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TCC - A figura de Lampião e sua dualidade enquanto herói e vilão

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
Curso de Licenciatura em História – Campus EAD 
 
 
 
 
MARCELO DORZÉE DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
A REPRESENTAÇÃO DO CANGAÇO NAS PESQUISAS ACADÊMICAS: 
A figura de Lampião e sua dualidade enquanto herói e vilão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
Novembro – 2021 
 
 
MARCELO DORZÉE DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
A REPRESENTAÇÃO DO CANGAÇO NAS PESQUISAS ACADÊMICAS: 
A figura de Lampião e sua dualidade enquanto herói e vilão 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de História da Universidade Estácio de Sá, 
como requisito parcial para obtenção do título de 
Licenciatura em História 
 
Orientação: MARCELO DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
Novembro – 2021 
 
 
MARCELO DORZÉE DOS SANTOS 
 
 
A REPRESENTAÇÃO DO CANGAÇO NAS PESQUISAS ACADÊMICAS: 
A figura de Lampião e sua dualidade enquanto herói e vilão 
 
Aprovada em: _/_/_ 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de História da Universidade Estácio de Sá, 
como requisito parcial para obtenção do título de 
Licenciatura em História. 
 
Orientação: MARCELO DE ALMEIDA 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
________________________________ 
Orientador: Prof. 
 
 
________________________________ 
Avaliador: Prof. Ms. 
 
 
________________________________ 
Avaliador: Prof. Dr. 
 
 
RIO DE JANEIRO 
Novembro – 2021 
 
 
RESUMO 
 
Lampião é uma das figuras mais importantes e controversas da história do 
sertão brasileiro. Apesar de toda a dualidade de sua existência, ora bandido, 
ora herói, representa um dos maiores meios pelos quais a cultura e a vivência 
desses povos são difundidas pelo Brasil e até mesmo pelo mundo. O objetivo 
geral da pesquisa que aqui se apresenta é realizar uma análise teórica sobre a 
figura do Lampião e a ambiguidade histórica que se associa a sua passagem e 
a formação do cangaço no sertão nordestino do Brasil. Os objetivos específicos 
se relacionam com a contextualização do cangaço, de Lampião e a da 
importância de trazer essas discussões para as salas de aula do Brasil. A 
metodologia de pesquisa é descritiva e qualitativa, podendo ser classificada 
como uma pesquisa bibliográfica. Os resultados demonstram não ser possível 
associar a imagem e a história de Lampião a de um bandido e nem tão pouco a 
de um herói, uma vez que sua existência é muito mais complexa do que essas 
definições, bem como ocorre com o sertão e o povo que nele vive, que não 
podem ser apenas associados a seca, violência e cordel. 
 
 
Palavras-chave: História; Cultura; Sertão; Cangaço; Lampião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Lampião is one of the most important and controversial figures in the history of 
the Brazilian hinterland. Despite all the duality of its existence, now bandit, now 
hero, it represents one of the greatest ways in which the culture and experience 
of these peoples are spread throughout Brazil and even around the world. The 
general objective of the research presented here is to carry out a theoretical 
analysis of the figure of Lampião and the historical ambiguity associated with its 
passage and the formation of cangaço in the northeastern hinterland of Brazil. 
The specific objectives are related to the contextualization of Lampião's 
cangaço and the importance of bringing these discussions to classrooms in 
Brazil. The research methodology is descriptive and qualitative and can be 
classified as a bibliographic research. The results show that it is not possible to 
associate Lampião's image and story with that of a bandit and neither with that 
of a hero, since its existence is much more complex than these definitions, as 
well as with the sertão and the people who live in it, which cannot only be 
associated with drought, violence and string. 
 
 
Keywords: Story; Culture; Sertão; Cangaço; Lampião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 06 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 07 
2.1 O cangaço nas pesquisas acadêmicas brasileiras 07 
2.2 Lampião: uma figura controversa 09 
2.3 A importância das questões sociais para a formação dos alunos modernos 11 
3 METODOLOGIA 15 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 17 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 20 
 REFERÊNCIAS 21 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, é o principal 
e mais famoso cangaceiro do Brasil. Era chamado de "Rei do Cangaço" e foi 
uma figura simbólica em torno do sertão nordestino, tendo sua história moldada 
pela violência e pela injustiça, principalmente tendo os pais assassinados e 
esquecidos, mas que também viveu introduzindo terror e guerra por onde 
passava. 
Pelas suas inúmeras façanhas e polêmicas em várias cidades do 
Nordeste pelas quais passou, esse personagem acaba se confundindo, 
mesclando-se com realidade e ficção. O protagonista de várias tramas às 
vezes é cultuado como bandido, às vezes um herói, isso porque era, de fato, 
uma figura ambígua que às vezes atuava em nome da justiça social e às vezes 
legislava através da violência em causa própria. 
O objetivo geral desta pesquisa é realizar uma análise teórica sobre a 
figura do Lampião e a ambiguidade histórica que se associa a sua passagem e 
a formação do cangaço no sertão nordestino do Brasil. Os objetivos específicos 
se relacionam com a contextualização do cangaço, de Lampião e a da 
importância de trazer essas discussões para as salas de aula do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
O capítulo tem como finalidade apresentar os resultados da pesquisa 
teórica realizada sobre o tema em questão, visando trazer as bases 
bibliográficas sobre o cangaço, a figura de Lampião e a História Local e seus 
impactos no processo de ensino brasileiro. 
 
