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GEOGRAFIA AGRARIA E URBANA

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GEOGRAFIA AGRÁRIA E URBANA 
TEMPORADA I
Episódio I - Geografia Agrária e a Questão Rural
1. No decorrer da evolução do pensamento geográfico, vários métodos analíticos foram sendo redefinidos. Os olhares sobre o campo tiveram perspectivas de abordagens diferenciadas. Ao se tratar do campo, é possível falar das questões ambientais, da questão fundiária, do processo de produção agropecuária, entre outras. A respeito dessa diversidade de temas envolvendo a Geografia Agrária, é correto afirmar:
A. Foi com o determinismo alemão que a Geografia Agrária passou a ser estudada com maior ênfase, pois a terra passou a ser elemento vital no desenvolvimento das sociedades.
B. A Geografia Agrária surge após a Revolução Verde, pois a discussão em torno da renda da terra e da reforma agrária passa se acentuar, delegando-a à Geografia.
C. A Geografia Agrária surge como consequência da fragmentação do saber, que seccionou os conteúdos geográficos; entretanto, novas formas de integração dos saberes em torno da Geografia Agrária abrem caminhos para uma Geografia integrativa.
D. A Geografia Agrária surge no contexto do movimento de renovação da Geografia, em que a Sociologia passa ter grande influência. Assim, temas como reforma agrária, conflitos e luta pela terra marcam o surgimento desse campo da Geografia.
E. A Geografia francesa, após ampla discussão acerca dos conceitos de paisagem e região, leva a Geografia Agrária a novas formas de interpretar o campo a partir das regionalidades e da paisagem alterada, temas que passam a ser centrais na Geografia.
2. Atualmente, a Geografia Agrária desempenha papel significativo na interpretação dos variados processos de apropriação e uso dos territórios rurais, discutindo questões de povos tradicionais, produção de alimentos, conflitos pela terra, turismo rural e até questões ambientais. Sobre as formas de produção científica em torno desses temas, é correto afirmar:
A. A pesquisa científica na Geografia Agrária é orientada pela categoria analítica geográfica a ser trabalhada.
B. A pesquisa científica na Geografia Agrária é orientada por um método generalista que pode ser aplicado para todas as pesquisas.
C. A pesquisa científica na Geografia Agrária é orientada por um método específico de acordo com o tema a ser pesquisado.
D. A pesquisa científica na Geografia Agrária é orientada de acordo com a escala geográfica (local/regional/global).
E. A pesquisa científica na Geografia Agrária é orientada por métodos rudimentares.
3. O conceito de território é extremamente complexo, ao mesmo tempo que é fundamental para a Geografia. Esse conceito permite evidenciar as relações de poder existentes, a definição das fronteiras, a organização política territorial, a organização econômica do espaço, além dos processos de uso e apropriação simbólica. Diante desse contexto, o conceito de território na Geografia Agrária serve para:
A. demonstrar as fronteiras entre os espaços urbanos e rurais, no intuito de definir os perímetros de cada um dos espaços.
B. analisar porções diferenciadas do espaço geográfico e as características naturais distintas.
C. explicar os recursos existentes na terra, bem como seu potencial econômico e produtivo.
D. demonstrar os conflitos em torno da questão de terras, procurando demarcar lotes e promover reforma agrária.
E. explicar a organização econômica, social, cultural e política, evidenciando as relações de poder e usos do espaço rural.
O conceito de território tem o intuito de explicar e evidenciar as diversas relações de poder existentes, demonstrando os usos e a organização social, política, econômica e cultural do espaço geográfico — e, nesse caso, do espaço rural. A utilização desse conceito para fins de demarcação e definição de perímetro e fronteiras é simplória e rasa; ao mesmo tempo, seu uso não pode estar atrelado à diferenciação de áreas nem à demonstração do potencial produtivo, pois sua análise deve partir do conteúdo social e das diversas relações de poder existentes. 
4. A agricultura, apesar de ser uma atividade fundamental, foi marcada, no período do imperialismo, pela exploração da mão de obra escrava, fato que resultou na exploração do trabalho humano por séculos. Após os países terem abolido a prática da escravidão, os baixos salários e as péssimas condições de vida continuaram marcando a realidade de muitos camponeses. Diante dessa questão, responda qual é o tipo de agricultura caracterizado pela utilização da mão de obra sem especialização, pelos baixos salários e pelo regime de trabalho semiescravo, que visa à exportação dos produtos e que geralmente é caracterizado por monoculturas tropicais em grandes extensões de terra.
A. Agricultura de conservação.
B. Agricultura moderna/empresarial.
C. Plantation.
D. Agricultura orgânica.
E. Agricultura familiar.
5. Existem variados modelos e tipologias de agricultura, alguns com técnicas mais rústicas, e outros com elevado nível de tecnologia empregada na produção. Qual o tipo de agricultura que utiliza intensos aparatos tecnológicos, fertilizantes, defensivos e outros agroquímicos e maquinários agrícolas e é orientado pelo mercado global, além de ser marcado pela elevada integração com as cadeias produtivas internacionais e pela produção dos monocultivos, visando à indústria alimentícia e à exportação de parcela significativa da produção? 
A. Agricultura de conservação.
B. Agricultura moderna/empresarial.
C. Plantation.
D. Agricultura orgânica.
E. Agricultura familiar.
Episódio II - Agricultura e o modo capitalista de produção
1. Nas relações capitalistas de produção, o trabalhador é submetido a um regime de exploração do trabalho. O trabalho, por conseguinte, irá gerar o valor da mercadoria. Nesse contexto, o valor de troca é gerado, entre outras coisas, pela mão de obra exercida no processo produtivo, de acordo com a leitura de Karl Marx.
