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Estilística, Denotação, Conotação e Vícios de Linguagem

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Curso Português para Concurso Público 
Professor Edson Botelho 
Ano 2020 
Aulas 8 de 10 
 
Qualquer dúvida entre em contato conosco: 
 
 Sou Concurseiro e Vou Passar 
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 (92) 98116-3075 
 
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Sumário 
 
Estilística ........................................................................................................... 5 
Campos da Estilística ..................................................................................................5 
Estilística Fônica ...........................................................................................................5 
Estilística Morfológica ..................................................................................................6 
Estilística Sintática .......................................................................................................6 
Denotação e Conotação ................................................................................... 7 
Denotação ......................................................................................................................8 
Conotação ......................................................................................................................8 
Figuras de Linguagem .................................................................................... 10 
Figuras sonoras ..........................................................................................................11 
Figuras de Palavras ...................................................................................................12 
Figuras de Pensamento............................................................................................12 
Figuras de Construção ..............................................................................................13 
Vícios de linguagem ........................................................................................ 14 
Exercícios ....................................................................................................... 15 
Vícios de Linguagem ....................................................................................... 28 
Barbarismo ...................................................................................................................28 
Solecismo .....................................................................................................................30 
Pleonasmo vicioso ou redundância.......................................................................30 
Pleonasmo ....................................................................................................................31 
Ambiguidade ou anfibologia ....................................................................................32 
Cacofonia ou cacófato ..............................................................................................32 
Eco ..................................................................................................................................33 
Hiato ...............................................................................................................................33 
Colisão ...........................................................................................................................33 
Vulgarismo ....................................................................................................................33 
Vulgarismo fonético ............................................................................................33 
Vulgarismo morfológico e sintático ................................................................33 
Plebeísmo .....................................................................................................................34 
Estrangeirismo ............................................................................................................34 
Estrangeirismo .....................................................................................................35 
As categorias do estrangeirismo ....................................................................35 
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Neologismo ...........................................................................................................36 
Arcaísmo ...............................................................................................................36 
Preciosismo e prolixidade .................................................................................36 
Exercícios ....................................................................................................... 37 
Funções e uso da palavra “que”.............................................................................38 
Funções do “se” ..........................................................................................................43 
Pronome ................................................................................................................43 
Conjunção .............................................................................................................44 
Orientação.............................................................................................................45 
Concordância De Verbos + Se ...............................................................................46 
 
 
 
 
 
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Estilística 
 
A Estilística estuda a linguagem e a sua capacidade de tornar as 
mensagens mais ou menos emotivas e bonitas. Por esse motivo, é uma área 
muito importante nos meios literários. Se por um lado a Gramática preocupa-se 
com a norma culta da língua, a Estilística vem complementar os estudos da 
linguagem, na medida em que enfoca a função expressiva dos discursos através 
de recursos estilísticos. 
 
Campos da Estilística 
 
De acordo com os estudiosos, a Estilística pode ser dividida nos seguintes 
campos: 
 
Estilística Fônica 
 
Nesse campo, as figuras de som contribuem para atribuir harmonia aos 
textos mediante a sonoridade, como podemos verificar nas figuras de som ou 
harmonia abaixo: 
 
Aliteração: a repetição de consoantes marca o ritmo do texto. Exemplo: 
O peito do pé do Pedro é preto. 
 
Onomatopeia: a reprodução de fonemas e palavras que imitam sons 
aumentam a expressividade do discurso. Exemplo: 
 
 "Chuac" é a onomatopeia que representa o som do beijo 
 
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Estilística Morfológica 
 
Esse campo da Estilística se preocupa principalmente com a forma. Para 
tanto, o recurso mais utilizado para exprimir mais emoção ao texto são os sufixos 
aumentativos e diminutivos. Exemplo: 
No Brasil, usa-se o diminutivo principalmente em relação à comida. Nada nos 
desperta sentimentos tão carinhosos quanto uma boa comidinha. 
- Mais um feijãozinho? 
O feijãozinho passou dois dias borbulhando num daqueles caldeirões de 
antropófagos com capacidade para três missionários. Leva porcos inteiros, todos 
os miúdose temperos conhecidos e, parece, um missionário. Mas a dona de 
casa o trata como um mingau de todos os dias. 
- Mais um feijãozinho? 
- Um pouquinho. 
- E uma farofinha? 
- Ao lado do arrozinho? 
- Isso. 
- E quem sabe mais uma cervejinha? 
- Obrigadinho. 
(Trecho de Diminutivo - Luís Fernando Veríssimo) 
 
Estilística Sintática 
 
A Estilística Sintática recorre a uma série de recursos para proporcionar 
efeitos estéticos nos textos. Veja abaixo como as figuras de sintaxe ou de 
construção contribuem nesse sentido: 
Silepse: a construção frasal baseia-se na concordância das ideias 
expressas no discurso. Exemplo: 
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 Uso da silepse de pessoa em "mais da metade da população mundial 
somos crianças" e "as crianças, vamos ter o mundo nas mãos" 
 
Anáfora: a repetição de palavras de forma regular marca o ritmo do texto. 
Exemplo: 
 
Uso da anáfora pela repetição de "se for" 
 
Denotação e Conotação 
 
As variações nos significados das palavras ocasionam o sentido 
denotativo (denotação) e o sentido conotativo (conotação) das palavras. 
Exemplos de variação no significado das palavras: 
• Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido denotativo) 
• Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido conotativo) 
• Aquela aluna é fera na matemática. (sentido conotativo) 
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➢ O sentido conotativo é também conhecido como sentido figurado. 
➢ O sentido denotativo é também conhecido como sentido próprio ou 
literal. 
 
Denotação 
 
Uma palavra é usada no sentido denotativo (próprio ou literal) quando 
apresenta seu significado original, independentemente do contexto frásico em 
que aparece. Quando se refere ao seu significado mais objetivo e comum, aquele 
imediatamente reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado 
que aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra. A 
denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara 
e objetiva, assumindo assim um caráter prático e utilitário. É utilizada em textos 
informativos, como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de 
medicamentos, textos científicos, entre outros. 
Exemplos com sentido denotativo 
▪ O elefante é um mamífero. 
▪ Já li esta página do livro. 
▪ A empregada limpou a casa. 
 
Conotação 
 
Uma palavra é usada no sentido conotativo (figurado) quando apresenta 
diferentes significados, sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do 
contexto frásico em que aparece. Quando se refere a sentidos, associações e 
ideias que vão além do sentido original da palavra, ampliando sua significação 
mediante a circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido 
figurado e simbólico. A conotação tem como finalidade provocar sentimentos no 
receptor da mensagem, através da expressividade e afetividade que transmite. 
É utilizada principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também 
ocorre em conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios publicitários, 
entre outros. 
Exemplos com sentido conotativo 
▪ Você é o meu sol! 
▪ Minha vida é um mar de tristezas. 
▪ Você tem um coração de pedra! 
 
 
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Exercícios 
1. Assinale o segmento em que NÃO foram usadas palavras em sentido 
figurado: 
a) Lendo o futuro no passado dos políticos (...) 
b) As fontes é que iam beber em seus ouvidos. 
c) Eram 75 linhas que jorravam na máquina de escrever com regularidade 
mecânica. 
d) Antes do meio-dia, a coluna estava pronta. 
e) (...) capaz de cortar com a elegância de um golpe de florete. 
 
Comentário: Há apenas palavras em sentido denotativo na assertiva (D). 
Nesta opção, houve referência ao tempo "meio-dia", bem como à conclusão da 
coluna. Nas demais opções: a) A expressão "lendo o futuro" revela o tom 
figurado da sentença; b) Ao dizer que "as fontes é que iam beber", temos a figura 
de linguagem denominada personificação ou prosopopeia, caracterizando a 
linguagem figurada; c) há o recurso da hipérbole (linguagem figurada) em "linhas 
que jorravam"; e) a expressão "cortar com a elegância de um golpe de florete" 
também caracteriza um recurso estilístico do autor, imprimindo tom figurado ao 
contexto. 
 
2. Assinale a alternativa cujo termo grifado NÃO é linguagem conotativa: 
a) “... mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço ” 
b) “Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste” 
c) “A natureza parece estar chorando a perda irreparável ...” 
d) “... no discurso que proferiu à beira da minha cova.” 
 
