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UNIDADE IV Tópicos Integradores II ADM 1 TÓPICOS INTEGRADORES II - ADM UNIDADE IV PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá, caro(a) aluno(a)! Chegamos ao término do conteúdo da nossa disciplina “Tópicos Integradores II – ADM”. Fico feliz em participar desta fase da sua formação acadêmica. Neste processo de aprendizagem, estudamos as funções administrativas; Planejamento Estratégico; uma visão geral da Gestão de Recursos Humanos e, por fim, as principais Teorias da Administração. É importante que faça a leitura do livro-texto e busque complementar seus estudos com sugestões de leituras que serão apresentadas neste guia, inclusive na biblioteca virtual. Certamente, dedicando um tempo para a leitura e seguindo as instruções, você terá domínio dos principais conceitos da disciplina. Vamos lá? Bons estudos! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Este material servirá como um guia para nossa disciplina, sem pretensão de esgotar o assunto, apenas como um indicativo de estudos para o nosso conteúdo. Como referência para o estudo da disciplina, usaremos livros disponíveis no seu ambiente virtual. Além disso, usaremos estudos de casos práticos, exercícios e leituras indicativas. Ou seja, vamos trabalhar com a seguinte metodologia: ü Guias: Faça a leitura dos guias, sendo um para cada unidade; ü Vídeos: Assista aos vídeos, que são um importante guia orientador para seu estudo; ü Livros: Faça a leitura dos livros indicados na disciplina; ü Leituras complementares: Realize as leituras complementares indicadas durante as unidades; ü Fóruns: Participe dos fóruns, organizados por unidade, que além de tudo é uma excelente maneira de interagir com seus colegas de sala; ü Atividades: Faça as atividades, por unidade, contidas no seu Ambiente Virtual de Aprendizagem; ü Vídeos complementares: Assista aos vídeos sugeridos ao longo das unidades; ü Tutores: Caso tenha dúvidas, entre em contato com os tutores; ü Biblioteca virtual: Realize pesquisas na biblioteca virtual, aproveitando a oferta de diversos títulos que podem enriquecer seu aprendizado. 2 Perceba, então, que este guia deve servir para direcionar seus estudos. Além dele você precisa explorar todos os demais recursos, que acabei de explicar, disponíveis durante a disciplina, inclusive podendo desfrutar da extensa biblioteca virtual. Importante: Não deixe de assistir aos vídeos sugeridos no guia, eles facilitam o entendimento prático de vários conceitos. Dessa forma, você terá um bom aproveitamento e rendimento do nosso conteúdo. Vamos começar? Bons estudos! PALAVRAS DO PROFESSOR Para começar, vamos entender o que é administrar, que segundo Chiavenato, é a aplicação de técnicas com intuito de estabelecer metas e operacionalizar o seu alcance pelos colaboradores participantes das organizações, a fim de, que se obtenham resultados que satisfaçam as necessidades de seus clientes, assim como, às suas próprias. Vejamos as principais teorias administrativas com os seus principais enfoques – retirada do livro do Prof. Chiavenato, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO Abordagem Clássica 1. Escola de Administração Científica Foi através da experiência de Frederick W. Taylor (1856-1915), nos Estados Unidos, que teve origem a Administração Científica. a) Frederick Winslow Taylor O fundador da escola de Administração Científica, era engenheiro. O seu foco era aumentar a eficiência da indústria através da racionalização do trabalho no nível operacional, conhecido como chão de fábrica. Estudava os tempos e movimentos e padrões necessários para a execução de uma tarefa, buscando sempre a melhor maneira de executá-la, para definir o método de trabalho. Essa melhor maneira é conhecida como The best way. O gerente, nesta escola, deve seguir os seguintes princípios: a) Planejamento b) Preparo c) Controle d) Execução https://pt.wikipedia.org/wiki/Frederick_Taylor 3 A organização racional do trabalho (ORT) é fundamentada nas seguintes características: • Análise dos tempos e movimentos; • Estudo da fadiga humana; • Divisão do trabalho e especialização do operário; • Desenho de cargos e tarefas; • Incentivos salariais e prêmios de produção; • Conceito de homem econômico (homo economicus) – aquele que o indivíduo é influenciado exclusivamente por recompensas materiais; • Condições ambientais (físicas) de trabalho como iluminação e conforto; • Padronização de métodos e máquinas; • Supervisão funcional. b) Henry Ford O dono da Ford aplicou na administração dos seus negócios os princípios da administração científica através da linha de montagem. Algumas críticas dessa escola: 1. Teoria mecanicista, que concedia a organização como um arranjo estático e rígido de peças, como uma máquina. 