos higiênicos e atividades 
fisiológicas, além de efluentes gerados em outros ambientes, cujas características físico-químicas sejam 
aquelas peculiares ao esgoto residencial. 
Não Doméstico – constitui de despejo líquido resultante de atividades produtivas ou de processo de 
indústria, de comércio ou de prestação de serviço, com características físico-químicas distintas do esgoto 
doméstico. 
Infiltração – parcela devida às águas do subsolo que penetram nas tubulações, através das juntas e 
órgãos acessórios. 
 
Caracterização da qualidade dos esgotos 
Os esgotos domésticos contêm aproximadamente 99,9% de água, e apenas 0,1% de sólidos. É devido 
a essa fração de 0,1% de sólidos que ocorrem os problemas de poluição das águas. 
As características dos esgotos gerados por uma comunidade são função dos usos a que a água foi 
submetida. Esses usos, e a forma com que são exercidos, variam com o clima, os hábitos, a situação 
social e econômica da população. 
As características físicas dos esgotos podem ser interpretadas pela obtenção das grandezas 
correspondentes a matéria sólida, temperatura, odor, cor e turbidez. 
As características químicas podem ser classificadas em dois grandes grupos: matéria orgânica e 
inorgânica. Os principais parâmetros utilizados são: pH, DBO, DQO, Nitrogênio e Fósforo. 
As características biológicas dos esgotos são de grande importância no controle da poluição e 
tratamento dos esgotos. Os principais organismos encontrados nos rios e esgotos são: as bactérias, os 
fungos, os protozoários, os vírus, as algas e grupos de plantas e de animais. O organismo mais utilizado 
como indicador de poluição é do grupo das bactérias coliformes. 
Os esgotos domésticos e não domésticos produzidos são coletados dentro das residências, comércios 
ou indústrias por meio de tubulações hidráulico-sanitárias (ramais internos) de responsabilidade do 
proprietário até a interligação no PL (Poço Luminar) localizado no passeio. Estas conduzem os esgotos 
para as ligações prediais que se interligam às redes coletoras por meio dos coletores secundários. 
O esgoto coletado nas redes escoa por gravidade, utilizando no máximo 75% do diâmetro da 
tubulação. Assim, é necessário que as tubulações sejam implantadas com declividades adequadas para 
garantir o escoamento por gravidade e o arraste dos sólidos contidos nos esgotos. Os coletores 
secundários conduzem os esgotos para os coletores tronco. 
O coletor tronco é o coletor principal, que recebe a contribuição dos coletores secundários, conduzindo 
os efluentes para um interceptor ou emissário. 
O interceptor é uma tubulação que recebe os coletores ao longo de sua extensão, não recebendo 
ligações prediais diretas. 
O emissário é uma tubulação que transporta os esgotos a um destino (estação de tratamento, 
lançamento final, elevatória), sem receber nenhuma contribuição ao longo de sua extensão. 
Em algumas situações são necessárias as estações elevatórias, que objetivam a transferência dos 
esgotos de uma cota mais baixa para outra mais alta, ou a transposição de sub-bacias por meio de 
bombeamento. 
As unidades anteriores se destinam ao transporte dos esgotos para a estaçãode tratamento, onde 
ocorrerá a depuração dos esgotos para possibilitar o seu retorno aos corpos d’água. 
 
DISPOSITOS DE ESGOTO 
Para facilitar o escoamento e para que se possa direcionar o fluxo do esgoto, deve-se utilizar junções 
e curvas de 45o. As curvas de 90o devem ser utilizadas somente na transição da vertical para a horizontal. 
 
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. 10 
Para não permitir que os gases da decomposição do esgoto provenientes da fossa ou coletor público 
entrem no ambiente e na edificação são instalados os chamados desconectores separando o esgoto que 
possui gases, chamado de esgoto primário, do esgoto livre de gases da decomposição que se chama 
esgoto secundário. 
 
Desconectores 
Os desconectores estão presentes em alguns aparelhos sanitários, tais como bacias sanitárias, caixas 
sifonadas e sifões de pias de lavatórios e de cozinhas: 
A lâmina d'água (selo hídrico) presente nesses aparelhos impede a entrada dos gases do esgoto e 
consequentemente o mau cheiro. 
Porém, além da colocação dos desconectores, deve-se garantir que a pressão interna do tubo seja 
igual a pressão atmosférica. Se a pressão interna não for igual a pressão atmosférica, o escoamento 
deixa de ser livre e passa a ser forçado. Se existir sucção a montante do escoamento do esgoto, pode 
haver o que chamamos de quebra do selo hídrico. 
No decorrer do tempo o sistema de esgoto vai necessitar de manutenção. As tubulações de esgoto 
não podem passar por dentro de elementos estruturais, tais como lajes, pilares e vigas pois inviabiliza a 
sua manutenção. Na forma tradicional de instalação, as tubulações horizontais passam sob a laje e as 
verticais (em edifícios) em shafts. 
 
 
 
 
 
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. 11 
A Coleta do esgoto em residências: 
Os ramais de esgoto dos ambientes devem ser direcionados para fora da residência. O ramal de esgoto 
da cozinha não pode ser ligado diretamente aos sub coletores. As águas residuais da cozinha possuem 
óleo e gordura que podem entupir as tubulações. 
 
 
 
Esses óleos e gorduras não podem ser lançados no sistema de esgoto e devem ser retidos no que 
chamamos de caixa de gordura (CG). As caixas de gordura podem ser moldadas in loco ou adquiridas 
prontas no mercado. 
 
 
 
Os ramais de esgoto podem se juntar em caixas de passagem antes de se dirigirem para o coletor 
predial. Essas caixas também podem ser feitas no local ou compradas prontas. São pontos de acesso 
para permitir a inspeção, limpeza e desobstrução da tubulação. 
 
 
 
Junto ao limite do terreno ainda fazemos uma última caixa de inspeção antes de lançar o esgoto no 
coletor público. 
 
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. 12 
DEFINIÇÕES 
Ramal de descarga – tubulação que recebe diretamente efluentes de um aparelho sanitário. 
Ramal de esgoto – tubulação que recebe efluentes de ramais de descarga. 
 
 
 
Subcoletor – tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto. 
Coletor predial – trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de 
esgoto ou de descarga e o coletor público ou sistema particular. 
 
 
 
Fossa séptica – unidade de sedimentação e digestão, de fluxo horizontal e funcionamento contínuo, 
destinada ao tratamento primário do esgoto sanitário. 
Sumidouro – cavidade destinada a receber o efluente de dispositivo de tratamento e a permitir sua 
infiltração no solo. 
 
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. 13 
 
 
 
Fecho hídrico – camada líquida que em um desconector, veda a passagem de gases. 
 
