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GERÊNCIA DE RISCOS II

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GERÊNCIA DE RISCOS II
Aula 1
TÉCNICAS DE INCIDENTES CRÍTICOS
AS INEVITÁVEIS LEIS DE MURPHY
Qualquer operação pode ser feita de forma errada, não interessa o quanto essa possibilidade seja remota, ela algum dia vai ser feita desse modo. Não importa o quanto é difícil danificar um equipamento, alguém o fará de algum jeito. Se algo pode falhar, esta falha deve ser esperada para ocorrer no momento mais inoportuno e com o máximo dano. Mesmo na execução da mais perigosa e complicada operação, as instruções poderão ser ignoradas.
FUNÇÃO EMPRESARIAL DE SEGURANÇA
Porque devemos evitar a ocorrência de acidentes? Para manter a continuidade operacional de processos, para preservar a integridade física e mental de nossos trabalhadores e para garantir a salubridade e a segurança do público de uma forma geral.
Quais as principais consequências de se manter o ambiente empresarial livres de acidentes? Garante maior racionalização do trabalho, gera bons aumentos na produtividade e leva a uma dramática redução nos custos de processo.
DISTRIBUIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES
Conforme podemos ver na figura 1, os setores de engenharia e segurança do trabalho das empresas devem ficar de olho em todos e qualquer desvio de processo que venha a ocorrer nas áreas técnicas que incluem a produção, a construção, a manutenção, os serviços de apoio e ETC. Obter essas informações é fundamental para a melhora do processo e, em seguida, os processos de vigilância e treinamento aplicados visam manter a segurança atingida e ampliar a mesma através da conscientização dos profissionais envolvidos com o processo.
Figura 1 – Determinação de ações coerentes para melhoria dos parâmetros de segurança em processos
Podemos ver na figura 2 que o processo de prevenção passa por vários sistemas de análise. A relação entre o risco e a prevenção prevê ações de precaução que evitam acidentes de forma inteligente e menos custosa. Entretanto, a análise probabilística dos acidentes já ocorridos pode ajudar os modelos de precaução, tornando evitáveis futuras ocorrências dos mesmos acidentes.
Figura 2 – Análise Probabilística/estatística define o que fazer e o que evitar
A figura 3 nos mostra que os índices mais altos de segurança estão intimamente relacionados com custos com perdas e que gastos efetivos com modelos de segurança podem gerar um ponto de equilíbrio entre os gastos com perdas e os gastos com segurança, impedindo, assim, desperdícios do processo com incidentes e acidentes.
Figura 3 – Análise de gastos com segurança x gastos com perdas
GERÊNCIA DE RISCOS
O conceito de Gerência de Riscos é: “Conjunto de procedimentos que visam proteger a empresa das consequências de eventos aleatórios que possam reduzir sua rentabilidade, sob forma de danos físicos, financeiros ou responsabilidades para com terceiros”.
A finalidade da Gerência de Riscos é prevenir todos os fatos negativos, que distorcem um processo de trabalho, impedindo que se cumpra o programado, e que podem provocar danos e/ou perdas às pessoas e aos elementos materiais.
O processo de gerência de riscos é composto de um passo a passo que direciona a tomada de decisão, facilitando como os gestores localizam e eliminam o risco (remetendo às etapas de identificação, análise, avaliação e tratamento de riscos),
PREVENÇÃO: ELIMINAÇÃO, REDUÇÃO
Toda gestão de risco é composta por um processo de prevenção sob sua ocorrência, processos de eliminação possível dos atos e condições inseguras e, caso seja inviável a solução, a redução ou mitigação dos fatores com responsabilidade.
FINANCIAMENTO: REDUÇÃO (AUTO ADOÇÃO, AUTO SEGURO) e TRANSFERÊNCIA (SEM SEGURO; POR SEGURO).
Podemos ver na figura 4 que três componentes serão de extrema importância para a gerência de risco em uma operação produtiva: a análise de riscos, processo através do qual serão levantadas as possibilidades de ocorrerem falhas ou problemas em todas as áreas da firma e a tomada de ações para evitar tais falhas; a Engenharia de prevenção e controle de perdas, processo que vai acompanhar as atividades de projeto para executar ações de extirpação e controle de riscos ainda na prancheta dos processos e máquinas, além da correta indicação do uso de EPIs e EPCs (esse processo também criará uma rotina periódica de inspeção dos processos fabris, na tentativa de redução máxima dos possíveis riscos a funcionários e sistemas); e, por fim, a adoção de seguros que visam cobrir o que não podemos preservar de outras formas, afinal, imprevistos acontecem.
Figura 4 – Itens componentes do gerenciamento de risco
Atividade Extra
Leia o artigo https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/03/10/%E2%AD%95-tic-tecnica-de-incidentes-criticos/ e faça um vídeo curto explicando o que é e para que serve a técnica de incidentes críticos.
Aula 8
NATUREZA DOS RISCOS EMPRESARIAIS, RISCOS PUROS E ESPECULATIVOS
PROCESSO DE DECISÃO NA GERÊNCIA DE RISCOS
O processo de decisão na gerência de risco tem uma cartilha que deve ser seguida como forma mais simples e eficaz de pautar tal gerenciamento e tomada de decisão. Tais passos são sequenciados em: determinar a grandeza do risco, avaliar o risco, desenvolver alternativas para tratar o risco, selecionar a melhor alternativa de controle (justifique) e aplicar medidas de controle
RESPONSABILIDADES DA GERÊNCIA DE RISCOS
Os itens que são de foco e responsabilidade da equipe de gerenciamento de risco devem ser muito claros e objetivos, não faltando nenhum dos elementos que devem estar presentes, são eles: identificação dos riscos, classificação dos riscos, avaliação dos riscos, geração, atualização e arquivamento de dados estatísticos e relatórios, estabelecimento de uma política de riscos, cooperação e busca da cooperação de todos os departamentos da empresa.
