Buscar

Coletânea Específica Balconista de Farmácia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 231 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 231 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 231 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO BALCONISTA DE FARMÁCIA 
 
 
 MÓDULO ESPECÍFICO 
Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha – 
ETSMMR 
 
Formação Inicial e Continuada – FIC na modalidade 
Educação a Distância – EaD 
 
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e 
Emprego – PRONATEC/ NOVOS CAMINHOS 
 
 
 
 
 
 
Presidente da República 
Jair Messias Bolsonaro 
 
Ministro da Educação 
Milton Ribeiro 
 
Governador do Estado do Acre 
Gladson de Lima Cameli 
 
Secretária Estadual de Educação, Cultura e Esportes 
Maria do Socorro Neri Medeiros de Souza 
 
 
Presidente do Instituto de Educação Profissional e Tecnológica do IEPTEC - Dom 
Moacyr 
Francineudo Souza da Costa 
 
 
Diretor de Desenvolvimento de Educação Profissional e Tecnológica do IEPTEC - Dom 
Moacyr 
Felipe Pietro de Araújo 
 
 
Diretor Administrativo e Financeiro do IEPTEC - Dom Moacyr 
Carlos Sérgio Peres 
 
 
Chefe do Departamento de Planejamento e Gestão do IEPTEC - Dom Moacyr 
Iuçara Andrade da Costa Souza 
 
 
Chefe do Departamento de Convênios, Projetos e Programas do IEPTEC - Dom Moacyr 
Iuçara Andrade da Costa Souza 
 
 
Coordenadora da Divisão de Educação Profissional a Distância – EaD do IEPTEC - 
Dom Moacyr 
Érica Vasconcelos das Neves 
 
 
 
 Coordenadora Geral do PRONATEC 
Girlane Souza de Avilar 
 
 
 
 
 
 
 
 
EQUIPE DA UNIDADE OFERTANTE 
 
 
Coordenadora Geral da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha 
Aldenice Ferreira 
 
 
Coordenadora da Área de Aprendizagem da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da 
Rocha 
Thais Braz da Gama 
 
 
 
EQUIPE DA UNIDADE OFERTANTE 
 
Aldenice Ferreira 
Coordenadora Geral da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha 
Thais Braz da Gama 
Coordenadora Pedagógica da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha 
 
EQUIPE DE ORGANIZAÇÃO 
 
Anna Karoliny Santana de Souza 
Supervisora da Área Técnica de Biodiagnóstico 
 
REVISÃO DO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO E CURRICULAR 
Girlane Souza de Avilar 
 
EQUIPE DE ELABORAÇÃO EaD – 2021 
Skarllatt Carvalho Ribeiro 
Biomédica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 11 
EIXO 01: PROCESSO DO TRABALHO EM FARMÁCIAS E DROGARIAS .................................................... 12 
1. TRABALHO NA ÁREA DA SAÚDE .................................................................................................... 13 
2. A SAÚDE NO BRASIL ...................................................................................................................... 16 
3. DEFINIÇÕES ................................................................................................................................... 18 
4. PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE ............................................................................................. 19 
4.1 Componentes do processo de trabalho ...................................................................................................... 20 
4.2 Objetivos ou finalidades .............................................................................................................................. 21 
4.3 Meios e condições ....................................................................................................................................... 21 
4.4 Objeto ......................................................................................................................................................... 22 
4.5 Agente ou sujeito ........................................................................................................................................ 22 
4.6 Objetivos existenciais ou sociais nos processos de trabalho ....................................................................... 23 
4.7 Modelos de determinação social da saúde e da doença ............................................................................ 25 
4.8 O conceito de saúde .................................................................................................................................... 28 
4.9 Determinantes sociais da saúde ................................................................................................................. 31 
4.10 Evidências da determinação social da saúde ............................................................................................ 32 
4.11 Processo de trabalho na saúde ................................................................................................................. 37 
5. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA FARMÁCIA ............................................................................................. 40 
5.1 História da Farmácia ................................................................................................................................... 40 
5.2 A Farmácia na Antiguidade e na Idade Média ............................................................................................ 40 
5.3 As Boticas do Brasil ..................................................................................................................................... 44 
5.4 De Boticário a Farmacêutico ....................................................................................................................... 47 
5.5 O ensino da farmácia na Bahia ................................................................................................................... 48 
5.6 Chegada da família real ao Brasil ............................................................................................................... 48 
6. CADEIRAS DE QUÍMICA FARMACÊUTICA E DE FARMÁCIA ............................................................... 51 
7. Criação Do Curso Farmacêutico ..................................................................................................... 54 
7.1 O pai da Farmácia ....................................................................................................................................... 56 
7.2 A divisão ...................................................................................................................................................... 56 
7.3 Um pulo para a modernidade ..................................................................................................................... 57 
 