 
 
Desconector – dispositivo provido de fecho hídrico destinado a vedar a passagem de gases. 
Sifão – desconector destinado a receber efluentes de instalação de esgoto sanitário. 
 
 
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. 14 
Tubo ventilador – tubo destinado a possibilitar a troca do ar da instalação do esgoto para a atmosfera 
e vice-versa. 
Coluna de ventilação – tubo ventilador vertical que se desenvolve através de um ou mais andares e 
cuja extremidade superior é aberta para a atmosfera ou ligada a um tubo ventilador primário ou barrilete 
de ventilação. 
 
 
 
Caixa sifonada – caixa dotada de fecho hídrico destinada a receber efluentes da instalação secundária 
de esgoto. 
 
 
 
Caixa de inspeção – caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações. 
Instalação primária de esgoto – conjunto de tubulações e dispositivos onde tem acesso gases 
provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento. 
Instalação secundária de esgoto – conjunto de tubulações e dispositivos onde não tem acesso gases 
provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento. 
Unidade Hunter de contribuição – fator probabilístico numérico que representa a frequência habitual 
de utilização, associada a vazão típica de cada uma das diferentes peças de um conjunto de aparelhos 
heterogêneos, em funcionamento simultâneo em hora de contribuição máxima no hidrograma diário. 
Ralos – existem ralos secos e ralos sifonados. Ralos Secos: não têm fecho hídrico. Recebem água de 
pisos, terraços, sacadas e box. 
 
 
 
- Ralos Sifonados: Possuem sifonagem. Podem ter formato cilíndrico, cônico ou quadrado. 
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. 15 
 
 
Válvula de Retenção - tem a função de evitar o retorno do esgoto da rede pública para a residência, 
assim como a entrada de insetos e roedores para dentro da residência através do esgoto. 
- Só libera o fluxo por um lado. 
 
 
 
NOÇÕES DE HIDRÁULICA 
 
O que é hidráulica? 
É a ciência que estuda as características físicas de fluidos líquidos em repouso (confinados) ou em 
movimento (escoamentos). A lei fundamental da hidráulica é: "A pressão exercida em um ponto qualquer 
de um líquido em repouso (estático) é a mesma em todas as direções e exerce forças iguais em áreas 
iguais". 
Em outras palavras, a hidráulica consiste no estudo das características e uso dos fluidos confinados 
ou em escoamento como meio de transmitir energia. 
 
Conceitos fundamentais - Força, Pressão e Perda de Carga 
Quando uma força é aplicada sobre uma área, ocorre o que chamamos de pressão. Imagine um 
reservatório com 10 metros de altura, completamente cheio de água. Qual é a força, ou pressão, que 
teremos sobre o fundo deste reservatório? Será de 10 metros de força em cada cm² do seu fundo, não 
importando qual seja o seu diâmetro. 
 
 
 
Força - é o esforço feito sobre um objeto. 
Unidades de medida: quilograma-força (kgf) ou Newton (N), sendo que 
1 kgf = 9,80 N. 
A água como qualquer outro objeto tem peso, por isso em 
Hidráulica as forças exercidas pelos líquidos estão associadas à Área (A) onde os líquidos estão 
contidos. Essa relação é conhecida como Pressão (P). 
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. 16 
 
 
Área – é a quantidade de espaço existente em uma superfície. 
Quando aplicada à Hidráulica, a área por onde a água passa é a seção do tubo ou a área de um 
reservatório. 
 
 
 
Unidades de medida: metro quadrado (m²), centímetro quadrado (cm²) e quilômetro quadrado (km²). 
 
Pressão (P) - é a quantidade de Força (F) que foi aplicada em uma determinada área (A). 
 
 
 
a) Pressão Hidrostática: forças exercidas pelo líquido contido em reservatórios. 
 
 
 
A água contida em um tubo tem um determinado peso, o qual exerce uma determinada pressão nas 
paredes desse tubo. Qual é essa pressão? Olhando para os dois copos, A e B, em qual dos dois existe 
maior pressão sobre o fundo? No copo A ou no copo B? A primeira ideia que nos vem à cabeça é de que 
existe maior pressão no fundo do copo A. 
 
 
 
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. 17 
No entanto, se ligarmos os dois copos, comomostra a figura abaixo, observaremos que os níveis 
permanecem exatamente os mesmos. Isto significa que: se as pressões dos copos fossem diferentes, a 
água contida no copo A empurraria a água do copo B, que transbordaria. As pressões, portanto, são 
iguais em ambos os copos! É isto mesmo o que ocorre na prática. Esta experiência é chamada “Princípio 
dos Vasos Comunicantes”. 
Agora, se adicionarmos água no copo A, inicialmente ocorre um pequeno aumento da altura ”hA“. 
O nível do copo A, então, vai baixando aos poucos. Com a adição de água, houve um aumento de 
pressão no fundo do mesmo, a qual tenderá a se igualar com a pressão exercida pela água do copo B. 
 
 
 
A pressão que a água exerce sobre uma superfície qualquer (no nosso caso, o fundo e as paredes 
dos copos) só depende da altura do nível da água até essa superfície. É o mesmo que dizer: a pressão 
não depende do volume de água contido em um tubo, e sim da altura. Níveis iguais geram pressões 
iguais. A pressão não depende da forma no recipiente. 
 
Dentro do sistema de abastecimento e da instalação predial, a água exerce uma força sobre as paredes 
das tubulações. A esta força damos o nome de “pressão”. Nos prédios, o que ocorre com a pressão 
exercida pela água nos diversos pontos das tubulações é o mesmo que no exemplo dos copos. Isto é: a 
pressão só depende da altura do nível da água, desde um ponto qualquer da tubulação até o nível da 
água do reservatório. Quanto maior for a altura, maior será a pressão. 
Se diminuirmos a altura, a pressão diminui. No esquema abaixo, observamos que a pressão no ponto 
C é maior que em A, pois ali a altura da coluna da água é maior que a coluna do ponto A. 
 
 
 
b) Pressão Hidrodinâmica: pressão que a água exerce quando está em movimento. 
 
c) Pressão de Serviço: pressão máxima que pode existir na rede para que a instalação hidráulica 
funcione em condições normais. 
 
Velocidade - rapidez com que um corpo muda de posição em um determinado tempo. 
Unidades de medida: 
- m/s - metro por segundo 
- km/h - quilômetro por hora 
A velocidade aumenta: 
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- quanto mais inclinado estiver o tubo com escoamento livre 
- quando diminui a pressão na tubulação 
 
Vazão - rapidez com que o volume de líquido passa pelo tubo em um determinado tempo. 
Unidades de medida: 
m³/s - metro cúbico por segundo 
L/min - litro por minuto 
 
Golpe de Aríete - aumento instantâneo de pressão da água dentro da tubulação. Ocorre quando a 
descida da água é interrompida bruscamente. 
 
