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Lesão e Morte Celular - Patologia

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A célula em seu estado “normal” encontra-se 
em um estágio de equilíbrio: a homeostase, em que 
consegue dar de conta de todos os processos 
fisiológicos do organismo. Encontrando-se em situação 
limitada, tanto em sua função quanto a sua estrutura, 
podendo variar tais pontos devido o seu metabolismo 
(diferenciação/tipo específico e especialização/função 
que irá desencadear), por restrições do meio e células 
vizinhas, e pela disponibilidade de substratos 
metabólicos. 
Quando a célula sofre alterações seja ela 
fisiológica ou patológica, respostas estruturais e 
funcionais serão realizadas, a fim de reverter a 
situação, até atingir um novo estado de equilíbrio 
confortável para a célula, permitindo sua sobrevivência 
e funcionamento normal. Quando o estímulo que atua 
sobre a célula for sessado, a célula pode retornar ao 
seu estado original sem sofrer qualquer alteração ou 
consequência danosa, ou pode ser afetado por 
alterações significativas irreversíveis, e até morte 
celular, a depender da intensidade e duração do 
estímulo danoso sobre a célula. 
A reposta adaptativa pode consistir em: um 
aumento do tamanho celular (hipertrofia) e da sua 
atividade, aumento do número de células (hiperplasia), 
uma diminuição da atividade celular (atrofia) ou 
mudança de seu fenótipo (metaplasia). 
 
 
A lesão celular é reversível até certo ponto, mas se o estímulo 
persistir ou for intenso o suficiente desde o início, a célula sofre 
lesão irreversível e, finalmente, ocorre morte celular. Adaptação, 
lesão reversível e morte celular podem ser os estágios de um dano 
progressivo que sucede diferentes tipos de agressões. 
 
A morte celular será o resultado final de uma 
lesão celular progressiva, podem resultar de diversas 
causas, como uma isquemia, infecções e exposição a 
substâncias tóxicas, afetando a homeostase celular. 
Porém, esse ato pode culminar de processos 
fisiológicos, como processos da embriogênese e 
desenvolvimento de alguns tecidos. Nas vias de morte 
celular podemos citar a necrose, a qual desencadeia um 
processo inflamatório, a apoptose, uma morte celular 
programada, e a autofagia, decorrente de uma resposta 
celular adaptativa de fagocitose de componentes 
intracelulares que podem desencadear morte celular. 
*** É válido destacar a presença de cálcio em 
algumas lesões celulares que desencadeiam o processo 
de calcificação patológica. 
Hipertrofia - Aumento do tamanho da célula  aumento 
do órgão afetado; 
- O aumento do tamanho se dá pela 
incorporação de novos componentes 
estruturais intracelulares; 
- Bastante comum em células com 
incapacidade de divisão celular, porém esse 
processo pode acontecer concomitante à 
hiperplasia (pelo mesmo estímulo ou 
distinto); 
- Decorre principalmente pelo aumento da 
demanda celular, podendo ser por fatores 
fisiológicos ou patológicos; 
Hiperplasia - A um dado estímulo, pode ocasionar um 
aumento no número de células de um órgão 
ou tecido; 
- Presente apenas em células com potencial 
de divisão (ex.: céls lábeis); 
- Pode ser fisiológica (ex: ação hormonal), ou 
patológica (ação excessiva hormonal ou de 
fatores de crescimento); 
- Hiperplasia patológica difere de câncer, 
porém, deixa um ambiente favorável para 
instalação do mesmo. 
Atrofia - Redução de um tecido ou órgão, por 
redução do número de células; 
- Pode ser fisiológica (nos processos de 
desenvolvimento) ou patológica (por desuso, 
falta de suprimento sanguíneo e nutrição, 
perda de estimulação endócrina, 
compressão...) 
- Resulta da diminuição da síntese proteica e 
do aumento da degradação das proteínas nas 
células; 
Metaplasia - Alteração reversível em que um tipo celular 
será substituído por outro, decorrente de um 
estímulo; 
- As influências que predispõem à 
metaplasia, se persistentes, podem iniciar a 
transformação maligna no epitélio 
metaplásico. 
- Decorre na diferenciação de células-tronco 
presentes no tecido habitualmente, ou de 
células mesenquimais indiferenciadas. 
 
