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PROCESSO SELETIVO PÚBLICO - EDITAL Nº 001/2021 – PMP/SMS INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL ÁGATA AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS) Material de Apoio ao Processo Seletivo Público PMP/2021 Para o Cargo de Agente Comunitário de Saúde (ACS) - Edital Nº 001/2021 – PMP/SMS Trabalho apostilado desenvolvido como apoio para estudos de conteúdos referentes ao Processo Seletivo Público da Prefeitura Municipal de Portel (PMP/SMS) - Edital Nº001/2021, pelo professor Jaimerson Rodrigues dos Santos, para o cargo de Agente Comunitário de Saúde (ACS). PORTEL 2021 Sumário INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5 LÍNGUA PORTUGUESA .............................................................................................................. 8 1 Compreensão e interpretação de textos com domínio das relações morfossintáticas, semânticas, discursivas, argumentativas e pragmáticas. ............................................................. 8 2 Tipologia e gêneros textuais. .................................................................................................... 9 3 Coesão e coerência. ................................................................................................................ 12 4 Ortografia oficial. ................................................................................................................... 14 5 Acentuação gráfica. ................................................................................................................ 20 6 Pontuação................................................................................................................................ 26 7 Estrutura, formação e classes de palavras. ............................................................................. 32 8 Significação de palavras. ........................................................................................................ 38 9 Sintaxe da oração e do período. .............................................................................................. 40 10 Colocação Pronominal. ......................................................................................................... 43 11 Concordância nominal e verbal. ........................................................................................... 43 12 Regência nominal e verbal. .................................................................................................. 46 13 Emprego do sinal indicativo de crase. .................................................................................. 47 14 Figuras de linguagem............................................................................................................ 48 15 Introdução à literatura e escolas literárias brasileiras (quinhentismo ao contemporâneo). .. 63 Introdução à Literatura............................................................................................................... 63 QUINHENTISMO ................................................................................................................ 65 CLASSICISMO ..................................................................................................................... 69 BARROCO ............................................................................................................................ 72 ARCADISMO ........................................................................................................................ 77 ROMANTISMO .................................................................................................................... 84 REALISMO ........................................................................................................................... 88 NATURALISMO .................................................................................................................. 92 PARNASIANISMO ............................................................................................................. 101 SIMBOLISMO .................................................................................................................... 102 MODERNISMO .................................................................................................................. 110 CONTEMPORANEIDADE ................................................................................................ 114 CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA ............................................................................... 116 1. Conceitos básicos em informática: Hardware: unidade central de processamento, periféricos e dispositivos de entrada, saída e armazenamento de dados. .................................................. 116 2. Software: tipos de software, software livre e software proprietário, conceitos básicos de sistemas operacionais. ............................................................................................................. 120 3. Noções de ambiente Windows e distribuições Linux: conceitos de organização e de gerenciamento de arquivos e pastas, permissão de arquivos. .................................................. 122 4. Conceitos e funções de aplicativos de editores de texto, planilhas eletrônicas, apresentações (pacote Microsoft Office e LibreOffice). ................................................................................ 133 5.Internet: conceitos básicos e serviços associados à internet: navegação, correio eletrônico, grupos de discussão, busca e pesquisa..................................................................................... 138 6. Redes de computadores: Noções básica de redes de computadores, LAN, MAN, WAN e Intranet. .................................................................................................................................... 146 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA .................................................................................................... 149 1.Emenda constitucional nº 51, de 14 de fevereiro de 2006. ................................................... 149 2. Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006. .............................................................................. 150 3. Lei nº 12.994, de 17 de junho de 2014. ............................................................................... 150 4. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (“lei do SUS”) ................................................... 153 5. Portaria 2.436 de 2017: ........................................................................................................ 153 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 154 1.BRASIL Ministério da Saúde. O Trabalho do Agente Comunitário de Saúde. ................... 154 2.BRASIL Ministério da Saúde. Guia Prático do Agente Comunitário de Saúde/2009. ........ 154 3.BRASIL Ministério da Saúde. O Agente Comunitário de Saúde no Controle da Dengue. . 154 4.Caderneta de Saúde da Criança – menina. ........................................................................... 154 5.Caderneta de Saúde da Criança – menino. ........................................................................... 154 6.Recomendações para adequação das ações dos agentes comunitários de saúde frente à atual situação epidemiológica referente ao covid-19: ...................................................................... 154 7.Política Nacional da Atenção Básica – Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. ....... 154 ALGUMAS REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 161 INTRODUÇÃO O presente trabalho reúne materiais de estudos,vídeos e demais conteúdos sobre: Língua Portuguesa; Conhecimentos em informática; Legislação Específica; e Conhecimentos Específicos. Conteúdos esses apresentados no edital Nº001/2012 pelo Instituto de Desenvolvimento Social Ágata para a seleção de candidatos que preencherão as vagas de Agente Comunitário de Saúde, disponível em: www.institutoagata.com.br e www.portel.pa.gov.br. A prova desse processo seletivo é objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, ela valerá 30,00 pontos. O quadro a seguir apresenta as disciplinas e a distribuição das questões: DISCIPLINA QUESTÕES PESO TOTAL Língua Portuguesa 01 a 05 0,25 1,25 Conhecimentos em informática 06 a 10 0,25 1,25 Legislação Específica 11 a 20 0,30 3,00 Conhecimentos Específicos 21 a 30 0,45 4,50 TOTAL 30 0,4 10,00 Quadro I Esse processo se dará em 2 (duas) etapas. 1ª ETAPA: Avaliação de conhecimentos e habilidades, mediante a aplicação de prova objetiva de caráter eliminatório e classificatório. 