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PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO - PPG COORDENAÇÃO DE 
PÓS-GRADUAÇÃO - CPG PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - 
PPGHIST SELEÇÃO MESTRADO E DOUTORADO PROFISSIONAL – 2021 
 
WALDIMIR RODRIGUES DOS SANTOS JÚNIOR 
 
 
 
 
A PUNGA NA SALA DE AULA: UMA MEMÓRIA AFRO-BRASILEIRA NO 
CURRÍCULO DE HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARRA DO CORDA/MA 
2021 
WALDIMIR RODRIGUES DOS SANTOS JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A PUNGA NA SALA DE AULA: UMA MEMÓRIA AFRO-BRASILEIRA NO 
CURRÍCULO DE HISTÓRIA 
Projeto de pesquisa apresentado ao Programa em 
Pós-Graduação em História da Universidade 
Estadual do Maranhão - UEMA, para realização 
de Dissertação de Mestrado Profissional. 
Linha de pesquisa: “Memórias e Saberes 
Históricos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BARRA DO CORDA 
2021 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 3 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 7 
3 OBJETIVOS .................................................................................................................... 13 
3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................. 13 
3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................... 14 
4 DESCRIÇÃO DO PRODUTO EDUCACIONAL ....................................................... 14 
5 METODOLOGIA .......................................................................................................... 16 
6 CRONOGRAMA ........................................................................................................... 18 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 19 
 
3 
 
 
1 JUSTIFICATIVA 
O Brasil foi o último país no mundo a abolir a escravatura. Do final do século XIX aos 
dias de hoje, as heranças da luta pela liberdade oriunda da antiga mão de obra da diáspora 
africana, desencadeou no interior mais profundo da sociedade brasileira, a discriminação e o 
preconceito racial, latente nas camadas das relações de cotidiano e nos desdobramentos 
“civilizatórios” nacionalistas. Fatos que revelam a exclusão socioeconômica, a recusa de 
inúmeras instâncias ao direito a cidadania e a circulação nos espaços privilegiados 
frequentados por uma maioria branca hegemônica, tem posto o elemento étnico 
afrodescendente no andar de baixo a no máximo numa posição intermediária na pirâmide 
social. Os prejuízos e desafios são enormes a esses povos. Um dos principais nesse processo 
destinatário, é o julgamento pela cor da pele, os estereótipos a uma parte de suas raízes 
culturais ancestrais e todo um arcabouço de adjetivos com forte teor de ódio classista, 
minimizando seu protagonismo na construção e formação da extinta colônia portuguesa na 
América. 
Segundo Brookshaw (1983), engendrar um aspecto descomunal do negro foi um dos 
ensejos utilizados para marginalizá-los e para fazê-lo assexuado, assim como, forjou em torno 
da mulher branca a imagem da docilidade, da pureza e da abnegação ao sexo. A construção de 
atributos culturais no funcionamento de significado para indivíduos ratifica a formação de 
identidades como matéria-prima proporcionada pela história, geografia, biologia, instituições 
produtivas e reprodutivas, pela memória coletiva e por fantasias pessoais, pelo aparato de 
poder e revelações de cunho religioso. (CASTELLS, 2002). Nesse sentido, a narrativa e o 
enredo, marca a dominação da elite escravocrata em relação ao negro, porém este interage 
num ambiente estruturado para manter a soberania dos senhores e consegue imprimir suas 
marcas, principalmente, as culto-religiosas. (SOUSA, 2015, p. 35). Nesse ponto de vista, de 
acordo com (PARÉS, 2007), o “complexo fortuna-infortúnio”, é uma reconstrução, 
reinvenção ou reinstitucionaliação das religiões africanas no Brasil, que ocorreu não apenas 
como uma forma coletiva de resistência cultural, mas em primeira instância, como uma 
necessidade para enfrentar o infortúnio ou os “tempos de experiência difícil”, dos quais a 
escravidão é sem dúvida um dos casos mais extremos. 
Buscando conhecer os fundamentos desse modelo atual, no qual a negritude está 
inserida, a história do lugar como objeto de estudo, logra impreterivelmente delineamentos 
temporais espaciais. Não concerne desse modo, de proporem conteúdos escolares da história 
4 
 
local, de entendê-los apenas na história do presente ou de decretado passado, mas de 
esquadrinhar identificar a dinâmica do recinto, as transformações do espaço, e articular esse 
processo às relações externas, a outros lugares (BITTENCOURT, 2009). 
 
O nosso desconhecimento sobre a história e acultura dos africanos e dos seus 
descendentes no Brasil e nas Américas pode fazer muitas vezes com que optemos 
por utilizar esquemas simplificados de explicação para um fenômeno tão complexo 
quanto a construção do racismo entre nós. O racismo é um fenômeno que influiu e 
influi nas mentalidades, num modo de agir e de se ver o mundo. E as diferentes 
sociedades interagiram com ele de diversas maneiras – o Brasil não tem a mesma 
história de relações raciais que os Estados Unidos, para usar um exemplo clássico. 
No entanto, durante muito tempo se defendeu a idéia de que aqui não haveria 
discriminação e, ainda, que o que separava as pessoas era “apenas” sua condição 
social. Hoje, não só vemos pelos dados da demografia da pobreza brasileira que ela 
tem uma inequívoca marca da cor, como sabemos que um olhar mais atento à 
história e à vida dos afro-descendentes no país revela a nossa convivência 
permanente com o preconceito e seus efeitos perversos. Mas para podermos 
enxergar isso, tivemos que ouvir relatos, ver dados e entender como foi essa história. 
Só assim pudemos desnaturalizar as desigualdades e ver a face hostil do nosso 
“racismo envergonhado”. O que isto quer dizer? Que devemos nos dedicar ao tema: 
estudar, ler nos informar, sempre e mais. Afinal, o que está em jogo é bem mais que 
a nossa competência profissional, é o nosso compromisso com um país mais justo e 
com um mundo melhor para todos e todas. (LIMA, 2006, p. 76). 
 
