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Organização e Regionalização do Espaço Mundial- FCE

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Organização e Regionalização do Espaço Mundial
Organização econômica mundial
1. 
O sindicalismo é um movimento que surgiu pela organização de operários que buscavam reivindicar melhores condições de trabalho nas fábricas. Esse movimento foi fundamental para a consolidação de leis trabalhistas em vários locais do mundo.
Tendo em vista o sindicalismo nos dias atuais, é correto afirmar que:
D. 
foi extremamente importante para inúmeras conquistas trabalhistas; contudo, tem sido enfraquecido em vários locais do mundo, devido ao desemprego, à flexibilização de leis trabalhistas e às crises econômicas
O sindicalismo, apesar de muito importante para a conquista de leis trabalhistas e melhores condições no trabalho, tem sido enfraquecido, pois atualmente há disputas locais por empresas no intuito de diminuir o desemprego. Ao mesmo tempo, a globalização e o neoliberalismo promoveram uma fragmentação produtiva, e com isso estimularam a capacidade das empresas de operarem em escala global de modo mais assíduo. Isso pressionou os Estados a adotarem flexibilização nas leis trabalhistas e ambientais para atrair investimentos e seguir a expansão econômica engajada no sistema capitalista-produtivo. Mesmo assim, o sindicalismo continua sendo muito importante, principalmente nos países periféricos, cujas condições de trabalho são precárias e os salários são, em grande parte, baixos.
2. 
O conceito de território dá à Geografia um suporte teórico analítico para compreender inúmeros processos de apropriação e uso do espaço geográfico, além de ser fundamental nas análises da Geografia Econômica.
Sobre esse conceito, é correto afirmar que:
B. 
possibilita compreender os processos de uso e exploração de recursos, além do processo de circulação e distribuição de mercadorias em escala global.
O conceito de território permite uma leitura ampla dos processos espaciais, essencialmente daqueles que envolvem poder e disputas. Esse conceito, como ferramenta analítica, permite compreender a disputa por áreas de recursos naturais, a exploração do meio ambiente e o uso do espaço para circulação e distribuição de bens e mercadorias. Assim, dá suporte teórico para a compreensão da economia global e dos vários agentes que atuam e operam na produção de bens e mercadorias, bem como daqueles que utilizam o espaço geográfico como fonte e suporte de produção e reprodução de capitais.
3. 
As políticas macroeconômicas são fundamentais para orientar a vida econômica de um país, pois direcionam estrategicamente o desenvolvimento de certos setores produtivos, norteando a formação da taxa de juros e da inflação e agindo sobre o valor da moeda. Essas políticas são fundamentais para o desenvolvimento econômico.
Diante desse contexto, quais são as três principais políticas macroeconômicas? 
C. 
Política fiscal, política monetária, política de câmbio. 
As principais políticas macroeconômicas são: política monetária, política fiscal e política de câmbio. O conjunto dessas políticas direciona as ações do governo para manter a moeda estável, absorver um bom rendimento por meio de impostos e controlar a inflação e a taxa de juros, entre outras coisas. Juntas, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento econômico do país, equilibrando as contas públicas, formando uma poupança de investimentos e melhorando a balança comercial. 
4. 
O trabalho é uma atividade inerente ao ser humano. Após a Revolução Industrial, essa atividade passou por uma série de mudanças. A divisão por setores, o trabalho repetitivo e os processos organizacionais produtivos primavam pela produção em larga escala e (re)orientaram toda a dinâmica trabalhista.
Esse processo foi um marco histórico, contudo, atualmente, novas demandas, exigências e formas de trabalho emergiram, destacando-se o:
B. 
trabalho criativo: o trabalhador passa a criar produtos, marcas e demandas, geralmente vinculados aos ramos da tecnologia informacional.