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
Dentre os itens necessários para uma provável identificação de riscos, alguns são elementos fundamentais e necessários para a correta relação de riscos possíveis. Consistem em elementos fundamentais nessa descrição: questionários (CHECKLISTS), inspeção de segurança, fluxogramas, técnica de incidentes críticos, análise preliminar de riscos, investigação de acidentes, entre outras técnicas.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS
A classificação de risco leva em consideração alguns elementos de extrema relevância para nosso processo de compreensão dos mesmos. Com essa divisão fica mais simples julgar o risco e evitá-lo. São elas: sobre propriedades; pessoais; de responsabilidade civil; sobre venda e/ou comercialização; financeiros; sobre produção e/ou operação; ao meio ambiente.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Existem várias ferramentas para ajudar no processo de avaliação dos riscos presentes em um processo industrial, dentre elas enumeramos as mais aplicadas e importantes para indústria atual: dano máximo provável (DMP); probabilidade de ocorrências do evento gerador do dano (PO); nível de exposição ao risco (classes de prioridades); eficiência das medidas de controle do risco; custo das medidas e controle do risco
ASPECTOS DA GERÊNCIA DE RISCOS
Figura 1 – Passo a Passo do modelo de previsão
Como podemos ver na figura 1, o processo de previsão de riscos se divide em determinístico e probabilístico. É muito simples entender a diferença no processo determinístico, trabalhamos com um planejamento operacional, que permite que o processo rode no seu dia a dia, e são feitas e respondidas perguntas como: O que fazer? Como fazer? Onde fazer? Por que fazer? Para quem fazer? Em quanto tempo? Quem faz e quanto custará fazer?
Já no planejamento probabilístico, trabalhamos com um planejamento prevencionista, ancorado em previsões de futuro que define aspectos muito relevantes, como, por exemplo, o que pode sair errado? Ou o que pode não dar tão certo assim? Como solucionar isso antes que aconteça? Existe forma melhor de fazer? Preciso de um sistema de backup?
INOVAÇÃO – CRIATIVIDADE
Cada vez mais aparecem novas tecnologias para prever falhas de sistemas de forma antecipada, reduzindo custos de processo e tornando as linhas mais confiáveis.
RESPONSABILIDADE
Disciplina ou Punição, nesse pontodevemos decidir, nossos funcionários que cometem falhas ou geram falhas como devemos tratá-los?
PROCEDIMENTOS
Como podemos ver na figura 2, temos um procedimento de inspeção de segurança sólido e estruturado para nos guiar quanto aos processos de tomada de decisão. Toda inspeção de segurança se inicia com um processo claro de observação que pode ser simples ou rigoroso. Essa inspeção analisa o ambiente de trabalho e sua relação com as pessoas, os materiais usados e a estrutura organizacional. O próximo passo é a identificação dos riscos, o que vem acompanhado da tentativa de propor medidas preventivas. É fato que tais ações fortalecem na equipe o sentimento do espírito protetivo, que deve imperar na organização.
Figura 2 – Processo de inspeção de segurança
Outra questão muito pertinente é a participação da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) nos processos de segurança, principalmente na elaboração de medidas como semana de segurança e palestras educativas. Através dessas medidas, é comum vermos funcionários cada vez mais interessados no seu bem-estar físico e mental, utilizando de práticas laborais mais corretas e de procedimentos de trabalho mais seguros.
PASSO A PASSO DA INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
Nesse momento é importante elaborar um passo a passo que descreva como deve ser dada a elaboração do processo de inspeção de segurança, indicando o que precisamos saber, de quem deve vir tais informações e como deve ser feito esse processo de inquérito.
O QUE INSPECIONAR?
· Sistemas Estáticos (Materiais, equipamentos, ferramentas, antes do uso);
· Sistemas Dinâmicos (Atividades com os recursos necessários).
COMO INSPECIONAR?
· Guia de Inspeção, Manuais de Segurança, Manuais de análise de Riscos.
QUEM INSPECIONAR?
· Todos envolvidos direta ou indiretamente na tarefa, mantendo certos critérios.
ONDE INSPECIONAR?
· Estabelecer programação de locais a serem inspecionados.
TIPOS DE INSPEÇÃO
Em relação aos tipos de inspeção realizadas em processos industriais, é importante sabermos quem inspeciona, porque e quando as inspeções são feitas. Nesse sentido, temos os tipos de inspeção descritos abaixo.
1. OFICIAL: uma inspeção oficial pode ser realizada por agentes de órgãos oficiais, como o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), IBAMA ou Órgãos Ambientais Estaduais, a Vigilância Sanitária, a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) ou, ainda, o corpo de bombeiros, além das próprias empresas de seguro.
2. EVENTUAL: este tipo de inspeção não tem local ou período predeterminado. Pode ser executada por vários técnicos e tem como objetivo controlar problemas importantes que surgem nos diversos setores da empresa.
3. ESPECIAL: por último, as inspeções especiais são realizadas em casos específicos ou excepcionais. Isso porque normalmente são mais minuciosas e técnicas, com necessidade de profissionais, equipamentos e aparelhos especiais.
4. GERAL: Observação “simples” de uma determinada área ou áreas de trabalho, instalações e atividades.
5. PARCIAL: Observação rigorosa de uma área específica de trabalho ou de uma única atividade com os recursos necessários para executá-la.
RESPONSABILIDADES:
Quanto à questão da responsabilidade, é relevante indicar quais entes ou órgão governamentais, especializados ou pertencentes a empresa precisam estar envolvidos no processo de inspeção, identificando, assim, as responsabilidade pela execução. São eles: órgãos governamentais do trabalho ou securitários, órgãos especializados internos ou exteriores à empresa, chefes, supervisores, encarregados empreiteiros, engenheiros de segurança, médicos do trabalho, membros da CIPA, técnico de Segurança do Trabalho, engenheiros, encarregados, empregados que executam diretamente a tarefa, supervisores.
Atividade Extra
Sobre a natureza do risco e os processos de risco especulativo temos um bom material para leitura complementar no site https://www.dicionariofinanceiro.com/analise-de-risco/ , escolha um dos artigos publicados nesse site sobre o assunto e faça uma resenha crítica do mesmo.
Aula 9
SEGURANÇA DE SISTEMAS. SISTEMAS E SUBSISTEMAS
ANÁLISE DE RISCOS (INCLUSIVE OS OCULTOS NO PROCESSO)
Para a identificação de riscos ou falhas devemos ser capazes de responder às seguintes perguntas: O que é feito? É necessário? Quem é o responsável? Quem executa? Onde é realizada a tarefa? Quando é (será) realizada? Como é feita? O que está errado? Qual a probabilidade de sair errado? Qual a consequência de sair errado?