 
 
1) Válvula fechada: apenas a pressão nominal atua dentro da coluna. 
 
 
 
2) Válvula aberta: a água desce, aumentando sua velocidade dentro do tubo. A pressão hidrostática 
contra as paredes reduz ao máximo. 
 
 
 
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. 19 
3) Fechamento rápido da válvula: interrupção brusca da água, que causa violento impacto na válvula 
e equipamentos. E também vibrações e fortes pressões que tendem a dilatar o tubo. 
 
 
 
Para solucionar: 
- regule as válvulas de descarga a cada 6 meses 
- troque as válvulas de fechamento rápido 
- instale válvulas redutoras de pressão 
 
Conduto livre - o líquido dentro do tubo está sujeito apenas à pressão atmosférica e não preenche 
toda a seção no tubo. 
Ex: escoamento de esgoto e águas pluviais. 
 
 
 
Conduto sob pressão - o líquido dentro do tubo está sob pressão, positiva ou negativa, e preenche 
toda a seção do tubo. 
Ex: água fria, incêndio e água quente. 
 
Perda de Carga - resistência ao movimento da água. Pode ser: 
a) Localizada - o choque entre as partículas causam turbulências. 
 
 
 
b) Distribuídas - atrito ao longo da tubulação 
 
 
 
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. 20 
As principais causas da perda de carga são: 
- Traçados de tubulações: quanto maior o comprimento da rede, maior será a perda de carga. 
- Número de conexões: quanto mais conexões, maior será a perda de carga. 
- Rugosidade: quanto mais rugosas forem as paredes internas dos tubos, maior será a perda de carga. 
- Quanto menor forem os diâmetros dos tubos, maior será a perda de carga. 
 
 
 
TIPOS DE INSTALAÇÃO 
a) Tubulações suspensas ou aéreas: 
- Fixar com abraçadeiras ou suportes. 
- Mais utilizadas para instalações de água fria e esgoto. 
 
 
 
 
 
b) Tubulações enterradas: 
- Assentadas em: terreno resistente ou sobre base apropriada, sem detritos nem materiais pontiagudos 
- Mais utilizadas para instalações de esgoto. 
 
 
 
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c) Tubulações embutidas: 
- Ficam independentes da alvenaria. 
- Devem permitir movimentação. 
- Deixam uma abertura na alvenaria maior que a do diâmetro do tubo. 
 
 
 
SISTEMAS DE ÁGUA FRIA 
 
Conjunto de tubulações e dispositivos destinados ao abastecimento dos pontos de água da edificação. 
Componentes 
- Ambiente externo: entrada de água. 
- Ambiente interno: instalação e distribuição. 
 
a) Ambiente externo 
- Executado pela concessionária pública. 
- Colocação do kit cavalete e hidrômetro - medidor de consumo 
 
 
 
b) Ambiente interno 
- Instalação predial - fica toda a tubulação dentro da edificação. 
- Distribuição de água - são 3 tipos: Direto, Indireto e Misto. 
 
SISTEMAS DE ÁGUA QUENTE 
 
Fornece água quente nos pontos de consumo, utilizando a tubulação de entrada de água da instalação 
de água fria. 
Tipos de aquecimento 
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. 22 
a) Individual local - Água quente é fornecida em um ponto de consumo. 
Ex: duchas elétricas. 
 
 
 
b) Central privado - aquecedores residenciais 
Ex.: Aquecedor de acumulação de passagem. 
 
c) Central coletivo - aquecedores centrais da edificação. 
 
- Produtos 
1) Aquecedores - Aumentam a temperatura da água que será fornecida. 
a) Classificação por tipo de funcionamento - são 2 modelos: 
• Aquecedor de passagem: não armazena a água quente, apenas aquece quando ela passa. 
• Aquecedor de acumulação: armazena a água quente em reservatórios conhecidos como “boilers”. 
 
b) Classificação por tipo de alimentação - são 3 modelos: 
• Aquecedor a gás natural ou elétrico: 
Instalação - em local com ventilação e chaminé. 
Manutenção - no mínimo uma vez por ano. 
 
 
 
• Aquecedor Solar: 
- Utiliza a luz solar como fonte de energia. 
- A captação da energia solar é feita por placas colocadas sobre o telhado, que retém o calor e aquece 
a água. Depois essa água fica armazenada no “boiler” pronta para o uso. 
- Precisa ter um sistema de aquecimento complementar. 
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. 23 
 
 
SISTEMAS DE ESGOTO 
 
Coletam, conduzem e afastam da edificação os despejos do uso dos aparelhos sanitários, levando 
para a rede pública. 
 
NBR 8160 recomenda que: 
- Evite a contaminação da água potável. 
- Tenha fácil acesso à inspeção. 
- Impeça retorno de gases. 
- Seja separado do sistema de águas pluviais. 
 
Partes do Sistema 
- Instalação secundária. 
- Instalação primária. 
- Ventilação. 
 
 
 
Tensionamento por instalação fora de prumo 
- Partes internas e flanges fragilizados. 
- Rompimento pelo deslocamento da tubulação. 
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. 24 
 
 
Bolsas/curvas feitas por aquecimento 
- Fragilizam as instalações. 
- Perdem resistência à pressão. 
- Causam rupturas. 
 
 
 
Excesso de adesivo 
- Fragiliza as partes internas. 
- Reduz o diâmetro interno. 
- Causa rompimento por fadiga. 
 
 
 
Tensionamento por excesso de aperto 
- Observe as marcas de chave de grifo na peça. 
- Compromete a resistência do produto. 
- Deforma o fundo da rosca. 
 
 
 
Ruptura por impacto na tubulação 
- Apresenta linha de rompimento em forma de estrela. 
- Trincas e rupturas. 
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. 25UNIDADE DE MEDIDAS: 
Para realizarmos qualquer experimento é preciso conhecer algumas unidades de medida. A medida 
de uma grandeza é um número que expressa uma quantidade, comparada com um padrão previamente 
estabelecido. O volume, comprimento, massa, temperatura, tempo, volume, força, quantidade de matéria 
, a densidade e a pressão são unidades de medida. 
Essas grandezas são avaliadas pelas unidades de medida adotadas por convenção e cada unidade 
tem seu símbolo. Por exemplo, o m o símbolo do metro. 
O valor de uma grandeza pode ser expresso por um número e uma unidade de medida. Exemplo: 
25ºC, 100m. 
 
SISTEMAS DE UNIDADES DE MEDIDA 
Um grupo de unidade é conhecido como sistema de unidades de medida. O mais utilizado é o SI 
(Sistema Internacional de Unidades). 
 
