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Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS Tutoria 04 -M2 - Etapa 2 A superbactéria Estrutura: ● Estrutura: Células possuem um núcleo ou nucleoide (ver a seguir) que contém DNA; este é circundado pelo citoplasma, onde as proteínas são sintetizadas e a energia é gerada; ● Mecanismo de replicação: ● Natureza do ácido nucleico: As células contêm tanto DNA quanto RNA; ● A parede celular bacteriana contém peptideoglicano, e é localizada externamente à membrana citoplasmática; ● A camada de peptideoglicano é muito mais espessa em bactérias gram-positivas que em gram-negativas. Algumas bacté- rias gram-positivas também possuem fibras compostas por ácido teicoico, que se projetam para fora do peptideoglicano; ● Os organismos gram-negativos possuem uma camada externa complexa, consistindo em polissacarídeos, lipoproteínas e fosfolipídeos. Situado entre a camada da membrana e a membrana citoplasmática, encontra-se o espaço periplasmático, que, em algumas espécies, corresponde ao local de enzimas denominadas b-lactamases, as quais degradam penicilina e outros fármacos b-lactâmicos. ● Os transposons são segmentos de DNA que se deslocam prontamente de um local a outro, tanto no interior quanto entre os DNAs de bactérias, plasmídeos e bacteriófagos. Esses elementos podem codificar enzimas de resistência a fármacos, toxinas ou uma variedade de enzimas envolvidas no metabolismo, bem como causar mutações no gene onde são inseridos, ou alterar a expressão de genes próximos. ● Os pili são filamentos semelhantes a pelos que se estendem a partir da superfície celular. Medeiam a ligação das bactérias a receptores específicos da superfície de células humanas, etapa necessária à iniciação da infecção por alguns organismos. Um tipo especializado de pilus, o pilus sexual, estabelece a ligação entre as bactérias doadoras (macho) e receptoras (fêmeas) durante a conjugação; ● O glicocálice consiste em um revestimento polissacarídico secretado por muitas bactérias. Ele reveste as superfícies como um filme e possibilita a firme aderência das bactérias a estruturas variadas; ● As bactérias podem ser classificadas, de acordo com sua forma, em três grupos básicos: cocos, bacilos e espiroquetas. Os cocos são esféricos, os bacilos Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS exibem forma de bastonete, e as espiroquetas são espiralados; ● Arranjo das bactérias: Alguns cocos organizam-se em pares (diplococos), alguns em cadeias (estreptococos), e outros em agrupamentos semelhantes a cachos de uvas (estafilococos); Patogênese geral das infecções bacterianas: PRODUÇÃO DE TOXINAS: Toxinas se enquadram em duas categorias gerais: exotoxinas e endotoxinas. Exotoxinas são polipeptídeos liberados pela célula bacteriana, são encontradas apenas em bacilos e cocos gram-negativos, não são liberadas ativamente pela célula bacteriana e provocam febre e choque. As exotoxinas são proteínas solúveis que podem atuar como enzimas. Por ser uma enzima, ela pode catalisar muitas reações bioquímicas e é reutilizável. Eles são secretados para a célula circundante durante seu crescimento exponencial ou durante a lise celular. Portanto, as exotoxinas são consideradas um componente extracelular. Três tipos: As enterotoxinas atuam no revestimento do trato gastrointestinal, enquanto as neurotoxinas atuam na função dos neurônios e as citotoxinas danificam o funcionamento das células hospedeiras. As exotoxinas são altamente antigênicas. Portanto, eles podem estimular o sistema imunológico. Ao estimular o sistema imunológico, eles produzem antitoxinas para neutralizar a toxina. Endotoxinas são lipopolissacarídeos (LPS), componente integral da parede celular, são menos potentes e menos específicas que a maioria das exotoxinas. São também chamadas toxinas intracelulares. Causam febre e são moderadamente tóxicas. No entanto, a endotoxina é um contaminante comum de produtos médicos derivados de bactérias. Sua presença pode provir de componentes intrínsecos do processo de fabricação ou de contaminação acidental do produto. A endotoxina é um lipopolissacarídeo que fica dentro da parede celular bacteriana, enquanto a exotoxina é uma proteína que se secreta para o exterior da célula bacteriana. Essas toxinas são liberadas pelo crescimento de bactérias ou devido à atividade de certos antibióticos ou em função da digestão fagocítica. As endotoxinas são menos potentes e menos específicas em seu substrato. Mas, eles são estáveis ao calor. Invasão e inflamação: 1) Colagenase e hialuronidase, as quais degradam o colágeno e o ácido hialurônico, respectivamente, permitindo, assim, que a bactéria se dissemine por meio do tecido subcutâneo. 