Comitantemente a esse cenário se insere o Maranhão, uma tradicional província, 
atualmente, Estado Federativo, resistente aos grupos dominantes, com grande ênfase na 
história regional, o movimento nativista da Balaiada. Revolta essa, que colocou em destaque 
no mapa geopolítico brasileiro, os atores tidos como “minoritários” explorados pela elite 
latifundiária do Norte maranhense entre 1838 a 1841 . Ou seja, Negro Cosme, como 
significativo símbolo da Insurreição e líder quilombola, gerou uma narrativa historiográfica 
inspiratória as gerações posteriores na defesa de seus ideais em busca de um sonho renegado 
desde os navios tumbeiros e a instalação da senzala. Sua memória se faz valer, pois, no campo 
estatístico demográfico, o Maranhão possui o terceiro maior número de habitantes 
autoproclamados negros de acordo com senso do IBGE (2010) e como menciona Nascimento, 
(2001, p. 56), “O Maranhão é o estado do Brasil que conserva mais originais as manifestações 
de influência africana”. 
Partindo dessa perspectiva, observamos dois eixos de penetração ao território do 
Maranhão. O primeiro, mais clássico ao olhar do historiador, a compreensão da ocupação das 
possessões fundiárias via marítima, na costa do oceano Atlântico, daí por diante, seguindo seu 
direcionamento floresta adentro. A segunda, com acesso via Pastos Bons atravessando o Rio 
Parnaíba, em direção ao centro-sul na localização de entrepostos distintos aos quais as 
correntes migratórias se caracterizaram culturalmenteno traçado fronteiriço, numa mega área 
5 
 
com influência da ilha de São Luís e a outra subsequente com laços enraizados pelos 
sertanistas do couro. Notabilizando-se com um perfil de nascidos no Brasil, vindos de uma 
leva em conexão a exemplo de fazendeiros e jagunços do extremo nordeste e bandeirantes de 
São Paulo (CABRAL, 1992). 
Situada as margens do Rio Mearim e de seu afluente, o Rio Corda, a cidade de Barra 
do Corda, é o retrato falado radiográfico da consequente missão de desbravadores e 
pecuaristas que atravessaram a rota dos “caminhos do gado” para se fixar nessa faixa de terra, 
como numa espécie de neocolonialismo a moda da casa. Conquistaram os silvícolas e 
acrescentaram o hibridismo cultural na localidade como chave para o sedentarismo 
sociológico evolutivo as comunidades instaladas, formadas por aborígenes, descendentes de 
escravos, mestiços e crioulos. Nesse sentido, 
No caminho da expansão territorial, do devassamento ou da conquista, o primeiro 
passo, como frisamos, foi quebrar a resistência oferecida pelos índios, dominá-los. 
Para tal, os instrumentos utilizados, foram as expedições punitivas, ou guerras 
justas, as tropas de resgate, a ação dos sertanistas, as expedições de reconhecimento, 
todos exercidos com requintes de violência, embora, muitas vezes, como no caso da 
ação de alguns sertanistas, a violência não se apresentasse de forma explicita. 
(CABRAL, 1992, p. 62). 
 
Dado tais premissas, o elo de ligação cosmopolita da chamada “Princesa do Sertão”, 
os munícipes barra-cordenses, legaram em certa medida, traços laborais nortistas, mas 
fundamentalmente sulistas, levando em conta as nuances de povos primitivos afro-indígenas e 
colonizadores externos e internos. Mais tarde, isso vai desencadear numa ruptura do desenho 
generalizado dos choques das crenças e costumes de ambos, a partir da aprovação da Lei 
Áurea, essa extinguido a exploração escravocrata, e o estado laico vigente no início da 
República com a promulgação da Constituição de 1891, deu amparo à liberdade de culto e a 
ausência de um credo de fé oficial, como tinha ocorrido desde a primeira missa realizada 
neste solo em meados do século XVI. Entretanto, o que deveria ser positivo a unificação 
democrática de tradicionalismos e o seu sincretismo, valorizando o patrimônio cultural 
imaterial, mais especificamente, gerou o “Massacre de Alto Alegre” e o ofuscamento das 
religiões, rituais artísticos e folclóricos de matrizes africanas nos limites geográficos da 
microrregião. Nos parâmetros desse aspecto: 
O que interessa ao poder opressor é enfraquecer as oprimidos mais do que já estão, 
ilhando-os, criando e aprofundando cisões entre eles, através de uma gama variada 
de métodos e processos. Desde os métodos repressivos da burocracia estatal, à sua 
disposição, até as formas de ação cultural por meio das quais manejam as massas 
populares, dando-lhes a impressão de que as ajudam. (FREIRE, 1987, p.104). 
 