São itens importantes a serem destacados:
· Mudanças: Definição (padronização) de métodos de trabalho (procedimentos, normas e orientações para controle e proteção).
· Providências: Por em prática métodos de trabalho; conscientizar empregados quanto ao uso; acompanhar/avaliar o emprego dos métodos adotados.
ANÁLISE DE RISCOS E MÉTODOS DE TRABALHO (PADRONIZAÇÃO)
Para uma correta análise de riscos e método de trabalho, precisamos saber primeiramente o que é um processo de risco, o que é uma tarefa, quais são os seus riscos e como organizar uma atividade para otimizar a análise do processo.
O processo consiste num conjunto de tarefas que visam atingir um objetivo. Alguns exemplos são a manutenção de iluminação pública, faturamento, compras e vendas.
A tarefa constitui cada uma das partes distintas que compõem o processo. Alguns exemplos são a substituição de lâmpadas, a medição de obras executadas e a coleta de preços.
A atividade, por sua vez, corresponde ao conjunto de ações necessárias à execução da tarefa. Alguns exemplos são: retirar escada do veículo, medir as obras, consultar terminal online.
ANÁLISE DE RISCO
É a procura, investigação, pesquisa, estudo e reconhecimento de riscos existentes nas operações, tarefas ou serviços (de modo detalhado e organizado), para posterior eliminação, controle de riscos e proteção do trabalhador.
SEQUÊNCIA PARA ANÁLISE DE RISCO (OU FALHAS)
A sequência para análise de risco é: decompor o serviço em tarefas; decompor com tarefa em atividade; evidenciar os riscos para cada atividade; propor medidas visando à eliminação ou ao controle de riscos e a proteção do trabalhador para cada operação.
COMO FAZER (CONDUZIR) A ANÁLISE DE RISCO OU ANÁLISE DO TRABALHO
Começando pela observação das tarefas, é preciso: escolher empregados qualificados para observar e registrar (pelo menos dois, em épocas diferentes, se possível); observar as tarefas e também aos empregados; não interferir na realização das tarefas (na 1ª observação); discutir as tarefas com os executantes (após 1ª observação);  pedir a repetição de operações que deixem dúvidas (se possível); verificar a eficiência e deficiência da tarefa. Além disso, é necessário: identificar os riscos de acidentes e as deficiências, bem como chegar a um consenso (entre os observadores); emitir parecer global e enviá-lo à chefia; emitir orientações, procedimentos e normas de serviço, sem fugir da realidade (chefias).
Depois, por meio da discussão em grupo, deve-se escolher empregados qualificados (os encarregados, executantes e aqueles que tenham maior conhecimento prático e teórico não podem faltar) e escolher um para conduzir a discussão. Cada participante deverá, pessoalmente, sem censura, desmembrar processos, tarefas e atividades, identificando os riscos ou deficiências dos mesmos, para em seguida propor a eliminação e controle de riscos (ou deficiências) das tarefas e a proteção dos empregados. Posteriormente, deve-se formar grupos de discussão e repetir os itens acima, evitando-se abstrações sem sentido prático, e ressaltando que cada grupo tenha um representante. Depois é necessário formar novos grupos (com o representante de cada grupo final de discussão e repetir outra vez os mesmos itens chegando ao consenso final), bem como emitir parecer geral (global) com orientações e procedimentos escritos.
Finalmente, chega-se à mentalização (análise mental). Na realização dos vários serviços existentes na empresa, os empregados deparam-se algumas vezes, com situações novas, sem nenhuma orientação verbal ou por escrito. A execução das tarefas, em tais casos, vai dependerdo conhecimento, da vivência e prática do encarregado e sua equipe. A situação deve ser estudada e analisada minuciosamente pelo encarregado e sua equipe, chegando a uma definição concreta, sem deixar dúvidas.
ANÁLISE MENTAL
É um estudo que cada funcionário faz sobre sua atividade de forma mental, junto de seu grupo de trabalho, a fim de compreender os riscos presentes na atividade e otimizar o processo de redução de riscos. Envolve o desmembramento mental da tarefa em atividades; discussão com a equipe; a escolha da sequência certa ou da melhor sequência; a identificação dos riscos ou deficiências existentes; a eliminação e o controle dos riscos ou deficiências existentes; o uso correto dos EPI’s, EPC’s, assim como das ferramentas e dos materiais necessários à execução da tarefa. Só deve ser executada a tarefa quando houver o perfeito conhecimento de que ela pode ser realizada sem acidentes ou falhas e, portanto, com eficácia e eficiência.
ANÁLISE MENTAL INDIVIDUAL
É um estudo que cada funcionário faz sobre sua atividade de forma a poder mentalmente, individualmente, compreender os riscos presentes na atividade e otimizar o processo de redução de riscos. Envolve o desmembramento mental da tarefa em atividades; a escolha da sequência certa ou a melhor sequência; a identificação dos riscos e deficiências existentes; a eliminação e o controle dos riscos e deficiências existentes; o uso correto dos EPI’s, EPC’s, ferramentas e materiais necessários à execução da tarefa.
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTE
É a pesquisa dos fatos que envolvem um acidente e suas respectivas análises, visando aprimorar a Segurança do Trabalho.
Seu objetivo é estabelecer critérios para investigação de acidentes, que orientem de maneira eficaz a busca de causas, a apuração de responsabilidades e adoção de recomendações preventivas (controles).
TIPOS DE ACIDENTES
É necessário entender os principais tipos de acidente para poder organizar como proteger os eventuais envolvidos. São tipos de acidente: o acidente com vítima; o acidente sem vítima; o acidente de trajeto; o acidente com terceiros; e o acidente com empreiteiros.
CONCEITUAÇÃO DOS ACIDENTES
O que pode ser classificado como acidente? Para gerenciar riscos é imperativo que saibamos claramente o que é e o que não é acidente. O acidente com vítima é aquele que causa lesão pessoal, resultando ou não em danos ao patrimônio da Empresa. O acidente sem vítima é aquele que não causa lesão pessoal, resultando ou não em danos ao patrimônio da empresa. O acidente de trajeto corresponde ao sofrido pelo empregado no percurso da residência para o trabalho, ou deste para aquela. O acidente com terceiros ou empreiteiros constituem os eventos ocorridos com pessoas que não pertencem ao quadro de empregados da empresa, e nem de firmas contratadas.
