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UNIDADE 4 - Metodologia da Pesquisa

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UNIDADE 4. Modalidades e técnicas da 
pesquisa científica 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
• Conhecer os conceitos, interesses e motivações da pesquisa científica; 
• Compreender os aspectos fundamentais para a delimitação do tema de uma pesquisa 
científica; 
• Conhecer o campo de aplicação científica; 
• Identificar modalidades, métodos e técnicas de pesquisa; 
• Analisar e interpretar dados, bem como apresentar resultados. 
 
• TÓPICOS DE ESTUDO 
Pesquisa científica 
• – 
• // Delimitação do tema 
• // Campo da aplicação científica 
• // A entrada no campo 
 
• Modalidade de pesquisa 
• – 
• // Métodos 
 
• Técnicas 
• – 
• // Coleta de dados 
• // Análise e interpretação de dados 
• // Apresentação dos resultados 
 
• Pesquisa em impresso e on-line (Bireme, Lilacs, SciELO e Google Acadêmico) 
• – 
• // Bireme e Lilacs 
• // SciELO 
• // Google Acadêmico 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pesquisa científica 
A pesquisa científica é uma atividade desenvolvida pelos investigadores com o intuito de entender 
melhor o mundo à sua volta e propiciar novas descobertas, impactando em aprimoramento da 
qualidade da vida intelectual e refletindo nos modelos de desenvolvimento econômico e social. 
As atividades de pesquisa requerem do investigador o planejamento, o conhecimento e a 
adequação às normas científicas. 
O estudo e a pesquisa estão presentes em toda a vida do acadêmico e, por isso, é tão importante 
que o estudante compreenda algumas questões a eles relacionadas. O desenvolvimento de 
estudos científicos se torna uma experiência prática e teórica do pesquisador e da comunidade 
científica em que se insere, pois, assim, é possível refletir sobre acontecimentos ocorridos na 
sociedade da qual faz parte. 
EXPLICANDO 
A pesquisa tem por objetivo a produção de novos conhecimentos por meio da utilização de 
procedimentos científicos. Contribui para o trato dos problemas e processos do dia a dia nas mais 
diversas atividades humanas, no ambiente de trabalho, nas ações comunitárias, no processo de 
formação e outros. 
Diversos autores já publicaram suas percepções e conceitos sobre pesquisa e muitos salientam 
que é um processo de perguntas e investigação sistemática e metódica, e que amplia o 
conhecimento humano. Sendo assim, é necessário compreender que a ciência, desenvolvida por 
meio da pesquisa, é um conjunto de procedimentos sistemáticos baseados nos raciocínios lógico 
e analítico, com o objetivo de encontrar soluções para os problemas propostos, mediante o 
emprego de métodos científicos e definição de tipos de pesquisa. 
O conhecimento se torna uma premissa para o desenvolvimento do ser humano e a pesquisa como 
a consolidação da ciência. 
Existe a possibilidade de o aluno pesquisador desenvolver estudos científicos para construir e gerar 
novos conhecimentos, mas, principalmente, para contribuir com a evolução de informações em 
uma determinada área de atuação profissional. 
O pesquisador utiliza conhecimentos teóricos e práticos. Para que isso ocorra, é necessário ter 
habilidades para a utilização de técnicas de análise, entender os métodos científicos e os 
procedimentos com o objetivo de encontrar respostas para as perguntas formuladas. 
Jill Collis e Roger Hussey ressaltam em sua obra Pesquisa em administração: um guia prático para 
alunos de graduação e pós-graduação, de 2005, que o objetivo da pesquisa pode ser: 
 
 
O aluno pesquisador necessita de métodos e procedimentos precisos, planejamento eficaz, 
critérios e instrumentos adequados que passem confiança e credibilidade tanto aos envolvidos no 
processo quanto no resultado do trabalho. 
O método da pesquisa e outras questões relacionadas ao seu estudo serão de acordo com o tipo 
de trabalho que desenvolve, já que os resultados das investigações podem ser encontrados sob a 
forma de trabalhos técnico-científicos, publicados em revistas científicas, em eventos e em 
instituições de Ensino Superior. 
É necessário compreender que a pesquisa consolida a ciência de determinada área, divulgando, 
por meio de trabalhos técnico-científicos nos cursos de graduação e pós-graduação, os 
conhecimentos práticos e teóricos descobertos pelos pesquisadores por meio do uso de métodos 
científicos que impulsionam o crescimento humano. 
O pesquisador deve se preocupar, então, em estabelecer um planejamento e execução da 
pesquisa, pois essas duas características fazem parte de um procedimento sistematizado que 
compreende etapas que podem ser definidas como: 
1. Definição do tema; 
2. Formulação do problema; 
3. Determinação de objetivos; 
4. Justificativa; 
5. Fundamentação teórica; 
6. Metodologia; 
7. Coleta de dados; 
8. Análise e discussão dos resultados; 
9. Conclusão dos resultados; 
10. Redação e apresentação da pesquisa; 
 
Inicialmente, o investigador deve se preocupar com as três primeiras etapas (tema, problema e 
objetivos), que são fundamentais para começar a pesquisa e compõem o projeto de trabalho que 
será abordado mais adiante. As demais etapas também serão comentadas ao longo desta 
disciplina. 
Portanto, para o desenvolvimento adequado do estudo científico, são necessários o planejamento 
cuidadoso e a investigação, de acordo com as normas da metodologia científica, tanto aquela 
referente à forma quanto a referente ao conteúdo. 
// Interesses e motivações de pesquisa 
Como dito anteriormente, a pesquisa foca no estudo e na descoberta de novos conhecimentos e 
assuntos que são importantes para o avanço da humanidade. Entretanto, a temática a ser estudada 
deve ser também importante para o pesquisador para que ele tenha real interesse em seu 
desenvolvimento e que se sinta motivado a ler, analisar, testar, relatar e publicar seus estudos. 
Quanto mais interesse o pesquisador tiver em determinado assunto e quanto mais ele quiser saber 
sobre algo, mais prazeroso será seu desenvolvimento. 
A produção do artigo é uma etapa importante na vida acadêmica, portanto, o estudante não deve 
encará-la como uma obrigação. Para que a escrita não se transforme num fardo, basta analisar 
com atenção alguns fatores antes de começar. É fundamental lembrar que a escolha deve fazer 
com que se sinta realizado ao escrever sobre o assunto. 
Quando o autor da pesquisa não se motiva com o assunto e não se sente instigado em estudar o 
tema, possivelmente mais ninguém terá interesse. É preciso encarar este momento como uma 
oportunidade de estudar e aprender mais sobre um tema que é relevante para o pesquisador e 
para a sociedade. 
É possível selecionar um assunto a partir da análise de alguns aspectos: 
Relevância do assunto: Cervo e Bervian apresentam, em Metodologia científica (2002, p. 74), que 
“o assunto de uma pesquisa é qualquer tema que necessita melhores definições, melhor precisão 
e clareza do que já existe sobre o mesmo”. 
Deve-se pensar em uma justificativa para a realização do trabalho dentro daquele tema escolhido. 
Para isso, é preciso questionar se o tema é importante, se é um novo método ou uma nova forma 
criada em algum mercado, se apresentará soluções mais específicas e que tem relevância para 
uma determinada comunidade. É necessário apresentar ao leitor as contribuições práticas e 
teóricas geradas por meio das formas sugeridas e também apresentar argumentos que convençam 
o leitor sobre a importância do seu tema de pesquisa. 
O assunto pesquisado deve ser atual, pois dificilmente alguém terá interesse em ler, estudar, 
analisar e discutir sobre algo ultrapassado e que não irá ajudar na construção do conhecimento. 
Por isso, o pesquisador deve se manter sempre atualizado sobre o que está sendo estudado em 
sua área profissional e de pesquisa. 
Existem alguns questionamentos importantes para se pensar durante a escolha do tema 
como pode ser observado na Tabela 2. 
 