Tendo em vista esse contexto, para que o capitalista tenha lucro, ele paga ao trabalhador um valor menor que o da quantidade produzida. Essa diferença Marx chama de:
A. valor de troca.
B. alienação.
C. mais-valia.
D. cultura capitalista.
E. lucro excedente.
2. A inserção da agricultura no contexto capitalista veio acompanhada de uma série de características; entre elas, pode-se destacar a formação de proprietários de terra capitalistas e assalariados camponeses.
Nas colônias, no entanto, a subordinação desses territórios ao poder dos impérios levou a agricultura capitalista a ser caracterizada a partir de:
A. uma agricultura moderna e tecnológica, voltada para exportação de commodities.
B. uma agricultura voltada ao campesinato e à subsistência, principalmente dos povos tradicionais.
C. uma agricultura voltada à exportação, cuja terra era controlada pelos povos tradicionais que vendiam os produtos para a Europa.
D. uma agricultura voltada para exportação, calcada nos latifúndios e baseada na mão de obra escrava.
E. uma agricultura controlada pelos europeus, baseada em pequenas propriedades de terra e na policultura.
3. A agricultura no contexto do capitalismo concorrencial na Europa foi sucedida por grandes crises no setor agrário. Ao mesmo tempo, a industrialização e a urbanização levaram países como a Inglaterra a um intenso processo de êxodo rural e de formação de uma mão de obra assalariada urbano-industrial.
Entre as características da agricultura no capitalismo concorrencial na Europa e os motivos que levaram à crise agrária, pode-se afirmar que:
A. a grande diminuição de trabalhadores rurais levou países como a Inglaterra à ausência de camponeses para o trabalho.
B. a elevada produção efetuada pelos arrendatários e proprietários de terra que buscavam lucro levou a quedas drásticas de preços de mercadorias agrícolas devido à superprodução.
C. a política de elevada taxação sobre os produtos importados, principalmente das colônias, levou à falta de produtos agrícolas no mercado europeu, acarretando a crise agrária.
D. A concorrência dos produtos agrícolas entre os países europeus e o livre comércio praticado entre os países levou ao aprofundamentoda crise agrária.
E. a compra dos produtos agrícolas efetuada pela indústria de alimentos levou à ausência de mercadorias no mercado popular, o que elevou os preços dos produtos agrícolas e ocasionou a crise agrária.
4. A agricultura no contexto do capitalismo monopolista se diferencia drasticamente da agricultura do capitalismo concorrencial. A subordinação dos vários setores agropecuários às cadeias produtivas industriais é uma das características que marcam a agricultura nessa fase.
Diante desse contexto enunciado, pode-se afirmar que:
A. a agricultura no contexto do capitalismo monopolista permitiu que a renda gerada pela terra fosse melhor distribuída entre trabalhadores, proprietários de terras e segmentos da indústria
B. a agricultura no contexto do capitalismo monopolista é marcada por extensos latifúndios e elevada quantidade de mão de obra barata assalariada.
C. a agricultura no contexto do capitalismo monopolista é marcada pela atuação de grandes empresas multinacionais que dominam o mercado global de sementes, insumos, maquinários e agroquímicos.
D. a agricultura no contexto do capitalismo monopolista é marcada pela elevada distribuição de terras, integração de pequenos produtores rurais à indústria alimentícia e elevados níveis de desenvolvimento territorial rural.
E. a agricultura no contexto do capitalismo monopolista tem como característica as crises do setor agropecuário, que foram desencadeadas pela subordinação do campo à indústria, permitindo diminuição produtiva no campo devido ao controle dos territórios rurais.
5. A agricultura científica globalizada demandou uma incorporação enorme de tecnologias na atividade agropecuária, cujas indústrias tecnológicas e informacionais passaram a desempenhar papel significativo. As grandes redes de comércio global, de informação e de logística passaram a influenciar diretamente nos mecanismos do mercado agrícola, levando os territórios a se globalizarem por intermédio dessas redes que, ao chegarem ao campo, promoveram grandes transformações na base da organização produtiva, territorial, do trabalho, entre outras.
Uma das características geográficas desse processo foi:
A. a valorização dos regionalismos devido à valorização do potencial produtivo local/regional.
B. a manutenção de reservas florestais e a preservação do meio ambiente devido a uma produção intensiva vertical em detrimento de uma expansão horizontal da produção.
C. a estrutura fundiária baseada em pequenas propriedades rurais com elevado nível de desenvolvimento tecnológico produtivo.
D. o aumento da divisão entre rural e urbano devido a características cada vez mais antagônicas que separam material e conceitualmente esses espaços.
E. a alteração drástica das paisagens rurais, que passaram a se tornar cada vez mais homogêneas devido ao desmatamento e à introdução de monoculturas agrícolas modernas.
TEMPORADA II
Episódio I - Sistema agrícola moderno, origem e formação do complexo agroindustrial, agronegócio
1. Uma das consequências da revolução verde na agricultura no Brasil, segundo Alves et al., (2005) diz respeito a concentração fundiária no Brasil que fez crescer os estabelecimentos agrícolas para o agronegócio, onde são utilizadas alta tecnologia, grande quantidade de equipamentos agrícolas e agrotóxicos para o cultivo de uma monocultura.
Quais implicações aconteceram com os camponeses que habitavam boa parte dessas regiões?
A. a utilização de técnicas em cultivos de subsistência para expandir a produção exclusivamente em pequenas propriedades rurais.
B. o retorno de técnicas tradicionais aplicadas à lavoura, como o uso de transportes por tração animal e a produção em escala local.