 
 
8. LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA E SANITÁRIA .................................................................................... 57 
8.1 Principais Legislações da Área Farmacêutica: ............................................................................................ 58 
9. COMPETÊNCIAS DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM FARMÁCIA ................................................. 59 
9.1 FUNÇÕES DO BALCONISTA DE FARMÁCIA .................................................................................................. 59 
9.2 Balconista: o elo entre a farmácia e o consumidor ..................................................................................... 60 
9.3 Paciência e dedicação ................................................................................................................................. 60 
9.4 A arte de atender ........................................................................................................................................ 61 
9.5 Recursos promocionais ...............................................................................................................................61 
10. RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES DO FARMACÊUTICO ........................................................... 62 
10.1 COMO UMA FARMÁCIA PODE SER ORGANIZADA? ................................................................................... 63 
10.2 Critérios Básicos De Organização ............................................................................................................. 63 
10.3 Outros métodos de organização ............................................................................................................... 64 
11. INSTALAÇÕES FÍSICAS (RDC Nº 44 DE 17 DE AGOSTO DE 2009) ..................................................... 64 
12. RECEPÇÃO DE MEDICAMENTOS E PRODUTOS .............................................................................. 66 
12.1 Armazenando Medicamentos ................................................................................................................... 66 
12.2 Recebimento ............................................................................................................................................. 67 
12.3 Estocagem ................................................................................................................................................ 68 
12.4 Conservação .............................................................................................................................................. 68 
12.6 Orientações básicas para o controle de estoque ...................................................................................... 69 
12.7 Recomendações gerais para o armazenamento ....................................................................................... 70 
12.8 COMO RECONHECER OS MEDICAMENTOS DETERIORADOS ..................................................................... 70 
13. VALIDADE DOS MEDICAMENTOS ................................................................................................. 71 
14. LIMPEZA DOS AMBIENTES ........................................................................................................... 71 
EIXO II: O ATENDIMENTO: PRINCÍPIOS ÉTICOS ................................................................................... 74 
1. ATENDIMENTO AO CLIENTE ........................................................................................................... 75 
1.1 O que se entende por Atendimento? .......................................................................................................... 75 
1.2 Atribuições do balconista ............................................................................................................................ 75 
2. A ÉTICA PROFISSIONAL .................................................................................................................. 76 
Maior clareza nos processos ............................................................................................................................. 81 
Aumenta o engajamento da equipe ................................................................................................................. 82 
2.1 Entregue ao cliente somente produtos de qualidade ................................................................................. 84 
2.2 Mantenha sigilo sobre as informações que chegam até você .................................................................... 85 
2.3 Seja discreto ................................................................................................................................................ 85 
2.4 Preste um bom atendimento ...................................................................................................................... 86 
 
 
 