6 
 
Sabemos que, muito embora, autoridades ao longo de séculos, também passou do 
estágio de condenação a essas manifestações, criminalizando-as inclusive, mas anos mais 
tarde, se utilizaram da capoeira, Bumba-Meu-Boi, Tambor de Crioula, Tambor de Mina, entre 
outros, para se promover no populismo midiático, mais recentemente, ou esconder algo do 
governo da opinião pública como ocorreu na Roma Antiga com os espetáculos das lutas de 
gladiadores na arena do anfiteatro, entretendo as massas com a tática da política do “pão e 
circo”. Todavia, segundo Freire (1987, p. 111), “O líder populista, que emerge neste processo, 
é também um ser ambíguo. Precisamente porque fica entre as massas e as oligarquias 
dominantes, ele é como se fosse um ser anfíbio. Vive na “terra” e na “água”. Seu estar entre 
oligarquias dominadoras e massas lhe deixa marcas das duas”. 
A presença dos povos marginalizados nos mais diversos rincões do Oiapoque ao Chuí 
pelo sistema dirigente deslocou suas populações para os morros, cortiços, favelas, palafitas, 
terreiros, quilombos e até para abrigos debaixo de viadutos. O que, mesmo com a injúria 
psicológica e as desigualdades sociais, não roubou dos moradores periféricos a alegria de 
viver. Felicidade essa, que se transformou em arte. As vozes dos guetos abalaram as estruturas 
de poder. Surgiu à paixão pelo futebol, samba, carnaval, frevo, roda de pagode, funk e outros 
ritmos e performances. É nesse embalo, que o presente trabalho acadêmico, tem como pauta 
central, a linha de pesquisa “Memórias e Saberes Históricos”, no intuito de abordar a 
importância das festividades celebradas em homenagem a São Sebastião entre 1º a 13 de 
Maio onde passou a obter mais evidência a partir de 1989 na cidade de Barra Corda – MA 
com a apresentação da Punga, uma variante do Tambor de Crioula com coreografias e 
batuques instrumentais, cheio de harmonias e encantos. Segundo Braga (2011), em uma época 
em que não havia grande oferta de folguedos, por volta de 1948, criada por Othon Mororó 
Milhomem e idealizada por Palmério Branco e Ranulfo, com experiências vivenciadas em 
Codó e Coroatá, a Punga veio despertar a alegria de todos com a irreverencia típica da dança. 
No calendário oficial de Barra do Corda, o evento da Punga, mesmo com certos 
paradigmas remetidos ao seu espetáculo folclórico, pareceres de segregação de setores da 
sociedade barra-cordense desde meados de 1946 dos primórdios de sua existência no 
município, a instituição cristã da Igreja Católica, de acordo com (SILVA, 2014), não se 
registrou interferência nas manifestações do folguedo na cidade. Dessa forma, o próprio 
historiador André Brasil da silva, relata, o folguedo foi constituído em sua essência 
majoritariamente de um caráter profano, não havendo a imagem de nenhum santo, e muito 
menos, constatado alguma possessão de espírito ou divindades por parte dos brincantes 
7 
 
(SILVA, 2014). O que vem realçar o posicionamento da historiadora Meridalva Gonçalves de 
Sousa sobre a implacável e cruel dureza da vida do negro na sociedade, quando diz: 
 
O tambor, na narrativa, é utilizado para marcar uma representatividade de vários 
momentos da vida do negro: o sofrimento é marcado pelo suor do tambor bem 
longe, sendo ouvido muito distante, indicando uma descaracterização da ambiência 
africana, já o soar perto ou de forma frenética, representa uma proximidade com a 
África, fonte de solidez espiritual do negro. (SOUSA, 2015, p. 45). 
 
Após elucidarmos a narrativa proposta, o referido projeto interdisciplinar, tem como 
meta, desenvolvê-lo em sala de aula com estudantes do Ensino Médio do C. E. Arlindo 
Ferreira de Lucena, localizado na mesmo ambiente limítrofe da cidade. Dessa maneira, serão 
utilizados mecanismos auxiliares como metodologia em história oral, amparado também na 
Lei 10.639/2003 e na discussão crítica de princípios expostos na BNCC, Base Nacional 
Comum Curricular, no engajamento da práxis educacional compenetrado no processo de 
ensino aprendizagem para a obtenção da coleta de resultados de combate à quebra de 
paradigmas xenófobos e discriminatórios a linhagem de origem africana. 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
Os entraves a serem elucidados na elaboração de um plano capaz de exercer qualidade 
na orientação docente e percepção consciente dos discentes em sala de aula e na 
contemplação da estrutura física da instituição escola estão ao mesmo tempo próximo e 
distante de um resultado satisfatório no direcionamento ao cumprimento da grade curricular 
acrescentando os estudos da identidade cultural africana e dos povos afro-brasileiros. Primeiro 
porque existem debates e aprovação legislativa para tal, segundo porque não são utópicos 
determinados empecilhos que impedem o funcionamento do conteúdo já discutido e 
determinado. Veja o que ocorre, por exemplo, com os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCNs 1998) para a área de História, (...) evidenciam os compromissos e as atitudes deindivíduos, de grupos e de povos na construção e na reconstrução das sociedades, 
programando estudos das questões locais, regionais, nacionais e mundiais, das diferenças e 
semelhanças entre culturas, das mudanças e permanências no modo de viver, de pensar, de 
fazer e das heranças legadas por gerações. Linha de pensamento inversa no que exprime o 
historiador Valdemir Zamparoni (1995), ao verificar que, quem observa para os currículos 
escolares, do ensino fundamental ao ensino superior, salvo raras exceções, não enxerga a 
8 
 