GRANDEZA NOME DA UNIDADE SÍMBOLO 
massa quilograma Kg 
comprimento metro m 
tempo segundo S 
Quantidade de 
matéria 
mol mol 
temperatura 
termodinâmica 
 
Kelvin 
K 
área 
metro quadrado 
m² 
pressão Pascal Pa 
 
Às vezes é necessário usar unidades maiores oi menores do que as do SI. 
 
Se a grandeza comprimento, onde a unidade no SI é o metro, tiver que ser expressa em unidades 
maiores usamos os seus múltiplos (quilômetro, hectômetro, decâmetro, etc.) e para utilizar unidades 
menores, usamos os submúltiplos (centímetro, decímetro, milímetro, etc.). 
 
Observe a formação dos múltiplos e submúltiplos das unidades de medida mediante o emprego dos 
prefixos SI 
 
Em uma tabela mais simplificada: 
 
km hm dam m dm cm mm 
10³ 10² 10 1 10-1 10-2 10-3 
 
Então: 
1km = 1.10³ 
1µm = 1.10-6 
1cm = 1.10-2 
1nm = 1.10-9 
1mm = 1.10-3 
Se a grandeza for massa: 
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. 26 
1kg = 10³g 
1g = 10-3 kg 
1g = 10³ mg 
1mg = 10-3g 
1g = 106µg 
1 µg = 10-6 
Para a grandeza volume, utilize-se muito a unidade de l (litro) e mL (mililitro), onde: 
1l = 1dm³ 
1mL = 1cm³ 
 
Outras unidades: 
Alguns países não utilizam unidades métricas. São as unidades do sistema inglês (milha, jarda, 
polegada, pé, libra e onça). 
1milha = 1609m 
1polegada = 25,40mm = 2,540cm 
1jarda = 0,914m 
1onça= 28,35g 
1pé = 0,3048m 
1libra = 453,6g 
 
Unidade de medida de massa 
A unidade padrão de massa é o quilograma abreviado por kg. 
OBS: O grama é um substantivo masculino, então se diz “duzentos gramas de queijo”. A grama é uma 
planta rasteira para forração de jardins e gramados. 
Você pode perceber que existem situações em que a unidade quilograma (kg) é inadequada, e para 
essas situações existem múltiplos e submúltiplos do kg. 
 
Para transformarmos uma unidade em outra, basta deslocarmos a vírgula para a esquerda ou para a 
direita o número de casas quantas forem as casas da transformação. 
A unidade de massa bastante usada na pecuária é a arroba que equivale a 15 kg. 
Ex: 1,309 hg = 13 90 cg 
765,3 mg = 0,7653 g 
 
As massas podem ser determinadas nas unidas da tabela a seguir: 
 
Quilogram
a 
hectogram
a 
decagram
a 
gram
a 
decigram
a 
centigram
a 
miligram
a 
kg hg dag g dg cg mg 
1000 g 100 g 10 g 1 g 0,1 g 0,01 g 0,001 g 
 
MEDIDAS DE MASSAS 
Medir a massa de uma amostra é uma operação de pesagem. O instrumento usado é balança, que 
geralmente é graduada em gramas (g). Para medir uma amostra são necessários alguns cuidados como: 
garantir que a balança esteja colocada sobre uma base firme, livre de vibrações mecânicas e nivelada; 
não colocar a amostra diretamente sobre a balança, mas sim, dentro de um recipiente limpo e seco (vidro 
de relógio, papel de filtro, entre outros); transferir o material a ser pesado na balança com o auxílio de 
uma pinça ou espátula; após a medida não deve deixar nada sobre o prato da balança, 
qualquer substância acidentalmente entornada deverá ser imediatamente removida. 
As balanças mais utilizadas em laboratórios são as analíticas e semi- analíticas. As analíticas são 
utilizadas para se obter massas com alta exatidão, já as semi-analíticas, são usadas para medidas nas 
quais a necessidade de resultados confiáveis não é critica. 
 
Procedimento experimental: 
Medidas de Massa: Balança analítica 
- Centralize o material a ser pesado no prato da balança; 
- Nunca colocar reagentes diretamente no prato da balança; pesá-los em recipientes adequados (pesa-
filtro, béquer pequeno, vidro de relógio, barquinha de pesagem, papel apropriado para a pesagem); 
- Não toque diretamente com as mãos o material a ser pesado (utilize uma pinça ou uma tira de papel). 
- A massa de muitos sólidos varia com a umidade. Uma análise típica envolve a secagem da amostra 
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. 27 
para que os resultados não sejam influenciados pela umidade do ambiente. 
 
Relações entre unidades: 
 
 
 
Temos que: 
1 kg = 1l = 1 dm3 
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2 
1 m3 = 1000 l 
 
Volume 
Quando compramos leite ou suco, ou abastecemos o carro com combustível, o preço desses produtos 
é calculado de acordo com o volume que estamos adquirindo. 
O volume pode ser entendido como o espaço ocupado por um objeto. Quando trabalhamos com 
recipientes, como garrafas e copos, é comum nos referirmos ao espaço interno deles. Esse volume recebe 
a denominação de capacidade. 
Para calcularmos o volume de um paralelepípedo, basta multiplicarmos as 3 dimensões. 
V = altura x largura x comprimento 
Tanto o volume de um objeto como sua capacidade podem ser medidos por meio de duas unidades 
padrão, que estudaremos separadamente: o litro e o metro cúbico 
 
Metro cúbico (m
3
) 
Pelo Sistema Internacional de Medidas (SI ), o metro cúbico é a unidade padrão de medida de volume. 
Ele é definido como o espaço ocupado por um cubo cujo comprimento da aresta é um metro. Seu volume 
é dado por: V= a
3
 
Os múltiplos e submúltiplos do metro cúbico estão na tabela abaixo: 
 
Quilômetro 
cúbico 
Hectômet
ro 
cúbico 
Decâmet
ro 
cúbico 
Metr
o 
cúbic
o 
Decímet
ro 
cúbico 
Centímet
ro 
cúbico 
Milímetro 
cúbico 
km
3
 hm
3
 dam
3
 m
3
 dm
3
 cm
3
 mm
3
 
100000000
0m
3
 
1000000
m
3
 
1000m
3
 1m
3
 0,001m
3
 
0,000001
m
3
 
0,00000000
1m
3
 
 
Repare que cada unidade é mil vezes maior que a unidade que a antecede 
Para transformarmos uma unidade em outra, basta deslocarmos a vírgula para a esquerda ou para a 
direita o triplo de casas quantas forem as casas da transformação. 
 