Atividade Extra
O site https://portogente.com.br/portopedia/84261-sistemas-e-subsistemas fala muito bem sobre os conceitos de sistema e subsistema. Leia  o artigo publicado nele e traga esse conceito para dentro da segurança e gestão de risco montando um raciocínio completo e estruturado.
Aula 10
A EMPRESA COMO UM SISTEMA
SISTEMAS
Um sistema é um arranjo ordenado de componentes que estão inter-relacionados e que atuam e interagem com outros sistemas, para cumprir uma tarefa ou função (objetivos) num determinado ambiente.
SUBSISTEMAS
Subsistemas são unidades menores de sistemas complexos. Como exemplo podemos citar os subsistemas, a saber: 1. Subsistema potência; 2. Subsistema controle; 3. Subsistema sensor; 4. Subsistema operação; 5. Subsistema de comunicação; 6. Subsistema estrutural; 7. Subsistema ambiental; 8. Subsistema motriz.
Dada a presença de vários subsistemas dentro de uma unidade fabril, temos a possibilidade de vários focos de incidentes e acidentes em todo o processo, desde a criação da ideia, até que o processo seja aposentado. Entretanto, um questionamento povoa a mente de todos os planejadores de segurança desde o início dos tempos: é certo realizar atividades de prevenção de acidentes somente em uma fase de todo o projeto?
Conforme podemos ver na figura 1, durante as fases do sistema industrial temos durante a operação a preocupação para prevenção costumeira do trabalho.
Figura 1 – Demonstração das fases de um sistema industrial comum
Figura 2 – A empresa vista como um sistema
Na figura 2 podemos ver a empresa como um sistema dividida em níveis tarefas bem específicos. Se, por exemplo, seguirmos o modelo de três níveis simples de operação temos as decisões estratégicas, que são tomadas por poucas pessoas e tem impactos profundos em todo o sistema se estendendo ao longo prazo; as decisões táticas, que são fundamentais para o funcionamento da firma e muitas vezes traduzem em termos práticos o que o nível estratégico queria dizer; e as decisões de nível operacional, que são aquelas decisões do dia a dia, que mantêm a operação funcionando e o modelo rodando, fazendo a empresa funcional.
É importante ressaltar que todos os setores de um sistema mais complexo são redivididos e revistos com certa frequência. Existe sempre a necessidade de setores internos capazes de negociar com regulações externas, tais como os setores de finanças e seu imediato externo, o mercado financeiro, vendas e o seu correspondente mercado de produtos, também chamado de demanda. O sistema produtivo tem um correspondente externo chamado de mercado de materiais e o pessoal, ou mão de obra produtiva, e está sempre relacionado com o mercado de trabalho. É importante a clara indicação de sistema da empresa versus o seu correspondente externo porque esse par se auto regula, definindo salários, preços, ofertas, parâmetros de qualidade, os níveis de juros pagos e etc.
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE E SEUS OBJETIVOS.
Dentre as principais técnicas de análise de prevenção de risco e seus objetivos podemos elencar os itens que explicamos abaixo, deixando clara a importância de cada um deles.
Análise Preliminar de Riscos: Permite o estudo durante a fase de concepção ou desenvolvimento de um novo produto ou sistema, da existência de riscos e falhas que poderão estar presentes na fase operacional.
Análise de Modos de Falha e Efeitos: Permite analisar como podem falhar os componentes de um equipamento ou sistema, estimar suas taxas de falha, determinar os efeitos que poderão advir e estabelecer as mudanças necessárias para que o mesmo funcione satisfatoriamente.
Análise de Árvores de Falhas: Permite a análise quantitativa de fatores que podem causar um evento indesejável (falha ou risco).
DETALHES DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO
Para compreendermos melhor o processo de análise de riscos é muito importante detalhar as práticas mais usadas no mercado, assim como seus processos de aplicação, objetivos, metodologias e resultados.
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
Consiste numa análise inicial, qualitativa, aplicada à fase de projeto ou desenvolvimento de qualquer novo processo, produto ou sistema. Tem como objetivo a determinação de riscos e medidas preventivas antes da fase operacional. A metodologia se dá pela revisão geral de aspectos de segurança através de um formato padrão, levando-se causas e efeitos de cada risco, medidas de prevenção ou correção e categorizando-se os riscos para priorização de ações. Tem como benefícios o fato de criar um elenco de medidas de controle de riscos desde o início operacional do sistema, além de permitir revisões de projeto em tempo hábil no sentido de maior segurança, bem como a definição de responsabilidade no controle de riscos. É de grande importância para novos sistemas de alta inovação. Apesar de seu escopo básico de análise inicial, é muito útil como revisão geral de segurança em sistemas já operacionais, revelando aspectos às vezes desaparecidos.
ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS (AMFE)
Consiste na análise detalhada, qualitativa e quantitativa, que aplica-se a riscos associados a falhas em equipamentos. Tem como objetivo a determinação de falhas de efeito crítico e componentes críticos, análise da confiabilidade de conjuntos,equipamentos e sistemas. A metodologia se dá pela determinação dos modos de falha de componentes e seus efeitos em outros componentes e no sistema, além da determinação dos meios de detecção e compensação das falhas e reparos necessários, bem como a categorização de falhas para priorização das ações corretivas. Tem como benefícios o relacionamento das contramedidas e as formas de detecção precoce de falhas, muito úteis em emergências de processos ou utilidades, assim como o aumento da confiabilidade de equipamentos e sistemas através do tratamento de componentes críticos. É de grande utilidade na associação das ações de manutenção e prevenção de perdas.