A lesão celular irá ocorrer quando um estímulo 
aplicado possui força suficiente, ou tempo de ação, 
para incapacitar a célula de adaptação. A lesão pode 
progredir de um estágio reversível, até culminar na 
morte celular. 
- INÍCIO DA LESÃO: as alterações 
morfológicas e funcionais desencadeadas são 
reversíveis, se o estímulo nocivo for removido. Os 
principais danos causados são: redução da fosforilação 
oxidativa, depleção do armazenamento de ATP, e 
tumefação desencadeada por alterações de controle das 
bombas de íons e influxo de água. Caso o estímulo 
persista, a lesão torna-se irreversível e, com o tempo, a 
célula não se regenera e morre (apoptose ou necrose). 
Na necrose, haverá uma morte “acidental”, 
ocasionada por algum fator de danos às membranas 
celulares e homeostase de íons. Dessa forma, após a 
lesão, haverá liberação de enzimas lisossomais no 
citoplasma, desencadeando um processo de digestão 
das substâncias e ativação de uma cascata de reações 
da necrose, concomitante a isso, haverá 
extravasamento de conteúdo intracelular para o meio 
extracelular por descontinuidade da MP, assim, 
desencadeando um processo inflamatório. 
Em situações em que danos ao DNA ou 
proteínas celulares são irreparáveis, a célula inicia um 
processo de morte programada, suicídio, a apoptose. 
Essa morte se caracteriza por dissolução nuclear, 
fragmentação da célula sem ruptura da membrana e 
rápida remoção dos restos celulares. Como não haverá 
perda de conteúdo celular, não promoverá inflamação. 
Enquanto a necrose é sempre um processo 
patológico, a apoptose auxilia muitas funções normais 
e não é, necessariamente, associada à lesão celular. 
 
- Privação de O2: hipóxia, deficiência de oxigênio que 
desencadeará lesão celular; pode ser decorrente de 
redução de luxo sanguíneo (isquemia), falta de O2 por 
oxigenação inadequada por insuficiência 
cardiorrespiratória, dificuldade no transporte de O2 
(anemia) ou após uma grave perda sanguínea; 
- Agentes Físicos: trauma mecânico, extremos de 
temperatura, radiação, choque elétrico e alterações 
bruscas da pressão atmosférica; 
- Agentes Químicos e Drogas: diversas substâncias 
químicas e drogas podem desencadear lesão celular, 
como a alta concentração crônica de glicose e sal, 
ocasionando desequilíbrio eletrolítico, oxigênio em 
altas concentrações, quantidades ínfimas de venenos 
(arsênio, cianeto, mercúrio...), álcool... 
 - Agentes Infecciosos: desencadeado por vírus, 
bactérias, fungos, helmintos... 
- Reações Imunológicas: apesar de estar realizando a 
proteção do organismo, algumas lesões podem ser 
provocadas por ação a autoantígenos em várias 
doenças autoimunes, além da resposta imunológica 
comum em infecções por vírus e bactérias que podem 
provocar lesões celulares; 
- Defeitos Genéticos: mutações/anomalias genéticas 
desencadeiam fenótipos que favorecem a formação de 
lesões celulares, tais lesões podem ser desencadeadas 
por defeito na síntese proteica, mau enovelamento, 
defeito de organelas... Os defeitos no DNA ainda 
podem provocar uma suscetibilidade a outros agentes 
químicos ou agressores em geral; 
- Desequilíbrios Nutricionais: a deficiência de 
nutrientes (proteico-calórica) é causa de diversas 
lesões celulares, todavia, os excessos nutricionais 
também são precursores de lesões. 
Existe um período de tempo entre o estímulo e 
as alterações morfológicas da lesão e morte celular. 
Dessa forma, apesar do estímulo ocorrer em um tempo 
X, só será observado tal ação minutos, horas ou até 
dias depois. 
 
- LESÃO REVERSÍVEL: tumefação 
generalizada da célula e suas organelas, formação de 
bolhas na membrana plasmática, destacamento dos 
ribossomos do RE, e agregação da cromatina nuclear 
 Diminuição da produção de ATP, perda da 
integridade da membrana celular, deficiência na 
síntese proteica e danos ao citoesqueleto e ao DNA. 
A célula pode repararesses danos, e quando 
cessado o estímulo, retornar a normalidade, porém, 
caso o estímulo agrave ou persista, a célula ultrapassa 
o ponto de irreversibilidade, evoluindo para lesão 
irreversível e morte. 
 
