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Produção do conhecimento

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Aula do dia 06/04
Disciplina: Produção do conhecimento 
· Conhecimento mítico 
1_Explicar a origem dos povos com a ajuda do sobrenatural;
2_Não admite críticas; 
3_Configura a visão de mundo de um povo, sendo apresentada como patrimônio histórico e cultural.
Caraterísticas 
1_Oralmente: por causa da ausência da escrita,
2_Concretude: desvinculada a noção de mentira e ficção;
3_Importancia dos nomes divinos e das palavras;
4_Nexo entre verdade, conhecimento e existência.
Contexto
-Monarquia;
-Economia: agricultura;
-Sociedade fechada, sem direito de opinião;
-Grécia, Oriente.
· Conhecimento filosófico
1_Desconfiança dos mitos como explicação dos fenômenos ocorridos de “forma sobrenatural”;
2_Capacidade do ser humano de refletir e duvidar;
3_Filosofos da natureza;
4_Explicar a realidade a partir do real;
5_Questionar e encontrar respostas racionais para determinadas questões.
Características 
1_Sistemático: a base para as questões é a reflexão;
2_Elucidativo: tentar entender os pensamentos, os conceitos, os problemas e demais situações da vida que são impossíveis de serem desvendadas cientificamente;
3_Crítico;
4_Especulativo: as conclusões são baseadas em hipóteses e possibilidades.
 Contexto 
 -Democracia;
 - Economia: comércio marítimo; 
 - Grécia, Ocidente.
Conhecimento científico: é baseado nas experimentações, com a finalidade de atestar determinada teoria.
Sofistas-Céticos 
1_São filósofos pré-socráticos; 
2_Transmite o conhecimento pronto e sem crítica, que Aristóteles entende como mercadoria, que os sofistas exibem e vendem; 
3_Não existe certo nem errado;
4_Busca apenas vencer o debate; 
5_Relativista;
6_Conhecer o bem e verdade e com base nela sermos justos,
Exemplos:
Protágoras: Se algo não pode ser conhecido, este algo não existe.
"O Homem é a medida de todas as coisas, daquelas que são por aquilo que são e daquelas que não são por aquilo que não são."
· Medida significava juízo e as coisas são os fatos e as experiências das pessoas;
· "Tal como cada coisa se apresenta para mim, assim ela é para mim, tal como ela se apresenta para você, assim ela é para você;"
· As coisas assim vão ser definidas pelas pessoas que as definem, o que vale para determinada situação não vai valer para outras;
· As coisas vão ser conhecidas particularmente por cada indivíduo;
· O que existem são coisas mais oportunas, úteis e convenientes;
· A pessoa sábia vai ser aquela que consegue distinguir o que é mais vantajoso e decente para cada situação;
· “Os sábios e os bons oradores deveriam guiar através de conselhos as outras pessoas”
Sentenças:
- Sobre qualquer questão existem dois argumentos contrários entre si.
- Sobre os deuses não posso saber se existem ou se não existem. ( Se algo não pode ser conhecido, este algo não existe.)
- Das coisas belas umas são belas por natureza e outras por lei, mas as coisas justas não são justas por causa da natureza, os homens estão continuamente disputando pela justiça e a alteram também continuamente.
- Toda a vida do homem tem necessidade de ordem e de adaptação.
Górgias: 
"Assim como diferentes drogas trazem à tona os diferentes humores do corpo - alguns interrompendo uma doença, outros a vida - o mesmo ocorre com as palavras: algumas causam dor, outras alegrias, algumas provocam o medo, algumas instilam em seus ouvintes a ousadia, outras tornam a alma muda e enfeitiçada com crenças más."
· A verdade não existe, qualquer saber é impossível e tudo é falso porque é ilusório;
· Uma mesma atividade pode ser boa ou ruim dependendo de quem a praticar e em que situação se encontra;
· A palavra cria um mundo perfeito onde é belo viver;
· “A arte da persuasão ultrapassa todas as outras, e é de muito a melhor, pois ela faz de todas as coisas suas escravas por submissão espontânea e não por violência;”
· As palavras persuasivas tinham uma força equivalente às palavras dos deuses e o mesmo impacto da força física;
· Acreditava que seus "encantamentos mágicos" trariam cura à psiquê humana ao controlar as emoções fortes. 
