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Teorias Administrativas - Apostila

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Prévia do material em texto

Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
2	
NOÇÕES	DE	ADMINISTRAÇÃO	APLICADA	À	ENFERMAGEM	–	Profª	MSc.	Geisa	Vilarins	
 
INTRODUÇÃO 
	 Conhecida	como	a	“arte	do	cuidar”,	a	enfermagem	busca	na	administração	uma	ciência	capaz	
de	 tornar	 a	 profissão	 operacionalmente	 racional,	 tendo	 em	 vista	 que	 administração	 é	 defendida	
como	 um	 instrumento	 de	 qualquer	 organização	 e	 que	 pode	 ser	 aplicada	 em	 qualquer	 área.	
	 Ao	longo	dos	anos	a	prática	da	enfermagem	tem	contribuído	muito	para	o	desenvolvimento	
da	profissão	o	que	faz	com	que	ela	necessite	do	apoio	de	outras	ciências	como	a	administração	para	
a	 sua	 expansão.	 	 Atualmente,	 a	 relação	 entre	 paciente	 e	 profissional	 de	 enfermagem	 não	 está	
restrita	apenas	ao	cuidado	como	um	ato	passivo.	Existe	uma	relação	de	consumo.	O	paciente	ou	o	
usuário/cliente	busca	um	serviço	de	qualidade	proporcionado	por	um	profissional	capacitado,	ético	e	
que	saiba	administrar	esta	relação.		
	 Desta	 forma,	 há	uma	 forte	 influência	 da	 gestão	dos	 serviços	na	 adoção	de	padrões	 éticos,	
reavaliação	de	 códigos	de	ética,	 auditorias,	 programas	de	 treinamento,	 contratação	de	 assessorias	
especializadas	 em	 ética,	 código	 do	 consumidor,	 políticas	 de	 valorização	 dos	 profissionais,	 na	
organização	 do	 processo	 de	 trabalho	 entre	 outros,	 com	 vistas	 a	 concretizar	 as	 ações	 previamente	
organizadas	para	os	clientes	que	buscam	os	serviços	de	saúde.		
	 A	enfermagem	tem	como	característica	a	continuidade,	que	necessita	não	só	da	colaboração	
de	 todos	 os	 participantes	 da	 equipe	 como	 também	 dos	 gerentes,	 responsáveis	 por	 tomar	
providências	para	que	haja	a	manutenção	dos	 serviços	de	 forma	 favorável	aos	clientes	e	à	própria	
equipe	 de	 saúde.	 Assim,	 a	 ação	 gerencial	 deve	 reunir	 esforços	 que	 visem	 alcançar	 os	 objetivos	
propostos	na	prestação	da	assistência	de	enfermagem.		
	 	
O	PENSAMENTO	ADMINISTRATIVO	
	
Segundo	 Chiavenato,	 a	 palavra	 administração	 originou-se	 do	 latim	 ad	 (direção,	 tendência	
para)	e	minister	 (subordinação	ou	obediência)	e	 significa	aquele	que	 realiza	uma	 função	abaixo	do	
comando	de	outro,	 isto	é,	aquele	que	presta	um	serviço	ao	outro.	 É	uma	ciência	da	área	humana,	
que	no	decorrer	 do	desenvolvimento	 e	 da	 evolução	da	 sociedade	 teve	 seu	 significado	 e	 conteúdo	
ampliado	e	aprofundado,	se	modificando	em	conseqüência	do	contexto	sócio,	político	e	econômico	e	
das	transformações	nas	formas	de	organização	do	trabalho.	
	 A	administração	se	caracteriza	pela	aplicação	prática	de	um	conjunto	de	princípios,	normas	e	
funções	 dentro	 das	 organizações.	 É	 praticada	 especialmente	 nas	 empresas,	 sejam	 elas	 públicas,	
privadas,	 mistas	 ou	 outras.	 Trata	 do	 planejamento,	 da	 organização,	 da	 direção	 e	 do	 controle	 das	
atividades	 diferenciadas	 pela	 divisão	 do	 trabalho	 que	 ocorrem	 nas	 organizações.	 Para	 alcançar	 o	
objetivo	 proposto	 pela	 organização	 é	 necessário	 o	 planejar,	 organizar,	 dirigir	 e	 controlar	 o	 uso	 de	
recursos.		
	 Administrar	é	conduzir	 racionalmente	as	atividades	de	uma	organização.	A	tarefa	básica	da	
administração	é	a	de	fazer	as	coisas	por	meio	das	pessoas	de	maneira	eficiente	e	eficaz.	Ou	seja,	é	o	
ato	de	trabalhar	com	e	através	de	pessoas	para	realizar	os	objetivos	tanto	da	organização	quanto	de	
seus	membros.	É	o	ato	de	gerenciar	pessoas	e	recursos	a	fim	de	alcançar	objetivos	definidos.			
	 Administrar	é	harmonizar	e	coordenar	pessoas.	
	 	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
3	
	
	
	 O	 pensamento	 administrativo	 sofreu	 várias	 influências	 de	 fatores	 sociais,	 culturais,	
econômicos	e	políticos.	Segundo	CHIAVENATO,	a	evolução	do	pensamento	administrativo		se	deu	por	
meio	dos	seguintes	influências	no	decorrer	do	tempo:		
§ Filósofos	ou	pensadores:		A	filosofia	através	de	seus	pensadores	da	antiguidade	influenciou	a	
administração	sendo	que	dentre	eles	podemos	citar:	
-	Sócrates	(470	a.C.	–	399	a.C.),	que	considera	a	administração	como	uma	habilidade	pessoal	
separada	do	conhecimento	técnico	e	da	experiência;	
-	Platão	(429a.C.	–	347a.C.)	–	propõe	uma	forma	democrática	de	governo	e	de	administração	
dos	negócios	públicos;	
-	Aristóteles	(384	a.C.	–	322	a.C.)	–	estuda	a	organização	do	Estado,	distinguindo	três	formas	
de	Administração	pública:	Monarquia	ou	governo	de	um	só	(que	pode	se	tornar	uma	tirania);	
Aristocracia	ou	governo	de	uma	elite	(que	pode	caminhar	para	uma	oligarquia)	e	Democracia	
ou	governo	do	povo	(que	pode	se	degenerar	em	anarquia).	
-	 Francis	 Bacon	 (1561-1626)	 –	 fundador	 da	 Lógica	 Moderna	 antecipou-se	 ao	 princípio	
conhecido	em	Administração	como	o	principal	deve	prevalecer	sobre	o	acessório.	
-	 René	 Descartes	 (1596-	 1650)	 –	 fundador	 da	 filosofia	 moderna,	 criador	 da	 coordenadas	
cartesianas	 influenciou	vários	princípios	da	moderna	Administração,	como	os	da	divisão	do	
trabalho,	da	ordem,	do	controle	entre	outros.	
-	 Thomas	Hobbes	 (1588-	1679)	–	desenvolveu	a	 teoria	da	origem	contratualista	do	Estado,	
onde	 o	 homem	primitivo	 por	 ser	 um	 ser	 anti-social	 e	 viver	 em	 guerra	 permanente	 com	 o	
próximo,	necessitava	do	Estado	para	impor	a	ordem	e	organização	da	vida	social.	
-	Jean-Jacques	Rousseau	(1712	–	1778)	–	que	com	a	Teoria	do	Contrato	Social,	compreende	o	
homem	como	sendo	por	natureza	bom	e	afável,	mas	que	com	a	vida	em	sociedade	se	torna	
deturpado	e	corrompido.	
§ Igreja	Católica:	Com	a	evolução	dos	tempos	e	da	sociedade,	a	Igreja	Católica	foi	estruturando	
sua	organização,	sua	hierarquia,	seu	estado-maior	e	sua	coordenação	funcional.	Nos	dias	de	
hoje,	 a	 igreja	 apresenta	 uma	 organização	 hierárquica	 simples	 e	 eficiente.	 Assim	 sendo,	 a	
experiência	da	igreja	católica	influenciou	a	ciência	da	administração	através	de	seu	conceito	
de	hierarquia	da	autoridade	e	de	estrutura	de	poder	centralizado	apenas	em	uma	pessoa.	
§ Organização	 Militar:	 A	 organização	 militar	 influenciou	 e	 influencia	 a	 ciência	 da	
administração,	 por	 exemplo,	 através	 de:	 organização	 linear,	 princípio	 da	 unidade	 de	
comando,	 escala	 hierárquica	 de	 acordo	 com	 o	 grau	 de	 autoridade	 e	 responsabilidade	
correspondente,	centralização	do	comando	e	descentralização	da	execução	(dicotomia	entre	
pensar	e	fazer),	princípio	de	direção	(todo	soldado	deve	saber	o	que	espera	dele	e	aquilo	que	
ele	deve	fazer),	desenvolvimento	do	pensamento	estratégico,	do	planejamento,	da	disciplina	
e	da	tomada	de	decisão	cientificamente	elaborada	e	não	intuitiva.	
§ Revolução	Industrial:	Na	Inglaterra	a	partir	de	1776,	a	partir	da	invenção	da	máquina	a	vapor	
por	James	Watt	(1736	-1819),	ocorre	uma	mudança	na	concepção	de	trabalho,	modificando	
a	 estrutura	 social	 e	 comercial	 da	 época.	 Assim	 sendo,	 de	 1780	 a	 1860	 viveu-se	 a	 primeira	
Revolução	 Industrial,	 ou	 do	 carvão	 e	 do	 ferro.	 Levando	 a	 mecanização	 da	 indústria	 e	 da	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
4	
agricultura,	 desenvolvimento	 do	 sistema	 fabril,	 de	 transportes	 e	 de	 comunicações.	 Neste	
período	 ocorre	 a	 migração	 das	 áreas	 agrícolas	 para	 as	 regiões	 urbanas.	 De	 1860	 a	 1914	
ocorre	 a	 segunda	 Revolução	 Industrial,	 ou	 do	 aço	 e	 da	 eletricidade.	 Assim,	 do	 sistema	 de	
produção	artesanal	o	homem	passa	ao	regime	de	produção	em	série	nas	fábricas,	levando	a	
mecanização	 do	 trabalho,	 á	 divisão	 do	 trabalho	 e	 a	 simplificação	 das	 tarefas.	 Com	 o	
desenvolvimento	do	capitalismo	surge	uma	nova	classe	social	o	proletariado.	Tem	inicio	uma	
luta	de	classe	entre	os	proprietários	e	os	empregados.	A	Revolução	Industrial,	apesar	de	ter	
provocado	 uma	 grande	modificação	 na	 estrutura	 empresarial	 e	 econômica	 da	 época,	 não	
influenciou	 diretamente	 os	 princípios	 de	 administração	 das	 empresas,	 uma	 vez	 que	 os	
dirigentes	 cuidavam	de	modo	empírico,	 tendo	 como	modelos	 as	 organizações	militares	 ou	
eclesiásticas	 bem	 sucedidas.	 Mas,	 para	 a	 administração	 a	 principal	 conseqüência	 da	
Revolução	Industrial	foi	o	nascimentoda	organização	e	da	empresa	moderna.	
§ Economistas	 Liberais:	 	 No	 final	 do	 século	 XVIII,	 os	 economistas	 clássicos	 liberais	 propõem	
que	a	 vida	econômica	deve	afastar-se	da	 influência	estatal,	 sendo	defensores,	portanto	da	
livre	concorrência.	A	influência	desses	economistas	se	dá	através	do:	princípio	da	divisão	do	
trabalho	e	da	especialização,	 importância	do	planejamento	e	da	organização,	do	controle	e	
da	 remuneração	 dos	 trabalhadores.	 Entretanto,	 o	 liberalismo	 econômico,	 através	 da	 livre	
concorrência	criou	áreas	de	conflitos	sociais	intensos	de	modo	que	Karl	Marx	(1818	–	1883)	e	
Friedrich	 Engels	 (1820-	 1885)	 criaram	 o	 chamado	 socialismo	 científico	 e	 o	 materialismo	
histórico,	 onde	 afirmavam	 que	 todos	 os	 fenômenos	 históricos	 são	 o	 produto	 das	 relações	
econômicas	entre	os	homens.	 	Estas	concepções	influenciaram	e	influenciam	até	os	dias	de	
hoje	o	comportamento	administrativo	nos	níveis	individual	e	social,	assim	como	os	métodos	
e	processos,	com	ênfase	na	racionalização	do	trabalho.	A	partir	de	então,	a	Administração	foi	
ganhando	corpo,	através	da	Teoria	Geral	da	Administração	que	estuda	as	várias	 teorias	ou	
escolas	de	acordo	com	as	correntes	de	pensamento.	Assim,	no	dias	atuais,	a	administração	
pode	ser	estudada	do	ponto	de	vista	da	 interação	e	 interdependência	entre	cinco	variáveis	
principais	 que	 são:	 tarefa,	 estrutura,	 pessoas,	 tecnologia,	 e	 ambiente.	 Sendo	 que	 a	
adequação	entre	essas	cinco	variáveis	constitui	o	principal	desafio	da	administração.	
	
