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MAPA - PENAL GERAL - LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO 2021

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LEI PENAL NO TEMPO
ANTERIORIDADE DA LEI PENAL
P. da Legalidade = P. da Reserva Legal ou da Estrita Legalidade + P. da Anterioridade
CP, Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
REGRA: Tempus regit actum (o tempo rege o ato) - aplica-se a lei vigente ao tempo da conduta (ato). 
EXCEÇÃO: sempre em benefício do réu, poderá haver a aplicação de leis que não estavam vigentes à época dos fatos.
Retroatividade da lei penal benéfica (abolitio criminis e novatio legis in mellius).
CF, Art. 5º, XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. 
Artigo 9º da Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Ninguém pode ser condenado por ações ou omissões que, no momento em que forem cometidas, não sejam delituosas, de acordo com o direito aplicável. Tampouco se pode impor pena mais grave que a aplicável no momento da perpetração do delito. Se depois da perpetração do delito a lei dispuser a imposição de pena mais leve, o delinquente será por isso beneficiado.
Ex.: Numa determinada data é praticada a conduta A, típica, com pena de reclusão prevista de 4 a 8 anos. Passado algum tempo, surge uma nova lei, Lei Y, que dispõe que a conduta A agora tem pena de 2 a 4 anos de reclusão. O julgamento do agente será em data posterior e a lei a ser aplicada deverá ser a Lei Y. A conduta foi praticada num momento em que a lei era mais grave, mas quando ele foi julgado tinha surgido uma lei penal mais branda que beneficiou a situação do agente. 
Ex.: Numa outra situação, o agente já tinha sido julgado quando a nova lei, mais branda, surgiu e comina a conduta A com pena de 2 a 4 anos de prisão. O agente já tinha sido condenado, a sentença é irrecorrível, ele já está cumprindo pena há 4 anos. Mesmo já estando na fase de execução a pena, o agente será beneficiado. A lei benéfica retroage, aplica-se a fatos ocorridos antes da sua vigência.
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL
a) Abolitio criminis 
Uma conduta que era considerada crime, não é mais (nova lei revogadora).
Supressão da conduta criminosa torna o fato atípico. Lei descriminalizadora.
CP, Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
Natureza jurídica: Causa Extintiva da Punibilidade
Art. 107. Extingue-se a punibilidade: 
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
Ex.: adultério.
Adultério
Art. 240 (Revogado) - Cometer adultério:              
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses.
Porque praticou o adultério na época que era crime, então para este, exclui-se não a tipicidade e sim a punibilidade.
São duas as condições para abolitio criminis: 
- revogação do tipo penal
- supressão material da conduta (a conduta que era considerada crime, deixa de ser). 
Efeitos da Abolitio Criminis:
CP, Art. 2º... cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
REGRA: Cessa os Efeitos Penais da Condenação
· Primários – imposição da sanção penal e sua execução forçada.
· Secundários – maus antecedentes/reincidência circunstâncias desfavoráveis à conversão da pena.
EXCEÇÃO: não cessa os Efeitos Extrapenais da Condenação (efeitos civis)
· Genéricos – automáticos, não precisa motivar na sentença.
- Obrigação de Reparar o Dano
- Perda de Bens em favor da União, os que sejam provenientes do crime.
· Específicos – não automáticos, devem ser motivados na sentença.
- Perda de cargo/função pública ou mandato eletivo;
- Perda do Pátrio Poder;
- Perda da CNH.
Princípio da continuidade normativa (continuidade típico-normativa)
Alteração geográfica (topográfica) do tipo penal.
O tipo penal é revogado, entretanto, a conduta descrita passa a ser disciplinada por outro tipo penal. 
Ex.: atentado violento ao pudor foi revogado.
Atentado violento ao pudor             
Art. 214 (Revogado) - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal:
Pena - reclusão de dois a sete anos
Estupro
Art. 213 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal: 
Pena – reclusão, de seis a dez anos. 
b) Novatio legis in mellius/Lex mitior (nova lei mais benéfica) – lei atenuante/diminuição. 
Não respeita coisa julgada.
Situação hipotética: Um crime foi praticado durante a vigência de lei que cominava pena de multa para essa conduta. Todavia, no decorrer do processo criminal, entrou em vigor nova lei, que, revogando a anterior, passou a atribuir ao referido crime a pena privativa de liberdade. Assertiva: Nessa situação, deverse-á aplicar a lei vigente ao tempo da prática do crime.
Efeitos da Novatio legis in mellius:
CP, Art. 2º Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 
REGRA: a LEI não prejudica direito adquirido, ato jurídico perfeito, coisa julgada.
EXCEÇÃO: a LEI nova que aboliu a pena, não respeita coisa julgada.
Cessa a Execução. Se estiver cumprindo pena, esta tem que ser extinta.
A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, não se aplicará aos fatos anteriores, desde ainda que condenado por sentença condenatória transitada em julgado.
Lei posterior benéfica em período de vacatio legis
Lei posterior benéfica foi publicada, mas ainda não se encontra em vigor não pode ser aplicada durante o período de vacatio legis para beneficiar o réu, porque ela pode vir a ser revogada durante a vacatio legis.
Dúvida se a nova lei beneficia ou prejudica
E quando houver dúvida se a nova lei beneficia ou prejudica o réu, a doutrina entende que o próprio réu pode ser consultado para escolher aquela lei que entende lhe ser mais favorável.
