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Análises clínicas

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Análises clínicas
Introdução
O laboratório de análises clínicas é responsável por auxiliar o médico na detecção de patologias e condições fisiológicas através de exames em matérias biológicos. 
Quando ocorre alterações no mecanismo homeostático do organismo, a resposta é realizada por meio de mecanismos internos que são possíveis de detectar nos exames laboratoriais, seja por uma alteração ou redução de componentes importantes como proteínas, hormônios, açucares, etc. 
A inflamação é um processo que causa o desequilíbrio da hemostasia do corpo. É caracterizada pelos 5 sinais cardiais, sendo eles: A homeostasia é uma condição de estabilidade que o organismo necessita para realizar suas funções em equilíbrio no corpo através dos processos fisiológicos.
· Calor: causada pela produção excessiva de mediadores químicos que ocasionam no aumento de temperatura.
· Rubor: causada pelo aumento do fluxo sanguíneo no local da inflamação.
· Inchaço: formação de um edema pela formação da vasodilatação.
· Dor: lesão nos receptores de dor.
· Perda de função: depende do grau da lesão, leva as células epiteliais a sofrerem apoptose e o tecido é substituído por tecido fibroso. 
Fases do laboratório clínico:
· Pré-analítica: pedido médico, identificação do paciente, coleta, identificação da amostra e transporte da amostra.
· Analítica: realização do exame. 
· Pós-analítica: liberação do laudo e interpretação. 
Os materiais biológicos humanos usados para exames são: sangue, urina, fluídos corpóreos (células, tecidos, etc), fezes, escarro. 
Coleta do sangue.
O sangue é formado por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e as plaquetas. Dependendo da análise é possível utilizar diferentes componentes do sangue ou ele em um todo.
Soro: é quando não possui anticoagulante.
Plasma: quando é utilizado anticoagulante.
O processamento do sangue é realizado através da centrifugação onde ocorre a separação do plasma ou soro, leucócitos e plaquetas e hemácias. 
Os tubos que são utilizados no laboratório são: 
· EDTA: usado no setor de hematologia;
· CITRATO DE SÓDIO: usado no estudo de coagulação;
· FLUORETO DE SÓDIO: usado na dosagem de glicemia;
· HEPARINA: indicado na dosagem de carga viral e gasometria.
· SEM ADTIVO: usado para exames bioquímicos e imunológicos;
· ATIVADOR DE COÁGULO COM GEL: usado para exames bioquímicos e imunológicos.
Alguns tubos utilizados em laboratório.
Existem dois sistemas utilizados para a coleta de sangue, sendo o fechado ou a vácuo e o aberto.
Coleta de urina
Deve ser recomendado para o paciente a lavagem adequada das mãos e da região genital, eliminar o primeiro jato no vaso sanitário e depois despejar um pouco no copo ou tubo de coleta, desprezando o restante no vaso sanitário. 
Coleta de fezes
É recomendado a coleta um grama da amostra, equivalente a uma colher de café.
Coleta de escarro
É preciso que o paciente force e tussa, eliminando a amostra do escarro no porte. É recomendado que seja feito, pelo menos, 3 vezes. 
Coleta de LCR
A coleta é realizada na medula, sendo feita na região lombar da coluna. O paciente precisa se manter imóvel para que não ocorra nenhum incidente durante a coleta.
Classificação dos laboratórios:
· Laboratório clínico: serviço destinado à análise de amostras de pacientes, com a finalidade de oferecer apoio ao diagnóstico e terapêutico, compreendendo as fases do laboratório.
· Laboratório de apoio: laboratório clínico que realiza análises em amostras enviadas por outros laboratórios clínicos.
· Laboratório de emergência: atendem as UTI’S. 
Bioquímica clínica
É a ciência que medeia a química e a patologia investigando alterações metabólicas do corpo com o intuito de obter diagnóstico e tratamento das doenças. 