TEORIAS	ADMINISTRATIVAS		
	 	
	 A	 partir	 das	 influências	 já	 discutidas	 foram	 surgindo	 às	 teorias	 administrativas.	 A	 palavra	
Teoria	 originalmente	 vem	 do	 grego	 theoria	 que	 significa	 uma	 visão.	 Assim,	 o	 desenvolvimento	 de	
teorias	 pode	 ser	 compreendido	 como	 racional	 e	 intelectual,	 conduzindo	 à	 descoberta	 da	 verdade.	
	 Uma	 teoria	 é	 um	 guia	 de	 ação,	 um	 guia	 para	 a	 coleta	 de	 fatos	 e	 a	 busca	 de	 novos	
conhecimentos,	ela	pode	ser	definida	como	sendo	um	conjunto	de	conceitos.	Segundo	Horta	(1979),	
a	 teoria	 é	 um	 conjunto	 de	 leis	 particulares,	 de	 proposições	 hipotéticas,	 conceitos	 e	 definições,	
relacionados	 a	 uma	explicação	 comum,	 logicamente	ordenados,	 que	 visam	explicar	 eventos,	 e	 são	
criados	 com	 algum	 propósito	 ou	 objetivo.	 	 Segundo	 Paim	 (1986)	 a	 teoria	 é	 “o	 núcleo	 central	 da	
ciência,	 sobre	 cujas	 bases	 se	 desenvolvem	 a	 observação,	 a	 descrição	 e	 a	 experimentação”.		
	 Concluindo	Teorias	podem	ser	definidas	como	sendo	uma	forma	sistemática	de	olhar	para	o	
mundo	e	descrevê-lo,	explicá-lo	prevê-lo	ou	controlá-lo.		
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
5	
	 O	conteúdo	e	o	significado	da	administração	sofreram	ampliação	e	aprofundamento	através	
das	diferentes	teorias	existentes,	variando	de	acordo	com	a	teoria	ou	escola	considerada.	As	teorias	
da	 administração	 surgiram	 para	 melhorar	 a	 produtividade	 e	 embasar	 a	 prática	 através	 do	
conhecimento	adquirido.		
	 As	variáveis	“tarefa,	estrutura,	pessoas,	tecnologia	e	ambiente”,	de	acordo	com	a	abordagem	
de	cada	autor,	marcaram	a	seu	tempo	uma	ou	mais	diferentes	teorias	administrativas,	contribuindo	
no	desenvolvimento	da	administração,	conforme	a	Figura	1:	
	
Figura	1:	As	cinco	variáveis	da	Teoria	Geral	da	Administração.	Fonte:	Chiavaneto,	I.	Introdução	à	TGA,	
Makron	Books,	1998.		
	
PRINCIPAIS	TEORIAS	ADMINISTRATIVAS	
TEORIA	 CIENTÍFICA	 (1856-1915):	 Frederick	 Winslow	 Taylor	 criou	 o	 primeiro	 modelo	 científico	 de	
organização	 do	 trabalho,	 também	 denominado	 de	 Taylorismo.	 Ele	 verificou	 que	 no	 sistema	 de	
pagamento	por	dia	de	 trabalho	os	 trabalhadores	não	percebiam	nenhuma	vantagem	em	 trabalhar	
arduamente,	e	assim	ele	afirmava	que	se	a	empresa	pudesse	estabelecer	padrões	de	desempenho	
fixos,	o	trabalhador	se	esforçaria	para	receber	salários	maiores.		
§ Pressupostos	 Básicos:	 O	 Taylorismo	 consiste	 na	 aplicação	 dos	 princípios	 de	 organização	 e	 do	
método	 científico,	 com	 os	 objetivos	 básicos	 de	 eliminar	 o	 desperdício	 e	 as	 perdas,	 bem	 como	
elevar	os	níveis	de	produtividade.		O	que	é	conseguido	através	da:	
- Racionalização	 do	 trabalho,	 decomposição	 das	 tarefas	 em	 operações	 simples	 (levando	 a	
quebra	do	saber	operário	alterando	a	relação	que	o	trabalhador	tinha	até	então	com	o	seu	
trabalho),	estudo	dos	tempos	e	movimentos;		
- Especialização	do	operário;		
- Padronização	de	métodos,	instrumentos	e	tarefas,	para	obter	uniformidade	e	reduzir	custos;		
- Delimitação	 de	 tarefas	 e	 salários	 de	 acordo	 com	 a	 produção	 individual,	 com	 incentivos	
salariais	e	prêmios	por	produtividade;		
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
6	
- Divisão	entre	planejamento	e	execução	do	trabalho;		
- Monopólio	 do	 conhecimento,	 através	 da	 atribuição	 aos	 gerentes	 de	 superpoderes	 para	
controlar	rigorosamente	a	execução.	
	 Assim,	 Taylor	 foi	 considerado	 “O	 pai	 da	 Administração	 Científica”,	 sendo	 que	 os	 principais	
aspectos	do	Taylorismo	são:	
1.	Em	relação	à	ênfase:	ela	esta	centrada	na	realização	das	tarefas;		
2.	 Quanto	 à	 abordagem	 da	 organização:	 a	 empresa	 era	 vista	 como	 estrutura	 formal	 sendo	
conceituada	como	sendo	um	sistema	fechado;		
3.	 Concepção	 de	 homem:	 Homem	 econômico	 (homo	 economicus),	 considerando	 o	 homem	
como	sendo	motivável	por	recompensas	salariais,	econômicas	e	materiais;	
4.	 Princípios:	 os	quatro	princípios	 fundamentais	 da	 administração	 científica	 são	–	princípio	do	
planejamento	–	a	partir	do	qual	todo	trabalho	deveria	ter	como	critérios	para	sua	realização	métodos	
baseados	 em	 procedimentos	 científicos;	 da	 preparação	 dos	 trabalhadores	 -	 segundo	 o	 qual	 os	
trabalhadores	 devem	 ser	 treinados	 para	 produzir	 mais	 e	 melhor;	 do	 controle	 –	 consiste	 em	 se	
certificar	 que	 o	 trabalho	 esta	 sendo	 realizado	 de	 acordo	 com	 as	 normas	 estabelecidas	 e	 o	 plano	
previsto;	e	da	execução	–	que	consiste	na	distribuição	das	tarefas	e	responsabilidades	de	acordo	com	
critérios	estabelecidos	para	disciplinar	a	execução	e	a	divisão	do	trabalho.	
§ Críticas:	Como	já	dissemos	Taylor	foi	quem	propôs	a	criação	de	uma	“Ciência	da	Administração”.	
Antes	de	suas	observações	não	havia	uma	análise	dos	processos	de	trabalho,	os	gerentes	não	se	
preocupavam	com	os	processos,	discutia-se	“o	que”,	mas	não	o	“como”.	A	partir	da	racionalização	
e	 da	 padronização,	 houve	 incentivo	 salarial	 e	 prêmios	 por	 produtividade.	 Segundo	 Kurcgant,	
talvez	o	aspecto	mais	crítico	na	Teoria	Científica	seja	o	caráter	mecanicista	de	sua	proposta.		Além	
disso,	podemos	apontar	a	“superespecialização”	do	operário,	a	visão	microscópica	do	homem,	a	
ausência	 de	 comprovação	 científica	 -	 uma	 vez	 que	 pouca	 pesquisa	 e	 experimentação	 científica	
foram	 feitas	 para	 comprovar	 as	 teses	 -	 ,	 a	 abordagem	 prescritiva,	 normativa,	 incompleta	 da	
organização	 e	 a	 compreensão	 da	 empresa	 como	 um	 sistema	 fechado.	 Entretanto,	 apesar	 das	
críticas	é	importante	lembrar	que	as	contribuições	de	Taylor	são	relevantes	e	utilizadas	até	os	dias	
de	hoje,	e	que	a	partir	de	 suas	observações	é	que	o	 trabalho	passou	a	 ser	executado	melhor	e	
economicamente,	 impulsionando	 toda	 uma	 nova	 forma	 de	 compreender	 a	 Ciência	 da	
Administração.	
	 A	administração	científica	é	um	sistema	que	economiza	trabalho	produzindo	mais	em	menos	
tempo.	Foi	 tida	como	uma	revolução	mental	e	uma	maneira	das	pessoas	encararem	o	 trabalho	de	
uma	 forma	 mais	 cordial.	 A	 produtividade	 é	 gerada	 através	 da	 eficiência,	 não	 da	 escravização	 do	
trabalhador	e	sim	da	inteligência	de	como	se	trabalha.	Pode-se	observar	a	característica	mecanicista	
advinda	desta	teoria,	com	atividades	repetitivas,	ênfase	na	eficiência,	e	a	supervisão	funcional.		
	 Associa-se	 esta	 teoria	 à	 prática	 da	 enfermagem	 como	 uma	 forma	 de	 melhorar	 a	
produtividade	 dos	 profissionais.	 Observa-se	 alguns	 reflexos	 desta	 teoriana	 administração	 de	
pessoas,	 elaboração	 de	 escalas	 de	 serviços	 com	 a	 fragmentação	 do	 trabalho	 da	 enfermagem	 em	
atividades	e	em	categorias,	fixando	a	atividade	na	tarefa	e	não	integralidade	do	paciente.	
TEORIA	CLÁSSICA	(1841-1925)	foi	idealizada	por	Henri	Fayol.	Caracteriza-se	pela	ênfase	na	estrutura	
organizacional	 e	 pela	 busca	 da	 máxima	 eficiência	 através	 da	 adoção	 de	 uma	 estrutura	 que	 fosse	
adequada	 e	 consequentemente	 com	 um	 funcionamento	 compatível	 com	 essa	 estrutura.	 Sofreu	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
7	
críticas	 como	 a	 manipulação	 dos	 trabalhadores	 através	 dos	 incentivos	 materiais	 e	 salariais	 e	 a	
excessiva	unidade	de	comando	e	responsabilidade.		
§ Pressupostos	 Básicos:	 A	 Teoria	 Clássica	 compreende	 a	 administração	 como	 um	 corpo	 de	
conhecimentos	 que	 pode	 ser	 produzido,	 desenvolvido	 e	 planejado	 racionalmente,	 ela	 foi	
fortemente	influenciada	pelas	estruturas	organizacionais	militares	e	da	igreja,	compreendendo	as	
empresas	como	estruturas	limitadas	a	partir	de	uma	hierarquia	rígida	e	estática.	Além	disso,	esta	
teoria	define	como	sendo	funções	administrativas	o	planejamento,	a	organização,	o	comando,	a	
coordenação	e	o	controle.	Os	principais	aspectos	da	Teoria	Clássica	são:			
1.	Em	relação	à	ênfase:	ela	esta	centrada	na	estrutura	e	no	funcionamento	organizacional.		
2.	 Quanto	 à	 abordagem	 da	 organização:	 a	 empresa	 era	 vista	 como	 uma	 estrutura	 formal,	
constituída	por	um	conjunto	de	órgãos,	com	desenho	de	cargos,	tarefas,	regras	e	normas	bem	
delimitadas	e	com	uma	divisão	vertical	do	trabalho,	seguindo	uma	hierarquia	da	autoridade.		
3.	Concepção	de	homem:	Homem	econômico	(homo	economicus),	considerando	o	homem	como	
sendo	motivável	por	recompensas	salariais,	econômicas	e	materiais;		
4.	 Princípios:	 Através	 desta	 teoria	 foram	 definidos	 os	 princípios	 gerais	 da	 administração	 sendo	
eles:	
a.	 Divisão	 do	 trabalho	 –	 compreendida	 como	 sendo	 a	 especialização	 dos	 funcionários	
desde	a	maior	autoridade	até	os	operários,	favorecendo	a	eficiência	e	a	produtividade.	
b.		Autoridade	e	responsabilidade	–	sendo	que	a	autoridade	é	considerada	como	o	direito	
dos	 superiores	darem	ordens	que	deverão	ser	 seguidas	e	a	 responsabilidade	como	a	
contrapartida	da	autoridade.		
c.	 Disciplina	 –	 estabelecimento	 de	 regras	 de	 conduta	 e	 de	 trabalho	 válidas	 para	 todos,	
sem	elas	ocorre	o	caos	na	organização.	
d.	Unidade	de	Comando:	um	trabalhador	deve	receber	ordens	de	apenas	um	superior.	
e.	 Unidade	 de	 Direção	 -	 um	 único	 plano	 para	 um	 grupo	 de	 atividades	 com	 o	 mesmo	
objetivo.	
f.	 Subordinação	 dos	 interesses	 individuais	 aos	 interesses	 gerais	 –	 o	 interesse	 de	 um	
funcionário	não	deve	prevalecer	sobre	o	interesse	da	instituição.	
g.	 Remuneração	 -	 a	 compensação	 deve	 ser	 justa,	 e	 na	 medida	 do	 possível	 garantir	 a	
satisfação	do	indivíduo	e	da	empresa.	
h.	Centralização	–	as	atividades	essenciais	e	a	autoridade	devem	ser	centralizadas.	
i.			Rede	escalar	–	deve	haver	uma	estrutura	hierárquica	com	uma	linha	de	autoridade	fixa.	
j.		Ordem	–	um	lugar	para	cada	coisa,	e	cada	coisa	em	seu	lugar.	
k.	Equidade	–	senso	de	justiça	que	deve	prevalecer	 justificando	a	 lealdade	e	devoção	de	
cada	funcionário	a	organização.	
l.	 Estabilidade	 –	 a	 rotatividade	 tem	efeitos	 negativos,	 uma	 vez	 que	 é	 necessário	 tempo	
para	que	o	trabalhador	se	adapte	as	suas	funções.	
m.	Iniciativa	–	em	todos	os	níveis	é	necessário	que	haja	entusiasmo	e	energia,	para	que	os	
planos	sejam	estabelecidos	e	cumpridos.	
n.	 Espírito	 de	 Equipe	 –	 necessidade	 do	 desenvolvimento	 do	 trabalho	 em	 conjunto,	 e	 a	
manutenção	do	relacionamento	interpessoal.	
	 Além	 disso,	 esta	 teoria	 enumera	 as	 funções	 básicas	 ,	 necessárias	 à	 existência	 de	 qualquer	
empresa,	como:		
	