2.5 Prometa aquilo que consiga cumprir .......................................................................................................... 87 
2.6 Não enxergue o seu cliente como um amigo .............................................................................................. 87 
2.7 Cuide da sua aparência pessoal .................................................................................................................. 88 
2.8 Cuide da aparência do seu local de trabalho .............................................................................................. 88 
2.9 Antecipe-se às necessidades do cliente ...................................................................................................... 88 
2.10 Nunca discuta uma decisão médica ou farmacêutica com o cliente ........................................................ 89 
3. QUAIS OS PERFIS DE CLIENTES? ..................................................................................................... 89 
4. QUAIS OS PASSOS PARA UM ATENDIMENTO DE EXCELÊNCIA? ....................................................... 90 
4.1 Abordagem ................................................................................................................................................. 90 
4.2 Qual a importância da postura no atendimento? ...................................................................................... 91 
4.3 Prescrição de situações de postura receptiva que, trazem resultados positivos: ....................................... 92 
4.4 A fórmula da satisfação do cliente ............................................................................................................. 93 
4.5 COMO GARANTIR A SATISFAÇÃO DO CLIENTE? .......................................................................................... 93 
5. ORIENTAÇÃO AO PACIENTE ........................................................................................................... 96 
6. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR .......................................................................................... 99 
EIXO III: BIOSSEGURANÇA NA FARMÁCIA ........................................................................................ 102 
1. BIOSSEGURANÇA NAS AÇÕES DE FARMÁCIA ................................................................................ 103 
2. CONCEITOS DE LIMPEZA, DESINFECÇÃO, ESTERILIZAÇÃO, DESCONTAMINAÇÃO E ANTISSEPSIA .... 104 
3. TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS ............................................................................................... 106 
4. O QUE SÃO EPIs ........................................................................................................................... 110 
5. COMO NOS PROTEGER DURANTE NOSSO TRABALHO EM SAÚDE ................................................. 122 
6. PRIMEIROS SOCORROS ................................................................................................................ 127 
EIXO IV: O MEDICAMENTO .............................................................................................................. 137 
1. INTRODUÇÃO A FARMACOLOGIA ................................................................................................ 138 
3. FORMAS FARMACÊUTICAS .......................................................................................................... 143 
4. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................................... 147 
5. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ................................................................................................. 152 
6. DOSES TÓXICAS E DOSES SUB-TERAPÊUTICAS .............................................................................. 156 
7. BULA: APRENDA A CONHECÊ-LA .................................................................................................. 157 
7. DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS ............................................................................................. 1608. PRINCIPAIS CONCEITOS EM FARMÁCIA ........................................................................................ 162 
9. PREFIXOS E SUFIXOS USADOS EM FAMÁCIA ................................................................................. 168 
10. TERMOS USADOS NA FARMÁCIA ............................................................................................... 170 
10. CÁLCULOS NA FARMÁCIA .......................................................................................................... 172 
11. CATEGORIAS DE MEDICAMENTOS .............................................................................................. 179 
12. PERGUNTAS FREQÜENTES RELACIONADAS A MEDICAMENTOS GENÉRICOS ................................ 181 
Drogas que atuam no Sistema Cardiovascular .................................................................................. 185 
13. DROGAS QUE ATUAM NO SISTEMA URINÁRIO ........................................................................... 188 
14. MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA ENDÓCRINO ........................................................... 192 
15. HIPOGLICEMIANTES ORAIS ........................................................................................................ 195 
16. SELEÇÃO .................................................................................................................................... 198 
17. PROSTAGLANDINAS ................................................................................................................... 200 
18. OS EFEITOS DOS MEDICAMENTOS .............................................................................................. 201 
19. CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS SEGUNDO SUAS TARJAS ................................................. 201 
20. GRUPOS FARMACOLÓGICOS ...................................................................................................... 203 
21. REGISTRO DE PRODUTOS NO MINISTÉRIO DA SAÚDE ................................................................. 208 
EIXO V: O USO RACIONAL DOS MEDICAMENTOS ............................................................................. 212 
1. E O QUE É “USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS”? ....................................................................... 213 
2. O PAPEL SIMBÓLICO DOS MEDICAMENTOS E A SOCIEDADE DE CONSUMO ................................. 224 
3. O QUE DIZEM AS ESTATÍSTICAS .................................................................................................. 225 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................ 227 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE DE FIGURAS 
Figura 1. Sintomas COVID. Fonte: OPAS/OMS Brasil (2020) .............................................. 15 
Figura 2. Como a doença pode ser transmitida. Fonte: OPAS/OMS Brasil (2020) ................. 15 
Figura 3. Logomarca do Sistema Único de Saúde. ................................................................... 17 
Figura 4. Conceitos. Fonte: Google. ......................................................................................... 17 
Figura 5 e 6 Arquivo Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte ................................ 19 
Figura 6. Cláudio Galeno considerado pai da Farmácia. .......................................................... 56 
Figura 7. Balconista de Farmácia atendendo o cliente. Fonte: Google. .................................. 60 
Figura 8. Farmacêutico. ............................................................................................................ 62 
Figura 9 Símbolo da Farmácia. ................................................................................................ 63 
Figura 10. Medicamentos. Fonte: Google. ................................................................. 66 
Figura 11. Balconista atendendo cliente. .................................................................................. 75 
Figura 12. Escala de satisfação do Cliente. .............................................................................. 93 
Figura 13. Cronograma das fases de funcionamento de um bom atendimento e boa relação com 
o cliente. ................................................................................................................................... 94 
Figura 14. Lembretes técnicos referentes a lavagem das mãos. ............................................. 107 
Figura 15 Luva de borracha antiderrapante. ........................................................................... 112 
Figura 16 (3.A e 3.B) Luvas resistentes a temperaturas. ........................................................ 112 
Figura 17 Luvas para manuseio de produtos químicos. ......................................................... 113 
Figura 18. Profissional Equipado. .......................................................................................... 122 
Figura 19 Primeiros Socorros. ................................................................................................ 127 
Figura 20 Massagem cardíaca. ............................................................................................... 129 
Figura 21. Hemorragia nasal. ................................................................................................. 132 
Figura 22 Curativo. ................................................................................................................. 132 
Figura 23. Convulsão. ................................................................ Erro! Indicador não definido. 
Figura 24. Demonstração do procedimento realizado após uma queimadura. ....................... 135 
Figura 25. Queimadura nos olhos. .......................................................................................... 136 
Figura 26. Fluxograma. Fonte Estratégia ............................................................................... 140 
Figura 27. Ilustração processo de absorção de medicamento. ................................................ 141 
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543974
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543978
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543979
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543980
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543981
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543982
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543989
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543990
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543991
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543992
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543993
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543994
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543995
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543996Figura 28. Formas farmacêuticas. Fonte: farmacêutico digital .............................................. 146 
Figura 29. Medicamento sendo administrado via oral. Fonte: Medicamentos: Noções Básicas, 
Tipos e Formas Farmacêuticas. .............................................................................................. 147 
Figura 30.Medicamento sendo injetado por via venosa ......................................................... 150 
Figura 31. Administração de medicamento injetável por via intramuscular, no braço. ......... 150 
Figura 32 Pessoas. .................................................................................................................. 152 
Figura 33 Lendo a bula. .......................................................................................................... 157 
Figura 34 Medicamentos. ....................................................................................................... 159 
Figura 35. Comprimidos. ........................................................................................................ 162 
Figura 36. Medicamentos. ...................................................................................................... 168 
Figura 37 ilustrações de números. .......................................................................................... 172 
Figura 38 Como se apresenta o medicamento genérico. ........................................................ 182 
Figura 39. Medicamentos diversos. ........................................................................................ 201 
Figura 40. Tarja dos medicamentos. Fonte: ANVISA ........................................................... 203 
Figura 41 Ácido Betulínico .................................................................................................... 203 
Figura 42. Selo SIF. ................................................................................................................ 210 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80543999
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544001
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544002
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544003
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544004
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544005
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544006
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544007
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544008
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544009
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544010
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544012
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544013
 
