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Aula 8 - Ações Sustentáveis

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SUSTENTABILIDADE
AÇÕES SUSTENTÁVEIS
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Olá!
Nesta aula, você irá:
1. Analisar as questões relacionadas à sustentabilidade em relação às ações necessárias para a mudança do
cenário atual.
2. Reconhecer os benefícios trazidos por ela à sociedade.
1 Introdução
Desde o aparecimento da forma mais primitiva de vida na Terra, o planeta vem sofrendo alterações. Aquele
pequeno e rudimentar ser unicelular que evoluiu no rico meio de cultura representado pela enorme massa
líquida que hoje constitui os oceanos, ao encontrar condições favoráveis, por meio de um processo de divisão
simples, multiplicou-se até dominar praticamente todo o meio hídrico. Tal processo, embora aparentemente
simples, deu origem a uma cadeia de alterações no ambiente físico, químico e biológico, tornando-o cada vez
mais adequado para organismos mais complexos que, por meio da seleção natural, sobreviveram ou
desapareceram ao longo do processo evolutivo (Mucci, 2005).
Segundo o mesmo autor, se a própria evolução biológica é responsável por alterações consideráveis na estrutura
do planeta, por que o aparecimento da espécie humana é considerado como o marco do início da degradação
ambiental?
O que tem o Homo sapiens sapiens que aparece nesse cenário há apenas alguns milhões de anos, no pleistoceno,
de tão especial que, ao mesmo tempo que o torna apto a sobreviver em todas as regiões da Terra, faz dele o
maior poluidor entre todos os seres vivos?
Vamos descobrir juntos?
2 Ações sustentáveis
Segundo Mucci (2005), as respostas dos questionamentos introdutórios estão no fato de que, sendo dotado de
juízo, raciocínio e poder de abstração, o ser humano plasma o meio em que se encontra de modo a torná-lo
adequado à sua sobrevivência. De fato, não há nos dias de hoje, regiões da Terra em que ele não possa habitar.
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Além do mais, é necessário considerar que, embora a taxa de crescimento populacional esteja virtualmente
decrescendo em todos os lugares, em 1925 existiam apenas 2 bilhões de habitantes no mundo e estima-se que
em 2025 a população mundial chegará a 10 bilhões.
Nota-se que a população mundial será aproximadamente duas vezes maior que a atual. Esse fato é preocupante,
pois os seres vivos já consomem, no presente, algo em torno 40% do material orgânico produzido anualmente
pela atividade fotossintética vegetal.
O que acontece quando a população dobrar?
Desta forma, o atendimento das necessidades básicas de todo esse contingente humano atual e futuro exige e
exigirá cada vez mais a utilização de recursos do meio ambiente, alterando a maior parte dos ecossistemas o que
nos força a considerar a água, o ar e o solo não só como componentes da biosfera capazes de suportar uma
determinada biota, mas, principalmente, como recursos que podem e devem ser explorados, respeitando-se sua
capacidade de suporte e os aspectos culturais das regiões que ocupam.
Isto posto, os conceitos de sustentabilidade e crescimento econômico constituem temas emergentes. Uni-los é
uma tarefa árdua para economistas, políticos, empresários, ecologistas e população, visto que a preocupação das
elites que governam o país ou aqueles que estão à frente de grandes empresas com o meio ambiente é mínima ou
nenhuma, inclusive falta conscientização por parte da população (Oliveira Neto, 2008).
Segundo ainda o mesmo autor, na atualidade o problema principal é que essas discussões parecem míopes, pois
o conceito de sustentabilidade é muito mais abrangente do que apenas tratar do desmatamento, do derretimento
das geleiras ou das fontes alternativas de energia, pois a produção de bens e serviços, o consumo e a qualidade
ambiental estão hoje estreitamente ligados.
Cada vez mais, há a tendência à valorização e apreciação do meio ambiente como bem a integrar a produção e o
consumo de bens e serviços (FUNIBER, 2009).
