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Geografia Urbana -FCE

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Geografia Urbana
O processo de urbanização
1. 
As primeiras cidades nasceram na Mesopotâmia em 3500 a.C., onde se situa o Iraque. Ao analisar as principais condições para o surgimento das cidades, verifica-
se que os elementos em comum são:​​​​​​​
C. 
rios possibilitavam terrenos férteis para plantio, água e planícies.
As cidades nasceram por volta de 3.500 a.C., a partir de quando as populações começaram a se estabelecer onde havia melhores condições de sobrevivência. As primeiras cidades surgiram na Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, e, assim como outras cidades desse período, se estabeleceram geralmente próximo aos rios, que apresentam solos férteis para plantio, água e relevo de planícies, meios fundamentais para o estabelecimento de cidades. 
2. 
O período feudal, entre os séculos V e XV, teve caráter específico de organização social, político e cultural. Esse caráter teve como consequência uma mudança profunda no papel das cidades, que passaram a:
B. 
perder sua importância, pois a maioria da população começou a viver nos feudos, cuja principal característica eram as atividades agrícolas.
No período feudal, entre os séculos V e XV, as cidades perderam sua importância, e a maioria da população passou a habitar feudos, preponderantemente utilizando agricultura como base econômica. Os feudos se isolaram e passaram a ser autônomos, limitando e diminuindo as transações comerciais entre as diversas regiões.
3. 
O evento da primeira Revolução Industrial, de 1760 a 1850, teve grande importância no desenvolvimento urbano e nas transformações profundas no espaço das cidades. Por conta disso, esses espaços foram marcados por:​​​​​​​
D. 
presença de indústrias, êxodo rural para mão de obra, aumento populacional, construção de infraestruturas e moradias urbanas.
Para as cidades abrigarem as indústrias, houve grande deslocamento de trabalhadores do campo para a cidade e construção de infraestruturas para que a produção ocorresse, transformando o espaço. Isso resultou no aumento populacional das cidades, no crescimento da sua área e no aumento do número de moradias urbanas.
4. 
As invenções na segunda Revolução Industrial, no século XIX, como o uso da energia elétrica, do motor a combustão e da gasolina e do diesel, tiveram como alicerce o desenvolvimento das ciências. Esses desenvolvimentos tecnológicos possibilitaram que o setor industrial:​​​​​​​
E. 
impulsionasse a produção, com aumento exorbitante na acumulação de capitais, e o desenvolvimento científico passou a se unificar com interesses capitalistas.
As pesquisas científicas tiveram como consequência o desenvolvimento tecnológico empregado na expansão industrial a partir de fins do século XIX. Isso resultou em um salto na produção e em elevação na acumulação de capitais, convergindo, assim, na ciência e nos interesses econômicos, gerando expansão na produção e na acumulação de riquezas.
5. 
Há intensa relação entre o desenvolvimento das cidades e os elementos da globalização, fenômeno de caráter global intensificado no fim do século XX e que se mantém no século XXI. As principais dinâmicas urbanas transformadas nesse período têm como causa:
B. 
a evolução das técnicas das redes de transportes e telecomunicações, permitindo às cidades se interligarem na esfera comercial, econômica, política e social, de forma interescalar.
A evolução das tecnologias de transportes e das telecomunicações nas últimas décadas do século XX e nas duas primeiras décadas do século XXI afetou a dinâmica das cidades, criando conexões econômicas, políticas, culturais e sociais, em escala global. Nesse período, há um processo de integração econômica e política internacional.
A urbanização na atualidade
1. 
A produção e o consumo do espaço urbano estão relacionados com o movimento de capitais para a produção dos imóveis em atendimento às exigências e ao mercado consumidor, como também ao consumo, em que os capitais são imprescindíveis.