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1.	Funções	técnicas	–	relacionadas	com	a	produção	de	bens	ou	de	serviços	da	empresa.		
2.	Funções	comerciais	-	relacionadas	com	a	compra,	venda	e	permutação.		
3.	Funções	financeiras	–	relacionadas	com	a	procura	e	gerência	de	capitais.		
4.	Funções	de	segurança	–	relacionadas	com	a	proteção	e	preservação	dos	bens	e	das	pessoas.		
5.	Funções	contábeis	–	relacionadas	com	inventários,	registros,	balanços,	custos	e	estatísticas.		
6.	Funções	administrativas	–	relacionadas	com	a	integração	das	outras	cinco	funções.	As	funções	
administrativas	coordenam	as	demais	funções	da	empresa,	pairando	acima	delas.	São	elas:	
§ Planejar:	 estabelece	 os	 objetivos	 da	 empresa,	 especificando	 a	 forma	 como	 serão	
alcançados.	Parte	de	uma	sondagem	do	 futuro,	desenvolvendo	um	plano	de	ações	para	
atingir	 as	 metas	 traçadas.	 É	 a	 primeira	 das	 funções,	 já	 que	 servirá	 de	 base	 diretora	 à	
operacionalização	das	outras	funções.			
§ Organizar:	 é	 a	 forma	 de	 coordenar	 todos	 os	 recursos	 da	 empresa,	 sejam	 humanos,	
financeiros	 ou	 materiais,	 alocando-os	 da	 melhor	 forma	 segundo	 o	 planejamento	
estabelecido.			
§ Comandar:	faz	com	que	os	subordinados	executem	o	que	deve	ser	feito.	Pressupõe	que	as	
relações	 hierárquicas	 estejam	 claramente	 definidas,	 ou	 seja,	 que	 a	 forma	 como	
administradores	 e	 subordinados	 se	 influenciam	 esteja	 explícita,	 assim	 como	 o	 grau	 de	
participação	e	colaboração	de	cada	um	para	a	realização	dos	objetivos	definidos.	
§ Coordenar:	 a	 implantação	 de	 qualquer	 planejamento	 seria	 inviável	 sem	 a	 coordenação	
das	atitudes	e	esforços	de	toda	a	empresa,	almejando	as	metas	traçadas.		
§ Controlar:	 controlar	 é	 estabelecer	 padrões	 e	 medidas	 de	 desempenho	 que	 permitam	
assegurar	 que	 as	 atitudes	 empregadas	 são	 as	 mais	 compatíveis	 com	 o	 que	 a	 empresa	
espera.	 O	 controle	 das	 atividades	 desenvolvidas	 permite	maximizar	 a	 probabilidade	 de	
que	tudo	ocorra	conforme	as	regras	estabelecidas	e	ditadas.	 	
§ Críticas:	 Os	 estudos	 de	 Fayol	 foram	 centrados	 na	 unidade	 do	 comando,	 autoridade	 e	 na	
responsabilidade,	dando	a	Teoria	Clássica	um	caráter	prescritivo	e	normativo	na	determinação	de	
regras	e	normas,	além	disso,	uma	vez	que	se	voltou	para	a	estrutura	formal	da	organização,	não	
considerando	 a	 estrutura	 informal,	 concebeu	 a	 empresa	 como	 um	 sistema	 fechado,	 sendo	
criticada	também	por	não	estar	voltada	para	as	necessidades	dos	trabalhadores.	Propôs	a	divisão	
horizontal	 do	 trabalho,	 através	 do	 agrupamento	 de	 atividades	 afins,	 denominada	
departamentalização	 e	 a	 divisão	 vertical	 estabelecendo	 níveis	 hierárquicos,	 com	 ênfase	 na	
estrutura	 que	 a	 organização	 deveria	 possuir	 para	 ser	 eficiente.	 Possibilitou	 uma	 redução	 nos	
custos	 dos	 bens	 manufaturados,	 tornando	 muitos	 destes	 antes	 inacessíveis	 as	 camadas	
trabalhadoras,	disponíveis	para	as	massas.	Tornou	ainda	possível	o	aumento	dos	salários.	A	Teoria	
Clássica	visa	à	eficiência	da	organização.	Para	a	enfermagem,	contribuiu	com	as	estruturas	rígidas.	
Observa-se	algumas	características	nas	instituições	de	saúde,	como	os	organogramas	nos	serviços	
de	 enfermagem	 com	 linhas	 de	 subordinação	 (enfermeiro,	 técnico	 e	 auxiliar	 de	 enfermagem).	
Propostas	de	trabalho	resultantes	em	atividades	rotineiras	com	aspecto	apenas	quantitativo,	sem	
levar	em	consideração	a	qualidade.	
TEORIA	 DAS	 RELAÇÕES	 HUMANAS	 ou	 ESCOLA	 DAS	 RELAÇÕES	 HUMANAS	 (1929)	 idealizada	 por		
George	 Elton	 Mayo,	 é	 um	 conjunto	 de	 teorias	 administrativas	 que	 ganhou	 força	 com	 a	 grande	
depressão	 econômica	 criada	 na	 quebra	 da	 bolsa	 de	 valores	 de	 Nova	 Iorque,	 em	 1929.	 Até	 então	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
9	
como	conseqüência	das	Teorias	Científica	e	Clássica	o	trabalhador	era	considerado	de	forma	muito	
mecânica	 e	 econômica,	 já	 esta	 teoria	 cria	 novas	 perspectivas	 para	 a	 administração,	 ao	 passar	 a	
perceber	 o	 trabalhador	 como	 portadores	 de	 sentimentos	 e	 necessidades,	 deixando	 de	 enfatizar	 a	
estrutura	e	passando	a	preocupar-se	comos	aspectos	psicológicos	e	sociais	do	homem	no	trabalho,	
estudando	 também	 a	 formação	 de	 grupos.	 A	 consequência	 deste	 estudo	 foi	 uma	 quebra	 de	
paradigma	em	 relação	aos	princípios	da	Teoria	Cientifica,	 incluindo	variáveis	 comportamentais	dos	
indivíduos	 na	 execução	 de	 atividades	 e	 retirando	 a	 tendência	 de	 desumanização	 do	 trabalho	 com	
aplicação	de	métodos	científicos	e	precisos.	A	partir	daí,	a	teoria	da	administração	passou	a	enfatizar	
a	 variável	 pessoa	 em	 lugar	 da	 estrutura.	A	 preocupação	na	 relação	do	 trabalhador	 com	os	 grupos	
sobressaiu	 a	 preocupação	 com	as	 regras	 e	 normas	 a	 serem	executadas.	 Elton	Mayo,	 considerou	 a	
organização	 informal,	 a	 importância	 da	 cooperação	 entre	 trabalhadores	 que	 resultaria	 em	 maior	
produção.	
Experiência	 de	 Hawthorne	 –	 estudo	 de	 comportamentos	 realizado	 para	 verificar	 a	 influência	 da	
iluminação	 na	 produtividade,	 buscando	 variáveis	 que	 influenciassem,	 positiva	 ou	 negativamente	 a	
produção,	 ou	 seja,	 objetivava-se	 identificar	 a	 correlação	 entre	 a	 iluminação	 e	 a	 eficiência	 do	
operários,	medida	pela	produção	dos	mesmos.	Este	 trabalho	 ficou	conhecido	como	experiência	de	
Hawthorne,	 por	 ser	 este	 o	 nome	 do	 bairro	 onde	 estava	 localizada	 a	 Western	 Electric	 Company,	
fábrica	 onde	Mayo	 realizou	 sua	 pesquisa,	 em	 Chicago,	 nos	 EUA.	 A	 partir	 desta	 experiência	Mayo	
concluiu	que	a	produção	não	era	determinada	unicamente	pela	condição	física	do	trabalhador,	mas	
que	ela	era	uma	decorrência	também	e	principalmente	da	integração	dos	trabalhadores	com	o	grupo	
social.	
§ Pressupostos	 Básicos:	 A	 partir	 desta	 teoria	 a	 administração	 passou	 a	 discutir	 novas	 variáveis,	
entre	elas	a	motivação	humana,	a	liderança,	a	comunicação	e	a	dinâmica	de	grupo.	Os	principais	
aspectos	da	Teoria	das	Relações	Humanas	são:	
1.	 Em	 relação	à	ênfase:	 ela	esta	 centrada	na	percepção	de	que	um	problema	humano	para	 ser	
resolvido	necessita	de	dados,	informações	e	ferramentas	também	humanas,	ou	seja,	a	ênfase	está	
nas	pessoas;		
2.	 Quanto	 à	 abordagem	 da	 organização:	 passou-se	 a	 salientar	 a	 importância	 da	 organização	
informal,	 da	 cooperação	 entre	 os	 trabalhadores	 para	 os	 resultados	 na	 produção	 e	 para	 a	
necessidade	 de	 não	 haver	 incompatibilidade	 entre	 os	 objetivos	 da	 organização	 e	 os	 dos	
trabalhadores.		
3.	 Concepção	 de	 homem:	 nesta	 teoria	 as	 recompensas	 sociais	 é	 que	 são	 consideradas	 como	
fatores	determinantes	no	desempenho	do	indivíduo,	assim	o	homem	e	considerado	um	ser	social	
–	 “homem	 social”.	 Até	 então,	 o	 trabalhador	 era	 tratado	 pela	 Teoria	 Clássica	 de	 forma	 muito	
mecânica.	Com	os	novos	estudos,	o	foco	mudou	e,	do	Homo	economicus	o	trabalhador	passou	a	
ser	visto	como	Homo	socialis.	
4.	 Princípios:	 da	 mesma	 forma	 novos	 princípios	 passaram	 a	 ser	 discutidos	 entre	 eles:	 as	
recompensas	sociais	como	determinantes	do	desempenho	e	a	administração	participativa.	
§ Críticas:	As	principais	 críticas	a	esta	 teoria	apontam	para	a	 concepção	 ingênua	e	 romântica	dos	
trabalhadores	 e	 para	 a	 ênfase	 exagerada	 nos	 grupos	 informais,	 que	 fizeram	 com	 que	 ela	 se	
tornasse	 uma	 forma	 paternalista	 de	 administração,	 ignorando	 os	 confrontos	 e	 conflitos	 entre	
empregados	 e	 administradores,	 levando	 a	 um	 enfoque	 manipulativo	 e	 demagogo.	 O	 maior	
	