3. O item em que o termo sublinhado está empregado no sentido 
denotativo é: 
a) “Além dos ganhos econômicos, a nova realidade rendeu frutos políticos.” 
b) “...com percentuais capazes de causar inveja ao presidente.” 
c) “Os genéricos estão abrindo as portas do mercado...” 
d) “...a indústria disparou gordos investimentos.” 
e) “Colheu uma revelação surpreendente:...” 
 
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4. Marque a alternativa cuja frase apresenta palavra(s) empregada(s) em 
sentido figurado: 
a) O homem procura novos caminhos na tentativa de fixar suas raízes. 
b) “Mas lá, no ano dois mil, tudo pode acontecer. Hoje, não.” 
c) “... os planejadores fizeram dele a meta e o ponto de partida.” 
d) “Pode estabelecer regras que conduzam a um viver tranquilo ...” 
e) “Evidentemente, (...) as transformações serão mais rápidas.” 
 
5. Assinale a alternativa em que NÃO há palavra empregada em sentido 
figurado: 
a) “O estrangeiro ainda tropeça com muita frequência na incompreensão das 
sociedades por onde passa.” 
b) “Quando a luz estender a roupa nos telhados, seremos, na manhã, duas 
máscaras calmas.”(Mário Quintana) 
c) “Vejo que o amor que te dedico aumenta seguindo a trilha de meu próprio 
espanto.” 
d) Não, eu te peço, não te ausentes / Porque a dor que agora sentes / Só se 
esquece no perdão.” 
e) “Sinto que o tempo sobre mim abate sua mão pesada.” (Carlos Drummond 
de Andrade) 
 
Gabarito 
1. D 
2. D 
3. B 
4. A 
5. D 
 
Figuras de Linguagem 
 
O que são Figuras de Linguagem: 
As figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na escrita para 
tornar mais expressiva a mensagem transmitida. É muito importante saber 
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identificar as diversas figuras de linguagem, porque desta forma é possível 
compreender melhor diferentes textos. Compreender e saber usar figuras de 
estilo nos capacita a usar de forma mais eficaz a linguagem como fenômeno 
social e nos ajuda a vislumbrar o simbolismo de algumas conversas e obras 
escritas. 
 
As figuras de linguagem podem ser subdivididas em: 
▪ Figuras de som; 
▪ Figuras de palavras; 
▪ Figuras de pensamento e 
▪ Figuras de construção. 
 
Dica de estudo!!! As figuras de linguagem mais comuns em provas são: 
metáfora, comparação, metonímia, antítese, paradoxo, personificação (ou 
prosopopeia), hipérbole, eufemismo, ironia, elipse, zeugma, pleonasmo, 
polissíndeto, assíndeto, onomatopeia, anáfora, sinestesia, gradação e 
aliteração. 
 
Figuras sonoras 
 
▪ Aliteração - Repetição de sons consonantais (consoantes). Exemplo: 
"(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes 
veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs, 
vulcanizadas." (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza) - Cruz e Souza 
é o melhor exemplo desterecurso. Uma das características marcantes do 
Simbolismo., assim como a sinestesia. 
▪ Assonância - Repetição dos mesmos sons vocálicos. Exemplo: 
1. (A, O) – "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do 
litoral." (Caetano Veloso) 
2. (E, O) - "O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu 
ser me deu." (Fernando Pessoa) 
• Paronomásia - É o emprego de palavras parônimas (sons parecidos). 
Exemplo: "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre 
Antônio Vieira) 
 
• Onomatopeia - Criação de uma palavra para imitar um som. Exemplo: 
A língua do nhem "Havia uma velhinha 
Que andava aborrecida 
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Pois dava a sua vida 
Para falar com alguém. 
E estava sempre em casa 
A boa velhinha, 
Resmungando sozinha: 
Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem..." (Cecília Meireles) 
 
Figuras de Palavras 
 
▪ Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por não haver 
um termo próprio. Exemplo: a perna da mesa, dente de alho. 
▪ Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar um termo com 
significado diferente do habitual, uma comparação abreviada. Exemplo: A mulher 
é uma flor. 
▪ Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é uma figura de 
linguagem usada para qualificar 1 característica parecida entre dois ou mais 
elementos. No entanto, no caso da comparação, existe uma palavra de conexão 
(como, parecia, tal, qual, assim). Exemplo: "O olhar dela é como a lua, brilha 
maravilhosamente.” 
▪ Metonímia: substituição lógica de uma palavra por outra semelhante, de 
mesmo sentido Exemplo: Beber um copo de vinho. 
▪ Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar algo ou 
alguém. Exemplo: Cidade Luz (Paris) 
▪ Sinestesia: mistura de diferentes impressões sensoriais. Exemplo: o doce 
som da flauta 
 
Figuras de Pensamento 
 
▪ Antítese: palavras de sentidos opostos. Exemplo: bom/mau 
▪ Paradoxo: referente a duas ideias contraditórias em uma só frase ou 
pensamento. Exemplo: "Ainda me lembro daquele silêncio ensurdecedor." 
▪ Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Exemplo: Foi para 
o céu (morreu) 
▪ Hipérbole: exagero Exemplo: morto de sono 
▪ Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Exemplo: É um santo! 
(para alguém com mau comportamento) 
▪ Prosopopeia ou Personificação: atribuição de predicativos próprios de 
seres animados a seres inanimados. Exemplo: O sol está tímido. 
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▪ Gradação: Apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) 
ou descendente (anticlímax) - Exemplo: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas 
que eu não saiba, que eu não veja, que eu não conheça perfeitamente." 
 
Figuras de Construção 
 
A gramática normativa, partindo de aspectos lógicos e gerais observados 
na língua culta, aponta princípios que presidem às relações de dependência ou 
interdependência e de ordem das palavras na frase. Ensina-nos, entretanto, que 
aqueles aspectos lógicos e gerais não são exclusivos; ocasionalmente, outros 
fatores podem influir e, em função deles, a concordância, a regência ou a 
colocação (planos em que se faz o estudo da estrutura da frase) apresentam-se, 
às vezes, alteradas. 
▪ Anacoluto: alteração da construção normal da frase, quebra na ordem 
sintática. Exemplo: O homem, não sei o que pretendia. 
▪ Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou expressão para reforçar 
o sentido. Ex.: “Noite-montanha. Noite vazia. Noite indecisa. Confusa noite. Noite 
à procura, mesmo sem alvo.” (Carlos Drummond de Andrade) 
▪ Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado facilmente. 
Exemplo: no trânsito, carros e mais carros. (há) - Casos mais comuns: 
a) Pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implícito: iremos depois, 
compraríeis a casa? 
b) Substantivo - a catedral, no lugar de a igreja catedral; Maracanã, no 
ligar de o estádio Maracanã; 
c) Preposição - estar bêbado, a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar 
de: estar bêbado, com a camisa rota, com as calças rasgadas. 
d) Conjunção - espero você me entenda, no lugar de: espero que você me 
entenda. 
e) Verbo - queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria mais o filho 
que queria à filha. Em especial o verbo dizer em diálogos - E o rapaz: - Não sei 
de nada !, em vez de E o rapaz disse: 
▪ Zeugma: omissão de um termo já expresso anteriormente. Exemplo: Ele 
gosta de Inglês; eu, (gosto) de Alemão. 
▪ Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: subir para cima 
▪ Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos da oração. 
Exemplo: “nem o céu, nem o mar, nem o brilho das estrelas” 
▪ Assíndeto: ausência de conjunções entre os termos da oração. Exemplo: 
“bebeu, cantou, dançou”. 
▪ Anástrofe - Anteposição, em expressões nominais, do termo regido de 
preposição ao termo regente. Exemplo: "Da morte o manto lutuoso vos cobre a 
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todos.", por: O manto lutuoso da morte vos cobre a todos. Obs.: alguns autores 
consideram um tipo de hipérbato 
▪ Hipérbato - Alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, 
ou das orações no período. São determinadas por ênfase e podem até gerar 
anacolutos. Exemplo: "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo 
heroico o brado retumbante" (Hino Nacional Brasileiro) (ordem direta: As 
margens do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.) 
▪ Obs.: Também denominada de antecipação. 
▪ Obs.: Se a inversão for violenta, comprometendo o sentido 
drasticamente, alguns autores denominam-na sínquise 
▪ Obs.: Alguns autores consideram anástrofe um tipo de hipérbato 
 
Vícios de linguagem 
 
A gramática é um conjunto de regras que estabelece um determinado uso 
da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas 
estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas, em se 
tratando da linguagem escrita. O ato de desviar-se da norma padrão no intuito 
de alcançar uma maior expressividade, refere-se às figuras de linguagem. 
Quando o desvio se dá pelo não conhecimento da norma culta, temos os 
chamados vícios de linguagem. 
▪ barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em 
desacordo com a norma culta. Exemplo: pesquiza (em vez de 
pesquisa) / prototipo (em vez de protótipo). 
▪ solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção 
sintática. 
Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz; desvio na 
sintaxe de concordância). 
▪ ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um 
modo tal que ela apresente mais de um sentido. Exemplo: O guarda 
deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou 
do suspeito?). 
▪ cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras. 
Paguei cinco mil reais por cada. 
▪ pleonasmo vicioso: consiste na repetição desnecessária de uma 
ideia. 
O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente. 
▪ Observação: Quando o uso do pleonasmo se dá de modo enfático, 
este não é considerado vicioso. 
▪ eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo 
som. 
O menino repetente mente alegremente. 
 