O trabalho criativo e inovador é uma forma de empreender na qual as inovações tecnológicas, a abertura de novos mercados e as criações vinculadas à Tecnologia da Informação (re)modelaram a dinâmica do mundo do trabalho, fazendo com que emergissem novas profissões que fogem do padrão e do modelo industrial fordista. O padrão do modelo industrial fordista é baseado na produção mecanicista e repetitiva, com setorização de funções e incremento de máquinas no processo produtivo. Esse padrão vem sendo substituído pela atividade criativa e inovadora, com a adesão de flexibilização nas relações de trabalho. 
5. 
5 A economia pode ser compreendida como um conjunto de processos que envolvem a produção, o consumo e a distribuição de bens e mercadorias essenciais para a manutenção da vida humana. Dessa forma, os agentes econômicos exercem papel fundamental na qualidade da vida econômica de uma nação.
São agentes econômicos:
B. 
os Estados, as empresas e as famílias.
Os Estados, as empresas e as famílias  podem ser denominados agentes econômicos, pois são instituições capazes de produzir e consumir bens e mercadorias, compondo o sistema econômico. Apesar da escala de produção/consumo ser diferenciada, esses agentes exercem papel fundamental no funcionamento e na organização da economia. O indivíduo, por si só, não representa uma instituição; apesar de consumir e produzir, ele está vinculado a instituições como família, Estado e outras. Os bancos são instituições financeiras que, apesar de desempenharem papel importante, não são agentes econômicos. O mercado é o campo de trocas econômicas, não um agente econômico. 
Geografia econômica e o espaço urbano
1. 
Atualmente, mais da metade da população mundial vive em cidades.
Para conceituar o local onde essas pessoas vivem, qualifica-se o espaço urbano considerando:
Você acertou!
A. 
o número de habitantes, a densidade demográfica, as infraestruturas das redes e a diversificação do comércio e da indústria.
Para qualificar um espaço como urbano, considera-se o número de habitantes, a densidade demográfica, a estrutura de moradias, as redes de comunicação, a rede de tratamento de esgoto, a rede de distribuição de água, a rede de energia, as vias e redes de transporte e a diversificação de comércio, indústrias, hospitais, bancos e escolas.
2. 
A Primeira Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII na Inglaterra, teve um impacto importante na conformação das cidades, pois:​​​​​​​
B. 
elas abrigavam as indústrias que transformavam as matérias primas em produtos diversos, o que aumentou a infraestrutura e as atividades comerciais.
Na Primeira Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII na Inglaterra, a cidade passa a abrigar indústrias que transformam as matérias primas em produtos acabados, num sistema mecanizado com diversificação de bens e com produção em uma velocidade maior, com o objetivo de vendê-los para todas as regiões do planeta, inclusive para as colônias.
3. 
As relações econômicas no espaço urbano brasileiro até a metade do século XX ainda eram pouco desenvolvidas, já que o País era considerado um país rural.
Entre as décadas de 1930 e 1950 esse cenário começa a mudar, pois,​​​​​​​
C. 
na década de 1930, desenvolveram-se políticas de industrialização no governo de Getúlio Vargas, e, na década de 1950, houve a abertura da economia para o capital estrangeiro e a instalação de indústrias, durante o governo de Juscelino Kubitschek.
As relações econômicas no espaço urbano brasileiro são modificadas a partir da década de 1930, pois, com as políticas de industrialização promovidas pelo presidente Getúlio Vargas, as cidades começaram a receber um fluxo importante de pessoas provenientes das áreas rurais. Na década de 1950, durante o governo de Juscelino Kubitschek, o processo de urbanização se desenvolveu de forma importante, por causa da abertura da economia para o capital estrangeiro e a instalação de indústrias. 
4. 
Quando abordamos a urbanização nos países subdesenvolvidos, a partir da década de 1980 até os dias atuais, podemos dizer que o avanço da urbanização e a expansão do consumo provocaram impactosnas populações das grandes cidades, como:
Você acertou!
A. 
a inserção da população de baixa renda nas práticas de consumo de novos produtos e tecnologias, endividando-se.
A partir dos anos 1980 ocorreu o avanço da urbanização e a expansão do consumo em vários países subdesenvolvidos. A atual magnitude da pobreza está nas metrópoles, nas quais o custo de vida é mais alto e a população de baixa renda está cada vez mais inserida no consumo de novos produtos e tecnologias. 