2. Abordagem incompleta, que ignorou a vida social dos participantes, focava apenas nos aspectos formais da organização, ao trabalho no nível de execução. 3. Abordagem de sistema fechado, que visualiza a empresa como se fosse autônoma, não considera as variáveis extrínsecas (ambientais, econômicas, políticas e sociológicas). 2. Teoria Clássica a) Henri Fayol Um engenheiro turco radicado na França foi o pioneiro da teoria Clássica, no começo do século XX. O foco dele era aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e disposição dos órgãos competentes da organização. A ênfase é na estrutura (anatomia) e na fisiologia (funcionamento). Foi nesta escola que foram estabelecidas seis funções básicas para qualquer empresa: https://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Ford https://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Henri_Fayol 4 1. Técnicas 2. Comerciais 3. Financeiras 4. Segurança 5. Contábeis 6. Administrativas Nesta escola também foi definido o ato administrativo como: a) Prever b) Organizar c) Comandar d) Coordenar e) Controlar Importante também lembrar os 14 princípios gerais da Administração: 1. Divisão do trabalho 2. Autoridade e responsabilidade 3. Disciplina 4. Unidade de comando 5. Unidade de direção 6. Subordinação de interesses individuais aos gerais 7. Remuneração de pessoal 8. Centralização 9. Cadeia escalar 10. Ordem 11. Equidade 12. Estabilidade do pessoal 13. Iniciativa 14. Espírito de equipe Abordagem Humanística Teoria das Relações Humanas Surgiu na década de 30, sendo o foco desta abordagem os aspectos humanos no processo produtivo, conhecido como a organização informal. Originado da necessidade de humanizar e democratizar a Administração, de forma que alteraram os conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica. 5 Decorrente do desenvolvimento das ciências humanas, especialmente da Psicologia; e das conclusões da experiência de Hawthorne, que foi um estudo sobre o impacto das condições do ambiente de trabalho na produtividade, ocasionando a verificação de variáveis sociais e emocionais, tendo sido coordenada pelo sociólogo australiano Georges Elton Mayo, entre os anos de 1927 e de 1932. Nesta teoria, surgiu o ideal do homem social e a importância do grupo sobre o desempenho dos indivíduos. Além do entendimento da organização informal. São críticas a esta teoria: 1. Oposição cerrada à Teoria Clássica. 2. Concepção ingênua e romântica do operário: seus autores imaginavam um trabalhador feliz, produtivo e integrado no ambiente de trabalho, imagem essa que não foi confirmada por pesquisas posteriores. 3. Abordagem incompleta, pois considerou apenas a organização informal. Abordagem Neoclássica 1. Teoria Neoclássica Com ênfase nos princípios organizacionais e na administração teórica e prática. Nesta teoria, os administradores são essenciais a qualquer empresa dinâmica e bem-sucedida, visto que, devem planejar, organizar, dirigir e controlar as operações do negócio. Essa teoria enfatiza os objetivos e resultados, ou seja, até considera os meios na busca da eficiência, porém, o foco é a busca pelos fins e resultados. São características dessa teoria: a) Ênfase na prática da Administração, ou seja,nas funções do processo administrativo (planejamento, organização, direção e controle). b) Reafirmação relativa, ou seja, não absoluta dos postulados clássicos. c) Ênfase nos resultados e objetivos. 2. Administração por objetivos (APO) Nesse modelo, o estabelecimento do conjunto de metas e objetivos acontece entre líderes e subordinados. Surgiu em 1954, através da publicação do livro sobre APO, de autoria de Peter F. Drucker, sendo considerado o pai da APO. É, então, um modelo de administração por meio do qual as gerências de uma organização estabelecem metas para suas administrações, no início de cada período, de preferência coincidindo com o exercício fiscal da empresa, em consonância com as metas gerais da organização, fixadas pelos acionistas, por meio de uma diretoria. https://pt.wikipedia.org/wiki/Elton_Mayo 6 VOCÊ SABIA? Ciclo da APO A APO envolve um processo cíclico de tal forma que o resultado de um ciclo permite correções e ajustamentos no ciclo seguinte, por meio de retroação proporcionada pela avaliação dos resultados. Muito parecido com o ciclo PDCA, que estudamos nas unidades passadas. Abordagem Estruturalista 1. Teoria da Burocracia As organizações sentiram necessidade de ordem e de exatidão, além de necessitarem responder às reivindicações dos trabalhadores por um tratamento justo e imparcial. Sendo o século XX, o século da Burocracia, que passou a ser usada em todos os tipos de organização. O sociólogo alemão Max Weber, foi o primeiro teórico do campo da