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Segundo Granato e Oddone (2007 apud Funiber, 2009), ao aumentar o preço do meio ambiente, por exemplo,
pela via da aplicação de um imposto, a conduta de produtores e consumidores mudará “produzindo-se um uso
socialmente ideal dos recursos naturais”. Mas há a alternativa de o setor público incidir sobre o desenvolvimento
da produção de bens e serviços ambientais a partir do estabelecimento de regulamentações para prevenção e
combate à contaminação ou mediante incentivos à produção de tais bens e serviços.
Conforme Funiber (2009), tendo em conta que a sustentabilidade está especialmente relacionada ao consumo de
bens ambientais capazes de satisfazer as necessidades das atuais gerações sem prejudicar o direito ao consumo
e à satisfação de necessidades das gerações vindouras, cabe se perguntar como se traduzem em termos
econômicos esta preocupação e, em particular, “os direitos das futuras gerações”. É aqui que reside uma
fundamental contraposição entre a economia ambiental e a denominada economia do bem-estar.
Para que possamos começar a pensar numa reversão de valores para que efetivamente façamos ações em prol da
sustentabilidade, é necessário que indicadores nos forneçam informações do meio natural e socioeconômico
para a análise, que deve ser sistemática e relevante, no planejamento de um sistema de gestão ambiental.
Um indicador é uma informação processada, geralmente de caráter quantitativo, que gera uma noção clara e
acessível sobre um fenômeno complexo e sua evolução, de modo a dar uma ideia da situação em que ele se
encontra, podendo-se estabelecer, então, qual a diferença existente entre seu estado em relação à ideal situação
(Comissão Nacional de Meio Ambiente, 1999).
Os indicadores são instrumentos auxiliares na avaliação e no acompanhamento de um projeto no decorrer do
tempo. Por exemplo, indicam o grau de conservação de uma região, a qualidade ambiental de uma área urbana
(FUNIBER, 2009).
A seguir, alguns indicadores muito úteis nos planos de ação da gestão do meio ambiente e dos espaços naturais
em diversas escalas de gestão territorial, segundo FUNIBER (2009):
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Fique ligado
Por exemplo, no âmbito econômico, o PIB é um indicador de evolução da economia de um país,
reunindo informação sobre processos produtivos, riqueza, empregos, etc.
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Programa de monitoramento de planos de ação específicos, que permitem o acompanhamento de um
plano de proteção, de recuperação e de introdução de espécies da flora e fauna, de um plano de educação
e de sensibilização ambiental e de outros planos de ação que façam parte dos planos de gestão.
Neste caso são escolhidos os parâmetros de diversas índoles que detectem mudanças ocorridas,
sistematiza-se o acompanhamento desses parâmetros, identificando-se as causas provocadoras da
mudança, modificando-se e complementando-se assim as propostas de gestão.
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Programas de acompanhamento biológico, que têm como principal objetivo o monitoramento do estado
em que se encontram as populações de fauna e flora de uma determinada área natural, num período de
tempo o mais dilatado possível, e sob uma metodologia padronizada.
Mediante sua implementação pode-se manter atualizada uma base de dados (Sobre as mudanças na
abundância dos seres vivos e as mudanças na estrutura e na composição das populações.) para
identificar alterações nos parâmetros estudados, e determinar em que fase do ciclo vital das espécies de
organismos vivos estudados ocorrem as mudanças.
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Programas de acompanhamento socioeconômico, que visam o monitoramento das características
apresentadas pela população humana na área natural, ou em suas proximidades, num dilatado período
de tempo e sob uma metodologia padronizada.
Contemplam o acompanhamento de parâmetros relacionados com a situação socioeconômica da
população, com a mudança de usos do solo e com o aproveitamento de recursos naturais (atividades
cinergéticas, piscícolas, de coleta, de lazer e de visita, entre tantas outras).