C. a seleção de melhores sementes, o cruzamento de animais para triar melhor qualidade e alterações genéticas para alimentos transgênicos.
D. o melhoramento do trabalho assalariado, a seleção de melhores áreas para preservação de mata nativa e o uso extensivo de insumos orgânicos.
E. a ampliação da participação da mão de obra dos camponeses no comércio global de commodities, com aplicação de técnicas orgânicas.
2. Do ponto de vista geográfico a formação de CAI aumentou as diferenças sociais, concentrou riqueza na mão de latifundiários e promoveu a marginalização de camponeses, que após venderem suas posses, inevitavelmente recorriam ao êxodo rural.
Qual foi a importante mobilização social que promoveu uma mudança de paradigma na agricultura brasileira para pequenos agricultores
A. aumento das áreas verdes nos municípios, principalmente nos países do terceiro mundo, com uso mais racional do solo, por meio de tecnologias e maior igualdade social.
B. incentivos técnicos para a produção orgânica e incremento de cooperativas de trabalhadores rurais para competir com corporações do agronegócio.
C. limitação do processo de industrialização no campo, baseado em uma tecnologia que preserva as atividades tradicionais da agropecuária em pequenas propriedades.
D. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) surgiu oficialmente em 1984, dentro do Encontro Nacional de Trabalhadores Sem Terra, no Paraná. É importante observar que se trata do período da Ditadura Militar, um regime que aprofundou as desigualdades sociais no país
E. diminuir o êxodo rural, dando possibilidades aos produtores locais de participarem do mercado de exportação de commodities com o uso de tecnologia.
3. A Revolução Verde foi um movimento iniciado nos Estados Unidos, na década de 1960, baseado em um novo paradigma de produção e comercialização de bens agrícolas, que inovou o setor, tendo consequências até os dias atuais. As principais características dessa corrente de pensamento estão fundamentadas em:
A. a disputa de interesses entre os Estados e os produtores agrícolas, com o objetivo de beneficiar toda a sociedade brasileira do campo e da cidade.
B. a mudança da agricultura tradicional para a agricultura moderna, que agrupou novas tecnologias, sem articulação com o espaço urbano.
C. o uso de recursos industriais, reduzindo significativamente as grandes propriedades e resultando no uso de capitais da agricultura para promover assentamentos rurais.
D. Aumento da produtividade e da lucratividade, mecanização da produção, melhoramento genético de plantas e animais, uso de agrotóxicos e fertilizantes
E. a ampliação de oportunidades de trabalho na área rural e o deslocamento de parte da população urbana para as áreas rurais, para trabalhar no cultivo de commodities.
4. O chamado "complexo agroindustrial" é uma organização das atividades agrícolas que começa a se desenvolver na segunda metade do século XX, modificando intensamente a produção e tendo consequências no âmbito econômico, político, social e espacial.
Esse novo padrão para produzir bens do campo tem como fundamento:
A. aumento do emprego estrutural urbano, uso de maquinário e desenvolvimento de urbanização nos arredores da propriedade.
B. A combinação da agricultura com o setor industrial, fabricante de insumos e maquinários agrícolas, e com a indústria processadora de produtos agrícolas
C. desenvolvimento da qualificação da mão de obra assalariada no campo, utilização de terceirização da produção, crescimento do fluxo populacional entre campo e cidade.
D. crescimento da extensão de propriedades rurais utilizando tecnologia de ponta para a prática de agricultura orgânica e uso de sementes transgênicas.
E. melhoria da qualidade produtiva por meio de industrialização e expansão do comércio de bens da agricultura por meio de exportação.
5. Ao analisar a evolução do agronegócio no Brasil, houve um período, até o início do século XX, em que predominava um modo de produção baseado principalmente nas plantation farms, muito distinto do tipo de produção agrícola para o comércio nacional e internacional de commodities.
Esse padrão de plantation farms se baseia em
A. utilização das terras das cidades para a seleção de vários tipos de plantas mais adequadas ao espaço urbano.
B. trabalho manual, uso de equipamentos por tração animal, emprego de mão de obra quase sempre escrava,produção, armazenamento e comércio sob controle da propriedade rural
C. integração com o rural para proporcionar um uso mais racional do solo e promover o plantio e o comércio em cooperativas de pequenos proprietários.
D. estímulo à reforma agrária, tanto no campo quanto na cidade, para que o comércio e a industrialização da agricultura se expandam nessas duas áreas.
E. desenvolvimento de adubos químicos, fertilizantes e agrotóxicos, com o uso urbano da mecanização do preparo do solo e da colheita.
Episódio II - Estrutura agrária no Brasil: relações de produção e de trabalho no campo
1. Ao analisar a expansão da produção agrícola atualmente no Brasil, nota-se que há uma relação importante entre o modo de produção capitalista do agronegócio, baseado em latifúndios e no trabalho familiar, por meio de relações não capitalistas de produção, que se fundamentam em:​​​​​​​
A. produção de laboratórios, por cooperativas, para desenvolver espécies de plantas para serem utilizadas na lavoura em pequena propriedade.
B. inviabilidade financeira para a sua prática, uma vez que os trabalhadores do campo em todo o Brasil sobrevivem por meio de auxilio estatal.
C. trabalho de subsistência do agricultor familiar em sua própria terra ou em parte da terra de outrem, concedendo dias de trabalho em relação de servidão.
D. trabalho em grandes propriedades e recebimento de parte importante dos lucros da produção agrícola nas terras onde trabalham.
E. implantação com sucesso da Reforma Agrária em 1950, com distribuição igualitária das terras no Brasil e o fim dos latifúndios.