Propicia a análise de amostras biológicas, que se pode mensurar valores de analitos (substâncias químicas alvo) importantes para controle e manutenção da hemostasia orgânica.
Biomarcadores biológicos
· Biomarcadores do metabolismo dos carboidratos (glicêmicos)
Através do processo digestivo é realizada a absorção das moléculas de carboidratos. Essas moléculas entram na circulação sanguínea, aumentando os níveis séricos de glicose. 
Quando há níveis baixos de glicose no sangue, as células alfas pancreáticas liberam o glucagon que irá fazer o fígado quebrar o glicogênio armazenado para transforma-lo em glicose. Em níveis altos de glicose, as células betas pancreáticas liberam insulina, hormônio que levará a glicose para dentro da célula e transforma-la em ATP. 
Entrada da glicose para a célula através da ligação da insulina com o seu receptor.
Diabetes tipo I: doença autoimune em que ocorre a destruição das células do pâncreas. Se desenvolve na infância ou adolescência, e não pode ser tratada com comprimidos, apenas insulina.
Diabetes tipo II: diminuição ou resistência à insulina. Na maioria se desenvolve após os 35 anos e está associado a outras doenças, como obesidade, hipertensão arterial e dislipidemia.
A diabetes causa um desequilíbrio na hemostasia, causada a formação de corpos cetônicos resultando em uma cetoacidose, um desequilíbrio na sistema ácido-base. 
Valores de referência: 
 Normal 70 mg/dL até 100 mg/dL
 Hipoglicenia: menor que 70 mg/dL
 Hiperglicemia: maior que 120 mg/dL
Exames laboratoriais:
· Glicemia em jejum e após sobrecarga prandial – 2h;
· Curva glicêmica;
· Hemoglobina glicada;
· Exames complementares. 
Pela sobrevida da hemácia ser de 120 dias, a glicose permanece ligada a ela por mais tempo, permitindo ser detectada através do exame.
· Frutosamina: proteína glicada (ex: albumina);
· Insulina: hormônio responsável pela entrada da glicose na célula;
· Peptídeo C: usado para o diagnóstico e definição da resposta terapêutica. 
· Corpos cetônicos: usado para o diagnóstico, formado pelo consumo de produtos derivados da quebra de ácidos graxos)
· Biomarcadores proteicos
As proteínas avaliadas em exames de rotina são a albumina e as globulinas, sendo a albumina encontrada em grande quantidade no organismo.
Componentes do sangue, incluindo proteínas, íons, células e plaquetas.
A concentração das proteínas é influenciada de forma direta pela função hepática e renal e pelo estado nutricional.
A eletroforese de uma amostra de soro separa suas proteínas em cinco bandas:
· Albumina
· Alfa 1 globulina
· Alfa 2 globulina
· Beta globulina
· Gama globulina
A globulina igadora de tiroxina TBG (alfa) é uma das 3 proteínas responsáveis pelo transporte do hormônio T4. Enquanto a haptoglobulina (A2) é utilizada para detectar anemias hemolíticas.
	Alfa 1 globulina
Quando aumentada: doença causada por inflamação.
Quando diminuída: doença hepática.
	Alfa 2 globulina
Quando aumentada: doença que causa inflamação.
Quando diminuída: doença hepática, desnutrição
	Beta globulina
Quando aumentada: anemia, mieloma múltiplo
Quando diminuída: cirrose, desnutrição
	Gama globulina
Quando aumentada: infecção, cirrose, artrite reumatoide, linfoma.
Quando diminuída: deficiência e distúrbios imunológicos
	Albumina
Quando aumentada: desidratação
Quando diminuída: perda urinária, doença hepática.
Proteína C Reativa
Proteína produzida pelo fígado e está presente em pequenas quantidades no plasma. É uma proteína de fase aguda da inflamação, que aumenta pelo menos 25% da concentração sérica durante estados inflamatórios.