2ª ETAPA: Curso Introdutório de Formação Inicial e Continuada, de caráter eliminatório a ser realizado pela Prefeitura de Portel ou empresa especializada, contratada pela mesma, e aplicação, pelo Instituto Ágata, de prova objetiva de caráter classificatório, a ser elaborada sobre o conteúdo programático do Curso Introdutório. O Agente Comunitário de Saúde tem como atribuição o exercício de atividades de prevenção e doenças e promoção da saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes do SUS. Atividades do Agente Comunitário de Saúde, na sua área de atuação: I - Trabalhar com adscrição de indivíduos e famílias em base geográfica definida e cadastrar todas as pessoas de sua área, mantendo-os dados atualizados no sistema de informação da Atenção Básica vigente, utilizando-os de forma sistemática, com apoio da equipe, para a análise da situação de saúde, considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, e priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local; http://www.institutoagata.com.br/ http://www.portel.pa.gov.br/ II - Utilizar instrumentos para a coleta de informações que apoiem no diagnóstico demográfico e sociocultural da comunidade; III - Registrar, para fins de planejamento e acompanhamento das ações de saúde, os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde, garantido o sigilo ético; IV - Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividades; V - Informar os usuários sobre as datas e horários de consultas e exames agendados; VI - Participar dos processos de regulação a partir da Atenção Básica para acompanhamento das necessidades dos usuários no que diz respeito a agendamentos ou desistências de consultas e exames solicitados; VII - Exercer outras atribuições que lhes sejam atribuídas por legislação específica da categoria, ou outra normativa instituída pelo gestor federal, municipal ou do Distrito Federal. Poderão ser consideradas, ainda, atividades do Agente Comunitário de Saúde, a serem realizadas em caráter excepcional, assistidas por profissional de saúde de nível superior, membro da equipe, após treinamento específico e fornecimento de equipamentos adequados, em sua base geográfica de atuação, encaminhando o paciente para a unidade de saúde de referência: a - Aferir a pressão arterial, inclusive no domicílio, com o objetivo de promover saúde e prevenir doenças e agravos; b - Realizar a medição da glicemia capilar, inclusive no domicílio, para o acompanhamento dos casos diagnosticados de diabetes mellitus e segundo projeto terapêutico prescrito pelas equipes que atuam na Atenção Básica; c- Aferição da temperatura axilar, durante a visita domiciliar; d- Realizar técnicas limpas de curativo, que são realizadas com material limpo, água corrente ou soro fisiológico e cobertura estéril, com uso de coberturas passivas, que somente cobre a ferida; e e - Orientação e apoio, em domicílio, para a correta administração da medicação do paciente em situação de vulnerabilidade. Importante ressaltar que os ACS só realizarão a execução dos procedimentos que requeiram capacidade técnica específica se detiverem a respectiva formação, respeitada autorização legal. Busca-se tratar dos conteúdos explanados aqui da forma mais resumida possível, porém com bastante propriedade para não se perder a qualidade da produção, isso para a otimização de tempo, tendo em vista o curto período de tempo para estudos, pois a prova está próxima. Esses conteúdos tem por finalidade auxiliar nos estudos para o referido processo seletivo e serão disponibilizados de forma gratuita (por compartilhamento de e-mails, mensagens de WhatsApp, etc.), como forma de contribuir com os estudos de outros concurseiros que almejam uma vaga. Espera-se assim contribuir com suas rotinas de estudos, críticas e feedbacks são sempre bem vindos (jaimerson50135@gmail.com). Complemente seus estudos com vídeos e outras fontes também, bons estudos! LÍNGUA PORTUGUESA 1 Compreensão e interpretação de textos com domínio das relações morfossintáticas, semânticas, discursivas, argumentativas e pragmáticas. A compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas, uma vez que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito comunicativo chegamos a determinadas conclusões (interpretação). Hoje em dia é essencial saber interpretar corretamente os textos, entender melhor sobre suas tipologias e as funções da linguagem relacionadas a ele. Resumindo: • Compreensão de textos: é a decodificação da mensagem, ou seja, análise do que está no explícito no texto. • Interpretação de textos: é a interpretação que fazemos do conteúdo, ou seja, quais conclusões chegamos por meio da conexão de ideias e, por isso, vai além do texto. O que é interpretação de textos? A interpretação de textos envolve a capacidade de chegar a determinadas conclusões após fazer a leitura de algum tipo de texto (visual, auditivo, escrito, oral). Por isso, a interpretação de texto é algo subjetivo e que pode variar de leitor para leitor. Isso porque cada um possui um repertório interpretativo que foi sendo adquirido ao longo da vida. Vale lembrar que o repertório interpretativo do leitor advém, em grande parte, da leitura. Portanto, ler é um ato essencial e que auxilia na melhor interpretação dos textos e conexão das ideias. O que é compreensão de textos? Compreender um texto é entender a mensagem que ele está transmitindo de maneira objetiva. Assim, a compreensão textual envolve a decodificação da mensagem que é realizada pelo leitor. Quando ouvimos, por exemplo, um noticiário, compreendemos a mensagem passada e qual sua finalidade (informar o ouvinte de algum acontecimento, por exemplo). Para compreender os textos escritos não é diferente, porém requer o conhecimento da língua, do vocabulário e das funções relacionadas com linguagem e a comunicação. Logo, por meio da interpretação das palavras e das frases podemos compreender melhor a mensagem que está sendo transmitida. Por isso, ter um dicionário por perto é sempre uma dica boa, se caso houver algum termo desconhecido. Outro ponto importante nas provas de concurso público (bancas diversas): você precisa saber que há dois tipos principais de expressão textual: a prosa e o poema. Vamos entender a diferença entre eles. A prosa é a expressão natural da linguagem escrita ou falada, sem metrificação intencional e não sujeita a ritmos regulares. No texto escrito, observamos o texto em prosa quando há organização em linha corrida,ocupando toda a extensão da página. Há, também, organização em parágrafos, os quais apresentam certa unidade de sentido. Já o poema é uma composição literária em que há características poéticas cuja temática é diversificada. O poema apresenta-se sob a forma de versos. O verso é cada uma das linhas de um poema e caracteriza-se por possuir certa linha melódica ou efeitos sonoros, além de apresentar unidade de sentido. O conjunto de versos equivale a uma estrofe. Há diversas maneiras de se dispor graficamente as estrofes (e os versos) – e isso dependerá do período literário a que a obra se filia e da criatividade do autor. Nas diversas bancas examinadoras, a maioria dos textos são organizados em prosa. Nesse caso, a banca faz referência às noções de linha, período e parágrafo. Quando as bancas avaliam a estrutura de um poema, há a referência às noções de verso e estrofe. Dica de vídeo: https://youtu.be/W3XrpIRTgzA 2 Tipologia e gêneros textuais. Gênero textual é um conceito que busca compreender e explicar a materialização dos inúmeros textos que utilizamos na vida diária, desde mensagens telefônicas e posts em redes sociais até entrevistas de emprego, artigos científicos e outros. Os gêneros e tipos textuais relacionam-se, pois aqueles se utilizam destes na sua estrutura. Além disso, outros elementos caracterizam os gêneros, como interlocutor, contexto, função social e linguagem. Tipos e gêneros textuais Existem duas grandes categorias no estudo dos textos: • tipos textuais • gêneros textuais Ambas existem de modo paralelo, mas partem de posicionamentos distintos, por isso contemplam aspectos diversos e complementares para categorizar e organizar a variedade de textos que existem em nossas sociedades. A tipologia textual é uma categoria que se refere aos aspectos sequenciais e composicionais dos textos, como suas características sintáticas, lexicais e estruturais. Desse modo, o que se pretende, com essa categoria, é analisar a forma como os textos organizam-se linguisticamente para cumprirem suas funções comunicativas. O gênero textual, por sua vez, é outra categoria que prioriza os traços comunicativos, contextuais e sociais que influenciam, também, na organização dos textos. Essa categoria classifica os textos por suas funções sociocomunicativas, considerando-se, além da estrutura linguística, os aspectos extralinguísticos. Os gêneros textuais são fluidos e mutáveis, sempre se adequando às novas necessidades sociais, entretanto, todos eles obedecem às regras de natureza linguística e textual que se apresentam em todos os gêneros, ou seja, os tipos textuais são aplicados na construção e modificação dos gêneros textuais. Por meio dessa relação, é possível estabelecer-se combinações entre tipos e gêneros textuais. É importante ressaltar que um único gênero pode conter diversos tipos textuais, com predominância de um ou mais. Em alguns casos, é possível encontrar gêneros com uma tipologia específica. Segue uma lista com os principais tipos textuais e as possíveis relações entre os tipos e gêneros textuais: https://youtu.be/W3XrpIRTgzA Um mesmo gênero pode abarcar mais de um tipo textual, isso demonstra que utilizamos