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Resumo 
 
Exercícios 
 
1. (FGV) A figura que ocorre no trecho de Monteiro Lobato: “O povo 
estourava de rir”, é: 
 
a) antítese; 
b) eufemismo; 
c) hipérbole; 
d) ironia; 
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e) prosopopeia.2. (MACK) Aponte a figura: “Na terrível luta, muitos adormeceram para 
sempre”. 
a) antítese; 
b) eufemismo: 
c) anacoluto; 
d) prosopopeia; 
e) pleonasmos. 
 
3. (NEC) Na frase: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura de 
estilo, denominada: 
a) sinestesia; 
b) eufemismo; 
c) onomatopeia; 
d) antonomásia; 
e) assíndeto. 
 
4. Assinale o vício de linguagem que se observa em; “Eu vi ele não faz 
muito tempo” 
a) solecismo; 
b) cacófato; 
c) arcaísmo; 
d) barbarismo; 
e) colisão. 
 
5. Analise a charge considerando que o personagem de terno seja o dono 
da empresa aérea. 
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 Nessa charge, identifica-se a figura de linguagem 
a) antítese, já que os comissários de bordo apresentam reação idêntica ao 
saberem da demissão. 
b) personificação, visto que o objetivo principal da charge é criar uma cena 
divertida e plena de humor. 
c) hipérbole, pois há um exagero na solução drástica encontrada pelo dono da 
empresa para demitir os comissários. 
d) metonímia, porque se percebe a indiferença do dono da empresa perante a 
sensação de terror da tripulação. 
e) eufemismo, pois o dono da empresa resolve, sem sutileza, como cortar parte 
dos funcionários da empresa aérea. 
 
6. (Fuvest 2014) Leia o seguinte texto, que faz parte de um anúncio de um 
produto alimentício: 
 
EM RESPEITO A SUA NATUREZA, SÓ TRABALHAMOS COM O MELHOR DA 
NATUREZA 
 
Selecionamos só o que a natureza tem de melhor para levar até a sua casa. 
Porque faz parte da natureza dos nossos consumidores querer produtos 
saborosos, nutritivos e, acima de tudo, confiáveis. 
 
Procurando dar maior expressividade ao texto, seu autor 
a) serve-se do procedimento textual da sinonímia. 
b) recorre à reiteração de vocábulos homônimos. 
c) explora o caráter polissêmico das palavras. 
d) mescla as linguagens científica e jornalística. 
e) emprega vocábulos iguais na forma, mas de sentidos contrários. 
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A linguagem pode ser empregada no sentido literal, real, chamado de 
denotativo ou no sentido figurativo, não estritamente real, chamado de 
conotativo. Dentre as figuras de linguagem conotativas, tem-se a hipérbole, que 
consiste no exagero, na exacerbação de um pensamento a ponto de tornar a 
imagem criada impossível, improvável de ser factual, portanto, uma figuração 
conotativa. 
7. Dentre as sentenças abaixo, não corresponde a uma hipérbole: 
a) A mãe de Pedrinho anunciou o almoço, o garoto veio voando do quintal. 
b) Vai fazer mil anos que estou neste ponto e não passa nenhum ônibus. 
c) Estou com tanta sede, que poderia beber toda a água do Rio Amazonas. 
d) Neste ano, o campeonato cearense atingiu recorde de público, milhares de 
pessoas lotaram o estádio Castelão. 
e) Não sei mais o que fazer, já lhe disse um bilhão de vezes que não o amo 
mais. 
 
8. Assinale a alternativa que contém o trecho em que Machado de Assis 
utiliza, como recurso literário de comunicação, a prosopopeia. 
 
a) – (...) Olhe a pamonha da Beatriz; não foi agora para a roça só porque o marido 
implicou com um inglês que costumava passar a cavalo de tarde? (Capítulo dos 
Chapéus). 
b) Duas ou três amigas, nutridas de aritmética, continuavam a dizer que ela 
perdera a conta dos anos. (Uma Senhora). 
c) Tinha toda a vida nos olhos; a boca meio aberta, parecia beber as palavras da 
sobrinha, ansiosamente, como um cordial*. (D. Paula). 
* medicamento que fortalece. 
d) Mariana aceitou; um certo demônio soprava nela as fúrias da vingança. 
(Capítulo dos Chapéus). 
e) Nunca encontro esta senhora que me não lembre a profecia de uma lagartixa 
ao poeta Heine subindo os Apeninos: “Dia virá em que as pedras serão plantas, 
as plantas animais, os animais homens e os homens deuses.” (Uma Senhora). 
 
9. (Espcex (Aman) 2014) Assinale a única alternativa que contém a figura 
de linguagem 
presente no trecho sublinha do: 
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As armas e os barões assinalados, 
Que da ocidental praia lusitana, 
Por mares nunca dantes navegados, 
Passaram ainda além da Taprobana, 
 
a) metonímia 
b) eufemismo 
c) ironia 
d) anacoluto 
e) polissíndeto 
 
TEXTO 
 
Para as Estrelas de cristais gelados 
 
As ânsias e os desejos vão subindo, 
Galgando azuis e siderais noivados 
De nuvens brancas a amplidão vestindo... 
(Cruz e Sousa) 
 
10. Assinale a opção em que expresse incorre¬tamente a análise do 
poema: 
 
a) As “nuvens brancas” mencionadas suge¬rem as vestes tradicionais de 
noiva. 
b) A aliteração do /s/ em “As ânsias e os dese¬jos vão subindo” produz 
cacofonia. 
c) Os “cristais gelados” estão de acordo com a frialdade do espaço sideral. 
d) As “Estrelas”, com maiúscula alegorizan¬te, podem significar uma dimensão 
huma¬na superior. 
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e) Galgar “azuis e siderais noivados” é ima¬gem que remete ao anseio de 
atingir um mundo espiritual. 
 
11.(Uemg 2014) 
 
ESCRAVIDÃO POÉTICA 
 
Escravidão. 
Escrevidão. 
Poesia: 
– alforria? 
Ou consentida 
servidão? 
 
(Sísifo desce a montanha) 
 
O poema explora os seguintes recursos literários: 
a) metalinguagem, polissíndeto, metáfora e paradoxo. 
b) metalinguagem, trocadilho, metáfora e paradoxo. 
c) ironia, trocadilho, comparação e metonímia. 
d) ironia, polissíndeto, comparação e metonímia. 
e) Referencial. Polissíndeto, metáfora, metáfora. 
 