 
 
 
 
ÍNDICE DE QUADROS 
Quadro 1. Dicas para aumentar a produtividade no atendimento ao cliente. ........................... 95 
Quadro 2. Indicadores de produtividade em relação ao atendimento ao cliente. ..................... 96 
Quadro 3 Microrganismos e Tempo de Sobrevivência. ......................................................... 105 
Quadro 4. Etapas para uma boa higienização das mãos. ........................................................ 108 
Quadro 5 Lavagem das mãos. ................................................................................................ 109 
Quadro 6 Como retirar as luvas descartáveis. ........................................................................ 115 
Quadro 7. Tempo de ação da insulina. ................................................................................... 193 
Quadro 8. Número de dígitos que devem ter os protocolos de acordo com a ANVISA. ....... 209 
 
 
ÍNDICE DE TABELAS 
Tabela 1 Seleção de luvas de acordo com o reagente. ............................................................ 113 
Tabela 2 Formas farmacêuticas e via de administração. ........................................................ 146 
Tabela 3. Caracterização de corticóides de susos sistêmicos por portência, duração de efeito e 
atividade mineralocorticóide. ................................................................................................. 198 
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544017
file:///C:/Users/Serginho/Documents/EDIÇÃO%20COLETANIA%20BALCONISTA%20DE%20FARMACIA/COLETANEA/coletanea%2022.08.docx%23_Toc80544019
 
11 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Caro educando, 
Queremos lhe parabenizar, mais uma vez, por sua escolha em se profissionalizar, em 
buscar qualificação, para se colocar no mercado de trabalho, como uma peça fundamental para 
o desenvolvimento da nossa sociedade. Diante do cenário atual, o Governo do Estado do Acre, 
vem buscando consolidar a formação em Educação Profissional e Tecnológica, e a EaD é uma 
das principais alternativas para contribuir com a democratização do ensino, já que auxilia nas 
demandas educacionais mais urgentes como também nas mais variadas e específicas. Na 
sociedade atual onde a distância, associada à dificuldade de acesso, e o custo dos cursos são 
alguns dos obstáculos para que a educação seja acessível, nesse aspecto a EaD se torna uma 
alternativa prática para uma disseminação mais abrangente e consolidada. 
Precisamos do seu comprometimento para que possa ter sua habilitação profissional, 
através de um estudo em que a base é o uso da tecnologia, uma das motivações da EaD é o uso 
da internet, que é uma fonte inesgotável de pesquisa, além de possuir grande variedade de 
recursos, que possam integrar professores e alunos, estabelecendo assim uma relação de 
confiança, visando aumentar a profissionalização e qualificação da população em cursos técnicos 
para dar qualidade ao ensino e ajudar o educando a ingressar no mercado de trabalho. 
Nesse módulo serão desenvolvidas competências específicas, com o objetivo de que ao 
final possa estar qualificado para atuar nas atividades relativas à área do curso, e possa 
desempenhar, com autonomia, suas atribuições, além de despertar em você o desejo por uma 
profissão e que tenha espírito empreendedor. Baseado nisso, esse módulo possui uma distribuição 
de carga horárias de 200 horas em cinco eixos específicos do Curso Balconista de Farmácia. 
Esperamos que você, caro cursista, aproveite ao máximo essa oportunidade, amplie seu 
conhecimento e obtenha sua certificação profissional. Dessa forma, mantenha o foco, e que nada 
seja motivo de desmotivação para a concretização do curso. 
 