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impacto	desta	 teoria	 foi	 à	 constatação	de	que	os	 trabalhadores	possuem	uma	capacidade	para	
agir	eficientemente	na	medida	em	que	lhes	é	oferecido	certo	grau	de	responsabilidade,	e	que	os	
problemas	 humanos	 no	 trabalho	 podem	 ser	 equacionados	 e	 solucionados.	 A	 influência	 desta	
escola	 na	 administração	 de	 pessoal	 de	 enfermagem,	 contribuiu	 para	 que	 a	 liderança	 surgisse	
como	estratégia.	A	comunicação	entre	enfermeiro	e	outros	membros	do	grupo	(enfermagem	ou	
multiprofissional)	 foi	 considerado	 como	 fator	 relevante	 para	 continuidade	 e	 otimização	 do	
trabalho	de	enfermagem.	O	princípio	base	da	Teoria	das	Relações	Humanas	de	que	o	homem	tem	
necessidades	 sociais,	 deseja	 relacionamentos	 recompensantes	 no	 local	 de	 trabalho	 e	 responde	
mais	 às	 pressões	 de	 grupo	 do	 que	 à	 autoridade	 dos	 superiores	 e	 ao	 controle	 administrativo,	
constitui	a	sua	principal	contribuição	para	a	gestão.	É	a	partir	daqui	que	nasce	um	novo	tipo	de	
gestão	mais	preocupada	em	conhecer	as	necessidades	 individuais	e	de	grupo	dos	operários	e	a	
procurar	a	eficiência	e	a	produtividade	através	da	liderança,	motivação	e	comunicação.	Por	outro	
lado,	 é	 também	a	partir	da	Teoria	das	Relações	Humanas	que	nasce	o	 conceito	de	organização	
informal.	
TEORIA	 BUROCRÁTICA	 ou	 TEORIA	 DAS	 ORGANIZAÇOES	 (1940):	 Esta	 Teoria	 administrativa	
desenvolveu-se	 quando	 o	 sociólogo	 alemão	Max	 Weber	 estudou	 as	 organizações	 sob	 o	 aspecto	
estruturalista	enfocando	a	adequação	dos	meios	utilizados	nas	empresas	em	relação	aos	resultados,	
aos	 fins	 esperados.	 Ele	 abordou	 abordou	 esta	 teoria	 como	 uma	 forma	 de	 organizar	 a	 empresa	 e	
controlá-	 la	 rigidamente	 em	 suas	 atividades.	 Segundo	esta	 teoria,	 um	homem	pode	 ser	 pago	para	
agir	 e	 se	 comportar	 de	 certa	 maneira	 preestabelecida,	 a	 qual	 lhe	 deve	 ser	 explicada,	 muito	
minuciosamente	 e,	 em	 hipótese	 alguma,	 permitindo	 que	 suas	 emoções	 interfiram	 no	 seu	
desempenho.	 A	 Sociologia	 da	 Burocracia	 propôs	 um	modelo	 de	 organização	 e	 os	 administradores	
não	 tardaram	 em	 tentar	 replicá-los	 na	 prática	 em	 suas	 empresas.	 A	 burocracia	 é	 uma	 forma	 de	
organização	 que	 se	 baseia	 na	 racionalidade,	 isto	 é,	 na	 adequação	 dos	 meios	 aos	 objetivos	 (fins)	
pretendidos,	a	fim	de	garantir	a	máxima	eficiência	possível	no	alcance	dos	objetivos.	
Popularmente	 por	 burocrática	 compreendemos	 uma	 organização	 onde	 os	 papéis	 se	multiplicam	 e	
avolumam	 tão	 complexa	 que	 impede	 as	 soluções	 rápidas	 ou	 eficientes,	 ou	 também	 como	 o	
seguimento	 rígido	dos	 funcionários	aos	 regulamentos	e	 rotinas,	 levando	a	 ineficiência	da	empresa,	
assim	burocracia	costuma	ser	sinônimo	de	defeitos	ou	disfunções	do	sistema	e	não	o	sistema	em	si	
mesmo,	mas	não	devemos	nos	prender	ao	julgamento	de	valores	da	palavra	burocracia.	
No	 conceito	 de	 Max	 Weber	 burocracia	 é	 exatamente	 o	 contrário,	 é	 a	 organização	 eficiente	 por	
excelência	 que	 detalha	 antecipadamente	 como	 as	 tarefas	 deverão	 ser	 realizadas,	 devendo	 ser	
impessoal	e	formal.	
§ Pressupostos	básicos:		Para	Weber	as	principais	características	do	Modelo	Burocrático	seriam:		
ü Caráter	formal	e	legal	das	normas,	regulamentos,	rotinas,	procedimentos	e	comunicações;	
ü Divisão	 de	 trabalho,	 estabelecendo	 o	 grau	 hierárquico	 de	 cada	 cargo,	 o	 poder,	 a	
responsabilidade,	as	atribuições	e	as	condições	necessárias;		
ü Ênfase	e	estímulo	à	competência	técnica	e	profissionalização;	
ü O	corpo	administrativo	deve	ser	separado	da	propriedade	da	empresa,	com	especialização	da	
administração;	
ü Completa	previsibilidade	do	funcionamento.		
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
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Os	principais	aspectos	da	Teoria	Burocrática	são:		
1.	Em	relação	à	ênfase:	ela	esta	centrada	na	estrutura	organizacional.	
2.	Quanto	à	abordagem	da	organização:	compreende	a	empresa	como	estruturada	por	normas	e	
regulamentos	previamente	estabelecidos	por	escrito,	que	definem	antecipadamente	como	ela	
deve	funcionar,	conferindo	um	caráter	formal	à	organização.		
3.	Concepção	de	homem:	caracteriza-se	pela	impessoalidade	nas	relações	humanas,	considera	os	
trabalhadores	 apenas	 em	 função	 dos	 cargos	 e	 funções	 que	 exercem	 na	 empresa	 -	 Homem	
organizacional.		
4.Princípios:	segue	os	mesmos	princípios	da	Teoria	Clássica.	
Weber	identifica	três	fatores	principais	que	favorecem	o	desenvolvimento	da	moderna	burocracia:	
- desenvolvimento	de	uma	economia	monetária:	Na	Burocracia,	a	moeda	assume	o	 lugar	da	
remuneraçãoem	espécie	para	os	funcionários,	permitindo	a	centralização	da	autoridade	e	o	
fortalecimento	da	administração	burocrática;	
- O	crescimento	quantitativo	e	qualitativo	das	tarefas	administrativas	do	Estado	Moderno;	
- A	 superioridade	 técnica	–	em	 termos	de	eficiência	–	do	 tipo	burocrático	de	administração:	
serviu	como	uma	força	autônoma	para	impor	sua	prevalência.	
Nesta	 teoria,	 observa-se	 o	 comportamento	 do	 trabalhador	 preestabelecido,	 treinado.	 As	 relações	
humanas	 passam	 a	 ser	 caracterizadas	 pela	 impessoalidade.	 Há	 uma	 divisão	 sistematizada	 do	
trabalho,	rotinas,	procedimentos	e	a	especialização	técnica	proporciona	remuneração	condizente	ao	
cargo,	possibilidade	de	ascensão	na	organização.		
§ Críticas:	 Um	 dos	 dilemas	 enfrentado	 pela	 Teoria	 Burocrática	 diz	 respeito	 ao	 fato	 de	 que	 a	
impessoalidade	 e	 a	 racionalidade	do	modelo	 não	permitem	uma	 liderança	 competitiva	 ou	uma	
sobrevivência	em	um	ambiente	dinâmico,	onde	existem	pressões	constantes	de	forças	exteriores	
que	encorajam	o	burocrata	a	 seguir	ouras	normas	diferentes	das	da	organização.	Além	disso,	o	
exagerado	apego	as	regras,	normas	e	regulamentos,	assim	como	o	modo	operacional	mecânico,	a	
desatenção	 ao	 comportamento	 humano	 inibem	 a	 criatividade	 a	 flexibilidade,	 transformando	
muitas	 vezes	 os	meios	 em	 fins.	Como	 aspectos	 positivos	 são	 citados:	 a	 possibilidade	 de	maior	
rapidez	 nas	 decisões;	 uniformidade	 de	 rotinas,	 procedimento	 e	 na	 interpretação,	 uma	 vez	 que	
toda	regulamentação	é	escrita,	redução	do	atrito	entre	as	pessoas,	subordinação	dos	mais	novos	
aos	mais	 antigos,	 constância	 e	 confiabilidade,	pois	 tudo	é	 conduzido	de	acordo	 com	as	normas	
entre	outros.	As	propostas	da	teoria	burocrática	estão	presentes	nos	serviços	de	enfermagem,	a	
presença	 de	 pessoal	 técnico	 e	 especializado,	 comportamentos	 e	 posições	 já	 determinadas	 pela	
estrutura	organizacional,	regras	e	normas	condicionadas	a	poucas	mudanças.	
TEORIA	ESTRUTURALISTA:	 surgiu	por	volta	da	década	de	40,	 como	um	desdobramento	de	autores	
voltados	para	a	Teoria	da	Burocracia	que	tentaram	conciliar	as	teses	propostas	pela	Teoria	Clássica	e	
pela	Teoria	 das	 Relações	 Humanas.	 Ao	 final	 da	 década	 de	 1950,	 as	 Teorias	 Clássica	 e	 Relações	
Humanas	 criaram	 situações	 sem	 saída	 que	 a	 Teoria	 da	 Burocracia	 não	 deu	 conta	 de	 resolver,	 e	 a	
Teoria	 Estruturalista	 foi	 criada	 na	 tentativa	 de	 suprir	 essa	 carência	 de	 soluções	 na	 Administração.	
(CHIAVENATO,	 2003).	 A	 Teoria	 Estruturalista	 teve	 como	 origem	 a	 oposição	 surgida	 entre	 a	 Teoria	
Clássica	e	a	Teoria	das	Relações	Humanas,	incompatíveis	entre	si,	tornando	necessária	uma	posição	
mais	ampla	e	compreensiva	que	integrasse	os	aspectos	considerados	por	uma	e	omitidos	pela	outra	
e	vice-versa.	A	Teoria	Estruturalista	pretende	ser	uma	síntese	delas,	inspirando-se	na	abordagem	de	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
12	
Max	Weber.	Assim,	representa	um	desdobramento	da	Teoria	da	Burocracia	e	uma	leve	aproximação	
à	Teoria	das	Relações	Humanas.	Representa	também	uma	visão	extremamente	crítica	da	organização	
formal.	 O	 movimento	 estruturalista	 teve	 um	 caráter	 mais	 filosófico	 na	 tentativa	 de	 obter	 a	
interdisciplinaridade	das	ciências.		
O	enfoque	da	teoria	estruturalista	é	na	estrutura	e	ambiente,	o	que	trouxe	uma	importante	ruptura	
com	relação	as	anteriores.	Ela	mostra	a	organização	como	sendo	um	sistema	aberto	que	se	relaciona	
com	 o	 ambiente	 e	 com	 outras	 organizações.	 Baseia-se	 no	 conceito	 de	 estrutura,	 que	 é	 um	 todo	
composto	por	partes	que	se	inter-relacionam.	Portanto,	o	todo	é	maior	do	que	a	simples	soma	das	
partes.	O	que	significa	que	os	sistemas	organizacionais	não	são	a	mera	justaposição	das	partes.	
Parte	 do	 conceito	 de	 estrutura,	 como	 uma	 composição	 de	 elementos	 visualizados	 em	 relação	 à	
totalidade	 da	 qual	 fazem	 parte.	 Portanto,	 por	 sua	 natureza,	 todas	 as	 partes	 estão	 estruturadas	
(subordinadas	uma	a	outra)	de	tal	forma	que	alterações	em	qualquer	delas	implica	em	rever	o	todo.		
Enquanto	a	 Teoria	Clássica	 caracteriza	o	 "homo	economicus"	 e	 a	 Teoria	das	Relações	Humanas	 "o	
homem	social",	a	Teoria	Estruturalista	focaliza	o	"homem	organizacional",	a	pessoa	que	desempenha	
diferentes	papéis	em	várias	organizações.	Na	sociedade	de	organizações,	moderna	e	industrializada,	
avulta	a	figura	do	homem	organizacional	que	participa	de	várias	organizações.	O	homem	moderno,	
ou	 seja,	 o	homem	organizacional,	 para	 ser	bem-sucedido	em	 todas	as	organizações,	precisa	 ter	 as	
seguintes	características	de	personalidade:	
- Flexibilidade,	 em	 face	 das	 constantes	 mudanças	 que	 ocorrem	 na	 vida	 moderna	 e	 da	
diversidade	de	papéis	desempenhados	nas	organizações.	
- Tolerância	 às	 frustrações	 para	 evitar	 o	 desgaste	 emocional	 decorrente	 do	 conflito	 entre	
necessidades	 organizacionais	 e	 necessidades	 individuais,	 cuja	mediação	 é	 feita	 através	 de	
normas	racionais,	escritas	e	exaustivas.	
- Capacidade	 de	 adiar	 as	 recompensas	 e	 poder	 de	 compensar	 o	 trabalho	 rotineiro	 na	
organização	em	detrimento	de	preferências	pessoais.	
- Permanente	desejo	de	realização	para	garantir	cooperação	e	conformidade	com	as	normas	
organizacionais	para	obter	recompensas	sociais	e	materiais.	
TEORIA	 COMPORTAMENTALISTA	 ou	 BEHAVIORISTA	 (1950):	 	 Kurt	 Levin	 (1890-	 1947)	 em	 suas	
pesquisas	 sobre	 o	 comportamento	 social,	 reforça	 a	 importância	 da	 motivação.	 Esta	 teoria	 teve	
origem	 a	 partir	 de	 uma	 crítica	 e	 reestruturação	 da	 Teoria	 das	 Relações	 Humanas,	 e	 apesar	 de	
compartilhar	dos	conceitos	fundamentais	rejeita	as	concepções	românticas	e	ingênuas	desta	teoria.	
Assim,	 a	 partir	 da	 década	 de	 50,	 inicialmente	 nos	 Estados	 Unidos,	 se	 desenvolve	 uma	 nova	
concepção	de	administração,	que	transfere	a	preocupação	com	a	estrutura	para	o	processo,	para	o	
comportamento	 humano	 nas	 organizações,	 tendo	 por	 base	 o	 movimento	 Behaviorista	 ou	 das	
ciências	 do	 comportamento.	 Os	 estudiosos	 desta	 teoria	 se	 debruçaram	 sobre	 a	 análise	 do	
comportamento	das	pessoas,	principalmente	no	que	diz	 respeito	ao	que	motiva	as	pessoas.	 Levin,	
especificamente,	elabora	a	Teoria	de	Campo,	que	se	baseia	em	duas	posições	fundamentais:	
1. Comportamento	humano	é	derivado	da	totalidade	de	fatos	coexistentes;	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
13	
2. Esses	fatos	coexistentes	têm	caráter	de	um	campo	dinâmico,	no	qual	cada	parte	do	campo	
depende	de	uma	inter-relação	com	as	demais	outras	partes.	Para	explicar	o	comportamento	
humano	ele	propõe	a	seguinte	equação:	
	
	
Onde:	 C	 (comportamento)	 é	 função	 (f)	 ou	 resultado	 da	 interação	 entre	 a	 pessoa	 (P)	 e	 o	 meio	
ambiente	(M)	que	a	rodeia.	
A	 teoria	 passou	 a	 abordar	 o	 comportamento	 das	 pessoas	 em	 relação	 ao	 processo	 e	 a	
dinâmica	 organizacional,	 a	 busca	 de	 soluções	 democráticas	 e	 flexíveis	 para	 os	 problemas	
organizacionais.	Dentre	as	várias	proposições	sobre	a	motivação	humana,	citam-se	as	contribuições	
de	Maslow	 com	 o	 estudo	 das	 necessidades	 humanas	 básicas,	 de	Mc	 Gregor	 com	 a	 teoria	 X	 e	 Y,	
Herzberg	com	a	teoria	higienista	e	Likert	com	os	sistemas	de	administração.	Vejamos	resumidamente	
o	que	falavam	estes	estudiosos:	
TEORIA	 DA	 MOTIVAÇÃO	 DE	 MASLOW	 ou	 da	 hierárquica	 das	 necessidades	 humanas:	 Segundo	
Maslow,	 as	 pessoas	 são	 dominadas	 por	 motivos	 ou	 solicitações	 de	 suas	 necessidades	 internas	
insatisfeitas,	que	orientam	e	determinam	o	comportamento.	Há	uma	hierarquia	dessas	necessidades,	
uma	escala	de	prioridades,	conforme	demonstra	a	Figura	2:	
	