Qual o juízo competente para aplicar a abolitio criminis e a lei mais favorável? 
1) Durante o inquérito policial e durante a ação penal que se encontre na em primeira instância – Compete ao juiz natural do 1º grau de jurisdição; 
2) Durante ação penal que se encontre em fase de recurso – Compete ao Tribunal; 
3) Durante a fase de execução da pena, após o trânsito em julgado da condenação criminal – Compete à Vara de Execuções Criminais.
Súmula 611 STF: Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a aplicação da lei mais benigna.
Jorge foi condenado, definitivamente, pela prática de determinado crime, e se encontrava em cumprimento dessa pena. Ao mesmo tempo, João respondia a uma ação penal pela prática de crime idêntico ao cometido por Jorge. Durante o cumprimento da pena por Jorge e da submissão ao processo por João, foi publicada e entrou em vigência uma lei que deixou de considerar as condutas dos dois como criminosas. Ao tomarem conhecimento da vigência da lei nova, João e Jorge o procuram, como advogado, para a adoção das medidas cabíveis. Com base nas informações narradas, como advogado de João e de Jorge, você deverá esclarecer que poderá buscar a extinção da punibilidade dos dois, fazendo cessar todos os efeitos penais da condenação de Jorge, mas não os extrapenais (efeitos civis). Não podendo ser considerada para fins de reincidência ou maus antecedentes.
Lex tertia – A 3ª Lei (combinação de leis penais) 
Segundo o entendimento majoritário predominante, a combinação de leis penais não é admissível. Nem para beneficiar e nem para prejudicar o réu, é possível combinar duas leis penais. 
Ex.: Lei “A” – pena de reclusão de 2 a 4 anos, sem multa 
 Lei “B” – pena de reclusão de 1 a 3 anos, com multa.
Nesse caso, portanto, a Lei B será aplicada, por ser mais benéfica, aplicando-se também a pena de multa.
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL BENÉFICA X IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL GRAVOSA
CF, Art.5º XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Novatio Legis In Pejus – Não Retroage
Uma lei que determina que essa CondutaA passa a ser crime não pode retroagir para alcançar fatos ocorridos antes de sua entrada em vigor.
Notavio Legis In Mellius – Retroage
Uma lei nova benéfica ao réu retroage, alcançando fatos ocorridos antes de sua entrada em vigor.
Ultratividade da Lei Penal (regra O Tempo Rege o Ato)
Extratividade da lei penal divide-se em duas espécies: 
- retroatividade
- ultratividade.
A lei penal mais benéfica tem aplicação aos fatos ocorridos durante sua vigência mesmo após sua revogação.
A Conduta A é praticada sob a vigência da Lei X. Posteriormente, a Lei Y passa a determinar que a Conduta A, sendo, portanto, irretroativa. 
O julgamento do réu ocorrerá após a entrada em vigor da Lei Y, mas a Lei X será aplicada, pois o fato ocorreu antes que a Lei Y entrasse em vigor. 
Desse modo, a Lei X terá aplicação aos fatos ocorridos em sua vigência mesmo após sua revogação – sendo considerada ultra-ativa. 
A ultratividade, portanto, está ligada à irretroatividade. Quando há irretroatividade em uma lei, há também a ultratividade em outra lei. 
CRIME CONTINUADO VS CRIME PERMANENTE 
Crime continuado: é quando dois ou mais crimes/ações (reiteração de condutas delitivas) da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar e modo de execução, os subsequentes são considerados continuação do primeiro. Nesse caso, o réu responderá por apenas um crime.
Ex.: todos os dias José furta do supermercado que trabalha R$50,00 durante vinte dias. Ele cometeu vinte crimes de furto, o crime perdura ao longo do tempo. Mas aqui vai responder só por um crime com exasperação de 1/6 a 2/3 da pena. 
CP, Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
Crime permanente: é um crime cuja consumação se prolonga no tempo.
Ex.: sequestro está sendo consumado ao longo do tempo.
. 
Súmula 711 STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Supondo que um crime continuado ou permanente comece a ser praticado durante a vigência de uma lei mais branda, caso seja criada uma nova lei, mais gravosa, o réu será julgado considerando-se a nova lei.
A superveniência de lei penal mais gravosa que a anterior não impede que a nova lei se aplique aos crimes continuados ou ao crime permanente, caso o início da vigência da referida lei seja anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
A lei penal mais severa aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente iniciados antes da referida lei, se a continuidade ou a permanência não tiverem cessado até a data da entrada em vigor da lex gravior.
Nos crimes permanentes e nos delitos praticados na forma continuada, sobrevindo lei nova mais severa durante o tempo de ocorrência do crime, não pode ela ser aplicada diante do princípio previsto no art. 5º, XL, da CF que é expresso ao prever que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA 
CP, Art. 3º A temporária, embora decorrido o período de sua duração... aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 
Lei Temporária – lei que possui vigência pré-determinada (a própria lei determina o tempo de sua duração). 
Ex.: A Lei 12.663/2012 (vigência até 31/12/2014) e a Lei 13.284/2016 (vigência até 31/12/2016), que traziam condutas criminosas para proteger bens materiais e imateriais da FIFA e da Organização dos Jogos Olímpicos.
As leis temporárias criminalizam um fato apenas durante um período determinado. Caso a conduta seja praticada durante o período de vigência da lei temporária, pode ocorrer de o julgamento acontecer somente após sua vigência. Nesse caso, se fosse aplicada a retroatividade da lei, o agente ficaria impune. 