Ex: 32 m
3
= 0,000032 hm
3
 
 
0,00067 dam
3
= 670 dm
3
 
 
Litro ( L ) 
 
O litro é uma unidade de medida de capacidade (volume) usada para medir líquidos e é definido como 
o espaço ocupado por um cubo cujo comprimento da aresta é um decímetro, ou seja 10 cm. 
1 L = 1 dm
3
 
Apostila gerada especialmente para: Tais Vieira Cananea 042.599.025-71
 
. 28 
Os múltiplos e submúltiplos do litro estão na tabela abaixo: 
 
Quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centilitro mililitro 
kl hl dal L dl cl ml 
1000 L 100 L 10 L 1 L 0,1 L 0, 01 L 0,001 L 
 
Para transformarmos uma unidade em outra, basta deslocarmos a vírgula para a esquerda ou para a 
direita tantas casas quantas forem as casas da transformação. 
Ex: 235 cl = 2350 ml 
67 dl = 6,7 L 
 
OBS: Um litro de água destilada, à temperatura de 15 graus Celsius, tem massa de, aproximadamente, 
1 kg. 
 
MEDIDAS DE VOLUME: 
Para medir volumes aproximados de líquidos, podemos utilizar um equipamento volumétrico não muito 
preciso embora prático, que é a proveta ou cilindro graduado, enquanto que, para medidas precisas, 
utilizamos equipamentos, tais como balões volumétricos, bureta e pipetas. 
Estes equipamentos são calibrados pelo fabricante a uma temperatura padrão de 20 ºC, devendo-se 
utilizá-los de preferência nesta temperatura, para evitar desvios, em virtude de anomalias ocasionadas 
pelas alterações de temperatura. 
 Vale lembrar que, um erro de medida ocorre quando há uma diferença entre o valor real e o valor 
experimental. Vários fatores introduzem erros sistemáticos ou determinados (erros no sistemaque podem 
ser detectados e eliminados). Por exemplo: equipamentos não calibrados, reagentes impuros e erros no 
procedimento. A medida é também afetada por erros indeterminados ou aleatórios (erros que estão além 
do controle do operador). 
Estes incluem o efeito de fatores como: pequenas variações de temperaturas durante uma experiência, 
absorção de água por substâncias enquanto estão sendo pesadas, diferenças em julgamento sobre a 
mudança de cor do indicador ou perda de pequenas quantidades de material ao transferir, filtrar ou em 
outras manipulações. 
 
Questões 
 
01. (PM/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Em 25 de maio de 2014, o jornal Folha 
de S. Paulo publicou a seguinte informação sobre a capacidade de retirada de água dos sistemas de 
abastecimento, em metros cúbicos por segundo (m3/s): 
 
 
 
De acordo com essas informações, o número de segundos necessários para que o sistema Rio Grande 
retire a mesma quantidade de água que o sistema Cantareira retira em um segundo é: 
(A) 5,4. 
(B) 5,8. 
(C) 6,3. 
Apostila gerada especialmente para: Tais Vieira Cananea 042.599.025-71
 
. 29 
(D) 6,6. 
(E) 6,9. 
 
02. (SAAE/SP – AUXILIAR DE MANUTENÇÃO GERAL – VUNESP/2014) Um consumidor introduziu 
um objeto dentro da caixa acoplada de uma descarga, o que provocou uma economia de 600 mL de água 
a cada descarga. Supondo que 1 000 000 de consumidores façam o mesmo, num dia em que cada um 
desses consumidores der 3 descargas, a economia de água será de 
(A) 600000 L. 
(B) 1200000 L. 
(C) 1800000 L. 
(D) 2400000 L. 
(E) 3000000 L. 
 
03. (MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) O suco existente 
em uma jarra preenchia 
3
4
 da sua capacidade total. Após o consumo de 495 ml, a quantidade de suco 
restante na jarra passou a preencher 
1
5
 da sua capacidade total. Em seguida, foi adicionada certa 
quantidade de suco na jarra, que ficou completamente cheia. Nessas condições, é correto afirmar que a 
quantidade de suco adicionada foi igual, em mililitros, a 
(A) 580. 
(B) 720. 
(C) 900. 
(D) 660. 
(E) 840. 
 
04. (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL – FCC/2014) Uma piscina está vazia 
e tem capacidade de 65,4m³ de água. A vazão da torneira que irá encher continuamente essa piscina é 
de 250mL por segundo. Nessas condições, o tempo necessário e suficiente para encher essa piscina é 
de 
Dado: 1m³ equivale a 1000dm³ 
(A) 73 horas e 40 minutos. 
(B) 72 horas e 10 minutos. 
(C) 73 horas e 06 minutos. 
(D) 72 horas e 20 minutos. 
(E) 72 horas e 40 minutos. 
 
05. (SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS DE SANEAMENTO 01 – FCC/2014) Uma piscina 
de forma quadrada tem 25 m² na superfície, quando está cheia. O dono da piscina quer cobrir toda a 
superfície com placas de isopor quadradas, cujo lado mede 25 cm. Encaixando as placas sobre a água o 
número de placas necessárias para realizar esse intento é igual a 
(A) 250. 
(B) 4000. 
(C) 2000. 
(D) 200. 
(E) 400. 
 
06. Na leitura do hidrômetro de uma casa, verificou-se que o consumo do último mês foi de 36 m3. 
Quantos litros de água foram consumidos? 
(A) 3,6 litros 
(B) 0,036 litros 
(C) 3600 litros 
(D) 36000litros 
(E) 36000000000 litros 
 
 
 
 
 
 
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. 30 
Respostas 
 
01.Resposta: D 
 
m3 seg 
33 ------- 1 
5 ------- x 
 
5.x = 33 . 1 x = 33 / 5 = 6,6 seg 
 
02. Resposta: C 
3 . 1 000 000 = 3 000 000 descargas 
3 000 000 . 600 = 1800000000 mL = 1 800 000 L (: 1000) 
 
03.Resposta: B 
Para facilitar os cálculos vamos chamar de x a capacidade total da jarra. Assim: 
 
 
3
4
 . 𝑥 − 495 = 
1
5
 . 𝑥 
 
3
4
 . 𝑥 − 
1
5
 . 𝑥 = 495 
 
5.3.𝑥 − 4.𝑥=20.495 
20
 
 
15x – 4x = 9900 
 
11x = 9900 
 
x = 9900 / 11 
 
x = 900 mL (capacidade total) 
 
Como havia 1/5 do total (1/5 . 900 = 180 mL), a quantidade adicionada foi de 900 – 180 = 720 mL 
 
04.Resposta: E 
 
1m³------1000dm³ 
65,4------x 
X=65400 dm³ 
 
1dm³----1000ml 
65400----y 
Y=65400000ml 
 
Vazão da torneira 250ml por segundo 
 
250 ml-----1s 
65400000—z 
Z=261600s 
 
1 hora-----3600s 
x---------261600 
x=72,67 h 
 
1hora---60 minutos 
0,67-----y 
Y=40 minutos 
 
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. 31 
O tempo necessário para encher o tanque é de 72 horas e 40 minutos. 
 