· Dedicava uma atenção especial aos sons das palavras, que, como na poesia, podiam cativar as plateias.
Três tópicos:
1. Primeiro, na não existência do ser, existe somente o nada. O ser não é uno, não é múltiplo, nem incriado e nem gerado, por conseguinte o ser é nada.
2. Segundo, mesmo que o ser existisse ele não poderia ser conhecido pois se podemos pensar em coisas que não existem é porque existe uma separação entre o que pensamos e o ser, o que impossibilita o seu conhecimento.
3. E terceiro, mesmo que pudéssemos pensar e conhecer o ser nós não poderíamos expressar como ele é porque as palavras não conseguem transmitir com veracidade nada que não seja ela mesma.
Sentenças:
- Assim como a visão não conhece os sons, o ouvido não ouve as cores, mas os sons. Quem fala expressa bem um som, mas não pode falando expressar uma cor ou uma experiência.
- A poesia é um discurso com métrica e quem a escuta é invadido por um arrepio de estupor, uma compaixão que arranca lágrimas, um ardente desejo de dor e pelo efeito das palavras a alma sofre seu próprio sofrimento ao ouvir a sorte ou o azar de fatos e pessoas estranhas.
- Se é eterno não teve princípio, se não tem princípio é infinito, se é infinito não está em nenhum lugar, se não está em nenhum lugar não existe.
- Mesmo que as coisas sejam elas não são conhecíveis.
- O artista é um criador de mundos. 
Sócrates
1_Instiga a dúvida através do discursos, perguntas e respostas; 
2_Tenta mostra nossas falhas através do diálogo, e assim, suprir essas dificuldades interiormente;
3_Existência do certo e do errado;
4_Todos possuímos o conhecimento nato dentro de cada um;
5_Os filósofos estimulam o nosso pensar.
6_Condenado de corromper os jovens, por não considerar os deuses como a base para a explicação das coisas que não possuem explicação lógica; 
Ensino pelo diálogo
Ninguém adquire a capacidade de conduzir-se, e muito menos de conduzir os demais, se não possuir a capacidade de autodomínio.
Liberdade interior: livre é o homem que não se deixa escravizar pelos próprios apetites e segue os princípios que, por intermédio da educação, afloram de seu interior.
Sócrates valorizava acima de tudo a verdade e as virtudes, no entanto, afirmava que só o conhecimento (ou seja, o saber, e não simples informações isoladas) conduz à prática da virtude em si mesma, que tem caráter uno e indivisível. 
Segundo Sócrates, só age erradamente quem desconhece a verdade e, por extensão, o bem. A busca do saber é o caminho para a perfeição humana.
O Nascimento das ideias
· O primeiro corresponderia às "dores do parto", momento em que o filósofo, partindo da premissa de que nada sabia, levava o interlocutor a apresentar suas opiniões. Em seguida, fazia-o perceber as próprias contradições ou ignorância para que procedesse a uma depuração intelectual. Mas só a depuração não levava à verdade - chegar a ela constituía a segunda parte do processo. 
· Aí, ocorria o "parto das ideias" (expresso pela palavra maiêutica), momento de reconstrução do conceito, em que o próprio interlocutor ia "polindo" as noções até chegar ao conceito verdadeiro por aproximações sucessivas. 
· O processo de formar o indivíduo para ser cidadão e sábio devia começar pela educação do corpo, que permite controlar o físico.
· Conhecimento religioso
1_Fé é o principal instrumento de conhecimento;
2_ Não há importância a verificação;
3_ O sagrado é explicado por si só;
4_ Acredita que o conhecimento é explicado pela religião.
Contexto:
1_Idade média, com a queda do império romano;
2_Coperações de ofício: associações para regulamentar diversas atividades, agrupavam indivíduos em prol dos conhecimentos dos respectivos trabalhos; 
3_Feudalismo;
Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos três primeiros séculos, elaborada pelos Pais da Igreja, os primeiros teóricos —- daí "Patrística" — e consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos pagãos e contra todos queeram contra, denominadas heresias.
 _Santo Augustinho: Conciliava a verdade revelada com os conhecimentos de Platão.
_Platão: conhece as coisas através da razão. 