5. 
As cidades, quando desenvolvem suas infraestruturas urbanas e acolhem um grande número de pessoas vindas do campo ou de outras cidades, tendem a passar por processos chamados de metropolização e conurbação, que significam, respectivamente,​​​​​​​
B. 
grande contingente populacional, disponibilização de serviços e grande infraestrutura; e crescimento sucessivo e integrado de duas ou mais cidades.
O processo de metropolização é o estabelecimento de metrópoles, ligado ao critério populacional e pela disponibilização de serviços modernos e diversificados com uma grande e complexa infraestrutura. O processo de conurbação é um crescimento contínuo e integrado de duas ou mais cidades.
A geografia urbana e o pensamento geográfico
1. 
De acordo com as várias abordagens teórico-metodológicas, a urbanização é um processo em movimento contínuo de transformação em que a cidade deve ser entendida também pelas relações entre:
D. 
 espaço x tempo e rural x urbano.
Segundo os variados enfoques teórico-metodológicos, a urbanização é um processo em movimento de modificação espacial incessante em que a cidade deve ser compreendida pelas dicotomias espaço x tempo, bem como pelo espaço rural x urbano, e que resulta em transformações locais e no seu entorno, baseadas principalmente nas ações individuais e coletivas.
2. 
Um dos principais pontos que demonstram a evolução do pensamento geográfico sobre a urbanização é a chamada Rede Urbana, que condiciona, a partir dos séculos XIX e XX, mudanças intensas nas cidades. Essa noção consiste em:
B. 
analisar a produção, a circulação e o consumo, as redes de comunicações, articulando lugares.
As análises sobre a Rede Urbana a partir dos séculos XIX e XX partem do entendimento da produção, da circulação e do consumo nas cidades, isto é, no espaço urbano, avaliando as redes de comunicações e transporte, por exemplo, que articulam distantes regiões e lugares à economia mundial globalizada.
3. 
Para o estudo da Geografia Urbana, utilizando as teorias mais tradicionais, o termo cidade deve ser considerado. Para alguns autores como Remy e Voyé (1992) , as cidades devem ser estudadas considerando:
C. 
configuração dos assentamentos, dimensão, ordenamento e relação com outras cidades.
Para Remy e Voyé (1992), as cidades devem ser analisadas segundo a multiplicidade de formas de assentamento, referentes à sua situação, o seu tamanho, o tipo de arquitetura, a organização e o seu papel na região e no país em que estão inseridas, relacionando a produção humana sobre o espaço e as atividades urbanas.
4. 
As teorias para entender e qualificar as cidades partem de várias categorias, como, por exemplo, a diferenciação das cidades por meio de suas funções urbanas. Muitos autores propõem a classificação das cidades por tipos, baseadas em:
Resposta correta.
A. 
administração, defesa, atividades culturais, produção, transferência, distribuição e recreação.
Os estudos sobre a caracterização de cidades segundo suas funções partem das ideias de Aurousseau (1920), que apresenta uma categorização de cidades em oito tipos, de acordo com a função dominante: cidades de administração, de defesa, de atividades culturais, de produção, de coleta, transferência, de distribuição e de recreação.  
5. 
Para entender o ordenamento espacial das cidades e o desenvolvimento veloz da urbanização no fim do século XX, foram desenvolvidas teorias para permitir análises desse período, em que o processo de globalização se intensificava, com base nas ideias marxistas, que explicam com mais aplicabilidade:
C. 
a ampliação de desigualdades, a distribuição espacial desigual, as crises sociais, as propostas de justiça social, o planejamento urbano, a produção social do espaço.
As ideias marxistas explicam com mais aplicabilidade os processos de ampliação de 
desigualdades sociais após a Segunda Guerra Mundial, as dinâmicas de distribuição espacial desigual, as crises sociais, as possibilidades de justiça social, as formas das 
cidades e propostas de planejamento urbano adequado para a maioria dos habitantes, considerando a produção social do espaço e o indivíduo presente e atuante no espaço e 
no tempo, com contextualização histórica, além da geográfica.