2) Coagulase, produzida pelo Staphylococcus aureus, que acelera a formação do coágulo de fibrina a partir de seu precursor, o fibrinogênio (esse coágulo protege a bactéria da fagocitose por meio do isolamento da área infectada e por envolver o mi- crorganismo em uma camada de fibrina). Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS 3) Protease de imunoglobulina A (IgA), capaz de degradar IgA, permitindo a adesão do microrganismo às membranas mucosas. 4) Leucocidinas, capazes de destruir neutrófilos e macrófagos. 1) O mais importante dos fatores antifagocitários é a cápsula externa à parede celular. A cápsula polissacarídica impede que os fagócitos possam se aderir à bactéria; os anticorpos anticapsulares propiciam a ocorrência de fagocitose com mais eficiência (um processo denominado opsonização). Compreender a resposta imunológica: Bactérias intracelulares: Dentro dos macrófagos essas bactérias podem estimular tanto as células TCD4+ através da expressão de antígeno associado ao MHC classe II, como também células TCD8+ através da expressão de antígenos associados a moléculas do MHC classe I. A ativação de células TCD4+ leva à secreção de IFN-g, que ativa os macrófagos levando à produção aumentada de óxido nítrico (NO) e destruição da bactéria. As células TCD8+ participam do mecanismo de defesa através da citotoxicidade, destruindo os macrófagos infectados. Bactérias Extracelulares: A participação da imunidade inata ocorre através das células fagocitárias, da ativação do sistema complemento pela via alternativa e da produção de quimiocinas e citocinas. Adicionalmente a proteína C reativa (PCR), proteína de fase aguda produzida principalmente por células hepáticas nas infecções bacterianas, exerce ação variada contra as bactérias. Ao ligar-se aos fosfolipídios de membrana de algumas bactérias (por exemplo, pneumococos) a PCR atua como opsonina, facilitando a fagocitose por neutrófilos. A PCR tem também a capacidade de ativar o sistema complemento e também estimula a síntese de TNF-a, a qual induz a síntese de NO e consequentemente a destruição de vários microorganismos. O complemento exerce seu papel de defesa pela ativação do complexo de ataque à membrana (C5-C9) e facilitando a opsonização através do componente C3b, que se liga à bactéria e interage em uma segunda etapa com um receptor específico existente nas células fagocíticas. Em tecidos invadidos por bactérias, o rápido acúmulo de neutrófilos é fundamental para impedir o crescimento bacteriano e a consequente infecção. A locomoção dos neutrófilos ocorre devido à quimiotaxia, ou seja, migração direcionada, determinada pela presença de substâncias quimioatraentes. Resistência Microbiana: (1) As bactérias produzem enzimas que inativam o fármaco. (2) As bactérias sintetizam alvos modificados, contra os quais os fármacos não têm efeito. (3) As bactérias reduzem sua permeabilidade ao fármaco, de modo que uma concentração intracelular efetiva do fármaco não é obtida. (4) As bactérias exportam fármacos ativamente por meio do uso de Ivan Gabriel Santos2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS “bombas de resistência múltipla a fármacos”. Resistência mediada por cromossomos: A resistência cromossômica deve-se a uma mutação no gene que codifica o alvo do fármaco ou o sistema de transporte que controla a captação do fármaco. A frequência de mutações espontâneas geralmente varia de 10–7 a 10–9, valores muito inferiores à frequência de aquisição de plasmídeos de resistência. Desse modo, a resistência cromossômica representa um problema clínico menor do que a resistência mediada por plasmídeos. O tratamento de certas infecções com dois ou mais fármacos. Resistência mediada por plasmídeos: Do ponto de vista clínico, a resistência mediada por plasmídeos exibe grande importância por três razões: (1) Ocorre em várias espécies diferentes, especialmente em bacilos gram-negativos. (2) Os plasmídeos frequentemente medeiam a resistência a múltiplos fármacos. (3) Os plasmídeos exibem uma alta taxa de transferência de uma célula a outra, geralmente por conjugação. Plasmídeos de resistência (fatores de resistência, fatores R) são moléculas de DNA de dupla-fita extracromossômicos e circulares que carreiam os genes de uma variedade de enzimas capazes de degradar antibióticos e modificar os sistemas de transporte de membrana. Os fatores R podem carrear um gene de resistência a antibióticos ou podem carrear dois ou mais desses genes. A implicação médica de um plasmídeo carrear mais de um gene de resistência é dupla: primeiro, e mais óbvio, é o fato de uma bactéria contendo aquele plasmídeo poder ser resistente a mais de uma classe de antibióticos, e, segundo, o uso de um antibiótico que seleciona um organismo resistente a outro antibiótico selecionará um organismo resistente a todos os antibióticos cujos genes de resistência sejam carreados pelo plasmídeo. Além da produção de resistência a fármacos, os fatores R apresentam duas propriedades muito importantes: (1) podem replicar-se independentemente do cromossomo bacteriano; as- sim, uma célula pode conter várias cópias; e (2) podem ser trans- feridos não somente a células da mesma espécie, mas também a outras espécies e gêneros. Resistência mediada por transposons: Os transposons são segmentos de DNA que se deslocam prontamente de um local a outro, tanto no interior quanto entre os DNAs de bactérias, plasmídeos e bacteriófagos. Os transposons são genes transferidos no interior do DNA ou entre grandes segmentos deste, como o cromossomo bacteriano e os plasmídeos. Um típico transposon de resistência a fármacos é composto por três genes flanqueados em ambos os lados por sequências de DNA mais curtas, geralmente uma série de bases repetidas invertidas que medeiam a inteiração do transposon com o DNA maior. Os três genes codificam (1) a transposase, enzima que catalisa a excisão e reintegração do transposon; (2) um repressor que Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS regula a síntese de transposase; e (3) o gene de resistência ao fármaco. Biofilme: Outra forma relevante de resistência é a formação de biofilme, como exemplo cotidiano da rotina clínica tem a formação de placas dentárias bacterianas, que tornam difícil a penetração de antibióticos. Pseudomonas spp e outras bactérias gram-negativas são grandes formadoras de biofilmes. São substâncias, como açúcar, produzidas pela própria bactéria, que envolvem a bactéria, assim, as bactérias que possuem esse biofilme vão ter maiores capacidades de resistir ao sistema imune do hospedeiro e ao antimicrobiano, por isso, consideradas de complicada eliminação. Mecanismos não genéticos da resistência: (1) As bactérias podem ser isoladas no interior de uma cavidade de um abscesso, na qual o fármaco não é capaz de penetrar efetivamente. A drenagem é, portanto, necessária como adjunto à quimioterapia. (2) As bactérias podem encontrar-se em estado letárgico (i.e., sem crescimento), sendo, portanto, insensíveis aos inibidores de parede celular, como penicilinas e cefalosporinas. De modo similar, Mycobacterium tuberculosis pode ficar dormente nos tecidos por vários anos, permanecendo insensível aos fármacos durante esse período. Se houver diminuição nas defesas do hospedeiro, as bactérias começam a se multiplicar e tornam-se novamente suscetíveis aos fármacos, indicando que não ocorreram modificações genéticas. (3) Em determinadas circunstâncias, organismos que seriam geralmente mortos pela penicilina podem perder sua parede celular, sobrevivendo como protoplastos, insensíveis a fármacos ativos contra a parede celular. Posteriormente, se esses organismos sintetizarem sua parede celular, tornam-se totalmente suscetíveis a esses fármacos. (4) A presença de corpos estranhos torna mais difícil o tratamento antibiótico bem-sucedido. Isso aplica-se a corpos estranhos, como implantes cirúrgicos e cateteres, bem como a materiais que penetram no corpo por ocasião de ferimentos penetrantes, como farpas e estilhaços. (5) Várias circunstâncias podem dar a impressão de que os organismos são resistentes (p. ex., a administração de fármaco incorreto ou da dosagem incorreta, ou incapacidade de o fármaco atingir o local apropriado do corpo). (Um bom exemplo desta última corresponde à pequena penetração de várias cefalosporinas das primeiras gerações no líquido cerebrospinal.) A falha do paciente em relação ao uso do fármaco (desobediência, não participação) é um exemplo de outra circunstância. 