Escolástica nasceu nas escolas monásticas cristãs, de modo a conciliar a fé cristã com um sistema de pensamento racional, especialmente o da filosofia grega.
_Santo Tomás de Aquino: Conciliava a verdade revelada com os conhecimentos de Aristóteles.
_Aristóteles: conhece as coisas através da experiência, conhecimento empírico.
· Conhecimento científico
1_ É a informação e o saber que parte do princípio das análises dos fatos reais e cientificamente comprovados.
2_ A razão deve estar atrelada a lógica da experimentação científica; 
Características:
1_ Sistematização ou método: pois consiste num saber ordenado;
2_Verificabilidade: ideia ou teoria deve ser verificada e comprovada sob a ótica da ciência;
3_ Falível;
4_ Racional;
5_Analítico: crítico.
6_Comunicavél;
7_Objetivo;
Contexto:
1_Mercantilismo;
2_Estado absolutista;
3_Renascimento;
4_Idade moderna.
_Rene Descartes: propôs uma filosofia que nunca acreditasse no falso, que fosse totalmente fundamentada na verdade. Acreditava que a ciência deveria ser prática e não especulativa.
Acreditava na existência de uma verdade absoluta, incontestável. Para atingi-la desenvolveu o método da dúvida, que consistia em questionar todas as ideias e teorias preexistentes.
4 Regras de como conhecer a realidade
1_Da evidência: nada é verdadeiro até ser reconhecido como tal;
2_Da análise: dividir o problema em tantas partes, quantas sejam necessárias para compreensão;
3_Da síntese: conduzir por ordem os pensamentos iniciando com as comunicações mais simples para subir como que aos poucos ao conhecimento complexo; 
4_Da enumeração: o processo deve ser revisto do começo ao fim para que nada importante seja omitido.
Empirismo indutivo: observação de um fato específico.
_Francis Bacon: conhece-se através do sentido
Teoria dos 4 ídolos: levam a percepção do erro 
1_Ídolo da caverna: limitações de um indivíduo;
2_Ídolo da tribo(espécie);
3_ídolo do mercado ou do foro: dificuldade de comunicação, precisão terminológica
4_Ídolo do teatro: defeitos das teorias.
_John Locke 
 “A mente humana é como uma tabua rasa.”
 “O conhecimento é uma folha em branco que vai ganhando forma com o tempo, com as experiências.” 
_Augusto Comte
Um dos fundamentos do positivismo é a ideia de que tudo o que se refere ao saber humano pode ser sistematizado segundo os princípios adotados como critério de verdade para as ciências exatas e biológicas.
Positivismo de Augusto Comte: é comumente entendida como a linha de pensamento que entende que o conhecimento científico sistemático é baseado em observações empíricas, na observação de fenômenos concretos, passíveis de serem apreendidos pelos sentidos do homem.
1_Estágio teológico 
2_Estágio metafísico
3_Estágio positivo 
 
 
O conhecimento mítico nasceu em uma monarquia, onde as pessoas viviam em uma sociedade fechada, sem terem liberdade de opinião, e tendo a agricultura sua principal fonte de renda. Sendo assim, o conhecimento mítico se baseia na explicação das coisas através do sobrenatural sem dar a oportunidade de questionamentos nem críticas. Ele é transmitido oralmente. 
O conhecimento filosófico veio contra o conhecimento mítico ao permitir o questionamento desvendado os mistérios sociais através de fenômenos naturais.
Protágoras: ler e fazer resumo 
A base da filosofia de Protágoras está na máxima "O Homem é a medida de todas as coisas, daquelas que são por aquilo que são e daquelas que não são por aquilo que não são." Para ele medida significava juízo e as coisas são os fatos e as experiências das pessoas. Com essa máxima Protágoras tinha por objetivo negar um critério absoluto para distinguir o ser do não ser. O critério para a diferenciação torna-se o homem, cada homem. Ele explica melhor "Tal como cada coisa se apresenta para mim, assim ela é para mim, tal como ela se apresenta para você, assim ela é para você." O vento que sopra é frio ou quente? A resposta vai depender de cada pessoa, para algumas vai estar frio e para outras vai estar quente, dessa forma ninguém vai estar errado e a verdade vai estar em cada sujeito e no que ele pensa sobre sua experiência.  