O Espaço urbano
1. 
Um dos processos espaciais urbanos é definido pela expansão e concentração de atividades econômicas, administrativas, de serviços e comércios em determinado setor de uma cidade, que passa a apresentar os valores mais altos, no que concerne ao uso do solo e à compra de imóveis.
Esse processo de organização espacial urbana pode ser identificado como:
B. 
centralização.
A centralização é caracterizada pela concentração de atividades econômicas, produtivas e de gestão em um único lugar da cidade, definindo sua área central. A formação de áreas especializadas, por outro lado, é fruto de um magnetismo funcional em que empresas que ofertam serviços e produtos similares se estabelecem em uma mesma área da cidade. A descentralização representa o deslocamento de indústrias, comércios, serviços e população para áreas não centrais. A segregação e formação de áreas sociais é uma expressão espacial imediata da desigualdade e diferenciação socioeconômica entre grupos sociais, segregando espacialmente pobres e ricos habitantes de uma cidade.
2. 
O cenário socioeconômico de um país, município e cidade gera efeitos significativos na produção do espaço urbano. O alto preço de uso do solo na área central e adjacências de determinada cidade pode estimular o deslocamento de moradores, pequenos empreendimentos e algumas indústrias para áreas periféricas, com terrenos amplos e mais baratos.
Um breve prognóstico a respeito desse processo espacial seria que:
Você acertou!
A. 
​​​​​​​o processo de descentralização provocará, a médio e longo prazo, um crescimento da cidade.
O processo de descentralização está associado à expansão urbana e ao crescimento da cidade. Os terrenos baratos e, em princípio, pouco valorizados das áreas não centrais servem geralmente como atração para a implementação de atividades produtivas e econômicas que buscam constantemente aumentar suas margens de lucro. Por isso, não faz sentido afirmar que não existirão novos empreendimentos na cidade. A área central, por sua vez, dificilmente perderá sua relevância e valorização econômica; é a arena de toda a gestão urbana e administrativa da cidade. Por isso, a tendência é que o preço dos imóveis no centro se mantenha ou aumente e que a gestão da cidade ali permaneça.
3. 
A produção do espaço urbano ocorre por meio da relação de diversos atores que lançam mão de múltiplas estratégias de produção e reprodução econômica, social e territorial.
Levando em conta os projetos de habitação popular geridos por governos locais, é possível afirmar que essa etapa de planejamento e produção do espaço urbano tem como principal responsável:
C. 
o Estado.
Entende-se que a produção do espaço urbano é resultado da relação entre uma multiplicidade de atores. No entanto, no contexto descrito, que se trata da implementação de programas habitacionais geridos por governos locais, a responsabilidade primordial é do Estado, ainda que, para garantir a execução dos programas, ele estabeleça as relações necessárias com empresários, população beneficiária, grupos do setor imobiliário, entre outros agentes modeladores do espaço urbano. Não se trata dos grupos do setor imobiliário e dos proprietários dos meios de produção, pois sua atuação é muito mais financeira do que social. Os grupos sociais excluídos e os moradores poderiam ter agência nesse contexto, a partirde suas práticas de habitar e estratégias de reprodução social, o que não é o caso apresentado.
4. 
As ações empregadas pelos agentes produtores do espaço urbano são diversas e estão diretamente relacionadas com a situação social, econômica, política e cultural dos grupos sociais.
Considerando as reivindicações de moradores por moradia digna, escolas, hospitais e saneamento básico, é correto afirmar que:
B. 
os moradores, com suas estratégias de reprodução social, também são agentes produtores do espaço urbano.
Os moradores, com suas demandas e ações nos territórios em que vivem, também são produtores do espaço urbano, que, representando o espaço geográfico, é constituído material e simbolicamente. Dar a devida importância e significado a determinado lugar, reivindicando melhorias para ele, também é produzir espaço. Estruturas como escolas e hospitais também influenciam na forma como as pessoas se relacionam com a cidade onde vivem, mas dependem sempre da ação social para tanto. Além disso, não são apenas o Estado, as empresas e as indústrias que produzem o espaço urbano.