Nas disposições penais da Lei Geral da Copa, foi estabelecido que os tipos penais previstos nessa legislação tivessem vigência até o dia 31 de dezembro de 2014. Considerando-se essas informações, é correto afirmar que a referida legislação é um exemplo de lei penal temporária.
Lei temporária estabelece que constitui delito a venda de bebidas alcoólicas no raio de dois quilômetros dos locais destinados à realização da Copa América no Brasil. Considerando hipoteticamente que João pratique tal delito no período de vigência da lei em comento, em suma, o juiz poderá condená-lo após o prazo de vigência da lei temporária, dado que o delito ocorreu durante a vigência desta.
A lei temporária aplicar-se-á ao fato praticado durante sua vigência, desde que dentro do período de sua duração mesmo que seja depois da sua revogação. 
Lei Excepcional – lei editada em razão de algum evento excepcional (anormal). Têm um prazo de vigência mas não é determinado, é enquanto perdurar a situação excepcional.
Ex.: calamidade pública, guerra, período de racionamento. 
O artigo 3º do Código Penal dispõe: “a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência”. O referido artigo prevê o fenômeno da ultra-atividade da lei.
Nem em caso de lei excepcional ou temporária é possível punir o agente pelo cometimento de um crime, ainda que lei posterior deixe de considerá-lo infração penal. 
Características 
a) Autorrevogáveis – a própria lei temporária determina a data de sua revogação; a lei excepcional traz em seu texto a informação de que terá validade enquanto perdurar a situação que a determinou. 
b) Ultra-ativas – leis temporárias e excepcionais serão aplicadas aos fatos ocorridos em sua vigência mesmo após terem sido revogadas.
A lei penal benéfica é ultra-ativa, porque depois surge uma lei mais gravosa, que é irretroativa. 
No caso das leis temporárias e excepcionais, no entanto, essa ultratividade é gravosa – são ultra-ativas ainda que para prejudicar o réu. 
CP, Art. 3º A lei excepcional ... embora cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
LEI PENAL INTERMEDIÁRIA
Considerando que o réu, tendo praticado a Conduta A durante a vigência da Lei X, e sendo julgado apenas durante a vigência da Lei Z, será julgado de acordo com a Lei Y, pois esta é a mais benéfica entre a conduta praticada e o julgamento. 
É a lei benéfica que teve vigência após a prática do ato, porém foi revogada antes do julgamento do réu. 
O STF entende que a lei intermediária pode ser utilizada para beneficiar o réu. 
TEMPO DO CRIME
	Lei penal no tempo
	Tempo do crime
	É estudo das alterações legislativas, que se tem ao longo do tempo, para saber qual lei se aplica a determinado fato.
	É saber em que momento se considera praticado determinado delito.
O estudo do tempo do crime é saber em que momento se considera praticado determinado delito.
TEMPO DO CRIME
REGRA: Teoria da Atividade: momento da conduta (ação/omissão), ainda que outro seja o resultado.
Aplica-se a lei penal vigente no momento do crime e que não tenha sido revogada no momento do julgamento.
TEORIAS 
Existem três teorias para responde quando é considerado o tempo do crime: 
1) Teoria da atividade: considera-se praticado o crime no momento da ação ou da omissão. 
2) Teoria do resultado: considera-se praticado o crime no momento em que ocorre a consumação do delito. 
3) Teoria mista ou da ubiquidade: o momento do crime é tanto o da conduta quanto o do resultado. 
No que se refere ao 'tempo do crime', três são as teorias determinantes. São elas: a teoria da atividade; a teoria do resultado e, por fim, a teoria mista. Diante disso, pode-se dizer que o direito penal brasileiro adotou a teoria do resultado (artigo 4º do Código Penal).
CP, Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro sejao momento do resultado.
Como decorrência da adoção da teoria da atividade temos que: 
1) Será aplicada a lei penal vigente ao tempo da conduta, a menos que venha a surgir novatio legis in mellius; 
O homicídio simples pena de reclusão de 6 a 20 anos (Art. 121 CP). 
No dia 1/Abr/2020, João dispara contra Marcos e Marcos permanece no hospital durante três meses, vindo a falecer somente no dia 1/Jul/2020, e, nesse tempo, surge uma nova lei e o crime de homicídio simples, agora, terá pena de reclusão de 10 a 25 anos.
Isso não valerá para João, porque o CP adota a teoria da atividade, considera-se praticado crime no momento em que há ação ou omissão, independentemente, do tempo do resultado. 
Portanto, se no meio tempo entre a ação e o resultado, surge uma nova lei gravosa ao réu, ela não será aplicada, porque o tempo do crime foi praticado na conduta. Entretanto, se a nova lei vir a beneficiar o réu, novatio legis in mellius, aplica-se essa nova lei benéfica, em razão da regra da retroatividade da lei penal.
2) É no momento da conduta que se apura a imputabilidade do agente.
Marcelo, um dia antes de completar 18 anos, disfere facadas contra João. No dia seguinte João morre. Nessa situação, embora o resultado tenha ocorrido quando Marcelo completou 18 anos de idade, o momento da conduta foi quando ele ainda tinha 17 anos. 
Portanto, Marcelo não será responsabilizado pelo homicídio, porque a ação ou a omissão ocorreu quando ele era menor de idade, mas responderá por um ato infracional análogo ao crime de homicídio. 