Se os homens são a medida de todas as coisas, por consequência, nenhuma medida pode ser a medida para todos os homens. As coisas assim vão ser definidas pelas pessoas que as definem, o que vale para determinada situação não vai valer para outras. As coisas vão ser conhecidas particularmente por cada indivíduo. 
Protágoras ensinava também técnicas e métodos para tornar um argumento fraco em um argumento forte. Ele ensinava a aptidão de fazer sobressair um ponto de vista sobre um ponto de vista contrário. Os homens têm em si a faculdade de julgar com justiça, a função do sofista é fazer com que eles expressem essa capacidade.
Para ele as coisas são, portanto, relativas aos indivíduos e aos seus pareceres. Não existe uma verdade absoluta assim como não existem padrões morais absolutos, o que existem são coisas mais oportunas, úteis e convenientes. A pessoa sábia vai ser aquela que consegue distinguir o que é mais vantajoso e decente para cada situação. O sábio vai conseguir também convencer os outros a reconhecer essa qualidade superior e fazer com que eles a ponham em prática.
Protágoras afirmou também que em relação aos deuses ele não poderia afirmar se existem ou se não existem, pois, muitas coisas o impediam de fazer tais afirmações, ele considerava o assunto obscuro e a vida breve para se achar uma resposta para a questão. Mostrava-se agnóstico nas suas crenças pois o divino vai além da capacidade humana de compreensão dessa experiência sendo o homem limitado em seu saber. Para ele era possível criarmos argumentos tanto a favor como contra a existência dos deuses. 
Ele dizia ainda que os sábios e os bons oradores deveriam guiar através de conselhos as outras pessoas.
Sentenças:
- Sobre qualquer questão existem dois argumentos contrários entre si.
- Sobre os deuses não posso saber se existem ou se não existem.
- Das coisas belas umas são belas por natureza e outras por lei, mas as coisas justas não são justas por causa da natureza, os homens estão continuamente disputando pela justiça e a alteram também continuamente.
- Toda a vida do homem tem necessidade de ordem e de adaptação.
Górgias 
Górgias para fundamentar sua filosofia toma por base o niilismo, a descrença por razão principal, onde nada existe de absoluto, onde não existem verdades morais e nem hierarquia de valores. A verdade não existe, qualquer saber é impossível e tudo é falso porque é ilusório.
Seu niilismo baseias-se em três tópicos, primeiro na não existência do ser, existe somente o nada. O ser não é uno, não é múltiplo, nem incriado e nem gerado, por conseguinte o ser é nada. Segundo, mesmo que o ser existisse ele não poderia ser conhecido pois se podemos pensar em coisas que não existem é porque existe uma separação entre o que pensamos e o ser, o que impossibilita o seu conhecimento. E terceiro, mesmo que pudéssemos pensar e conhecer o ser nós não poderíamos expressar como ele é porque as palavras não conseguem transmitir com veracidade nada que não seja ela mesma. Quando comunicamos, comunicamos palavras e não o ser.
O filósofo destrói dessa forma a possibilidade de alcançarmos a verdade absoluta. Nossa razão somente pode iluminar as situações em que os homens vivem mas não tem a capacidade de formular regras absolutas. Podemos somente analisar a condição em que nos encontramos e expor o que devemos ou não fazer e mesmo o que devemos ou não fazer muda muito dependendo da situação em que nos encontramos. Uma mesma atividade pode ser boa ou ruim dependendo de quem a praticar e em que situação se encontra.
Como não existe uma verdade absoluta e a falsidade está em tudo as palavras assumem uma autonomia quase sem limites pois estão desligadas do ser. As palavras são independentes e estãodisponíveis para os mais diversos usos. Um dos principais usos é a retórica que utiliza a palavra para sugerir, para fazer crer e para persuadir os cidadãos. A retórica tem assim grande utilidade para a política. As palavras têm também grande expressão na poesia que diferente da retórica não tem interesses práticos, mas artísticos. Frente ao drama da vida a única consolação é a palavra que adquire valor próprio porque não exprime a verdade mas a aparência. A palavra cria um mundo perfeito onde é belo viver. A palavra exprime da melhor forma as paixões que direcionam a vida dos homens.
