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Geografia Regional
A geografia como instrumento do planejamento
1. 
O ordenamento territorial tem como principal ferramenta o planejamento urbano. Contudo, essa ferramenta nem sempre esteve a interesse da sociedade, e, sim, as cidades estão estruturadas pelos interesses do sistema econômico baseados na ideia da acumulação do capital e ou do capital flexível. As desigualdades somente se intensificam principalmente nos países em desenvolvimento. Na Constituição Brasileira de 1988, a questão do ordenamento territorial juntamente com o planejamento urbano nas cidades passa a ter um aspecto mais democrático pela participação popular estabelecida via lei. Qual política de lei estabelecida que realmente vem garantindo os espaços mais democráticos ou gestões democráticas nas cidades?
Você acertou!
A. 
A lei 10.257/2001 do Estatuto da cidade.
A lei 10.257/2001 do Estatuto da Cidade regulamenta os artigos 182 e 183 da Política Urbana da Constituição de 1988. Apesar dos artigos estarem estabelecidos na Constituição desde 1988, os planos diretores só entraram em vigor após o ano de 2001, com as Diretrizes estabelecidas no Estatuto da Cidade. Os instrumentos de planejar do Estatuto da Cidade e a participação popular são os principais aspectos metodológicos das gestões democráticas. A lei 13.089/2001 do Estatuto das Metrópoles, a lei 12.587/2012 Lei da Mobilidade Urbana e a lei 6.766/1979 do Parcelamento do uso do solo também fazem parte e contribuem no processo de planejamento nas cidades.
2. 
As cidades podem ser compreendidas como um campo de luta com diversos interesses. A ciência geográfica tem como objetivo promover reflexões nas diferentes cidades e também contribuir na perspectiva do ordenamento desses territórios com os diferentes instrumentos de planejar, os diferentes usos da terra definem as áreas das cidades. Em que sentido as cidades apresentam um espaço fragmentado e articulado?
B. 
Espaço articulado pelos interesses do capital e fragmentado em relação ao conjunto da sociedade.
O espaço articulado e fragmentado é o aspecto teórico e conceitual desenvolvido pelo Geógrafo Roberto Lobato Côrrea. Ele se refere ao espaço articulado principalmente pensando nas práticas sociais dos agentes modeladores do espaço determinados pelo interesse do capital, logo este espaço articulado é fundamentado e organizado com o objetivo de acumulação do capital. O espaço fragmentado é ocasionado principalmente pelas práticas socioespaciais dos agentes modeladores que não permitem promover desenvolvimento no conjunto da sociedade, a maior parte da população vive marginalizada.
3. 
As políticas de desenvolvimento, associadas aos processos da ocupação nacional pela regionalização e territorização, caracterizaram os padrões de organização do espaço brasileiro no ajustamento da estrutura territorial, na fixação de valor ao solo, na forma de relacionamento entre lugares e, especialmente, nos modos de apropriação e conservação da natureza e de uso dos recursos naturais. Qual foi o principal fator que o espaço agrário brasileiro precisou modernizar?
C. 
O desenvolvimento rural, a modernização do campo no Brasil tinha o objetivo de atender os mercados internacionais. Em 1950, o Brasil apresentava tecnologias para a produção em grande escala.
O desenvolvimento rural tinha o objetivo de atingir as exigências de mercados internacionais para cumprir a função esperada, ou seja, os preços de produtos eram fundamentais no processo e para isso deveria haver investimento no campo. A urgência de se aperfeiçoar o funcionamento de mercados rurais, caracterizam por funcionar em um âmbito em que o comportamento dos mercados de crédito e seguros, tecnologia, informação, trabalho, terras e outros, estão muito longe do modelo que postula que os preços de equilíbrio determinados por esses mercados se aplicam por igual a todos os participantes.
4. 