No dia 02/01/2018, Jéssica, nascida em 03/01/2000, realiza disparos de arma de fogo contra Ana, sua inimiga, em Santa Luzia do Norte, mas terceiros que presenciaram os fatos socorrem Ana e a levam para o hospital em Maceió. Após três dias internada, Ana vem a falecer, ainda no hospital, em virtude exclusivamente das lesões causadas pelos disparos de Jéssica. Com base na situação narrada, é correto afirmar que Jéssica: não poderá ser responsabilizada criminalmente, já que o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o momento do crime e a Teoria da Ubiquidade para definir o lugar.
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
OBS.: no que concerne o termo inicial da prescrição, o CP (art. 111, I) adotou a teoria do resultado.
LUGAR DO CRIME
Onde ocorreu o crime.
TEORIAS
1) Teoria da atividade: lugar do crime é aquele em que foi praticada a conduta. 
2) Teoria do resultado: lugar do crime é aquele em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
3) Teoria mista ou da ubiquidade: lugar do crime é tanto aquele em que ocorreu a conduta, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Teoria mista ou da ubiquidade (adotada pelo CP)
Teoria da Atividade + Teoria do Resultado: local da conduta (ação/omissão) ou no local do resultado.
Aplica-se SEMPRE a lei brasileira, se a conduta aconteceu no Brasil e o resultado no estrangeiro, ou se a conduta aconteceu no estrangeiro e o resultado no Brasil.
CP, Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
ATENÇÃO!!
Não confunda lugar do crime com competência para apuração do crime.
Competência para apuração do crime será estudado no CPP. 
1) A relevância do lugar do crime se dá nos crimes a distância/de espaço máximo, nos quais a conduta é praticada em determinado país e o resultado se produz em outro. 
Se a conduta é praticada no Brasil, mas o resultado se verifica em outro país, aplica-se a lei penal brasileira. 
Se a conduta é praticada em outro país, mas o resultado se verifica no Brasil, ou deveria se verificar no Brasil, pode-se aplicar a lei penal brasileira. 
· CRIMES A DISTÂNCIA/DE ESPAÇO MÁXIMO – percorre dois países soberanos. TEORIA DA UBIQUIDADE.
· CRIMES EM TRÂNSITO – percorre mais de dois países soberanos. Conflito internacional de jurisdição. TEORIA DA UBIQUIDADE.
· CRIMES PLURILOCAIS: percorre duas ou mais comarcas. Conflito interno de jurisdição. JUIZ DO LOCAL DA CONSUMAÇÃO. TEORIA DA UBIQUIDADE
2) Não confunda “lugar do crime” com as regras de competência do processo penal, para crimes que ocorrem dentro do território brasileiro.
LUTA
Lugar do crime - teoria da Ubiquidade
Tempo do crime - teoria da Atividade
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, excluindo-se (bem como) o lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, exceto se em outro local produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Quanto ao lugar do crime, o sistema penal brasileiro adotou a teoria da ubiquidade ou da unidade ou mista - art. 6º do Código Penal, excluindo-se da lei nacional, os atos preparatórios que não configurem início de execução.
OBS.: No iter criminis os atos preparatórios não são puníveis.
LEI PENAL NO ESPAÇO
CP, Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar (território nacional) em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Qual o campo de aplicação do Direito Penal brasileiro? 
Lugar do crime: a conduta deve ser praticada no Brasil ou, pelo menos, o resultado tem que se verificar no Brasil, ou deveria se verificar no Brasil, para que se venha a adotar e aplicar a Lei penal brasileira. 
TERRITORIALIDADE (adotado pelo CP)
REGRA: o princípio aplicável à Lei penal no espaço é o P. DA TERRITORIALIDADE
CP, Art. 5º. Aplica-se a lei brasileira... ao crime cometido no território nacional. 
TERRITÓRIO NACIONAL 
1) Território físico (geográfico): espaço terrestre, marítimo, aéreo, incluindo rios, lagos, baías, ilhas e tudo que o compõe. 
2) Mar territorial e seu espaço aéreo correspondente: faixa de 12 milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continente e insular.
OBS.: alguns doutrinadores têm o entendimento de que seriam 200 milhas náuticas, o correspondente à Zona Exclusiva de Exploração Econômica. Entretanto, o mais pacífico é de que seriam 12 milhas náuticas. 
Como regra, são submetidos à lei brasileira os crimes cometidos dentro da área terrestre, do espaço aéreo e das águas fluviais e marítimas.
3) Território brasileiro por extensão (território jurídico): Art. 5º, § 1º, CP. 
Para fins de Direito Penal, o conceito de território não se restringe à área limitada pelas fronteiras brasileiras.
CP, Art. 5º § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
Às embarcações brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem, será aplicada a Lei penal brasileira.
Aplica-se a lei penal brasileira aos crimes praticados em aeronave pública brasileira ainda que esteja em território estrangeiro.
Consideram-se extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.
A bordo de um avião da Força Aérea Brasileira, em sobrevoo pelo território argentino, Andrés, cidadão guatemalteco, disparou dois tiros contra Daniel, cidadão uruguaio, no decorrer de uma discussão. Contudo, em virtude da inabilidade de Andrés no manejo da arma, os tiros atingiram Hernando, cidadão venezuelano que também estava a bordo. Nessa situação, em decorrência do princípio da territorialidade, aplicar-se-á a lei penal brasileira.