Sobre o consumo do espaço urbano, é correto afirmar que:
E. 
o consumo do espaço urbano é ditado pelo poder de compra de cada grupo social, que, associado à especulação econômica e aos interesses de mercado, determinam as classes que podem consumir o espaço, originando a segmentação e a segregação do espaço.
A produção do espaço urbano foi uma iniciativa do capital privado, tendo o Estado atuado na construção de infraestrutura básica. A especulação imobiliária gerada pelo aumento da demanda em relação à oferta fez com que os espaços próximos às áreas centrais se tornassem mais caros, afastando as classes média e baixa para as periferias, impedindo que elas pudessem consumir os espaços produzidos pela especulação do capital. Saiba que esse consumo do espaço urbano ocorreu de forma desequilibrada, em função dos diferentes níveis de renda da população provocados pela baixa oferta de empregos pouco especializados no decorrer do desenvolvimento das cidades. Todo esse processo resultou em uma grande segmentação e segregação do espaço, originando um tecido urbano desorganizado e desconectado dos demais segmentos.
2. 
A produção do espaço urbano, ao mesmo tempo que incrementa o consumo devido ao aumento da oferta, incentiva a produção de novos espaços, resultando em um ciclo de produção — consumo — produção.
Sobre as mudanças do padrão de produção e consumo dos espaços urbanos, marque a alternativa correta.
D. 
O padrão de produção e consumo do espaço urbano atende, primeiramente, aos interesses do capital, que buscam, por meio da especulação imobiliária, o aumento da lucratividade dos seus investimentos, independentemente de quem consome o espaço.
A produção e o consumo do espaço urbano são influenciados pelo capital a partir do momento que a expansão da cidade promoveu a especulação imobiliária em função da alta demanda por locais próximos a áreas centrais. Essas demandas não consideram a necessidade de moradias, mas sim os investimentos na forma de especulação imobiliária. Com isso, veja que muitos investidores perceberam que a produção do espaço era lucrativa e, por muitas décadas, a preocupação era produzir para o consumo das classes mais elevadas. Nesse contexto, o Estado tem pouca influência na forma e na destinação das moradias urbanas, sendo a classe trabalhadora a mais prejudicada. As diferenças de renda e padrão de consumo promoveram uma morfologia diferenciada do tecido urbano, com pouca integração entre os setores das cidades. Com a crise, o neoliberalismo e a nova política econômica, houve uma mudança no mercado imobiliário, que passou a ver as classes média e baixa como os novos consumidores do espaço urbano.
3. 
As áreas periféricas das cidades são objetos de ocupação desde o processo de urbanização brasileiro, que se tornou mais intenso e acelerado a partir da década de 1930, promovendo a ocupação dessas áreas.
A seguir, marque a alternativa que apresenta a informação correta sobre as razões para o surgimento das periferias.
C. 
As periferias são o resultado da especulação imobiliária, que promoveu a valorização das áreas centrais, aumentando os custos de moradia das classes média e baixa, que passaram a buscar as áreas periféricas como alternativa aos preços praticados nos centros urbanos.
As áreas periféricas surgiram como uma consequência da especulação imobiliária das áreas centrais, do custo de vida dos centros urbanos, como também do desaquecimento da economia, que diminuiu a oferta de emprego formal. São áreas caracterizadas pela desorganização, já que sua ocupação não foi planejada pelo poder público, o que traz uma série de problemas, como a ausência de infraestrutura adequada do Estado. As periferias não se integram ao tecido urbano das áreas centrais, atuando como áreas segmentadas e segregadas do espaço urbano principal devido a interesses econômicos, políticos, sociais e culturais. Note que são áreas ocupadas pela população de baixa renda, a qual não tem condições de consumir o espaço urbano mais central, e são caracterizadas pela ausência de infraestrutura básica, como saneamento, sistema de transportee áreas de lazer, constituindo-se em regiões segregadas do tecido urbano.
4. 