· Biomarcadores renais
Os principais metabólitos dosados nos rins são creatinina, ureia e ácido úrico, que são metabólitos nitrogenados depurados pelos rins após a filtração glomerular. 
Dosar [ ] de metabólitos e proteínas no soro e metabólitos, glicose e proteínas na urina, são usados como indicadores de função renal. 
O acumulo de ureia, ácido úrico, creatinina, potássio, sódio, fosfato no sangue, promove desequilíbrio no organismo.
Exames laboratoriais:
· Creatinina;
· Clearance de Creatinina ([] urina/ [] plasma);
· Ácido úrico (sangue);
· Ureia (sangue/urina);
· Cistatica C;
· Exame de urina.
· Marcadores doe Metabolismo Lipídico
São biomarcadores de gordura, sendo os principais: colesterol total, lipoproteína de altae baixa densidade, triglicerídeos. 
Classificação das lipoproteínas:
· Quilomicron.
· LDL: lipoproteína de baixa densidade;
· VLDL: lipoproteína de muito baixa densidade;
· IDL: lipoproteína de densidade intermediária;
· HDL: lipoproteína de alta densidade.
· Biomarcaores do Metabolismo hepático
· Bilirrubinas;
· TGO/AST: lesão hepatocelular profunda;
· TGP/ALT: lesão hepatocelular superficial (específica); 
· Gama GT (lesão na vesícula biliar);
· Fosfatase alcalina.
Metabolismo da bilirrubina
A bilirrubina livre formada liga-se à albumina, conhecida como bilirrubina não conjugada ou indireta, para ser transportada até o fígado, onde é convertida em bilirrubina conjugada ou direta. Está é então liberada na bile, que dá a coloração às fezes, e uma pequena parte é reabsorvida e dá coloração a urina. 
· Hiperbilirrubinemia fração indireta: encontrada em recém-nascidos, anemia hemolíticas e malária.
· Hiperbilirrubinemia direta: hepatites, tumores hepáticos, cálculos biliares, agressão medicamentosa, esteatose hepática e cirrose.
· Hiperbilurrubinemia de ambas frações: problemas pós-hepáticos como a colesase (diminuição da bile).
A hiperbilirrubinemia leva ao depósito de bilirrubina nos tecidos e olhos, dando a eles coloração amarelada.
· Biomarcadores cardíacos
· Creatinoquinase (CK-MB);
· Troponina;
· Lactato desidrogenase;
· Mioglobina.
Troponinas
São proteínas estruturais envolvidas no processo de contração das fibras musculares esqueléticas e cardíacas e normalmente não são encontradas na circulação.
Mioglobina
Proteína do grupo heme, encontrada no músculo esquelético e cardíaco, transportadora de O2 no musculo e é liberada na circulação rapidamente após lesão muscular.
Desidrogenase Lactica (LDH)
É uma enzima que atua na oxidação do lactato a piruvato. É indicador geral da existência e severidade de um dano tecidual. Enzima de ampla distribuição pelos tecidos, está aumentada em várias situações, como doença hepática, IAM, anemia hemolítica.
· Biomarcadores de Equilíbrio Hidroeletrolítico
O organismo usa os eletrolíticos como mecanismo para manter o equilíbrio:
· Pressão arterial;
· pH;
· Reconstrução de tecidos danificados;
· Contração dos músculos;
· Hidratação.
Alterações patológicas nos níveis de cloro
É essencial para a formação do HCl, auxiliando na digestão. Além de, junto com o sódio, controla os volumes de água do organismo. 
Outros biomarcadores são:
· Fosfato;
· Magnésio;
· Cálcio;
· Sódio;
· Etc.
Alguns hormônios também estão relacionados com o equilíbrio hidroeletrolítico. Exemplo: aldosterona. 