 A embarcações ou aeronaves brasileiras, de natureza privada ou mercante, também poderá ser aplicada a lei penal brasileira nas seguintes situações: 
• Se estiverem no Brasil (território,espaço aéreo correspondente ou no mar territorial); 
• Se estiverem no alto mar (território de ninguém) e no espaço aéreo correspondente.
Para os efeitos penais consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
É aplicável a lei brasileira aos crimes praticados à bordo de embarcações estrangeiras de propriedade privada que se encontrem em alto-mar.
- embarcação brasileira de propriedade privada que se encontra em alto-mar, aplica-se a Lei penal brasileira. 
- embarcação estrangeira, de propriedade privada, que se encontre em alto-mar, não se aplica a Lei penal brasileira.
Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza privada onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras mercantes, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar;
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
A embarcações e aeronaves estrangeiras de natureza privada, será aplicada a lei penal brasileira desde que elas estejam dentro do Brasil ou do mar territorial do Brasil.
É aplicável a (lei brasileira) do país de procedência aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
É aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou em alto-mar (mar territorial).
EXCEÇÕES 
CP, Art. 5º. ... sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional... 
Em respeito a convenções, tratados e regras de direito internacional:
- crimes praticados em outros países, mas nos quais, mesmo assim, será aplicada a Lei penal brasileira. 
- crimes dentro do território nacional, nos quais não se aplicará a Lei penal brasileira. 
PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE TEMPERADA OU MITIGADA
É o princípio adotado pelo DP, porque a teoria da territorialidade não é uma territorialidade absoluta, porque existem exceções. 
A legislação penal brasileira não adota o princípio da territorialidade absoluta e sim princípio da territorialidade temperada ou mitigada.
Com relação à aplicação da lei penal no espaço, a lei penal brasileira adota o princípio da territorialidade, de forma absoluta.
São as exceções: 
1) Extraterritorialidade (Art. 7º, CP) - crimes cometidos no exterior que serão responsabilizados de acordo com a Lei penal brasileira. 
São princípios empregados para solucionar a regra da extraterritorialidade: personalidade ou nacionalidade, domicílio, defesa, justiça universal, representação ou da bandeira.
Ex.: 
- Crime de estupro é cometido em um avião estrangeiro de natureza pública, a Lei penal brasileira não se aplica. 
- Crime de estupro é cometido em um avião estrangeiro de natureza privada, a Lei penal brasileira se aplicará. 
- Crime de homicídio é cometido dentro de um avião brasileiro de natureza privada, quando este sobrevoava território francês:
REGRA: não se aplicará a Lei penal brasileira. 
Isto, porque esta aeronave, em que pese, ser brasileira, era de natureza privada e estava sobrevoando outro país. 
EXCEÇÃO (EXTRATERRITORIALIDADE): Art. 7º CP, estabelece que, nessa situação, poderá ser aplicada a Lei penal brasileira se, cumpridos alguns requisitos, este crime não seja julgado na França. Neste caso, aplica-se a Lei penal brasileira.
2) Imunidades diplomáticas e de chefes de Estado – situações que estrangeiros cometem infrações penais no território brasileiro e não lhes será aplicada a Lei penal brasileira.
Ex.: se um diplomata estrangeiro agredir a esposa em território brasileiro, não será imputado a ele a Lei Maria da Penha. Ele responderá de acordo com as regras penais de seu país. 
OBS.: EMBAIXADAS não são extensão do país que representam. Apesar de invioláveis, em regra, os crimes praticados em embaixadas estrangeiras localizadas no Brasil terão aplicação da lei penal brasileira, salvo convenção ou tratado internacional. Portanto, quem possui imunidade é a pessoa, não o território da embaixada.
As embaixadas brasileiras são território nacional, mas, se, eventualmente, alguém que possui imunidade diplomática ou de chefe de estado venha a praticar o crime, seja na área da embaixada ou em qualquer lugar do território nacional, não será aplicada a Lei penal brasileira.
REGRA: aplica a lei brasileira. TERRITORIALIDADE
EXCEÇÃO: aplica lei estrangeira. No caso de agente com imunidade diplomática. INTRATERRITORIALIDADE
As embaixadas estrangeiras não são consideradas território estrangeiro, aplicando-se a lei brasileira nos crimes praticados no seu interior, salvo quando o autor for agente diplomático ou possua imunidade diplomática.
EXTRATERRITORIALIDADE 
São situações em que crimes são praticados fora do território nacional, mas que mesmo assim será aplicada a Lei penal brasileira. 
Extraterritorialidade 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:  
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA 
(Não precisa importar e homologar no Brasil sentença penal estrangeira).
I - os crimes: 
P. REAL/DA DEFESA/DA PROTEÇÃO 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
Homicídio; induzimento, instigação ou auxílio ou a automutilação.
Constrangimento; ameaça; perseguição; sequestro e cárcere privado.
o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes de injúria, calúnia e difamação praticados contra o Presidente da República do Brasil.
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes cometidos contra a vida ou o patrimônio do Presidente da República;
P. REAL/DA DEFESA/DA PROTEÇÃO 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município (administração direta), de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público (administração indireta);  
 o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
Ex. de crime contra a fé pública: falsificação de moeda (real brasileiro) em país estrangeiro. 
Ex. de crime contra o patrimônio: danificar propositalmente algum equipamento da embaixada brasileira.