 
2.1 O cangaço nas pesquisas acadêmicas brasileiras 
 
O cangaço, inicialmente, deve ser definido como uma parte integrante 
extremamente significativa para a história e para a cultura do país. Porém, 
ainda existe muita desinformação, ou até mesmo falta de interesse, nas 
discussões e representações desse espaço e dessas pessoas, sobretudo no 
meio acadêmico. 
Clemente (2007) contribui para a presente discussão pontuando que o 
cangaço não deixa de ser citado e discutido no ambiente acadêmico, porém 
ainda existem diversas lacunas nessas pesquisas que não são preenchidas, 
gerando uma representação extremamente estereotipada do nordeste 
brasileiro, principalmente do sertão, e das pessoas que nele vivem. 
Contribuindo, assim, para a associação do sertão apenas a violência, 
sofrimento, seca e pobreza. 
 A riqueza cultural dessa região é, na verdade, inegável. O sertão foi o 
palco de uma das maiores revoluções da história do Brasil: o cangaço. 
Clemente (2007) define o cangaço como o maior fenômeno de manifestação 
social e cultural da região do nordeste, sobretudo do sertão. Discute-se que 
sua duração pode ter sido significativamente maior, tendo sua origem remetida 
até mesmo ao século XVIII, porém seu auge é associado ao período que 
compreende a 1870 e 1940. 
Para que essa origem seja discutida, torna-se importante pontuar que 
durante o século XVIII a economia da região nordeste do país estava altamente 
ligada à produção do açúcar viabilizada pela mão de obra escrava, 
8 
 
principalmente na parte do Litoral da região e com o objetivo de exportar o 
produto. Os frutos desse processo geraram a expansão das terras utilizadas 
para esse cultivo, bem como da mão de obra necessária, fazendo com que o 
cultivo do açúcar e a mineração passassem a fazer parte do cenário nordestino 
e do sertão (BARROS, 2018). 
Bem como todo o restante do país, as terras que hoje compreendem ao 
sertão foram tomadas do povo nativo ao longo do processo violento de 
colonização do país. A região passou a ser utilizada para a criação de animais, 
principalmente debois, a cultura do charque e para a produção de couro 
(BARROS, 2018). 
Cita-se ainda que a importância do couro não se associa apenas a um 
material de produção e comercialização, mas sim de um dos aspectos mais 
característicos da cultura do sertão, uma vez que era amplamente utilizado 
pelos trabalhadores da região como forma de proteção do sol extremo, da 
vegetação rasteira e até mesmo de insetos e pequenos animais que fazem 
parte do ecossistema da caatinga (BARROS, 2018). 
O começo do século XIX é marcado pelo trabalho dos chamados 
“homens livres”, sobretudo escravos libertos que sem opções de moradia e de 
ocupação, seguiam trabalhando nas fazendas da região em troca, geralmente, 
de alimentação e moradia. Os senhores das terras continuavam ocupando 
suas fazendas e conflitando entre si por poder, maiores extensões de terra, 
meios de produção e parcela de participação no comércio interno e externo. É 
justamente nesse cenário que surgem os grupos que podem ser denominados 
como milicianos que agiam de forma privada em defesa dos interesses desses 
senhores, grupos compostos por jagunços e cangaceiros menos engajados 
(BARROS, 2018). 
Segundo Domingues (2017) essa ocupação estava acima da 
classificação tradicional de um emprego, uma vez que as consequências e os 
benefícios associados à atuação dos cangaceiros faziam com que esse fosse 
um estilo e uma escolha de vida que tendia a acompanhar esses indivíduos ao 
longo de toda a sua vida. Exemplificando essa realidade, coloca-se a forma 
como o cangaceiro que servia ao senhor das terras tornava-se imune as 
9 
 
