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Curso de Engenharia Química OPERAÇÕES UNITÁRIAS MECÂNICAS Capítulo 2. Filtração (Parte II) Docente: Profa. Doutora enga. Maria Eduardo (Cortesia: Prof. Doutor eng. Estêvão Pondja) 1 2 Sumário Fluxo de filtrado através do bolo e meio de filtração Bolo de filtração. Tipos de bolo de filtração Lavagem do bolo de filtração Processo de filtração - tempo de filtração, taxa e lavagem do bolo Taxa de filtração e de lavagem. - Capacidade de filtração - Filtração contínua Data: 14/8/2019 14/8 - 2 horas 2 FLUXO DE FILTRADO ATRAVÉS DO BOLO E MEIO DE FILTRAÇÃO Equação fundamental da filtração 3 Considerando que o pano filtrante e as camadas iniciais de bolo têm uma espessura le a equação 1.30 fica: (1.30) (1.46) l espessura do bolo de filtracao 3 Sabe-se que: Rearranjando a equação 1.48: 4 (1.47) (1.48) Então: 5 (1.49) Se: v - volume de bolo formado por unidade de volume de filtrado 5 6 Invertendo a equação 1.48: (1.50) Se: e 7 (1.51) Onde 𝑲_𝒑=(𝒄∗𝜶∗𝝁)/(𝑨^𝟐∗∆𝑷) e 𝑩=〖𝝁∗𝑹〗_𝒎/(𝑨∗∆𝑷) 7 8 Filtração à Velocidade Constante: (1.52) (1.53) 9 Filtração à Pressão Constante: Caso 1 10 y = ax + b t / V V Kp/2 = coeficiente angular da recta B = coeficiente linear da recta Filtração à pressão constante Com Kp e B pode-se determinar directamente o tempo de filtração. Do coef angular da recta determina-se a resistencia especifica do bolo de filtracao (alfa) Do coef linear da recta determina-se a resistencia específica do meio filtrante (Rm) 10 11 Filtração à pressão constante (x+y)(x-y) = x2 –xy + yx –y2 => x2 – y2 (x-y)(x-y) = (x-y)2 = x2-2yx + y2 (x+y)(x+y) = (x+y)2 = x2+2xy+y2 11 12 13 O cálculo de (resistência específica do bolo) e de Rm (resistência do meio filtrante) permite obter a equação do tempo de filtração em termos dos parâmetros básicos da operação: (1.54) 14 Caso 2 – Pressão constante após t1 (V1) Filtração à pressão constante (1.55) (1.56) 15 16 Bolo de filtração A concentração dos sólidos na suspensão deve ser suficientemente alta (> 1 % vol), para que haja deposição dos sólidos nos poros do meio filtrante; A concentração mínima da suspensão necessária para o bolo de filtração depende da natureza dos sólidos e do meio filtrante, geralmente é superior a 1.0 % vol; As partículas que a serem removidas, devem ser menores que os poros do meio filtrante. 17 Tipos de bolo de filtração Bolos Incompressíveis – estrutura se mantém inalterável durante o processo de filtração. Bolos Compressíveis – porosidade diminui durante o processo. 18 Dependem: Natureza do sólido, granulometria e da forma das partículas Modo como a filtração é conduzida Grau de heterogeneidade do sólido De acordo com a resistência ao escoamento do filtrado, os bolos de filtração denominam-se: Filtração com Bolo Incompressível A resistência ao fluxo dum dado volume não é afectada (apreciavelmente), quer por diferença de pressão, quer pela velocidade de deposição do material. 19 20 Bolo de Filtração Compressível O aumento da diferença de pressão ou do caudal causa formação dum bolo mais denso com maior resistência. p2 – pressão na superfície do bolo pz – pressão que reina a uma profundidade z no bolo 21 22 Sendo: α0- resistência específica do bolo a pressão nula; é uma constante; n -factor de compressibilidade do bolo, constante em domínios moderados de pressão Δp – queda de pressão total 0<n< 1 Quando n -> 0 => bolos incompressíveis n -> 1 => bolos compressíveis (bolos gelatinosos) Na prática: n varia entre 0.1 e 0.8 ou 0.2 ou 0.8 22 23 LAVAGEM DO BOLO DE FILTRAÇÃO O objectivo da operação de lavagem é de retirar a fase dispersa presente no bolo e, consequentemente, torná-lo mais puro. A lavagem é feita na mesma direcção da filtração; A velocidade de lavagem é igual à da filtração no último instante; e A lavagem é feita em duas fases: 24 O filtrado é deslocado do bolo de filtração pelo líquido de lavagem; - neste período pode remover-se 90 % do filtrado. 2. O solvente difunde-se para o líquido de lavagem a partir dos vazios menos acessíveis. - este é o período de lavagem difusional e é válida a relação: Fases de lavagem do bolo de filtração: NB: A secagem do bolo faz-se, muitas vezes, por passagem de ar comprimido. (1.57) 25 Assim, o processo de filtração é globalmente constituído por 3 etapas: A filtração propriamente dita. 2. A lavagem do bolo de filtração. 3. A limpeza do bolo de filtração (secagem). 26 O TEMPO BÁSICO DE FILTRAÇÃO (tempo total do ciclo) Onde: tB – Tempo básico; tF – Tempo de filtração; tL – Tempo de lavagem; tlimpeza – Tempo de limpeza (1.58) 27 TAXA DE FILTRAÇÃO E DE LAVAGEM Pressupostos: A estrutura do bolo não é afectada durante a lavagem; A queda de pressão não varia. (1.59) 28 TAXA DE LAVAGEM DO BOLO NO FILTRO DE PLACAS E CAIXILHOS (1.60) 29 (1.61) Filtro rotativo de tambor 30 FILTRAÇÃO CONTÍNUA No filtro rotativo, a alimentação, o filtrado, e o bolo movem-se a taxas estacionárias e constantes; A resistência do meio filtrante é desprezável (B=0); A queda de pressão ao longo do filtro é mantida constante. As equações para filtros descontínuos à pressão constante podem ser aplicadas, depois de algumas modificações. 31 Filtração Contínua Filtro rotativo de tambor A resistência do meio filtrante é desprezável (Rm => B = 0) face à resistência do bolo de filtração (α). 31 32 (1.62) (1.63) Nota: em geral, no filtro rotativo t < tc. t < tciclo => para filtro rotativo f -> fraccao do ciclo usada para formacao do bolo f -> fraccao submersa da superficie do tambor na suspensao. 32 33 TAXA DE FILTRAÇÃO (1.64) l r P dt A dV u m D = = dV dt = At rµ ⋅ ΔP (l + le ) dV dt = A t rm × DP (l+l e ) l = vV At l= vV A t B V 2 K V t p + = Limpeza L F B t t t t + + =
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