Imagine que o Prefeito Municipal de Bauru, em viagem oficial ao exterior, tenha o computador pessoal que utiliza para trabalho – propriedade da Prefeitura, portanto – subtraído nas dependências do hotel em que se hospedava. Nesse caso, é correto afirmar que o furtador será punido pela Lei Penal Brasileira, ainda que eventualmente absolvido pela lei do país em que o furto ocorreu.
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
P. REAL/DA DEFESA/DA PROTEÇÃO 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;  
Obs.: são crimes funcionais os crimes praticados por funcionários públicos contra a administração pública.
 o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
P. DA PERSONALIDADE/NACIONALIDADEATIVA (brasileiro)
P. DO DOMICÍLIO (domiciliado no Brasil) 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;  
 o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
Ex.: agente brasileiro ou domiciliado no Brasil pratica crime de genocídio na Argentina aplica a lei penal brasileira.
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
II - os crimes:   
P. DA JUSTIÇA UNIVERSAL
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;  
Obs.: crimes para os quais o Brasil celebrou tratados internacionais são: tráfico de drogas e tráfico de pessoa.
a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:  
a) entrar o agente no território nacional;  
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado (Dupla Tipicidade);  
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição (lei de migração);
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.  
Ex.: se cumpridos alguns requisitos, pode-se aplicar a lei penal brasileira a crime de tráfico de drogas cometido por estrangeiros no exterior.
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir.
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, mas desde que presentes algumas condições (extraterritorialidade condicionada) (entrar o agente no território nacional; ser o fato punível também no país em que foi praticado; estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável), os crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir.
P. DA PERSONALIDADE/NACIONALIDADE ATIVA
b) praticados por brasileiro;  
a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:  
a) entrar o agente no território nacional;  
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado (Dupla Tipicidade);  
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição (lei de migração);
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.  
Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes praticados por brasileiro; mesmo que o fato não seja punível também no país em que foi praticado;
P. DA REPRESENTAÇÃO/DO PAVILHÃO/DA BANDEIRA
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.  
REGRA: aplica a lei penal estrangeira.
EXCEÇÃO: aplica a lei penal brasileira se lá não forem julgados.
a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:  
a) entrar o agente no território nacional;  
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado (Dupla Tipicidade);  
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição (lei de migração);
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.  
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA (aplica o art. 8º)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições (cumulativas):  
a) entrar o agente no território nacional;  
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado (Dupla Tipicidade);  
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição (lei de migração);
Ex.: praticou crime político no estrangeiro, não pode aplicar a extraterritorialidade condicionada, porque o Brasil não autoriza a extradição de crimes políticos. 
  
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;  (não aplica o art. 8º)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.  
EXTRATERRITORIALIDADE HIPERCONDICIONADA
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
a) entrar o agente no território nacional; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;  
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.  
Crime praticado por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil 
A lei penal brasileira pode alcançar desde que preenchidas as condições do art. 7º, §2º CP + condições do §3º CP. 
Pena cumprida no estrangeiro
CP, Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
Só se aplica a EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA: Se o agente foi punido ou absolvido no estrangeiro, pode se aplicar a lei penal brasileira.
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 
Ex.: PR brasileiro sofre tentativa de homicídio no estrangeiro, o EUA tem interesse em punir o agente e foi condenado e cumpriu a pena de reclusão 15 anos, e o Brasil também tem interesse e condenou a pena de reclusão de 25 anos. Como as penas são idênticas, computa-se, e no Brasil ele vai cumprir só reclusão de 10 anos.
O agente praticou subtração de patrimônio na embaixada do Brasil que fica na Índia, a Índia tem interesse em punir o agente e foi condenado e cumpriu pena de 20 chibatadas, e o Brasil também tem interesse e condenou a pena de reclusão de 10 anos. Como as penas são diversas, atenua-se, e no Brasil ele vai cumprir só reclusão de 6 anos.
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA: Se o agente já foi punido ou absolvido no estrangeiro, não pode se aplicar a lei penal brasileira.
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições (cumulativas):  
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;  
Ex.: brasileiro praticou o crime de tráfico de drogas em Portugal, e em Portugal foi condenado e cumpriu pena de 10 anos. Entrou no Brasil onde o tráfico de drogas é punido também, e também se autoriza a extradição, não foi perdoado em Portugal e não teve a sua pena extinta, porém já cumpriu pena no estrangeiro.
	EMBARCAÇÕES E AERONAVES
	BRASILEIRAS
	ESTRANGEIRAS
	PÚBLICAS OU A SERVIÇO DO BRASIL
	
PRIVADAS
	PÚBLICAS OU A SERVIÇO DO BRASIL
	
PRIVADAS
	
É território brasileiro em qualquer lugar que se encontre, no Brasil ou Exterior.
	
Se estiver em alto-mar (território de ninguém) ou no espaço aéreo brasileiro.
P. DA BANDEIRA
	
NUNCA será território brasileiro
	
Sobrevoando (só com intenção de pousar) ou em pouso, ou navegando (com ou sem a intenção de atracar) ou atracado em território brasileiro.
DIREITO DE PASSAGEM INOCENTE
Embarcação passando pelo território brasileiro, sem intenção de atracar, não se aplicaa lei penal brasileira.
Não se aplica a Aeronave.
EXTRATERRITORIALIDADE
A lei penal brasileira alcança crimes cometidos no estrangeiro.