ANÁLISE DE ÁRVORES DE FALHAS (AAF)
Consiste na  análise quantitativa e qualitativa, que aplica-se a qualquer evento indesejado, especialmente em sistemas complexos. Tem como objetivo a obtenção, através de um diagrama lógico, do conjunto mínimo de causas (falhas) que levariam ao evento em estudo, além da obtenção da probabilidade de ocorrência do evento indesejado. A metodologia se dá pela seleção do evento, determinação dos fatores contribuintes; diagramação lógica, simplificação booleana; a aplicação de dados quantitativos; e a determinação de probabilidade de ocorrência. Tem como benefícios o conhecimento aprofundado do sistema e de sua confiabilidade, além da detecção de falhas singulares desencadeadas do E.C. e das consequências de eventos mais prováveis. Ademais, possibilita a tomada de decisões de tratamento de riscos baseados em dados quantitativos. Pode ser realizada em diferentes níveis de complexidade e provê ótimos resultados com a forma qualitativa da análise. Completa-se excelentemente com a AMFE
Atividade Extra
Acesse o site https://i89.com.br/2019/05/22/empresas-sao-sistemas-vivos/, onde podemos ver a relação entre sistemas vivos e empresas e crie uma análise comparativa entre os dois sistemas.
Aula 11
RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO
CONTROLE DE DANOS E PERDAS
Em 1828, Baker escreveu a um empregador que lhe perguntava como deveria proteger seus empregados: “Coloque no interior de sua fábrica o seu próprio SESMT que servirá de intermediário entre você, os seus trabalhadores e o público. Deixe-o visitar sala por sala, área por área sempre que ali existam pessoas trabalhando, de maneira que ele possa verificar o efeito do trabalho sobre estas pessoas. E se ele verificar que qualquer dos trabalhadores está sofrendo a influência de causas que possam ser prevenidas, a ele compete fazer tal prevenção”.
Dessa forma, você poderá dizer: meu SESMT é a minha defesa, pois a ele dei toda a minha autoridade, no que diz respeito à saúde e as condições físicas dos meus operários; e se alguns deles vier a sofrer qualquer alteração da saúde, o SESMT a princípio e unicamente é que deve ser responsabilizado. O SESMT é o Serviço de Engenharia de Segurança, Medicina e Psicologia do Trabalho e na sua ausência alguém da empresa encarregado, superior ou gerente, devidamente treinado, fará este papel, buscando evidentemente apoio técnico e operacional para as medidas preventivas específicas.
Conforme podemos ver na figura 1, os modelos prevencionistas tiveram sua evolução entre 1828 e 1972 e diferentes autores tiveram papéis diferentes nessa evolução e nesse processo. Conforme podemos ver na figura abaixo, a contribuição muito marcante ao tema veio de autores como Hammer, Fletcher & Gretener. Entretanto, o tema é discutido e analisado até os dias de hoje e ainda são realizadas melhorias às normas e diretrizes apresentadas anteriormente.
Figura 1 – Evolução do prevencionismo
TIPOS DE INSPEÇÃO x RESPONSABILIDADE:
É relevante uma análise cruzada entre os tipos de inspeção e o nível de responsabilidade exposta a elas; A oficial é realizada por Órgãos governamentais do trabalho ou securitários. Já a especial é conduzida por Órgãos especializados internos ou externos à empresa. A inspeção geral consiste na observação “simples” de uma determinada área ou áreas de trabalho, instalações e atividades por chefes, supervisores, encarregados, empreiteiros, engenheiros de segurança, médicos do trabalho, membros da CIPA. A inspeção parcial corresponde a uma observação rigorosa de uma área específica de trabalho ou de uma única atividade com os recursos necessários para executá-la pelo técnico de segurança do trabalho, por engenheiros, engenheiros de segurança, médicos do trabalho, encarregados, membros da CIPA, empregados que executam diretamente a tarefa, supervisores.
ESTUDOS COMPARATIVOS
Baseados em análises estatísticas e comparativas os autores Heinrich 1931 e Bird 1966, criando duas pirâmides de ocorrências que comprovam como ocorrem os acidentes dentro de uma organização. Enquanto Heinrich se concentrou em acidentes somente com lesão de seres humanos, Bird fez a mesma pesquisa levando em conta qualquer acidente que gerasse qualquer tipo de dano a propriedade da firma.
Conforme podemos ver na figura 2 e 3, a pesquisa de Bird se mostra mais extensa, nos mostrando que mesmo se não ocorrer acidentes que vitimem um ser humano, para cada 500 acidentes com dano ao patrimônio teremos pelo menos um dano incapacitante ou mesmo a morte de funcionário. Já quando vemos os mesmos dados na pesquisa de Heinrich, que só classificou de acidentes aqueles que tivessem vitimado seres humanos de alguma forma, a relação é bem inferior, sendo necessários 300 acidentes para ocorrência de uma lesão incapacitante/morte.
Figura 2 – Pirâmide de acidentes de Heinrich
Figura 3 – Pirâmide de acidentes de Bird
CONTROLE DE DANOS
O senhor Frank Bird Jr. foi um engenheiro Norte Americano que publicou a maioria de suas descobertas no ano de 1968. Seu objetivo era procurar a identificação, o registro e a investigação de todos os acidentes com danos à propriedade, determinando seu custo para a empresa, e, ainda, as medidas preventivas. Ele criou uma REGRA CONVENCIONAL de que quando ocorrer com você ou com o equipamento que você opera qualquer acidente que resulte em lesão pessoal, mesmo de pequena importância, você deve comunicar o fato, imediatamente, ao seu superior. Entretanto, devido ao medo e a insegurança, essa regra sofreu algumas alterações, dando origem a REGRA ALTERADA, que define que quando ocorrer com você ou com o equipamento que você opera qualquer acidente que resulte em lesão pessoal ou dano à propriedade, mesmo de pequena importância, você deve comunicar o fato, imediatamente, ao seu superior.
CONCLUSÃO DA LUKEN’S STEEL SOBRE A TEORIA DE FRANK E. BIRD.
A Administração reconheceu que a investigação efetuada na amostra de 75.000 acidentes com danos materiais, o que permitiria eliminar muitas ações e condições inseguras, as quais, por sua vez, eram causa frequente de acidentes com lesões, fortalecendo a ação de preservação dos recursos humanos da companhia. A Administração admitiu e reconheceu a importância desta ação para melhorar a qualidade dos produtos e evitar os atrasos na produção. A redução observada nos custos dos acidentes com danos materiais, produto da ação programada, permitia assegurar o financiamento de qualquer atividade prevenir relacionada ao assunto. A Administração comprovou e reconheceu a importância da participação dos especialistas na prevenção para lograr a melhor utilização dos recursos disponíveis e, portanto, para tornar mais eficiente a ação da companhia. As possibilidades reais de medir e avaliar a redução no custo dos danos materiais constituem ferramenta dinâmica para despertar o interesse da administração.