· Biomarcadores tumorais
· Fosfatase alcalina: osso e fígado;
· Lactato desidrogenase: fígado, estômago, mama. (Não é específico);
· Antígeno prostático específico;
· Alfa-fetoproteína: carcinoma hepatocelular e células germinativas;
· Tireoglobulina: tireóide;
· B-HCG: câncer de testículo e ovário;
· Antígeno carcinoembriogênivo: gastrointestinal, pulmão, ovário, reto, mama e útero (baixa especificidade);
· CA 15-3: mama;
· CA 125: ovário;
· CA 19-9: pâncreas/ vesícula/ gástrico. 
Hematologia clínica
Eritrócitos
Tem o formato bicôncavo anuclear, sua principal característica fisiológica é sua deformidade, que facilita sua passagem pelos capilares. 
Leucócitos
Divididos em agranulócitos (linfócitos e monócitos) e granulares (eosinófilos, basófilos e neutrófilos).
Hemograma
Exame hematológico mais solicitado, que consiste na análise qualitativa e quantitativa das células sanguíneas. 
Fornece parâmetros para controle e auxílio no diagnóstico de anemias e outras patologias, de vários processos de infecções e de alterações no número das plaquetas.
Como visualizar as células: através da extensão sanguínea e coloração da extensão. 
Coloração sanguínea
Corantes do Tipo Romanovsky: são misturas que contém eosina e azul de metileno dissolvidos em metanol. Na solução envelhecida, o azul de metileno se oxida em gradações diferentes, originando os azures de metileno.
Corante 		Célula
Azul de Metileno	Núcleo (DNA)
Eosina 			Hemoglobina
Exemplo da estrutura de um hemograma
Definições
· Anisocitose: alteração no tamanho das hemácias que pode ser microcítica, normocítica ou macrocítica.
· Anisocromasia: alteração na cor da hemácia, de acordo com a carga de hemoglobina, podendo ser hipocrômica, normocrômica ou hipercrômica.
· Poiquilocitose: alteração na forma da hemácia, que pode apresentar diferentes formatos.
 
Microcítica Normocítica Macrocítica
 
Codócito			 Esferócito			Eliptócito
 
Estomatócito			 Drepanócito			 Dacriócito
 
Esquinócito 			 Acantócito 			 Esquisócito (fragmentos)
Sistema ABO
Reúne os grupos sanguíneos A, B, AB e O.
O processo de aglutinação ocorre na presença do anticorpo presente na amostra, realizada no exame de tipagem sanguínea.
São usados reagentes anti-A e anti-B.
Síntese das células sanguíneas
A medula óssea (tecido encontrado no interior dos ossos) tem a função de produzir as células sanguíneas. É localizada na parte esponjosa dos ossos chatos, onde o desenvolvimento das células do sangue acontece.
· Medula vermelha: ao nascermos todos os ossos contêm medula.
· Medula amarela: com a passagem dos anos, a maior parte vai perdendo sua função, tornando-se tecido gorduroso.
A doação de medula óssea é realizada pelo método de aférese, feira através da punção sanguínea. A célula retirada do doador é armazenada em uma bolsa de criopreservação de medula óssea, congeladas e transportadas. 
Imunologia clínica
Especialidade da medicina que faz o diagnóstico e o tratamento das doenças que afetam o funcionamento do sistema imunológico. 
O sistema imunológico é responsável pela defesa do organismo contra a ação de agentes patogênicos. 
Imunidade inata: mediada pelas barreiras naturais do corpo, como os pelos do nariz, pele, etc.
Imunidade adaptativa: quando os microrganismos ou agentes patogênicos conseguem escapar das defesas inespecíficas do corpo, é necessária a ação da resposta específica. 
· Humoral: produção de anticorpos por Linfócitos B;
· Celular: mediada por Linfócitos T.
Apresentação do antígeno para os linfócitos.
Conceitos
I. Antígeno: partícula ou molécula estranha ao organismo capaz de induzur uma resposta imunológica.
II. Anticorpo: é uma molécula proteica em formato de ‘Y’, produzida por linfócitos B e plasmócitos, que liga-se especificamente ao antígeno que lhe deu origem, inibindo sua ação no organismo. 