Dano mitocondrial severo com depleção de 
ATP e a ruptura de membranas lisossômicas e 
plasmática estão tipicamente associados com a 
necrose. 
 
A tumefação é decorrente da incapacidade da 
célula em manter um equilíbrio hidroeletrolítico, 
resultante da falência das bombas ATPases da MP. 
A degeneração gordurosa é manifestada pela a 
formação de vacúolos lipídicos no citoplasma. 
Compõem células que estão envolvidas ou dependem 
do metabolismo de gordura, como os hepatócitos e as 
células miocárdicas, e podem apresentar tal fenômeno 
por lesão hipóxica e em várias formas de lesão 
metabólica ou tóxica. 
A tumefação é bastante comum como 
manifestação de agressões à célula. Quando atinge 
muitas células, provoca uma certa palidez, aumento do 
turgor e do peso do órgão, podem ainda ter uma 
afinidade pela eosina (mais pronunciada com a 
progressão para a necrose). É um fenômeno reversível. 
 
É o resultado da desnaturação de proteínas 
intracelulares e da digestão enzimática da célula lesada 
letalmente, ou seja, morte celular no indivíduo vivo 
seguida de autólise. 
Uma das ações principais de desencadeamento 
de alterações morfológicas são o rompimento da 
membrana que facilita a saída de conteúdos celulares 
para o meio externo, gerando um processo 
inflamatório, e a ação de lisossomos da própria célula 
ou dos leucócitos recrutados para ação digestiva. 
*** MORFOLOGIA: células coradas mais 
intensamente por eosina, devido a perda de RNA 
citoplasmático (+ basofílico) e em parte pelo 
desnaturamento de proteínas citoplasmáticas; células 
com aparência mais homogênea e vítrea, devido perda 
de glicogênio, evoluindo para caráter granuloso; 
citoplasma vacuolado, por ação digestiva das enzimas; 
presença de figuras de mielina, que se origina pela 
substituição do conteúdo celular por massas 
fosfolipídicas espiraladas (mais tarde esses resíduos de 
gordura podem se ligar ao cálcio e contribuir para a 
saponificação). As células podem sofrer calcificação 
pelo depósito de sais de cálcio. Por microscopia 
eletrônica ainda percebe-se a descontinuidade da MP e 
das organelas, alterações mitocondriais e figuras de 
mielina. 
*** ALTERAÇÕES NUCLEARES: as 
alterações nucleares aparecem em um de três padrões, 
podem ser a picnose, onde haverá condensação do 
núcleo e aumento da basofilia; a cariorrexe, onde o 
núcleo picnótico sofre fragmentação; ou a cariólise, 
com perda nuclear por ação enzimática, deixando o 
núcleo mais claro e sem sua basofilia característica. 
Com a evolução da lesão o núcleo deixa de existir. 
 
 
 
 
 