Desta forma, o fornecedor de produtos e serviços deve ser responsável pelos produtos e serviços que são objetos de sua atividade nas relações de consumo. Para não restar dúvidas, trataremos da responsabilidade pelo defeito e a responsabilidade pelo vício.
Defeito é tudo o que gera dano além do vício. Fala-se em "acidente de consumo" ou, como a própria lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) denomina: "fato do produto e do serviço". Defeito poderia ser ligado a "falha de segurança", enquanto que vício deve ser relacionado a "falha de adequação". Odefeito é o vício acrescido de um problema extra, alguma coisa extrínseca ao produto ou serviço, que causa um dano maior do que simplesmente o mau funcionamento, o não-funcionamento, a quantidade errada ou a perda do valor pago. A explicação para isso é que o produto ou serviço com defeito não cumpriu o fim ao qual se destinavam. O defeito causa, além desse dano do vício, outro ou outros danos ao patrimônio jurídico material e/ou moral e/ou estético e/ou à imagem do consumidor.
Logo, o defeito tem ligação com o vício, mas, em termos de dano causado ao consumidor, é pior. O vício pertence ao próprio produto ou serviço, jamais atingindo a pessoa do consumidor ou outros bens seus. O defeito vai além do produto ou do serviço para atingir o consumidor em seu patrimônio (seja moral, material, estético ou de imagem). Por isso, somente se fala propriamente em acidente, e, no caso, acidente de consumo, na hipótese de defeito, pois é aí que o consumidor é atingido.
Atividade Extra
O artigo “Diferenças entre responsabilidade pelo fato e pelo vício de produtos e serviços”, publicado no site https://vitorgug.jusbrasil.com.br/artigos/111824698/diferencas-entre-responsabilidade-pelo-fato-e-pelo-vicio-de-produtos-e-servicos é de extrema relevância para nossa análise. Leia o mesmo e monte um raciocínio seu completo e estruturado sobre o assunto.
Aula 12
CUSTOS DE ACIDENTES
CONCEITOS E ABORDAGENS
A evolução do conceito de custo de acidentes nos últimos quarenta anos através dos estudos de Heinrich, Simond, Bird-Germain, foi tal que o custo total dos acidentes do trabalho para a empresa é dado pela soma das seguintes parcelas: custo direto e indireto dos acidentes com afastamento superior a um dia; custo direto e indireto de acidentes com afastamento inferior a um dia; custo (indireto) dos acidentes sem lesão, com dano sobre o equipamento, ou simples paralisação do serviço; risco investido em acidentes de baixa frequência e alta gravidade.
OUTROS TIPOS DE ABORDAGEM AO PROBLEMA DOS ACIDENTES
Como podemos identificar elementos que são causados pelos acidentes, mas não aparentam? Vejamos algumas possibilidades: quando custo é não quantificável, devido ao fato de ser decorrente do trauma psicológico ou fisiológico causado por acidentes graves, na vítima, nos colegas que o presenciam, no público que o vê ou dele toma conhecimento; quando ocorre um custo social do acidente, para a nação; o conceito de Controle Total de Perdas; e a Teoria da Análise de Sistemas em função do Risco Potencial.
Conforme podemos ver na figura 1, alguns dos custos de acidentes são diretos, já outros são indiretos, mas também afetam significativamente o rendimento da firma e seu funcionamento. Mais a frente veremos em detalhes como isso ocorre.
Figura 1 – Custos diretos e indiretos dos acidentes do trabalho
CUSTO DIRETO E INDIRETO DOS ACIDENTES COM PERDA DE TEMPO
Os primeiros estudos sobre o assunto focalizavam apenas, o que hoje chamamos de “custo direto dos acidentes com perda de tempo” (custo do tratamento médico, maior compensação salarial dos acidentes com afastamento superior de um dia). Viu-se, porém, desde logo, que esse custo não representava senão uma pequena parcela do custo total dos acidentes, pois, além do custo direto ou aparente, existe um custo indireto ou oculto, causado por muitos fatores. Alguns deles consistem em: perda de tempo, dos companheiros de trabalho e chefes por causa do acidente; perdas e danos sobre materiais;  dano provocado em equipamentos e máquinas e tempo que esse equipamento fica parado; descoordenação do trabalho e queda de produtividade devido à dificuldade de se conseguir e treinar um novo funcionário para substituir o acidentado, por um tempo limitado; atrasos na prestação de serviços; multas contratuais resultantes desses atrasos; dificuldades com autoridades governamentais (multas, impostos, processos e outras despesas decorrentes).
Esses custos indiretos podem ser quantificados. Coube a Heinrich (EEUU - 1931), o cálculo da relação Custo Indireto – Custo Direto, que determinou que o Custo Indireto é dado pela fórmula Cl = 4 CD, e a Simond (EEUU - 1963) a apresentação do primeiro método verdadeiramente científico para o cálculo do Custo Indireto dos acidentes do trabalho.
A partir de 1963 apareceram vários estudos feitos com o objetivo de determinar o valor da constante de correlação (K) entre o Custo Indireto e o Custo Direto dos acidentes com perda de tempo. A tendência destes estudos foi de atribuir um valor cada vez maior a esta constante. O exemplo mais frisante é o da equipe de segurança da U.S. Steel Co. que achou para a sua indústria o valor 80.
Esta tendência se deve a dois fatores: o aperfeiçoamento dos métodos de detecção de perdas e danos e a progressiva sofisticação dos equipamentos industriais. Esta sofisticação faz com que o “acidente sobre a máquina” do qual decorre o Custo Indireto fique cada vez mais oneroso para a empresa.
CUSTO DIRETO E INDIRETO DOS ACIDENTES SEM PERDA DE TEMPO
Bird e Germain (EEUU - 1966), realizaram o primeiro estudo, em nível científico, sobre os impropriamente denominados “acidentes sem perda de tempo” (acidentes com lesões, porém com afastamento inferior a um dia e acidentes sem lesão, isto é, com dano apenas sobre equipamentos). Esses estudos tiveram o mérito de chamar a atenção dos pesquisadores sobre a enorme frequência desse tipo de acidente (avaliado como 5 vezes superior aos “acidentes com perda de tempo”) e o seu alto custo total (avaliado em igual ao custo total dos “acidentes com perda de tempo”).