Administração, visto que, verificou a relação entre os meios e recursos utilizados e os objetivos a serem alcançados. A organização por excelência é a burocracia para este autor. Surge aqui o conceito de homem organizacional. Weber definiu três tipos de sociedade, de onde derivam três tipos de autoridade: a) Tradicional – Patriarcal e patrimonialista. Ex. A família. b) Carismática – Características personalísticas, místicas ou arbitrárias. Ex. Partidos políticos, grupos espirituais, ditadores. c) Legal, racional ou burocrática – Predominância das normas impessoais e racionalidade na escolha dos meios e dos fins. Ex. Exército, Estados modernos e grandes empresas. Ainda segundo Weber, são características da Burocracia: ??? https://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Weber 7 - Caráter legal das normas e regulamentos Ou seja, uma organização ligada por normas e regulamentos estabelecidos previamente por escrito. - Caráter formal das comunicações É uma organização ligada por comunicações escritas. As regras, decisões e ações administrativas são formuladas e registradas por escrito. - Caráter racional e divisão do trabalho Cada participante deve saber qual é a sua tarefa, qual é a sua capacidade de comando sobre os outros para não interferir na competência alheia e nem prejudicar a estrutura existente. - Impessoalidade das relações A distribuição das atividades é feita impessoalmente, em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. Por isso, dizemos que a burocracia é uma estrutura social impessoalmente organizada. - Hierarquia de autoridade Estabelece os cargos segundo o princípio da hierarquia. Dessa forma, nenhum cargo fica sem controle ou supervisão. - Rotinas e procedimentos padronizados As atividades de cada cargo são desempenhadas segundo padrões definidos relacionados com os objetivos da organização. Os padrões facilitam a avaliação de desempenho de cada participante. - Competência técnica e meritocracia A escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em preferências pessoais. A seleção, a admissão, a transferência e a promoção dos funcionários são baseadas em critérios de avaliação e classificação válidos para toda a organização e não em critérios particulares e arbitrários. - Especialização da administração A burocracia é uma organização que se baseia na separação entre a propriedade e a administração. Os administradores da burocracia não são seus donos, acionistas ou proprietários. O dirigente não é necessariamente o dono do negócio ou grande acionista da organização, mas um profissional especializado na sua administração. - Profissionalização dos participantes É uma organização que se caracteriza pela profissionalização dos participantes. Cada funcionário é um profissional, afinal: Ø É um especialista – Cada funcionário é especializado nas atividades do seu cargo. Sua especialização varia conforme o nível hierárquico. Ø É assalariado – Os funcionários participam da organização e, para tanto, recebem salários correspondentes ao cargo que ocupam. 8 Ø É ocupante de cargo – O funcionário é uma ocupante de cargo e seu cargo é sua principal atividade dentro da organização, tomando todo o seu tempo de permanência nela. Ø É nomeado pelo superior hierárquico- O funcionário é um profissional selecionado e escolhido pela sua competência e capacidade, nomeado (admitido), assalariado, promovido ou demitido da organização pelo seu superior hierárquico. Ø Seu mandato é por tempo indeterminado. Um funcionário ocupa um cargo dentro da burocracia, o tempo de permanência no cargo é indefinido e indeterminado. - Completa previsibilidade do funcionamento da organização A consequência desejada da burocracia é a previsibilidade do comportamento dos seus membros. São vantagens da burocracia: o Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização; o Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres; o Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e, por quem as ordens e os papéis tramitam através de canais preestabelecidos; o Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita; o Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, a redução de custos e erros, pois as rotinas são definidas por escrito; o Continuidade da organização por meio da substituição do pessoal que é afastado. Os critérios de seleção e escolha do pessoal baseiam-se na capacidade e na competência técnica; o Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece o que é exigido dele e quais os limites entre suas responsabilidades e as dos outros; o Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias; o Confiabilidade, pois o negócio é conduzido através de regras conhecidas, e os casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma maneira sistemática; o Benefícios para as pessoas na organização, pois a hierarquia é formalizada, o trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se tornarem especialistas, podendo encarreirar-se na organização em função de seu mérito pessoal e competência técnica. Disfunções da Burocracia, segundo Robert King Meron: • Internalização das regras e apego aos regulamentos; • Excesso de formalismo e papelório; • Resistência às mudanças; • Despersonalização do relacionamento; • Categorização como base do processo decisório; • Superconformidade às rotinas e procedimentos; 9 • Exibição dos sinais de autoridade; • Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público. 