Uma vez produzidos os anticorpos, eles podem ser quantificados por testes imunológicos por meio de reações Ag-Ac.
Os anticorpos podem ficar armazenados na nossa resposta imunológica de memória para nos defender em próximas infecções.
Alguns testes imunológicos
· Sorológico de HIV;
· Sorológico de hepatites;
· Sorológico de dengue;
· Sorológico de COVID;
· Sorológico de VDRL;
· PCR.
Vacina
Solução contendo antígenos isolados ou microrganismos vivos, previamente atenuados 
As vacinas são capazes de imunizar pessoas contra doenças através da produção de células de memória.
Imunoensaio ELISA
Usado para a detecção de vírus, anticorpos, alérgenos, etc.
Urinálise
Análise da urina com fins de diagnóstico ou prognóstico de estados fisiológicos ou patológicos.
O exame de urina é um exame que possui uma coleta mais fácil, uma disponibilidade de amostra, são testes relativamente baratos e permite a análise de diversas funções metabólicas.
Paciente
Instruções:
· Asseio prévio;
· Desprezar o 1° jato;
· Coletar o ‘jato médio’;
· Levar o material ao laboratório no máximo em 1 hora após a coleta;
· Transporte adequado e refrigerado.
Quando a urina não é conservada adequadamente, pode ocorrer alterações como o aumento do pH, diminuir a glicose, os corpos cetônicos, a bilirrubina, aumentar as bactérias, o nitrito e alterar a sua coloração. 
Exame de urina
O exame de urina é considerado de ROTINA, sendo apresentado nele qualquer alteração que possa ocorrer em seu organismo, pois tudo que é consumido é eliminado na urina. 
Os critérios para solicitação é:
· Avaliaçãomédica de rotina: rastreio geral;
· Avaliação de sintomas particulares;
· Diagnóstico de condições médicas: insuficiência renal, infecção urinária, cálculos renais, etc;
· Monitoramento da progressão da doença e resposta à terapia.
A coleta adequada da urina é importante para evitar a contaminação e a necessidade de realizar outro exame. 
Na coleta a domicílio, o laboratório fornece as orientações e o paciente deve entregar a urina no laboratório no prazo máximo de 2 horas após a coleta ou manter a amostra refrigerada para evitar a proliferação de microrganismos.
A primeira amostra da manhã é ideal para o exame de urina de rotina; 
A região urogenital deve estar limpa e o primeiro jato de urina deve ser desprezado;
Coletar urina do jato médio até cerca de 1/3 ou metade da capacidade do frasco;
Desprezar o restante de urina no vaso sanitário;
A qualidade do resultado depende da qualidade e confiabilidade da coleta da amostra. 
Frascos para coleta:
A urina deve ser coletada em fraco limpo, seco e à prova de vazamento e descartável; os recipientes devem ter a boca larga para facilitar o uso; devem ser feitos de material que facilite a visualização da cor e aspecto da urina. 
Terminologias
· Urina tipo 1: preferencialmente a primeira urina do dia, caso isso não ocorra, ficar sem urinar por pelo menos duas horas que antecedem a coleta.
· Urocultura: a coleta deverá ser realizada preferencialmente, de manhã cedo, pelo menos quatro horas após a última micção. Realizar higienização, coletar em entregar adequadamente a amostra ao laboratório. 
· Urina de 24 horas: pela manhã despreze toda a urina e anote o horário. A partir deste momento, toda vez que urinar recolha integralmente a urina de cada micção, colocando-a no mesmo frasco de coleta. Se a quantidade de urina for maior que o frasco, use frascos adicionais para conter todo o volume de 24 horas. 
O que a cor da urina pode indicar?
Análise macroscópica
É analisado as características físicas: aparência física (cor, turbidez, odor e volume).
Análise microscópica
É analisado a presença de leucócitos, hemácias, células epiteliais, cristais, parasitas, bactérias e leveduras.