05 Resposta: E 
 
* Piscina: 25 m² = 250000 cm² 
* Placas: 25 cm . 25 cm = 625 cm² 
250000 / 625 = 400 placas 
 
06 Resposta: D 
Solução: 36 m3 = 36 000 dm3 = 36 000 litros 
 
OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE REDES COLETORAS DE ESGOTOS 
 
As principais atividades de operação e de manutenção preventiva e corretiva de redes coletoras de 
esgotos, tais como: entupimento de rede e os equipamentos para desobstrução e limpeza das redes 
através dos poços de visita; vazamento em redes coletoras de esgotos devido à corrosão e juntas mal 
executadas; identificação das ligações clandestinas e cadastro de redes coletoras. 
 
Redes coletoras de esgotos 
Uma rede coletora de esgotos é um conjunto constituído pelos ramais internos, pelas ligações prediais, 
pelos coletores de esgoto e seus órgãos acessórios. 
Ramal interno (instalação predial) são os elementos internos ao imóvel de responsabilidade do 
proprietário ou usuário. 
 
 
 
A caixa de gordura é destinada a coletar e reter os resíduos gordurosos dos esgotos provenientes da 
pia da cozinha ou do tanque se este for utilizado para lavagem dos utensílios de cozinha. Caso trate de 
instalações de restaurantes, lanchonetes, açougues ou outros fins que impliquem em produção de 
gordura, a água do piso, também, deverá ser encaminhada à caixa de gordura. 
A caixa de gordura deve ser verificada e limpa, sempre que necessário. A gordura, os detritos 
alimentares e demais resíduos retirados devem ser acondicionados em sacos plásticos e colocados no 
lixo. 
A caixa de passagem é instalada nos pontos onde ocorre mudança de direção do ramal interno e 
permitem o acesso para desobstrução, quando necessário. 
O poço luminar (PL) não existe em todos os sistemas de esgotamento, mas onde os serviços são 
prestados por concessionárias, sendo o elemento que determina o limite de responsabilidade entre o 
cliente e a concessionária. É instalado no passeio e permite o acesso aos equipamentos para a 
desobstrução da ligação predial, quando necessário. 
Ligação predial (ramal predial) é a parte à jusante ao PL, caso exista, ou a parte além da divisa do 
imóvel até a rede coletora, de responsabilidade da concessionária. 
 
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. 32 
 
 
As redes coletoras, antigamente, eram construídas em manilhas cerâmicas. Atualmente, o PVC vem 
sendo aplicado com mais frequência face à facilidade de construção. Quando da confecção de uma 
ligação predial, é muito comum à conexão de tubos de PVC com manilha cerâmica. Nestes casos devem-
se utilizar os adaptadores específicos, evitando sempre a improvisação que irá resultar certamente em 
manutenções futuras. 
Coletor de esgoto é a tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto das ligações 
prediais em qualquer ponto ao longo de seu comprimento. 
Coletor tronco é a tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros 
coletores. 
Coletor principal é o coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma bacia. 
Devido à presença nos esgotos de grande quantidade de sólidos e ainda pelo fato de ser necessário 
à rede coletora funcionar como conduto livre, é preciso que as canalizações tenham órgãos acessórios. 
 
Os órgãos acessórios são utilizados com a finalidade de evitar ou pelo menos minimizar 
entupimentos nos pontos singulares das tubulações, como curvas, pontos de afluência de tubulações, 
possibilitando ainda o acesso de pessoas ou equipamentos a esses pontos. 
Os principais órgãos acessórios de uma rede coletora de esgotos são apresentados a seguir. 
Poços de Visita (PV) é um poço que, através de abertura existente em sua partesuperior, permite o 
acesso de pessoas e equipamentos para executar trabalhos de manutenção, compreendendo atividades 
de inspeção, conservação, reparos, desobstrução e limpeza dos condutos. 
Os poços de visita (PV) devem ser usados, obrigatoriamente, nos seguintes casos: 
∙∙ Na reunião de mais de dois trechos ao coletor. 
∙∙ Na reunião de coletores quando há necessidade de tubo de queda. 
∙∙ Nas extremidades de sifões invertidos e passagens forçadas. 
 
Quando se dispõe de equipamentos adequados de limpeza das redes de esgoto, o poço de visita pode 
ser substituído por tubo de inspeção e limpeza (TIL), terminal de limpeza (TL) e caixas de passagem (CP). 
Tubo de Inspeção e Limpeza (TIL) ou Poço de Inspeção (PI) é um dispositivo não visitável que permite 
inspeção visual e introdução de equipamentos de limpeza. Pode ser usado em substituição ao PV nos 
seguintes casos: 
∙∙ Na reunião de até dois trechos ao coletor (três entradas e uma saída). 
∙∙ Nos pontos com degrau de altura inferior a 0,50 m. 
∙∙ A jusante de ligações prediais cujas contribuições podem acarretar problemas de manutenção. 
 
 
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. 33 
 
 
Terminal de limpeza (TL) é um dispositivo que permite introdução de equipamentos de limpeza, 
podendo ser usado em substituição ao PV no início dos coletores. 
 
 
 
Quando o coletor chega ao poço de visita (PV) com diferença de cota inferior a 0,50 m, executa-se o 
degrau, ou seja, o coletor afluente lança seus esgotos diretamente no PV. 
O tubo de queda é um dispositivo instalado no poço de visita (PV), ligando um coletor afluente em 
cota mais alta ao fundo do poço. O tubo de queda deve ser colocado quando o coletor afluente apresentar 
degrau com altura maior ou igual a 0,50 m para evitar respingos que prejudiquem o trabalho no poço. 
O espaçamento entre órgãos acessórios consecutivos, ou seja, o comprimento de um trecho, deve ser 
limitado pelo alcance dos equipamentos de desobstrução. Normalmente, adota-se a distância de 100 m 
entre órgãos acessórios consecutivos. 
 
Materiais utilizados em redes coletoras de esgotos 
Os materiais mais utilizados em sistemas de coleta e transporte de esgoto têm sido o tubo cerâmico, 
o concreto, o PVC, o ferro fundido e o aço. 
De um modo geral, para a escolha adequada do material a ser utilizado no sistema de coleta de esgoto, 
devem ser levados em consideração os seguintes aspectos: 
 
 
 
A escolha adequada dos tubos que serão utilizados em uma rede coletora deve ser bastante criteriosa, 
pois dependendo de suas características, esses tubos podem gerar gastos excessivos na manutenção, 
por apresentarem os seguintes problemas: 
∙∙ Baixa resistência às solicitações mecânicas. 
∙∙ Baixa resistência às condições agressivas tanto no terreno quanto no efluente. 
∙∙ Baixa resistência à abrasão. 
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. 34 
∙∙ Permitem movimentação no perfil da linha d’água, gerando acúmulo de material. 
∙∙ Permitem infiltração, carreando material do terreno. 
 