Equipe da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha 
 
 
12 
 
 EIXO 01: PROCESSO DO TRABALHO EM FARMÁCIAS E DROGARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competências: Compreender o processo de trabalho em farmácias e drogarias, a fim de 
atuar na execução das boas práticas e da assistência aocliente paciente. 
Habilidades: 
 Conhecer um pouco sobre como é o trabalho na área da saúde; 
 Desenvolver conhecimentos sobre a história e a evolução da farmácia para uma melhor 
compreensão da área; 
 Conhecer as principais legislações da área para desenvolver ações éticas e corretas, 
perante a lei; 
 Conhecer as competências, responsabilidades e atribuições do profissional balconista 
de farmácia no intuito de cooperar com os serviços farmacêuticos; 
 Identificar, dentro do espaço físico, questões que estejam incoerentes e que possam vir 
a prejudicar o andamento das ações quanto às instalações físicas do estabelecimento. 
 
Bases Científicas e Tecnológicas: 
 O Trabalho na Área da Saúde; 
 História da origem e evolução da farmácia e drogarias; 
 Legislação Farmacêutica e Legislação Sanitária; 
 Competências, responsabilidades e atribuições dos profissionais que atuam no 
atendimento em farmácia; 
 Organização, Instalações físicas e higienização do ambiente de trabalho. 
 
Valores e Atitudes: 
 Zelar os ambientes de aprendizagem, recursos didáticos e equipamentos; 
 Saber se integrar com o grupo e trabalhar em equipe; 
 Ser solidário e cooperativo; Saber utilizar o ambiente de estudo, sem degradá-lo. 
 
 
 
13 
 
1. TRABALHO NA ÁREA DA SAÚDE 
Você já imaginou como é o trabalho de um profissional de serviços de saúde? 
Quem trabalha atendendo ao público em hospitais, clínicas, consultórios, farmácias e 
laboratórios lidam com pessoas que estão passando por momentos delicados de vida. 
Por isso, uma qualidade fundamental para trabalhar nessa área é a capacidade de 
compreender o outro. Geralmente, as pessoas ficam nervosas quando têm algum problema com 
a sua saúde, a de um parente ou amigo. 
Para auxiliá-las, é preciso ter boa vontade, calma e desejo de ajudar. Mas, como todo ser 
humano, o profissional da área de saúde não está livre de ter seus próprios problemas e precisar 
trabalhar mesmo assim. Por isso é importante agir de modo a desempenhar bem suas tarefas, 
mesmo nos dias difíceis. Com a prática, adquire-se o domínio das técnicas e o trabalho se torna 
mais fácil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você sabe o que é saúde? 
Muita gente pensa que saúde é o contrário de doença. Mas não é só isso. Há bastante 
tempo já se sabe que certos tipos de doenças e de formas de adoecer variam em função das 
diferenças de renda, condições de moradia, educação, tipo de trabalho e outros fatores sociais. 
Sabe-se, por exemplo, que crianças que moram em cidades muito poluídas costumam ter 
problemas respiratórios. 
Você sabia? 
A área da saúde é responsável pela 
promoção, proteção e recuperação da saúde de 
indivíduos e comunidades. Isso inclui ações de 
educação em saúde, nutrição adequada, vacinas, 
campanhas de conscientização, tratamentos para 
doenças e programas de reabilitação física e social. 
Essas ações são realizadas em postos, centros, 
hospitais, laboratórios e consultórios profissionais 
e também em outros ambientes, como domicílios, 
escolas, creches, centros comunitários, empresas. 
 
 
14 
 
E que pessoas que moram em áreas sem saneamento, isto é, sem água potável e rede de 
esgoto, vivem sob constante ameaça de doenças infecciosas. 
 