consequências legais e aplicações de penas públicas por seus atos, mesmo 
que eles fossem atos criminosos. 
Assim, o sertão foi sendo tomada pela violência, impunidade, 
concentração de renda e fome, fatores associados a seca que afetava de 
maneira extremamente grave as populações que viviam nessa região. O 
cangaço, como bem coloca Domingues (2017), tem sua origem associada a 
outro fenômeno social chamado de “banditismo social” que faz referência aos 
diversos grupos independentes que, sem o apoio e proteção dos senhores de 
fazenda, dominavam pequenos pedaços de terra e com suas armas 
sobreviviam por meio de furtos e até mesmo mortes encomendadas. 
Mais tarde, esse processo de independência dos grupos armados de um 
senhor de terra em específico deu origem a um dos maiores marcos da história 
do Brasil: o cangaço. Esse movimento era composto, sobretudo, por todo e 
qualquer indivíduo que tinha dentro de si algum tipo de revolta muito marcante 
frente ao sistema que regia a sociedade da época, geralmente associada aos 
maus tratos, à fome e a violência das quais as pessoas eram vitimadas no 
sertão castigado pela seca (DOMINGUES, 2017). 
 
 
2.2 Lampião: uma figura controversa 
 
Virgulino Ferreira da Silva, popularmente conhecido como Lampião, 
nasceu em 4 de junho de 1898, num sítio localizado em Vila Bela, sertão 
pernambucano. Era filho de uma família de lavradores e criadores. Fora as 
histórias e a representação de Lampião enquanto homem, poucas são as 
informações divulgadas sobre ele enquanto criança e adolescente, apenas a 
forma como era associado a uma pessoa inteligente por uma temporada que 
passou estudando com um primo letrado enquanto ainda era um adolescente 
(GRUNSPAN-JASMIN, 2006). 
Das profissões e ocupações associadas Virgulino ficam o exercício do 
comércio, sobretudo de rapadura e farinha, o vaquejo e até mesmo sua 
atuação como almocreve. Sua imagem é marcada por passagens curtas e 
10 
 
longas em todas as partes do Nordeste brasileiro: Pajeú, Salgueiro, Frei 
Miguelinho, Exu e Nazaré (GRUNSPAN-JASMIN, 2006). 
Entre seus talentos, Virgulino pode ser facilmente associado a um 
artista, uma vez que dominava a poesia, o violino, a sanfona e até mesmo a 
lida com os animais. Porém, a história do nascimento de Lampião é a resposta 
de uma das maiores tragédias que assolaram a vida dele. Essa história 
começa com um desentendimento entre a família de Lampião e a família que 
ocupava um sítio vizinho, chamados Nogueira. Por algumas unidades de gado 
que se desconfiava que haviam sido roubados pela família de Lampião, se 
desenvolveu um grande conflito que resultou no assassinato dos pais de 
Lampião pelas mãos de policiais (GRUNSPAN-JASMIN, 2006). 
Mesmo lutando e locomovendo-se pelo sertão e pelo Nordeste em busca 
de alguma autoridade que pudesse trazer justiça ao assassinato dos pais, 
Virgulino acumulou apenas uma série de humilhações e violências, 
confirmando a ideia de que não existiria nenhum tipo de justiça para uma 
família pobre originaria de um sítio distante. A fúria fez nascer de Virgulino a 
figura de Lampião que viria a ser conhecido nacionalmente (GRUNSPAN-
JASMIN, 2006). 
Virgulino Ferreira tornou-se Lampião após ingressar no banditismo em 
1921. Fazia parte do bando comandado por Sinhô Pereira, um dos cangaceiros 
mais assustadores do Nordeste. Virgulino atirava tão rápido, que iluminava a 
noite num tiroteio, assim recebeu o apelido em referência ao lampião a gás. 
Como integrante da quadrilha Sinhô Pereira, aprendeu a sobreviver no 
Cangaço, a esconder seus rastros, a evitar conflitos com a polícia e a se 
comportar em um ataque. Com a saída de Sinhô Pereira do cangaço, Lampião 
tornou-se o líder do bando em julho de 1922 (BARROS, 2018). 
O método de ação do bando era atacar cidades e propriedades em 
busca de riqueza. A pilhagem, a venda de proteção, o roubo e os sequestros 
eram os principais “negócios” dos cangaceiros. Além desses “negócios”, eram 
considerados a “milícia do coronelismo”; ou seja, serviam aos grandes 
latifundiários denominados coronéis; que detinham na época da República 
velha o poder local. Os cangaceiros tomavam as terras dos inimigos políticos e 
11 
 
vingavam desavenças pessoas que estes coronéis tivessem. A reputação do 
bando gerou um medo generalizado do cangaço que obrigava as pessoas a 
pagar para evitar serem atacadas (BARROS, 2018). 
Com a instauração do Estado Novo em 1937 por Getúlio Vargas, o 
poder local dos coronéis deixa de existir. Desta forma, com a perda da 
proteção dos coronéis, dos grandes fazendeiros, políticos e policiais corruptos, 
a presidência do País determina que os governadores aniquilem os 
cangaceiros. 
A morte de Lampião ocorreu por meio de uma emboscada. Ao chegar 
com o seu bando, em 27 de julho de 1938, na fazenda Angicos localizada em 
Sergipe, foram surpreendidos por um grupo armado que realizou a execução 
de todos. Lampião levou três tiros que o mataram no local, sendo 
posteriormente decapitado e tendo sua cabeça exposta pelas regiões por onde 
ele passava. 
 