3. Teoria Estruturalista A Teoria estruturalista representa um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas. Sendo uma representação da visão crítica da organização formal. As burocracias constituem um tipo específico de organização, que são as chamadas organizações formais. Elas são caracterizadas pelo alto grau de complexidade na estrutura e processo devido ao grande tamanho (proporções maiores) ou à natureza complicada das operações (como hospitais e universidades). Os estruturalistas focalizam as organizações complexas por causa dos desafios que essas impõem à análise organizacional. O homem organizacional Enquanto a Teoria Clássica caracterizava o homo economicus e a Teoria das Relações Humanas o “homem social”, a Teoria Estruturalista caracteriza o “homem organizacional”: oque desempenha diferentes papéis em várias organizações. A Teoria Estruturalista é também conhecida como “teoria da crise”, pois tem mais a dizer sobre os problemas das organizações complexas do que com sua normalidade. Os autores estruturalistas são críticos e revisionistas, procurando localizar nas organizações o núcleo de suas problemáticas. Abordagem Comportamental Teoria comportamental ou Behaviorista Surgiu em meados do século XX, alterando a preocupação com a estrutura organizacional para os processos organizacionais. O foco deixa de ser o comportamento das pessoas nas organizações para ser o comportamento das pessoas na sociedade como um todo. O principal autor foi Herbert Alexander Simon, autor da Teoria das Decisões, que foi um economista norte- americano. Nesta teoria surgiu o conceito de homem administrativo, aquele que busca o satisfatório, não o ótimo ou o máximo. O comportamento é satisfaciente. Nesta teoria, também surgem outros autores importantes sobre teorias de motivação e liderança, como: c) Douglas McGregor da Teoria X e Y Sendo a teoria X que revela um estilo tradicional, mecanicista e pragmático de administrar. Acreditando que as pessoas são indolentes e preguiçosas por natureza, além de resistentes à mudança, por isso, precisam ser dirigidas e controladas com rigidez. O estilo típico da Administração Científica de Taylor, da Teoria Clássica de Fayol e da Teoria da Burocracia de Weber. Já na Teoria Y é revelado um estilo de administração aberto, dinâmico, democrático, que considera o trabalho como sendo passível de se revelar como fonte de satisfação e recompensa para as pessoas. https://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Simon https://pt.wikipedia.org/wiki/Douglas_McGregor 10 Esta teoria considera que as pessoas têm motivação, potencial de desenvolvimento, padrões de comportamento adequado e capacidade para assumir responsabilidades. Sendo então, a função essencial da administração seria a de criar oportunidades e liberar potenciais rumo ao autodesenvolvimento das pessoas. É a concepção de administração de acordo com a Teoria Comportamental, por exemplo. d) Rensis Likert- Estilos de liderança Os estilos de liderança são caracterizados em relação a quatro variáveis: 1. Processo decisório 2. Sistema de comunicação 3. Relacionamento interpessoal 4. Sistema de recompensas e punições Essas quatro variáveis geram os seguintes estilos de liderança ou sistemas propostos: b.1) Autoritário-coercitivo b.2) Autoritário-benevolente b.3) Consultivo b.4) Participativo - Constatou que quanto mais o estilo administrativo se aproxima daqui maior a probabilidade de alta produtividade, boas relações no trabalho e elevada rentabilidade. e) Abraham Maslow – Hierarquia das necessidades Conhecido e estudado em várias disciplinas de diversos cursos, Maslow afirmava que as necessidades humanas são organizadas e dispostas em níveis, em uma hierarquia de importância e de influência, denominada escala de necessidades. Sendo os níveis ou degraus da Pirâmide de Maslow as necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de autorrealização. As primárias são as duas primeiras, estando na base da pirâmide. E as outras três são as necessidades secundárias, estando a autorrealização no topo. f) Frederick