A valorização das áreas próximas a regiões centrais, no decorrer do processo de urbanização, promoveu um aumento do custo de vida nessas áreas, o que ocasionou mudança das classes média e baixa para a periferia das cidades. Com as mudanças econômicas, as classes média e baixa passaram a ser o público-alvo dos investimentos imobiliários. 
Sobre essa afirmação, é correto afirmar que:
B. 
as classes média e baixa tornaram-se público-alvo dos investimentos imobiliários devido ao aumento da concessão de crédito pessoal, que passou a financiar os imóveis, aumentando os consumidores do espaço urbano e movimentando o mercado imobiliário.
As áreas periféricas foram a opção mais barata de moradia perto das áreas centrais, justamente por não terem infraestrutura básica. O Estado, por não cumprir o seu papel social na oferta de casas populares ou financiamento diferenciado, permitiu a proliferação do crédito pessoal privado para a aquisição de moradias por parte da classe média e baixa, com taxas de juros. Todo este sistema foi criado com o objetivo de aumentar a lucratividade por parte dos bancos e de investidores. Saiba que, com a ampliação do crédito pessoal para aquisição de imóveis pelas classes mais baixas, houve um grande investimento na construção de imóveis nas periferias da cidade voltadas para os novos consumidores do espaço urbano.
5. 
A origem das cidades e a sua expansão no decorrer das décadas ocasionou uma série de impactos aos sistemas naturais, o que também trouxe consequências para o meio ambiente urbano.
Sobre essas consequências, marque a alternativa correta.
Você acertou!
A. 
A expansão das cidades de forma desordenada, sem o planejamento adequado, permitiu que os diversos impactos causados ao meio ambiente também atingissem as cidades, como inundações, fenômenos climáticos em pequena escala, entre outros.
As cidades se desenvolveram de forma não planejada, desrespeitando, muitas vezes, os sistemas naturais. Os problemas ambientais urbanos vivenciados pelas cidades brasileiras, com os quais você pode se deparar no dia a dia, são consequências da ausência de planejamento urbano durante a expansão das cidades, além da falta de preocupação com questões ambientais e preservação do meio ambiente. Como consequência, as cidades enfrentam uma série de questões relacionadas ao clima urbano, à poluição, à ocupação de áreas irregulares, ao desmatamento e excesso de impermeabilização das vias, que diminuem a qualidade de vida da população, além de trazer sérios prejuízos à economia e à própria sociedade. A preocupação por parte do Poder Público e da Iniciativa Privada é muito pequena, e muitos erros se repetem mesmo nos dias atuais. Por isso, os problemas ambientais urbanos são generalizados e atingem, muitas vezes, grandes proporções.
O papel do Estado
1. 
Os primeiros núcleos urbanos brasileiros surgiram a partir dos ciclos econômicos que ocorreram no Brasil e motivaram, muitas vezes, a saída da população do campo para as primeiras cidades. Estas, por sua vez, não tinham infraestrutura adequada e suficiente, o que não impediu a sua expansão. Sobre essa afirmação, marque a alternativa correta:
E. 
Os primeiros núcleos urbanos não foram planejados, pois, à medida que os ciclos econômicos se expandiam, mais pessoas migravam para esses espaços, o que não foi acompanhado por nenhum tipo de planejamento.
Os primeiros núcleos urbanos, assim como as cidades atuais, na maioria das vezes, não foram planejados. À medida que os ciclos econômicos se expandiram, gerando dinamismo no espaço urbano, as cidades foram se expandindo e os problemas foram surgindo. Então, o Poder Público procura resolver os problemas de forma pontual, sem planejar soluções a longo prazo.​​​​​​​
2. 
O Estatuto da Cidade surge como uma lei inovadora para a consolidação de uma nova cidade, com condições de atender aos diversos interesses envolvidos e, ainda, solucionar os problemas existentes nos ES
paços urbanos. Com base nessa afirmação, assinale a resposta correta:
D. 