 
 
Uma das doenças infecciosas que está causando um pânico não só no Brasil como 
no mundo todo é o COVID-19. Em 11 de março de 2020, a OMS (Organização Mundial 
da Saúde) declarou que a COVID-19, nova doença causada pelo novo coronavírus 
(denominado SARS-CoV-2), é uma pandemia que constitui uma emergência de Saúde 
Pública de Importância Internacional. 
Foram confirmados no mundo até 3 de maio de 2020, 3.349.786 casos de COVID-
19 (82.763 novos em relação ao dia anterior) e 238.628 mortes (8.657 novas em relação ao 
dia anterior), já até 19 de julho de 2021 temos 191.526.225 casos de COVID 19 
confirmados e com um número de mortes em 4.091.672. 
O Brasil é um dos países com transmissão comunitária da COVID-19 e confirmou 
101.147 casos e 7.025 mortes pela doença até o dia 3 de maio de 2020. Já em 19 de julho 
de 2021 o Brasil ocupa a terceira colocação em número de infectados com 19.376.574 e 
com um número de mortes de 542.214. 
As medidas de proteção são as mesmas utilizadas para prevenir doenças 
respiratórias, como: se uma pessoa tiver febre, tosse e dificuldade de respirar deve procurar 
atendimento médico assim que possível e compartilhar o histórico de viagens com o 
profissional de saúde; lavar as mãos com água e sabão ou com desinfetantes para mãos à 
base de álcool; ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou 
com um lenço – em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos. 
O coronavírus é a segunda principal causa do resfriado comum (após rinovírus) e, 
até as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves em humanos do que o 
resfriado comum. 
Há sete coronavírus humanos (HCoVs) conhecidos, entre eles o SARS-COV (que 
causa síndrome respiratória aguda grave), o MERS-COV (síndrome respiratória do Oriente 
Médio) e o SARS-CoV-2 (vírus que causa a doença COVID-19). 
 
 
15 
 
 
Figura 1. Sintomas COVID. Fonte: OPAS/OMS Brasil (2020) 
 
 
 Figura 2. Como a doença pode ser transmitida. Fonte: OPAS/OMS Brasil (2020) 
 
Outros exemplos de doença são a hipertensão arterial, 
tão comum nos nossos dias. Ela está diretamente relacionada 
com o estresse. E também a alimentação carregada de gorduras, 
que aumenta o colesterol e provoca doenças do coração. É por 
isso que se diz que a saúde é um estado de bem-estar físico, 
mental e social, não apenas a ausência de doença. E isso 
depende muito dos fatores sociais. 
 
 
 
 
 
Você sabia? 
Embora possa parecer 
assim, o estresse não é 
necessariamente mau. A 
reação de uma pessoa às 
agressões pode levar a um 
aumento de sua resistência a 
futuros agressores 
(formação de anticorpos, 
amadurecimento emocional 
etc.). 
 
 
16 
 
2. A SAÚDE NO BRASIL 
A saúde pública é aquela voltada para as ações de manutenção da saúde da população, 
garantindo um tratamento adequado e a prevenção de doenças. No Brasil, a saúde pública é 
regulamentada pela ação do Estado, através do Ministério da Saúde e demais secretarias estaduais 
e municipais. O objetivo básico da saúde pública é garantir que toda a população tenha acesso ao 
atendimento médico de qualidade. 
O Brasil possui um sistema público e outro privado de assistência à saúde. O sistema 
público, conhecido como Sistema Único de Saúde (SUS), é responsável pelo atendimento a todo 
cidadão. SUS é a denominação do sistema público de saúde brasileiro criado pela Constituição 
Federal de 1988 pelo texto elaborado durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988 
na sua 267ª sessão no dia 17 de maio de 1988. 
 É um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, 
abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção 
Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a 
população do país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público 
de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados 
assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, 
com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde. 
O SUS foi criado em 1988 pela Constituição Federal Brasileira, que determina que é dever 
do Estado garantir saúde a toda a população brasileira. O início se deu nos anos 70 e 80, quando 
diversos grupos se engajaram no movimento sanitário, com o objetivo de pensar um sistema 
público para solucionar os problemas encontrados no atendimento da população defendendo o 
direito universal à saúde. 
O Ministério da Saúde foi criado em 1953, foi quando também iniciaram-se as primeiras 
conferênciassobre saúde pública no Brasil. Daí, surgiu a ideia de criação de um sistema único 
de saúde, que pudesse atender toda a população. 
Porém, com a ditadura militar, a saúde sofreu cortes orçamentários e muitas doenças 
voltaram a se intensificar. 
Em 1970, apenas 1% do orçamento da União era destinado para a saúde. Ao mesmo 
tempo, surgia o Movimento Sanitarista, formado por profissionais da saúde, intelectuais e 
partidos políticos. Eles discutiam as mudanças necessárias para a saúde pública no Brasil. 
 