2. As grandes empresas de industrialização de produtos agrícolas contêm várias estratégias de domínio sobre o mercado em relação ao agricultor familiar, para produtos lácteos e hortifrutigranjeiros, por exemplo. Um dos casos é o produto industrializado para o consumidor final, que tem um valor muito alto e, ao mesmo tempo, o pequeno produtor recebe uma quantia pequena pela sua produção. Tal prática é denominada:​​​​​​​
A. seleção dirigida.
B. sistemas integrados.
C. sistema de colonização e reforma agrária.
D. sistema não capitalista.
E. sistema de agricultura intensiva.
3. Na década de 1990, algumas porções do território brasileiro foram selecionadas para a lavoura de várias culturas denominadas commodities, essenciais para as corporações do agronegócio, como a cultura da soja. Tais lugares sofreram muitas transformações, ao mesmo tempo que outras porções ficaram em desvantagem na competição por mercados. Os principais fatores que resultaram nesse tipo de organização do agronegócio foram:​​​​​​​
A. a administração das unidades produtivas com investimentos ligados à produção familiar de commodities.
B. reforma agrária e repartição das terras para cultivo de policultura, com o uso de técnicas orgânicas sem defensivos agrícolas.
C. estruturação em rede da produção e comercialização, abertura ao mercado globalizado e uso de técnicas modernas.
D. métodos de gestão da qualidade da produção agrícola para evitar contaminação dos alimentos durante o seu cultivo e também processamento.
E. uso de técnicas mais primitivas, com ampla ocupação de terra e emprego de muitos trabalhadores na agropecuária extensiva em todas as porções do território.
4. O agronegócio é constituído por relações de produção específicas, baseadas no uso de ferramentas mecanizadas para as lavouras. Também tem como base a organização das atividades em arranjos produtivos locais, com certo tipo de produção de commodities em determinados lugares, e que pressupõe principalmente dois tipos de impacto espacial, como:​​​​​​​
A. Articulação de pequenos produtores com trabalho familiar e investimentos privados; desarticulação de corporações do agronegócio e queda na produção.
B. Acordo entre pequenos e grandes produtores rurais no desenvolvimento de técnicas no campo e influência da Revolução Verde nas práticas de subsistência.
C. Aceleração do reordenamento do espaço rural de forma equânime para a produção da policultura e subordinação das cidades em relação ao campo.
D. Contenção da mecanização do campo para produção de commodities e estatização das corporações do agronegócio em todas as regiões.
E. Articulação de produtores e investimento estatal em modernização; danos para locais que não recebem investimentos e desarticulação da produção.
5. O atual sistema capitalista convive com práticas não capitalistas de várias formas e que são vistas por meio das relações de trabalho dos camponeses na produção familiar e das empresas do agronegócio, em um tipo de produção extensiva em grandes dimensões de terras. Nesse contexto, a relação entre esses dois agentes com modos distintos de produção ocorre por meio:​​​​​​​
A. do incentivo à produção do minifúndio camponês para abastecer as cidades.
B. da mitigação de distorções históricas distribuindo lucros do agronegócio.
C. da diminuição da mecanização no campo com o impedimento do êxodo rural.
D. do assalariamento do trabalhador familiar por empresas do agronegócio.
E. da intensificação da produção de alimentos para o combate à fome no Brasil e no mundo.
TEMPORADA III
Episódio I - Movimentos sociais no campo
1. O Brasil teve inúmeros conflitos por terras ao longo de sua história. Esses conflitos permanecem até hoje e ocorrem por meio de disputas muitas vezes isoladas ao longo do imenso território brasileiro.
Nesse contexto, qual das opções a seguir representa alguns motivos das disputas por terras que envolvem a questão fundiária no Brasil?
A. O processo de ocupação e colonização do território foi sucedido pela má distribuição de terras e ausência de regularização fundiária.
B. O surgimento de movimentos sociais organizou uma série de lutas reivindicando terras, dando início aos conflitos fundiários.
C. O sindicalismo rural promoveu amplas disputas políticas e territoriais, o que causou inúmeros conflitos no campo.
D. O PCB, por meio do rompimento do viés ideológico dominante, promoveu uma série de disputas, ocasionando o surgimento dos conflitos agrários.
E. As disputas agrárias ocorreram em áreas extrativistas cuja mineração e exploração vegetal se tornaram objeto de interesse mercantil.
2. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra exerceu e exerce papel fundamental na luta dos trabalhadores sem terra, que reivindicam a posse e o direito à terra, foi responsável também por milhares de famílias assentadas e tem uma história de atuação política e de resistência.
Sobre o MST, é correto afirmar que:
A. Foi formado a partir de lideranças da CUT, que resolveram criar um movimento camponês.
B. Foi formado com o investimento do Partido dos Trabalhadores, no intuito de fortalecer o partido.
C. Foi formado a partir de diversas demandas envolvendo diferentes movimentos sociais e conflitos na década de 1980.
D. Foi financiado pelo PCB, que financiou a organização e passou a atuar na construção de escolas do campo.
E. Foi formado graças à CCONTAG, que, devido à expressão política, conseguiu grandes conquistas e formou o movimento.
3. A história do Brasil é marcada por conflitos fundiários, ocupações de terras ilegais e forte exploração sobre a mão de obra. Os problemas do campo atravessam os séculos e permanecem no rural brasileiro. Diante disso, os movimentos sociais surgem e passam a reivindicar uma série de demandas.