TEXTO: 
 
Fotojornalismo 
 
12Vem perto o dia em que soará para os escritores a hora do irreparável 
desastre e da derradeira desgraça. Nós, os rabiscadores de artigos e notícias, já 
sentimos que nos falta o solo debaixo dos pés… Um exército rival vem solapando 
os alicerces em que até agora assentava a nossa supremacia: é o exército dos 
desenhistas, dos caricaturistas e dos ilustradores. O lápis destronará a pena: 
1ceci tuera cela. 
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13O público tem pressa. A vida de hoje, vertiginosa e febril, não admite 
leituras demoradas, nem reflexões profundas. A onda humana galopa, numa 
espumarada bravia, sem descanso. Quem não se apressar com ela será 
arrebatado, esmagado, exterminado. 8O século não tem tempo a perder. A 
eletricidade já suprimiu as distâncias: daqui a pouco, quando um europeu 
espirrar, ouvirá 2incontinenti o “Deus te ajude” de um americano. 17E ainda a 
ciência humana há de achar o meio de simplificar e apressar a vida por forma tal 
que os homens já nascerão com dezoito anos, aptos e armados para todas as 
batalhas da existência. 
9Já ninguém mais lê artigos. Todos os jornais abrem espaço às ilustrações 
copiosas, que entram pelos olhos da gente com uma insistência assombrosa. As 
legendas são curtas e incisivas: 18toda a explicação vem da gravura, que conta 
conflitos e mortes, casos alegres e casos tristes. 
É provável que o jornal-modelo do século 20 seja um imenso 
3animatógrafo, por cuja tela vasta passem reproduzidos, instantaneamente, 
todos os incidentes da vida cotidiana. Direis que as ilustrações, sem palavras 
que as expliquem, não poderão doutrinar as massas nem fazer uma propaganda 
eficaz desta ou daquela ideia política. Puro engano. Haverá ilustradores para a 
sátira, ilustradores para a piedade. 
(...) Demais, 19nada impede que sejaanexado ao animatógrafo um 
gramofone de voz 4tonitruosa, encarregado de berrar ao céu e à terra o 
comentário, grave ou picante, das fotografias. 
E convenhamos que, no dia em que nós, cronistas e noticiaristas, 
houvermos desaparecido da cena – nem por isso se subverterá a ordem social. 
14As palavras são traidoras, e a fotografia é fiel. A pena nem sempre é ajudada 
pela inteligência; ao passo que 20a máquina fotográfica funciona sempre sob a 
5égide da soberana Verdade, a coberto das inumeráveis ciladas da Mentira, do 
Equívoco e da Miopia intelectual. 21Vereis que não hão de ser tão frequentes as 
controvérsias… 
(...) 
Não insistamos sobre os benefícios da grande revolução que a 
fotogravura vem fazer no jornalismo. Frisemos apenas este ponto: o jornal-
animatógrafo terá a utilidade de evitar que nossas opiniões fiquem, como 
atualmente ficam, fixadas e conservadas eternamente, para 6gáudio dos 
inimigos… Qual de vós, irmãos, não escreve todos os dias quatro ou cinco tolices 
que desejariam ver apagadas ou extintas? Mas, ai! de todos nós! 15Não há morte 
para as nossas tolices! 16Nas bibliotecas e nos escritórios dos jornais, elas ficam 
(...) catalogadas. 
(...) 
No jornalismo do Rio de Janeiro, já se iniciou a revolução, que vai ser a 
nossa morte e a 7opulência dos que sabem desenhar. Preparemo-nos para 
morrer, irmãos, sem lamentações ridículas, 10aceitando resignadamente a 
fatalidade das coisas, e consolando-nos uns aos outros com a cortesia de que, 
ao menos, 11não mais seremos obrigados a escrever barbaridades… 
Saudemos a nova era da imprensa! A revolução tira-nos o pão da boca, 
mas deixa-nos aliviada a consciência. 
 
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Olavo Bilac 
Gazeta de Notícias, 13/01/1901. 
 
1 ceci tuera cela − isto vai matar aquilo 
2 incontinenti − sem demora 
3 animatógrafo − aparelho que passa imagens sequenciais 
4 tonitruosa − com o volume alto 
5 égide − proteção 
6 gáudio − alegria extremada 
7 opulência − riqueza, grandeza 
 
 
TEXTO 
 Vem perto o dia em que soará para os escritores a hora do irreparável 
desastre e da derradeira desgraça. (ref. 12) 
 
A profecia para os escritores, anunciada na primeira frase do texto de 
forma extremamente negativa, se opõe ao tom e à conclusão do texto. 
 
12. Considerando esse contraste, o texto de Bilac pode ser qualificado 
basicamente como: 
a) irônico 
b) incoerente 
c) contraditório 
d) ultrapassado 
e) analógico. 
 
TEXTO 
A namorada 
 
Havia um muro alto entre nossas casas. 
¹Difícil de mandar recado para ela. 
Não havia e-mail. 
²O pai era uma onça. 
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A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por 
um cordão 
E pinchava a pedra no quintal da casa dela. 
Se a namorada respondesse pela mesma pedra 
Era uma glória! 
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da 
goiabeira 
E então era agonia. 
No tempo do onça era assim. 
 
Manoel de Barros 
Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010. 
 
13. O pai era uma onça. (ref. 2) 
Nesse verso, a palavra onça está empregada em um sentido que se define 
como 
 
a) enfático 
b) antitético 
c) metafórico 
d) metonímico 
e) contraditório. 
 
TEXTO 
(Mackenzie) Antes de concluir este capítulo, fui à janela indagar da noite por que 
razão os sonhos hão de ser assim tão tênues que se esgarçam ao menor abrir 
de olhos ou voltar de corpo, e não continuam mais. A noite não me respondeu 
logo. Estava deliciosamente bela, os morros palejavam de luar e o espaço morria 
de silêncio. ¨Como eu insistisse, declarou-me que os sonhos já não pertencem 
à sua jurisdição. Quando eles moravam na ilha que Luciano lhes deu, onde ela 
tinha o seu palácio, e donde os fazia sair com as suas caras de vária feição, dar-
me-ia explicações possíveis. Mas os tempos mudaram tudo. Os sonhos antigos 
foram aposentados, e os modernos moram no cérebro da pessoa. Estes, ainda 
que quisessem imitar os outros, não poderiam fazê-lo; a ilha dos Sonhos, como 
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a dos Amores, como todas as ilhas de todos os mares, são agora objeto da 
ambição e da rivalidade da Europa e dos Estados Unidos. 
Machado de Assis - "D.Casmurro" 
▪ palejavam: tornavam pálidos 
 
14. No texto, o elemento "noite" é exemplo de: 
a) metáfora, devido à comparação explícita entre "noite" e "Deus". 
b) metonímia, devido à analogia entre "noite" e "sonhos". 
c) prosopopeia, já que "noite" é elemento inanimado que responde ao narrador. 
d) hipérbole, pois seu sentido está ampliado. 
e) catacrese, por ser uma metáfora cristalizada pelo uso popular. 
 
TEXTO 
Moraliza o Poeta nos Ocidentes do Sol as Inconstâncias dos bens do 
Mundo. 
 
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, 
Depois da Luz se segue a noite escura, 
Em tristes sombras morre a formosura, 
Em contínuas tristezas a alegria. 
 
Porém se acaba o Sol, por que nascia? 
Se formosa a Luz é, por que não dura? 
Como a beleza assim se transfigura? 
Como o gosto da pena assim se fia? 
 
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, 
Na formosura não se dê constância, 
E na alegria sinta-se tristeza. 
 
Começa o mundo enfim pela ignorância, 
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E tem qualquer dos bens por natureza 
A firmeza somente na inconstância. 
 (GUERRA, Gregório de Matos. ANTOLOGIA POÉTICA) 
 
15. O texto de Gregório de Matos possui muitas antíteses, que são usadas 
nos textos barrocos para 
a) traduzir o conflito humano. 
b) rejeitar o vocabulário popular. 
c) personificar seres inanimados. 
d) marcar a presença do onírico. 
e) detalhar a arte poética. 
 
TEXTO 
Quando jovem, Antônio Vieira acreditava nas palavras, especialmente nas que 
eram ditas com fé. No entanto, todas as palavras que ele dissera, nos púlpitos, 
nas salas de aula, nas reuniões, nas catequeses, nos corredores, nos ouvidos 
dos reis, clérigos, inquisidores, duques, marqueses, ouvidores, governadores, 
ministros, presidentes, rainhas, príncipes, indígenas, desses milhões de palavras 
ditas com esforço de pensamento, poucas - ou nenhuma delas - haviam surtido 
efeito. O mundo continuava exatamente o de sempre. O homem, igual a si 
mesmo. 
 Ana Miranda, BOCA DO INFERNO 
No entanto, todas as palavras que ele dissera (...) desses milhões de palavras 
ditas (...) poucas (...) haviam surtido efeito. 
 
16. Nesse período, há uma figura de estilo caracterizada pela interrupção 
da sequência lógica e da sintaxe do período; tal figura é também conhecida 
como "frase quebrada". Trata-se de: 
a) metáfora. 
b) hipérbole. 
c) eufemismo. 
d) zeugma. 
e) anacoluto. 
 