diversas sequências linguísticas para construir nossos textos, sempre as mesclando para potencializar a nossa escrita. Além disso, é importante lembrar que, a depender da intenção do autor, os tipos textuais podem ser utilizados em hierarquias e arranjos diversos. Por exemplo, uma notícia pode ter predominância do tipo narrativo, pois conta um fato. Entretanto, a depender do fato a ser contado, o autor pode utilizar o tipo expositivo para explicar contextos prévios ao acontecimento em questão, ou ainda utilizar o tipo descritivo para apresentar uma cena do ocorrido ou acrescentar detalhes a alguma informação. Elementos dos gêneros textuais Gêneros textuais são um conceito amplo e intencionalmente vago que procura caracterizar os textos, primordialmente, pela sua função sociocomunicativa. Desse modo, ao debruçar-se nos elementos que caracterizam os gêneros, é possível identificar aspectos referentes a contexto, interlocutores, intenção comunicativa, função social e outros. O primeiro elemento dos gêneros é a sua função social, ou seja, identificamos qual a finalidade, utilidade ou importância que determinados textos cumprem nas sociedades e suas culturas. É importante considerar que o estudo do gênero valoriza a linguagem como ação comunicativa ou ação social, logo, todo texto nasce de um intuito, de uma necessidade, pessoal ou coletiva, por isso é essencial considerar esse elemento na análise dos gêneros. Partindo dessas considerações, o segundo elemento essencial do gênero é o que envolve os participantes da interação, ou seja, autor/locutor e leitor/ouvinte. Todo indivíduo possui uma identidade, um status, ou outros valores que marcam a sua posição social em determinada cultura, desse modo, a identidade dos sujeitos envolvidos influencia tanto na produção quanto na recepção dos textos. Os interlocutores, por isso, são elemento essencial dos gêneros textuais. É necessário considerar-se quem escreve e para quem se escreve. Outro elemento é o contexto de uso, que se refere ao local cultural, no qual o texto está inserido. Por exemplo, uma fala dentro do contexto jurídico exige certas adequações que são próprias desse ambiente, por isso os textos sofrem essa exigência. De modo semelhante, outro exemplo é a produção de diferentes falas, nos mesmos interlocutores, a depender de estarem em um ambiente pessoal ou profissional. Sendo assim, considerar o contexto de uso é imprescindível para identificar e categorizar os gêneros. Após a identificação dos elementos anteriores, ainda é importante observar dois outros: a linguagem e o meio de divulgação. Nem todo texto utiliza a linguagem verbal, e outros ainda mesclam diversos tipos de linguagem, sendo assim, é necessário considerar também quais são os tipos de linguagem utilizados em cada gênero. Além disso, o lugar de divulgação dos textos também interfere, por exemplo: um post no Twitter possui um limite de caracteres que condensa as informações divulgadas. Diferenças entre tipo e gênero textual Como já mencionado, as categorias tipo e gênero, no tocante aos estudos do texto, referem- se a classificações distintas e, em certa medida, complementares. É importante, assim, saber distinguir os limites que cada classificação possui para analisar melhor os textos e, com isso, amadurecer os domínios de produção e interpretação textual. Tipo textual é uma categoria da organização estrutural dos textos, fornecendo classificações de sequências disponíveis para construir-se os variados gêneros textuais existentes. Em outras palavras, o autor, a depender do seu contexto comunicativo, vai escolher lançar mão do tipo narrativo, descritivo, expositivo, argumentativo ou outro, no intuito de alcançar seu objetivo. Os gêneros textuais, por sua vez, classificam os textos com base em suas condições de uso bem como na influência dessas condições na estrutura do texto. Sendo assim, ao falarmos de gênero textual, buscamos identificar aspectos contextuais, características dos interlocutores, função social do texto, tipo e adequação da linguagem, canal de transmissão, entre outros. Ao considerarmos esses elementos, é sempre importante estabelecermos a relação deles com a caracterização do gênero. A seguir, um modelo de possíveis modos de analisar-se determinado gênero e relacioná-lo com seus tipos textuais. Mapa mental de análise do gênero notícia. Gêneros textuais e gêneros literários Nos estudos dos gêneros textuais literários, existem algumas especificidades que não são comuns aos outros gêneros, por isso cabe uma análise mais específica desta categoria. A princípio os gêneros literários diferem-se, principalmente, por seu teorartístico, de modo que a estética se torna elemento fundamental para seus diversos gêneros. Romance, conto e filme são gêneros que possuem algumas semelhanças, como a predominância do tipo narrativo, entretanto, cada um deles possui estruturas bem diferentes. Um conto propõe-se a ser uma leitura mais rápida que um romance, logo, a condensação das informações, a redução de fatos, e as estratégias estéticas alinham-se a essa necessidade. Além disso, é importante lembrar-se de que, diferentemente dos outros gêneros, os textos literários não possuem uma função prática na sociedade, logo, os critérios de análise diferem-se para essa categoria. É importante considerar, nos gêneros literários, os aspectos tipológicos (narração, descrição, exposição); a configuração em prosa ou poesia; e outros tópicos, como tamanho, veículos de divulgação, linguagens utilizadas, que podem demonstrar-se relevantes na estética literária. Vídeo: https://youtu.be/J-MOSikttwo 3 Coesão e coerência. Relação de harmonia entre os elementos textuais Coesão textual são os mecanismos linguísticos que permitem uma conexão lógico- semântica entre as partes de um texto. A ligação e harmonia que possibilitam a amarração de ideias dentro de um texto é feita com o uso de conjunções, preposições, advérbios ou locuções adverbiais. A coesão textual assegura a ligação entre palavras e frases, interligando as diferentes partes de um texto. Ela pode ser percebida ao se verificar que as frases e os parágrafos estão entrelaçados no texto, de modo que um elemento dá sequência ao outro, determinando a transição das ideias presentes no texto. A coesão é essencial para garantir que o texto seja harmonioso, que transmita a mensagem com clareza e que faça sentido para o leitor. Para isso é necessário empregar elementos de coesão, utilizando conjunções, pronomes, advérbios, entre outras expressões que têm como objetivo estabelecer a interligação entre os segmentos do texto. Elementos que garantem a coesão textual Para garantir a coesão, o texto deve conter alguns elementos fundamentais. Esses elementos coesivos permitem que sejam feitas as articulações e ligações entre as diferentes partes do texto, bem como a sequência de ideias do mesmo. Os conectores são os elementos coesivos que fazem a coesão entre as frases. Eles instituem as relações de dependência e conexão entre os termos. Esses elementos são formados por conjunções, preposições e advérbios conectivos. A correlação dos verbos trata da correta utilização dos tempos verbais a fim de garantir a coesão temporal ordenando os acontecimentos de maneira lógica e linear, o que possibilita uma compreensão da sequência dos fatos. Tipos de coesão textual Existem os seguintes tipos de coesão textual: coesão referencial, coesão lexical, coesão por elipse, coesão sequencial e coesão por substituição. Coesão referencial Consiste na menção de elementos que já apareceram ou ainda vão aparecer no texto. Esses elementos são chamados de anáforas (usada para se referir aos termos já citados no texto) e catáforas (usada para se referir aos termos que serão citados na sequência do texto). https://youtu.be/J-MOSikttwo Na coesão referencial, os termos conectivos anunciam ou retomam as frases, sequências e palavras presentes em um texto. Para fazer essas retomadas geralmente são utilizados pronomes pessoais, pronomes possessivos, pronomes demonstrativos ou expressões adverbiais de lugar. A coesão referencial é uma das mais usadas. Esse tipo de coesão evita o uso de diversas repetições no mesmo texto usando um termo para fazer referência a outro. Ou seja, é o tipo de coesão que reitera algo que já foi dito antes, substituindo uma palavra por outra que possui com ela alguma relação semântica. Coesão lexical A coesão lexical ocorre quando um termo é substituído por outro dentro do texto. Esse tipo de coesão estabelece uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia. Por meio de sinônimos, pronomes, heterônimos ou hipônimos, que estabelecem uma corrente de sentido fazendo remissão às mesmas ideias por meio de diferentes termos. Dessa forma, a coesão lexical usa palavras ou expressões análogas para substituir termos já utilizados e para identificar e nomear elementos textuais que já forma citados. Esse tipo de coesão textual é essencial para manutenção da unidade temática do texto que necessita de uma carga de redundância. A coesão lexical constrói uma cadeia de sentidos fazendo remissão das mesmas ideias através diferentes expressões. Coesão por elipse Esse tipo de coesão