A obra “O direito à cidade”, de autoria de um dos grandes pensadores da Geografia, defende o ensejo que a população deveria ter acesso à vida urbana, ou seja, independente de classes sociais, todos deveriam ter acesso à moradia, ao trabalho, ao transporte público, ao saneamento básico, ao esgoto tratado, à água potável, à educação, enfim, aos direitos básicos. De qual autor trata esse trecho?
C. 
Henri Lefebvre.
Henri Lefebvre escreveu a obra “O direito à cidade”, pensando em todos nas sociedades e não apenas numa minoria constituída da elite burguesa. David Harvey, Manuel Castells, Edward Soja e Milton Santos inspiraram-se nas obras de Henri Lefebvre para analisar as dimensões espaciais do fenômeno urbano.
5. 
O planejamento territorial tem como instrumento principal as diretrizes da lei 10.257/2001. Essa lei regulamenta os artigos 182 e 183 da política urbana que consta na Constituição Brasileira com o objetivo de que os municípios desenvolvam um plano diretor, um diagnóstico que apresenta as principais problemáticas de uma cidade. Esse plano deve ser revisado a cada dez anos. Desse modo, o planejamento urbano tem como objetivo a participação popular com uma gestão democrática. Qual é o principal objetivo do planejamento urbano com o viés democrático?
B. 
Garantir a função social da propriedade e da cidade com os aspectos sustentáveis.
O principal objetivo do planejamento urbano pela gestão democrática pelos artigos 182 e 183 da Política Urbana é garantir a função social da propriedade e da cidade com os aspectos sustentáveis. Portanto, garantir um bom funcionamento do sistema viário faz parte da prática de planejamento que se engloba dentro das gestões democráticas, caso seja a prioridade do município.
Geografia urbana e o pensamento geográfico
1. 
De acordo com as várias abordagens teórico-metodológicas, a urbanização é um processo em movimento contínuo de transformação em que a cidade deve ser entendida também pelas relações entre:
D. 
 espaço x tempo e rural x urbano.
Segundo os variados enfoques teórico-metodológicos, a urbanização é um processo em movimento de modificação espacial incessante em que a cidade deve ser compreendida pelas dicotomias espaço x tempo, bem como pelo espaço rural x urbano, e que resulta em transformações locais e no seu entorno, baseadas principalmente nas ações individuais e coletivas.
2. 
Um dos principais pontos que demonstram a evolução do pensamento geográfico sobre a urbanização é a chamada Rede Urbana, que condiciona, a partir dos séculos XIX e XX, mudanças intensas nas cidades. Essa noção consiste em:
B. 
analisar a produção, a circulação e o consumo, as redes de comunicações, articulando lugares.
As análises sobre a Rede Urbana a partir dos séculos XIX e XX partem do entendimento da produção, da circulação e do consumo nas cidades, isto é, no espaço urbano, avaliando as redes de comunicações e transporte, por exemplo, que articulam distantes regiões e lugares à economia mundial globalizada.
3. 
Para o estudo da Geografia Urbana, utilizando as teorias mais tradicionais, o termo cidade deve ser considerado. Para alguns autores como Remy e Voyé (1992) , as cidades devem ser estudadas considerando:
C. 
configuração dos assentamentos, dimensão, ordenamento e relação com outras cidades.
Para Remy e Voyé (1992), as cidades devem ser analisadas segundo a multiplicidade de formas de assentamento, referentes à sua situação, o seu tamanho, o tipo de arquitetura, a organização e o seu papel na região e no país em que estão inseridas, relacionando a produção humana sobre o espaço e as atividades urbanas.
4. 
As teorias para entender e qualificar as cidades partem de várias categorias, como, por exemplo, a diferenciação das cidades por meio de suas funções urbanas. Muitos autores propõem a classificação das cidades por tipos, baseadas em:
Resposta correta.
A. 
administração, defesa, atividades culturais, produção, transferência, distribuição e recreação.
Os estudos sobre a caracterização de cidades segundo suas funções partem das ideias de Aurousseau (1920), que apresenta uma categorização de cidades em oito tipos, de acordo com a função dominante: cidades deadministração, de defesa, de atividades culturais, de produção, de coleta, transferência, de distribuição e de recreação.  