Sentenças:
- Assim como a visão não conhece os sons, o ouvido não ouve as cores, mas os sons. Quem fala expressa bem um som, mas não pode falando expressar uma cor ou uma experiência.
- A poesia é um discurso com métrica e quem a escuta é invadido por um arrepio de estupor, uma compaixão que arranca lágrimas, um ardente desejo de dor e pelo efeito das palavras a alma sofre seu próprio sofrimento ao ouvir a sorte ou o azar de fatos e pessoas estranhas.
- Se é eterno não teve princípio, se não tem princípio é infinito, se é infinito não está em nenhum lugar, se não está em nenhum lugar não existe.
- Mesmo que as coisas sejam elas não são conhecíveis.
- O artista é um criador de mundos. 
Nas palavras do filósofo: “A arte da persuasão ultrapassa todas as outras, e é de muito a melhor, pois ela faz de todas as coisas suas escravas por submissão espontânea e não por violência.”
Sócrates 
Ensino pelo diálogo
Nas palavras atribuídas a Sócrates por Platão na obra Apologia de Sócrates, o filósofo ateniense considerava sua missão "andar por aí (nas ruas, praças e ginásios, que eram as escolas atenienses de atletismo), persuadindo jovens e velhos a não se preocuparem tanto, nem em primeiro lugar, com o corpo ou com a fortuna, mas antes com a perfeição da alma".
Defensor do diálogo como método de educação, Sócrates considerava muito importante o contato direto com os interlocutores - o que é uma das possíveis razões para o fato de não ter deixado nenhum texto escrito. Suas ideias foram recolhidas principalmente por Platão, que as sistematizou, e por outros filósofos que conviveram com ele.
Sócrates se fazia acompanhar frequentemente por jovens, alguns pertencentes às mais ilustres e ricas famílias de Atenas. Para Sócrates, ninguém adquire a capacidade de conduzir-se, e muito menos de conduzir os demais, se não possuir a capacidade de autodomínio. Depois dele, a noção de controle pessoal se transformou em um tema central da ética e da filosofia moral. Também se formou aí o conceito de liberdade interior: livre é o homem que não se deixa escravizar pelos próprios apetites e segue os princípios que, por intermédio da educação, afloram de seu interior.
Opondo-se ao relativismo de muitos sofistas, para os quais a verdade e a prática da virtude dependiam de circunstâncias, Sócrates valorizava acima de tudo a verdade e as virtudes - fossem elas individuais, como a coragem e a temperança, ou sociais, como a cooperação e a amizade. O pensador afirmava, no entanto, que só o conhecimento (ou seja, o saber, e não simples informações isoladas) conduz à prática da virtude em si mesma, que tem caráter uno e indivisível.
Segundo Sócrates, só age erradamente quem desconhece a verdade e, por extensão, o bem. A busca do saber é o caminho para a perfeição humana, dizia, introduzindo na história do pensamento a discussão sobre a finalidade da vida.
O nascimento das ideias, segundo o filósofo 
Sócrates comparava sua função com a profissão de sua mãe, parteira - que não dá à luz a criança, apenas auxilia a parturiente. "O diálogo socrático tinha dois momentos", diz Carlos Roberto Jamil Cury, professor aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
O primeiro corresponderia às "dores do parto", momento em que o filósofo, partindo da premissa de que nada sabia, levava o interlocutor a apresentar suas opiniões. Em seguida, fazia-o perceber as próprias contradições ou ignorância para que procedesse a uma depuração intelectual. Mas só a depuração não levava à verdade - chegar a ela constituía a segunda parte do processo. Aí, ocorria o "parto das ideias" (expresso pela palavra maiêutica), momento de reconstrução do conceito, em que o próprio interlocutor ia "polindo" as noções até chegar ao conceito verdadeiro por aproximações sucessivas. O processo de formar o indivíduo para ser cidadão e sábio devia começar pela educação do corpo, que permite controlar o físico.
Já para a educação do espírito, Sócrates colocava em segundo plano os estudos científicos, por considerar que se baseavam em princípios mutáveis. Inspirado no aforismo "conhece-te a ti mesmo", do templo de Delfos, julgava mais importantes os princípios universais, porque seriam eles que conduziriam à investigação das coisas humanas.

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