 
2.3 A importância das questões sociais para a formação dos alunos 
modernos 
 
Para que a presente discussão seja iniciada, torna-se necessário 
pontuar que é justamente por meio do ensino e da presença da História 
Regional que a formação cultural dos alunos pode ser viabilizada. Como bem 
coloca Bittencourt (2018), segue sendo função das unidades escolares 
realizarem essa ponte de conexão entre o aluno e a cultura, não apenas do seu 
país, mas, sobretudo com a sua região. 
Entretanto, o processo de demonização das ciências humanas que 
seguem ocorrendo no Brasil, motivadas, principalmente, pelo retorno de 
ideologias conservadoras e de posicionamentos anticientíficos vem reduzindo 
tais matérias. A História, Geografia, Sociologia e Filosofia eram obrigatórias na 
grade escolar curricular apenas nas fases correspondentes ao ensino médio. 
Ainda assim, aquela especificação já trazia grandes malefícios para o ensino 
das matérias que compreendem essa área. Isso porque o(a) aluno(a) costuma 
12 
 
chegar ao ensino médio com muitas ideias fixas, ideologias prontas e verdades 
consideradas absolutas por eles. Todas essas ideias derivam de 
conhecimentos, vivências e influências adquiridas durante todos os anos 
anterioresde sua formação, não só acadêmica como também pessoal. 
Porém, por meio da Reforma da Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC), gerando o chamado Novo Ensino Médio, o ensino das humanidades 
tende a ficar ainda mais prejudicados e ameaçados. Isso porque a diretriz mais 
marcante desse novo formato é a “flexibilização do currículo”, ou seja, a 
retirada da obrigatoriedade das matérias de uma determinada área de estudo, 
sendo Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Sociais e 
Humanas, ao passo que apenas as Linguagens e a Matemática seguem sendo 
obrigatórias. O tempo retirado de algumas dessas áreas será revertido em 
ensino técnico, ofertado na unidade escolar e dentro do ensino regular 
SANTOS; MARTINS, 2021). O que, como bem foi supracitado no presente 
trabalho, compreende na completa retomada de um sistema de educação 
declaradamente focado em formar mão de obra qualificada e reduzir a 
capacidade crítica e a autonomia desses(as) alunos(as). 
O educador Freire (2004), discorre sobre a forma como a educação é 
um dos principais pilares sociais. No que se refere aos elementos teóricos que 
precisam ser abordados na construção de uma educação autônoma, Freire 
(2004), pontua, sobretudo: liberdade, autoridade, autoconhecimento, 
amadurecimento e pensamento crítico. Apenas com a união desses fatores, 
sendo as mesmas pautas constantes na formação acadêmica e pessoal 
dos(as) estudantes, seria possível formar um(a) cidadão(ã) capaz de ser o(a) 
principal autor(a) de seu conhecimento e da sua educação. 
Logo, é possível que haja a compreensão da forma como ensinamentos 
tão necessários e complexos, como o ensino da História Regional, ficam 
extremamente afetados e ameaçados. Siqueira (2012) pontua que a História 
Regional compreende em uma das vertentes da história que visa colocar a 
região em que a unidade escolar e o aluno em questão estão inseridos como 
objeto principal dos estudos realizados. 
13 
 