Podemos destacar como demanda principal focalizada pelas Ligas Camponesas na década de 1940 e 1950 e, atualmente, pelo MST:
A. O direito à remuneração acima do salário mínimo.
B. O direito à aposentadoria antecipada.
C. A reforma agrária.
D. A garantia de liberdade e atuação dos movimentos sociais.
E. O direito à educação.
4. A educação do campo sofreu historicamente amplo envolvimento dos movimentos sociais na constituição de um modelo de ensino/aprendizagem pautado nas demandas do movimento, cuja educação foi alicerce na (re)produção e formação de ideais presentes no bojo dos movimentos.
Contudo, parte das escolas do campo adota um currículo alinhado ao contexto urbano, entre os desafios disso está:
A. O enfraquecimento dos movimentossociais que lutam pelo controle das escolas do campo.
B. A ausência do reconhecimento das problemáticas do campo e do reconhecimento do sujeito enquanto camponês.
C. s conteúdos fracos e sem aprofundamento teórico fornecidos pelo currículo das escolas urbanas.
D. O financiamento das escolas do campo, que, ao adotarem um currículo diferenciado, passam a onerar o Estado.
E. A ausência de profissionais dispostos a trabalhar um conteúdo diferenciado dentro da proposta dos movimentos sociais rurais.
5. Os movimentos sociais no campo foram fundamentais para a conquista de várias demandas trabalhistas, para o fortalecimento dos partidos de esquerda, para o assentamento de várias famílias no campo e para combater injustiças históricas. Contudo, os movimentos se fazem necessários até a atualidade devido às demandas jamais atendidas.
Sobre os movimentos sociais do campo, eles se fortalecem no Brasil a partir de:
A. 1922, com a criação do PCB.
B. 1940, com o surgimento das Ligas Camponesas.
C. 1980, com a criação do MST.
D. 1990, com a criação da LDB e da regulamentação da educação no campo.
E. 2003, com a chegada do PT no executivo federal.
Episódio II - A geografia urbana e o pensamento geográfico
1. De acordo com as várias abordagens teórico-metodológicas, a urbanização é um processo em movimento contínuo de transformação em que a cidade deve ser entendida também pelas relações entre:
A. polarização x espraiamento e umidade x aridez.
B. litoral x continental e campo x espaço agrícola.
C. viabilidade x inviabilidade e nacional x internacional.
D. espaço x tempo e rural x urbano.
E. macro x micro e espaço x lugar.
2. Um dos principais pontos que demonstram a evolução do pensamento geográfico sobre a urbanização é a chamada Rede Urbana, que condiciona, a partir dos séculos XIX e XX, mudanças intensas nas cidades. Essa noção consiste em:
A. estudar as atividades extrativas mineral, a pecuária extensiva e agropecuária comercial.
B. analisar a produção, a circulação e o consumo, as redes de comunicações, articulando lugares.
C. investigar as relações entre os seres vivos e o meio ambiente rural e a relação com a economia.
D. analisar a pressão demográfica no espaço urbano e rural e a dificuldade de aquisição de terras pelos trabalhadores.
E. compreender o êxodo rural como um dos fatores que mais têm contribuído para o desenvolvimento das metrópoles brasileiras.
3. Para o estudo da Geografia Urbana, utilizando as teorias mais tradicionais, o termo cidade deve ser considerado. Para alguns autores como Remy e Voyé (1992) , as cidades devem ser estudadas considerando:
A. tipo de solo, tamanho, características meteorológicas, ordenamento do tipo de vegetação.
B. configuração das construções, religião da população, relação com a fauna e flora presentes.
C. configuração dos assentamentos, dimensão, ordenamento e relação com outras cidades.
D. número e qualidade das infraestruturas, relação com o Poder Legislativo, oferta de emprego.
E. atividades agrícolas, clima nas várias estações do ano, número de automóveis por habitante.
4. As teorias para entender e qualificar as cidades partem de várias categorias, como, por exemplo, a diferenciação das cidades por meio de suas funções urbanas. Muitos autores propõem a classificação das cidades por tipos, baseadas em:
A. administração, defesa, atividades culturais, produção, transferência, distribuição e recreação.
B. cidades médias, metrópoles nacionais, sedes do poder econômico e político do país.
C. sítio urbano da cidade, origem e posição geográfica da cidade.
D. centros regionais, cidades-dormitórios, metrópoles nacionais, capitais regionais.
E. área metropolitana, rede urbana, megalópole, hierarquia urbana.
5. Para entender o ordenamento espacial das cidades e o desenvolvimento veloz da urbanização no fim do século XX, foram desenvolvidas teorias para permitir análises desse período, em que o processo de globalização se intensificava, com base nas ideias marxistas, que explicam com mais aplicabilidade:
A. os processos de ocupação do território brasileiro, a grande concentração de cidades na região Sudeste, as economias agrárias e as transformações no campo.
B. a construção dos diversos tipos de equipamentos urbanos, o suprimento da totalidade das necessidades da população urbana e rural no Brasil.
C. a ampliação de desigualdades, a distribuição espacial desigual, as crises sociais, as propostas de justiça social, o planejamento urbano, a produção social do espaço.
D. a conformação de cidades menores e vilas em um limite determinado pelo centro regional em todas as regiões brasileiras por meio da hierarquia urbana.
E. a ampliação dos tipos de meios de transporte e circulação modernos, a rede de telecomunicações e a transformação do espaço urbano homogêneo no País.