1. Alteração de permeabilidade A permeabilidade limitada constitui uma propriedade da membrana celular externa de lipopolissacarídeo das bactérias Gram-negativas. A permeabilidade dessa membrana reside na presença de proteínas especiais, as porinas, que estabelecem canais específicos pelos quais as Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS substâncias podem passar para o espaço periplasmático e, em seguida, para o interior da célula. A permeabilidade limitada é responsável pela resistência intrínseca dos bacilos Gram-negativos à penicilina, eritromicina, clindamicina e vancomicina e pela resistência de Pseudomonas aeruginosa ao trimetoprim. As bactérias utilizam esta estratégia na aquisição de resistência. Assim, uma alteração na porina específica da membrana celular externa de P. aeruginosa, pela qual o imipenem geralmente se difunde, pode excluir o antimicrobiano de seu alvo, tornando P. aeruginosa resistente ao imipenem. 2. Alteração do sítio de ação do antimicrobiano A alteração do local-alvo onde atua determinado antimicrobiano, de modo a impedir a ocorrência de qualquer efeito inibitório ou bactericida, constitui um dos mais importantes mecanismos de resistência. As bactérias podem adquirir um gene que codifica um novo produto resistente ao antibiótico, substituindo o alvo original. Staphylococcus aureus resistente à oxacilina e estafilococos coagulase-negativos adquiriram o gene cromossômico Mec A e produzem uma proteína de ligação da penicilina (PBP ou PLP) resistente aos β-lactâmicos, denominada 2a ou 2', que é suficiente para manter a integridade da parede celular durante o crescimento, quando outras PBPs essenciais são inativadas por antimicrobianos β-lactâmicos. Alternativamente, um gene recém-adquirido pode atuar para modificar um alvo, tomando-o menos vulnerável a determinado antimicrobiano. Assim, um gene transportado por plasmídeo ou por transposon codifica uma enzima que inativa os alvos ou altera a ligação dos antimicrobianos como ocorre com eritromicina e clindamicina. 3. Bomba de efluxo O bombeamento ativo de antimicrobianos do meio intracelular para o extracelular, isto é, o seu efluxo ativo, produz resistência bacteriana a determinados antimicrobianos. A resistência às tetraciclinas codificada por plasmídeos em Escherichia coli resulta deste efluxo ativo. 4.Mecanismo enzimático O mecanismo de resistência bacteriano mais importante e freqüente é a degradação do antimicrobiano por enzimas. As β-lactamases hidrolisam a ligação amida do anel beta-lactâmico, destruindo, assim, o local onde os antimicrobianos β-lactâmicos ligam-se às PBPs bacterianas e através do qual exercem seu efeito antibacteriano. Foram descritas numerosas β-lactamases diferentes. Essas enzimas são codificadas em cromossomos ou sítios extracromossômicos através de plasmídeos ou transposons, podendo ser produzidas de modo constitutivo ou ser induzido. A resistência quase universal de S. aureus à penicilina é mediada por uma β-lactamase induzível, codificada por plasmídeo. Foram desenvolvidos β-lactâmicos capazes de se ligarem irreversivelmente às β-lactamases, inibindo-as. Esses compostos (ácido clavulânico, sulbactam, tazobactam) foram combinados com as penicilinas Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS para restaurar sua atividade, a despeito da presença de β-lactamases em estafilococos e hemófilos. Classes de antimicrobianos: Antibióticos β-lactâmicos: São agentes antibacterianos que inibem irreversivelmente a enzima transpeptidase, que catalisa a reação de transpeptidação entre as cadeias de peptideoglicana da parede celular bacteriana. A atividade desta enzima leva à formação de ligações cruzadas entre as cadeias peptídicas da estrutura peptideoglicana, que conferem à parede celular uma estrutura rígida importante para a proteção da célula bacteriana contra as variações osmóticas do meio. As bactérias