O Estatuto da Cidade é composto por diversos instrumentos que têm por objetivo contribuir para a organização e o melhor planejamento da urbanização, constituindo-se em um documento essencial para o planejamento.
O Estatuto da Cidade é composto por diversos instrumentos que têm por objetivo contribuir para a organização e o melhor planejamento da urbanização.
Apesar da sua existência, o planejamento  urbano não é eficiente;é feito de forma fragmentada, para espaços selecionados, e atualizado de acordo com os interesses políticos e econômicos, organizando somente parte da cidade.  Apesar de existir um instrumento que regulamenta as ocupações irregulares, ou seja, mesmo com a sua regularização, as infraestruturas essenciais não chegam às periferias das cidades. O Estudo de Impacto de Vizinhança tem por objetivo analisar os efeitos positivos e negativos de qualquer infraestrutura que venha a ser construída.
3. 
O Estatuto da Cidade apresenta uma série de instrumentos que demonstram a preocupação do Poder Público com a especulação imobiliária. Assinale o instrumento que evidencia de forma clara essa afirmação:
C. 
O IPTU, que tem seu valor aumentado ao longo do tempo. 
O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) aumenta no decorrer do tempo em função da ociosidade do terreno, justamente para evitar o estoque de terras para especulação imobiliária.
A gestão democrática refere-se à participação de todos os atores envolvidos no espaço urbano, enquanto que o Plano Diretor significa a avaliação dos problemas e das demandas urbanas, bem como a forma como essas questões podem ser resolvidas ao longo do tempo.
O usucapião refere-se ao direito que o indivíduo adquire em relação à posse de um bem móvel ou imóvel em função de seu uso por determinado tempo. E o direito de superfície permite ao indivíduo construir em  determinada área, mas sem direito a sua posse.
4. 
O Plano Diretor é o principal instrumento do Estatuto da Cidade e tem por objetivo organizar e gerir a política urbana, incluindo a participação popular no processo decisório do planejamento urbano. Acerca do Plano Diretor, escolha a alternativa que apresente a resposta correta:
B. 
O Plano Diretor é obrigatório para os municípios que apresentarem população superior a 20 mil habitantes ou se integrarem a regiões metropolitanas, aglomerações urbanas, entre outras instruções.
Todos os municípios que apresentarem população superior a 20 mil habitantes ou se integrarem a regiões metropolitanas, aglomerações urbanas, áreas de especial interesse turístico e áreas de influência de empreendimentos de significativo impacto ambiental regional ou nacional deverão ter um Plano Diretor.
5. 
A participação popular na elaboração do Plano Diretor é uma das inovações do Estatuto da Cidade por considerar a opinião da sociedade na construção de uma cidade mais eficiente. Analise essa informação e marque a alternativa correta:
Resposta correta.
A. 
A participação de todos os setores da sociedade é de grande importância, pois cada grupo tem uma visão sobre o espaço urbano, contribuindo para o planejamento das cidades e o seu melhor funcionamento.
A participação da população, incluindo todas as esferas sociais, é de grande importância para o planejamento urbano e a elaboração do Plano Diretor. Os cidadãos são os atores que mais vivem na cidade, conhecendo seus problemas e o seu funcionamento. Portanto, suas informações são imprescindíveis para os gestores públicos e o corpo técnico decidirem quais são as intervenções e as modificações necessárias para o melhor funcionamento da cidade. 
A geografia urbana e o pensamento geográfico
1. 
De acordo com as várias abordagens teórico-metodológicas, a urbanização é um processo em movimento contínuo de transformação em que a cidade deve ser entendida também pelas relações entre:
D. 
 espaço x tempo e rural x urbano.
Segundo os variados enfoques teórico-metodológicos, a urbanização é um processo em movimento de modificaçãoespacial incessante em que a cidade deve ser compreendida pelas dicotomias espaço x tempo, bem como pelo espaço rural x urbano, e que resulta em transformações locais e no seu entorno, baseadas principalmente nas ações individuais e coletivas.