5. 
Para entender o ordenamento espacial das cidades e o desenvolvimento veloz da urbanização no fim do século XX, foram desenvolvidas teorias para permitir análises 
desse período, em que o processo de globalização se intensificava, com base nas ideias marxistas, que explicam com mais aplicabilidade:
C. 
a ampliação de desigualdades, a distribuição espacial desigual, as crises sociais, as propostas de justiça social, o planejamento urbano, a produção social do espaço.
As ideias marxistas explicam com mais aplicabilidade os processos de ampliação de desigualdades sociais após a Segunda Guerra Mundial, as dinâmicas de distribuição espacial desigual, as crises sociais, as possibilidades de justiça social, as formas das cidades e propostas de planejamento urbano adequado para a maioria dos habitantes, considerando a produção social do espaço e o indivíduo presente e atuante no espaço e no tempo, com contextualização histórica, além da geográfica.
Geografia agrária e a questão rural
1. 
No decorrer da evolução do pensamento geográfico, vários métodos analíticos foram sendo redefinidos. Os olhares sobre o campo tiveram perspectivas de abordagens diferenciadas. Ao se tratar do campo, é possível falar das questões ambientais, da questão fundiária, do processo de produção agropecuária, entre outras. A respeito dessa diversidade de temas envolvendo a Geografia Agrária, é correto afirmar:
C. 
A Geografia Agrária surge como consequência da fragmentação do saber, que seccionou os conteúdos geográficos; entretanto, novas formas de integração dos saberes em torno da Geografia Agrária abrem caminhos para uma Geografia integrativa.
A Geografia Agrária surgiu como resultado da fragmentação do conhecimento. Apesar disso, na atualidade, são discutidas enormes possibilidades de unificação de saberes em volta de temas da Geografia Agrária. O determinismo alemão, o possibilismo francês e o movimento de renovação da Geografia no período mais recente foram marcos para a evolução do pensamento geográfico, mas não especificamente da Geografia Agrária, que surge como um subtema dentro da Geografia como consequência do modelo positivista. A Revolução Verde, apesar de historicamente importante para compreender a questão rural e demais temas, não influenciou na perspectiva de análise geográfica. 
2. 
Atualmente, a Geografia Agrária desempenha papel significativo na interpretação dos variados processos de apropriação e uso dos territórios rurais, discutindo questões de povos tradicionais, produção de alimentos, conflitos pela terra, turismo rural e até questões ambientais. Sobre as formas de produção científica em torno desses temas, é correto afirmar:
C. 
A pesquisa científica na Geografia Agrária é orientada por um método específico de acordo com o tema a ser pesquisado.
Toda pesquisa científica tem como objetivo algum tipo de investigação para explicar, descrever ou prever algum fenômeno. Na Geografia Agrária, não é diferente; o tipo de tema irá conduzir uma pesquisa que irá demandar métodos específicos. Assim, por mais que seja adotada uma categoria analítica, ou uma escala de investigação, será o método científico que irá conduzir as pesquisas, enquanto a escala será a dimensão espacial investigada, e a categoria irá ancorar a teoria trabalhada. Não há, nesse sentido, métodos generalistas nem rudimentares que se aplicam no contexto do enunciado. 
3. 
O conceito de território é extremamente complexo, ao mesmo tempo que é fundamental para a Geografia. Esse conceito permite evidenciar as relações de poder existentes, a definição das fronteiras, a organização política territorial, a organização econômica do espaço, além dos processos de uso e apropriação simbólica. Diante desse contexto, o conceito de território na Geografia Agrária serve para:
E. 
explicar a organização econômica, social, cultural e política, evidenciando as relações de poder e usos do espaço rural.