presença negra, senão restrita a algumas lamúrias nas poucas páginas dedicadas à escravatura. 
Nossos currículos, no entanto, enumera, são eurocêntricos. 
Outra guia complementar foi à divulgação das "Diretrizes curriculares nacionais para a 
educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e 
africana" (2004) que alavancou aos historiadores, professores e pesquisadores, novos 
desafios. Questões de inúmeras oportunidades levantadas por profissionais da ciência 
histórica e por sujeitos sociais ligados aos movimentos negros salientaram como a 
continuidade das desigualdades raciais após a abolição da escravidão, tornaram-se, com essa 
oportunidade, motivo e incentivo para a implantação de uma política educacional. 
Objetivando a educação e à transformação das relações étnico-raciais, e criando pedagogias 
de combate ao racismo e às discriminações, o caminho escolhido pelas normas estabelecidas, 
foi à valorização da história e cultura dos afro-brasileiros (Brasil, 2004: 9). 
Todavia, políticas afirmativas que gerou grande impacto, foi a Lei 10.639/2003, que 
além do ensino de história, estabeleceu uma transversalidade curricular, arcando funções para 
as disciplinas de Arte e Literatura. Seus princípios foram pautados da seguinte maneira: 
 
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e 
particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. 
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo 
da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra 
brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do 
povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. 
 
 
Segundo Branco (2018), o ensino médio tende ao reducionismo, que não haverá 
formação integral humana aos jovens na educação básica, acarretando numa formação 
deficitária e alienante com viés para o trabalho produtivo. A BNCC (Base Nacional Comum 
Curricular) tem um agravante que contrasta com as normativas anteriores e preocupa a 
resolução da Reforma do Ensino Médio por parte dos cientistas humanistas e sociais. Um 
bom exemplo disso é o que ressalva Jeferson Dantas (2018, p. 111), os componentes 
curriculares de História e Geografia podem perder força analítica, principalmente nessa Era 
em que a memória social está tão vilipendiada com ações políticas retrógradas e o avanço 
nefasto do movimento “Escola sem Partido” (Movimento de caráter conservador que defende 
a neutralidade da Educação formal). À vista disso, a disciplina de História como está sendo 
abordada na BNCC, incorporada à área das Ciências Humanas, pode perder espaços 
relevantes numa composição curricular enxuta e mais preocupada com a leitura, escrita e 
ciências da natureza e exatas. 
9 
 
Dado as ilustrações, entre favoráveis e contrários, os idealismos, que não fogem as 
prerrogativas vislumbradas, seja em qual for à proposta pedagógica, o mercado de trabalho é 
o desígnio dos “doutrinadores” e dos “doutrinados”, o diferencial, que está na discussão ou na 
ausência de uma eventual clareza no acolhimento de antagonismos curriculares historicistas, 
equilibrando a cronologia ocidental dos acontecimentos e a nova história incluindo o 
africanismo, não como coadjuvante ou participação especial, e sim, numa lógica capitalista, 
como um concorrente protagonista. Sabe-se que, portanto, mesmo com a dialética de 
didáticas, A BNNC registrou uma pertinente competência, que diz: Identificar e combater os 
diversificados aspectos de injustiça, preconceito e violência, aderindo princípios éticos, 
democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos. (BRASIL, 2018, p. 
569). 
A organização dessa linguagem se solidifica nas palavras de Silva (1992), quando 
refuta o poder socializador da escola para não ser buscado tão somente naquilo que é 
oficialmente proclamado como sendo seu currículo explicito, mas similarmente, sobretudo, no 
currículo oculto, expresso pelas práticas e experiências que ela propicia. Cuidado reflexivo, 
analítico e qualitativo de utilidade direta focado inclusive na Proposta Política Pedagógica das 
escolas, é a seleção de conteúdos e sua forma de fundamentação, que não são aleatórios em 
hipótese alguma no ambiente escolar e mesmo ainda nos livros didáticos, perspectiva essa 
então, intimamente peculiar as concepções da histórica ensinada e quanto aos objetivos 
identitários que pretende mobilizar ou alcançar (KARNAL; BITTENCOURT, 2008, p. 188). 
O andamento das três séries do ensino médio é a porta de entrada para o mundo 
acadêmico, isto posto, se espera que nesse nível a história africana juntamente com seus 
adjacentes, já seja abordada de forma complexa. (WEDDERBURN, Carlos Moore. p.143). 
Logo, a presença memorialista da manifestação ritualística da festa folclórica da Punga em 
Barra do Corda, de fato, possa ser abordada nos bastidores das escolas, a partir da encenação 
prevista no C. E. Arlindo Ferreira de Lucena e somar para a desmistificação de um suposto 
ato demoníaco, pejorativamente disseminado pelos efeitos da discriminação propagandeada 
através das danças e cantos da eclosão de crenças de matrizes africanas. 
Acerca dessa incessante intolerância social ainda presente na atualidade em relação à 
Punga em Barra do Corda, o professor de história Irapuru Pereira explana: 
 
Esse distanciamento entre a sociedade e a Punga, pode ter como causa um intrínseco 
preconceito remanescente de uma mentalidade escravocrata, que diabolizou as 
manifestações culturais afro-brasileiras como forma de perpetuar o domínio 
econômico sobre os negros, e resultou no afastamento das novas gerações do 
encontro e da vivência com as manifestações afros, já que estas, sobre essa ótica, 
10 
 
devem ser encaradas como anacrônicas, ultrapassadas e, acima de tudo, “pagãs” ” 
(PEREIRA, 2013, p. 03). 
 