2. 
Um dos principais pontos que demonstram a evolução do pensamento geográfico sobre a urbanização é a chamada Rede Urbana, que condiciona, a partir dos séculos XIX e XX, mudanças intensas nas cidades. Essa noção consiste em:
B. 
analisar a produção, a circulação e o consumo, as redes de comunicações, articulando lugares.
As análises sobre a Rede Urbana a partir dos séculos XIX e XX partem do entendimento da produção, da circulação e do consumo nas cidades, isto é, no espaço urbano, avaliando as redes de comunicações e transporte, por exemplo, que articulam distantes regiões e lugares à economia mundial globalizada.
3. 
Para o estudo da Geografia Urbana, utilizando as teorias mais tradicionais, o termo cidade deve ser considerado. Para alguns autores como Remy e Voyé (1992) , as cidades devem ser estudadas considerando:
C. 
configuração dos assentamentos, dimensão, ordenamento e relação com outras cidades.
Para Remy e Voyé (1992), as cidades devem ser analisadas segundo a multiplicidade de formas de assentamento, referentes à sua situação, o seu tamanho, o tipo de arquitetura, a organização e o seu papel na região e no país em que estão inseridas, relacionando a produção humana sobre o espaço e as atividades urbanas.
4. 
As teorias para entender e qualificar as cidades partem de várias categorias, como, por exemplo, a diferenciação das cidades por meio de suas funções urbanas. Muitos 
Você acertou!
A. 
administração, defesa, atividades culturais, produção, transferência, distribuição e recreação.
Os estudos sobre a caracterização de cidades segundo suas funções partem das ideias de Aurousseau (1920), que apresenta uma categorização de cidades em oito tipos, de acordo com a função dominante: cidades de administração, de defesa, de atividades culturais, de produção, de coleta, transferência, de distribuição e de recreação.  
5. 
Para entender o ordenamento espacial das cidades e o desenvolvimento veloz da urbanização no fim do século XX, foram desenvolvidas teorias para permitir análises desse período, em que o processo de globalização se intensificava, com base nas ideias marxistas, que explicam com mais aplicabilidade:
C. 
a ampliação de desigualdades, a distribuição espacial desigual, as crises sociais, as propostas de justiça social, o planejamento urbano, a produção social do espaço.
As ideias marxistas explicam com mais aplicabilidade os processos de ampliação de desigualdades sociais após a Segunda Guerra Mundial, as dinâmicas de distribuição espacial desigual, as crises sociais, as possibilidades de justiça social, as formas das cidades e propostas de planejamento urbano adequado para a maioria dos habitantes, considerando a produção social do espaço e o indivíduo presente e atuante no espaço e no tempo, com contextualização histórica, além da geográfica.
A Urbanização Latino-americana
1. 
O processo de urbanização da América Latina foi iniciado a partir da implantação das primeiras cidades coloniais, que tinham por objetivo centralizar os produtos obtidos pela exploração colonial para exportação.
A partir de então, os primeiros passos da urbanização foram dados, e décadas mais tarde o processo tornou-se mais acelerado, em virtude:
Você acertou!
A. 
da própria dinâmica colonial, que ampliou os fluxos de mercadorias, expandindo as redes entre as vilas, associada ao processo de industrialização que ocorreu após a crise de 1929.
A dinâmica colonial foi o primeiro passo rumo à urbanização, de forma insipiente e já desorganizada, visto que em raras situações foi realizado um planejamento das cidades latino-americanas já na época colonial. Com a ampliação do comércio e das redes urbanas, a urbanização foi se estendendo a outras vilas e a pequenos núcleos, mas sempre de forma desorganizada. Com a industrialização, pouco se fez em relação ao planejamento urbano, sem nenhum planejamento para facilitar a circulação de produtos e serviços.
2. 