O conceito de território tem o intuito de explicar e evidenciar as diversas relações de poder existentes, demonstrando os usos e a organização social, política, econômica e cultural do espaço geográfico — e, nesse caso, do espaço rural. A utilização desse conceito para fins de demarcação e definição de perímetro e fronteiras é simplória e rasa; ao mesmo tempo, seu uso não pode estar atrelado à diferenciação de áreas nem à demonstração do potencial produtivo, pois sua análise deve partir do conteúdo social e das diversas relações de poder existentes. 
4. 
A agricultura, apesar de ser uma atividade fundamental, foi marcada, no período do imperialismo, pela exploração da mão de obra escrava, fato que resultou na exploração do trabalho humano por séculos. Após os países terem abolido a prática da escravidão, os baixos salários e as péssimas condições de vida continuaram marcando a realidade de muitos camponeses. Diante dessa questão, responda qual é o tipo de agricultura caracterizado pela utilização da mão de obra sem especialização, pelos baixos salários e pelo regime de trabalho semiescravo, que visa à exportação dos produtos e que geralmente é caracterizado por monoculturas tropicais em grandes extensões de terra.
C. 
Plantation.
A agricultura de plantation é a correta, pois é aquela caracterizada por mão de obra barata, baixo nível de tecnologia, extensas propriedades e exportação de produtos. A agricultura de conservação consiste em um conjunto de métodos que procura não modificar a estrutura do solo e a biodiversidade. A moderna/ empresarial demanda elevado nível de implementação tecnológica. A orgânica é uma forma de agricultura sustentável. E a familiar é caracterizada por pequenas propriedades, policultura e gestão familiar da propriedade. 
5. 
Existem variados modelos e tipologias de agricultura, alguns com técnicas mais rústicas, e outros com elevado nível de tecnologia empregada na produção. Qual o tipo de agricultura que utiliza intensos aparatos tecnológicos, fertilizantes, defensivos e outros agroquímicos e maquinários agrícolas e é orientado pelo mercado global, além de ser marcado pela elevada integração com as cadeias produtivas internacionais e pela produção dos monocultivos, visando à indústria alimentícia e à exportação de parcela significativa da produção?  
B. 
Agricultura moderna/empresarial.
A agricultura moderna/empresarial é a resposta correta, pois permite elevado nível de implementação tecnológica e visa a integrar-se à cadeia produtiva global. A agricultura de conservação consiste em um conjunto de métodos que modifica pouco a estrutura do solo e a biodiversidade. O plantation é caracterizado por concentração da estrutura fundiária, mão de obra barata e pouco nível de implementação tecnológica. A agricultura orgânica é um método de manejo sustentável, e a agricultura familiar consiste em pequenas propriedades rurais e gestão familiar da propriedade. 
Reflexão sobre aspectos geográficos
1. 
A Geografia passou por diversas correntes paradigmáticas, sendo uma ciência ora descritiva, ora de síntese, ora globalista. Obteu influência das ciências exatas e, posteriormente, encontrou suas bases na Sociologia. 
Tendo em vista a evolução do pensamento geográfico, qual das alternativas melhor representa o objetivo da Geografia enquanto ciência na atualidade? 
B. 
A Geografia é uma ciência social, mas que estuda elementos da natureza para compreender a interferência humana no Meio Ambiente e no espaço geográfico de modo geral. 
A Geografia é uma ciência social que estuda a relação existente entre a sociedade e o meio em que esta vive; portanto, estuda elementos da natureza e compreende as diversas influências da sociedade no Meio Ambiente, no modo de uso, na ocupação e na organização do espaço geográfico, não sendo, nesse sentido, naturalista, pois reflete sobre as ações humanas no espaço. É uma ciência teórica, pois produz aporte conceitual e metodológico, dialogando com o mundo prático por compreender processos quese materializam e (re)configuram o espaço, sejam esses processos resultados do comportamento social, econômico ou político, seja pelo comportamento da natureza.   
2. 
O possibilismo foi uma corrente de pensamento na geografia francesa que influenciou amplamente a (re)definição de conceitos e de categorias analíticas. O principal expoente do pensamento geográfico francês durante o possibilismo foi Paul Vidal de La Blache.