Os tubos cerâmicos (manilhas de barro vidrado) possuem alta resistência à ação de agentes 
agressivos existentes nos esgotos residenciais e industriais, à ação dos gases que se formam na própria 
rede coletora, bem como ao ataque do próprio solo, entretanto, é mais frágil e susceptível a quebras em 
relação aos outros materiais. 
 
 
 
Os tubos de concreto são utilizados quando as cargas externas atuantes sobre a canalização 
ultrapassam aquelas permitidas pelos tubos cerâmicos. Enquanto as manilhas de barro vidrado quase 
não são afetadas pelos ácidos ou produtos de decomposição oriunda da matéria orgânica presente nos 
esgotos, cuidados especiais devem ser levados em consideração quando os tubos de concreto são 
utilizados. Se o esgoto que for transportado possuir temperaturas acima dos valores normais e altas taxas 
de concentração de matéria orgânica e sulfato, tem-se a formação do gás sulfídrico. Este ataca a parte 
seca da tubulação formando o enxofre que, por sua vez, é utilizado por bactérias aeróbias em seus 
processos respiratórios, tendo como consequência a produção do ácido sulfúrico que ataca o cimento do 
concreto, originando, como subproduto, sulfatos de cálcio, ferro e alumínio. 
 
 
 
Os tubos de PVC têm como principal característica a alta resistência à corrosão. Em regiões com lençol 
freático acima dos coletores de esgoto, constitui-se na principal alternativa de utilização. 
 
 
 
Os tubos de ferro fundido são largamente utilizados em linhas de recalque de elevatórias. Para 
escoamento livre, são utilizados em travessias aéreas, passagem sob rios, passagem sob estruturas 
sujeitas à trepidação (pontes ferroviárias ou rodoviárias) ou em situações que necessitam de tubos que 
suportem cargas extremamente altas. 
 
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. 35 
Uma das principais vantagens desses tubos é a facilidade na desmontagem, caso haja necessidade 
de se fazer reparo ou mesmo substituir o sistema de coleta e transporte de esgoto. Não é aconselhável 
a utilização desses tubos em sistemas de coleta e transporte, em que o esgoto e o solo apresentem 
características ácidas, pois são sensíveis à corrosão. 
 
 
 
Os tubos de aço são recomendados nos casos em que ocorrem esforços elevados sobre a linha, como 
no caso de travessias diretas de grandes vãos, cruzamentos subaquáticos, ou ainda quando se deseja 
uma tubulação com pequeno peso, de absoluta estanqueidade e com grande resistência a pressões de 
ruptura. Devido à sua grande flexibilidade, os tubos de aço resistem aos efeitos de choques, 
deslocamentos e pressões externas. 
 
Entupimento de rede coletora de esgotos por aporte indevido de resíduos sólidos 
Um dos grandes problemas encontrados nas tubulações de esgoto consiste no entupimento das 
mesmas, devido ao mau uso das pessoas que jogam objetos estranhos nos vasos sanitários e, em alguns 
casos, diretamente nos poços de visita. 
Os objetos que, comumente, são mais encontrados na rede são: cigarro, cotonete, fralda, fio dental, 
cabelos, absorvente higiênico, preservativo, algodão, gaze, cigarro, embalagens de shampoo etc. Essa 
prática incorreta pode comprometer toda a rede coletora de esgotos, gerando grandes gastos com 
manutenção. 
Quando é detectado um entupimento na rede coletora, primeiramente, é encaminhada uma equipe de 
desentupimento equipada com um rolo de arame de aço, que é aplicado nos PV. Enquanto um profissional 
guia o arame na rede coletora, outros dois fazem à rotação manual do arame, introduzindo-o na rede e 
promovendo a remoção do material que provocou o entupimento. 
Caso essa equipe não tenha sucesso, são mobilizados equipamentos mecânicos para promover a 
desobstrução, como as varas metálicas acopláveis, acionadas por um motor que provoca a rotação das 
varas, até que as mesmas sejam inseridas na tubulação. 
 
Incrustação nas tubulações de esgoto 
Outro grave problema nas redes coletoras de esgotos é a incrustação das tubulações devido à gordura. 
Na grande maioria dos imóveis mais antigos não existem as caixas de gordura. 
Muitos usuários fazem o lançamento de gordura de forma indevida que será encaminhada para as 
redes coletoras. 
 
Vazamento em redes coletoras de esgoto 
Vazamentos na rede coletora de esgotos podem ocorrer devido à corrosão das tubulações ou por meio 
de juntas mal executadas. 
Esse problema é de difícil detecção, pois, normalmente, a água infiltra no solo e, quando se percebe 
o problema, ele já está em estágio avançado. 
Vazamentos em redes coletoras de esgotos podem ser detectados nas seguintes situações: 
∙∙ Abatimento do pavimento, pois o solo é carreado. Quando a rua afunda, o estágio já está bastante 
avançado. 
∙∙ Pode ocorrer uma coincidência de o operador abrir uma vala próxima, para outro serviço, e verificar 
grande acúmulo de água no solo. 
∙∙ Lençol freático contaminado. Neste caso, é muito difícilsaber exatamente onde está o vazamento. 
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. 36 
∙∙ Dependendo da experiência do operador, ele pode verificar que, em um determinado PV, a lâmina 
de água que chegava se reduziu, mas também é difícil definir o local exato do vazamento. 
 
Corrosão e odor em sistemas de coleta e transporte de esgoto sanitário 
Os principais produtos responsáveis pela produção de odor e corrosão, quando em concentrações 
elevadas, são, também, tóxicos ao homem e representam um perigo aos operadores de redes coletoras 
de esgotos. As substâncias responsáveis pela geração de odores ofensivos encontradas em esgoto 
sanitário são, de modo geral, resultantes da decomposição anaeróbia de matéria orgânica contendo 
enxofre e nitrogênio e, notadamente, pela redução de sulfatos a sulfetos, também em anaerobiose. 
O sulfeto de hidrogênio (H2S), ou gás sulfídrico, é o mais importante gás observado em sistemas de 
coleta e transporte de esgoto sanitário. 
 