Herzberg- Teoria dos dois fatores A teoria dos dois fatores olha os empregados como indivíduos dotados de competências conhecimentos, habilidades e atitudes, que formam o CHA da competência) e inseridos no contexto organizacional, onde liderança, motivação, comunicação e cultura são fatores relevantes para fins de avaliação. Teoria do Desenvolvimento Operacional (DO) O foco está em mudar as pessoas e a natureza e a qualidade de suas relações de trabalho. Sua ênfase está na mudança da cultura da organização. É uma mudança organizacional planejada. São pressupostos básicos do Desenvolvimento Operacional: 11 a) Constante e rápida mutação do ambiente; b) Necessidade de contínua adaptação; c) Interação entre indivíduo e organização; d) A mudança deve ser planejada; e) A necessidade de participação e de comprometimento; f) A melhoria da eficácia organizacional e do bem-estar da organização; g) O DO é uma resposta às mudanças. São características da Teoria do Desenvolvimento Operacional: a) Orientação sistêmica; b) Focalização na organização como um todo; c) agente de mudança; d) Solução de problemas; e) Aprendizagem organizacional; f) Processos de grupos e desenvolvimento de equipes; g) Retroação; h) Orientação contingencial; i) Desenvolvimento de equipes; j) Enfoque interativo. Abordagem de Sistemas a) Teoria de Sistemas Essa teoria olha a organização como um sistema aberto, que mantém uma dinâmica interação com seu ambiente (clientes, fornecedores, concorrentes, entidades sindicais, etc.), influenciando e sendo influenciada por ele. É o oposto dos sistemas fechados, ou seja, daqueles modelos mecanicistas da Abordagem Clássica. Conforme Oliveira, o Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função. Aqui temos a visão do homem funcional, que é aquele que desempenha um papel dentro das organizações, inter-relacionado com os demais indivíduos como um sistema aberto. São características das organizações, conforme a Teoria de Sistemas: • Comportamento probabilístico e não determinístico; • Partes de uma sociedade maior e constituídas de partes menores; 12 • Suas partes são interdependentes; • Tendem ao alcance de um estado de equilíbrio, ou seja, estado firme (homeostase); • Possuem fronteiras ou limites; • Capazes de realizar morfogênese, ou seja, modificar a si próprias e a suas estruturas básicas; • Possuem resiliência- capacidade de superar distúrbios impostos por fenômenos externos. Nessa teoria é muito importante a noção de holismo, divulgada por Christian Snuts, afirmando que o todo é maior do que a soma de suas partes. Sendo ainda características das organizações como sistema aberto: Sinergia/Entropia É preciso entender de que forma as diferentes partes do sistema interagem. Essa interação dos elementos do sistema é chamada de sinergia. A sinergia é o que possibilita um sistema funcionar adequadamente. Por outro lado, a entropia, que é um conceito da física, é a desordem ou ausência de sinergia. Um sistema para de funcionar adequadamente quando ocorre entropia interna. Entropia negativa Os organismos do meio ambiente se desgastam e tendem a morrer, por isso, é imprescindível que esses sistemas adquiram entropia negativa; para sobreviver, os sistemas abertos precisam mover-se, a fim de, deter o processo entrópico; necessitam adquirir entropia negativa. Homeostase Consiste em um conjunto de elementos autorreguladores de um sistema aberto que permite manter o estado de equilíbrio do meio ambiente; a energia importada do meio ambiente de baixa entropia é usada para manter uma constância no sistema. Equifinalidade Nos sistemas abertos, o mesmo estado final pode ser alcançado partindo de diferentes condições iniciais e por diferentes maneiras. Diferentes configurações de sistemas podem levar ao mesmo fim ou ao mesmo tipo de conversão insumo/produto. Não há uma melhor maneira de se organizar. Além de diferenciação, resiliência, sinergia, comportamento não determinístico e interdependência das partes. Importante ainda para nós é trazer o conceito do mestre, Marcelo Marques, que considera a organização um sistema composto de vários subsistemas inter-relacionados, dos quais o subsistema humano/social é apenas um, havendo ainda os subsistemas administrativos/estrutural, informativo/decisório e econômico/ tecnológico. b) Pesquisa Operacional Conhecido como PO, a Pesquisa operacional e os indicadores de desempenho encontram-se no campo da Teoria Matemática. 