Interpolando os estudos de Bird-Germain, com os de Heinrich veremos que o Custo Total dos Acidentes (com ou sem lesão) é dez vezes superior ao Custo Direto dos Acidentes com Perda de Tempo. Conforme podemos ver na figura 2, existe uma relação clara entre a frequência de acidentes e seu nível de lesão. Entretanto, acidentes sem lesões são tão caros quanto acidentes incapacitantes.
Figura 2– Relação entre incidência de acidentes, suas gravidades e custos
ACIDENTES DE BAIXA FREQUÊNCIA E ALTA GRAVIDADE
Com efeito, se levantarmos a estatística de acidentes de uma empresa, por 10 anos, e calcularmos o seu custo estaremos estudando apenas os acidentes de alta (ou média) frequência e baixa (ou média) gravidade. Não estaremos levando em conta os acidentes de baixíssima frequência, mas que poderão ser de altíssima gravidade. Se lembrarmos que o Custo Potencial ou Risco Potencial é o produto da frequência pela gravidade poderemos compreender que esta parcela de “risco investido” pode ser bastante alta. Como podemos ver na figura 3, colocando num eixo de abcissas e ordenadas de um lado a gravidade dos acidentes e do outro a probabilidade, obteremos uma curva de aspecto parabólico, o que explica em parte porque os pesquisadores foram encontrando valores cada vez maiores para a relação entre o custo indireto e o direto.
Figura 3– Limiar de detecção e probabilidade estatística
CUSTO TOTAL DE ACIDENTES
O Custo Total de acidentes de trabalho deve ser calculado pela soma das seguintes parcelas: Custo Direto e Indireto dos acidentes com lesões médias e graves, com afastamento superior a um dia; Custo Direto e Indireto dos acidentes com lesões leves e afastamento inferior a um dia; Custo Indireto de acidentes sem lesão, com dano exclusivo sobre o equipamento ou com simples interrupção do trabalho; “Custo Investido” em acidentes de baixa frequência, porém de alta gravidade.
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE CUSTO DE ACIDENTE
Custo quantificável versus custo não quantificável: Além do custo quantificável que já analisamos existe também para a empresa um custo não quantificável, ou pelo menos não quantificado até agora por nenhum autor. Citaremos alguns aspectos deste problema.
Aspectos Psicológicos: Trauma psicológico produzido nos funcionários de uma empresa devido à ocorrência de um acidente grave. Quantificar isto é muito difícil, mas quem poderá negar a sua influência negativa sobre o grau de motivação para o trabalho dos funcionários e sobre a produtividade?
Figura 4– AspectosPsicológicos não quantificáveis
Aspectos Fisiológicos: Passemos dos aspectos psicológicos para os fisiológicos. Trata-se do problema do “stress”. Stress é um conjunto de reações fisiológicas-hormonais que ocorrem no organismo sob forte medo, tensão ou pavor. A produtividade de um funcionário sujeito a um estado contínuo de “stress”, no momento em que encontra numa condição insegura ou perigosa é definitivamente afetada. Quais os efeitos dos chamados incidentes críticos, isto é, dos acidentes que quase aconteceram, embora não tenham se efetivado, sobre o organismo? Qual o efeito disto, ao longo de anos e anos, na queda do rendimento de uma empresa? São perguntas que devem ser levantadas.
Figura 5– Causa e Efeitos dos Acidentes
Aspectos Orgânicos e Laborativos: Qual a produtividade de um funcionário dado como “apto” pelo INSS após um acidente grave e um afastamento prolongado? Pode-se dizer que ela é igual a sua produtividade antes do acidente?
Figura 6– Aspectos sociais e psico- sociais de difícil quantificação
Imagem externa e mercado: O que representa para uma empresa em termos de imagem externa e de mercado a ocorrência de um acidente grave? O impacto de um acidente grave internamente representa a diminuição da produtividade e externamente as vendas.
Aspectos individuais e sociais: O nosso tema é o papel da prevenção de acidentes na economia das empresas. Por isso, citaremos dois outros aspectos importantíssimos para não dizer capitais, através das seguintes perguntas: O que representa o Acidente do trabalho para a sua vítima? O que representa o Acidente do Trabalho para a Nação em termos do chamado Custo Social da Incapacidade?
Atividade Extra
Leia o artigo Custos socioeconómicos resultantes de acidentes de trabalho, disponível no site abaixo e elabore um texto explicitando a sua compreensão sobre o mesmo:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/seguranca%20e%20saude%20no%20trabalho/FACTS%2027%20-%20Custos%20Socioeconomicos%20Resultantes%20de%20Acidentes%20de%20Trabalho.pdf
Aula 13
ADMINISTRAÇÃO DE SEGUROS
UMA ABORDAGEM DE GESTÃO DE SEGUROS COM FOCO EM PESSOAS, PROCESSOS E INOVAÇÃO
O Gerenciamento de Riscos atua de forma consultiva em parceria com o Segurado, a fim de atingir resultados que agreguem valor à operação do cliente. O mapeamento da operação é gratuito e ajuda você a encontrar soluções para transformar riscos em oportunidades.
POR QUE CONTRATAR?
Por que contratar o seguro no seu processo de Gerenciamento de Risco? Empresas seguradoras em geral ampliam a sua garantia de tranquilidade por meio de políticas e procedimentos bem desenvolvidos e executados. Elas dão suporte no apoio na implementação de planos de ação para reduzir acidentes e sinistros e criam projetos de Gerenciamento de Riscos e Inovação com ferramentas e serviços sob medida para seus clientes. Isso costuma tornar clientes e stakeholders satisfeitos por meio de consultoria e soluções customizadas.
COMO FUNCIONA?
O Gerenciamento de Riscos acompanha a operação do cliente durante toda a vigência da apólice, apoiando de diferentes maneiras, as quais são descritas a seguir.
Diagnóstico da operação: mapeamento de toda a operação, identificando potenciais causas de perdas, riscos e oportunidades de melhoria.
Avaliação de programas: através de auditorias, apoia-se a revisão e a melhoria do programa de gerenciamento de riscos existente.
Treinamentos e palestras: promoção de treinamentos train the trainer e outros necessários, e/ou palestras de conscientização.