Para que as cidades latino-americanas atingissem o estágio de metrópoles, elas passaram por diversas configurações e portes, como as cidades coloniais, as cidades industriais e as cidades comerciais, até atingirem a metropolização.
Sobre essas classificações, assinale a alternativa correta:
C. 
A metropolização consiste no ápice do processo urbano; à medida que o centro urbano torna-se mais relevante, ele cria uma rede urbana ao seu redor que vai se aglomerando com o tempo.
As cidades coloniais representam o primeiro estágio dos centros urbanos latino-americanos e foram criadas com a função de escoarem os produtos obtidos pela colônia para a metrópole na Europa. Com a necessidade da industrialização, as cidades passaram a ser caracterizadas por sua malha industrial, e as relações urbanas se processam em função das manufaturas. Com o desenvolvimento comercial e o aumento da circulação de bens e serviços, as cidades passaram a se caracterizar como comerciais. O comércio amplia a rede urbana e a área de influência das cidades, promovendo o surgimento de outras cidades no seu entorno que se aglomeram com o tempo, formando as metrópoles.
3. 
A origem das cidades latino-americanas está relacionada com o período das navegações europeias, que, em busca de novas colônias de exploração, colonizaram diversos territórios ao longo do litoral para usufruir de seus recursos naturais.
Sobre a implantação das colônias e a influência na organização espacial das cidades, assinale a alternativa correta:
B. 
Os colonizadores instalaram as primeiras cidades coloniais no litoral com o objetivo de ocupar a costa para proteção e também para a concentração e a exportação dos produtos obtidos.
No período colonial, a localização das cidades no litoral teve por objetivo facilitar o escoamento dos produtos obtidos pelas colônias de exploração. Isso promoveu grande desenvolvimento das cidades litorâneas em comparação com as cidades do interior, que passaram a apresentar grande influência regional. À medida que elas foram se desenvolvendo, a urbanização verificada nas cidades litorâneas se estendeu ao interior, formando uma rede urbana mais dinâmica.
4. 
A organização espacial das cidades latino-americanas foi influenciada pelo estabelecimento das primeiras colônias no litoral. O desenvolvimento da malha urbana no decorrer dos séculos também foi influenciado por outros fatores.
Nesse contexto, assinale a alternativa correta:
D. 
As cidades latino-americanas foram organizadas de modo não aleatório, privilegiando os interesses econômicos e sociais na maneira como o espaço geográfico deveria ser utilizado. 
A organização territorial das cidades latino-americanas foi pensada de maneira consciente para atender aos interesses políticos e econômicos. Apesar da desorganização e da desigualdade das formas de uso do espaço geográfico, a organização espacial das cidades era pensada para favorecer a circulação, de forma mais simples e ampliada, de capitais, bens e serviços gerados pela iniciativa privada. A organização espacial também promoveu diminuição das barreiras físicas, reduzindo os custos e aumentando a produtividade e a lucratividade.
5. 
A forma como as cidades latino-americanas evoluíram ao longo do tempo trouxe uma série de benefícios para a ocupação do território de forma geral, além do desenvolvimento dos países. Entretanto, o crescimento também trouxe uma série de problemas urbanos, que provocaram e ainda provocam diversas crises urbanas.
Sobre essas crises, assinale a alternativa correta:
E. 
A crise urbana é uma consequência das desigualdades sociais impostas pela urbanização e pela sociedade de consumo: nem todos têm direito à cidade, obrigando uma parte da população a ocupar as periferias e gerando problemas sociais, políticos e econômicos.
A organização das cidades latino-americanas privilegiou as questões relacionadas aos interessespolíticos e econômicos. Dessa forma, as parcelas da sociedade que tinham condições de adquirir bens de consumo tinham acesso à cidade, ao passo que outras classes sociais não tinham condições de usufruir dos benefícios urbanos. Com isso, uma grande parcela da população passou a ocupar as áreas periféricas das cidades, originando problemas de ordem social, política e econômica.

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