TEMPORADA IV
Episódio I - O Pocesso de Urbanização 
1. As primeiras cidades nasceram na Mesopotâmia em 3500 a.C., onde se situa o Iraque. Ao analisar as principais condições para o surgimento das cidades, verifica-se que os elementos em comum são:​​​​​​​
A. metropolização; macrocefalia urbana e infraestruturas em rede.
B. organização do trabalho, técnicas de agricultura modernas, luz solar o ano todo.
C. rios possibilitavam terrenos férteis para plantio, água e planícies.
D. delimitação de áreas para produção mecanizada, áreas de encosta, água.
E. crescimento da população urbana, especulação imobiliária, relevo acidentado. 
2. O período feudal, entre os séculos V e XV, teve caráter específico de organização social, político e cultural. Esse caráter teve como consequência uma mudança profunda no papel das cidades, que passaram a:
A. perder sua influência local com a consolidação das redes urbanas e a formação de metrópoles controladas por governos laicos.
B. perder sua importância, pois a maioria da população começou a viver nos feudos, cuja principal característica eram as atividades agrícolas.
C. ter maior relevância, pois os feudos estavam voltados para o comércio e o desenvolvimento da ciência e da tecnologia produtiva.
D. ganhar importância pelas mudanças espaciais nos feudos, o que possibilitou um comércio em âmbito global por meio do desenvolvimento de redes de comunicação no período.
E. ganhar importância, e começa nesse momento a diferenciação entre rural e urbano, e o agronegócio une esses dois espaços pelo uso de tecnologias e comércio.
3. O evento da primeira Revolução Industrial, de 1760 a 1850, teve grande importância no desenvolvimento urbano e nas transformações profundas no espaço das cidades. Por conta disso, esses espaços foram marcados por:​​​​​​​
A. abrigar centros de tecnologia de ponta, menor densidade populacional, ascensão do agronegócio e fixação da população no campo.
B. desenvolvimento das indústrias petroquímicas, beneficiando a organização dos trabalhadores com jornadas reduzidas, construção de moradias na zona rural.
C. planejamento urbano diminuiu a extensão da área das cidades para promover melhores condições de vida, êxodo para áreas rurais para produção agrícola.
D. presença de indústrias, êxodo rural para mão de obra, aumento populacional, construção de infraestruturas e moradias urbanas.
E. uso de motor a combustão, o que permitiu aumento significativo do uso de transportes coletivos e individual, e contração do número de indústrias.
4. As invenções na segunda Revolução Industrial, no século XIX, como o uso da energia elétrica, do motor a combustão e da gasolina e do diesel, tiveram como alicerce o desenvolvimento das ciências. Esses desenvolvimentos tecnológicos possibilitaram que o setor industrial:​​​​​​​
A. abrisse seus mercados e modificasse as relações trabalhistas, com jornadas reduzidas para diminuir o desemprego e a desconcentração de renda.
B. abolisse a escravidão em todos os países do planeta, para permitir o uso equânime das tecnologias e ampliar os mercados consumidores.
C. melhorasse as condições de moradia e vida do operariado, propiciadas pelo desenvolvimento tecnológico, com diminuição da acumulação de capitais.
D. expandisse pequenas e médias empresas,que se nivelaram com as grandes empresas utilizando novas tecnologias para a produção, com aporte do grande capital.
E. impulsionasse a produção, com aumento exorbitante na acumulação de capitais, e o desenvolvimento científico passou a se unificar com interesses capitalistas.
As pesquisas científicas tiveram como consequência o desenvolvimento tecnológico empregado na expansão industrial a partir de fins do século XIX. Isso resultou em um salto na produção e em elevação na acumulação de capitais, convergindo, assim, na ciência e nos interesses econômicos, gerando expansão na produção e na acumulação de riquezas.
5. Há intensa relação entre o desenvolvimento das cidades e os elementos da globalização, fenômeno de caráter global intensificado no fim do século XX e que se mantém no século XXI. As principais dinâmicas urbanas transformadas nesse período têm como causa:
A. as políticas de visibilidade aos diferentes povos que conformam as cidades, tornando as políticas sociais o principal foco para conexão entre as cidades de forma nacional e global.
B. a evolução das técnicas das redes de transportes e telecomunicações, permitindo às cidades se interligarem na esfera comercial, econômica, política e social, de forma interescalar.
C. o crescimento econômico e social dos países subdesenvolvidos, que participaram do desenvolvimento de técnicas de produção como o motor a combustão e o motor a vapor para uso nas cidades.
D. o estabelecimento dos setores financeiros da maioria das corporações globais em países subdesenvolvidos, permitindo a evolução de cidades globais conectadas nesses países.
E. os aportes da economia rural principalmente ligada à cafeicultura, à cana-de-açúcar e ao cacau, que financiaram as transformações técnicas das cidades, tornando-as dependentes da produção agrícola.
Episódio II- Morfologia do Tecido Urbano 
1. A morfologia urbana representa, no espaço geográfico, a maneira como os diversos elementos que compõem o tecido urbano estão organizados, tornando possível compreender a organização do espaço urbano por meio da análise de sua morfologia.
A respeito do uso da morfologia urbana para a interpretação dos fenômenos espaciais, é correto afirmar que:
A. a morfologia urbana refere-se à forma que a cidade adquire ao longo do tempo, sem muitas informações que possam corroborar uma análise sobre o processo de ocupação e desenvolvimento.
B. a morfologia das cidades reflete a maneira como uma cidade, seus fluxos e as redes urbanas funcionam no espaço geográfico, sem nenhuma informação sobre o passado ou as causas da configuração atual.
C. a configuração atual expressa no padrão morfológico das cidades pouco contribui para o entendimento dos processos e dos atores envolvidos na formação do tecido urbano.
D. a morfologia urbana origina um padrão que é reconhecido como o tecido urbano, e por meio dele é possível observar diferenças entre regiões, mas sem detectar suas causas.
E. a morfologia urbana traz diversas informações sobre a origem e a evolução das cidades, de acordo com seu padrão de crescimento e organização, muito importante para entender os processos atuantes no passado e no presente.