Inclinações e possibilidades da pesquisa: as possibilidades de pesquisa podem ser 
consideradas quando se tem envolvimento com o tema. Isso porque o grau de dificuldade para 
discuti-lo se torna menor e, assim, o pesquisador conseguiráelaborar algumas etapas do trabalho 
com mais rapidez. Ele deve estar ciente de que se escolher um tema com o qual não tem vínculo 
anterior algum, mesmo sendo desafiador e enriquecedor, pode proporcionar frustração, em virtude 
do tempo e dos prazos que devem ser cumpridos. 
É importante refletir sobre o conteúdo apresentado nas disciplinas cursadas, seja na graduação ou 
pós-graduação. Possivelmente, o pesquisador encontrará algum assunto interessante a ser 
discutido e que pode se transformar em um artigo. 
Pode-se buscar, também, um tema em seu ambiente profissional, pois, muitas vezes, dessa 
realidade é possível extrair um tópico interessante de estudo. No dia a dia é possível, por exemplo, 
perceber que alguns alunos da turma X têm dificuldades de aprendizagem. Então, se pode 
pesquisar a dificuldade de aprendizagem de um determinado grupo de alunos, verificando os 
aspectos familiares, emocionais ou outros. 
Outro exemplo: o pesquisador percebe que, em um determinado setor da empresa na qual atua, 
muitos funcionários desistem do emprego e pedem demissão. Então, ele pode pesquisar sobre as 
causas da alta rotatividade de funcionários no setor Y da empresa B. 
Lembre-se de que, quando se propõe a produzir conhecimento, deve-se fazê-lo com dedicação, 
rigor científico, seriedade e comprometimento. Aliás, a leitura de publicações da área de estudo 
em questão (revistas, livros, dissertações, teses) pode despertar a curiosidade em aprofundar 
algum tema. 
A escolha do tema da pesquisa geralmente é um momento de angústia para o pesquisador. Este 
deve considerar alguns critérios: 
• Conhecimento prévio de autores, temas, assuntos, matérias; 
• Disponibilidade de tempo e de recursos para a pesquisa; 
• Existência de bibliografia disponível sobre o assunto; 
• Possibilidade de orientação e supervisão adequada dentro do assunto; 
• Relevância e fecundidade do assunto. 
A definição do tema deverá ser guiada não apenas por razões intelectuais, mas por questões como 
a instituição, o nível de conhecimento e a perspectiva profissional 
 
DELIMITAÇÃO DO TEMA 
 
Após a escolha do assunto a ser pesquisado, uma das tarefas iniciais na elaboração do artigo deve 
ser a delimitação do tema. Nesse processo, é preciso levar em conta alguns fatores. Caso o 
pesquisador não lhes dê atenção, correrá o risco de descobrir, no meio do caminho, que a escolha 
foi equivocada. 
Para a realização dessa etapa, não existem regras fixas. Porém, alguns encaminhamentos podem 
guiar o pesquisador nesse momento: 
• 1 - Identificar as publicações mais recentes sobre o tema; 
• 2 - Verificar os temas mais importantes para não ficar com muitos temas, mas focar em um 
subtítulo; 
• 3 - Conversar com orientadores para concentrar-se nas informações mais relevantes. 
Há outras técnicas que podem ajudar no processo de delimitação, entretanto, elas podem não 
funcionar para alguns assuntos. A primeira é a divisão do assunto em suas partes constitutivas; a 
segunda é a definição da compreensão dos termos, que implica a enumeração dos elementos 
constitutivos ou explicativos que os conceitos envolvem. Fixar circunstâncias de tempo (quadro 
histórico, cronológico) e de espaço (quadro geográfico) também contribui para indicar os limites do 
assunto. Por exemplo, o tema de qualidade total é muito amplo e deve ser delimitado. A ideia da 
delimitação é segmentar o tema, como se fosse passá-lo em por funil. 
 
EXEMPLIFICANDO 
Exemplos de delimitação do tema qualidade total: 
• Aplicabilidade da qualidade total nas empresas têxteis de Brusque; 
• Implantação da qualidade total nas empresas metalúrgicas de São Bernardo do Campo; 
• Análise da implantação da qualidade total na hotelaria de Salvador. 
Ao se especificarem as informações (onde, em que região, cidade, estado?), em que nível (no 
ensino fundamental, médio ou superior?) e qual o enfoque (estatístico, filosófico, histórico, 
psicológico, sociológico?), indicam-se as circunstâncias para pesquisa e discussão. Ou seja, 
definem-se a extensão e a profundidade do artigo. 
 
CAMPO DA APLICAÇÃO CIENTÍFICA 
 
Agora chegou a hora da investigação. O trabalho de campo se apresenta como uma possibilidade 
de conseguirmos não só uma aproximação com aquilo que desejamos conhecer e estudar, mas 
também de criar um conhecimento, partindo da realidade presente no campo. O cientista, em sua 
tarefa de descobrir e criar, necessita, em um primeiro momento, questionar. Esse questionamento 
é que nos permite ultrapassar a simples descoberta para, por meio da criatividade, produzir 
conhecimentos. Quando definimos bem o campo de interesse é possível partir para um rico diálogo 
com a realidade. Assim, o trabalho de campo deve estar ligado a uma vontade e a uma identificação 
com o tema a ser estudado, permitindo uma melhor realização da pesquisa proposta. 
A relação do pesquisador com os sujeitos a serem estudados também é de extrema importância. 
Isso não significa que as diferentes formas de investigação não sejam fundamentais e necessárias. 
Para muitos pesquisadores, o trabalho de campo fica circunscrito ao levantamento e à discussão 
da produção bibliográfica existente sobre o tema de seu interesse. Esse esforço de criar 
conhecimento não desenvolve o que originalmente consideramos como um trabalho de campo 
propriamente dito. 
Essa forma de investigar, além de ser indispensável para a pesquisa básica, nos permite articular 
conceitos e sistematizar a produção de uma determinada área de conhecimento. Ela visa criar 
novas questões num processo de incorporação. Além dessas considerações, podemos dizer que 
a pesquisa bibliográfica coloca frente a frente os desejos do pesquisador e os autores envolvidos 
em seu horizonte de interesse. 
Esse esforço em discutir ideias e pressupostos tem como lugar privilegiado de levantamento as 
bibliotecas, os centros especializados e arquivos. Nesse caso, trata-se de um confronto de natureza 
teórica que não ocorre diretamente entre pesquisador e atores sociais que estão vivenciando uma 
realidade peculiar dentro de um contexto sócio-histórico. 
Após essas observações, é hora de nos aproximarmos mais da ideia de campo que pretendemos 
explicitar. Pode-se definir campo de pesquisa como o recorte que o pesquisador faz em termos de 
espaço, representando uma realidade empírica a ser estudada a partir das concepções teóricas 
que fundamentam o objeto da investigação. 
 