ocorre quando há a omissão de algumas palavras sem que o entendimento das ideias da oração seja comprometido. Isso quer dizer que a coesão lexical consiste na supressão de elementos que são facilmente identificados ou que já tenham sido mencionados no texto. A omissão dos termos acontece, geralmente, com a substituição por uma vírgula, que pode ser usada em lugar de um pronome, um verbo, nomes e frases inteiras. Coesão por substituição Esse tipo de coesão consiste na substituição de uma palavra por outra ou por uma locução adverbial. Assim como em outros tipos de coesão textual, ela usa termos que retomam outros que já foram mencionados. A coesão por substituição emprega palavras e expressões que retomam termos por meio da anáfora. A coesão por substituição acontece à medida em que substantivos, verbos, períodos ou trechos de textos são substituídos por conectivos ou expressões que resumem ou fazem remissão ao que já foi dito. Coesão sequencial Esse tipo de coesão textual faz uso de conjunções, conectivos e expressões que dão sequência aos assuntos, estabelecendo uma continuidade em relação ao que já foi dito. A coesão sequencial usa expressões como: diante do exposto, a partir dessas considerações, embora, logo, com o fim de, diante desse quadro, em vista disso, tudo o que foi dito, esse quadro, por conseguinte, caso, entre outras. Ela dá sequência ao texto por meio das relações semânticas que ligam as orações. Recursos utilizados na coesão textual Para a coesão textual são utilizados alguns recursos essenciais que contribuem para a harmonia dos elementos textuais. Conheça alguns deles: • Ordenar as palavras corretamente nos períodos; • Utilizar corretamente as flexões nominais como a flexão de gênero e número; • Fazer uso adequado das flexões verbais como a flexão em número, pessoa, modo e tempo; • Usar corretamente as preposições e conjunções. Outros recursos também são responsáveis pela coesão de um texto, os principais deles são as palavras de transição. Essas palavras estabelecem uma inter-relação entre termos, frases, orações e parágrafos. Palavras de transição As palavras de transição possuem sentidos diferentes e são compostas por preposições, conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais. Conheça algumas delas: SENTIDO PALAVRAS DE TRANSIÇÃO Introdução, começo Inicialmente, primeiramente (começo, introdução), antes de tudo, desde já. Continuação Além disso, do mesmo modo, acresce que, ainda por cima, bem como, outrossim. Conclusão Enfim, dessa forma, em suma, nesse sentido, portanto, afinal. Tempo Logo após, ocasionalmente, posteriormente, atualmente, enquanto isso, imediatamente, não raro, concomitantemente Conformidade Igualmente, segundo, conforme, assim também, de acordo com. Consequência Daí, por isso, de fato, em virtude de, assim, naturalmente Exemplificação, esclarecimento Então, por exemplo, isto é, a saber, em outras palavras, ou seja, quer dizer, rigorosamente falando. Para fixar na mente Um texto com coesão textual é um texto que tem uma lógica, de forma que os elementos dele se complementem de forma harmoniosa. Em outras palavras, esse tipo de mecanismo faz com que as palavras e as frases de um texto sigam uma ligação, possibilitando a compreensãode todo o contexto da história. Vídeos explicativos: https://youtu.be/5Z8ziZYcSdg https://youtu.be/voO8FT-9q6Y 4 Ortografia oficial. Ortografia Oficial, ou simplesmente Ortografia, é a parte da nossa gramática que se dedica a estudar a escrita correta das palavras. Vamos para a origem dos componentes do termo “Ortografia”: Orthos – palavra grega que exprime a ideia de direito, reto, exato. Graphia – palavra latina que significa “escrever”. Sendo assim, praticar Ortografia é escrever corretamente, conhecer as regras gramaticais que tornam a escrita de acordo com as regras da Língua Portuguesa, em nosso caso. Quando falamos de “Ortografia Oficial” estamos nos referindo à Ortografia definida oficialmente no Brasil como a correta. Alfabeto, consoantes e vogais https://youtu.be/5Z8ziZYcSdg https://youtu.be/voO8FT-9q6Y Lembre-se que uma das bases de qualquer língua, inclusive a Língua Portuguesa, é o alfabeto, onde estão definidos quais os sinais gráficos e quais os sons que cada sinal representa. O alfabeto é formado pelas vogais (A, E, I, O, U) e pelas consoantes (B, C, D, F, G…). Uma curiosidade sobre a classificação de vogais e consoantes se refere ao uso das letras Y, K e W. Veja as duas possibilidades para a utilização dessas letras: 1. Na transcrição de nomes próprios estrangeiros e de seus derivados portugueses: Katy Perry, Nova York, Disney World, etc. 2. Nas abreviaturas e símbolos de uso internacional: Kg (quilograma), W (Watt), Km (quilômetro), etc. Se na parte de Ortografia Oficial do seu concurso for perguntado se qualquer substantivo comum (iogurte, ilha, vale, cabelo, cansaço) pode ser escrito com Y, K ou W não faça a besteira de escrever que sim. Y, K e W só para abreviaturas e nomes próprios! Os acentos Quem nunca teve dúvida se uma palavra admite ou não acento? Esse é um dos principais erros nas questões de Ortografia Oficial dos diversos concursos. Para entendermos melhor sobre acentuação, é melhor saber para que serve a acentuação. De maneira geral, a acentuação serve para modificar o som de alguma letra, fazendo com que palavras de escrita semelhante tenham leituras diferentes e, portanto, significados diferentes. Assim, o acento é utilizado para diferenciar SECRETÁRIA de SECRETARIA. BABA e BABÁ. MAGOA e MÁGOA. Sem os acentos, essas diferenciações não poderiam ser feitas. De maneira geral, podemos definir os acentos da seguinte forma: • ACENTO AGUDO: é representado por um traço voltado para a direita. É colocado sobre as vogais indicando que a sílaba onde ele está é tônica (tem o som mais forte). O acento agudo faz com que a vogal seja pronunciada de forma aberta. Exemplos: maré, jacaré, tórax, célebre. • TIL: o til é representado por um traço sinuoso (um “S” deitado). Ele torna nasal o som das letras A e O. Exemplos: canhão, interpõe, barão, constituição, leões. • ACENTO CIRCUNFLEXO: é representado pelo famoso “chapéu” em cima das vogais A, O e E. O acento circunflexo indica que a vogal deve ser pronunciada de forma fechada. Exemplos: judô, bônus, ângulo, acadêmico. • ACENTO GRAVE: o acento grave é semelhante ao agudo, só que virado para o lado esquerdo. Ele indica a ocorrência de crase. Mas sobre isso vamos falar mais adiante, de maneira mais aprofundada. Por enquanto, basta saber que o acento existe. Você sabe utilizar os acentos adequadamente? Uma dica é falar a palavra mentalmente e tentar verificar se o som está de acordo com o significado e com o que está escrito. Palavras homônimas e parônimas: fique atento a estas pegadinhas É importante você estar atento a dois conceitos importantíssimo, que tem feito muita gente boa cair em cascas de banana nas questões de Ortografia Oficial. Você já ouviu falar em palavras parônimas e homônimas? Entenda: • PARÔNIMAS são palavras com pronúncia e grafia semelhantes, mas significado diferente. Exemplos: deferir (acatar) e diferir (adiar); tráfico (comércio) e tráfego (trânsito); flagrante (evidente) e fragrante (aromático). • HOMÔNIMAS são palavras que possuem a mesma pronúncia, mas significado diferente. Exemplos: conserto (correção) e concerto (apresentação); são (do verbo ser e sadio); ser (verbo e substantivo). Como gera muita confusão, esse é um tema bastante cobrado em questões de concurso. Fique atento a ele. A partir de agora vou abordar diretamente dúvidas comuns entre candidatos que têm dificuldade em Ortografia Oficial. É hora de aprender, na prática, como escrever corretamente. Mal e Mau Essa é uma das grandes dúvidas de quem escreve: devemos escrever “MAU” ou “MAL”? Acho essa uma questão bem fácil de entender. “Mal” é o oposto de bem, e “mau” é o oposto de bom. “Mal” será substantivo, quando estiver acompanhado de artigo ou pronome. Exemplo: Preciso me curar desse mal. “Mal” será advérbio quando modificar um verbo ou um adjetivo. Exemplo: Mal me olhou e foi embora. Já a palavra “mau” exerce sempre a função de adjetivo. Exemplo: Você é um homem mau. Para não errar, basta substituir “mau” ou “mal” por “bom” ou “bem”, e assim confirmar o correto uso gramatical da palavra. Uso dos Porquês Esse é outro grande dilema entre os candidatos a concurso público: como saber o correto uso dos porquês? • Porque (junto e sem acento) – o “porque” é uma conjunção explicativa. É um substituto da palavra “pois”. Então, quando couber essa substituição pode errar sem medo o “porque” junto e sem acento. Exemplo: eu estou gripado porque tomei suco gelado. • Por que (separado e sem acento) – o “por que” é utilizado no início de perguntas, ou como substituto de “o motivo pelo qual”. Exemplo (pergunta): por que você foi para o bar?. Outro exemplo (motivo pelo qual): ninguém explicou por que nós brigamos. • Porquê (junto e com acento) – “porquê” nada mais é que um substantivo. Ele vem acompanhado de artigo, numeral, adjetivo ou pronome. Exemplo: ainda me pergunto o porquê desta multa. • Por quê (separado e com acento) – É usado no final de frases interrogativas. Exemplo: você