5. 
Os processos espaciais são impactados pelo modelo socioeconômico capitalista, refletindo suas lógicas e contradições. Um dos efeitos do capitalismo no espaço urbano é a concentração de populações ricas, com alto poder aquisitivo, em setores selecionados e bem localizados de uma cidade.
Sobre esse processo espacial, pode-se dizer que:
D. 
se trata de um processo de segregação residencial (que também é espacial), considerando a uniformidade socioeconômica da população moradora.
É correto afirmar que essa situação representa um processo de segregação residencial, pois reflete uma divisão social na cidade, em que a concentração de pessoas definidas por um padrão socioeconômico não viabiliza uma diversidade social em setores específicos de uma cidade. Ao contrário do que geralmente se imagina, a segregação também é comum entre os grupos sociais ricos de uma cidade. Trata-se de uma “autossegregação”, caracterizada pela escolha de viver em um lugar selecionado e afastado de áreas indesejadas. A centralização e a descentralização, por sua vez, representam fenômenos mais amplos, que envolvem setores econômicos e produtivos da cidade.
A produção do espaço urbano
1. 
A cidade é um espaço complexo e desigual, reflexo da sociedade, que  incorpora elementos da pobreza e da riqueza juntos em um ambiente contraditório e socialmente desigual. Dessa forma, as características urbanas vão sendo dotadas de elementos resultantes dessa contradição, o que leva a um processo de separação de classes nas áreas urbanas.
De acordo com o enunciado, qual a opção que melhor representa essa contradição?
D. 
A divisão de classes nas áreas urbanas leva à configuração de bairros elitizados e bairros periféricos segregados, dessa forma, o fenômeno da segregação socioespacial é uma grande contradição do ambiente urbano.
A contradição no ambiente urbano é reflexo da ampla desigualdade social existente, dessa forma, a formação de bairros elitizados e bairros pobres segregados acaba levando a uma contradição social que imprime na paisagem urbana a diferença de classes existentes.
Os bairros habitacionais, apesar de muitos serem afastados de áreas mais centrais, são criados na tentativa de diminuir as favelas e moradias informais; já os distritos industriais não promovem contradição direta no espaço urbano e são importantes para abrigar indústrias de grande porte. A ausência de habitação para todos, apesar de ser um grave problema, não promove o êxodo urbano, mas cria dentro das cidades mais pobreza, assentamentos informais e precariedade social. Os distritos localizados fora do perímetro urbano também não representam uma contradição, pois a contradição está intimamente ligada à desigualdade social. 
2. 
O crescimento desordenado das cidades trouxe inúmeros problemas sociais e ambientais, além de espaços segregados com ausência total ou parcial da infraestrutura urbanística. Desse modo, soluções são pensadas por gestores, especialistas e técnicos para resolução de problemas urbanos.
Dentre as alternativas, qual seria uma solução para frear o crescimento desordenado das cidades?
C. 
O planejamento urbano adequado, para prever de forma racional as áreas de expansão da cidade e planejar formas de suprir as demandas urbanas. 
O planejamento urbano adequado permite prever as áreas de expansão da cidade e contribui para planejar as demandas urbanísticas, sendo uma alternativa para diminuir o crescimento desordenado das cidades.
O incentivo ao êxodo urbano não corresponde a uma solução viável. O investimento centralizado nas grandes metrópoles contribui para ampliar a desigualdade territorial, pois pequenas e médias cidades ficarão desassistidas e a população dessas áreas sofrerá impactos negativos. O investimento em avenidas também não contribui para frear o crescimento desordenado das cidades e impedir a expansão do perímetro urbano também não, tendo em vista que o crescimento desordenado é acompanhado de crescimento de moradias informais em áreas impróprias para ocupação. 
3. 
A globalização e o avanço do capitalismo globalizado permitiram grandes transformações nas áreas urbanas, fato que pode ser percebido por meio de alterações significativas nas áreas urbanas ocorridas por um intenso processo de produção do espaço à guisa do acúmulo de capital.