A título de exemplo, podemos citar o seguinte recorte: o estudo da percepção das condições de 
vida dos moradores de uma comunidade. Para esse estudo, a comunidade corresponde a um 
campo empiricamente determinado. Além do recorte espacial, ao tratar de pesquisa social, o lugar 
primordial é o ocupado pelas pessoas e grupos convivendo numa dinâmica de interação social. 
Essas pessoas e grupos são sujeitos de uma determinada história a ser investigada, sendo 
necessária uma construção teórica para transformá-los em objetos de estudo. Partindo da 
construção teórica do objeto de estudo, o campo torna-se um palco de manifestações de 
intersubjetividades e interações entre pesquisador e grupos estudados, propiciando a criação de 
novos conhecimentos. 
Definido o objeto com uma devida fundamentação teórica, construídos os instrumentos de 
pesquisa, e delimitado o espaço a ser investigado, faz-se necessário concebermos a fase 
exploratória do campo para que possamos entrar no trabalho propriamente dito. Seguindo esses 
passos, devemos observar alguns cuidados relativos à entrada no trabalho de campo. 
 
A ENTRADA NO CAMPO 
 
Vários são os obstáculos que podem dificultar ou até mesmo inviabilizar essa etapa da pesquisa. 
Portanto, cabem algumas considerações: 
Buscar aproximação com as pessoas da área selecionada para o estudo 
– Essa aproximação pode ser facilitada por meio do conhecimento de moradores ou daqueles que 
mantêm sólidos laços de intercâmbio com os sujeitos a serem estudados. De preferência, deve ser 
uma aproximação gradual, possibilitando que cadadia de trabalho possa ser refletido e avaliado 
com base nos objetivos preestabelecidos. É fundamental consolidarmos uma relação de respeito 
efetivo pelas pessoas e pelas suas manifestações no interior da comunidade pesquisada. 
Apresentar proposta de estudo aos grupos envolvidos 
– É importante estabelecer uma situação de troca. Os grupos devem ser esclarecidos sobre aquilo 
que pretendemos investigar e sobre as possíveis repercussões favoráveis advindas do processo 
investigativo. É preciso termos em mente que a busca das informações que pretendemos obter 
está inserida num jogo cooperativo em que cada momento é uma conquista baseada no diálogo e 
que foge à obrigatoriedade. Ou seja, os grupos envolvidos não são obrigados a uma colaboração 
sob pressão, até porque isso caracterizaria um processo de coerção, que inviabilizaria a efetiva 
interação. 
Dar atenção à postura em relação ao problema a ser estudado 
– Às vezes, o pesquisador entra em campo considerando que tudo o que vai encontrar serve para 
confirmar o que ele considera já saber, ao invés de compreender o campo como possibilidade de 
novas revelações. Esse comportamento pode dificultar o diálogo com os elementos envolvidos no 
estudo, além de poder gerar constrangimentos entre pesquisador e grupos envolvidos, e poder 
implicar no surgimento de falsos depoimentos. 
Ter cuidado teórico-metodológico com a temática a ser explorada 
– A atividade de pesquisa não se restringe ao uso de técnicas refinadas para obtenção de dados. 
Assim, a teoria informa o significado dinâmico daquilo que ocorre e que buscamos captar no espaço 
em estudo. Para conseguirmos um bom trabalho de campo, há necessidade de se ter uma 
programação bem definida de suas fases exploratórias e de trabalho de campo propriamente dito. 
É no processo desse trabalho que são criados e fortalecidos os laços de amizade, bem como os 
compromissos firmados entre o investigador e a população investigada, propiciando o retorno dos 
resultados alcançados para essa população e a viabilidade de futuras pesquisas. 
 
 
 
 
Modalidade de pesquisa 
A pesquisa é uma atividade direcionada para a elucidação de problemas por meio da utilização de 
procedimentos científicos. 
Dessa forma, ao desenvolver uma pesquisa, é necessária a compreensão das modalidades da 
pesquisa, bem como das formas de coleta e análise de dados. 
Um documento científico se inicia com uma introdução, seguida pelo desenvolvimento (delimitação 
do tema, a definição dos objetivos de estudo, procedimentos metodológicos, fundamentação 
teórica, análise e interpretação das informações coletadas), considerações finais e referências. 
Assim, é comum que o aluno pesquisador questione: quais as características do meu estudo? Que 
tipo de pesquisa pretendo desenvolver? Qual a necessidade de aplicação de questionários ou 
entrevistas para esse tema? Como devo coletar e apresentar os dados? É necessário fundamentar 
meu trabalho com literaturas? 
A elaboração de pesquisas pode ser uma experiência prática, para que busquem refletir, 
sistematizar e testar os conhecimentos teóricos e instrumentais aprendidos durante o ensino formal 
e de pesquisa. 
Portanto, a pesquisa propõe uma reflexão de fatos e dados, estimulando o estudante a analisar e 
julgar, quando oportuno, de forma ética e profissional, ampliando seus conhecimentos. Seu espírito 
crítico e ético lhe possibilitará que se destaque na procura de soluções para os problemas da 
sociedade em que vive e aceite suas responsabilidades sociais. Muitos autores já publicaram suas 
percepções e conceitos sobre pesquisa e vários salientam que é um processo de perguntas e 
investigação, é sistemática e metódica e aumenta o conhecimento humano. 
 