 
São nesse campo repleto de empecilhos, impasses, que o batuque de umbigada e os 
outros rituais negros se estabelecem. Tratava-se da cultura de uma multidão submetida e 
exilada. Ela teve de conviver, portanto, com as exigências da subordinação e de acatamento 
ao poder constituído, além das pressões de prestações de atos de verdade (que representavam 
o caminho de ascensão e de integração à sociedade global), cujos modelos estavam na religião 
(católica) dos dominantes. A originalidade negra consiste em ter vivido uma estrutura dupla, 
em ter jogado com as ambigüidades da governadoria e, assim, podido implantar instituições 
paralelas. (SODRÉ, 2005: p. 99). Com esses dados, Florestan Fernandes buscava a 
localização, em nossa cultura tradicional, do problema do preconceito contra os indivíduos de 
cor preta, considerando que o folclore pode funcionar como fonte de estereótipos que 
fornecem juízos de valor aos indivíduos, regrando a sua conduta social. (FERNANDES, 1972, 
p. 211) 
Em tal caso, a punga, somente no seu “simples batuque”, mas também na simbologia 
dos elementos sagrados que formam o organismo interno de realização de seu espetáculo, o 
culto e a devoção a São Sebastião, por exemplo, constituem a base da estrutura sobrenatural 
da manifestação já que a dança é feita para homenageá-lo, para lhe retribuir uma graça 
alcançada por sua intercessão. Alguns mestres antigosdizem que “a festa é dele e para ele”. 
(COSTA, 2015, p. 80). 
A Punga, comumente chamado no Maranhão, Tambor de Crioula, vem se 
imortalizando ao longo dos séculos, sendo uma labuta que não exprime tão somente o 
sincretismo religioso, o pagamento de promessas a São Benedito, como também está 
associado às representações, à arte, ao imaginário, à cultura enquanto produto do inter-
relacionamento humano (RODRIGUES, 2012, p. 16). Seus compassos caracteriza como: 
 
A dança do tambor de Crioula, normalmente executada só pelas mulheres, apresenta 
coreografia bastante livre e variada. Uma dançante de cada vez, faz evoluções diante 
dos tambozeiros, enquanto as demais, completando a roda entre tocadores e 
cantadores, fazem pequenos movimentos para a esquerda e a direita; esperando a vez 
de receber a punga e ir substituir a que está no meio. A punga é dada geralmente no 
abdômen, no tórax, ou passada com as mãos, numa espécie de cumprimento. 
Quando a coreira que está dançando quer ser substituída, vai em direção a uma 
companheira e aplica-lhe a punga. A que recebe, vai ao centro e dança para cada um 
dos tocadores, requebrando-se em frente do tambor grande, do meião e o pequeno, e 
repete tudo de novo até procurar uma substituta. (IPHAN, 2014). 
 
11 
 
As cerimônias surgiram com a libertação dos escravos e acontece todos os anos na 
cidade. Porém, sua maior efervescência transcorre desde 1989. Perpetra entre o feriado 
nacional do dia do Trabalhador e se estende nas comemorações do 13 de maio com a peça 
teatral da Princesa Isabel assinando enfim o termo da abolição dos escravos. Além disso, os 
pobres e humildes que frequentam as tradições do evento, se baseiam numa lenda que fala de 
oferenda a uma deusa que apareceria em meio a uma dança artística onde todos acorrentados 
teriam suas correntes quebradas e então gritariam a palavra de ordem: liberdade. (SANTOS; 
FREITAS, 1985, p. 38). Ministério do Interior). No século XIX, a elite imperial estava sob o 
ideal civilizatório, onde as manifestações populares eram tidas como marginais e insolentes, 
pois os seus agentes sociais eram desprovidos de educação, renda e status social, sendo vistos 
como perturbadores da ordem pública, geradores da violência e propagadores da balbúrdia. A 
aristocracia da época percebia os costumes tradicionais afro-brasileiros como uma atividade 
malévola, feita por “inclementes”, pois a brincadeira era desenvolvida pelas classes populares 
que faziam parte da periferia e que não tinham absorvido os valores europeus da civilidade, 
sendo, por isso, considerado um atraso. (COSTA, 2015, p. 64). 
Contudo, vale ressaltar, que atualmente, o interesse de outras camadas sociais pela 
Punga é relacionado ao incentivo governamental. Com o apoio financeiro das Secretarias de 
Cultura do Estado e Município, os grupos têm se apresentado em arraiais, durante as festas 
juninas, e palcos no período de carnaval, popularizando o acesso à dança. Mas, frisa-se o 
interesse mercadológico dos governantes por trás da popularização da Punga. Ao tornar o 
Tambor um produto cultural, o poder executivo torna este também universal, pois devido à 
mídia, na pós-modernidade, nada é tão local ou mundial. Nesse sentido, a cultura maranhense 
e a promoção do Tambor de Crioula tornam-se frutos de jogos de poderes, que lhes 
determinam essas identidades. (NOGUEIRA; FERRETTI, 2012, p. 10). 
O geógrafo Milton Santos (2010, p. 20), afirmava que a perversidade sistêmica 
negativava a humanidade relacionada com a adesão desenfreada aos comportamentos 
competitivos caracterizados por ações hegemônicas, atribuindo a elas, as mazelas direta ou 
indiretamente imputáveis ao presente processo da globalização. Quanto na Punga de Barra do 
Corda e de São Luís, a publicidade, oriundo do domínio empresarial, com seus devidos fins 
lucrativos, solidifica na apropriação cultural das manifestações dos povos originários dos 
subúrbios e zonas rurais. A incumbência ao menos de financiar em certo grau os porta vozes 
da comunidade punguista, solidarizava com quem deu contribuições ao mantimento das raízes 
antepassadas de sua prole. Cativeiro este, que Isaura passou a maior parte de sua existência, 
pois apesar de ser festejada como Rainha da Punga, a sua precária condição econômica e de 
12 
 