2. O processo histórico relacionado à origem das cidades brasileiras, durante a época colonial, nos fornece muitas informações acerca de como a ocupação do espaço urbano ocorreu e de que forma ela se desenvolveu, originando, posteriormente, os padrões urbanos.
A respeito da expansão das cidades e dos padrões urbanos, assinale a alternativa correta.
A. O tecido urbano representa o padrão de ocupação que foi construído ao longo da história da origem das cidades, e reflete esse período inicial da organização territorial.
B. O padrão urbano refere-se aos vestígios históricos que são deixados pela ocupação urbana e a consolidação do tecido urbano, de forma que o parcelamento pretérito fique preservado.
C. O tecido urbano consiste na organização das formas atuais das cidades, de forma que não apresenta relações com os padrões do passado da ocupação urbana. 
D. O tecido urbano reflete os processos que o espaço urbano enfrentou desde o início de sua ocupação e expansão ao longo do tempo, sendo um reflexo das ações e dos atores envolvidos.
E. As formas urbanas que compõem a morfologia das cidades pouco interferem no funcionamento do tecido urbano, pois este está relacionado somente ao sistema de parcelamento do solo.
3. Os setores urbanos das cidades representam a forma como o espaço urbano foi e é organizado ao longo do tempo, de acordo com as atividades e os interesses econômicos, políticos e sociais.
A respeito do que representam os setores urbanos para o estudo da morfologia urbana, assinale a opção correta.
A. Os setores urbanos representam a segmentação do espaço geográfico por questões administrativas, sem relações com a dinâmica da cidade.
B. A segmentação do espaço urbano em setores tem por objetivo compreender os processos que ali ocorreram e facilitar seu entendimento.
C. Os setores urbanos representam a divisão do espaço urbano em áreas que atendam a interesses econômicos e políticos.
D. A segmentação da cidade em setores urbanos tem por objetivo conferir maior mobilidade aos fluxos de bens, serviços, pessoas e capitais.
E. Os setores urbanos nascem de forma espontânea, de acordo com os interesses sociais, e o poder público organiza-os para as demandas da população.
4. A especulação imobiliária consistiu em um dos grandes motores da transformação da morfologia urbana, pois selecionava os usuários da cidade de acordo com o capital.
A respeito da atuação da especulação imobiliária na construção do espaço urbano, assinale a alternativa correta.
A. A especulação imobiliária foi responsável por segmentar o espaço urbano em setores, de acordo com as atividades econômicas, sem impacto nos aspectos sociais.
B. A especulação imobiliária contribuiu para a segmentação do espaço, a partir do momento em que a valorização das áreas mais próximas ao centro expulsou a população de baixa renda para as periferias.
C. A valorização das áreas centrais em detrimento das áreas periféricas foi promovida pela ascensão do transporte público, especialmente a ferrovia, sendo um fenômeno espontâneo.
D. A especulação imobiliária contribuiu de forma significativa na morfologia da cidade, pois ordenou o espaço urbano de forma que todas as classes sociais passaram a ter acesso igualitário às áreas centrais.
E. A especulação imobiliária promoveu a valorização das áreas periféricas, de forma que desvalorizou as áreas mais próximas do centro, conferindo uma nova morfologia urbana.
5. O parcelamento do solo urbano refere-se à forma como as terras foram divididas, como a dimensão dos lotes e a previsão de vias, entre outros aspectos.
Considerando que o parcelamento do solo, de seu período inicial até os dias atuais, é responsável por muitos problemas urbanos, assinale a alternativa correta.
A. A preocupação com o parcelamento do solo urbano pelo Estado foi tardia, e com isso a divisão dos terrenos em muitas cidades ocorreu de forma desordenada, especialmente na periferia, causando problemas como ocupações em áreas de risco e mobilidade urbana.
B. O parcelamento do solo urbano constitui-se em uma política governamental desde a época colonial, quando as terras foram divididas em quarteirões e vias foram traçadas de forma que comportassem a evolução dos fluxos até os dias atuais.
C. O Estado sempre coordenou o parcelamento do solo urbano, de forma que as cidades, nos dias atuais, apresentam uma excelente mobilidade e acessibilidade, além da formação de um tecido urbano uniforme.
D. A morfologia das cidades atuais demonstra que as políticas relacionadas ao parcelamento do solo urbano foram muito eficazes, já que contribuíram para o crescimento das cidades de forma igualitária, oferecendo oportunidade para todos.
E. O parcelamento do solo urbano contribuiu para a melhor organização do espaço das cidades, dividindo-a em setores, de forma a facilitar o trânsito de pessoas, mercadorias, serviços e capitais.
Episódio III - Redes Urbanas1. As primeiras cidades, nos primórdios da civilização, surgiram a partir do período paleolítico e neolítico. Essas cidades foram originadas devido a uma série de acontecimentos que provocaram algumas mudanças estruturais e funcionais importantes.
Sobre essas mudanças, pode-se afirmar que:
A. A partir da geração dos excedentes agrícolas e da comercialização por um grupo emergente e especializado, houve a divisão do trabalho e o surgimento das classes sociais, que contribuíram na segregação e na formação das cidades.
B. A partir da reunião de indivíduos para fins religiosos, os primeiros núcleos urbanos foram criados e a formação das protocidades ocorreu em função do comércio religioso.
C. Os primeiros núcleos urbanos, precursores das cidades, surgiram a partir da reunião de diversos grupos tribais, que viviam em áreas mais afastadas, em busca de proteção contra os perigos das florestas.