17 
 
A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e participativa entre os três 
entes da Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla e 
abrange tanto ações quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primária, média e alta 
complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das 
vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica. 
Desde setembro de 2000, quando foi aprovada a Emenda Constitucional 29 (EC-29), o 
SUS é administrado de forma tripartite, e conta com recursos provenientes dos orçamentos da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Os gestores são responsáveis pela 
administração dos recursos, sua implantação e qualidade. Atualmente, o orçamento do Governo 
Federal repassado para o Ministério da Saúde gira em torno 101 bilhões de reais. 
Em seus 27 anos de existência, o SUS conquistou uma série de avanços para a saúde do 
brasileiro. Reconhecido internacionalmente, o Programa Nacional de Imunização (PNI), 
responsável por 98% do mercado de vacinas do país, é um dos destaques. O Brasil garante à 
população acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS), disponibilizando 17 vacinas para combater mais de 20 doenças, em diversas faixas 
etárias, na rede pública de todo o país. Também é no SUS que ocorre o maior sistema público de 
transplantes de órgãos do mundo. O programa cresceu 63,85% na última década, saltando de 
14.175 procedimentos em 2004 para 23.226 em 2014. Também dá assistência integral e 
totalmente gratuita para a população de portadores do HIV e doentes de Aids, renais crônicos, 
pacientes com câncer, tuberculose e hanseníase. 
 
 Figura 4. Conceitos. Fonte: Google. 
 
 
 
Figura 4. Logomarca Sistema Único de saúde. Figura 3. Logomarca do Sistema Único de Saúde. 
 
18 
 
3. DEFINIÇÕES 
 
 Farmácia - Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, do 
comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de 
dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente 
de assistência médica; 
 Drogaria - Estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, 
insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais; 
 Dispensário de medicamentos - Setor de fornecimento de medicamentos 
industrializados, privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalente; 
 Posto de medicamentos e unidades volantes - Estabelecimento destinado 
exclusivamente à venda de medicamentos industrializados em suas embalagens originais e 
constantes de relação elaborada pelo órgão sanitário federal, publicada na imprensa oficial, para 
atendimento a localidades desprovidas de farmácias ou drogarias; 
 Distribuidor – Representante importador e exportador. Empresa que exerça direta ou 
indiretamente o comércio atacadista de drogas, medicamentos em suas embalagens originais, 
insumos farmacêuticos e de correlatos 
 Indústria farmacêutica - É responsável por produzir medicamentos. É uma atividade 
licenciada para pesquisar, desenvolver, comercializar e distribuir drogas farmacêuticas. Muitas 
das companhias da indústria farmacêuticas surgiram nos finais do século 19 e início do século 
20. As principais descobertas aconteceram em torno das décadas de 1920 a 1930. Nos últimos 
anos surgiram no Brasil os medicamentos genéricos que são alternativas às medicações 
tradicionais. 
 Boticas: Estabelecimento onde se preparam e/ou se vendem medicamentos; farmácia. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
4. PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE 
A partir de então, estão compostos de três seções cujo objetivo principal é provocar uma 
reflexão sobre o processo de trabalho em saúde e, em particular, sobre a Atenção Básica de 
Saúde, tomando como referência a prática das equipes de Saúde da Família e a discussão dos 
elementos do processo de trabalho e suas especificidades no campo da saúde. Faremos também 
uma reflexão sobre a determinação social do processo de saúde e doença, preparando-nos para a 
discussão de modelo assistencial. Esperamos que este EIXO possibilite uma reflexão sobre o 
processo de trabalho de sua equipe, ou seja, que você perceba e analise, juntamente com sua 
equipe, diferentes possibilidades de se trabalhar em saúde, considerando-se os objetivos de cada 
ação desenvolvida por sua equipe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 e 6 Arquivo Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte 
 A organização e a gestão dos processos de trabalho em saúde, em especial do trabalho de 
uma equipe na atenção básica, constituem um dos eixos centrais da reordenação da atenção à 
saúde no SUS. Por isso, julgamos necessário aprofundar o nosso conhecimento sobre o processo 
de trabalho em geral e do processo de trabalho na atenção básica em particular. 
Abordaremos nesta seção os componentes do processo de trabalho e no final você 
encontrará também uma recapitulação do assunto abordado. 
Diante dessa organização, esperamos que o estudo desta seção possa lhe oferecer 
subsídios para refletir criticamente sobre o processo de trabalho, respondendo aos seguintes 
objetivos: 
• Compreender o processo de trabalho na sua totalidade e a inter-relação dos seus elementos. 
• Identificar as especificidades de cada elemento do processo de trabalho e suas implicações 
práticas. 
• Perceber o funcionamento do processo de trabalho numa perspectiva dinâmica e reiterativa. 
• Compreender a importância da avaliação constante no processo de trabalho. 
 