TEXTO 
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 "Em tristes sombras morre a formosura, em contínuas tristezas a alegria" 
 
17. Nos versos citados acima, Gregório de Matos empregou uma figura de 
linguagem que consiste em aproximar termos de significados opostos, 
como "tristezas" e "alegria". O nome desta figura de linguagem é: 
a) metáfora 
b) aliteração 
c) eufemismo 
d) antítese 
e) sinédoque 
 
 
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Gabarito 
1. C 
2. B 
3. A 
4. A 
5. C - A figura de linguagem que representa adequadamente a intenção do 
autor está assinalada em [C], pois é a hipérbole que exagera a significação 
linguística ao apresentar o dono da empresa em atituderadical para demitir os 
funcionários. 
6. C - O autor usa o recurso da polissemia da palavra “natureza”, repetida 
quatro vezes no anúncio com dois significados distintos (na segunda e terceira 
aparições como “conjunto de elementos do mundo natural” e, na primeira e 
quarta, como “o que compõe a substância do ser; essência”), conforme sua 
aplicação no contexto. 
7. D - [A] A expressão veio voando é uma hipérbole para dizer que o garoto 
veio muito rápido. [B] A expressão mil anos indica que espera há muito tempo. 
Há um exagero, portanto uma hipérbole.[C] Há uma hipérbole quando diz que 
poderia beber toda água do Amazonas. [D] Correta. Em um estádio pode caber 
milhares de pessoas. [E] Há uma hipérbole no exagero um bilhão de vezes. 
8. E - A prosopopeia, também denominada personificação ou animismo, 
consiste na atribuição do dom da palavra, sentimento ou ação a seres 
inanimados ou irracionais. Assim, é correta a alternativa [E], trecho em que uma 
lagartixa adquire a qualidade de profeta. 
9. A - Metonímia é uma figura de linguagem que consiste em designar um 
objeto por palavra designativa de outro objeto, no caso, estabelecendo uma 
relação de parte pelo todo. No poema, “praia” lusitana se refere a todo o território 
português banhado pelo Oceano Atlântico, de onde saíam as caravelas 
portuguesas. 
10. B - O ideário Simbolista busca a sugestão inclusive por meio da sonoridade; 
para tanto, é constante o uso de assonâncias e aliterações, o que não é 
considerado um demérito do texto. 
11. B 
12. A - A frase que inicia o texto contrasta com a conclusão, principalmente nos 
dois últimos parágrafos: “Preparemo-nos para morrer, irmãos, sem lamentações 
ridículas”, “A revolução tira-nos o pão da boca, mas deixa-nos aliviada a 
consciência”. Com ironia, Olavo Bilac descreve a realidade com termos 
aparentemente valorizantes, mas com a finalidade de desvalorizar. Assim, é 
correta a alternativa [A]. 
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13. C - É correta a alternativa [C], pois a analogia do comportamento de um 
animal feroz com a reação do pai quando alguém cortejava a filha revela que a 
palavra “onça” está empregada em sentido metafórico. 
14. C 
15. A 
16. E 
17. D 
 
Vícios de Linguagem 
 
Muitas vezes, o falante apresenta vícios na fala e transfere-os para a 
escrita. Por isso, é importante ficarmos atentos a essas inadequações, já que, 
muitas vezes, não as percebemos. 
Recebem o nome de vícios de linguagem os desvios da norma-padrão da 
língua, ocorridos nos campos morfossintático, semântico ou fonético. Embora 
frequentes no dia a dia dos falantes, os vícios de linguagem são desvios 
gramaticais, ou seja, palavras, expressões e construções que fogem às regras 
da norma padrão ou norma culta. Os vícios de linguagem ocorrem, normalmente, 
por falta de atenção e pouco conhecimento dos significados das palavras pelos 
falantes. 
Confira alguns vícios de linguagem: 
 
Barbarismo 
Caracteriza-se pelo desvio à norma culta, manifestado nos seguintes 
níveis: 
1. Pronúncia 
▪ Silabada – refere-se ao deslocamento do acento tônico de uma 
determinada palavra, como por exemplo: 
No documento constata apenas a rúbrica (em vez de rubrica) do 
comprador. 
▪ Cacoépia – configura-se como um erro na pronúncia dos fonemas, tal 
como no exemplo: 
Esse é um probrema (em vez de problema) que temos de resolver. 
▪ Cacografia – manifesta-se pelo desvio no que se refere à grafia ou 
flexão de uma dada palavra, veja: 
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Se o delegado detesse (detivesse) todos os marginais, haveria mais 
segurança. 
Nós advinhamos (adivinhamos) que você viria. 
2. Morfologia: 
▪ Se ele ir (fosse) conosco, gostaríamos bastante. 
3. Semântica 
▪ Os comprimentos (cumprimentos) foram destinados ao vencedor do 
concurso. 
4. Estrangeirismos – refere-se ao emprego de palavras pertencentes a 
outros idiomas quando já existe um termo equivalente na língua portuguesa: 
 
Erros de pronúncia, acentuação, ortografia, flexão e significação são 
considerados barbarismo. 
 
Erros de pronúncia: 
▪ pograma (correto = programa) 
▪ reintero (correto = reitero) 
▪ beneficiente (correto = beneficente) 
▪ Adevogado por advogado. 
▪ Obteram por obtiveram. 
▪ Rúbrica em vez de rubrica. 
▪ Pousar em vez de posar. 
 
Erros de acentuação: 
▪ rúbrica (correto = rubrica) 
▪ gratuíto (correto = gratuito) 
▪ púdico (correto = pudico) 
 
Erros de ortografia: 
▪ mecher (correto = mexer) 
▪ quizeram (correto = quiseram) 
▪ geito (correto = jeito) 
 
Erros de flexão: 
▪ deteu (correto = deteve) 
▪ proporam (correto = propuseram) 
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▪ cidadões (correto = cidadãos) 
 
Erros de significação: 
▪ meus comprimentos (correto = meus cumprimentos) 
▪ o conserto da Rita Lee (correto = o concerto da Rita Lee) 
▪ o acento da bicicleta (correto = o assento da bicicleta) 
 
Solecismo 
 
Erros de sintaxe (concordância, regência e colocação pronominal) são 
considerados solecismo. 
 
Erros de concordância: 
▪ a gente vamos (correto = a gente vai) 
▪ fazem dois dias (correto = faz dois dias) 
▪ haviam muitas vagas (correto = havia muitas vagas) 
 
Erros de regência: 
▪ chegamos no colégio (correto = chegamos ao colégio) 
▪ sempre obedeci meu pai (correto = sempre obedeci ao meu pai) 
▪ vamos na praia (correto = vamos à praia) 
 
Erro de colocação pronominal: 
▪ não enganei-me (correto = não me enganei) 
▪ foi ela que chamou-me (correto = foi ela que me chamou) 
▪ compraremos-te um carro (correto = comprar-te-emos um carro) 
 
Pleonasmo vicioso ou redundância 
 
Ocorre pleonasmo vicioso ou redundância quando há uma repetição de 
ideias desnecessária para a transmissão do conteúdo da frase. 
Exemplos: 
• Vamos entrar para dentro. 
• Vamos adiar para depois. 
• Vamos encarar de frente. 
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Pleonasmo 
 
Com a repetição geralmente desnecessária de uma mesma ideia, surge 
o pleonasmo, que pode ser classificado em vício de linguagem ou figura de 
linguagem. Para dosar, fez-se uso de asteriscos para indicar os graus de 
aceitação. Confira: 
▪ com * = evite; 
▪ com ** = uso sempre inadequado. 
 