D. As protocidades surgiram a partir do momento em que o comércio religioso se fortaleceu, mediante o aprimoramento das técnicas de artesanato, com peças de melhor qualidade e a difusão do artesanato nas vilas vizinhas.
E. A segregação das cidades, em função da divisão do trabalho, ocorreu após a revolução industrial, com a definição da divisão das classes sociais, e devido às diferenças de renda, houve a separação da população urbana e rural.
2. O espaço urbano é um espaço fragmentado e articulado, reflexo, condicionado pelas relações sociais, ou seja, é um produto social, resultado de ações acumuladas através do tempo e realizadas por agentes que produzem e consomem espaço. 
Nesse sentido, considerando os agentes do espaço urbano e seus reflexos na cidade, é correto afirmar: 
A. Apesar da complexidade da ação dos agentes que interferem no espaço urbano, este se mantém estável com o tempo, sem a necessidade de reorganização espacial ou incorporação de novas áreas para a sua expansão.
B. A ação dos agentes do espaço urbano é complexa, pois é dependente da dinâmica dos fluxos de pessoas, serviços, produtos e capitais, que determinam o ritmo das cidades, as suas necessidades e os seus conflitos sociais.
C. As cidades surgiram a partir das relações espaciais em que há a predominância de redes articuladas, produzidas por e para os interesses sociais, buscando sempre o bem-estar dos seus habitantes.
D. A produção do espaço urbano está relacionada aos interesses governamentais, que desde o surgimento das cidades se preocupou com o seu planejamento e a sua evolução em atendimento aos interesses sociais.
E. O espaço urbano é o reflexo das interações entre os diversos interesses que circulam pela cidade, especialmente os interesses sociais e culturais, que são a prioridade na organização das cidades e manutenção das redes urbanas.
3. As redes urbanas consistem em um conjunto de centros urbanos articulados entre si de maneira funcional, resultante de interações sociais no decorrer de um tempo histórico, e que tem por objetivo integrar toda a sociedade de um determinado espaço urbano, garantindo sua existência e reprodução.
Com relação às redes urbanas e ao espaço urbano, é correto afirmar:
A. O espaço urbano reúne os diferentes usos da terra e as regiões especializadas, como o centro da cidade, os locais destinados ao comércio e aos serviços, as áreas administrativas, industriais e residenciais, sem relação em rede entre os usos e entre outros espaços urbanos.
B. As várias funções existentes no espaço urbano promovem um comportamento fragmentado dos seus elementos, não havendo comunicação entre as funções nem o estabelecimento de redes.
C. As cidades e os espaços urbanos, ao mesmo tempo em que são fragmentados, são também articulados em função do fluxo de pessoas, serviços, produtos e capitais.
D. As relações espaciais integram somente o centro da cidade e as áreas onde o fluxo de capitais é mais intenso, deixando as outras funções fragmentadas no contexto do espaço urbano.
E. A dinâmica da cidade e dos fluxos funciona de forma integrada e em rede somente nos fluxos comerciais, enquanto que os outros elementos que compõem as cidades permanecem em seus espaços especializados de forma fragmentada.
4. Os centros urbanos apresentam características próprias que os tornam diferentes em suas funções, conferindo uma maior ou menor vocação para um grupo de atividades. Além disso, há também as diferenças econômicas, políticas, sociais e culturais que estão relacionadas à história de um lugar, e que influenciam nas estruturas das redes urbanas.
Sobre as estruturas das redes urbanas, marque a alternativa correta:
A. A estrutura dimensional trata das funções desempenhadas pelos centros urbanos de uma determinada rede e entre as redes urbanas.
B. A estrutura funcional consiste no tamanho do centro urbano em uma determinada rede, que revela o grau de concentração ou de dispersão da população e as atividades ali exercidas.
C. A estrutura espacial refere-se ao tamanho territorial de um determinado espaço geográfico, que vai interferir no funcionamento dos centros urbanos e nos fluxos de pessoas, serviços, produtos e capitais.
D. A estrutura funcional trata das funções desempenhadas pelos centros urbanos de uma determinada rede e entre as redes urbanas.
E. A estrutura dimensional refere-se na maneira como os centros urbanos e os fluxos de pessoas, serviços e capitais estão organizados no espaço geográfico.
5. A hierarquia urbana de uma rede urbana é estabelecida de acordo com as estruturas funcionais que as cidades têm, que conferem aos centros urbanos uma posição de destaque em uma rede urbana, exercendo sua influência em diversos níveis, como o econômico, o social, o político, o cultural, entre outros, polarizando toda uma rede urbana local, regional, nacional e mundial.
Sobre as hierarquias urbanas, marque a alternativa correta:
A. Até a década de 1980, a hierarquia urbana determinava o grau de importância de um centro urbano baseado em sua influência na rede, independentemente da hierarquia vertical, ou seja, centros muito importantes poderiam se relacionar com centros menos relevantes de forma direta.
B. As cidades, até a década de 1980, passaram a ser classificadas, segundo a sua hierarquia, em cidades globais, metrópoles nacionais, metrópoles regionais, capitais regionais e centros regionais.
C. Após a década de 1980, com a expansão tecnológica e a facilidade de comunicação em rede, a hierarquia urbana configurou-se de forma vertical, e os centros de maior influência só se relacionavam de forma direta com o centro urbano imediatamente abaixo.
D. A hierarquia clássica, vigente após a década de 1980, foi organizada da seguinte forma: metrópole nacional, metrópole regional, centro regional, centro local e vila.
E. Graças aos avanços tecnológicos, as relações hierárquicas passaram do formato vertical, em que os centros menores eram subordinados aos centros maiores, para um modelo mais interativo, em que o grau de influência passou a ser determinado por suas estruturas funcionais.

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