CITANDO 
“A pesquisa parte [...] de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca uma 
reposta ou solução” (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 63). 
Assim, o pesquisador utilizará seus conhecimentos teóricos e práticos. Para tal, é necessário que 
tenha habilidades para a utilização de técnicas de análise, que entenda os métodos científicos e os 
procedimentos para que possa atingir o objetivo de encontrar respostas para as perguntas 
formuladas no estudo. É importante lembrar que a pesquisa científica é uma atividade que se volta 
ao esclarecimento de situações-problema ou novas descobertas. Dessa forma, é indispensável que 
se use processos científicos que, por sua vez, são bem diversos, dependendo do campo de 
conhecimento. 
O artigo científico também deve apresentar os caminhos e formas utilizados no estudo. Assim, é 
importante citar as modalidades ou tipos da pesquisa e características do trabalho. As pesquisas 
podem ser classificadas quanto: 
• Às bases lógicas da investigação (métodos dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, 
dialético ou fenomenológico); 
• À natureza da pesquisa (básica ou aplicada); 
• À abordagem do problema (qualitativa, quantitativa ou ambas combinadas); 
• À realização dos objetivos (descritiva, exploratória ou explicativa); 
• Ao propósito da pesquisa (aplicada, avaliação de resultados, avaliação formativa, 
proposição de planos ou pesquisa-diagnóstico); 
• Aos procedimentos técnicos (bibliográfico, documental, levantamento, estudo de caso, 
participante, pesquisa ação, experimental e ex-post-facto). 
Do ponto de vista das bases lógicas da investigação, pode ser: 
1. Método Dedutivo: Parte de um conhecimento geral para entender algo específico. 
Nesse caso, a verdade da premissa (conhecimento geral) é suficiente para garantir a 
verdade da conclusão (conhecimento específico). 
2. Método indutivo: Parte do pressuposto que o conhecimento deve ser construído com 
base na experiência, sem levar em conta princípios preexistentes. Desse ponto de vista, 
criamos generalizações quando fazemos observações e experimentos concretos. Ao 
contrário do dedutivo, o método indutivo parte do específico geral, tirando conclusões 
abrangentes com base em casos particulares. Como o conteúdo da conclusão geral é maior 
que o conteúdo das premissas, não se pode dizer qua a verdade das premissas grante a 
verdade da conclusão. 
3. Método hipotético-dedutivo: Toda vez que não temos resposta para uma pergunta, 
estamos diante de um problema. Para solucioná-lo, devemos formular hipóteses , mas será 
que as hipóteses bastam para acabar com a dúvida? Não, elas precisam ser testadas ou 
falseadas. O cientista deve olhar com suspeita para todas as afirmações que escuta por aí. 
Elas só devem ser consideradas verdadeiras depois de aprovadas no teste de falseabilidade. 
4. Método dialético: Parte do princípio que não existe uma verdade absoluta esperando 
que algum cientista possa desvendá-la. De acordo com a dialética, as teses devem ser 
sempre colocadas em uma espécie de ringue. A finalidade é fazer com que ideias opostas 
“lutem” uma contra a outra até que tenhamos uma nova solução para o problema em estudo. 
Depois de chegarmos á nova solução (síntese), devemos fazer com que ela “brigue com sua 
antítese, e assim por diante. Na ótica do método dialético, a construção do conhecimento 
nunca chega ao fim: o importante é manter acesa a chama da reflexão e sempre colocar á 
prova nossas conclusões. É um método bastante útil em pesquisas qualitativas. 
5. Método fenomenológico: Busca descrever o fenômeno do jeito que ele é. Isso não é 
feito por meio da indução nem por meio da dedução, mas com ajuda da interpretação. A 
ideia não é descobrir uma verdade ou revelar o que antes era um mistério para a ciência: o 
importante é interpretar o mundo á sua volta, refletindo sobre ele, Essa reflexão é um 
processo bastante subjetivo, que varia de pessoa para pessoa, portanto, não devemos 
esperar que estudos diferentes cheguem sempre á mesma conclusão. O método 
fenomenológico é frequentemente utilizado na pesquisa qualitativa. 
Do ponto de vista da sua natureza, pode ser: 
Pesquisa básica 
Objetiva produzir conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência, sem aplicação 
prática prevista. Envolveverdades e interesses universais. Assim, o pesquisador busca 
satisfazer uma necessidade intelectual pelo conhecimento, e sua meta é o saber. 
Pesquisa aplicada 
Gera conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas 
específicos. Envolve interesses locais e a pesquisa visa à aplicação de suas 
descobertas na solução de um problema. 
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, pode ser: 
1. Pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, oque significa 
traduzir, em números, opiniões e informações para classifica-los e analisa-los. Requer o uso 
de técnicas estatísticas e de recursos (percentagem, média, moda, mediana, desvio padrão, 
coeficiente de correlação, entre outros). Assim, a pesquisa quantitativa é focada na 
mensuração de fenômenos, envolvendo a coleta e análise de dados numéricos e aplicação 
de testes estatísticos. 
2. Pesquisa qualitativa: considere que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o 
indivíduo, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito 
que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de 
significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos 
e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, eo 
pesquisador é o instrumento-chave. A pesquisa qualitativa utiliza técnicas de dados, como 
a observação participante, história ou relato de vida, entrevista, entre outros. 
 
Do ponto de vista de seus objetivos, pode ser: 
Pesquisa exploratória: Proporciona maior proximidade com o problema, visando torná-lo 
explícito ou definir hipóteses e procura aprimorar ideias ou descobrir intuições. Também possui um 
planejamento flexível, envolvendo, em geral, levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas 
que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos similares. 
Assume as formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. Esse tipo de pesquisa é voltado 
para pesquisadores que possuem pouco conhecimento sobre o assunto pesquisado, pois, 
geralmente, há pouco ou nenhum estudo publicado sobre o tema. 
Pesquisa descritiva: Visa descrever as características de determinada população, ou 
fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. A forma mais comum de apresentação 
é o levantamento, em geral realizado mediante questionário ou observação sistemática, que 
oferece uma descrição da situação no momento da pesquisa. Metodologia indicada para orientar a 
forma de coleta de dados quando se pretende descrever determinados acontecimentos. É 
direcionada a pesquisadores que têm conhecimento aprofundado a respeito dos fenômenos e 
problemas estudados. 
Pesquisa explicativa: Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a razão, o 
porquê das coisas e, por isso, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros 
aumenta consideravelmente. Visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a 
ocorrência dos acontecimentos. Caracteriza-se pela utilização do método experimental (nas 
ciências físicas ou naturais) e observacional (nas ciências sociais). Geralmente, utiliza as formas 
de pesquisa experimental e ex-post-facto. Método adequado para pesquisas que procuram estudar 
a influência de determinados fatores na determinação de ocorrência de fatos ou situações. 
 
Do ponto de vista do propósito da pesquisa, pode ser: 
1. Pesquisa Aplicada: É usada para estudar o problema em um contexto, buscando 
soluções para os desafios enfrentados nesse ambiente específico. Esse tipo de pesquisa é 
bem ligado á prática, mas nem por isso pode deixar de incluir uma reflexão teórica. 
 