Princípios:
1) P. DA NACIONALIDADE/PERSONALIDADE ATIVA
Aplica a lei do país a que pertence o sujeito ativo, não importa a nacionalidade da vitima, local do crime ou bem jurídico lesionado.
Brasileiro x Brasileiro ou não
2) P. DA NACIONALIDADE/PERSONALIDADE PASSIVO
Aplica a lei do país a que pertence o sujeito passivo
Brasileiro x Brasileiro ou não
3) P. DA DEFESA/REAL
Aplica a lei do país a que pertence o bem jurídico lesado ou risco de perigo de lesão (PATRIMÔNIO OU VIDA)
4) P. DA JUSTIÇA UNIVERSAL/DA JUSTIÇA COSMOPOLITA
Aplica a lei do país a que pertence o sujeito ativo
Crimes previstos em Tratados Internacionais e que exijam repressão uniforme.
EFICÁCIA DE SENTENÇA ESTRANGEIRA
É a eficácia da sentença penal condenatória estrangeira, ocorreu em outro país, situação que não será julgada no Brasil. 
É importar uma sentença penal condenatória estrangeira para o Brasil e não é necessário que se abra um novo processo aqui no Brasil poder cobrar a reparação do dano.
Só se aplica a EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
Não tem aplicação aos crimes de extraterritorialidade incondicionada (art. 7º, I, CP), uma vez que, nestes casos, o agente deve ser punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
CP, Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para:  
Só pode ser homologada depois do trânsito em julgado
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; 
Ex.: se um indivíduo for vítima de estelionato na Espanha, e o crime for julgado naquele país, sendo o agente condenado, em que pese a prisão, a vítima ainda terá sofrido um prejuízo. 
Portanto, pode-se pedir a restituição do valor roubado, do dano financeiro. Se o agente não tiver dinheiro na Espanha, mas tem um sítio no Brasil, não se pode pedir esse ressarcimento pelo tribunal da Espanha. Deve-se pegar essa sentença penal condenatória da Espanha para que seja homologada no Brasil. Assim, busca-se a reparação do dano no Brasil. Não é necessário que se instaure um novo processo no país.
A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, não pode ser homologada no Brasil para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis.
   
II - sujeitá-lo a medida de segurança. 
OBS.: a medida de segurança é aplicável ao inimputável, àquela pessoa que é doente mental, que não tinha o discernimento para a prática do ato e nem podia determinar- -se de acordo com esse entendimento. Logo, fala-se de uma pessoa que praticou um crime sem ter o discernimento para isso. Como essa pessoa não é um agente culpável, não se poderá imputar a ela uma pena. Portanto, o direito penal se vale de medidas de segurança.
Parágrafo único - A homologação depende: 
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada (a pessoa que sofreu o dano pede para poder pedir reparação no Brasil); 
A homologação de sentença estrangeira para obrigar condenado à reparação de dano requer a existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença.
A eficácia da sentença penal condenatória proferida no estrangeiro depende de homologação tanto para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis.
 
b) para os outros efeitos (inciso II), da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.
Súmula 420 STF: “Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do trânsito em julgado”.
São duas condições para homologar sentença estrangeira:
- produzir as mesmas consequências no Brasil
- trânsito em julgado de sentença estrangeira
COMPETÊNCIA PARA HOMOLOGAÇÃO DA SENTENÇA ESTRANGEIRA 
Antes: STF. Hoje compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ)
CF, Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;
STJ deverá fazer um mero exame formal, referente aos requisitos do artigo 788 do CPP, vai analisar os critérios formais que estão previstos no Código de Processo Penal, e não entra no mérito da causa, não vai analisar se efetivamente aquela pessoa que foi condenada praticou crime ou não. 
Essa homologação gera um título executivo judicial. Depois que o STJ homologa a sentença estrangeira no Brasil, pode-se executar diretamente. 
Reincidência 
CP, Art. 63. Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julga do a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. 
No Brasil, a reincidência ocorre da seguinte maneira: se um agente praticou um crime no dia 19/09/19, é condenado no dia 20/04/20, sendo que a sentença já transitou em julgado, e volta a cometer um novo crime no dia 20/09/2020, ele será reincidente.
Já se o primeiro crime foi praticado em outro país, sendo condenado no exterior, tendo também transitado em julgado, e depois comete um novo crime no Brasil, ele também será reincidente.
SENTENÇA CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO PROVENIENTE DO EXTERIOR PARA QUE SEJA CONFIGURADA A REINCIDÊNCIA
Jurisprudência: decidiu que não é necessária a homologação da sentença penal condenatória estrangeira para que seja configurada a reincidência do réu. 
Não é necessário homologar, mas é necessário provar que o agente foi condenado no estrangeiro. 
A sentença estrangeira deve ser traduzida, porque deve estar no vernáculo brasileiro, e apresentada em juízo.
A eficácia da sentença penal condenatória proferida no estrangeiro depende de homologação tanto para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis quanto para o reconhecimento da reincidência.
A sentença penal estrangeira, para que produza efeitos com referência à reincidência, deve ser homologada no Brasil.
CONTAGEM DO PRAZO
A contagem de prazo de Direito Penal é diferente da contagem de prazo de Direito Processual Penal. 
CP, Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum (calendário gregoriano). calendário forense
A contagem do prazo no DP (Direito Material) será incluída o dia de início.
Prisão e Decadência estão previstas no CPP, mas o prazo será contado de acordo com as regras do DP.