De acordo com esse processo, qual opção explica a interferência do processo de globalização na dinâmica das cidades?
Você acertou!
A. 
Empreendimentos atrelados à globalização modificaram drasticamente as cidades, conferindo a reprodução do capital por meio de uma urbanização excludente e voltada ao mercado global. 
Grandes empreendimentos atrelados à globalização modificaram drasticamente as áreas urbanas, dentre eles estão estádios de eventos esportivos, aeroportos, empresas multinacionais, shopping centers, entre outros que demandam alterações significativas nas áreas urbanas e ao mesmo tempo dependem de uma infraestrutura urbana para reprodução do capital por meio das cidades. Isso leva à circulação de mercadorias e ao estabelecimento de novos mercados nas áreas urbanas.
Contudo, o Estado não perdeu a autonomia para legislar e organizar o território, pelo contrário, o Estado muitas vezes orquestra a chegada e a implementação de empreendimentos privados no contexto capitalista. A emancipação política dos municípios não corresponde ao contexto da globalização. A maior parte das cidades não detém indústrias, sendo que elas estão fixadas em pontos específicos criados para abrigar tais empresas. Apesar de os meios informacionais atingirem as cidades e influenciarem na sua infraestrutura, elas não promovem grandes alterações urbanísticas no contexto da produção do espaço como os grandes empreendimentos. 
4. 
O processo de favelização das cidades brasileiras ocorreu por vários fatores, um deles foi a ausência de planejamento urbano e infraestrutura adequada para o contingente populacional.
Qual das afirmações a seguir explica os demais fatores que contribuíram para o fenômeno da favelização das cidades. 
B. 
O êxodo rural somado à ausência de infraestrutura urbana e a pobreza socioeconômica foram fatores cruciais que levaram à consolidação de assentamentos informais e favelas no Brasil. 
Dentre os fatores que contribuíram para a favelização do Brasil estão o êxodo rural, a ausência de infraestrutura urbana, a pobreza socioeconômica e o custo elevado de vida nas cidades. Esse processo levou à consolidação de assentamentos informais e favelas.
A produção de moradia popular foi uma alternativa do Estado para frear e/ou diminuir a favelização. As cidades não detinham grande capacidade de absorção de mão de obra para emprego, levando ao desemprego de milhares de pessoas nas áreas urbanas e intensificando a desigualdade social. O Estado também não investiu de modo suficiente na infraestrutura urbana e os preços elevados dos terrenos em áreas urbanizadas se deve justamente à ausência de investimento na cidade como um todo. Os terrenosirregulares e o relevo de planalto não foram fatores que contribuíram para esse processo. 
5. 
Atualmente, a gestão das cidades deve ser feita com ampla participação popular e mediação da sociedade civil organizada. Assim, conselhos e associações desempenham papel significativo nos rumos da cidade, pressionando, contribuindo e avaliando a atuação do Poder Público na gestão urbana.
Esse processo foi propiciado também em razão da descentralização da gestão urbana que ocorreu:
C. 
em 2001, com a criação do Estatuto da Cidade, permitindo que os municípios criem e implementem os Planos Diretores Municipais e legislem sobre o uso e a organização de seu território. 
A descentralização da gestão das cidades foi efetivamente viável após a criação do Estatuto das Cidades, o qual prevê que os municípios criem os Planos Diretores Municipais e construam leis para regular e organizar o espaço territorial. Em 1988, a Constituição inaugurou legislações específicas tratando das cidades no capítulo da política urbana, mas foi apenas em 2001 que ocorreu a descentralização da gestão urbana.
O século XX foi marcado por um processo de expansão das cidades de modo desordenado, além disso, o Programa de Aceleração do Crescimento tinha o intuito de injetar dinheiro em grandes obras, não tendo a finalidade de promover a gestão urbana. O Estatuto da Metrópole tem o objetivo de promover a gestão integrada dos municípios definidos na área metropolitana.

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