1. Ele tinha uma bela caligrafia.** 
2. O carrasco tinha ordem para decapitar a cabeça do rei. ** 
3. Ele já havia descido lá embaixo três vezes. ** 
4. Cresce o monopólio exclusivo de certas licitações. ** 
5. A realidade é dura, mas deveriam encará-la de frente.* 
6. Ele trouxe as provas, as quais prometera revelá-las.** 
7. Ele não veio, mas, no entanto, avisou a todos. ** 
8. Sorriu muito, sorriu com todos os dentes da boca. * 
9. Após a piada, ficou com um grande sorriso nos lábios. * 
10. Vejam lá no céu as maravilhosas estrelas. * 
11. Aquilo era oco por dentro. * 
12. O comércio bilateral entre os dois países é importante. ** 
13. Ele disse que só virão ambos os dois. ** 
14. Há cerca de um mês atrás, houve a acusação. ** 
15. Adiaram o espetáculo para depois. * 
16. A doação pode ser de arroz, batata, cebola e etc...** 
17. A solução ainda deve demorar mais uns dez dias. * 
18. O almirante da Marinha concordou com a explicação. * 
19. Não nos ofereceram uma outra alternativa. * 
20. Um caso qualquer, como, por exemplo, o citado pelo réu.* 
21. Conviviam juntos há vinte anos. * 
22. O elo de ligação desses países será a cultura ibérica. * 
23. Não quis matar e nem tinha a intenção de ferir. ** 
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24. Novamente não enfrentou de frente os problemas. ** 
25. A exportação para o exterior precisa de regras. ** 
26. Houve rapidez para conter a hemorragia de sangue. ** 
27. Na compra do caderno, você ganha grátis dois lápis. ** 
28. A casa possuía várias goteiras no teto. ** 
29. Ele fala seis línguas diferentes. ** 
30. As lojas conseguem manter os mesmos preços de abril.** 
31. A monocultura exclusiva do trigo gerou a supersafra. ** 
32. Quando deu a ré para trás, aconteceu o acidente. ** 
33. Ele não conseguiu repetir outra vez as mesmas ideias. ** 
34. Se caso houvesse falha, deveriam devolver o produto. ** 
35. Ele conhecia os seus próprios defeitos. * 
 
Ambiguidade ou anfibologia 
 
Nas frases sem clareza ou com duplo sentido ocorre ambiguidade ou 
anfibologia. 
Exemplos: 
• A professora levou o aluno para sua sala. (de quem é a sala?) 
• Paula conversou com Helena sobre seu trabalho. (de quem é o 
trabalho?) 
• A cachorra da sua prima é mal-humorada. (a prima é uma cachorra ou 
tem uma cachorra?) 
 
Cacofonia ou cacófato 
 
Ocorre cacofonia ou cacófato quando a pronúncia de palavras seguidas 
produz um som desagradável ou sugere outra palavra menos apropriada. 
Exemplos: 
▪ Eu beijei a boca dela. 
▪ Eu não vi ela. 
▪ Me dá uma mão. 
 
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Eco 
Dissonâncias causadas por terminações iguais nas palavras são 
consideradas eco. 
Exemplos: 
▪ Tem gente que, por mais que tente, não consegue ser diferente. 
▪ Nesta cidade não há honestidade, apenas vaidade. 
 
Hiato 
Dissonâncias causadas por sequências de vogais idênticas ou 
semelhantes são consideradas hiato. 
Exemplos: 
▪ Ana a ama muito. 
▪ Ou eu ou ele estaremos lá. 
 
Colisão 
Dissonâncias causadas por sequências de consoantes idênticas ou 
semelhantes são consideradas colisão. 
Exemplo: 
▪ Essa saia suja é da Sara. 
▪ Fazendo fiado fico freguês. 
 
Vulgarismo 
O uso de expressões que não se enquadram no padrão culto é 
considerado vulgarismo. 
 
Vulgarismo fonético 
 
▪ Vamo brincá? (correto = Vamos brincar?) 
▪ Brincadera boba! (correto = Brincadeira boba!) 
▪ Põe mais sau, por favor. (correto = Põe mais sal, por favor.) 
 
Vulgarismo morfológico e sintático 
 
▪ Custa cinco real! (correto = Custa cinco reais!) 
▪ Os menino vem aí. (correto = Os meninos vêm aí.) 
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▪ Eu vi ele na rua. (correto = Eu vi-o na rua.) 
 
Plebeísmo 
 
Refere-se a gírias, calão e expressões populares que indicam falta de 
instrução e erudição. 
Exemplos: 
▪ Fala mané! 
▪ Fiquei bolado com essa parada. 
 
Nota: Também a utilização de chavões é considerada por muitos autores 
como vício de linguagem, por empobrecer o discurso e limitar a autonomia do 
pensamento humano. 
Exemplos: 
• A união faz a força. 
• Cada macaco no seu galho. 
 
Estrangeirismo 
 
Espécie de barbarismo que consiste em dar preferência ao uso de 
palavras ou expressões de língua estrangeira, mesmo quando há vocábulo 
equivalente em português. 
Exemplos 
• Upgrade (anglicismo) em vez de “atualização”. 
• Mise-en-scène (galicismo) no lugar de “encenação”. 
 
A globalização facilitou a importação de vocábulos, o que não é 
necessariamente ruim para a língua portuguesa. Devem-se evitar, porém, as 
construções sintáticas estranhas ao idioma, como: “darei meu melhor” (my best) 
no lugar de “darei o melhor de mim”. 
É necessário, também, usar com parcimônia termos próprios do campo 
da informática ou de outros campos técnicos. O emprego de certos vocábulos 
fora de seu contexto não é recomendável. São exemplos desses vocábulos: 
inicializar (iniciar), deletar (apagar), design (desenho), designer (desenhista), 
implantar (instalar, adotar, instituir) e outros. 
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Estrangeirismo 
 
O termo estrangeirismo denomina o uso das palavras de um idioma 
estrangeiro para expressar ideias. É o caso, por exemplo, do uso do termo 
delete: apesar de haver um correspondente em Português, o uso da palavra 
delete é amplamente difundido. Através do processo de estrangeirismo palavras 
de outros idiomas são introduzidas no Português e essas palavras recebem 
denominações diferentes de acordo com a sua origem: anglicismo nomeia as 
palavras que vêm do Inglês; galicismo nomeia as palavras vindas do Francês e 
assim por diante. 
 
As categorias do estrangeirismo 
 
Esse fenômeno da Língua Portuguesa pode ser dividido em duas 
categorias: com ou sem aportuguesamento. O estrangeirismo com 
aportuguesamento acontece quando tanto a escrita quanto a pronúncia das 
palavras recebem adaptação do Português. Um exemplo disso é a palavra 
“abajur” que no Francês, sua língua de origem, é “abat-jour”. 
 
A palavra delete é um estrangeirismo. 
Já o estrangeirismo sem aportuguesamento acontece quando a forma 
original da palavra é conservada. Como exemplo de estrangeirismo sem 
aportuguesamento é possível citar a palavra mouse, originária do Inglês, que é 
usada no Brasil em sua forma original. Muitas palavras presentes na Língua 
Portuguesa vêm de outros idiomas. Grande parte das palavras da Língua 
Portuguesa têm como origem as raízes árabes, greco-latinas, francesas, 
inglesas, italianas e também espanholas e o processo de aportuguesamento 
ocorre através de mudanças gráficas e fonológicas. 
 
Por que as palavras estrangeiras são introduzidas na língua? 
Há muitos fatores que colaboram para que as palavras de outras línguas 
sejam incluídas no Português, criando os estrangeirismos. Alguns dos aspectos 
que concorrem para a ocorrência de estrangeirismos são os fatores históricos, 
sociais e até mesmo políticos, além dos modismos e dos avanços tecnológicos. 
O crescimento da tecnologia familiariza os falantes com palavras específicas 
desse meio, que são incorporadas. 
 
Os estrangeirismos mais encontrados 
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A lista de estrangeirismos encontrados no Português é bastante extensa, 
sendo possível apontar como os mais comuns: shampoo, teen, hero, link, pizza, 
game, layout, spaguetti, réveillon, stop, hangout, mainstream, stalkear, jeans, ok, 
cappuccino, croissant, shopping, delivery, fashion, drive-thru, dentre outros. 
Essas são palavras facilmente encontradas no cotidiano. 
 
Estrangeirismo como vício de linguagem 
Apesar de as palavras originárias de outros idiomas fazerem parte da 
construção do vocabulário da língua nem sempre eles são bem-vindos. De 
acordo com a Gramática Normativa, que rege as gregas da norma culta de 
linguagem, o uso de palavras estrangeiras quando se tem um equivalente em 
Português constituí um vício de linguagem, que também é chamado de 
barbarismo. 
 
Neologismo 
Consiste na criação exagerada de novas palavras, muitas vezes 
desnecessárias, por já haver palavras análogas no português. 
Exemplos: 
• Já chega de tuitar. 
• Deleta essa informação, por favor. 
• Manjo bem esse assunto. 
 
Arcaísmo 
Refere-se à utilização de palavras ou expressões em desuso. 
Exemplos: 
• Venha, menina, asinha! 
• Vosmecê precisa de ajuda? 
 
Preciosismo e prolixidade 
Referem-se a uma linguagem exacerbada para referir ideias normais, bem 
como ao excesso de palavras para transmitir ideias simples, prejudicando a 
clareza e naturalidade do discurso. 
Exemplos: 
• Minha progenitora, transtornada com meu insubmisso agir, 
procrastinou nossa viagem intercontinental. 
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• Estivesse eu rejubilante e álacre em vez de apreensiva e inconformada 
com as vicissitudes de meu viver. 
 