	
Figura	2	–	Pirâmide	das	Necessidades Humanas Básicas. Fonte: MASLOW, 2000, p.105.	
C	=	f(P,M)	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
14	
Estas	 cinco	 categorias	 de	necessidades	 são	 importantes,	 interdependentes	 e	 justapostas.	 E	
elas	 podem	 surgir	 concomitantemente,	 ou	 seja,	 uma	 necessidade	 deauto-	 realização	 pode	 surgir	
antes	que	uma	necessidade	 fisiológica	esteja	 completamente	 satisfeita,	 o	 alcance	dos	níveis	não	é	
permanente	 sendo	 que	 a	 ordem	 à	 importância	 das	 necessidades	 das	 pessoas	 e	 as	 maneiras	 de	
satisfazê-las	podem	se	modificar.	
TEORIA	 DE	McGREGOR	 ou	 da	 Participação	 ou	 Teoria	 XY:	 Posteriormente	 à	 ideia	 da	 existência	 de	
necessidades	 humanas	 lançadas	 por	 Maslow,	 Douglas	 McGregor,	 complementa	 tais	 afirmações	
dizendo	 que	 essas	 necessidades	 encontram	 satisfação	 no	 próprio	 trabalho.	 McGregor	 assinala	 a	
existência	 de	 um	 conflito	 básico	 entre	 as	 necessidades	 dos	 indivíduos	 e	 as	 da	 organização,	 e	
considera	 que	 nenhuma	 das	 partes	 pode	 ser	 plenamente	 satisfeita,	 mas	 cabe	 ao	 administrador	
orientar	seus	esforços	nesse	sentido.	A	obra	maior	de	McGregor	-	O	lado	humano	da	empresa	-	é	o	
registro	da	denominada	Teoria	X	e	Y.	Esta	 teoria,	extremamente	 interessante,	mostra	duas	 formas	
distintas	de	“ser”'	do	trabalhador	ou	duas	formas	distintas	de	“ver”	o	trabalhador	relacionando	o	tipo	
de	comportamento	humano	e	os	estilos	dos	administradores:	
a)	Teoria	X	-	que	corresponde	à	suposição	de	que	o	homem	é	uma	criatura	 indolente	e	que	foge	à	
responsabilidade,	 que	 tem	 aversão	 ao	 trabalho	 e	 o	 evitaria	 se	 pudesse,	 daí	 a	 necessidade	 de	
organizar	 todo	 o	 seu	 trabalho	 e	 controlá-lo,	 por	 meio	 de	 regulamentos,	 disciplina,	 através	 de	
promessas	 de	 recompensas	 e	 elogios.	 Caracterizada	 por	 uma	 chefia	 autoritária,	 com	 padrões	 de	
desempenho	 inflexíveis	 e	 com	 rígidos	 sistemas	 de	 controle	 representou	 os	 estilos	 das	 teorias	
científica	 de	 Taylor,	 Clássica	 de	 Fayol	 e	 a	 da	 Burocracia	 de	 Weber.	 Um	 trabalhador	 X,	 ou	 um	
trabalhador	 visto	 por	 um	 gerente	 de	 visão	 X,	 não	 gosta	 de	 trabalhar	 e	 o	 faz	 somente	 quando	 é	
compelido.	Não	 gosta	 de	 assumir	 responsabilidade,	 é	 pouco	 ou	 nada	 ambicioso	 e	 busca	 acima	 de	
tudo	segurança.	
b)	Teoria	Y	 -	que	corresponde	à	suposição	de	que	o	homem	é	uma	criatura	que	tem	motivações	e	
necessidades	 que	 necessitam	 ser	 satisfeitas,	 gostam	 do	 trabalho	 quando	 compreendem	 o	 que	 se	
espera	 delas	 e	 quando	 recebem	 satisfação	 decorrente	 do	 mesmo,	 daí	 a	 necessidade	 do	
conhecimento	 da	 motivação	 humana	 como	 meio	 de	 obtenção	 de	 eficiência	 no	 trabalho.	 Um	
trabalhador	 Y,	 ou	 um	 trabalhador	 visto	 por	 um	 gerente	 de	 visão	 Y,	 é	 alguém	que,	 pelo	 contrário,	
sente-se	bem	no	trabalho	e	busca	atingir	os	objetivos	que	lhe	são	colocados;	é	alguém	criativo	e	com	
potencialidades	que	podem	e	devem	ser	exploradas.	As	ações	 são	descentralizadas,	há	uma	maior	
participação	dos	trabalhadores	e	também	uma	proposta	de	auto	avaliação.	Esta	teoria	é	o	estilo	mais	
adequado	em	todas	as	situações	e	gera	um	clima	de	trabalho	favorável	que	estimula,	por	si	mesmo,	a	
alta	produtividade,	o	autocontrole	e	a	criatividade.	
A	teoria	de	McGregor	considera	que	o	homem	renova	suas	próprias	necessidades,	ela	é	normativa	e	
fornece	 uma	 descrição	 interessante	 de	 uma	 filosofia	 da	 organização	 calcada	 no	 humanismo	 e	 na	
tentativa	 de	 integrar	 as	 necessidades	 individuais	 e	 organizacionais.	 Propõe	 uma	 administração	
participativa	ou	consultiva	na	quais	os	indivíduos	participam	ou	são	consultados	quanto	às	decisões	
que	devem	ser	tomadas	a	seu	respeito.	É	interessante	perceber	que	na	administração	de	pessoal	de	
enfermagem,	a	adoção	de	estilos	de	chefia	são	compatíveis	com	a	Teoria	X.		
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
15	
TEORIA	 DE	 HEZBERG	 	 ou	 dos	 Dois	 Fatores:	 Outro	 a	 contribuir	 na	 teoria	 comportamentalista	 foi	
Frederick	 Herzberg	 que	 defende	 a	 existência	 de	 dois	 fatores	 que	 alteram	 o	 sentimento	 do	
colaborador,	motivando	ou	desmotivando	o	 indivíduo,	 sendo	publicada	em	seu	 livro	 “A	Motivação	
para	 Trabalhar”	 (The	 Motivation	 to	 Work).	 Tal	 teoria	 teve	por	 base	 entrevistas	 realizadas	 com	
diversos	 profissionais	 da	 área	 industrial	 de	 Pittsburgh.	 Seu	 objetivo	 era	 identificar	 os	 fatores	 que	
causavam	 a	 satisfação	 e	 a	 insatisfação	 dos	 empregados	 no	 ambiente	 de	 trabalho.	 Para	 isso,	
questionou	 os	 entrevistados	 sobre	 o	 que	 os	 agradava	 e	 os	 desagradava	 nas	 empresas	 em	 que	
trabalhavam.	 Herzberg,	 então,	 dividiu	 estes	 relatos	 em	 dois	 fatores:	motivacionais	(os	 que	
agradavam)	e	higiênicos	(os	que	desagradavam).	Diferentemente	de	Abraham	Maslow,	que	estudou	
a	satisfação	 das	 necessidades	das	 pessoas	 em	 diversos	 campos	 de	 sua	 vida,	 Herzberg	 procurou	
estudar	o	comportamento	e	a	motivação	das	pessoas	dentro	das	organizações,	especificamente.	
Para	o	autor,	o	oposto	de	satisfação	profissional	não	é	a	 insatisfação,	mas	nenhuma	satisfação,	ou	
seja,	ausência	de	satisfação	profissional.	Bem	como,	o	oposto	de	insatisfação	não	é	a	satisfação,	mas	
sim	nenhuma	insatisfação.	A	satisfação	no	cargo	depende	de	Fatores	Motivacionais	e	a	insatisfação	
do	cargo	depende	de	Fatores	Higiênicos,	confore	ilustrado	na	Figura	3.	Estes	dois	fatores	orientam	o	
comportamento	das	pessoas	em	diversas	situações	de	trabalho:	
- Fatores	 Higiênicos:	 Dizem	 respeito	 às	 condições	 físicas	 do	 ambiente	 de	 trabalho,	 salário,	
benefícios	 sociais,	 políticas	 da	 organização,	 clima	 organizacional,	 oportunidades	 de	
crescimento,	etc.	Segundo	Herzberg,	estes	fatores	são	suficientes	apenas	para	evitar	que	as	
pessoas	 fiquem	 desmotivadas.	 A	 ausência	 desmotiva,	 mas	 a	 presença	 não	 é	 elemento	
motivador.	 Nesta	 teoria,	 os	 fatores	 higiênicos	 são	 aqueles	 necessários	 para	evitar	que	 o	
funcionário	fique	insatisfeito	em	seu	trabalho,	porém,	eles	não	são	capazes	de	fazer	com	que	
ele	 se	 sinta	 completamente	 satisfeito.	 São	 chamados	 fatores	 insatisfacientes,	 também	
conhecidos	como	extrínsecos	ou	ambientais.	
- Fatores	 Motivacionais:	 Referem-se	 ao	 conteúdo	 do	 cargo,	 às	 tarefas	 e	 às	 atividades	
relacionadas	com	o	cargo	em	si.	Incluem	liberdade	de	decidir	como	executar	o	trabalho,	uso	
pleno	 de	habilidades	 pessoais,	 responsabilidade	 total	 pelo	 trabalho,	 definição	 de	 metas	 e	
objetivos	relacionados	ao	trabalho	e	auto-avaliação	de	desempenho.	São	chamados	fatores	
satisfacientes.	 A	 presença	 produz	 motivação,	 enquanto	 a	 ausência	 não	 produz	 satisfação.	
Também	chamados	de	intrínsecos.	
	
Figura	3	–	Grau	de	satisfação	de	acordo	com	os	fatores	motivacionais	e	higiênicos,	segundo	Hezberg.	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
16	
	
Estes	 dois	 fatores	 são	 independentes	 e	 não	 se	 vinculam	 entre	 si.	 Os	 fatores	 responsáveis	 pela	
satisfação	 profissional	 das	 pessoas	 são	 totalmente	 desligados	 e	 distintos	 dos	 fatores	 responsáveis	
pela	 insatisfação	 profissional.	 Para	 Hezberg,	 a	 estratégia	 de	 desenvolvimento	 organizacional	 mais	
adequada	 é	 a	 reorganização	 que	 ele	 denomina	 ‘enriquecimento	 de	 tarefas’	 a	 qual	 consiste	
basicamente	 em	 aumentar	 a	 responsabilidade	 do	 cargo	 adicionando	 tarefas	 gradativamente	mais	
elevadas	e	desafiantes.	
	
Ao	 final	 do	 estudo,	 Frederick	 Herzberg	 concluiu	 que	 os	 fatores	 que	 levavam	 à	 insatisfação	
profissional	 nada	 tinham	 a	 ver	 com	 aqueles	 que	 influenciavam	 na	 produção	 de	 satisfação	 dos	
trabalhadores.	Assim,	o	autor	percebeu	que	os	fatores	que	causavam	a	satisfação	dos	trabalhadores	
estava	 relacionado	 ao	 seu	 trabalho,	 à	 tarefa	 desempenhada,	 sua	 natureza,	 responsabilidade,	
promoção	 etc.	 Herzberg	 constatou,	 também,	 que	 os	 fatores	 que	 causam	 a	 insatisfação	 dos	
empregados	 são	 puramente	 ambientais,	 que	 não	 dizem	 respeito	 à	 tarefa	 desempenhada.	 São	
relacionados	à	natureza	das	relações	interpessoais,	condições	do	ambiente	de	trabalho,	salário	etc.	
	