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Programas de controle de impacto que buscam como objetivo destacar mudanças de parâmetros
biológicos e ambientais, produzidos geralmente por problemas de origemou indução humana em escala
global (diminuição do ozônio na estratosfera, chuva ácida) e em âmbito local e regional (contaminação
de um rio, erosão de uma bacia hidrológica, etc).
São também úteis na gestão de espaços naturais, mas apresentam maior importância em nível
suprarregional, ajudando na coordenação de políticas e de planos de gestão em âmbito nacional e
internacional.
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O uso de indicadores como instrumentos para a gestão e para a tomada de decisões políticas é uma prática
habitual em setores como o da economia, da sociologia, da educação, etc. No terreno ambiental e no âmbito dos
países da União Europeia, o desenvolvimento de planos nacionais de política ambiental teve início nos anos 80,
momento em que surgiu a necessidade de se por em prática a utilização de instrumentos que avaliassem a
situação do meio ambiente (Funiber, 2009).
Segundo ainda o mesmo autor, a história do desenvolvimento de indicadores ambientais teve início oficial na
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Natural e Desenvolvimento, quando se produziu um consenso geral a
respeito da necessidade de avançar para a implementação da sustentabilidade.
Para presenciarmos os benefícios que a sustentabilidade pode trazer para a nossa vida, temos que praticar a vida
de forma mais sustentável.
Para entender melhor isso, vamos ler o texto de Miller Junior (2007):
“É preciso haver cidadãos e líderes alfabetizados no aspecto ambiental para construir sociedades
sustentáveis e justas. A maioria dos ambientalistas acredita que aprender a viver de maneira mais
sustentável requer educação ambiental”.
Desenvolver o respeito ou reverência a todas as formas de vida.
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Entender o máximo possível sobre como a Terra funciona e se sustenta e usar esse conhecimento para guiar
nossas vidas, comunidades e sociedades.
Buscar conexões dentro da biosfera e entre ela e nossas ações.
Usar as habilidades de raciocínio crítico para perseguir a sabedoria ambiental em vez de sermos recipientes
repletas de informações ambientais.
Compreender e avaliar nossa visão de mundo ambiental e entendê-la como um processo de longa duração.
Aprender e avaliar as consequências benéficas e maléficas para a Terra de nossas escolhas de estilo de vida e
profissão, hoje e no futuro.
Fomentar o desejo de fazer do mundo um lugar melhor e agir para tanto.
Eles citam os principais objetivos da educação ambiental ou alfabetização ecológica:
Segundo o educador ambiental, Mitchell Thomashow, quatro perguntas básicas estão no âmago da alfabetização
ambiental:
Primeira De onde vêm as coisas que consumo?
Segunda O que sei sobre o lugar onde vivo?
Terceira O quanto estou preocupado com a Terra e com outros seres vivos?
Quarta
Qual o meu propósito e minha responsabilidade como ser
humano?
A maneira como respondemos a essas quatro perguntas determina nossa identidade ecológica. Quais são suas
respostas?
Além do aprendizado formal, precisamos aprender com o contato direto com a natureza. Temos que ter um
senso de reverência, admiração, mistério e humildade ao ficarmos sob as estrelas, sentados no meio de uma
floresta ou observando a majestade e o poder do oceano, pois isso é o que realmente temos na vida. Pense que
bens materiais não são eternos e que pessoas não são passíveis de posse. Já a natureza, faz parte de nossa vida e
do que somos como seres vivos...
Saiba mais
Para saber mais, assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ML71aObeRbg
https://www.youtube.com/watch?v=ML71aObeRbg
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O que vem na próxima aula
Conceitos de consumo consciente.
As vantagens e desvantagens do consumo consciente no contexto social atual.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• reconheceu as principais ações sustentáveis;
• analisou os impactos do crescimento populacional para o meio ambiente.
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	Olá!
	1 Introdução
	2 Ações sustentáveis
	1
	2
	3
	4
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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