saúde a levou a morar no lixão, no lugar Abacaxi ao redor da cidade, em meio aos urubus, em 
grotesca tapera que nem merece este nome pois eram apenas alguns paus cobertos de papelão. 
(BRAGA, 2012). 
Memorialista autodidata, Álvaro Braga, um barra-cordense nascido em Fortaleza – 
CE, quis o destino que se tornasse um amante da cultura e dos habitantes de Barra do Corda, 
vários atreveriam a enfatizar que sua paixão pelo que faz em nome do município vai aquém 
de outros personagens que residem na terra fundada pelo também cearense Melo Uchoa, 
conota um acervo arquivista de contribuições consideráveis a memória de episódios fabulosos 
da história da cidade, e mais diretamente no caso específico, a Punga como um patrimônio 
imaterial. Segundo Braga (2021), o renascimento da Punga na Era Moderna, se configurou no 
seguinte formato relatado: 
 
O memorialista Juarez Santos, da Estiva, que tem mais de 80 anos, afirma que em 
sua infância nos anos 30 não havia Punga em Barra do Corda e somente em 1948 o 
Sr. Ranulfo, de Coroatá trouxe a tradição de Codó e convenceu o Sr. Othon Mororó 
Milhomem, possuidor dos cabarés Bom Que Dói e Sonho Azul com suas "meninas" 
a brincarem a primeira PUNGA com esse nome naquela esquina ao lado onde 
existem açougues e comércios, que antes era um terreno baldio denominado Poeirão. 
Foi encarregado de dirigir a PUNGA o Palmério, pai da Chica do Loiola e o pai, 
mãe e tia do falecido Cipriano. Convidaram uma ex-escrava dos Arrudas que 
morava em uma casa, atual Bar do Luís, avó do Juarez da Estiva, de alcunha Nêga 
Teixeira para ser a Primeira Rainha e ela desfilou em um velho Jeep do Pedro Caixa 
D'água pelas ruas da cidade, após ser coroada no barracão de palha do Mororó. 
Brincaram os 13 dias e toda a sociedade cordina veio prestigiar. Sempre houveram 
danças e festas dos negros e descendentes e partir dos século XIX embora com 
outros nomes. Existem referências à Punga no centenário jornal O Norte. Me refiro 
aqui apenas ao festejo PUNGA em período contemporâneo do memorialista Juarez 
Santos, Olímpio Cruz, deixou os primorosos e dolentes versos para homenagear a 
rainha Nêga Teixeira. (BRAGA, 2021). 
 
Os fragmentos narrados e consequentemente transcritos para o arquivo da memória do 
historiador, são ferramentas pontuais oriundas da história oral, na escassez de documentos 
escritos, que valida os fatos de um acontecimento pelo registro de uma mensagem falada por 
um indivíduo ou grupos, geralmente pertencente a membros fragilizados da sociedade, para 
que se produza o resgate de um fenômeno sociológico abandonado ou esquecido. O papel 
metodológico de novos processos de abordagem do pesquisador entrevistador e agente social 
entrevistado, devidamente selecionado por critérios temáticos e analíticos, mostra o caminho a 
ser traçado na reconstrução e resgaste histórico, no contexto regional, das atividades que se 
perderam ao longo do tempo. 
A missão de bons serviços prestados na área de memorizar a história de Barra do 
Corda através de imagens e relatos, coloca Álvaro Braga, dentre outros, no seleiro de 
13 
 
personagens, ao lado do profissional da educação e estudantes, com uma tarefa de contribuir 
para a pesquisa de campo e ampliar o leque de informações escusas da Punga aos anais da 
cultura local. Trata-se de adicionar o conhecimento sobre circunstâncias e conjunturas do 
passado através do exame aprofundado de experiências e versões particulares; de procurar 
compreender a sociedade através do indivíduo que nela encontrou-se; de ajustar relações entre 
o geral e o particular através da análise comparativa de diferentes testemunhos,e de tomar as 
formas como o passado é apreendido e interpretado por indivíduos e grupos como dado 
objetivo para compreender suas ações (ALBERTI, 2005:19). 
Em depoimento relatado por Joana Guilhermina, trabalhadora rural no Maranhão, 
enfatiza a voz dos esquecidos no diagnóstico da oralidade acerca das diferenças entre 
migrantes e nativos. Aponta para a existência de práticas sociais e culturais distintas entre dois 
grupos, ressaltando a diferença da cor da pele. Segundo ela, o tambor de punga a terecó, 
praticados por pretos maranhenses, são assistido por cearenses com descrença e curiosidade. 
(FERREIRA, 2015, p. 244-245). Essa relação entre história oral, memória e consciência 
histórica, é o que (PAGÉS, 2007) enfatiza com contundência direcionando ao estudante. Para 
ele, a memória conceberia a ampliação de uma consciência histórica no discente alimentando 
a sua experiência e a sua forma de evocar o passado uma maneira de conferir sentido a esta 
experiência. Além disso, a história oral permitiria ao aluno ter contato com a história de 
populações que não mantiveram uma história escrita. A palavra contém em si um valor 
dinâmico e é eficazmente influente, pois ela é vida. “A cultura realiza-se, expande-se e 
permanece pela palavra, por isso, é cultivada e tratada com zelo. A oralidade baseada na 
palavra é assim o canal para a difusão da sabedoria dos povos”. (CARVALHO, 2019, p. 69). 
Possivelmente como diria Thompsom (1998) nessas circunstâncias, os punguistas tem 
o direito que sua história seja devolvida com suas próprias palavras, possibilitando que lhes 
der um passado, ajudando-os também a caminhar para um futuro construído por eles mesmos. 
Sendo assim, a história oral, fundamentalmente, estará preocupada em criar diversas 
possibilidades de manifestação para aqueles que são excluídos da história oficial, tanto a 
tradicional quanto a contemporânea e que não possuem formas suficientemente robustas para 
o embate das injustiças sociais. (GUEDES-PINTO, 2002). 
. 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 Objetivo Geral 
14 
 