Processo de corrosão por sulfeto de hidrogênio 
Devido ao fato de que o esgoto fresco apresenta quantidade apreciável de oxigênio dissolvido, 
normalmente, as redes coletoras de esgoto não apresentam problemas relativos a sulfeto de hidrogênio 
(H2S). Entretanto, à medida que o esgoto escoa pela rede em grandes extensões, por vezes com 
velocidade baixa, a concentração de oxigênio diminui gradualmente, prevalecendo as condições 
anaeróbias no esgoto e propiciando a formação de sulfetos. 
A película de limo formada nas partes submersas da parede da tubulação é a principal fonte de geração 
de sulfeto em tubulações de esgoto, pois é nessa película que ocorrem as condições estritamente 
anaeróbias, favoráveis ao desenvolvimento do processo. A espessura da camada de limo varia, 
normalmente, de 1,0 a 1,5 mm, dependendo da velocidade de escoamento dos esgotos. 
Quando a velocidade é muito baixa, as camadas de limo podem atingir e mesmo ultrapassar 3 mm. 
A presença de areia no esgoto, fluindo com baixas velocidades, permitirá a deposição de areia nos 
condutos, formando depósitos que reterão também matéria orgânica e se tornarão anaeróbios, com 
desenvolvimento de bactérias anaeróbias, o que resultará em condições adequadas para a geração de 
sulfetos. 
A camada de limo, normalmente, contém uma população heterogênea de microrganismos. A 
espessura da camada anaeróbia inerte aumenta gradualmente e, periodicamente, uma porção se 
desprende da parede do conduto. Sulfato (SO42-), matéria orgânica e nutrientes são transferidos, por 
difusão, para dentro da camada anaeróbia, e o sulfeto produzido dentro desta camada se transfere para 
fora dela, também por difusão. Se existir uma camada aeróbia de limo, em vista da presença de OD no 
líquido, o sulfeto, deixando a camada anaeróbia, será oxidado e não chegará ao líquido. Por outro lado, 
quando se tem o OD=0, o sulfeto que deixa a camada anaeróbia é incorporado ao fluxo de esgoto. 
O sulfeto de hidrogênio presente na fase líquida escapa para a atmosfera local, em quantidade que 
depende da sua concentração no líquido. O H2S é, então, transferido da atmosfera local para as paredes 
do conduto, acima da superfície líquida, que são normalmente úmidas devido ao líquido aí condensado. 
O sulfeto de hidrogênio retido nessa unidade é, então, convertido a ácido sulfúrico por bactérias aeróbias. 
O ácido sulfúrico reage com o cimento dos condutos de concreto (em tubos de ferro de sistemas de 
esgoto, o processo é similar), formando uma pasta que fica fracamente ligada aos agregados inertes do 
concreto, que se espalha por toda a superfície do conduto acima do nível do líquido. Essa pasta se 
desprende das paredes do conduto, por seu próprio peso, ou é arrastada pelo líquido quando seu nível 
sobe. De modo geral, as maiores taxas de corrosão ocorrem na parte superior e nas proximidades da 
superfície líquida dos condutos. 
 
 
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. 37 
A escolha adequada de materiais para a construção das tubulações de esgoto e a limpeza periódica 
de trechos críticos são medidas que podem contribuir para a minimização da produção de H2S no esgoto 
sanitário. 
 
Odor e outros efeitos devido aos gases em esgoto sanitário 
Em sistemas de coleta e transporte de esgoto sanitário, a ocorrência de gases pode ser decorrente da 
sua chegada aos condutos de esgoto por vazamento de gás natural ou manufaturado, vapores de 
gasolina, monóxido de carbono, gases provenientes de despejos industriais, ou pela liberação de gases 
produzidos pelas transformações biológicas que ocorrem no sistema, em que o sulfeto de hidrogênio é o 
mais importante deles. 
Uma das consequências da presença de gases mal cheirosos do esgoto em sistemas de coleta e 
transporte é o perigo potencial para os trabalhadores. Gases inodoros em sistemas de esgoto também 
podem ser tóxicos. 
Outro efeito da presença de gases em esgoto sanitário é o perigo de explosões que podem resultar da 
ignição de gases, como o metano. 
Os procedimentos para o controle dos gases de esgotos incluem: controle na fonte do lançamento de 
despejos industriais que possam gerar gases indesejáveis no esgoto; projeto adequado da rede coletora 
de esgoto, ventilação e saída de gases para evitar o seu acúmulo no sistema; aeração ou introdução de 
oxigênio ou peróxido de hidrogênio ou nitrato, de modo a se ter o oxigênio como receptor de hidrogênio 
e se evitarem transformações biológicas tipicamente anaeróbias, como no caso da geração de sulfetos. 
 
Planejamento dos serviços de operação e manutenção de redes coletoras de esgotos 
Uma obra de manutenção de rede de esgotos deve ser objeto de muita atenção, visto que promove 
problemas no tráfego, ruído de máquinas e equipamentos, sujeira, mau cheiro, risco de acidentes, além 
da presença de curiosos que circulam nas proximidades. Desta forma há necessidade de planejamento 
de forma que tenha a duração mais curta possível visando minimizar os impactos causados junto à 
sociedade e ao meio ambiente. 
Deve-se fazer o planejamento, estando de posse do cadastro da rede bem como das possíveis 
interferências com outras instalações subterrâneas, plano de desvio do tráfego, definição do local de bota-
fora do material escavado, disponibilidade de material para o reaterro de vala, dimensionamento de 
materiais e equipamentos em perfeitas condições de operação e principalmente pessoal qualificado e 
munido de equipamentos de proteção individual e coletiva. 
 
Manutenção preventiva e corretiva 
O bom funcionamento das redes coletoras de esgoto depende substancialmente de um adequado 
programa de manutenção, que deve prever ações de caráter preventivo. Quando ocorrerem problemas 
ou inconformidades, o programa deve considerar, também, as ações corretivas necessárias. 
A manutenção corretiva é uma forma menos racional e pouco eficiente de cuidar das redes coletoras 
de esgoto. Isso porque esse tipo de manutenção reativa pode levar a um constante estado de “apagar 
fogo”. Nesse caso, o fogo é a rede coletora avariada e apagar o fogo é o restabelecimento do estado 
normal ou parcialmente normal da operacionalidade da rede coletora. Em outras palavras, somente 
quando a consequência do problema aparece, é que se busca a solução parcial ou total para aquilo que 
causou o problema. 
Soluções parciais em manutenções corretivas geram o improviso, o que pode gerar novas 
manutenções corretivas no futuro. É verdade que, quando se improvisa, pode-se evitar a paralisação da 
operação, mas perde-se em eficiência. A improvisação pode e deve ser evitada por meio de métodos 
preventivos. 
Com o propósito de evitar operações não planejadas, de última hora, que frequentemente são exigidas 
para desobstruções e reparos ou limpezas de emergência, é de extrema importância a existência de um 
serviço de manutenção preventiva, isto é, trabalhos rotineiros e previamente programados que têm como 
objetivo manter o sistema de esgotos operando

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