TEORIA	DE	LIKERT	ou	dos	Perfis	Organizacionais:	para	Rensis	Likert,	a	administração	é	um	processo	
relativo,	onde	não	existem	normas	e	princípios	válidos	para	todas	as	situações,	e	assim	elanão	pode	
ser	 igual	 em	 todas	 as	 organizações,	 assumindo	 feições	 diferentes,	 de	 acordo	 com	 as	 condições	
internas	 e	 externas	 das	 organizações.	 Ele	 propõe	 então	 uma	 classificação	 de	 Sistemas	 de	
Administração	definindo	quatro	perfis	organizacionais,	conforme	o	Quadro	1:	
§ Autoritário	coercitivo	–	fortemente	arbitrário	e	que	controla	rigidamente	toda	a	organização;	
§ Autoritário	 benevolente	 –	 variação	 atenuada	 do	 primeiro,	 mais	 condescendente	 e	 menos	
rígido;	
§ Consultivo	 –	 caminha	 na	 direção	 participativa,	 e	 gradativamente	 representa	 um	
abrandamento	da	arbitrariedade	organizacional;	
§ Participativo	–	democrático	e	aberto.		
Para	 chegar	 a	 esta	 classificação	 ele	 analisou	 as	 seguintes	 variáveis	 organizacionais:	 o	 processo	
decisorial	adotado;	o	sistema	de	comunicação	existente;	o	relacionamento	interpessoal	e	o	sistema	
de	recompensas	e	punições	vigentes	na	organização.	
Quadro	1	–	Características	dos	Sistemas	de	Administração	de	acordo	com	as	váriaveis	organizacionais,	
segundo	Likert,	1976.	
VARIÁVEL	
ORGANIZACIONAL	
AUTORITÁRIO	
COERCITIVO	
AUTORITÁRIO	
BENEVOLENTE	
CONSULTIVO	 PARTICIPATIVO	
Processo	decisório	 Centralizado	e	
exclusivamente	na	
cúpula	que	resolve	
todos	os	imprevistos.	
Centralizado	na	
cúpula	com	
diminuta	delegação	
nas	decisões	de	
pequeno	porte,	em	
caráter	rotineiro	e	
repetitivo	e	sujeitos	
à	aprovação	
posterior.	
Consultivo	e	
participativo	em	que	
a	opinião	das	
pessoas	é	
considerada	na	
definição	das	
políticas	e	diretrizes	
da	organização.	
Decisões	são	
totalmente	
delegadas	para	a	
base	a	não	ser	em	
situações	
emergenciais	em	
que	a	cúpula	decide	
com	a	ratificação	
explícita	dos	grupos	
envolvidos.	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
17	
Sistema	de	
Comunicações	
Precário	e	
mandatório,	sendo	
que	ocorrem	sempre	
verticalmente	de	
cima	para	baixo.	
Relativamente	
precário,	
prevalecendo	
comunicações	
verticais	e	
descendentes,	
embora	sejam	
permitidas	
eventuais	
comunicações	
ascendentes.	
Provê	comunicações	
verticais	
descendentes	e	
ascendentes	bem	
laterais	entre	os	
pares,	apoiadas	por	
eficientes	sistemas	
de	comunicação.	
Flui	em	todos	os	
sentidos	por	meio	
de	sistemas	de	
informação,	
fundamentais	por	
sua	flexibilidade	e	
eficiência.	
Relacionamento	
interpessoal	
Prejudicial	ao	bom	
trabalho	e	visto	com	
extrema	
desconfiança	pela	
cúpula	que	desenha	
os	cargos	a	fim	de	
isolar	as	pessoas	
evitando	a	interação.	
Tolerância	acerca	de	
relacionamentos	em	
um	clima	de	
condescendência	
relativa	em	que	a	
interação	humana	e	
a	organização	
informal	são	
incipientes.	
Confiança	elevada	
depositada	nas	
pessoas,	embora	
não	completa	e	
definitiva.	Favorece	
uma	organização	
informal	sadia	e	
positiva.	
Realização	do	
trabalho	em	equipes	
e	grupos	
espontâneos	que	
incentivam	o	
relacionamento	
entre	as	pessoas	e	
um	espírito	de	
colaboração.	
Sistema	de	
recompensas	e	
punições	
Ênfase	em	punições	e	
medidas	
disciplinares,	gerando	
um	ambiente	de	
temor	e	desconfiança	
em	que	o	
regulamento	deve	ser	
obedecido	à	risca.	
Ênfase	em	punições	
e	medidas	
disciplinares	com	
menor	
arbitrariedade	e	
concessão	de	
recompensas	
materiais	e	salariais.	
Ênfase	nas	
recompensas	
materiais	e	
simbólicas,	embora	
eventualmente	
ocorram	punições	e	
ações	disciplinares.	
Ênfase	nas	
recompensas	
materiais	e	
simbólicas	em	que	
punições	e	ações	
disciplinares	são	
raras	e	definidos	
pelas	próprias	
equipes.	
Estilos	de	
Liderança	
Foco	nas	regras.	 Foco	em	si.	 Foco	nos	resultados.	 Foco	nas	pessoas.	
	
Estes	 quatro	 sistemas	 mostram	 as	 diferentes	 e	 gradativas	 alternativas	 existentes	 para	
administrar	 uma	 organização,	 além	 disso,	 Likert	 constatou	 que	 quanto	 mais	 próximo	 do	 sistema	
participativo	estiver	o	estilo	de	administração	da	organização,	maior	será	a	probabilidade	de	haver	
alta	produtividade,	boas	relações	de	trabalho	e	elevada	rentabilidade.	
§ Pressupostos	 Básicos:	 A	 teoria	 comportamentalista	 abandona	 as	 posições	 normativas	 e	
prescritivas	das	teorias	anteriores	para	a	adoção	de	posições	explicativas	e	descritivas.	Apresenta	
como	principais	aspectos:		
1.	Em	relação	à	ênfase:	nas	pessoas;		
2.	Quanto	à	abordagem	da	organização:	ela	compreende	a	organização	como	um	sistema	social,	
cooperativo	e	racional	e,	portanto	formal	e	informal;		
3.	Concepção	de	homem:	esta	teoria	deu	ênfase	ao	Homem	Administrativo,	pois	visa	à	maneira	
satisfatória	e	não	a	melhor	maneira	de	realizar	o	trabalho	tendo	por	base	o	behaviorismo;		
4.	 Princípios:	 estuda	 os	 fenômenos	 sociais	 através	 das	 causas	 que	 influenciam	 os	
comportamentos	dos	indivíduos	tanto	em	nível	micro	como	macro.	 	 	
§ Críticas:	 questiona-se	 a	 relatividade	 da	 teoria	 da	 motivação	 que	 considera	 como	 se	 todas	 as	
pessoas	 possuíssem	 as	 mesmas	 necessidades	 e	 como	 se	 estas	 pudessem	 ser	 hierarquizadas	
linearmente.	 Outra	 questão	 diz	 respeito	 ao	 fato	 de	 estrutura	 formal	 da	 organização	 ser	
considerada	 de	 forma	 isolada,	 independente	 da	 estrutura	 informal.	Além	 disso,	 ela	 também	 é	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
18	
criticada	pela	 tendência	a	 ser	manipulativa,	uma	vez	que	busca	descobrir	 formas	 intrínsecas	de	
obter	maior	produtividade	ou	qualquer	outro	objetivo.	Como	aspecto	positivo	é	possível	destacar	
a	grande	contribuição	desta	 teoria	para	a	administração	ao	evidenciar	os	diferentes	estilos	com	
que	os	administradores	dirigiam	suas	equipes,	unindo	a	escolha	do	estilo	às	convicções	que	estes	
possuíam	sobre	o	comportamento	humano.	As	teorias	motivacionais	demonstraram	ainda	que	os	
objetivos	 dos	 indivíduos	 nem	 sempre	 se	 aproximam	 dos	 objetivos	 das	 organizações,	 levando	
muitas	 vezes,	 a	 um	 comportamento	 alienado	 e	 ineficiente,	 que	 pode	 retardar	 ou	 impedir	 o	
alcance	dos	objetivos	das	organizações.	Por	outro	lado,	é	difícil	de	definir	parâmetros	universais	
que	 possam	 ser	 utilizados	 para	 motivar	 as	 pessoas,	 há	 sempre	 um	 componente	 subjetivo	 na	
motivação,	e,	portanto	o	que	é	bom	para	uma	pessoa	pode	não	ser	para	outra.	
TEORIA	NEOCLÁSSICA:	 	é	o	nome	dado	a	um	conjunto	de	 teorias	que	surgiram	na	década	de	50	e	
que	 propõem	 uma	 retomada	 das	 abordagens	clássica	 (Fayol)	e	científica	 (Taylor)	da	administração.	
Tem	como	principal	referência	Peter	Drucker.	Esta	teoria	surgiu	a	partir	da	releitura	e	aprimoramento	
de	algumas	características	da	administração	clássica,	através	de	testes	e	experimentos,	sendo	vários	
os	autores	que	compõem	seu	corpo	de	conhecimentos.	A	Teoria	Neoclássica	surgiu	da	necessidade	
de	se	utilizarem	os	conceitos	válidos	e	relevantes	da	Teoria	Clássica,	expurgando-os	dos	exageros	e	
distorções	 típicos	 de	 qualquer	 teoria	 pioneira	 e	 condensado-os	 com	 outros	 conceitos	 igualmente	
válidos	e	relevantes	oferecidos	por	outras	teorias	administrativas.	Tem	como	princípio	o	fato	de	que	
as	ações	administrativas	devem	ser	planejadas,	organizadas,	direcionadas	e	controladas,	sendo	estas	
as	 funções	 administrativas	que	 formam	o	 chamado	processo	 administrativo.	 Um	dos	 produtos	 da	
Teoria	Neoclássica	é	a	chamada	Administração	por	Objetivos.	Para	neoclássicos	administrar	significa	
coordenar	os	esforços	de	um	grupo	de	pessoas	para	alcance	dos	objetivos	comuns	de	forma	que	os	
dispêndios	 sejam	 mínimos.	 Afirmavam	 ainda	 que	 todas	 as	 organizações	 possuem	 dimensões	
administrativas	comuns.	
§ Pressupostos	 Básicos:	 Ela	 se	 caracteriza	 pela	 ênfase	 na	 ação,	 na	 operacionalização	 prática	 da	
administração;	 reafirmação	dos	postulados	 clássicos	que	 são	 redimensionados	e	 reestruturados	
de	 acordo	 com	uma	 configuração	mais	 ampla	 e	 flexível;	 retoma	os	 princípios	 de	 administração	
como	critérios	elásticos	para	a	busca	de	soluções	práticas;	enfatiza	os	objetivos	e	os	 resultados	
como	forma	de	avaliar	o	desempenho	das	organizações;	absorção	do	conteúdo	de	outras	teorias	
administrativas	mais	 recentes;	 concebe	 a	 administração	 como	 uma	 técnicasocial	 de	 lidar	 com	
pessoa,	 influenciando-as	 para	 o	 alcance	 de	 objetivos	 e	 resultados.	 Além	 disso,	 os	 autores	
neoclássicos	adotam	o	processo	administrativo	como	núcleo	de	sua	 teoria	eclética	e	utilitarista,	
definindo	como	funções	administrativas:	o	planejamento,	a	organização,	a	direção	e	o	controle.	
Os	principais	aspectos	da	Teoria	Neoclássica	são:		
1. Ênfase	na	prática	da	Adminsitração:	caracteriza-se	poruma	forte	ênfase	nos	aspectos	
práticos	e	utilizáveis	da	Administração,	pelo	pragmatismo	e	pela	busca	de	resultados	
concretos	 e	 palpáveis;	 Foco	 na	 ação	 administrativa;	 Influência	 da	 cultura	 anglo-
saxônica.	
2. Reafirmação	 relativa	 das	 proposições	 clássicas:	 Reação	 às	 ciências	 do	
comportamento;	 Retomada	 do	 legado	 da	 abordagem	 clássica;	 Ampliação	 e	
flexibilidade	à	teoria	clássica.	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
19	
3. Ênfase	 nos	 princípios	 gerais	 de	 gestão:	 Estabelecimento	 de	 normas	 de	
comportamento	 administrativo;	 Retomada	 dos	 princípios	 gerais	 de	 planejar,	
organizar,	 dirigir	 e	 controlar;	 Crença	de	que	os	problemas	de	gestão	 são	 sempre	os	
mesmos,	independente	do	tipo	e	tamanho	da	organização.	
4. Ênfase	 nos	 objetivos	 e	 resultados:	 Premissa	 de	 que	 toda	 organização	 existe	 para	
atingir	 objetivos	 e	 alcançar	 resultados;	 O	 desempenho	 da	 organização	 deve	 ser	
avaliado	com	base	nos	objetivos	e	resultados.	
5. Ecletismo	 nos	 conceitos:	 Apesar	 de	 sustentar-se	 em	 conceitos	 da	 teoria	 clássica,	 o	
conteúdo	de	teorias	mais	recentes	é	absorvido	pelos	autores	neoclássicos.	
	