Compreender a manifestação tradicional da Punga como patrimônio cultural imaterial 
do município de Barra do Corda – MA. 
 
3.2 Objetivos Específicos 
Avaliar as políticas afirmativas ao ensino de história da África, dos africanos e dos 
afro-brasileiros composta na BNCC (Base Nacional Comum Curricular). 
Trabalhar com os estudantes do Centro de Ensino Arlindo Ferreira de Lucena a 
metodologia da coleta de narrativas pelo uso da entrevista no registro da história oral. 
Aplicar na sala de aula os resultados obtidos no campo de pesquisa a versão oculta nos 
livros didáticos de história. 
 
4 DESCRIÇÃO DO PRODUTO EDUCACIONAL 
Produzir um documentário com a participação do professor mestrando, demais 
companheiros do corpo pedagógico e essencialmente estudantes, para uma abordagem 
criteriosa as testemunhas da Punga, envolvendo seus membros participantes, apreciadores do 
evento e pesquisadores com referencial e conhecimento de causa do folclore barra-cordense. 
As gravações serão feitas na medida em que os envolvidos determinem a aprovação de 
sua exibição e depoimento, ao mesmo tempo em que cada grupo se encarregará de uma 
determinada função. Estudantes do 1º, 2º e 3º anos, cada um exclusivamente cumprirão com 
uma tarefa responsabilizada. Isto significa que componentes das turmas A, B ou C se 
ocuparão com um posto, seja ele, filmagem, anotações, arquivamento, gerenciamento de 
dados, e claro, o roteiro do interrogado, podendo ser nesse sentido, os tocadores, cantadores, 
dançarinas, dentre outros. 
O envolvimento desse conjunto é de suma importância para organização estrutural da 
obra cinematográfica. Para se consolidar num conhecimento efetuado prioritariamente pela 
escola. Fornecendo uma linguagem a partir de um close em um olhar emocionado, pelo tom 
de voz e sons de fundo. Tudo no seu encaixe. Um documentário cuja lente captura sem a 
interferência do documentarista e cuja montagem produza cenas abertas a interpretações do 
espectador sem a indução ou argumentação presente do documentarista. 
Como se ver, são premissas que certamente implicará quaisquer componentes a uma 
aprendizagem impar num ambiente de rompimento aos muros da unidade escolar. 
15 
 
O desfecho desse arbítrio, procederá após a veiculação de seminários nos bastidores da 
escola, também para as fronteiras das mídias digitais. A ideia é abrir um canal no You Tube 
para a continuação da divulgação das imagens e apontamentos da cultura afro-descente da 
Punga em Barra do Corda. Desse modo, também alavancar atrativos atenciosos, curiosidades 
e interesse em conhecer a beleza da cultura local. 
Explorar os mecanismos dos ciberespaços nos quais os projetos podem ser fontes do 
lugar do pensamento crítico, criativo e reflexivo tão necessário aos desafios atuais e toda 
liquidez que vive nossa sociedade como bem nos descreve Bauman (2015): 
 
Não há como conceber a sociedade do futuro sem tecnologia. Então, se não pode 
vencê-la, una-se a ela. Tente contrabalancear o impacto negativo, como a crise da 
atenção, da persistência e de paciência. É preciso ter determinadas qualidades se 
você deseja construir conhecimento e não só agregá-lo: paciência, atenção e a 
habilidade de ocupar esse local estável, sólido, no mundo que está em constante 
movimento. É preciso trabalhar a capacidade de se manter focado. (BAUMAN, 
2015, p 12). 
 
 
Por intermédio da história e tradição oral, o estudante vai escrever ou divulgar outra 
narrativa. Distinta das impostas a eles. Terá um olhar clínico e cirúrgico daquilo que sempre 
lhes foi passado, engavetado. Construirá novos horizontes, com uma sensação de ser até um 
historiador. Pode inclusive, pegar gosto pelo ofício. A narração de fatos do cotidiano 
estereotipados pela imprensa convencional terá quebra de paradigmas, distanciando-se dos 
bombardeios das “Fake News”, que em grande grau, atinge a negritude. Um retrato disso foi 
dito com linhas escancaradas pelo atual vice-presidente da República, Hamilton Mourão: 
"Não, para mim no Brasil não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar, isso não 
existe aqui. Eu digo pra você com toda tranquilidade, não tem racismo". (WD, 2020). 
As notícias falsas e posicionamentos ideológicos distorcidos da opinião pública, como 
os citados, fazem parte da chamada “Guerra Híbrida”, que segundo Korybko (2018), visam a 
instauração de golpes e a troca de regime político. Não muito distante, do pensamento de 
Debord (1997, p. 23), que suscitava: “o espetáculo é a conservação da inconsciência na 
modificação prática das condições de existência”. 
Portanto, os meios de produção de conhecimento proposto aos estudantes, nesse 
alinhamento com perfil de cineasta, é uma interface com variedade de comunicação que possa 
ter valor social frente aos desafios atuais. Santos (2010), dizia que a juventude periférica do 
Terceiro Mundo está premiada com as ferramentas tecnológicas que os criadores do andar de 
cima utilizam para controlar os totalitarismos globalizados. No entanto, isso pode voltar 
16 
 