Exercícios 
 
Os exercícios 1 e 2 foram retirados da Novíssima gramática da língua portuguesa 
(CEGALLA, 2007). 
 
1. Indique os vícios de linguagem que apresentam as frases abaixo. 
(Adaptado) 
a. É verdade, poeta, só nos sonhos a gente agarra a fada pelos cabelos. 
b. Muitos cidadões ou não votam ou votam mau. 
c. Ah fatalidade! As rugas da idade se instalam em minha face sem piedade e 
apagam o frescor da mocidade. 
d. Fábio quis conhecer o sítio de um tio de que o pai falava muito. 
e. Embora doente, Tito teima em tomar café a todo instante. 
f. O Rio está incluído na tournée organizada pela nova empresa de turismo. 
g. Eu ia eufórico pela rua, ouvindo vozes que não me eram estranhas. 
 
2. Relacione as frases aos vícios de linguagem que nelas ocorrem: 
(a) estrangeirismo 
(b) pleonasmo 
(c) solecismo 
(d) preciosismo 
___ Desde então ele passou a nutrir uma inexplicável xenofobia aos 
estrangeiros. 
___ Evolou-se (exalar-se) aos paramos (céu) etéreos a alma imácula da donzela. 
___ Foi impecável a performance do piloto durante a dura competição. 
___ Amanhã começa as aulas nas escolas e há muitas salas onde falta carteiras. 
 
Gabarito 
1. 
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a) plebeísmo 
b) barbarismo 
c) eco 
d) solecismo 
e) colisão 
f) estrangeirismo 
g) preciosismo 
2. 
pleonasmo; 
preciosismo; 
estrangeirismo; 
solecismo 
 
Funções e uso da palavra “que” 
 
Uma dúvida comum sobre a gramática portuguesa é o emprego da 
palavra “que” e os seus mais diversos significados, como ela pode ser 
empregada e que sentido pode dar à frase de acordo com o contexto em que se 
encontra. O “que” pode fazer a vez de substantivo, pronome adjetivo, pronome 
interrogativo, pronome relativo, preposição, advérbio de modo e de intensidade, 
partícula expletiva e interativa, interjeição, conjunção coordenativa e 
subordinada. Veja abaixo exemplos de cada uma de suas funções. 
 
Funções e uso da palavra “que” 
 
Substantivo - Para que seja empregado como substantivo a palavra “que” 
necessita do acompanhamento de um artigo indefinido (um) ou de uma 
preposição (de) além de receber a acentuação. Ela terá o sentido de “qualquer 
coisa” ou “alguma coisa”. 
▪ Os protestos no Brasil tiveram um quê de violência. 
 
Pronome Adjetivo - Neste caso o “que” poderá ser empregado como 
indefinido, interrogativo ou exclamativo. 
▪ Que show maravilhoso! – exclamativo 
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▪ Que horas, por favor? – interrogativo 
▪ Que coisa horrível este incidente. – indefinido 
 
Pronome Relativo - Quando a palavra “que” puder ser substituída 
por “o qual”, “a qual”, “os quais” ou “as quais” ela terá a função de 
pronome relativo. 
▪ Peguei o livro que – o qual – estava na última prateleira da 
biblioteca. 
▪ É lindo o vestido que – o qual – eu usei ontem no jantar. 
 
Preposição - Sempre que o “que” for equivalente ao “de” terá a 
função de preposição, em locuções adverbiais como auxiliar de “ter” ou 
“haver”. 
▪ Ela teve que levar todos os livros. 
▪ Todo o material terá que ser reutilizado. 
 
Advérbio de modo e intensidade - Como advérbio de modo o “que” 
pode ser substituído por “como”. Exemplo: 
▪ Que prato mal feito era aquele! (Como aquele prato era mal feito!) 
 
Como advérbio de intensidade a palavra pode ser substituída por 
“quão” ou “muito”. Exemplo: 
▪ Que feias eram aquelas ruas! (Quão feias eram aquelas ruas!) 
▪ Que estranha a roupa dela. (Muito estranha a roupa dela.) 
 
Partícula expletiva e interativa - Como partícula expletiva não possui 
função na oração, serve apenas para enfatizar algo citado. Nesse caso, a 
retirada da palavra “que” não altera o sentido da frase. Exemplo: 
▪ Há dias que não o vejo. 
 
Como partícula interativa o “que” sofre a repetição para dar ênfase à 
frase. Exemplo: 
▪ Que coisa que ele fez! 
▪ Que roupas lindas que ela comprou! 
 
Conjunção Coordenativa 
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– Aditiva 
Anda que anda e não chega a lugar algum. 
 
– Alternativa 
Que fossem ou que não fossem, eu estaria lá. 
 
– Adversativa 
Pode andar o quanto quiser que não vai a lugar algum. 
 
– Explicativa 
Eles não podem ir até lá, que é muito perigoso. 
 
Conjunção Subordinativa 
 
– Integrante 
Havia dito que estaria lá, mas não estava. 
 
– Comparativa 
Não há nada melhor que comer chocolate com os amigos! 
 
– Causal 
É melhor prestar atenção, que este trecho é muito perigoso. 
 
– Concessiva 
Leia, moço, um pouco que seja! 
 
– Consecutiva 
É tão grande que mal passa na porta. 
 
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Exercícios 
 
Agora identifique a classe gramatical da palavra QUE: 
1. "Meu bem querer tem um quê de pecado..." (Djavan) 
2. E ao lerem os meus versos pensem que eu sou qualquer coisa 
natural."(Alberto Caeiro) 
3. Amanhã, teremos pouco que fazer em nosso escritório. (= para) 
4. Parecia-me que as paredes tinham vulto. 
5. Que houve com o carro? 
6. Tenho que realizar muitos sonhos. 
7. Que bela mulher ela era! 
8. Vamos embora, que (pois) preciso terminar o material. 
9. Parecia-me que as paredes tinham vulto. 
10. Aprendi / que tem o seu tempo. 
11. Então qual que é a verdade? 
12. Mas é que lá passava bonde. 
13. Certamente (que) serás aprovado. 
14. Quê! Nunca você fará isso! 
15. Não pegue, que os outros pegam. 
16. Só lhes peço que sejam mais atenciosos. 
17. Quase que caio. 
18. Ele é que é um gênio. 
19. Os jogadores que foram convocados já se apresentaram ao técnico. 
20. Esse é o caminho por que (pelo qual) passamos. 
21. Visitei a cidade em que (=na qual) nasceste. 
 
Gabarito 
1. "Meu bem querer tem um quê de pecado..." (Djavan) SUBSTANTIVO 
2. E ao lerem os meus versos pensem que eu sou qualquer coisa 
natural."(Alberto Caeiro) CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA INTEGRANTE 
3. Amanhã, teremos pouco que fazer em nosso escritório. (= para) 
PREPOSIÇÃO 
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4. Parecia-me que as paredes tinham vulto. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA 
INTEGRANTE 
5. (Que houve com o carro? PRONOME INTERROGATIVO 
6. Tenho que (de) realizar muitos sonhos. · PREPOSIÇÃO 
7. Que bela mulher ela era! Advérbio de intensidade (equivalente a quão) 
ADVÉRBIO 
8. Vamos embora, que (pois) preciso terminar o material. · CONJUNÇÃO 
COORDENATIVA EXPLICATIVA 
9. Parecia-me que as paredes tinham vulto. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA 
INTEGRANTE (= pois, porque) 
10. Aprendi / que tem o seu tempo. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA 
INTEGRANTE (inicia oração substantiva) 
11. Então qual que é a verdade? PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE 
Obs.: Pode aparecer acompanhado do verbo ser, formando a locução é que. 
12. Mas é que lá passava bonde. PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE 
13. Certamente (que) serás aprovado. PALAVRA DE REALCE (não altera o 
sentido da frase) 
14. Quê! Nunca você fará isso! INTERJEIÇÃO 
15. Não pegue, que os outros pegam. CONJUNÇÃO COORDENATIVA 
EXPLICATIVA 
16. Só lhes peço que sejam mais atenciosos. (A segunda oração, que é 
substantiva, pode ser substituída pelo demonstrativo isso. CONJUNÇÃO 
SUBORDINATIVA INTEGRANTE. 
17. Quase que caio. PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE 
18. Ele é que é um gênio. PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE 
19. Osjogadores que (= os quais) foram convocados já se apresentaram ao 
técnico. (PRONOME RELATIVO) 
20. Esse é o caminho por que (pelo qual) passamos. (PRONOME RELATIVO) 
21. Visitei a cidade em que (=na qual) nasceste. (PRONOME RELATIVO) 
 
Resumo 
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Funções do “se” 
 
 
Relacionada à morfologia ou à sintaxe, a partícula “se” assume várias 
funções na língua portuguesa: pode ser um pronome, uma partícula de realce ou 
uma conjunção subordinativa. É muito comum encontrarmos orações com a 
presença da palavra “se”, no entanto, o emprego da partícula gera muitas 
dúvidas justamente pela possibilidade de ser empregado em várias funções 
morfossintáticas. 
 