Desenvolvimento de conteúdo: suporte na elaboração de newsletter, portfólio de treinamentos ou políticas/procedimentos etc.
Consultoria in loco: após diagnóstico completo da operação, são desenvolvidos projetos e soluções customizadas e aderentes a necessidade do cliente.
Os serviços de consultoria in loco são baseados em cinco etapas, a saber: diagnóstico da operação, análise e identificação de oportunidades de melhoria, definição do plano de trabalho e implementação, controle e monitoramento e avaliação e revisão.
Os serviços acima podem ser solicitados pelo cliente ou recomendados pela área de Gerenciamento de Riscos, conforme performance da apólice.
PRINCIPAIS DIFERENCIAIS
Os principais diferenciais da abordagem de Gerenciamento de Riscos são: a obtenção de uma visão e abordagem preventiva em todos os processos; a satisfação dos clientes, através da redução do número de reclamações; a qualidade do produto sustentada e melhorada, evitando perdas financeiras; a eliminação e/ou redução de erros, otimizando a operação e reduzindo retrabalhos; a prevenção da potencial exposição negativa da marca; a sustentabilidade de uma operação segura para a empresa e para o ambiente a qual faz parte.
DIFERENTES TIPOS DE SEGUROS PARA GESTÃO DE RISCO
As firmas que prestam seguros para atender a uma melhor gestão de risco dentro de uma operação produtiva possuem geralmente uma equipe própria de profissionais especializados, treinados para oferecer serviços de consultoria em Gerenciamento de Riscos. Normalmente esses profissionais são adaptados às necessidades de cada cliente e ao Programa de Prevenção de Perdas, de acordo com a característica de cada negócio.
Esta é uma ferramenta importante que as empresas de seguros disponibilizam para alguns produtos de Riscos Grandes e Complexos, pois proporciona aos segurados uma avaliação detalhada do risco e sugestões de melhorias que contribuem para a continuidade do negócio, evitando riscos.
DIFERENCIAIS EM GERENCIAMENTO DE RISCOS PARA CADA PRODUTO:
Nas contas de seguros de Transportes, as companhias de seguros garantem a melhor equipe de Gerenciamento de Riscos do mercado, oferecendo análise de riscos preventiva e reativa, assessoria e suporte ao segurado e seus prestadores de serviços e soluções em Gerenciamento de Riscos, de acordo com a necessidade do cliente.
Para a carteira de Frotas de Automóveis, por exemplo, as companhias de seguros costumam contar com equipes dedicada exclusivamente à análise dos processos de Gerenciamento de Risco da frota do cliente, diagnosticando pontos de oportunidades de trabalho, oferecendo consultoria especializada e gratuita para as empresas seguradas e abordando os principais focos de gestão, tais como: políticas de utilização dos veículos, criação de comitês de análise de sinistros, campanhas de incentivo às práticas de Prevenção Viária e Manutenção dos veículos.
CONTRATO DE SEGURO NO ÂMBITO EMPRESARIAL COMO PARTE DO GERENCIAMENTO DE RISCO
Primeiramente, é necessário estabelecer um critério comum acerca da noção de gerenciamento de risco. Neste ponto vejamos um dos conceitos: Gerência de Riscos é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materiais de uma organização, no sentido de minimizar os efeitos dos riscos sobre essa organização ao mínimo possível. É um conjunto de técnicas que visa reduzir ao mínimo os efeitos das perdas acidentais, focando no tratamento dos riscos que possam causar danos pessoais, ao meio ambiente e à imagem da empresa.
Uma primeira análise com relação ao gerenciamento de risco é justamente a ideia de se evitar, reduzir ou mesmo correr o risco de maneira responsável. O seguro é tido como uma das formas que o indivíduo ou a empresa tem de correr o risco, mas de forma a transferi-lo para a seguradora. Recentemente, com o aumento dos números de sinistros diversos e, consequentemente, o aumento do custo operacional das empresas, a questão do gerenciamento de risco tem se tornado cada vez mais relevante do ponto de vista financeiro.
Tome-se o exemplo do setor de transportes. Nas últimas décadas houve um aumento significativo no número de sinistros envolvendo cargas transportadas, seja com relação aos furtos/roubos, seja com relação aos acidentes de trânsito. Isso faz com que se aumente as proteções das cargas, majorando os custos com tais proteções e com o próprio seguro.
Com isso, diversas são as problemáticas e os impactos causados nas empresas, como: carteira de seguros deficitária e pouca oferta de serviços de seguro para armazenagem e o transportede determinados produtos; prêmios mais altos, imposição de condições restritivas e limitantes junto ao segurado e à própria operação e, consequentemente, baixa competitividade; aumento no “Transit-time” geral, diante das complexidades e providências operacionais necessárias; reprogramação de entregas e reconfigurações dos desenhos logísticos; custos extraordinários; possibilidade de perda de mercado pelo cliente; e concorrência desleal tendo em vista a comparação entre o produto roubado versus produto original.
Especificamente nos casos de assalto e roubo de carga, segundo estudos de especialistas, com um eficiente sistema de gerenciamento de riscos, 70% dos sinistros poderiam ser evitados.
Neste sentido, as empresas estão buscando cada vez mais a utilização dos sistemas de gerenciamento de riscos para diminuir ou evitar o risco propriamente dito, a chamada cultura da prevenção de riscos. Daí constata-se que a contratação de seguros pelas empresas seria uma das formas de gerir seus riscos de forma a minimizar impactos causados por sinistros. Em outras palavras, a contratação de seguros faz com que as empresas, por disseminação da cultura da prevenção de riscos e até mesmo por exigências das seguradoras, realizem planos de gerenciamento de riscos mais apurados e eficientes.
Podemos, então, concluir que o seguro, que antes era apenas uma ferramenta de transferência de riscos para as seguradoras, hoje passou a ter papel fundamental na questão do gerenciamento de risco como forma de prevenção de sinistros.
Atividade Extra
No site https://blog.alliate.com.br/empresa-de-seguros/ temos vários artigos relacionando a gestão nas empresas nos dias de hoje e o uso de seguros como fator competitivo e facilitador para a gestão, lei algum desses artigos e explique o que você compreendeu, monte um raciocínio que seja claro e direto, mas use argumentos robustos e interessantes!
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