2. Avaliação de resultados: Avaliar nada mais é do que atribuir valor. Para isso, é preciso 
escolher critérios para avaliação. E, dependendo do caso, a avaliação pode incluir uma 
comparação. O mais indicado é fazer uma avaliação de resultados para comparar o antes e 
o depois de cada etapa. 
 
3. Avaliação formativa: O objetivo é aperfeiçoar um processo ou um sistema. Isso só é 
possível quando o pesquisador está familiarizado como o objeto de estudo quando o 
pesquisador está familiarizado com o objeto de estudo e tem condições de muda-lo. Em 
primeiro lugar, é necessário fazer um diagnóstico do sistema, identificando o s problemas e 
as oportunidades que não são aproveitadas. Depois, é hora de traçar um plano para eliminar 
os pontos fracos e melhorar o sistema como um todo. 
 
4. Proposição de planos: Serve para solucionar os problemas de uma organização e 
planejar o que vai ser feito daquele momento em diante. Os planejamentos financeiros e de 
marketing são exemplos disso. 
 
5. Pesquisa-diagnóstico: É indicada quando queremos avaliar a situação interna ou 
externa de uma organização. Você pode, por exemplo, fazer um diagnóstico interno sobre o 
desempenho econômico da empresa ou levantar informações sobre os mercados nos quais 
ela pode entrar no futuro (diagnóstico externo). 
 
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, pode ser: 
Pesquisa bibliográfica 
– Utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros, artigos de periódicos e, 
atualmente, com informações disponibilizadas na internet. Quase todos os estudos fazem uso 
do levantamento bibliográfico e algumas pesquisas são desenvolvidas exclusivamente por 
fontes bibliográficas. Sua principal vantagem é possibilitar ao investigador a cobertura de uma 
gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. 
Pesquisa documental 
– Elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico, documentos de 
primeira mão, como: documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, 
filmes, fotografias, gravações etc; ou, ainda, documentos de segunda mão que, de alguma 
forma, já foram analisados, tais como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas 
estatísticas, etc. 
Levantamento 
– Envolve a interrogação direta de pessoas cujo comportamento em relação ao problema 
estudado se deseja conhecer para, em seguida, mediante análise quantitativa, identificar as 
conclusões correspondentes aos dados coletados. O levantamento feito com informações de 
todos os integrantes do universo da pesquisa origina um censo. Ele usa técnicas estatísticas, 
análise quantitativa, permite a generalização das conclusões para o total da população e, assim, 
para o universo pesquisado, permitindo o cálculo da margem de erro. Os dados são mais 
descritivos que explicativos. 
Estudo de caso 
– Envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita 
o seu amplo e detalhado conhecimento. O estudo de caso pode abranger análise de exame de 
registros, observação de acontecimentos, entrevistas estruturadas e não estruturadas, ou 
qualquer outra técnica de pesquisa. Seu objeto pode ser um indivíduo, um grupo, uma 
organização, um conjunto de organizações ou, até mesmo, uma situação. A maior utilidade do 
estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua flexibilidade, é sugerido nas 
fases iniciais da pesquisa de temas complexos para a construção de hipóteses ou reformulação 
do problema. 
Pesquisa-ação 
– Concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um 
problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do 
problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Implica o contato direto com 
o campo de estudo, envolvendo o reconhecimento visual do local, a consulta a documentos 
diversos e, sobretudo, a discussão com representantes das categorias sociais envolvidas na 
pesquisa. É delimitado o universo da pesquisa e recomenda-se a seleção de uma amostra. É 
importante a elaboração de um plano de ação envolvendo os objetivos que se pretende atingir, 
a população a ser beneficiada, a definição de medidas, procedimentos e formas de controle do 
processo e de avaliação de seusresultados. 
Pesquisa participante 
– Realizada por meio da integração do investigador, que assume uma função no grupo a ser 
pesquisado, mas sem seguir a uma proposta pré-definida de ação. A intenção é adquirir 
conhecimento mais profundo do grupo. O grupo investigado tem ciência da finalidade, dos 
objetivos da pesquisa e da identidade do pesquisador. Permite a observação das ações no 
próprio momento em que ocorrem. Essa pesquisa necessita de dados objetivos sobre a situação 
da população; isso envolve a coleta de informações socioeconômicas e tecnológicas que são 
de natureza idêntica aos adquiridos nos tradicionais estudos de comunidades. Os dados podem 
ser agrupados por categorias, como: geográficos, econômicos, educacionais, entre outros. 
Pesquisa experimental 
– Quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes 
de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável 
produz no objeto. A pesquisa experimental necessita de previsão de relações entre as variáveis 
a serem estudadas e o seu controle. Dessa forma, na maioria das situações, é inviável quando 
se trata de objetos sociais. É geralmente utilizada nas ciências naturais. 
Pesquisa ex-post-facto 
– Quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. O pesquisador não tem controle sobre 
as variáveis; é um tipo de pesquisa experimental, diferindo apenas pelo fato do fenômeno 
ocorrer naturalmente sem que o investigador tenha controle sobre ele, ou, o pesquisador é um 
mero observador do acontecimento. Assim, o pesquisador deve citar e explicar os tipos de 
pesquisa que o estudo trata, justificando cada item de classificação e a relação com o tema e 
objetivos da pesquisa. Deve-se fazer uso de citações para enriquecer a argumentação. Toda e 
qualquer fonte deve ser referenciada, precisando data e página, quando tratar-se de citação 
direta. 
 
MÉTODOS 
 
A pesquisa científica exige uma organização para que realmente saia do papel e atinja seu 
objetivo final. Para isso, é preciso que o aluno conheça e saiba executar os métodos de 
procedimento. Os métodos mais utilizados nos projetos acadêmicos e suas respectivas 
características são: 
Método histórico 
– Investiga eventos do passado a fim de compreender os modos de vida do presente, que só 
podem ser explicados a partir da reconstrução da cultura e da observação das mudanças 
ocorridas ao longo do tempo; 
Método estatístico 
– No campo biológico, verifica as variabilidades das populações; no campo cultural, levanta 
diversificações dos aspectos culturais. Os dados, depois de coletados, são reduzidos a termos 
quantitativos, demonstrados em tabelas, gráficos, quadros, etc.; 
 
Método etnográfico 
– Refere-se à análise descritiva das sociedades humanas e grupos sociais (de pequena escala). 
Mesmo o estudo descritivo requer alguma generalização e comparação, implícita ou explícita. 
Refere-se a aspectos culturais e consiste no levantamento e na descrição de todos os dados 
possíveis sobre as sociedades e grupos, com a finalidade de conhecer melhor seus estilos de 
vida e cultura específicos; 
Método comparativo ou etnológico 
– Permite verificar diferenças e semelhanças apresentadas pelo material coletado. Compara 
padrões, costumes, estilos de vida, culturas e verifica diferenças e semelhanças a fim de obter 
melhor compreensão dos grupos sociais pesquisados; 
Método monográfico ou estudo de caso 
– Estudo em profundidade de determinado caso ou grupo humano, sob todos os seus aspectos. 
Permite a análise de instituições, de processos culturais e de todos os setores da cultura; 
Método genealógico 
– Estudo do parentesco com todas as suas implicações sociais: estrutura familiar, 
relacionamento de marido e mulher, pais e filhos e demais parentes; informações sobre o 
cotidiano, a vida cerimonial (nascimento, casamento, morte), etc. 
 