deixou o livro no armário por quê? Simplificando: PORQUE – substitui por pois. POR QUE – início de pergunta ou substitui por motivo pelo qual. PORQUÊ – substantivo. POR QUÊ – final de pergunta. Uso do X e CH Uma das dificuldades no aprendizado da Língua Portuguesa diz respeito à quantidade de exceções existentes em relação a determinadas regras. O uso do “x” e do “ch”, por exemplo, traz essa dificuldade para os candidatos. Mas podemos, de maneira geral, apontar as seguintes circunstâncias para o uso ou não uso dessas estruturas na ortografia oficial: • Costuma-se utilizar o “X” depois da sílaba inicial “me”. Exemplo: mexendo e mexicano. • Costuma-se utilizar o “X” depois da sílaba inicial “en”. Exemplo: enxergar e enxugar. • Costuma-se utilizar o “X” depois de ditongos. Exemplo: caixa, abaixar. • Costuma-se utilizar o “X” em palavras de origem indígena e africana. Exemplo: orixá e abacaxi. Esses são os casos básicos onde você deverá usar o “x” no lugar do “ch”. Mas minha sugestão é que você leia muito e assimile a grafia das palavras independentemente das regras. Vai lhe ajudar muito mais na sua prova. Uso da crase Antes de qualquer coisa você precisa saber que crase é a junção da preposição “a” com o artigo “a”. Ela é marcada com o uso do acento grave (`) na letra “a”. Para saber se devemos ou não usar a crase devemos analisar a palavra que vem antes e a palavra que vem depois do “a”. Veja a frase: “Eu fui à escola” Nesse caso, o verbo “fui” exige uma preposição “a”. Já o substantivo “escola” exige um artigo “a”. Para ‘tirar a prova’, basta substituir por uma palavra masculina. Se a frase fosse “Eu fui ao teatro” teríamos a preposição “a” mais o artigo “o”. Como não existe a palavra “aa”, usa-se a crase para designar essa junção entre a preposição e o artigo. A crase também pode serutilizada como a fusão das preposições “aquele” ou “aquela” com o artigo “a”. Exemplo: devemos tudo àqueles homens. O professor Pasquale, um dos grandes mestres da Língua Portuguesa, deu uma entrevista interessante à BBC Brasil dizendo como identificarmos o correto uso da crase: Pasquale dá o exemplo da clássica canção “Você já foi à Bahia?”, de Dorival Caymmi. “Se você foi, você foi a algum lugar. O verbo ‘ir’ – ‘você foi’, verbo ‘ir’ -, no português tradicional, rege a preposição “a”. Ir a algum lugar”, explica. E que lugar é esse? No exemplo dado, é a Bahia. “Bahia é um substantivo que dá nome a lugar e pede artigo”, disse Pasquale. Ele mostra formas simples de perceber isso: “’Eu moro na Bahia’ – o que é ‘na’? Não é ‘em’ mais ‘a’? ‘Eu acabei de chegar da Bahia’. O que é ‘da’? ‘De’ mais ‘a’. É fácil perceber que Bahia pede artigo.” Neste caso, ocorre a crase – a fusão – entre duas vogais: a preposição “a”, que sucede o verbo ir, se junta com artigo “a”, que antecede o substantivo feminino Bahia, ocorrendo o acento grave. O resultado é: “Você já foi à Bahia?” – o significa a mesma coisa que “Você já foi para a Bahia?”. Mas se a pergunta fosse sobre Santa Catarina – “Você já foi a Santa Catarina?” -, não haveria fusão, já que Santa Catarina não pede artigo – diz-se “Eu moro em Santa Catarina” e não “Eu moro na Santa Catarina”. “Moral da história, esse ‘a’ de ‘Você já foi a Santa Catarina?’ não passa de uma preposição que não se fundiu com nada”, explica Pasquale. “Esse ‘a’ não receberá acento por uma razão muito simples: não houve fusão.” Pasquale Cipro Neto Uso de S ou Z Outra pedra no sapato é a confusão que muitos de nós fazemos quando vamos utilizar as letras “s” e “z”. Aqui vão algumas regrinhas: • Utiliza-se o “s” nas palavras derivadas de outras que já apresentam “s” no radical. Exemplo: análise/analisar, casa/casinha/casarão. • Utiliza-se o “s” nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. Exemplo: portuguesa, milanesa, burguesia. • Utiliza-se o “s” nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa”. Exemplo: gostoso, catarinense, populoso, amorosa. • Utiliza-se o “s” nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: catequese, glicose, poetisa. A dúvida em torno do emprego do “s” ou do “z” novamente pode ser melhor compreendido a partir de uma boa dose de leitura. Existem muitas regras, com muitas exceções, inviabilizando um conhecimento sistemático e seguro. Uso de C, Ç, S ou SS Aqui vai uma dica genial para quando você estiver no dilema de escrever “s” ou “ss”: nas palavras em que empregamos apenas um “s”, ele aparece entre uma vogal e uma consoante. Exemplo: diversão, ofensa. Quando estamos falando de dois “ss”, eles vêm entre duas vogais. Exemplo: processo, passivo. Uso de J e G Vamos a outro ponto bem difícil de definir todas as regras, mas que podemos facilitar um pouco: o uso de “j” e “g”. • Usa-se “j” nas palavras de origem árabe, indígena, africana ou exótica. Exemplo: jiboia e acarajé. • Usa-se “j” nos verbos terminados em “jar” ou “jear”. Exemplo: sujar e gorjear. • Usa-se “j” na terminação “aje”. Exemplo: laje, traje. Aqui reafirmo o que disse antes: a leitura irá lhe ajudar a avançar no reconhecimento da correta escrita da maioria das palavras. A melhor forma de aprender Ortografia Oficial Por mais que você tente, dificilmente irá memorizar as centenas de regras da Língua Portuguesa (uma das mais difíceis do mundo). A melhor forma de aprender a Ortografia Oficial é, realmente, cultivar o hábito da leitura. Assim você vai assimilando a escrita das palavras no automático, nos contextos em que elas são empregadas. Ter um vocabulário amplo irá lhe ajudar muito a acertar questões que lhe perguntem sobre o verdadeiro uso das palavras na prova do seu concurso. Não importa o que você leia, o importante é ler. Mas se você quer dicas de leituras “fortes”, ou seja, que irão lhe desafiar e tornar você um craque em ortografia, tenho as dicas a seguir – livros completamente gratuitos de literatura brasileira: A obra completa de Machado de Assis A obra completa de José de Alencar Esses são clássicos da Língua Portuguesa, que farão toda a diferença para você! Se quiser ficar fora da média, vale a pena enfrentar esses clássicos! O Novo Acordo Ortográfico Embora já esteja em vigor desde 2016, ainda tem muita gente sem saber direito o que significa e o que mudou com o mais recente Acordo Ortográfico, que mudou regras da nossa Ortografia Oficial. Veja aqui as regras de maneira objetiva e simples: Mudança no alfabeto • Antes: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z • Depois: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Na prática, as letras “k”, “w” e “y” são usadas em várias situações, como na escrita de símbolos de unidades de medida (Ex.: km, kg) e de palavras e nomes estrangeiros (Ex.: show, William). Uso do trema Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios estrangeiros ou derivados, como por exemplo: Müller, mülleriano, Hübner, hüberiano etc. • Antes: cinqüenta, freqüente • Depois: cinquenta, frequente Acentuação Perdem o acento os ditongos abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). • Antes: assembléia, jóia • Depois: assembleia, joia Perdem o acento o “i” e o “u” tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois de ditongo. • Antes: feiúra, Bocaiúva • Depois: feiura, Bocaiuva Perdem o acento as palavras terminadas em êem e ôo(s). • Antes: abençôo, lêem • Depois: abençoo, leem Perdem o acento diferencial as duplas: pára/para, péla(s)/ pela(s), pólo(s)/polo(s), pêlo(s)/pelo(s), pêra/pera. • Antes: Ele foi ao Pólo Norte. • Depois: Ele foi ao Polo Norte. http://machado.mec.gov.br/ http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=71 Atenção: Permanece o acento diferencial: 1. Nas duplas: – pôde/pode Ex.: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. – pôr/por Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 2. No plural dos verbos ter e vir, assim como das correspondentes formas compostas (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Ex.: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Obs: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Ex.: Qual é a forma da fôrma do bolo? O circunflexo sai da palavra côa (do verbo coar). Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) nos grupos que e qui/gue e gui. • Antes: ele argúi • Depois: ele argui Hífen Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s, que serão duplicadas. • Antes: auto-retrato e anti-social • Depois: antissocial e autorretrato Atenção: Mantém-se o hífen quando os prefixos hiper, inter e super se ligam a elementos iniciados por r. Ex.: hiper-requisitado; inter-regional; super-resistente. Usa-se o hífen quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento. • Antes: antiinflamatório • Depois: anti-inflamatório Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da que inicia o segundo elemento. • Antes: auto-escola • Depois: autoescola Atenção: Não se usa o hífen com o prefixo co, ainda que o segundo elemento comece pela vogal o. Ex.: coocupante, cooptar. Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma unidade. • Antes: manda-chuva • Depois: mandachuva Vídeo sobre ortografia oficial: https://youtu.be/Hz8u0MqCxtc Vídeos do novo acordo ortográfico em duas partes: parte 1 https://youtu.be/LhW_Ee3Wkms parte 2 https://youtu.be/2Ou4ApRLj88 5 Acentuação gráfica. Acento Prosódico e Acento Gráfico https://youtu.be/Hz8u0MqCxtc https://youtu.be/LhW_Ee3Wkms https://youtu.be/2Ou4ApRLj88Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a qual recai o acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja: es - per - te - za ca - pí - tu - lo tra - zer e - xis - ti - rá Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento gráfico. Logo, conclui-se que: Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais sílabas. Já o acento gráfico se caracteriza por marcar a sílaba tônica de algumas palavras. É o acento da escrita. Na língua portuguesa, os acentos gráficos empregados são: ➢ Acento Agudo (´ ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -em, indicando que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas. Exemplos: Pará, ambíguo, saúde, vintém ➢ Sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto. Exemplos: pé, herói ➢ Acento Grave (`): indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com artigos e pronomes. Exemplos: à, às, àquele ➢ Acento Circunflexo (^): indica que as letras e e o representam vogais tônicas, com timbre fechado. Pode surgir sobre a letra a, que representa a vogal tônica, normalmente diante de m, n ou nh. Exemplos: mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo, cânhamo Regras de acentuação gráfica Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre acentuadas. Proparoxítonas Sílaba tônica: antepenúltima As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos: trágico, patético, árvore Paroxítonas Sílaba tônica: penúltima Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: l fácil n pólen r cadáver ps bíceps x tórax us vírus i, is júri, lápis om, ons iândom, íons um, uns álbum, álbuns ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos ditongo oral (seguido ou não de s) jóquei, túneis Observações: 1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que terminam em "ens", não (hifens, jovens). 2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super). 3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s). Exemplos: várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início Oxítonas Sílaba tônica: última Acentuam-se as oxítonas terminadas em: a(s): sofá, sofás e(s): jacaré, vocês o(s): paletó, avós em, ens: ninguém, armazéns Monossílabos Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem ser tônicos ou átonos. Monossílabos Tônicos Possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase onde aparecem. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em: a(s): lá, cá e(s): pé, mês o(s): só, pó, nós, pôs Monossílabos Átonos Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apoiam. Exemplos: o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, etc. Observações: 1) Os monossílabos átonos são palavras vazias de sentido, vindo representados por artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação (preposições, conjunções). 2) Há monossílabos que são tônicos numa frase e átonos em outras. Exemplos: Você trouxe sua mochila para quê? (tônico) / Que tem dentro da sua mochila? (átono) Há sempre um mas para questionar. (tônico) / Eu sei seu nome, mas não me recordo agora. (átono) Saiba que: Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, produzem formas oxítonas ou monossilábicas que devem ser acentuadas por acabarem assumindo alguma das terminações contidas nas regras. Exemplos: beijar + a = beijá-la fez + o = fê-lo dar + as = dá-las fazer + o = fazê-lo Acento de insistência Sentimentos fortes (emoção, alegria, raiva, medo) ou a simples necessidade de enfatizar uma ideia podem levar o falante a emitir a sílaba tônica ou a primeira sílaba de certas palavras com uma intensidade e duração além do normal. Exemplos: Está muuuuito frio hoje! Deve haver equilíbrio entre exportação e importação. Regras Especiais Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr em evidência alguns detalhes sonoros das palavras. Observe: Ditongos Abertos Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras oxítonas (éi e não êi), são acentuados. Veja: éi (s): anéis, fiéis, papéis éu (s): troféu, céus ói (s): herói, constrói, caubóis Obs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxítonas NÃO são acentuados. Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia, plateia, etc. Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "r" (e não por possuir ditongo aberto "ói"). Hiatos Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh". Exemplos: sa - í - da e - go - ís -mo sa - ú - de Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras: ju - iz ra - iz ru - im ca - ir Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba. Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por serem hiatos, mas por outras razões. Veja os exemplos abaixo: po-é-ti-co: proparoxítona bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente. ja-ó: oxítona terminada em "o". Verbos Ter e Vir Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir, intervir, etc.). Veja: Ele tem Eles têm Ela vem Elas vêm Ele retém Eles retêm Ele intervém Eles intervêm Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente, mesmo no singular. Distingue-se o plural do singular mudando o acento de agudo para circunflexo: ele detém - eles detêm ele advém - eles advêm. Vídeo: https://youtu.be/Sy_LUnePfRE https://youtu.be/Sy_LUnePfRE 6 Pontuação. Vírgula (,) Emprega-se a vírgula (uma breve pausa): a) para separar os elementos mencionados numa relação: Exemplos: A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretárias. O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros. OBSERVAÇÃO Mesmo que o ‘e’ venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada. Exemplo: Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas. b) para isolar o vocativo: Exemplos: Cristina, desligue já esse telefone! Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete. c) para isolar o aposto: Exemplos: Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador. Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino. d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.): Exemplos: Gastamos R$ 20.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos. Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá. e) para isolar o adjunto adverbial antecipado: Exemplos: Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas. Ontem à noite, fomos todos jantar fora. f) para isolar elementos repetidos: Exemplos: O palácio, o palácio está destruído. Estão todos cansados, cansados de dar dó! g) para isolar, nas datas, o nome do lugar: Exemplos: São Paulo, 22 de maio de 1995. Roma, 13 de dezembro de 2005. h) para isolar os adjuntos adverbiais: Exemplos: A multidão foi, aos poucos, avançandopara o palácio. Os candidatos serão atendidos, das sete às onze horas, pelo próprio gerente. i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e: Exemplos: Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança. Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir. Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente. j) para indicar a elipse de um elemento da oração: Exemplos: Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal. Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente. k) para separar o paralelismo de provérbios: Exemplos: Ladrão de tostão, ladrão de milhão. Ouvir cantar o galo, sem saber onde. l) após a saudação em correspondência (social e comercial): Exemplos: Com muito amor, Respeitosamente, m) para isolar as orações adjetivas explicativas: Exemplos: Marina, que é uma pessoa maravilhosa, levou todas as crianças para passear. Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos. n) para isolar orações intercaladas: Exemplos: Não lhe posso garantir nada, respondi secamente. O filme, disse ele, é fantástico. Ponto(.) 1. Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de uma frase declarativa de um período simples ou composto. Nesse caso, ele recebe o nome de ponto-final. Exemplo: Desejo-lhe uma feliz viagem. A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com primor. 2. O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas. Exemplos: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia. Ponto e vírgula (;) Utiliza-se o ponto e vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o ponto-final e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto e vírgula para: a) separar orações coordenadas que tenham certo sentido ou aquelas que já apresentam separação por vírgula: Exemplo: Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas. b) separar vários itens de uma enumeração: Exemplo: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais; (Constituição da República Federativa do Brasil) Dois-pontos (:) Os dois-pontos são empregados para: a) uma enumeração: Exemplo: Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível. (Machado de Assis) b) uma citação: Exemplo: Visto que ela nada declarasse, o marido indagou: – Afinal, o que houve? c) um esclarecimento: Exemplo: Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila. Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de observações, notas ou exemplos. Exemplos: Observação: na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc. Nota: a preposição per, considerada arcaica, somente é usada na expressão de per si (= cada um por sua vez, isoladamente). Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplo: descriminar/discriminar. OBSERVAÇÃO: a invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula: Exemplos: Querida amiga: Prezados senhores, Ponto de interrogação (?) O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta. Exemplos: – O senhor não precisa de mim? – Não, obrigado. A que horas janta-se? Ponto de exclamação(!) 1. O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc. Exemplos: – Viva o meu príncipe! – Que bom que você veio! 2. O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas: Exemplos: Oh! Valha-me Deus! Reticências(...) As reticências são empregadas para: a) assinalar interrupção do pensamento: Exemplo: – Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá... (Júlio Dinis) b) indicar trechos que foram suprimidos de um texto: Exemplos: O primeiro e crucial problema de linguística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos (...). Considerava a linguística, portanto, com um aspecto de uma ciência mais geral, a ciência dos signos. (Mattoso Camara Jr.) c) marcar aumento de emoção: Exemplo: As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram estas: “Morrerei, Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... e morro, porque não posso, nem poderei jamais resgatar-te”. (Camilo Castelo Branco) Aspas (“”) As aspas são empregadas: a) antes e depois de citações textuais: Exemplo: Roulet afirma que “o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana”. b) para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias e expressões populares ou vulgares: Exemplos: O “lobby” para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado. (Veja) Na semana passada, o senador republicano Charles Grassley apresentou um projeto de lei que pretende “deletar” para sempre dos monitores de crianças e adolescentes as cenas consideradas obscenas. (Veja) Preso no “xilindró”, o prefeito perdeu o apoio da população. Com a chegada da polícia, os três suspeitos “puxaram o carro” rapidamente. c) para realçar uma palavra ou expressão: Exemplos: Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro. Aquela “vertigem súbita” na vida financeira de Ricardo afastou-lhe os amigos dissimulados. Travessão (_) Emprega-se o travessão para: a) indicar a mudança de interlocutor no diálogo: Exemplos: — Que gente é aquela, seu Alberto? — São japoneses. — Japoneses? E... é gente como nós? — É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos. — Mas, então não são índios? (Ferreira de Castro) b) colocar em relevo certas palavras ou expressões: Exemplos: Maria José sempre muito generosa — sem ser artificial ou piegas — a perdoou sem restrições. Um grupo de turistas estrangeiros — todos muito ruidosos — invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados. c) substituir a vírgula ou os dois-pontos: Exemplos: Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana — acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase. (Raul Pompeia) Parênteses (()) Os parênteses são empregados para: a) destacar num texto qualquer explicação ou comentário: Exemplo: Todo signo linguístico é formado de duas partes associadas e inseparáveis, isto é, o significante (unidade formada pela sucessão de fonemas) e o significado (conceito ou ideia). b) incluir informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação, página etc.): Exemplo: Mattoso Camara (1977:91) afirma que, às vezes, os preceitos da gramática e os registros dos dicionários são discutíveis: consideram erro o que já poderia ser admitido e aceitam o que poderia, de preferência, ser posto de lado. c) indicar marcações cênicas numa peça de teatro: Exemplos: Abelardo I – Que fim levou o americano?João – Decerto caiu no copo de uísque! Abelardo I – Vou salvá-lo. Até já! (sai pela direita). (Oswald de Andrade) d) isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos travessões: Exemplo: Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas. Asterisco (*) O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, é um recurso empregado para: a) remissão a uma nota no pé da página ou no fim de um capítulo de um livro: Exemplos: Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contêm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que esse afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em bruxaria, gritaria, patifaria etc. * É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras palavras. b) substituição de um nome próprio que não se deseja mencionar: Exemplo: O dr.* afirmou que a causa da infecção hospitalar na Casa de Saúde Municipal está ligada à falta de produtos adequados para assepsia. Vídeos: https://youtu.be/jo5iclJPmPw https://youtu.be/ODkVN0kRciE https://youtu.be/9tdpcfdr244 https://youtu.be/HwMYC5pFJGo 7 Estrutura, formação e classes de palavras. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Embora utilizemos as palavras como um todo significativo, elas são formadas por estruturas menores, com significados próprios. Além disso, existem diferentes processos que contribuem para a formação das palavras. Estrutura das palavras As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos: • radical e raiz; • vogal temática; • tema; • desinências; • afixos; • vogais e consoantes de ligação. https://youtu.be/jo5iclJPmPw https://youtu.be/ODkVN0kRciE https://youtu.be/9tdpcfdr244 https://youtu.be/HwMYC5pFJGo Morfemas Caracterização Exemplos Radical e raiz Parte fundamental da palavra, que define o seu significado principal. vender (vend- er) venda (vend- a) vendedor (vend- e dor) Vogal temática Aparece entre o radical e uma desinência. As vogais temáticas verbais definem a conjugação verbal. As vogais temáticas nominais atuam também como desinência de gênero. -a: estudar (1.ª conjugação) -e: atender (2.ª conjugação) -i: assumir (3.ª conjugação) -a: casas (cas-a-s) -o: carros (carr-o-s) -e: pares (par-e-s) Tema É a junção do radical com uma vogal temática. Temas verbais: estudar (estuda-r) atender (atende-r) assumir (assumi-r) Temas nominais: casas (casa-s) carros (carro-s) pares (pare-s) Desinências Indicam as flexões que uma palavra pode apresentar: em número; em gênero; em modo; em tempo; em número; em pessoa. -o = masculino -a = feminino -s = plural -va = pretérito imperfeito do indicativo -sse = pretérito imperfeito do subjuntivo -mos = 1.ª pessoa do plural -m = 3.ª pessoa do plural Afixos São prefixos e sufixos que se juntam a uma palavra para formar uma nova palavra. Prefixos = antes do radical Sufixos = depois do radical Prefixos: descontente (des- + contente) impossível (im- + possível) Sufixos: cantar (canto + -ar) somente (so + -mente) Morfemas Caracterização Exemplos Vogais e consoantes de ligação Estabelecem uma ligação entre dois morfemas. Ocorrem por razões fonéticas, não apresentando valor significativo. -i-: parisiense (Paris-i-ense) -l-: chaleira (chá-l-eira) Análise de morfemas Avissássemos aviss-á-sse-mos aviss (radical) á (vogal temática) sse (desinência indicativa do modo e tempo verbal) mos (desinência indicativa da pessoa e número verbal) Separação de morfemas Força força (forç-a) forçar (forç-a-r) forçado (forç-a-do) forcinha (forc-inh-a) esforçar (es-forç-a-r) esforçadamente (es-forç-a-da-mente) Formação de palavras Existem diversos processos que possibilitam a formação de novas palavras. Os dois processos principais são a derivação e a composição. Existem vários tipos de derivação e composição: • derivação prefixal; • derivação sufixal; • derivação parassintética; • derivação regressiva; • derivação imprópria; • composição por justaposição; • composição por aglutinação. Processos de formação Caracterização Exemplos Derivação prefixal Acrescenta-se um prefixo a uma palavra já existente. infiel (in- + fiel) reaver (re- + haver) antemão (ante- + mão) Derivação sufixal Acrescenta-se um sufixo a uma palavra já existente. gentileza (gentil + -eza) chatice (chato + -ice) tapar (tapa + -ar) Derivação parassintética Acrescenta-se um sufixo e um prefixo a uma palavra já existente. envernizar (en- + verniz + -izar) apodrecer (a- + podre + -ecer) engordar (en- + gordo + -ar) Derivação regressiva Ocorre a redução da palavra primitiva. amparo (de amparar) sobra (de sobrar) choro (de chorar) Derivação imprópria Não há alteração da palavra primitiva. Há mudança de significado e de classe gramatical. jovem (de adjetivo para substantivo) saber (de verbo para substantivo) Composição por aglutinação Há alteração das palavras formadoras, que se fundem. aguardente (água + ardente) vinagre (vinho + acre) dessarte (dessa + arte) Composição por justaposição Não há alteração das palavras formadoras, que apenas se juntam. beija-flor segunda-feira paraquedas Outros processos de formação de palavras Além da derivação e da composição, existem outros processos secundários de formação de palavras: • abreviação (vídeo, de videocassete) • reduplicação (zum-zum) • combinação (showmício, de show + comício) • intensificação (culpabilizar, de culpar) • hibridismo (monóculo, do grego mono + o latim oculus) Vídeos: https://youtu.be/PMmtB-lAhMo https://youtu.be/Gjv44CgF68Y CLASSE DE PALAVRAS As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio. 1. Substantivo: é a palavra que nomeia os seres em geral, desde objetos, fenômenos, lugares, qualidades, ações, dentre outros, tais como: Ana, Brasil, beleza. Exemplos de frases com substantivo: • A Ana é super inteligente. • O Brasil é lindo. • A tua beleza me encanta. Há vários tipos de substantivos: comum, próprio, concreto, abstrato, coletivo. 