Qual conceito foi estabelecido no possibilismo em resposta ao conceito de espaço vital?
C. 
Conceito de gênero de vida.
Paul Vidal de La Blache construiu o conceito de gênero de vida em oposição ao conceito de espaço vital, dedicando-se a romper com o determinismo alemão, tendo sido um dos principais expoentes da corrente possibilista. O conceito de território teve influência da Escola Alemã. Corologia foi um conceito difundido no período do método regional, enquanto organização espacial e localidade vieram a ser discutidos durante o período da geografia pragmática, com influência do neopositivismo.  
3. 
O neopositivismo foi uma corrente de pensamento que influenciou a Geografia e determinou a ampliação de saberes relacionado aos processos de organização do espaço, de quantificação de dados, entre outros.
Qual dos paradigmas da Geografia teve influência da corrente filosófica neopositivista?
E. 
Geografia pragmática.
A geografia pragmática teve influência da corrente filosófica neopositivista, em meados do século XX. A geografia clássica é de cunho descritivo, origem da Geografia como ciência. A geografia crítica e a geografia cultural são bases filosóficas recentes, que vigoram até a atualidade. Já o possibilismo foi uma corrente de pensamento da geografia francesa. 
4. 
A Geografia permite uma leitura crítica e consistente sobre os processos socioespaciais. Nesse contexto, a história de formação socioespacial do Brasil evidencia, ao mesmo tempo, um processo de exclusão de parte da população à vida urbana, ao acesso à terra e ao direito a emprego e moradia.
Diante disso, qual das alternativas apresenta justificativas coerentes para esses fatos?
A. 
Herança escravista, desigualdades regionais, investimentos centralizados e ausência de políticas públicas.
A herança escravista, as desigualdades regionais e os históricos investimentos centralizados, somados à ausência de políticas públicas, contribuíram para o legado de exclusão da população à vida urbana. Nesse contexto, a migração europeia, a industrialização, a falta de terras produtivas, a expansão do território e a mudança da capital não são fatores que justificam o contexto do enunciado. O Brasil também não passou por guerras civis. O processo de metropolização, apesar de ter excluído a população mais pobre, foi apenas um resultado do êxodo rural e dos investimentos centralizados, não correspondendo, portanto, ao contexto do enunciado.
5. 
A geografia cultural é a última corrente de pensamento que da à Geografia uma nova dimensão de análise. A dimensão simbólica e outros métodos analíticos passam a configurar parte dos estudos geográficos. Sobre esses métodos, é correto afirmar que:
C. 
a geografia cultural utilizou métodos fenomenológicos, até então não utilizados na Geografia.
A geografia cultural tem suas raízes nas compreensões simbólicas/espaciais e utiliza métodos da fenomenologia, primando pela análise das experiências humanas e pela conexão causal com o espaço geográfico, porém ela não rompeu com a corrente sociológica marxista, que segue em voga até a atualidade. A Geografia também não incorporou o conceito de espaço vital, pois essa era uma corrente determinista do século XIX. A geografia cultural não foi substituída pela pragmática, pois ela é a última corrente do pensamento geográfico, enquanto a geografia pragmática vigora do início do século XX até meados de 1970. A corrente da geografia cultural não é a mesma da geografia crítica, visto que, apesar das duas serem recentes, a geografia crítica desempenha um papel de análise das desigualdades socioeconomicas, não abordando o mesmo contexto metodológico da geografia cultural. 
A população e sua historicidade
1. 
Uma leitura da trajetória do crescimento populacional em escala mundial mostra que ele não é contínuo. Apresenta, de acordo com o contexto histórico e geográfico, contradições e variações que os estudos populacionais interpretam como fases do crescimento demográfico. Nesse sentido, é possível dizer que a primeira fase do crescimento populacional é identificada por:
D. 
aumento do crescimento demográfico.