Técnicas 
 
A técnica se identifica com a parte prática da pesquisa. É comum haver confusão entre os 
métodos e as práticas da pesquisa. 
Mas é possível definir da seguinte maneira: enquanto o método é constituído de procedimentos 
gerais, extensivos às diversas áreas do conhecimento, a técnica abrange procedimentos mais 
específicos, em determinada área do conhecimento. Vários são os itens fundamentais nas 
técnicas de pesquisa. A seguir, vamos conhecer alguns deles. 
 
COLETA DE DADOS 
 
Neste item, é necessário que o aluno pesquisador apresente como foi organizada e 
operacionalizada a coleta dos dados relativos ao processo de pesquisa. Todas as formas que 
usou de coleta devem ser mencionadas (leituras, entrevistas, questionários, documentos, 
observação), assim como quais fontes foram utilizadas na coleta dos dados (identificando o 
ambiente, a população e a amostra para a pesquisa). 
Os modelos de coleta mais comuns são: 
Coletas bibliográficas: o aluno precisa apresentar o tema proposto, fundamentando-o com 
uma revisão crítica de fontes de pesquisa relacionadas ao tema macro (área de 
estudo/tema/delimitação do tema) e micro (referente aos objetivos). Para tal, deve relacionar 
sua visão sobre o tema fundamentado a acontecimentos atuais e trabalhos já realizados na 
área, bem como a opiniões de autores. 
A fundamentação teórica, revisão da literatura ou revisão bibliográfica apresenta os conceitos 
teórico-empíricos que nortearam o trabalho. Pode-se pontuar, por meio das referências 
utilizadas, as ideias com as quais o aluno compactua ou não. Entretanto, deve-se utilizar outros 
autores para estabelecer o confronto, se houver. O texto deve ser construído expressando as 
leituras e diálogos teóricos com os autores pesquisados. O aluno pode construir seu texto 
preocupando-se em: 
 
• Produzi-lo a partir do maior número possível de material bibliográfico publicado; 
• Usar material e informações de primeira mão, evitando o uso do apud; 
• Restringir-se não apenas às ideias veiculadas nos livros técnico-científicos; 
• Apresentar as publicações de periódicos especializados. 
 
EXPLICANDO 
O apud significa citado por material de segunda mão. É uma informação de um autor e citado 
pelo autor que você está pesquisando. 
Coletas documentais: é comum, em algumas áreas de conhecimento, a coleta de dados em 
prefeituras, organizações governamentais ou, então, em setores específicos de empresas 
privadas. Essas informações devem ser comentadas no texto com as mesmas regras 
metodológicas das literaturas, já que possuem autoria. Muitas vezes, a pesquisa envolve a 
utilização de materiais que estão localizados internamente em instituições públicas ou privadas. 
Exemplos: 
• 1 
As informações documentais foram coletadas no projeto pedagógico da escola e nos registros 
dos alunos, arquivados na secretaria da escola; 
• 2 
Os dados foram coletados no programa de desenvolvimento da empresa, no banco de dados 
do RH e nos relatórios dos setores. 
 
// Questionário 
Com essa técnica de investigação, composta por questões apresentadas por escrito às 
pessoas, o aluno pode identificar o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, 
expectativas, situações vivenciadas, entre outras. 
Para elaborar um questionário, deve-se refletir sobre os objetivos da pesquisa e passá-los para 
questões específicas. São as respostas que apresentarão as informações necessárias para 
testar as hipóteses ou esclarecer o problema da pesquisa. 
As etapas do questionário podem ser: 
 Pesquisa (análise dos objetivos e problema); 
 Elaboração do questionário; 
 Testagem ou pré-teste; 
 Distribuição e aplicação; 
 Tabulação dos dados; 
 Análise e interpretação dos dados. 
 
Há três tipos de questões em relação à forma: questões fechadas, questões abertas e 
questões relacionadas. 
No questionário do tipo questões fechadas, apresenta-se ao respondente um conjunto de 
alternativas de resposta para que seja escolhida a que melhor representa sua situação ou ponto 
de vista. 
Tabela 3. Exemplos de questões fechadas 
A pergunta com escalavisa medir o grau, não a qualidade e apresenta uma gradação nas 
respostas. A escala pode ser apresentada pela atribuição de nota, de preferência, de atitude. 
Observações: 
• 1 Não se oferece um número muito grande de alternativas, pois isso poderá confundir o 
entrevistado e prejudicar a escolha; 
• 2 Nas questões com diversas alternativas, deve-se sempre colocar a opção “outras” para não 
ter que listar todas as possíveis opções; 
• 3 Ter apenas uma resposta para o entrevistado assinalar; 
• 4 Quando houver necessidade de mais de uma resposta (exemplo: quais atividades de lazer 
você prefere?), deve-se deixar claro que pode ser assinalada mais de uma opção na pergunta 
e ter cuidado na tabulação 
Nas questões abertas, apresenta-se a pergunta e se deixa um espaço em branco para que a 
pessoa escreva sua resposta sem qualquer restrição exemplo: como você considera a atual 
gestão do presidente da república? 
Entretanto, questionários com muitas questões abertas retornam com muitas delas não 
respondidas. Também é conveniente lembrar que, nesse caso, a tabulação das respostas se 
torna mais complexa. 
As questões relacionadas são aquelas dependentes da resposta dada a outra questão 
anterior. 
 