2. Verbo: é a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza, tais como: sairemos, corro, chovendo. Exemplos de frases com verbo: • Sairemos esta noite? • Corro todos os dias. • Chovendo, eu não vou. Os verbos são classificados em: regulares, irregulares, defectivos e abundantes. 3. Adjetivo: é a palavra que caracteriza, atribui qualidades aos substantivos, tais como: feliz, superinteressante, amável. Exemplos de frases com adjetivo: • A criança ficou feliz. • O artigo ficou superinteressante. • Sempre foi amável comigo. 4. Pronome: é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, indicando a relação das pessoas do discurso, tais como: eu, contigo, aquele. Exemplos de frases com pronome: • Eu aposto como ele vem. • Contigo vou até a Lua. • Aquele tipo não me sai da cabeça. Há vários tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, indefinidos e interrogativos. 5. Artigo: é a palavra que antecede o substantivo, tais como: o, as, uns, uma. Exemplos de frases com artigo: https://youtu.be/PMmtB-lAhMo https://youtu.be/Gjv44CgF68Y • O menino saiu. • As meninas saíram. • Uns constroem, outros destroem. • Uma chance é o que preciso. Os artigos são classificados em: definidos e indefinidos. 6. Numeral: é a palavraque indica a posição ou o número de elementos, tais como: um, primeiro, dezenas. Exemplos de frases com numeral: • Um pastel, por favor! • Primeiro as damas. • Dezenas de pessoas estiveram presentes. Os numerais são classificados em: cardinais, ordinais, multiplicativos, fracionários e coletivos. 7. Preposição: é a palavra que liga dois elementos da oração, tais como: a, após, para. Exemplos de frases com preposição: • Entreguei a carta a ele. • As portas abrem após as 18h. • Isto é para você. As preposições são classificadas em: preposições essenciais e preposições acidentais. 8. Conjunção: é a palavra que liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical, tais como: mas, portanto, conforme. Exemplos de frases com conjunção: • Vou, mas não volto. • Portanto, não sei o que fazer. • Dançar conforme a dança. As conjunções são classificadas em coordenativas (aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas) e subordinativas (integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, finais e proporcionais). 9. Interjeição: é a palavra que exprime emoções e sentimentos, tais como: Olá!, Viva! Psiu!. Exemplos de frases com interjeição: • Olá! Sou a Maria. • Viva! Conseguimos ganhar o campeonato. • Psiu! Não faça barulho aqui. 10. Advérbio: é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, exprimindo circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros, tais como: melhor, demais, ali. Exemplos de frases com advérbio: • O melhor resultado foi o do atleta estrangeiro. • Não acha que trouxe folhas demais? • O restaurante é ali. Os advérbios são classificados em: modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação e dúvida. O que é classe gramatical? É a classificação das palavras em grupos de acordo com a sua função na língua portuguesa. Elas podem ser variáveis e invariáveis, dividindo-se da seguinte forma: Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero, número e grau: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo e numeral. Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, conjunção, interjeição e advérbio. Vídeo explicativo: https://youtu.be/s8a6eXncWY8 Substantivo: https://youtu.be/8iXiBgCnGv4 Adjetivo: https://youtu.be/2d6PW3xp2pA Advérbio: https://youtu.be/eoZ0aEJQACg Numeral e artigo: https://youtu.be/lkxc-hStcuE Pronomes: https://youtu.be/PQRdgiIutrE https://youtu.be/cZ3MmXT0uys https://youtu.be/ocwqxQmGHuU Interjeição, conjunção e preposição: https://youtu.be/ocwqxQmGHuU Verbo: https://youtu.be/T8MB4vzTAv4 https://youtu.be/vvXx5hGeqKA 8 Significação de palavras. O significado das palavras é estudado pela semântica, a parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia, ... Compreender essas relações nos proporciona o alargamento do nosso universo semântico, contribuindo para uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos diversos contextos e intenções comunicativas. Sinonímia e antonímia A sinonímia indica a capacidade das palavras apresentarem significados semelhantes. A antonímia indica a capacidade das palavras apresentarem significados opostos. Assim, através da sinonímia e da antonímia as palavras estabelecem relações de proximidade e contrariedade. Exemplos de palavras sinônimas: • importante: significativo, considerável, prestigiado, indispensável, fundamental,... • necessário: essencial, fundamental, forçoso, obrigatório, imprescindível,... Exemplos de palavras antônimas: • dedicado: desinteressado, desapegado, faltoso, desaplicado, relapso,... • pontual: atrasado, retardado, durável, genérico, irresponsável,... Homonímia e paronímia A homonímia se refere à capacidade das palavras serem homônimas (som igual, escrita igual, significado diferente), homófonas (som igual, escrita diferente, significado diferente) ou homógrafas (som diferente, escrita igual, significado diferente). Exemplos de palavras homônimas: https://youtu.be/s8a6eXncWY8 https://youtu.be/8iXiBgCnGv4 https://youtu.be/2d6PW3xp2pA https://youtu.be/eoZ0aEJQACg https://youtu.be/lkxc-hStcuE https://youtu.be/PQRdgiIutrE https://youtu.be/cZ3MmXT0uys https://youtu.be/ocwqxQmGHuU https://youtu.be/ocwqxQmGHuU https://youtu.be/T8MB4vzTAv4 https://youtu.be/vvXx5hGeqKA • rio (curso de água) e rio (verbo rir); • caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar). Exemplos de palavras homófonas: • cem (100) e sem (indica falta) • senso (sentido) e censo (levantamento estatístico) Exemplos de palavras homógrafas: • colher (talher) e colher (apanhar); • acerto (correção) e acerto (verbo acertar); A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Exemplos de palavras parônimas: • Comprimento (tamanho) e cumprimento (saudação); • Imigrar (entrar num novo país) e emigrar (sair do seu país). Polissemia e monossemia A polissemia indica a capacidade de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados, conforme o contexto frásico em que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas um significado. Exemplos de palavras polissêmicas: • Cabeça (parte do corpo humano e líder do grupo, com origem comum na palavra em latim capitia); • Letra (símbolo de escrita e documento substituto de dinheiro, com origem comum na palavra em latim littera). Exemplos de palavras monossêmicas: • Estetoscópio (instrumento médico); • Eneágono (polígono com nove ângulos). Denotação e conotação A denotação indica a capacidade das palavras apresentarem um sentido literal e objetivo. A conotação indica a capacidade das palavras apresentarem um sentido figurado e simbólico. Exemplos de palavras com sentido denotativo: • O navio atracou no porto. • A anta é um mamífero. Exemplos de palavras com sentido conotativo: • Você é o meu porto. • Pense pela sua própria cabeça, sua anta! Hiperonímia e hiponímia A hiperonímia e a hiponímia indicam a capacidade das palavras estabelecerem relações hierárquicas de significado. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um hipônimo, palavra inferior com sentido mais restrito. Fruta é hiperônimo de morango. Morango é hipônimo de fruta. Exemplos de hiperônimos: • ferramenta • ave Exemplo de hipônimos: • martelo, serrote, alicate, enxada, chave de fenda,... • papagaio, gaivota, bem-te-vi, arara, coruja,... Formas variantes As formas variantes se referem a palavras que possuem mais do que uma grafia correta, sem que haja alteração do seu significado. Exemplos de formas variantes: • abdome e abdômen; • bêbado e bêbedo; • embaralhar e baralhar; • enfarte e infarto; • louro e loiro. Vídeo: https://youtu.be/ZCfk-3UYsf8 9 Sintaxe da oração e do período. A sintaxe é a parte da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções que as palavras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A sintaxe estuda também as relações existentes entre as diversas orações que formam um período. Estudo da relação entre os termos da oração Segundo uma análise sintática, a oração se encontra dividida em: • termos essenciais; • termos integrantes; • termos acessórios. Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Os termos integrantes da oração são o objeto direto, o objeto indireto, o predicativo do sujeito, o predicativo do objeto, o complemento nominal e o agente da passiva. Os termos acessórios da oração são o adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto. Exemplos de análise sintática Amanhã, a Madalena pagará suas dívidas ao banco. Sujeito: a Madalena Predicado: pagará suas dívidas
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