Associando essas considerações com o tema em questão é impossível 
não citar a amplitude e riqueza da cultura nordestina, na qual está inserida a 
figura de Lampião, como uma fonte rica de conhecimento sobre as origens e a 
formação do Brasil como um todo. Coloca-se ainda que o ensino da História 
Regional possibilita o conhecimento amplificado do aluno com o espaço físico e 
cultural no qual vive, de modo que possa realizar reflexões críticas sobre a 
cultura e a regionalidade de outros espaços nacionais e internacionais. Dessa 
forma, pontua-se que a História Regional contribui para a ampliação do olhar 
histórico-social dos alunos, bem como compõem o senso crítico que um 
sistema de ensino emancipador visa desenvolver em seus alunos (SIQUEIRA, 
2012). 
Em suas análises Gusmão (2015) alega que a consolidação das 
ideologias capitalistas moldou a educação para que ela se tornasse o que é 
hoje, visando formar jovens para o mercado de trabalho e para cumprirem suas 
funções econômicas e políticas como cidadãos do sistema. Seguindo essa 
diretriz a escola se tornou um ambiente que preza pela objetividade e pela 
adoção de sistemas metódicos, o aluno assiste à aula, resolve exercícios, 
assiste a correção dos mesmos, estuda o conteúdo passado, realiza a prova e 
assim vai avançando de série. 
Essas metodologias de ensino padronizadas causam uma sensação 
extremamente limitadora para os alunos que são submetidos a elas. As 
matérias lecionadas nas salas de aula são tratadas de maneira extremamente 
distante e poucas vezes fazem alusão à realidade real e ao cotidiano desses 
alunos. Como sendo a última matéria das ciências humanas, a sociologia 
chega às escolas na década de 90 e se alia as demais matérias do currículo na 
difícil função de distanciar o aluno do conhecimento geral e fazer com que ele 
passe a prestar atenção na sociedade em que está inserido e nos processos 
derivados da relação entre os homens e essa sociedade. 
Todas as matérias que compreendem as Ciências Humanas são 
fundamentais para a formação do aluno, principalmente em um contexto 
moderno. Isso se dá devido ao fato de que todo e qualquer tipo de educação é 
de natureza política por se tratar de um processo social. Apesar de parecer 
14 
 
mais distante, essa lógica também se aplica a matérias pertencentes à área de 
linguagens e até mesmo das ciências exatas. 
Muitos estudiosos acreditam que a população não estava pronta para 
todas as mudanças proporcionadas pela Constituição da República de 1988 e 
que vivemos até hoje em um processo democrático e não em uma democracia, 
como o senso comum prega. 
A ausência de conhecimentos políticos e econômicos fez com que uma 
boa parte da população não compreendesse de fato o que mudaria, de forma 
prática, e como fazer bom uso dessas mudanças no cotidiano. 
Isso porque, a função das ciências humanas como um todo e do seu 
ensino em sala de aula, é fazer com que os alunos se tornem capazes de 
realizar análises críticas sobre a realidade em que vivem, a classe social em 
que se encontram e o papel dessa dentro do modelo econômico em que 
vivemos: o capitalismo. Esse aluno, durante os três anos do ensino médio, 
deve se tornar capaz de questionar tudo e todos, por saber que essas relações 
sociais mudam conforme a ótica que a observamos (CARVALHO, 2004). 
Para Moraes (2004), os ideais lançados através da Constituição de 1988 
estão diretamente relacionados à educação, ao desenvolvimento pessoal, a 
cidadania e ao trabalho. Os modelos de educação existentes naquela época 
não contemplavam nenhuma dessas competências, sendo passado apenas os 
ensinamentos de natureza acadêmica e noções disciplinares. 
Segundo Sarandy (2004), a educação pode ser considerada então, uma 
das primeiras instituições sociais que passaram por uma grande reforma 
estrutural e ideológica. Agora, era preciso ensinar os alunos a lidarem com sua 
liberdade, seus corpos e suas ideias. Nesse ambiente as matérias que 
compõem as ciências humanas são colocadas em papel de destaque como 
ferramentas amplificadoras do ensino nacional, sempre abordando assuntos 
relacionados às interações entre os homens e a sociedade. 
A escola tem como função, então, ensinar o aluno a conhecer, conviver, 
fazer e, por fim, a ser. Muitos dos conteúdos abordados durante o ensino da 
dessas matérias discutem sobre todos esses pilares ao lado dos contextos 
históricos nacionais e a sua influência nas relações sociais que se formam e se 
15 
 
alteram. O olhar crítico é adquirido dessa forma, através do estudo da função 
política, economia e social dos homens perante o ambiente em que estão 
inseridos. 
 