13 A PO Adota o método científico como estrutura para a solução dos problemas, com forte ênfase no julgamentoobjetivo. Ela se utiliza de diversas técnicas matemáticas (teoria dos jogos, teoria das filas e outras similares) no nível operacional das organizações. Abordagem Contingencial Teoria da Contingência Aqui estamos na atualidade, uma evolução da Teoria de Sistemas. Tendo essa escola deslocado a visão de dentro para fora da organização. Agora não há mais um melhor jeito (Best way) de fazer as coisas, mas um “depende” das características ambientais relevantes para a organização. Tudo depende, tudo é contingencial. As organizações precisam de flexibilidade adaptativa Aqui temos a ideia do homem complexo, que significa, um sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e necessidade. Operando como um sistema capaz de manter seu equilíbrio interno diante das demandas feitas pelas forças externas presentes em seu ambiente. Não esqueça então que nessa Escola de pensamento é superimportante a noção de ambiente. Seja o ambiente de tarefa da organização ou o macroambiente. Abordagem Contemporânea/Novas tendências em Administração As teorias ainda são usadas, mesmo que não de forma pura, mas de maneira híbrida nas organizações. Temos então, ainda nos dias de hoje, a utilização de teorias clássicas nas organizações, assim como a Burocracia, por exemplo. Porém, de forma teórica, vivemos uma abordagem contingencial já com novas tendências. Devido às transformações constantes e velozes dos dias de hoje, já vivenciamos a Reengenharia, a Gestão da Qualidade Total, as Organizações de Aprendizagem e o Desenvolvimento Organizacional. PARA RESUMIR Bom, antes de concluir a unidade, vamos fazer uma rápida revisão do que estudamos na disciplina: Na unidade I, estudamos os principais conceitos do processo administrativo, ou seja, as Funções administrativas. Ok? Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. Sendo que estudamos as características do planejamento, suas fases e vantagens. Na sequência, vimos os tipos do planejamento: Estratégico, Tático e Operacional. Seguimos para o estudo da Organização, função administrativa que trata da organização, divisão e coordenação das atividades da empresa. Detalhadamente, vimos a estrutura horizontal e vertical nesta função. A função Direção trata da direção dos recursos na empresa e, naquele momento, falei que esse assunto tinha seu foco na Gestão de pessoas, lembra? Não iremos esgotar o assunto aqui, mas falaremos sobre o gerenciamento das pessoas nesta unidade. Por fim, na função controle estudamos os níveis de controle, suas etapas e características. 14 Estudamos ainda os conceitos de Eficiência, Eficácia e Efetividade que permeiam, nos dias atuais, todo e qualquer tipo de Gestão. Se achar necessário, volte na unidade I e faça uma revisão. Na unidade II, estudamos o Planejamento Estratégico. Vimos as funções da Gestão Estratégica, os fatores que influenciam a implantação e as etapas do processo de Gestão Estratégica. Continuamos entendendo a Visão e Missão da Organização bem como, lembramos como fazer uma Análise SWOT. Estudamos também as etapas do Planejamento Estratégico e retomamos o Ciclo PDCA ou Ciclo de Melhoria Contínua, conteúdo que certamente você já tinha estudado em outras disciplinas. E de vital importância para Gestão, visto que, é uma ferramenta utilizada em diversas atividades. Na unidade III, falamos sobre a Gestão de pessoas e seus processos. Lembra? Idalberto Chiavenato nos apresenta os seis processos da moderna gestão de pessoas, quais sejam: 1. Agregar pessoas, tendo como sub processos o recrutamento e a seleção. 2. Aplicar pessoas, tendo como sub processos a modelagem de trabalho e a avaliação de desempenho. 3. Recompensar pessoas, tendo como sub processos a remuneração, os benefícios e incentivos. 4. Desenvolver pessoas, tendo como sub processos o treinamento e o desenvolvimento. Além do processo de aprendizagem e gestão do conhecimento. 5. Manter pessoas, tendo como sub processos a higiene e segurança do trabalho e a qualidade de vida, bem como, a relação com empregados e sindicatos. 6. Monitorar pessoas, tendo como sub processos a manutenção do banco de dados e do sistema de informações gerenciais. E na unidade IV, vimos então as Teorias da Administração. PALAVRAS FINAIS Olá, caro(a) aluno(a)! Estamos encerrando a nossa quarta e última unidade. Contamos com você para reforçar todo o nosso processo de ensino e aprendizagem acessando os links das atividades e relendo tudo aquilo que foi estudado até aqui. Caso tenha alguma dificuldade, faça uma releitura do seu livro-texto e consulte o seu tutor. Ele está à sua disposição para orientá-lo(a) no que for necessário. Lembre-se: Você deve fazer as atividades avaliativas da unidade que estão disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), para fixar bem o conteúdo estudado. Bons estudos! Sucesso na sua trajetória profissional! 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração.
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