contra os senhores donatários por uma outra globalização. O eco dos que estão no andar de 
baixo, transmitindo uma mensagem de esperança aos dominados. 
Nessa lógica, o presente propósito, fará igualmente emprego de câmeras de filmagem, 
tripé, microfone, dos aparelhos celulares, aplicativos de áudios, de agenda, de edição e 
interatividade para dar suporte ao andamento da realização do documentário até seu estágio 
final que será uma projeção em telão na quadra poliesportiva do Centro de Ensino Arlindo 
Ferreira de Lucena, numa data marcante que será o dia 20 de Novembro, em homenagem ao 
Dia da Consciência Negra no Brasil. Concluindo com a apresentação artística dos integrantes 
da Punga e todo um cenário decorativo de uma festa aos orixás, com acréscimo indispensável 
da culinária afro-brasileira, abrangendo osturnos diurno e noturno da escola para uma 
programação especial, direcionado ao público em geral. Promovendo entretenimento, saber, 
memória local, lazer, comunhão solidária e enaltecimento da cultura doméstica. 
 
5 METODOLOGIA 
A laboração de trabalho da pesquisa consistirá no método hipotético dedutivo. 
Procurando constatar situações previamente estabelecidas ou esclarecer dúvidas plausíveis a 
contextualizações factuais. Nesse sentido, a contribuição compartilhada dos professores aos 
estudantes pesquisadores fará enorme diferença ao partir para a prática. A corrente da área de 
linguagens se encarregará de orientar os discentes sobre os padrões de vocábulos e letras dos 
cantos punguistas. Assim como os profissionais da educação na área ciências da natureza, 
terão suas missões norteando os aprendizes a compreensão da utilização por parte dos 
punguistas do consumo de álcool, por exemplo, bem como, os matemáticos, poderão intervir 
na gerência dos observadores, a respeito do cálculo dos homens e mulheres que renegam sua 
própria gênese. Geógrafos, sociólogos e filósofos, da instituição escolar, participarão 
igualmente, auxiliando quanto à mudança das festividades da punga de um ponto espacial 
alternando de um bairro para outro na cidade, os efeitos da manifestação no imaginário, 
razões psicológicas, postura ética, moral, religiosa e política no excedente da população que 
não compactua com o ideário da punga. Nos requisitos da Arte e educação física o foco se 
concentra na dança. 
Dessa maneira, irá se estabelecer um procedimento bibliográfico, documental e de 
levantamento. Salientando por conseguinte obras literárias em sintonia com a investigação, a 
questões legislativa de matéria educacional e valer-se de questionários e entrevistas para uma 
resenha panorâmica dos enunciados. Somado aos demais conhecimentos e suas tecnologias, o 
17 
 
conteúdo de história terá sua grande ostentação com a formação estrutural dessas fontes 
coletadas e minuciosamente apreciadas. 
Vale ressaltar, que é imprescindível a composição do ordenamento do objetivo 
exploratório a ser seguido. Pois existem variadas lacunas a serem preenchidas no êxito das 
estimativas declaradas. A descrição dissertativa, a edição audiovisual do documentário, a 
apresentação dos mesmos em sala de aula e a comunidade escolar, infelizmente não vão 
eliminar com o preconceito e a discriminação racial em sua plenitude, nem mesmo esgotará a 
temática, uma vez que sua instrumentalização teórica e conceitual é inacabada. Mas, com 
certeza, o teor da obra deixará seu legado. 
Em companhia de tamanha incumbência, será adotada uma abordagem qualitativa. Em 
direção à compreensão da complexidade e os detalhes das informações obtidas. Desse modo, 
as técnicas extraídas da concepção da história oral, tem em mente, dar vida verbal a riqueza 
relatada pelos entrevistados. Além do alcance da imagem, solidificando a autenticidade da 
conjuntura apontada. 
Nesta ocorrência, o alusivo estudo tem a finalidade exploratória com propósito de 
aprimorar as análises assimiladas e desencadear a abertura de futuros projetos que conduzem 
a preservação da memória dos povos provenientes juntamente com suas raízes culturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
6 CRONOGRAMA 
Atividades 
2021 2021 2022 2022 2023 2023 
1º 
Semestre 
2º 
Semestre 
1º 
Semestre 
2º 
Semestre 
1º 
Semestre 
2º 
Semestre 
Levantamento 
Bibliográfico 
X X X X 
Revisão do 
Projeto 
X X X 
Cursar todas 
as disciplinas 
obrigatórias 
X X X X 
Cursar as 
disciplinas 
optativas 
 X X X 
Atualização 
Bibliográfica 
 X X X X 
Coleta de 
dados 
 X X X 
Análise de 
dados 
 X X X 
Qualificação X X 
Organização 
e aplicação de 
questionário 
 X X 
Transcrição 
das filmagens 
 X X X 
Revisão dos 
Resultados 
 X X X 
Escrita 
científica 
 X X X 
Apresentação 
dos resultados 
no espaço 
escolar 
 X 
Defesa e 
entrega da 
Dissertação 
 X 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
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