 
3 METODOLOGIA 
 
A etimologia da palavra “metodologia” está associada ao conceito de 
“método”. Ou seja, por definição podemos colocar que a metodologia é o 
caminho utilizado para se concluir o objetivo de pesquisa, dentro do contexto 
acadêmico. Sendo variados os tipos de metodologia, a utilizada no presente 
trabalho é descritiva e qualitativa. 
A metodologia dos estudos acadêmicos deve ser selecionada de acordo 
com o tipo, os objetivos e os materiais que serão utilizados pelos autores. 
Análises empíricas e qualitativas, ou seja, que realizam análises de objetos de 
estudo deve compreender em uma metodologia de identificação, organização e 
utilização dos dados coletados para a pesquisa, sempre analisando as 
amostras, variáveis e hipóteses do estudo. 
Rodrigues (2007, p. 07) coloca que: 
Seu objetivo é a caracterização inicial do problema, sua classificação 
e de sua definição. Constitui o primeiro estágio de toda pesquisa 
científica. É a observação dos fatos tal como ocorrem. Não permite 
isolar e controlar as variáveis, mas perceber e estudar as relações 
estabelecidas. 
Levando em consideração o caráter exploratório do estudo que aqui se 
apresenta, a metodologia de pesquisa utilizada pode ser considerada alinhada 
aos objetivos de pesquisa e aos materiais utilizadospara viabilizar está 
produção acadêmica. 
A tipologia textual utilizada para a realização desta produção é descritiva 
e visa realizar a explicação e exemplificação dos temas em questão. Como 
bem coloca Godoy (1995), a pesquisa qualitativa deve atender a alguns 
critérios para que seja corretamente categorizada. Por exemplo, deve ser 
16 
 
primordialmente, descritiva. Isso é, deve descrever os fatos e aspectos 
conceituais envolvidos no tema da pesquisa. 
Os locais de busca utilizados para a elaboração do presente trabalho 
foram: plataformas como Google Acadêmico e Scientific Electronic Library 
Online (SCIELO), nos idiomas português e inglês. Os critérios de inclusão se 
relacionavam com o período em que o artigo ou o livro foi publicado, não 
podendo ser superior a dez anos, os idiomas supracitados e a relação direta 
com o tema e seus conceitos. 
Foram excluídos dos referenciais bibliográficos aqueles artigos que não 
sejam academicamente reconhecidos, produzidos e publicados fora do período 
mencionado ou que estejam em outro idioma além dos supracitados. Os dados 
recolhidos através das pesquisas bibliográficas realizadas nas plataformas de 
artigos acadêmicos foram criteriosamente analisados e compreendidos para 
que fosse viabilizada a produção do presente trabalho. 
A partir da busca geral realizada com base nos critérios selecionados, 
foram encontrados 87 artigos no total. Seguindo como critério de exclusão 
artigos que não eram da língua portuguesa ou inglesa restaram 42 publicações. 
Foram incluídos apenas os artigos com texto integral disponível em português, 
mesmo que na qualidade de traduções. Logo após essa segunda triagem 
baseada nos critérios de exclusão, utilizando com base nesse método os 
artigos que estavam em outras línguas, além de refinar a busca retirando as 
resenhas, monografias e TCCs restando 21 publicações. 
Ao final da triagem baseada na presença dos descritores em busca de 
especificar melhor a pesquisa, restaram 13 artigos que contemplavam os 
critérios de inclusão com o refinamento das buscas através das palavras: 
“cangaço”, “lampião”, “representação”, “história”. Desses, foi realizada a leitura 
e releitura e assim avaliada a relevância dos artigos no âmbito da pesquisa, 
restando 08 artigos. Continuando a busca foram ainda excluídas todas as 
repetições de publicações, assim como para facilitar a leitura e o entendimento 
dos artigos selecionados. Também temas que não se encaixavam com o 
objetivo da revisão, tratando de assuntos diversos como abordagens gerais na 
17 
 
condução das aulas na educação infantil, entre outros, levando ao final de seis 
artigos. 
 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Como supracitado, os dados bibliográficos coletados resultaram na 
seleção de nove artigos que podem ser categorizados como adequados para 
contribuir para o tema da pesquisa aqui proposta. Esses artigos foram 
apresentados na tabela abaixo, especificando o título, os autores, ano de 
publicação, fonte e os resultados obtidos. 
 