Tabela 4. Questões relacionadas 
 
• A pergunta não deve sugerir respostas; 
• A questão deve se referir a uma única ideia de cada vez; 
• O questionário não deve ultrapassar o número de 30 questões; 
• Iniciar pelas questões que definem o perfil do entrevistado (sexo, faixa etária, renda, etc.); 
• Na sequência, começar pelas questões mais gerais e, depois, apresentar as de maior 
especificidade; 
• As perguntas devem ser ordenadas em uma sequência lógica; 
• Incluir apenas perguntas que realmente tenham relação com o problema; 
• Iniciar com as questões mais fáceis e impessoais, deixando as mais difíceis e íntimas para 
o fim; 
• Evitar perguntar o nome, pois as respostas são mais livres e sinceras; 
• Não obrigar o entrevistado a fazer cálculos; 
• Ter uma boa apresentação gráfica (caracteres, diagramação, espaçamento, entrelinhas); 
• Apresentar as instruções de preenchimento adequado ao questionário; 
• Citar, na apresentação do questionário, o objetivo da pesquisa e os envolvidos (entidade). 
Antes de iniciar a aplicação definitiva do questionário, o pesquisador deve realizar um pré-teste. 
Ele serve para evidenciar possíveis falhas na redação do questionário, como, complexidade das 
questões, imprecisão na redação, questões desnecessárias, constrangimentos aos 
informantes, exaustão, etc. O pré-teste deve ser aplicado de 10 a 20 provas, a elementos 
pertencentes à população pesquisada. 
Para a distribuição do questionário, após a adequação do pré-teste, o pesquisador pode utilizar 
os seguintes meios: correio, e-mail, telefone, pessoalmente (individual ou em grupo) ou on-line. 
Para todos os meios, é necessário ter precauções com a aplicação, o preenchimento e o retorno 
dos questionários. Para a delimitação da população/amostra e o tratamento estatístico, o aluno 
deve atender a dois momentos: seleção e definição do universo, e organização do 
questionário/tabulação. 
O aluno deve compreender que a amostra de uma pesquisa pode ser dividida em quatro tipos: 
Amostragem causal ou aleatória simples 
– Sorteio/seleção espontânea da amostra; 
Amostragem sistemática 
– Quando a população se encontra ordenada, como, por exemplo, em subgrupos. Quando se 
conhece a proporção e a dispersão geográfica; 
Amostragem proporcional estratificada 
– Definida por variáveis (sexo, idade, etc.); 
Amostragem probabilística 
– Possibilidade de todos os elementos serem pesquisados – aleatoriedade da amostra. 
Conhecer a probabilidade de ocorrência de um evento. 
O estudante deve proceder à tabulação de questionários e se voltar à amplitude das 
variáveis/categorias, ao cruzamento de variáveis, à tabulação manual e o processamento 
eletrônico. Na utilização de gráficos, deve se preocupar com proporcionalidade, título, 
grandezas numéricas, relações e outros. 
A análise dos dados consiste em relacionar, comparar, medir, identificar, agrupar, classificar, 
concluir, deduzir. Os procedimentos de análise são a definição de variáveis e a tabulação 
(adotando uma ou mais variáveis como referência). É necessário buscar, nos trabalhos 
publicados em revistas científicas, anais de eventos ou sites da área de estudo em questão e 
verificar se há explicação sobre a técnica de questionário e como aconteceu a pesquisa e a 
análise dos dados. Geralmente a estrutura da entrevista é colocada em apêndice no final do 
trabalho. 
 
// Entrevista 
O pesquisador pode utilizar uma técnica de coleta de dados que se volte diretamente para as 
pessoas, tendo um contato mais direto, buscando saber a opinião delas sobre algo: a entrevista. 
Se o aluno utilizar a entrevista em seu estudo, deve saber que é uma técnica que também exige 
planejamento, pois é necessário delinear o objetivo a ser alcançado e cuidar de sua elaboração, 
desenvolvimento e aplicação. 
As entrevistas poderão ser estruturadas (com perguntas definidas) ou 
semiestruturadas (permite maior liberdade ao pesquisador). 
Nos estudos exploratórios, a entrevista informal visa abordar realidades pouco conhecidas pelo 
pesquisador. Então, se for o caso, o estudante pode usar o tipo de entrevista menos estruturada 
possível, que só se distingue da simples conversação porque tem como objetivo básico a coleta 
de dados. Dessa forma, utiliza-se informant es-chave que podem ser especialistas no tema em 
estudo, líderes formais ou informais, personalidades e outros. 
Em situações experimentais, com o objetivo de explorar a fundo alguma experiência vivenciada, 
é interessante que o pesquisador utilize a entrevista focalizada. Esse tipo de entrevista é 
utilizado com grupos de pessoas que passaram por uma experiência específica, como assistir 
a um filme, presenciar um acidente, etc. 
A entrevista por pauta apresenta certo nível de estruturação, pois se guia por uma relação de 
pontos de interesse do entrevistador, ordenadas e relacionadas entre si. São feitas poucas 
perguntas diretas e o entrevistado pode falar livremente. 
O desenvolvimento de uma relação fixa de perguntas feitas para entrevistar alguém, cuja ordem 
e redação permanecem invariáveis para todos os entrevistados (que geralmente são em grande 
número) é a entrevista estruturada. 
Dicas: 
• A data da entrevista deverá ser marcada com antecedência e a situação em que se realiza 
deve ser discreta; 
• Registrar os dados imediatamente (anotando-os ou utilizando gravador); 
• Certificar-se de possuir permissão do entrevistado para registrar os dados e utilizá-los na 
pesquisa; 
• Obter e manter a confiança do entrevistado; 
• Deixar o entrevistado à vontade; 
• Dispor-se mais a ouvir do que a falar; 
• Manter o controle da entrevista (temas); 
• Iniciar pelas perguntas que tenham menos possibilidade de provocar recusa; 
• Não emitir opinião. 
 
// Técnica de observação 
Esta técnica é muito comum em várias áreas de pesquisa e é importante compreender um pouco 
mais como funciona. A observação pode ser estruturada ou não estruturada. De acordo com 
o nível de participação do observador, pode ser participante ou não participante. A 
observação participante tende a utilizar formas não estruturadas, pode-se adotar a seguinte 
classificação, que combina os dois critérios considerados: observação simples, observação 
participante e observação sistemática. 
Na observação simples, o pesquisador permanece alheio à comunidade, grupo ou situação 
que pretende estudar e observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem. Nesse caso, ele 
assume o papel de expectador. 
Nas pesquisas cujo objetivo é a descrição precisa dos fenômenos ou teste de hipóteses, é 
frequentemente utilizada a observação sistemática. Pode ocorrer em situações de campo ou 
laboratório. Antes da coleta de dados, é necessária a elaboração de um plano específico para 
a organização e o registro das informações.Para tal, é preciso estabelecer, antecipadamente, 
as categorias necessárias à análise da situação. 
A observação se constitui elemento fundamental para a pesquisa e é utilizada de forma 
exclusiva ou conjugada a outras técnicas. Pode-se definir a observação como o uso dos 
sentidos com vistas a adquirir conhecimentos do cotidiano. 
 