 
 Necrose de Coagulação 
Caracteriza-se por manter a arquitetura básica 
dos tecidos mortos por um intervalo de alguns dias. Os 
tecidos apresentam uma consistência firme. Haverá 
uma desnaturação não só das proteínas estruturais, mas 
também das enzimas, bloqueando, assim, a proteólise 
das células mortas, persistindo as células anucleadas e 
eosinofílicas, com contornos nítidos, por um tempo e 
conservando a forma do órgão. Por fim, haverá 
infiltrado de leucócitos para realização de fagocitose 
dos restos celulares por ação de enzimas digestivas. 
A necrose coagulativa é comum em casos de 
isquemia/infarto, exceto no cérebro, que caso seja alvo 
de um processo isquêmico, sofrerá uma necrose 
liquefativa. 
*** Hiperemia Reativa: linha presente nas 
regiões de necrose que divide a área necrótica da sadia, 
decorrente do rompimento de vasos sanguíneos. 
 Necrose Gangrenosa 
 Não se trata de um tipo específico de necrose, 
e sim um subtipo de necrose de coagulação, a evolução 
desse tipo de necrose. A área lesada sofrerá 
intervenção externa. 
Na gangrena seca o tecido necrosado irá sofrer 
um processo de mumificação, geralmente em regiões 
periféricas, tornando essas regiões secas, com 
colorações marrom-escuro e com encolhimento. Pode 
ser decorrente de exposição a toxinas ou a baixas 
temperaturas, que por vasoconstricção reduz bastante o 
fluxo sanguíneo das extremidades, ocasionando um 
processo necrótico. 
Na gangrena úmida, a área de necrose de 
coagulação sofre liquefação por bactérias saprófitas, 
tornando o tecido mais úmido e de coloração marrom-
avermelhada, podendo, ainda, apresentar odor fétido. 
Na microscopia percebe-se áreas de necrose de 
coagulação contendo bactérias. 
Caso a gangrena úmida seja por bactérias 
produtoras de gás (bactérias anaeróbias), é chamada de 
gangrena gasosa. Tecido se torna vermelho escuro ou 
enegrecido, com acúmulo de gás na região, e exsudato 
que pode conter sangue. 
 Necrose Liquefativa 
 É caracterizada pela digestão das células 
mortas rapidamente, transformando o tecido em uma 
massa viscosa líquida. Comumente observada em 
infecções bacterianas, fúngicas, pois, estimulam o 
acúmulo de leucócitos (principalmente neutrófilos) e a 
liberação de suas enzimas. O material necrótico 
resultante denomina-se pus, amarelo-cremoso, por 
acúmulo de restos celulares. Processos de hipóxia do 
SNC manifesta esse tipo de necrose. 
 Possuem característica mole, semifluida ou 
mesmo liquefeita, com destruição completa das 
células. 
*** Células Gitter: Macrófagos que ingeriram restos 
celulares e mielina degenerada. 
 Necrose Caseosa 
Encontrado em infecções por TB, o termo 
caseoso se dá pela semelhança a queijos, por sua 
aparência friável esbranquiçada da área de necrose. 
A área necrótica exibe uma coleção de células 
rompidas ou fragmentadas e restos granulares amorfos 
delimitados por uma borda inflamatória distinta 
(granuloma). A lesão pode evoluir por deposição de 
cálcio, tornando-se calcificada. 
 Necrose Gordurosa (Esteatonecrose) 
Refere-se a áreas focais de destruição adiposas 
(comum na hipoderme, mama, retroperitônio), 
tipicamente resultantes da liberação de lipases 
pancreáticas ativadas na intimidade do pâncreas e na 
cavidade do peritônio. As enzimas liberadas provocam 
quebra dos triacilgliceróis contidos nas células  os 
AG liberados se ligam ao Ca2+  saponificação 
(áreas calcárias brancas macroscopicamente visíveis). 
As células adiposas ainda podem ser lesadas por 
traumas e isquemias, além das enzimas. 
*** Ácidos graxos livres e as enzimas 
pancreáticas são lesivos às células vizinhas intactas, 
favorecendo a disseminação da necrose. 
Na análise histológica, percebe-se focos de 
necrose com contornos indistintos de adipócitos 
necróticos, com depósito de cálcio (basofílico), 
circundados por uma reação inflamatória. 
AUTÓLISE: Digestão de um tecido morto por suas próprias 
enzimas. Vale tanto para um tecido necrótico num organismo 
vivo como para a decomposição do organismo após a morte. 
 Depleção de ATP: falência das funções 
dependentes de energia → lesão reversível → 
necrose; 
 Danos mitocondriais: depleção de ATP → 
falência das funções celulares dependentes de 
energia → consequentemente, necrose; sob 
certas condições, a saída de proteínas 
mitocondriais causa apoptose; 
 Influxo de cálcio: ativação de enzimas que 
danificam os componentes celulares e também 
podem desencadear apoptose; 
 Acúmulo de espécies reativas de oxigênio: 
modificação covalente de proteínas, lipídios e 
ácidos nucleicos celulares; 
 Aumento da permeabilidade das membranas 
celulares: afeta a membrana plasmática, as 
membranas lisossômicas e as membranas 
mitocondriais; tipicamente resulta em necrose; 
 Acúmulo de DNA danificado e proteínas mal 
dobradas: desencadeia apoptose; 
 