AUTORES E ANO TÍTULO FONTE RESULTADOS 
 
OLIVEIRA, Arusha 
Kelly Carvalho de; 
LIMA, Stélio Torquato, 
2018. 
Literatura X História: 
o Homem Lampião 
na mitologia do 
cordel. 
SCIELO 
O cangaço torna-se, assim, elemento de 
resistência, ainda que marcada pela 
ausência de reflexão mais profunda e 
refinada da parte dos que a ele aderem 
ou manifestam simpatia; nega-se a partir 
de um sentimento difuso de injustiça, de 
descaso, de falta de perspectivas, ou 
mesmo de indistinção, de incapacidade 
em reconhecer quem é verdadeiramente 
o mocinho ou o vilão em uma situação em 
que o terror e a opressão constituem os 
únicos meios de administração dos 
conflitos, seja da parte dos poderes 
legalmente constituídos, seja por parte 
dos que se põe à margem da lei. 
CUNHA, Angelita 
Gomes Fontenele 
Rodrigues da; LEITE, 
João de Deus, 2020. 
Representações de 
Lampião na 
literatura de cordel 
sob uma 
perspectiva 
discursiva. 
Google 
Acadêmico 
As representações apontam para um 
Lampião bem aceito em seu contexto 
nordestino, mas rejeitado tanto no céu 
quanto no inferno graças às suas ações 
de bandido, embora numa construção 
justificada frente às injustiças que lhe 
tornaram forte, fizeram-no herói. 
CRUZ, Angely Costa, 
2021. 
A coluna Prestes, 
Padre Cícero e o 
Capitão Virgulíno. 
Google 
Acadêmico 
Como bandido odiado, ou herói idolatrado 
Lampião escreveu sua história, e parte da 
história do povo nordestino, com suas 
mazelas e violência. E isso não se apaga. 
A trajetória do cangaceiro Lampião e seu 
bando compõe o mosaico histórico e 
cultural do Nordeste, e assim, 
permanecerá no imaginário popular. 
VIEIRA, Francisco 
Jacson Martins, 2012. 
A mitificação das 
figuras 
emblemáticas de 
Padre Cíciero e 
Google 
Acadêmico 
O fato é que os mitos nordestinos 
tornaram-se mais presentes na cultura 
popular a partir do momento em que o 
poeta de cordel os glorificou em suas 
18 
 
Lampião através da 
literatura de cordel. 
linhas temáticas. Para melhor entender 
este aspecto, neste estudo abordaremos 
dois personagens nordestinos que até os 
dias atuais são tidos como herói e santo 
pelo povo brasileiro. 
SOUSA, Thays Barros 
de, 2012. 
Cangaço na figura 
de Lampião: a 
imagem de um 
cangaceiro 
memorizada nos 
folhetos de cordel. 
Google 
Acadêmico 
O cangaceiro Lampião ocupa lugar 
privilegiado nos discursos presentes na 
literatura de Cordel. Nos versos escritos 
entre 1926 e 2001 sua imagem é 
apresentada em sua ambiguidade: ora 
como herói e justiceiro, ora como bandido 
sanguinário. 
SARMENTO, 
Guerhansberger 
Tayllow Augusto, 2019. 
Virgulino 
cartografado: 
relações de poder e 
territorializações do 
cangaceiro Lampião 
(1920-1928). 
Google 
Acadêmico 
Aqui o espaço do cangaço lampiônico 
não é entendido como dado e 
preestabelecido, mas como resultado dos 
jogos de poder e das múltiplas relações 
que esse cangaceiro agenciou com 
sujeitos de destaque da política sertaneja 
dentro do contexto da chamada Primeira 
República. O território é aqui percebido 
em sua dimensão processual, 
possibilitando interpretar as ações de 
Lampião como produtoras de múltiplos 
territórios, que ganharam configurações 
espaciais diversas, como: territórios em 
rede, territórios em zona ou territórios em 
movimento. 
QUADRO 1 – Tabela de resultados 
FONTE: Próprio autor (2021) 
 
Oliveira e Lima (2018) contribuem para a presente discussão pontuando 
para a forma como, apesar das atitudes e ações criminosas e controversas de 
Lampião, sua figura tem um papel fundamental na difusão da vida levada e nos 
meios de sobrevivência em meio a seca, a violência e o desamparo por parte 
do Estado no sertão nordestino. A literatura de cordel e a cultura nordestina, 
extremamente rica e importante para a compreensão da História do Brasil, 
tiveram Lampião como um personagem marcante, ultrapassando até mesmo 
as limitações geográficas do Brasil. 
Nessa mesma linha de argumentação CUNHA, e Leite (2020) discorrem 
sobre como existem inverdades no discurso que acusa a literatura de cordel e 
a cultura nordestina como um todo associam a imagem de Lampião apenas 
com a figura de um herói. Uma vez que diversas passagens, inclusive de 
cordel, evidenciam experiências extremamente negativas e violentas que 
famílias e moradores da região por onde ele passou narradas justamente por 
19 
 