· Prisão; 
· Decadência (perda do direito de ação pelo ofendido, se verifica no Direito Penal em relação a crimes de ação penal privada); 
· Prescrição (perda do direito de punir do Estado em razão do tempo decorrido da prática do crime); 
· Livramento condicional
· Duração da pena.
Essas situações têm em comum que o quanto antes começar a contar o prazo, melhor para o réu. 
Já nos prazos de DPP, é interessante para o réu que eles sejam mais longos, porque ele terá um prazo maior para interpor recurso. 
O dia do começo inclui-se na contagem do prazo penal e tem relevância para as hipóteses de cálculo de duração da pena, do livramento condicional e da prescrição. Em todos esses casos, a contagem dos dias, meses e anos é feita pelo calendário gregoriano.
Termo inicial do prazo penal: qualquer que seja a fração do dia será computado como um dia inteiro. 
O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se as horas, os dias, os meses e os anos.
Não se computará no prazo o dia do crime, incluindo-se, porém, o do resultado.
O dia do começo e do vencimento deverão estar expressamente previstos em face do princípio da reserva legal (não se sabe ainda o dia do crime).
O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
Se for decretada a prisão temporária (prazo cinco dias) de um sujeito que foipreso na terça-feira às 23h59min, ainda assim se contabilizará a terça-feira como o dia de início. Então, no quinto dia esse agente deve ser solto, ou seja, ele deve ser solto na meia noite do sábado ou do domingo. 
Ele deve ficar preso até às 23 horas e 59 minutos de sábado, vindo a ser solto à meia noite de domingo, para que sejam cumpridos os cinco dias da prisão. 
Não importa se o dia de início ou do final era um dia útil ou não útil.
CPP, Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. 
§1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
No Direito Processual Penal não é incluído o dia de início.
Se for intimado na sexta, e o dia seguinte é um dia não útil, a contagem do prazo só vai começar no próximo dia útil.
Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
PRAZO EM DIAS 
Quando se fala em prazo em dias, a contagem é feita dia a dia. 
Portanto 30 dias não é um mês. Um mês pode ter 28, 30 ou 31 dias. 
Ex.: prisão temporária em crime hediondo, o prazo é de 30 dias. 
Se o agente for preso no dia 12/FEVo, em um ano que não é bissexto (28 dias), ele será solto no dia 13/MAR. 
Se essa prisão foi executada no dia 12 de dezembro, ela finalizará no dia 10 de janeiro. 
PRAZO EM MESES 
Quando se tem prazo em meses ou anos, será contado até o dia anterior ao dia em que foi iniciado o prazo. 
Ex.: se o sujeito for preso no dia 15/DEZ e condenado a pena de reclusão de um mês, essa prisão será executada até o dia 14/JAN. 
É o dia anterior ao dia da prisão.
PRAZO EM ANOS 
Quando se tem prazo em meses ou anos, será contado até o dia anterior ao dia em que foi iniciado o prazo. 
Ex.: se o sujeito foi condenado a 3 anos de prisão, o prazo vai se iniciar no dia 01/07/2019 e finalizará no dia 30/06/2022.
ATENÇÃO!!
Em bancas de concurso menores, entende-se que, quando se fala que incluirá o dia do começo do prazo, exclui-se o dia do vencimento. Entretanto não há esse dispositivo no Código Penal.
Algumas bancas de concurso afirmam que exclui-se, no Direito Penal, o dia do vencimento. Isso não é uma verdade, mas algumas bancas têm marcado como correto, devido ao prazo em meses e anos. Se aparecer essa assertiva na prova, marque como correto.
FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA
CP, Art. 11. Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia (horas, minutos, segundos), e, na pena de multa, as frações de cruzeiro (real). 
Ex.: Se o juiz estabelece uma multa de R$ 500,89; os 89 centavos serão desprezados. 
Ex.: Se na primeira fase da dosimetria da pena o juiz estabelece a pena-base em 10 dias, mas há uma causa de aumento de pena, o juiz, então, decretará um aumento de pena de 1/3. Da conta 10 + 1/3 = 13,3333..., serão desprezadas as frações de dia, isto é, as horas.
Não são computadas, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direito, as frações de dias, isto é, as horas e os minutos dessas penas.
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
CP, Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.  
As regras previstas na Parte Geral do Código Penal são sempre aplicáveis aos fatos incriminados por lei especial.
CP traz regras gerais de DP para todo o ordenamento jurídico brasileiro. 
O ordenamento jurídico brasileiro, além do CP, há outras leis penais chamadas de leis penais especiais, leis extravagantes, por exemplo: o Estatuto de Desarmamento, o Estatuto da Criança e do Adolescente na parte de crimes, Lei de Crimes Ambientais, Lei dos Crimes de Tráficos de Drogas etc. 
As disposições gerais do CP serão aplicáveis a todas as leis penais especiais, a todas as leis penais extravagantes, a menos que essas leis tragam dispositivos específicos. Se elas trouxerem dispositivos específicos, aplica-se o princípio aplicado no conflito aparente de normas: o princípio da especialidade. 
Ex.: Lei de Contravenções Penais. 
Existe a tentativa no CP (Art. 14, II) e essa disposição da tentativa se aplicará a todas as leis especiais penais, a todas as leis extravagantes penais. Entretanto a Lei de Contravenções Penais dispõe que a tentativa de contravenção não será punida. 
É uma disposição específica dessa lei. As leis especiais podem se contrapor ao CP.

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