Cristais urinários
A razão primária para a identificação dos cristais urinários é para detectar a presentaça de alguns tipos de cristais anormais que podem corresponder a doenças como hepatopatias, erros inatos do metabolismo ou um dano renal causado pela cristalização de componentes iatrogênicos dentro dos túbulos.
Cristais normais em urina ácida
Os cristais mais comuns vistos nesse tipo de urina são uratos:
· Uratos amorfos;
· Ácido úrico;
· Uratos ácidos;
· Uratos de sódio.
Ácido úrico
Oxalato de cálcio
Uratos amorfos
Cristais normais em urina alcalina
Fosfatos representam a maioria dos cristais vistos em urina alcalina, incluindo:
· Fosfatos amorfos;
· Fosfatos triplos;
· Fosfatos de cálcio.
Fosfato triplo
Fosfatos amorfos
Fosfato de cálcio
Carbonato de cálcio
Biurato de amônia
Cristais urinários anormais
São encontrados em urina ácido ou raramente em urina neutra. A maioria tem formas características. Porém, sua identidade deve ser confirmada por testes químicos ou pelas informações do paciente (medicamentos).
Cistina
Tirosina
Bilirrubina
Colesterol
Microbiologia clínica
Milhares de microrganismos vivem no interior e ao redor de nossos corpos e, muitos deles, podem ocasionar doenças graves.
Para estudar os microrganismos foram desenvolvidas diversas técnicas para isolar e identificar o agente em laboratório. 
A microbiologia é classicamente definida como a área da ciência que dedica-se ao estudo de organismos que somente podem ser visualizados ao microrganismo. 
· Meio Stuart: Haemophius spp., Pneumococcus spp., Salmonella spp.;
· Agar nutriente: Bacilos Gram positivos, negativos e leveduras, utilizado para a detecção de bactérias especificas em pesquisa de alimentos;
· Agar MacConkey: isolar bacilos Gram negativos e verificar a fermentação ou não da lactose;
· Agar SS: isolar Salmonella e Shigella;
· Agar Saboraud Dextrose: isolamento e cultivo de fungos filamentosos e Candidas;
· Agar Sal Manitol: meio seletivo utilizado para o isolamento de estafilococos.
Morfologia
· Coco: de forma esférica ou subesférica (Staphylococcus);
· Bacilo: formato de bastonete;
· Vibrião: em formato de vírgula;
· Espiroqueta: formato espiral.
· Exigência nutricional: Autotróficas X Heterotróficas.
· Tipagem enzimática: Enzimas do metabolismo.
· Enzimas Extracelulares e Toxinas:
· Pesquisa de Coagulase: a presença desta enzima indica patogenicidade; na presença de plasma, os produtores de coagulase vão desencadear os mecanismos da coagulação.
· Pesquisa de enzima hidrolítica: esta prova tem a sua principal aplicação na caracterização de espécies do gênero Streptococcus, alguns dos quais elaboram enzimas hemolíticas. 
Parasitologia clínica
Ciência biomédica que estuda parasitas e protozoários causadores de doenças no corpo humano, tendo como principal objetivo o tratamento destas condições. 
Técnicas
· Sedimentação espontânea: método de Hoffman, permite o encontro de ovos e larvas de helmintos e de cistos de protozoários.
· Sedimentação por centrifugação: método de Blaggs. Usado para a pesquisa de ovos e larvas de helmintos, cistos e alguns oocitos de protozoários.
· Flutuação espontânea: método de Willis, indicado para a pesquisa de ovos leves.
· Centrífugo-flutuação: método de Faust, usado para a pesquisa de cistos e alguns oocistos de protozoários, permitindo, também, o encontro de ovos leves.
Alguns parasitas e protozoários
 
Entamoeba hystolitica				Entamoeba coli
Ovos de Ascaris lumbricoides
Ovo de Ascaris lumbricoides infértil
Cistos de Giardia lamblia
Giardia lamblia

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