esses moradores, nordestinos e conhecedores da lenda que se tornou o 
cangaço. 
Cruz (2021) é o responsável por uma pesquisa documental acerca de 
um dos maiores eventos históricos que marcam o século XX: a Coluna Prestes 
que é, inclusive, responsável pela narrativa que descreve o momento em que 
duas das maiores figuras culturais da história do sertão nordestino se 
encontram, Padre Cícero e Lampião. É justamente nesse cenário que se 
discute a ambiguidade de Lampião, um herói que alimentava os pobres ao tirar 
dos ricos ou um criminoso que havia enlouquecidoapós amargar na injustiça 
que tirou a vida de seus pais. 
Para Vieira (2012) é preciso que haja a compreensão de que a literatura 
de cordel, enquanto movimento literário e manifestação cultural que se 
relaciona com um estilo de escrita que necessita de narrativas onde existam a 
figura de um vilão e de um herói, bem como de um contexto específico e de 
uma história que evidencie as mazelas sofridas pelo povo e como a resistência 
e a fé auxiliam essas pessoas a sobreviverem. Sendo essa a maior motivação 
para o heroísmo associado à figura de Lampião e a extensa difusão de sua 
história e de suas ações. Lampião, junto com o cangaço, são figuras 
eternizadas na literatura de cordel, na cultura nordestina e são importantes 
pilares na História do Brasil e sua construção (SOUSA, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Assim, o cangaço torna-se um elemento de resistência, embora se 
caracterize por quem insiste ou expressa simpatia sem uma reflexão mais 
profunda e detalhada, nega que tenha sentimentos universais de injustiça, 
abandono, imprevidência e até imprecisão. 
Caso o terror e a opressão sejam os únicos meios de gestão de 
conflitos, é impossível identificar quem é o verdadeiro herói ou o vilão, se é um 
poder estabelecido por lei ou um poder fora da lei. 
A motivação para a ambiguidade da figura de Lampião e toda sua 
popularização se associa com a sua história e sua origem. Até pelo que se tem 
como confirmado, enquanto Virgulino, Lampião foi um bom filho, trabalhador e 
se aprimorou em diversas habilidades artísticas. Mas, a injustiça e a violência 
contribuíram para o desenvolvimento de um homem motivado pelo ódio, pela 
vingança e exercendo sua natureza acentuada de liderança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
BARROS, Luitgarde Oliveira Cavalcanti. A Derradeira Gesta: Lampião e 
Nazarenos Guerreando no Sertão (3ª. edição). Mauad Editora Ltda, 2018. 
 
BARROS, Luitgarde Oliveira Cavalcanti. Cangaço–violência no sertão do 
Nordeste. Ponta de Lança: revista eletrônica de história, memória & cultura, v. 
12, n. 22, p. 62-77, 2018. 
 
BITTENCOURT, Circe Fernandes. Reflexões sobre o ensino de História. 
Estudos Avançados, v. 32, p. 127-149, 2018. 
CLEMENTE, Marcos Edílson de Araújo. CANGAÇO E CANGACEIROS. Fênix-
Revista De História E Estudos Culturais, v. 4, n. 4, p. 1-18, 2007. 
 
CRUZ, Angely Costa. A coluna Prestes, Padre Cícero e o Capitão Virgulino. 
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 6, p. 
333-338, 2021. 
 
CUNHA, Angelita Gomes Fontenele Rodrigues da; LEITE, João de Deus. 
Representações de Lampião na literatura de cordel sob uma perspectiva 
discursiva. Revista Philologus, Ano 26, n. 78 Supl. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 
set./dez.2020. 
 
DE SOUSA SIQUEIRA, Francisca Jacira Freire; DE OLIVEIRA CARDOSO, 
Evaldo Carlos; CÉSAR, Ana Cristina Gobbo. O ensino de história local e do 
Brasil na construção da cidadania. Revista Ciências Humanas, v. 5, n. 1 e 2, 
2012. 
 
DOMINGUES, Petrônio. O “Corisco Preto”: cangaço, raça e banditismo no 
Nordeste brasileiro. Revista de História (São Paulo), 2017. 
 
22 
 
GRUNSPAN-JASMIN, Elise. Lampião, senhor do sertão: vidas e mortes de um 
cangaceiro. Edusp, 2006. 
 
OLIVEIRA, Arusha Kelly Carvalho de; LIMA, Stélio Torquato. Literatura X 
História: o homem Lampião na mitologia do cordel. VI Congresso Nacional de 
Educação. Universidade Federal do Ceará - UFC, 2018. 
 
SANTOS, Franciele Soares dos; MARTINS, Suely Aparecida. Novo Ensino 
Médio: consequências e perspectivas para a formação dos jovens. Revista 
Pedagógica, v. 23, p. 1-27, 2021. 
 
SARMENTO, Guerhansberger Tayllow Augusto. Virgulino cartografado: 
relações de poder e territorializações do cangaceiro Lampião (1920-1928). 
2019. 190f. Dissertação (Mestrado em História) - Centro de Ciências Humanas, 
Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019. 
 
SOUSA, Thays Barros de. O Cangaço na figura de Lampião: a imagem de um 
cangaceiro memorizada nos folhetos de cordel. 2012. 70f. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em História) - Centro de Formação de 
Professores, Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras, Paraíba, 
Brasil, 2012. 
 
VIEIRA, Francisco Jacson Martins. A mitificação das figuras emblemáticas de 
Padre Cíciero e Lampião através da literatura de cordel. 2012. 170f. – 
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-
graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2012.

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