Os	Neoclássicos	trouxeram	também	os	conceitos	de	Eficiência,	Eficácia	e	Efetividade.	Peter	Drucker,	
por	exemplo,	definiu	os	termos	da	seguinte	forma:	
“A	eficiência	consiste	 em	fazer	 certo	 as	 coisas:	 geralmente	 está	 ligada	 ao	
nível	operacional,	 como	 realizar	 as	 operações	 com	 menos	 recursos	 –	 menos	
tempo,	 menor	 orçamento,	 menos	 pessoas,	 menos	 matéria-prima,	 etc…”	 “Já	
a	eficácia	consiste	em	fazer	as	coisas	certas:	geralmente	está	relacionada	ao	nível	
gerencial”.	
§ Críticas:	Um	aspecto	positivo	é	a	tentativa	de	superação	dos	aspectos	negativos	da	teoria	clássica,	
o	 caráter	 prescritivo	 e	 normativo	 na	 determinação	 de	 regras	 e	 normas,	 e	 a	 concepção	 da	
organização	 como	 um	 sistema	 fechado.	O	 processo	 administrativo	 adotado	 por	 esta	 teoria	 se	
mostra	flexível,	maleável	e	adaptável	às	situações	variadas	e	circunstâncias	diferentes.	Seu	grande	
desafio	é	conseguir	a	participação	dos	trabalhadores	e	enfrentar	o	dilema	da	centralização	versus	
descentralização.	
TEORIA	DO	DESENVOLVIMENTO	ORGANIZACIONAL:	surgiu	a	partir	de	1962	em	função	das	finanças	
no	 mundo	 das	 organizações	 e	 da	 adequação	 das	 estruturas	 convencionais	 a	 essas	 novas	
circunstâncias.	A	Teoria	do	Desenvolvimento	Organizacional	 (TDO)	não	 teve	apenas	um	autor,	mas	
quem	 á	 iniciou	 foi	 Leland	 Bradford	 e	 pode	 ser	 considerado	 um	 desdobramento	 da	 	Teoria	
comportamental	em	sentido	a	abordagem	sistêmica,	ou	seja,	engloba	os	estudos	do	comportamento	
humano	e	da	estrutura.	Além	disso,	é	um	esforço	para	alterar	comportamentos,	valores,	atitudes	e	
estrutura	de	uma	organização	para	que	a	organização	 se	 adapte	 as	mudanças	e	desafios	 cada	 vez	
mais	comuns	nas	organizações.	Neste	sentido,	visa	compreender	os	ambientes	internos	e	externos,	
decidir	quais	mudanças	poderão	 ser	 realizadas	e	quais	 são	os	 impactos	dessas	mudanças	e	 junção	
das	metas	da	organização	com	as	necessidades	de	seus	empregados.	
	É	 uma	 teoria	 de	 caráter	 aberto,	 democrático	 e	 participativo,	 visto	 que	 as	 organizações	 devem	 se	
voltar	 mais	 às	 pessoas	 do	 que	 às	 técnicas	 e	 recursos	 para	 conseguir	 uma	 maior	 capacidade	 de	
realizar	 as	 mudanças	 necessárias	 ao	 desenvolvimento	 organizacional	 que	 nada	 mais	 é	 que	 as	
mudanças	que	ocorrem	dentro	de	uma	organização.	Ela	surge	de	um	conjunto	de	ideias	a	respeito	do	
ser	 humano,	 da	 organização	 e	 do	 ambiente	 na	 perspectiva	 de	 propiciar	 o	 crescimento	 e	
desenvolvimento	organizacional,	de	acordo	com	suas	potencialidades.		
Os	objetivos	comuns	da	TDO	são	principalmente	a	criação	de	um	senso	de	identificação	das	pessoas	
em	 relação	à	organização,	dessa	maneira	busca-se	a	motivação	 juntamente	do	comprometimento,	
compartilhamento	 de	 objetivos	 comuns	 e	 o	 aumento	 de	 lealdade,	 além	 do	 desenvolvimento	 do	
espírito	 de	 equipe	 por	 meio	 da	 integração	 e	 da	 interação	 das	 pessoas	 e	 o	 aprimoramento	 da	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
20	
percepção	comum	sobre	o	ambiente	externo	a	fim	de	facilitar	a	adaptação	de	toda	a	organização.	As	
mudanças	 ocorridas	 no	 contexto	 social,	 político	 e	 econômico	 foram	 decisivas	 para	
o	desenvolvimento	 organizacional.	 Dessa	 forma,	 as	 organizações	 e	 o	 mundo	 despertaram	 para	
fatores	como:	
- Um	novo	conceito	de	organização:	uma	organização	que	esteja	preocupada	com	o	bem-estar	
social,	com	a	qualidade	de	vida,	com	a	motivação	de	seus	colaboradores.	
- -Uma	organização	que	tenha	responsabilidade	socioambiental:	que	invista	na	inovação	e	na	
excelência	em	qualidade.	
Outro	 fator	 é	 a	 crescente	 preocupação	 com	 o	 clima	 organizacional	 e	 estudos	 relacionados	 ao	
ambiente	 de	 trabalho.	 Assim,	 é	 preciso	 identificar	 todos	 os	 ambientes	 internos	 (estrutura,	
capacitação	 dos	 profissionais,	 recursos,	 valores…)	 e	 externos	 (mercado,	 avanço	 tecnológico,	
desenvolvimento	da	economia,	concorrência,	aumento	de	clientes,	por	exemplo),	para	entender	de	
fato	 as	 mudanças	 que	 precisam	 ser	 feitas	 e	 como	 elas	 podem	 impactar	 no	 alcance	 de	 metas	
organizacionais	de	uma	empresa.	Trata-se	de	uma	maneira	de	desenvolver	empresas	e	organizações	
seguras	e	dinâmicas	que	consigam	se	adaptar	de	forma	rápida	e	eficiente	às	mudanças	que	surgirem	
e,	principalmente	se	antecipar	diante	dos	desafios	e	conflitos	que	podem	surgir.	
TEORIA	 GERAL	 DE	 SISTEMAS:	 Esta	 teoria	 surgiu	 na	 década	 de	 60	 tendo	 como	 base	 os	 principais	
conceitos	 da	 cibernética	 que	 envolve	 os	 estudos	 dos	 sistemas,	 da	 ciência	 da	 comunicação	 e	 do	
controle.	 Seu	precursor	 foi	 Ludwig	Von	Bertalanffy,	 que	 teve	 como	objetivo	 classificar	 os	 sistemas	
e	de	que	forma	seus	componentes	se	organizam	e	o	padrão	de	comportamento	de	cada	categoria,	
definindo	sistema	como	sendo	um	conjunto	de	elementos	inter-relacionados	e	integrados	visando	o	
alcance	de	um	objetivo	determinado,	e	um	dado	resultado	ou	uma	determinada	função.	A	essência	
do	 pensamento	 ou	 enfoque	 sistêmico	 é	 a	 idéia	 de	 elementos	 que	 interagem	 e	 formam	 conjuntos	
para	realizar	objetivos.	Esta	teoria	não	busca	solucionar	problemas	ou	tentar	soluções	práticas,	mas	
produzir	 teorias	 e	 formulações	 conceituais	 para	 aplicações	 na	 realidade	 empírica.	 A	 importância	
desta	teoria	é	significativa	tendo	em	vista	a	necessidade	de	se	avaliar	a	organização	como	um	todo	e	
não	somente	em	departamentos	ou	setores.	O	mais	importante	ou	tanto	quanto	é	a	identificação	do	
maior	número	de	variáveis	possíveis,	externas	e	internas	que,	de	alguma	forma,	influenciam	em	todo	
o	processo	existente	na	organização.	Outro	fator	também	de	significativa	importância	é	o	feedback	
que	deve	ser	realizado	ao	planejamento	de	todo	o	processo.	
Esta	 teoria	 começou	a	 ser	 aplicada	na	Administração	principalmente	em	 função	da	necessidade	de	
uma	 síntese	 e	 uma	 maior	 integração	 das	 teorias	 anteriores	 (Científicas	 e	 Relações	 Humanas,	
Estruturalista	 e	 Comportamental)	 e	 da	 intensificação	 do	 uso	 da	 cibernética	 e	 da	 tecnologia	 da	
informação	nas	empresas.	Os	sistemas	vivos,	sejam	indivíduos	ou	organizações,	são	analisados	como	
“sistema	 abertos”,	 mantendo	 um	 continuo	 intercâmbio	 de	 matéria/energia/informação	 com	 o	
ambiente.	A	Teoria	Geral	de	Sistemas	(TGS)	permite	reconceituar	os	fenômenos	em	uma	abordagem	
global,	 permitindo	 a	 inter-relação	 e	 integração	 de	 assuntos	 que	 são,na	 maioria	 das	 vezes,	 de	
natureza	completamente	diferentes.	Com	uma	abordagem	integrativa,	a	TGS	fundamenta-se	em	três	
premissas:	 os	 sistemas	 existem	 dentro	 de	 sistemas;	 eles	 são	 abertos	 e	 as	 funções	 de	 um	 sistema	
dependem	de	sua	estrutura	para	a	produção	de	 resultados.	 Logo,	 sistema	pode	ser	definido	como	
um	 conjunto	 de	 elementos	 interdependentes	 que	 interagem	 com	objetivos	 comuns	 formando	 um	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
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todo,	e	onde	cada	um	dos	elementos	componentes	comporta-se,	por	sua	vez,	como	um	sistema	cujo	
resultado	 é	 maior	 do	 que	 o	 resultado	 que	 as	 unidades	 poderiam	 ter	 se	 funcionassem	
independentemente.	Qualquer	conjunto	de	partes	unidas	entre	si	pode	ser	considerado	um	sistema,	
desde	 que	 as	 relações	 entre	 as	 partes	 e	 o	 comportamento	 do	 todo	 sejam	 o	 foco	 de	 atenção	
(ALVAREZ,	1990,	p.	16).	Podem	ser	classificados	em:	
- Sistemas	Abertos:	basicamente,	a	TGS	afirma	que	estes	são	abertos	e	sofrem	interações	com	
o	ambiente	onde	estão	inseridos.	Desta	forma,	a	interação	gera	realimentações	que	podem	
ser	positivas	ou	negativas,	criando	assim	uma	autorregulação	regenerativa,	que	por	sua	vez	
cria	 novas	 propriedades	 que	 podem	 ser	 benéficas	 ou	maléficas	 para	 o	 todo	 independente	
das	partes.	Toda	organização	é	um	sistema	aberto,	pois	sofre	interações	e	flutuações	de	seu	
ambiente	interno	(departamentos,	processos,	recursos	humanos	etc.)	e	do	ambiente	externo	
(economia,	política,	meio	ambiente	etc.),	conforme	ilustra	e	Figura	4	
- Sistemas	 Fechados:	 são	 aqueles	 que	 não	 sofrem	 influência	 nem	 influenciam	 o	 meio	
ambiente	no	qual	estão	inseridos,	de	tal	forma	que	ele	se	alimenta	dele	mesmo.	A	entropia	
apenas	se	mantém	constante	nos	sistemas	isolados.	Ex:	Sistema	de	televisão,	pois	não	muda,	
não	sofre	atualizações	e	não	interfere	no	meio	externo.	
	
Figura	4	–	Modelo	de	Sistema	Aberto.	(CHIAVENATO,	2003).	
	
Assim,	a	organização	é	um	sistema	criado	pelo	homem	e	matém	uma	dinâmica	interação	com	o	meio	
ambiente,	sejam	clientes,	fornecedores,	concorrentes,	entidades	sindicais,	órgãos	governamentais	e	
outros	agentes	externos.	É	um	sistema	integrado	por	diversas	partes	ou	unidades	relacionadas	entre	
si,	que	trabalham	em	harmonia	umas	com	as	outras,	com	a	finalidade	de	influenciar	o	meio	externo	e	
por	ele	ser	influenciado.	
§ Pressupostos	 Básicos:	Da	definição	 de	 Bertalanffy	 decorrem	 as	 seguintes	 características	 de	 um	
sistema:		
- Todo	sistema	tem	um	ou	alguns	propósitos	ou	objetivos;		
- Tem	uma	natureza	orgânica	através	da	qual	uma	ação	que	produza	uma	mudança	em	uma	
das	 unidades,	muito	 provavelmente	 irá	 produzir	mudanças	 em	 todas	 as	outras	 unidades	 –	
globalismo	ou	totalidade;		
- Tendência	para	a	 integração	das	ciências	naturais	e	sociais,	o	que	conduz	a	uma	integração	
na	educação	científica;	
	