O tecido necrótico comporta-se como um corpo 
estranho (devido à liberação de Antígenos escondidos), 
suscitando uma reação inflamatória na tentativa de 
eliminar a área necrosada. 
 Absorção: Se a área afetada for mínima. 
Fagocitose por Macrófagos. 
 Drenagem:Se área for próxima à vias 
excretoras ou se ocorrer fistulação (Ruptura e 
drenagem de abscessos/necrose coliquativa). 
 Cicatrização: Proliferação fibroblástica e 
substituição do parênquima necrótico por 
tecido conjuntivo fibroso (fibrose). 
 Calcificação: Comum na necrose caseosa. 
 Encistamento ou Sequestro: Formação de 
pseudo-cistos, quando a área de necrose é 
ampla limitando a absorção. Comum nas 
malacias do SNC (onde as células 
responsáveis pela cicatrização - os astrócitos - 
ao contrário dos fibroblastos não são capazes 
de preencher extensas áreas perdidas). Nesse 
caso os astrócitos circunscrevem a área 
necrosada formando uma cápsula e ocorre 
então a formação de um cisto. 
 
“A apoptose é uma via de morte celular 
induzida por um programa de suicídio finamente 
regulado no qual as células destinadas a morrer 
ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e suas 
proteínas nucleares e citoplasmáticas”. 
Principais Características: 
- A célula apoptótica se fragmenta em pedaços 
menores (fragmentação explosiva), os corpos 
apoptóticos; 
- A MP da célula mantem-se intacta  SEM 
desencadear resposta inlamatória; 
- Sinalização por fosfatidilserina para recrutamento de 
macrófagos e posterior fagocitose dos corpos; 
- Geneticamente regulada; 
- Processo desencadeado em situações patológicas e 
fisiológicas; 
- Processo ativo, dependente de energia; 
- Condensação e encolhimento da célula; 
APOPTOSE 
FISIOLÓGICA 
- Durante a embriogênese, 
compreendendo implantação, 
organogênese, involução do 
desenvolvimento e metamorfose; 
- Involução de tecidos hormônios-
dependentes sob privação do 
hormônio (ex.: céls endometriais 
na menstruação); 
- Perda celular em populações 
celulares proliferativas (ex.: 
linfócitos imaturos na medula e 
timo); 
- Eliminação de células quando 
cumpriram seu trabalho, ex: 
neutrófilos na resposta inflamatória 
aguda; 
APOPTOSE 
PATOLÓGICA 
- Dano ao DNA: radiação, 
medicamentos, hipóxia; 
- Acúmulo de proteínas mal 
dobradas; 
- Por infecções, ocasionando danos 
pela resposta do microorganismo 
ou pela resposta imunológica do 
organismo contra o 
microorganismo; 
- Atrofia patológica no parênquima 
de órgão após obstrução de ducto 
(glândulas); 
O processo de apoptose pode ser dividido em 
uma fase de iniciação, durante a qual algumas caspases 
se tornam cataliticamente ativas (possuem aparência 
normal, comprometimento da expressão gênica, 
duração de horas a vários dias, dependência do ciclo 
celular), e uma fase de execução, durante a qual outras 
caspases iniciam a degradação de componentes 
celulares críticos (dramáticas alterações 
morfofisiológicas, fenômenos conservados em todos os 
tipos celulares, dura cerca de 1 hora). 
A via mitocondrial (intrínseca) é desencadeada 
pela perda de sinais de sobrevivência, danos no DNA, 
e acúmulo de proteínas malformadas (estresse do RE); 
associada com a liberação de proteínas pró-apoptóticas 
da membrana mitocondrial para o citoplasma, onde 
ativam as caspases; inibida por membros 
antiapoptóticos da família BCL2, que são induzidos 
por sinais de sobrevivência, incluindo os fatores de 
crescimento. 
A via de receptor de morte (extrínseca) é 
responsável pela eliminação de linfócitos autorreativos 
e lesão por linfócitos T citotóxicos (linfócito T liga-se 
ao receptor FasL); é iniciada por ativação de receptores 
de morte (membros da família de receptores de TNF) 
por ligantes sobre as células adjacentes. 
1) Perda das micro vilosidades e das junções 
intercelulares; 
2) Encolhimento do citoplasma; 
3) Alterações dramáticas na motilidade 
citoplasmática com formação de bolhas; 
4) Alterações na organização do núcleo celular 
com hipercondensação da cromatina e colapso; 
5) Fragmentação “explosiva” da célula em corpos 
apoptóticos constituídos por membrana; 
6) Fagocitose dos corpos apoptóticos 
(Fosfatidilserina–reconhecimento pelos 
macrófagos para remoção).

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