Gram negativo são mais resistentes à ação de antibióticos, que não são capazes de cruzar efetivamente esta barreira lipídica. Para ter acesso à célula bacteriana, os antibióticos devem cruzar a parede celular através de canais proteicos de porinas, embebidos na estrutura lipídica, que apresentam o interior com características hidrofílicas. Penicilinas e cefalosporinas agem inibindo transpeptidases, as enzimas que promovem a ligação cruzada do peptideoglicano. Transpeptidases também são referidas como proteínas ligadoras de penicilina. As cefalosporinas de primeira geração são consideradas fármacos de menor atividade que as penicilinas, porém apresentam boa atividade frente a bactérias Gram positivo. As cefalosporinas são mais utilizadas quando a penicilina precisa ser evitada. Inibição da síntese proteica Aminoglicosídeos: ● Os aminoglicosídeos e as tetraciclinas agem na subunidade 30S do ribossomo bacteriano, ao passo que o cloranfenicol, a eritromicina e a clindamicina agem na subunidade 50S do ribossomo bacteriano. ● Os aminoglicosídeos inibem a síntese de proteínas bacterianas pela ligação à subunidade 30S ribossomal, bloqueando o complexo de iniciação. Dessa forma, ligações peptídicas não são formadas. ● Os aminoglicosídeos são agentes que possuem um grupo amino básico e uma unidade de açúcar. Os aminoglicosídeos apresentam atividade melhorada em pH levemente alcalino, em torno de 7,4, onde estão positivamente carregados, facilitando a penetração em bactérias Gram negativo. ● Devido à polaridade, os aminoglicosídeos devem ser administrados por via injetável. Eles também são incapazes de atravessar a barreira hemato-encefálica eficientemente e, portanto, não podem ser usados para o tratamento de meningites, a menos que sejam injetados diretamente no sistema nervoso central. ● As tetraciclinas inibem a síntese de proteínas bacterianas, bloqueando a ligação da Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS aminoacil tRNA sintase na subunidade 30S do ribossomo. As tetraciclinas representam uma classe de fármacos; a doxiciclina é a tetraciclina utilizada com mais frequência. ● O cloranfenicol inibe a síntese proteica bacteriana por meio do bloqueio da peptidil transferase, enzima que adiciona novos aminoácidos à cadeia polipeptídica nascente. Esse fármaco pode causar supressão da medula óssea. ● A eritromicina inibe a síntese de proteínas bacterianas, bloqueando a liberação do tRNA após este ter transferido seu aminoácido ao polipeptídeo crescente. A eritromicina é um membro da família dos macrolídeos, que inclui a azitromicina e a claritro- micina. ● A clindamicina liga-se ao mesmo local ao qual a eritromicina se liga, no ribossomo bacteriano. Ela é eficaz contra muitas bactérias anaeróbias. A clindamicina é um dos antibióticos que predispõe pacientes à colite pseudomembranosa causada por Clostridium difficile e, por isso, é pouco utilizado. Inibição da síntese de ácidos nucleicos ● As sulfonamidas e a trimetoprima inibem a síntese de nucleotídeos; as quinolonas inibem a síntese de DNA; e a rifampina inibe a síntese de RNA. ● As sulfonamidas e a trimetoprima inibem a síntese do ácido tetra-hidrofólico – o principal doador de grupos metil requeridos durante a síntese de adenina, guanina e timina. As sulfona- midas são estruturalmente análogas do ácido p-aminobenzoico, um componente do ácido fólico. A trimetoprima inibe a di-hi- drofolato redutase – enzima que reduz o ácido di-hidrofólico em ácido tetra-hidrofólico. A combinação de sulfametoxazol e trimetoprima é frequentemente usada, uma vez que bactérias resistentes a uma das substâncias geralmente não são resistentes à outra. ● As quinolonas inibem a síntese de DNA pelo bloqueio da DNA- -girase (topoisomerase) – a enzima que desenrola a fita de DNA para que ela seja replicada. As quinolonas representam uma família de fármacos, incluindo a ciprofloxacina, a ofloxacina e a levofloxacina. ● A rifampina inibe a síntese de RNA bacteriana, bloqueando a RNA-polimerase que sintetiza o mRNA. A rifampina é geralmente utilizada em combinação com outros fármacos devido à alta taxa de mutação do gene da RNA-polimerase bacteriana, que resulta em rápida aquisição de resistência ao fármaco.
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