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- Tendência	para	o	desgaste,	para	desintegração,	o	afrouxamento	dos	padrões	e	o	aumento	da	
aleatoriedade	–	entropia	–	à	medida	que	aumenta	a	informação	diminui	a	entropia;		
- Há	um	equilíbrio	dinâmico	entre	as	partes	do	sistema	–	homeostasia.	Os	sistemas	podem	ser	
classificados	 ainda	 em	 relação	 a	 sua	 natureza	 sendo	 denominados	 de	 sistema	 abertos	
aqueles	que	trocam	matéria	e	energia	com	o	meio	ambiente	e	os	fechados	aqueles	que	não	
fazem	trocas	com	o	meio.	Os	principais	aspectos	da	Teoria	de	Sistemas	são:		
1.	Em	relação	à	ênfase:	no	ambiente;	
2.	 Quanto	 à	 abordagem	 da	 organização:	 compreende	 a	 organização	 como	 um	 sistema	
aberto.	
3.	 Concepção	 de	 homem:	 a	 concepção	 é	 de	 Homem	 Funcional	 compreendido	 como	 o	
indivíduo	 que	 tem	 um	 papel	 dentro	 das	 organizações,	 inter-relacionando-se	 com	 os	
demais	indivíduos,	como	um	sistema	aberto.		
4.	Princípios:	os	elementos	estão	integrados	e	inter-relacionados	de	modo	a	alcançar	um	
resultado.	
§ Críticas:	 para	 alguns	 autores	 ela	 considerada	 abstrata	 e	 conceitual,	 de	 difícil	 aplicação	 às	
situações	 gerenciais	 práticas.	 Entretanto,	 pode-se	 dizer	 que	 a	 abordagem	 sistêmica	 é	
basicamente	 uma	 teoria	 geral	 compreensiva	 uma	 vez	 que	 cobre	 amplamente	 todos	 os	
fenômenos	organizacionais,	tendo	contribuído	para	uma	ampliação	na	visão	dos	problemas	
organizacionais.	Além	 disso,	 ela	 é	 considerada	 também	 como	 uma	 síntese	 integrativa	 dos	
conceitos	clássicos,	neoclássicos,	estruturalistas	e	behavioristas.	E	apesar	de	sua	abordagem	
parecer	 completa,	ela	ainda	necessita	de	uma	melhor	 sistematização	e	detalhamento,	pois	
sua	utilização	na	prática	ainda	é	pequena.	
TEORIA	DA	CONTINGÊNCIA	OU	CONTINGENCIAL:		Tem	sua	origem	na	década	de	60,		a	partir	de	uma	
série	de	pesquisas	 feitas	para	verificar	quais	os	modelos	de	estrutura	organizacionais	mais	eficazes	
em	determinados	tipos	de	 indústrias.	Essas	pesquisas	e	estudos	foram	contingentes	na	medida	em	
que	 procuravam	 compreender	 e	 explicar	 o	 modo	 pelo	 qual	 as	 organizações	 funcionavam	 em	
diferentes	condições.	A	palavra	contingência	significa	o	que	pode	vir	a	acontecer	ou	não,	diz	respeito	
a	uma	proposição	que	só	pode	ser	verificada,	confirmada	ou	não	pela	experiência	e	evidência	e	não	
pela	 razão.	 A	 organização	 é	 de	 natureza	 sistêmica,	 isto	 é,	 sistema	 aberto;	 suas	 características	
organizacionais	apresentam	uma	interação	entre	si	e	com	o	ambiente;	as	características	ambientais	
funcionam	como	variáveis	independentes,	enquanto	as	características	organizacionais	são	variáveis	
dependentes.	 Ao	 lado	 do	 ambiente,	 a	 tecnologia	 constitui	 outra	 variável	 independente	 que	
influencia	 as	 características	 organizacionais.	 Desta	 forma,	 E	 assim,	 as	 condições	 em	 que	 uma	
organização	funciona,	são	decorrentes	do	ambiente	externo	que	influenciam	na	estruturação	e	nos	
processos	administrativos	das	organizações.	De	uma	forma	mais	ampla,	a	teoria	contingencial	mostra	
que	 não	 se	 alcança	 a	 eficácia	 organizacional	 seguindo	 apenas	 um	 único	 modelo,	 não	 existe	 uma	
forma	que	seja	a	única	e	a	melhor	para	que	se	alcancem	os	objetivos	que	são	variados	e	acontecem	
em	 ambientes	 também	 diversos	 nas	 organizações.	 Assim,	 ambientes	 e	 situações	 diferentes	
requisitam	relações	organizacionais	diferentes	e	modelos	apropriados	para	cada	caso	vivenciado.	A	
abordagem	contigencial	explica	que	existe	uma	relação	funcional	entre	as	condições	do	ambiente	e	
as	técnicas	administrativas	apropriadas	para	o	alcance	eficaz	dos	objetivos	da	organização.		
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
23	
Neste	 sentido,	 a	 Teoria	 Contingencial	 é	 eminentemente	 eclética	 e	 integrativa,	 manifestando	 uma	
tendência	 a	 absorver	 os	 conceitos	 das	 diversas	 teorias	 administrativas	 -	 cada	 qual	 criticando	 as	
demais	-	no	sentido	de	alargar	os	horizontes	e	mostrar	que	nada	é	absoluto.		
§ Pressupostos	Básicos:	as	duas	variáveis	que	produzem	o	maior	impacto	sobre	as	organizações	são	
o	 ambiente	 e	 a	 tecnologia,	 que	 consequentemente	 implicam	 em	 diferenças	 na	 estrutura	 e	 no	
funcionamento.	 Ela	 enfatiza	 que	 não	 há	 nada	 de	 absoluto	 nas	 organizações	 ou	 na	 teoria	
administrativa,	tudo	é	relativo.	Tudo	depende.	Sua	tese	central	é	a	de	que	não	há	um	método	ou	
técnica	exclusivamente	válida,	ótima	ou	ideal	para	todas	as	situações.	O	que	há	é	um	conjunto	de	
alternativas,	métodos	ou	técnicas,	discutidos	pelas	diversas	teorias	administrativas,	sendo	que	um	
deles	 poderá	 ser	 o	 mais	 adequado	 para	 uma	 determinada	 situação.	 Assim,	 as	 teorias	
administrativas	anteriores	não	estão	erradas,	o	que	acontece	é	que	cada	uma	delas	foi	proposta	e	
desenvolvida	 tendo	 em	 perspectiva	 um	 determinado	 contexto,	 uma	 dada	 situação,	 na	 qual	 ela	
funciona	adequadamente.	Mas,	 se	o	contexto	e	a	 situação	se	modificam	ela	pode	deixar	de	ser	
válida.	 Desta	 forma,	 a	 abordagem	 contingencial	 consiste	 em	 diagnosticar	 as	 características	 do	
ambiente	e	da	tecnologia	para	que	se	possam	verificar	as	necessidades	organizacionais	e	a	partirdelas,	propor	a	abordagem	teórica	para	cada	situação	vivenciada.	Os	principais	aspectos	da	Teoria	
Contingencial	são:		
1.	 Em	 relação	 à	 ênfase:	 no	 ambiente	 –	 conceituado	 como	 sendo	 tudo	 o	 que	 envolve	
externamente	 uma	 organização,	 contexto	 dentro	 do	 qual	 ela	 está	 inserida	 –	 e	 na	
tecnologia	–	compreendida	como	conhecimentos	acumulados	ou	desenvolvidos	sobre	o	
significado	 e	 a	 execução	 de	 tarefas	 e	 pelas	 suas	 manifestações	 físicas	 decorrentes	
(máquinas,	equipamentos,	instalações)	constituindo	um	complexo	de	técnicas	utilizadas	
na	transformação	dos	insumos	pelas	organizações.	
2.	 Quanto	 à	 abordagem	 da	 organização:	 considera	 a	 organização	 um	 sistema	 aberto	
quando	 se	 considera	 o	 ambiente/contexto	 no	 qual	 ela	 está	 inserida	 e	 um	 sistema	
fechado	quando	se	considera	a	racionalidade	técnicas.	
3.	 Concepção	de	homem:	considera	o	homem	um	individuo	complexo	em	relação	a	sua	
natureza,	 as	 suas	 características,	 as	 suas	 múltiplas	 necessidades	 e	 potencialidades	 -	
Homem	Complexo.	
4.	 Princípios:	 O	 ambiente	 externo	 influencia	 a	 estruturação	 e	 os	 processos	
organizacionais,	devendo	haver	ajuste	entre	a	organização,	o	ambiente	e	a	 tecnologia,	
com	ênfase	na	flexibilidade	organizacional.	
§ Críticas:	 A	 teoria	 contingencial	 é	 eclética	 e	 integrativa,	 absorvendo	 os	 conceitos	 das	 diversas	
teorias	administrativas	ampliando	os	horizontes	e	afirmando	que	nada	é	absoluto.	Ela	afirma	que	
todas	as	 teorias	administrativas	 são	válidas,	mas	para	determinados	 contextos	e	 circunstâncias.	
Considerada	muitas	vezes	mais	uma	maneira	relativa	e	situacional	de	se	ver	as	organizações	do	
que	 propriamente	 uma	 Teoria	 Administrativa.	 É	 uma	 teoria	 dotada	 de	 grande	 flexibilidade,	
descentralização	 e	 desburocratização,	 tornando-se	 uma	 opção	 para	 ambientes	 em	 constantes	
mudanças	e	com	condições	instáveis.	A	tecnologia	passa	a	assumir	um	papel	importante	a	partir	
dessa	teoria.	Ainda	não	há	uma	influência	da	teoria	contingencial	nos	cursos	e	prática	profissional	
de	enfermagem.	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
24	
LEMBRETE:	 cada	 uma	 das	 teorias	 abordadas	 traz	 uma	 contribuição	 particular	 e	 importante	 para	 o	
desenvolvimento	da	prática	de	administração,	 influenciando	no	desenvolvimento	organizacional	de	
empresas,	serviços	e	instituições.	
A	Teoria	Geral	da	Administração	(TGA)	começou	com	a	ÊNFASE	NAS	TAREFAS,	com	a	administração	
científica	 de	 Taylor.	 A	 seguir,	 a	 preocupação	 básica	 passou	 para	 a	 ÊNFASE	 NA	 ESTRUTURA	 com	 a	
teoria	clássica	de	Fayol	e	com	a	 teoria	burocrática	de	Max	Weber,	 seguindo-se	mais	 tarde	a	 teoria	
estruturalista.	 A	 reação	 humanística	 surgiu	 com	 a	 ÊNFASE	 NAS	 PESSOAS,	 por	 meio	 da	 teoria	
comportamental.	A	ÊNFASE	NO	AMBIENTE	surgiu	com	a	teoria	dos	sistemas,	sendo	completada	pela	
teoria	 da	 contingência.	 Esta,	 posteriormente,	 desenvolveu	 a	 ÊNFASE	 NA	 TECNOLOGIA.	 Cada	 uma	
dessas	cinco	variáveis	 -	 tarefas,	estrutura,	pessoas,	ambiente	e	 tecnologia	 -	provocou	a	 seu	 tempo	
uma	 diferente	 teoria	 administrativa,	 marcando	 um	 gradativo	 passo	 no	 desenvolvimento	 da	 TGA.	
Cada	teoria	administrativa	procurou	privilegiar	ou	enfatizar	uma	dessas	cinco	variáveis,	omitindo	ou	
relegando	a	um	plano	secundário	todas	as	demais,	conforme	o	Quadro	2.	
Quadro	2	–	Resumo	comparativo	das	principais	teorias	administrativas.	
PRINCIPAIS	TEORIAS	ADMINISTRATIVAS	 		
TEORIAS	 PRINCIPAIS	ENFOQUES	
VARIÁVEL	
PRINCIPAL	
Teoria	Científica	(Taylor)	 Organização	racional	do	trabalho	(ORT).	Homo	economicus	 Tarefas	
Teoria	Clássica	(Fayol)	 Organização	formal.	06	funções	básicas	para		a	existência	da	organização.	Unidade	de	comando	único.	Homo	economicus.	 Estrutura	
Teoria	das	Relações	
Humanas	(Mayo)	
Organização	informal.	Humanização	da	organização.	
Motivação,	liderança,	comunicações	e	dinâmica	de	grupo.	
Homo	sociales.	
Pessoas	
Teoria	Burocrática	(Max	
Weber)		
Organização	formal	burocrática.	Racionalidade	e	
funcionamento	organizacional.	Impessoalidade	nas	relações	
humanas.Homem	organizacional.	
Estrutura		
Teoria	Estruturalista	
Múltipla	abordagem:	organização	formal	e	informal;	análise	
intra	e	interorganizacional.	
Estrutura,	
Pessoas	e	
Ambiente	
Teoria	
Comportamentalista	
(Levin,	Maslow,	
McGregor,	Hezberg,	
Likert)	
Múltipla	abordagem:	organização	formal	e	informal;	estilos	
de	administração.	Teoria	das	decisões.	Integração	dos	
objetivos	organizacionais	e	individuais.Homem	
Administrativo.Dinâmica	organizacional.	
Pessoas	e	
Estrutura	
Teoria	do	
Desenvolvimento	
Organizacional	
Caráter	aberto,	democrático	e	participativo.		
Pessoas	e	
Estrutura	
Teoria	Neoclássica	 Ação	organizacional;	flexibilidade	administrativa.	Homem	Organizacional	e	Administrativo.	
Tarefas,	
pessoas	e	
estrutura	
	
Profª.	MSc.	Geisa	Vilarins	
25	
Teoria	dos	Sistemas	 Visão	sistêmica	das	organizações.Interação	de	elementos.	
Globalismo.	Homem	funcional.	 Tecnologia,	
ambiente	
Teoria	Contingencial	 Análise	ambiental.	Abordagem	de	sistema	aberto.	
Flexibilidade	organizacional.	Homem	complexo.	
Fonte:	Elaborado	pela	autora.	
As	 teorias	 de	 administração	 influenciaram	 muito	 a	 enfermagem,	 enquanto	 prática	
profissional.	A	administração	em	enfermagem	pautava-se	nas	teorias	de	Taylor	e	Fayol,	definindo-a,	
como	 instrumento	de	organização	e	 racionalização	do	 trabalho,	 cabendo	ao	enfermeiro,	 portanto,	
planejar,	 dirigir,	 controlar	 e	 organizar	 as	 atividades	 da	 equipe	 de	 enfermagem,	 visando	 o	
cumprimento	das	tarefas	estabelecidas.	A	seguir,	o	Quadro	3	demonstra	a	relação	entre	as	principais	
teorias	administrativas	e	a	Enfermagem.	
Quadro	3	–	Principais	influências	das	teorias	administrativas	na	Enfermagem.	
PRINCIPAIS	INFLUÊNCIAS	TEÓRICAS	
TEORIA	 HERANÇA	PARA	A	ENFERMAGEM	
Teoria	Científica	
(Taylor)	
Divisão	do	trabalho	e	especialização	(ênfase	nas	tarefas	ao	nível	do	
operário).	
Teoria	Clássica	
(Fayol)	
Princípios	de	ordem,	disciplina,	hierárquica	(ênfase	nas	tarefas	e	
estrutura	organizacional).	
Teoria	Burocrática	
(Max	Weber)		
Manuais	de	normas	e	rotinas,	regimentos,	regulamentos	(ênfase	na	
estrutura	organizacional).	
Teoria	das	Relações	
Humanas	(Mayo)	
Ressalta	o	papel	das	pessoas	nas	organizações.	
Fonte:	Elaborado	pela	autora.	
REFERÊNCIAS:	
CARAVANTES,	G.	R.;	PANNO,	C.	C.;	KLOECKNER,	M.	C.	Administração:	teorias	e	processo.	São	Paulo:	
Pearson	Prentice	Hall,	2005.	
CHIAVENATO,	Idalberto	.	Introdução	à	Teoria	Geral	da	Administração.	Rio	de	Janeiro:	Elsevier,	2004.	
CHIAVENATO,	I.	Administração:	teoria,	processo	e	prática.	São	Paulo,	Mkron	Books,	1993.	
CHIAVENATO,	 I.	 Teoria	 Geral	 da	 Administração.	 São	 Paulo,	 MAKRON	 BOOKS,	 1993.	 HELOANI,	 R.	
Organização	do	trabalho	e	administração:	uma	visão	multidisciplinar.	São	Paulo,	Cortez,	1994.	
CHIAVENATO,	 Idalberto.	 Introdução	 à	 teoria	 geral	 da	 administração:	 uma	 visão	 abrangente	 da	
moderna	administração	das	organizações.	Revisada	e	atualizada.	Rio	de	Janeiro:	Elsevier,	2003.	
HERZBERG,	Frederick	I.	1968.	“One	more	time:	how	do	you	motivate	employees?”	Harvard	Business	
Review,	Boston,	v.	46,	n.	1,	p.	53-62,	jan./fev.	1968.	
KWASNICKA,	E.	 L.	 Introdução	à	administração.	São	Paulo,	Atlas	S.	A.	1991.	MARX,	K.	O	capital.	São	
Paulo,	Abril	Cultural,	1983.	
LIKERT,	Rensis,	New	Ways	of	Managing	Conflict,	Nova	York,	McGraw-Hill,	1976.	
MASLOW,	Abraham	Harold.	Maslow	no	gerenciamento.	Rio	de	Janeiro:	Qualimark,	2000.	
PARK,	K.	H.	(coord.)	Introdução	ao	estudo	da	administração.	São	Paulo,	Pioneira,	1997.

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