Pronome 
 
▪ Pronome reflexivo: neste caso, a partícula “se” serve para indicar que o 
sujeito pratica e sofre a ação. Exemplo: O menino cortou-se. 
 
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▪ Partícula apassivadora: indica que a frase está na voz passiva, ou seja, 
o sujeito sofre a ação praticada por outro agente. Relaciona-se a verbos 
transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos. Exemplo: Vende-se carro 
usado. (Na voz passiva analítica: Carro usado é vendido) 
 
▪ Índice de indeterminação do sujeito: relaciona-se a verbos intransitivos, 
transitivos indiretos ou de ligação, conjugados na 3ª pessoa do singular. 
Exemplo: Precisa-se de vendedores. 
 
▪ Partícula integrante do verbo: integra verbos essencialmente 
pronominais, que são os que trazem junto de si o pronome oblíquo. Exemplos: 
queixar-se, arrepender-se, alegrar-se, zangar-se, indignar-se e outros. 
 
▪ Pronome reflexivo recíproco: A ação envolve dois sujeitos, em que 
ambos praticam e sofrem a ação um sobre o outro. Exemplo: Laís e Priscila 
deram-se as mãos. 
 
▪ Partícula de realce ou expletiva: Não desempenha nenhuma função 
sintática, como o próprio nome já indica. Trata-se de uma partícula de realce 
apenas, podendo ser retirada da oração sem que haja alteração de sentido. 
Exemplo: Foi-se o tempo em que não tínhamos preocupações. 
 
Conjunção 
 
Conjunção subordinativa integrante: introduz orações subordinadas 
substantivas. Exemplo: Quero saber se ele virá ao cinema. 
 
Conjunção subordinativa condicional: introduz orações subordinadas 
adverbiais condicionais. Exemplo: Se tivéssemos saído mais cedo, não 
pegaríamos fila para comprar os ingressos. 
 
Conjunção subordinativa causal: é utilizada na oração subordinada para 
indicar a causa da oração principal. Relaciona-se a “já que”, “uma vez que”, “visto 
que”. Exemplo: Se não tinha as qualificações necessárias, não poderia ter 
aceitado o emprego. 
 
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Orientação 
 
 
 
Teste seus conhecimentos com as questões abaixo: 
 
1) (Fuvest) Indique a alternativa correta: 
a) Tratavam-se de questões fundamentais. 
b) Comprou-se terrenos no subúrbio. 
c) Precisam-se de datilógrafas. 
d) Reformam-se ternos. 
e) Obedeceram-se aos severos regulamentos 
 
2) (FCC) As normas de concordância verbal encontram-se plenamente 
observadas em: 
a) A utilidade dos dicionários, mormente quando se trata de palavras 
polissêmicas, manifestam-se nas argumentações ideológicas. 
b) Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer disposição para discutir 
o sentido de um juízo e as consequências de sua difusão. 
c) Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade de tratamento quando 
esta pode levá-los a permanecer na situação de desigualdade. 
d) Como discernimento e preconceito são duas acepções de discriminação, 
hão que se esclarecer o sentido pretendido. 
e) Uma das maneiras mais odiosas de refutar os argumentos de alguém 
surgem na utilização de preconceitos já cristalizados. 
 
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3) INSTRUÇÃO: A questão seguinte está relacionada ao seguinte anúncio 
de jornal: 
LOJA DE CALÇADOS 
Vende-se 3 lojas bem montadas 
tradicionais, nos melhores Pontos 
da Cidade. Ótima Oportunidade! 
F: (__) xxx-xxxxxx 
(O Estado de S.Paulo, 15.08.2002) 
 
No corpo do anúncio, a expressão "Vende-se 3 lojas bem montadas" 
a) apresenta problema de concordância verbal. Deveria ocorrer na forma 
"Vendem-se" porque "se" é índice de indeterminação do sujeito, e "lojas" é o 
sujeito paciente. 
b) não apresenta problema de concordância verbal porque "se" é índice de 
indeterminação do sujeito, e "lojas" é o objeto direto. 
c) apresenta problema de concordância verbal. Deveria ocorrer na forma 
"Vendem-se" porque "se" é partícula apassivadora, e "lojas" é o sujeito paciente. 
d) não apresenta problema de concordância verbal, porque "se" é partícula 
apassivadora, e "lojas" é o sujeito paciente. 
e) apresenta problema de concordância verbal. Deveria ocorrer na forma 
"Vendem-se" porque "se" é pronome reflexivo com função sintática de objeto 
indireto, e "lojas" é o objeto direto. 
 
Respostas: 
 
1) d 
2) c 
3) c 
 
Concordância De Verbos + Se 
 
Exercícios 
▪ [Assistiu-se / Assistiram-se] a belos filmes. 
▪ [Cobrem-se / Cobre-se] botões. 
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▪ [Assistiu-se / Assistiram-se] à demonstração de força. 
▪ [Bebeu-se / Beberam-se] vários copos de cerveja. 
▪ [Plantam-se / Planta-se] mudas novas. 
▪ [Faz-se / Fazem-se] empreitada. 
▪ [Recebia-se / Recebiam-se] taxas de luz a toda hora. 
▪ [Aluga-se / Alugam-se] casas. 
▪ [Tratava-se / Tratavam-se] de problemas sérios. 
▪ Em nossos dias [necessitam-se / necessita-se] de projetos arrojados. 
▪ [Vende-se / Vendem-se] a casa e [compra-se / compram-se] dois 
apartamentos. 
▪ [Gastaram-se / Gastou-se] milhões. 
▪ Agora já não [se fazem / se faz] destes carros. 
▪ Não [se obedeceu / se obedeceram] aos costumes de sempre. 
▪ [Dá-se / Dão-se] terras a quem quiser. 
▪ Os planos [se desenvolve / se desenvolvem] satisfatoriamente. 
▪ [Fala-se / Falam-se] de festas na paróquia. 
▪ [Compra-se / Compram-se] carros usados. 
▪ [Confia-se / Confiam-se] em teses absurdas. 
▪ [Construiu-se / Construíram-se] novos postos de saúde. 
▪ Não [se deve / se devem] poupar esforços para despoluir o rio. 
▪ Ele prefere não opinar quando [se fala / se falam] em eleições. 
▪ [Apelou-se / Apelaram-se] para os médicos de plantão. 
 
 
GABARITO 
 
01 – Assistiu-se a belos filmes (preposição "a"). 
02 - Cobrem-se botões (botões são cobertos). 
03 – Assistiu-se à demonstração de força. (prep. a) (verbo Ti) 
04 - Beberam-se vários copos de cerveja. (vários copos foram...) 
05 – Plantam-se mudas novas. (mudas novas são...) 
06 – Faz-se empreitada (empreitada é feita). 
07 – Recebiam-se taxas de luz a toda hora (taxas são recebidas). 
08 – Alugam-se casas. (Casas são alugadas) 
09 – Tratava-se de problemas sérios. 
10 – Em nossos dias necessita-se de projetos arrojados. 
11 – Vende-se a casa e compram-se dois apartamentos. 
12 – Gastaram-se milhões. (milhões foram gastos) 
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13 – Agora já não se faz destes carros. (verbo de ligação) 
14 – Não se obedeceu aos costumes de sempre. (preposição a) (Verbo Ti) 
15 – Dão-se terras a quem quiser. 
16 – Os planos se desenvolvem satisfatoriamente. 
17 – Fala-se de festas na paróquia. 
18 – Compram-se carros usados. 
19 – Confia-se em teses absurdas. 
20 – Construíram-se novos postos de saúde. 
21 – Não se devem poupar esforços para despoluir o rio. 
22 – Eleprefere não opinar quando se fala em eleições. 
23 – Apelou-se para os médicos de plantão. 
 
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