A primeira fase do crescimento demográfico é identificada com aumento do crescimento demográfico. Isso ocorre devido aos processos de industrialização, revolução agrária, êxodo rural, intensificação da urbanização, entre outros fatores. Por essa razão, não é possível se referir à primeira fase como um momento de estabilização, muito menos de declínio do crescimento populacional.
2. 
A segunda fase do crescimento populacional, no contexto europeu, é caracterizada por um começo em seu declínio, ao final do século XIX e início do século XX. Entre as motivações relacionadas a esse processo, estão incluídas:​​​​​​​
C. 
conquistas dos direitos sociais e reprodutivos pelas mulheres e melhoria nas condições sanitárias.
Entre os distintos fatores envolvidos no processo de declínio no crescimento populacional europeu, a partir do final do século XIX e início do século XX, estão as conquistas sociais e reprodutivas pelas mulheres (além das trabalhistas) e a melhoria nas condições sanitárias, estabilizando as taxas de natalidade e aumentando a expectativa de vida entre a população. A partir dos referidos períodos históricos, já tinha sido abolido o uso do trabalho infantil na produção industrial, a qual impulsionou a migração no sentido campo-cidade, e não o contrário.
3. 
As temáticas vinculadas à Geografia da População não podem ser trabalhadas de forma dissociada de áreas como a Geografia Econômica. Essa relação direta entre ambas as disciplinas se justifica, pois:
E. 
as dinâmicas populacionais estão sempre relacionadas às questões sociais, econômicas, produtivas e políticas do espaço geográfico.
A relação entre Geografia da População e Geografia Econômica se justifica, pois as dinâmicas populacionais estão sempre relacionadas às questões sociais, econômicas, produtivas e políticas do espaço geográfico. Os aspectos econômicos sempre foram valorizados no âmbito da ciência geográfica e os estudos populacionais passou a incorporá-los em suas análises, ao final do século XIX, em diálogo com o paradigma clássico da Geografia Econômica.
Embora a Geografia da População e a Econômica sejam complementares para analisar a dinâmica demográfica, elas apresentam objetos de estudos distintos. A produção industrial e o custo de vida nas cidades influenciaram e influenciam, sim, a dinâmica de crescimento populacional. No entanto, apenas esses fatores empíricos não explicam nem justificam de forma ampla a relação entre as referidas disciplinas.
4. 
O aumento populacional varia de acordo com as condições sociais, econômicas e políticas de determinada realidade geográfica. No contexto latino-americano, essas dinâmicas foram e são distintas das da Europa. Identifique, a seguir, a fase e as motivações relacionadas ao aumento populacional na América Latina:
Resposta correta.
A. 
O aumento populacional na América Latina corresponde à primeira fase motivada pela industrialização, urbanização e melhoria nas condições médicas e sanitárias.
O aumento populacional na América Latina corresponde à primeira fase, na segunda metade do século XX, motivada pela industrialização, urbanização e melhoria nas condições médicas e sanitárias. A segunda e a terceira fase correspondem a uma estabilização e ao baixo crescimento populacional a partir do final do século XX.
5. 
A Geografia Econômica tem uma importante função nos estudos populacionais, pois busca compreender de que forma as relações econômicas afetam as dinâmicas espaciais do ponto de vista demográfico. Nesse sentido, as diversasvertentes dessa disciplina possibilitaram diferentes formas de aproximação à Geografia da População. A partir de qual vertente da Geografia Econômica existe uma preocupação exclusiva com a descrição da distribuição quantitativa da população?
Resposta correta.
A. 
A partir de sua vertente mais clássica.
A dedicação em compreender quantitativamente a distribuição espacial da população vincula-se à vertente clássica da Geografia Econômica. Orientada pelo paradigma da Geografia Quantitativa, e por meio de sua relação com a Economia Espacial, a Geografia Econômica focou no tema da localização das atividades produtivas. Sua vertente crítica e, posteriormente, alternativa passou a considerar, além do econômico, as temáticas de cunho social, político e cultural.

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