 
 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 
 
Após definir as formas de coletar informações e dados para o estudo, é necessário refletir sobre 
as formas de analisá-los e interpretá-los. 
O objetivo da análise é reunir as informações de forma coerente e organizada, visando 
responder o problema de pesquisa. 
A interpretação proporciona um sentido mais amplo aos dados coletados, fazendo a relação 
entre eles. Esta etapa pode ser de caráter quantitativo ou qualitativo, e várias técnicas poderão 
ser utilizadas para o tratamento dos dados. É conveniente que se realize uma análise descritiva, 
apresentando uma visão geral dos resultados e, na sequência, analise os dados cruzados que 
possibilitam perceber as relações entre as categorias de informação e a análise interpretativa. 
A estatística na análise e interpretação de dados pode ser classificada como: estatística 
descritiva (descrição e análise sem inferências e conclusões) e estatística indutiva 
(inferências, conclusões, tomadas de decisão e previsões). A pesquisa deve prezar pela 
necessidade de apresentação, formal e oficial, dos resultados do estudo, explicitação dos 
objetivos, da metodologia e dos resultados, e priorizar à fidedignidade na transmissão das 
descobertas feitas. Todas as informações importantes constatadas na pesquisa são 
apresentadas em forma de texto ou de elementos de apoio ao texto, se for necessário, como 
figuras, quadros, gráficos e tabelas. Pode-se apresentar um quadro compreendendo o período 
em que se realizaram as atividades da pesquisa. 
 
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
O pesquisador deve apresentar os resultados da pesquisa conforme os preceitos da ciência, 
com redação técnico-científica e as exigências da área de conhecimento. Assim, os resultados 
expõem o tema proposto, fundamentando-o com uma revisão crítica, de fontes de pesquisa 
relacionadas ao tema, de forma ampla para depois especificá-la. É necessário que o 
investigador relacione sua visão sobre o tema, fundamentado aos acontecimentos atuais e 
trabalhos já realizados na área, bem como as opiniões de autores. 
Para tal, é necessário o cumprimento das normas ABNT NBR 10520 (2002). 
As informações podem ser apresentadas por meio de elementos de apoio ao texto, conforme 
as regras metodológicas. O modelo de apresentação do documento deverá seguir as regras 
definidas para sua tipologia (monografia, artigo científico e outros) e a instituição solicitante 
(universidade, revista científica, evento e outros). 
 
 
 
 
 
Pesquisa em impresso e on-line (Bireme, 
Lilacs, SciELO e Google acadêmico) 
 
Agora que já conhecemos e entendemos o mecanismo das técnicas de pesquisa, vamos 
explorar as principais bases de pesquisa que estão disponíveis tanto no universo digital (on-
line), quanto de modo impresso. 
Para isso, é preciso compreender de antemão que estas ferramentas são amplamente 
reconhecidas e possuem grande valor para a comunidade acadêmica, sobretudo quando 
falamos em pesquisas científicas. 
Decerto, os pesquisadores utilizam mais de um acervo para realizar suas pesquisas. Isso é uma 
grande vantagem, pois as pesquisas ficam mais ricas, contendo informações de inúmeras 
fontes. Nos tópicos que se seguem, vamos conhecer alguns exemplos destas bases de 
pesquisa. 
 
BIREME e LILACS 
 
Iniciando nossa lista, temos a Bireme, sigla para Biblioteca Regional de Medicina, porém 
atualmente chamada de Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da 
Saúde. Esta organização é responsável pela disseminação de informações referentes às áreas 
da saúde. Ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde) e OPAS (Organização Pan-
Americana da Saúde), a Bireme possui um acervo físico muito amplo, com milhões de artigos e 
documentos científicos. 
Além da Bireme, temos a Lilacs, sigla que representa a Literatura Latino-Americana e do Caribe 
em Ciências da Saúde (Figura 1), ferramenta bem conhecida e bastante utilizada por 
pesquisadores também da área da saúde e mantida pela (OPAS/OMS). Pode-se dizer que a 
Lilacs reúne materiais científicos sobre saúde publicados a partir do ano 1982 de autores latino-
americanos e do Caribe. 
Dentro do acervo da Lilacs é possível encontrar teses, inúmeros relatórios técnico-científicos, 
bem como artigos de revistas renomadas. Todo este conteúdo está conectado à área da saúde. 
 
Figura 1. Captura de tela do site Lilacs. Fonte: Lilacs, 2019. Acesso em: 17/12/2019. 
SciELO 
 
Assim como as ferramentas anteriores, a Scientific Electronic Library Online (SciELO) é uma 
base de pesquisa on-line que pode ser utilizada na busca de referências para a produção de 
materiais científicos. Por possuir um amplo acervo de conteúdos, ela está entre as preferidas 
dos pesquisadores. Em seu portal (Figura 2) é possível fazer buscas de artigos por ano de 
publicação, nome do autor, título do artigo, entre outros. 
 
Figura 2. Captura de tela do site SciELO. Fonte: SciELO. Acesso em: 17/12/2019 
 
GOOGLE ACADÊMICO 
 
Para finalizar, seguindo a linha dos principais exemplos de ferramentas de pesquisa científica, 
podemos também mencionar o Google Acadêmico (Figura 4). Essa ferramenta, pertencente à 
gigante de buscas homônima, está entre as mais utilizadas pelos pesquisadores, visto que ela 
possui um acervo enorme de materiais científicos que, diga-se de passagem, são de alta 
confiabilidade. 
 
Figura 3. Captura de tela do site Google Acadêmico. Fonte: Google Acadêmico. Acesso em: 
17/12/2019. 
 
SINTETIZANDO 
Prezado aluno, é com grande alegria e satisfação que finalizamos essa unidade, bem como a 
disciplina Metodologia Científica como um todo. Nessa período de muito aprendizado, tomamos 
o cuidado de abordar todos os principais conceitos que permeiam o desenvolvimento de 
pesquisas científicas, de modo a facilitar a sua compreensão sobre o tema, auxiliando-o na 
produção de materiais técnicos cada vez mais consistentes. 
Nessa unidade, especificamente, conhecemos em detalhes como é elaborada uma pesquisa 
científica, desde a delimitação do tema, passando pela escolha do método de pesquisa, coleta, 
análise de dados e apresentação de resultados. Além disso, ao final, foram apresentadas as 
principais bases de conteúdo utilizadas por pesquisadores e universitários no desenvolvimento 
de pesquisas científicas, tais como Bireme, Lilacs, SciELO e Google Acadêmico. Todos acervos, 
além de muitos outros, são de uso gratuito e podem ser acessados a qualquer momento pelos 
pesquisadores. 
Dessa forma, com a sensação de dever cumprido, desejamos que você siga firme na busca por 
conhecimento, tendo sempre em vista o aprimoramento constante na produção de materiais 
científicos, projetados para serem cada vez mais técnicos e bem articulados, embasados em 
pesquisas profundas e corretamente referenciadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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<https://www.usjt.br/arq.urb/arquivos/nbr10520-original.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2020. 
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apresentação. Disponível em: 
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Acesso em: 10 jan. 2020. 
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documentação. Artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Disponível 
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https://lilacs.bvsalud.org/
http://metodologia.lilacs.bvsalud.org/php/level.php?lang=pt&component=74&item=5
https://scielo.org/
 
 
 
	UNIDADE 4. Modalidades e técnicas da pesquisa científica
	OBJETIVOS DA UNIDADE
	 TÓPICOS DE ESTUDO
	Pesquisa básica
	Pesquisa aplicada

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