20 
 
4.1 Componentes do processo de trabalho 
O modo como desenvolvemos nossas atividades profissionais, o modo como realizamos 
o nosso trabalho, qualquer que seja, é chamado de processo de trabalho. Dito de outra forma, 
pode-se dizer que o trabalho, em geral, é o conjunto de procedimentos pelos quais os homens 
atuam, por intermédio dos meios de produção, sobre algum objeto para, transformando-o, 
obterem determinado produto que pretensamente tenha alguma utilidade. 
A reflexão crítica e contínua sobre o processo de trabalho e sua transformação é uma 
característica marcante da humanidade e constitui uma parte central do processo de 
desenvolvimento humano. O grau de dificuldade dessa reflexão aumenta com a complexidade e 
com a indeterminação dos processos de trabalho. Quanto mais complexo o processo de trabalho 
e quanto menos sistematizado ele for, mais difícil será refletir sobre ele. 
Essas são características muito presentes na ABS e no PSF. Por isso, é fundamental que 
os profissionais aí inseridos desenvolvam habilidades para a aplicação de instrumentos que 
possibilitem a reflexão crítica e a transformação do seu processo de trabalho. 
Em um processo de trabalho, as finalidades ou objetivos são projeções de resultados que 
visam a satisfazer necessidades e expectativas dos homens, conforme sua organização social, em 
dado momento histórico. 
Os objetos a serem transformados podem ser matérias-primas ou materiais já previamente 
elaborados ou, ainda, certos estados ou condições pessoais ou sociais. 
Exemplos: 
Transformar o minério de ferro e o carvão em aço; transformar a madeira em uma mesa; 
transformar um corpo/pessoa doente em um corpo/pessoa mais saudável; mudar o 
comportamento de uma pessoa a respeito de sua saúde; mudaro comportamento de uma 
comunidade a respeito do meio ambiente. 
Os meios de produção ou instrumentos de trabalho podem ser máquinas, ferramentas ou 
equipamentos em geral, mas também, em uma visão mais ampla, podem incluir conhecimentos 
e habilidades. 
Os homens são os agentes de todos os processos de trabalho em que se realiza a 
transformação de objetos ou condições para se atingir fins previamente estabelecidos. 
O conceito e o esquema geral dos processos de trabalho são oriundos da economia e 
ganharam utilidade especial na análise de processos de trabalho específicos na ergonomia e saúde 
do trabalhador, na engenharia de produção e na administração. 
 
21 
 
Vamos, a partir de agora, abordar, de forma um pouco mais detalhada, cada componente 
do processo de trabalho. 
4.2 Objetivos ou finalidades 
Todo processo de trabalho é realizado para se atingir alguma(s) finalidade(s) 
determinada(s) previamente. Pode-se dizer, portanto, que a finalidade rege todo o processo de 
trabalho e é em função dessa finalidade que se estabelecem os critérios ou parâmetros de 
realização do processo de trabalho. 
O objetivo do processo de trabalho é a produção de um dado objeto ou condição que 
determina o produto específico de cada processo de trabalho. Com esse produto, por sua vez, 
pretende-se responder a alguma necessidade ou expectativa humanas, as quais são determinadas 
ou condicionadas pelo desenvolvimento histórico das sociedades. 
Deve-se destacar que, como todo processo de trabalho é regido pelos fins estabelecidos, 
a escolha e o estabelecimento desses fins ou objetivos são uma atividade de crucial importância. 
É aí que se localizam, mesmo que não explicitamente, as grandes questões sociais e de poder na 
determinação dos processos de trabalho. 
Atualmente, em nossa sociedade, em quase todas as instituições, a definição das 
finalidades está quase completamente alienada, fora do poder de decisão dos trabalhadores que 
realizam as atividades produtivas diretas. Quem define as finalidades são, geralmente, grupos 
restritos que ocupam os níveis mais elevados da hierarquia institucional. Talvez, por isso, seja 
comum o fato das análises dos processos de trabalho omitirem esse componente – o objetivo – 
em seus esquemas analíticos, tratando-o como um dado externo ao próprio trabalho. Essa é, em 
nosso entendimento, uma visão equivocada e viciada, que pressupõe a impossibilidade de os 
trabalhadores deliberarem sobre o conjunto da produção social. 
 
4.3 Meios e condições 
Todo processo de trabalho é desenvolvido com o uso de meios específicos para cada 
condição particular. Os meios e condições de trabalho se combinam na realização do trabalho, 
por meio da atividade produtiva. Eles abrangem um espectro muito amplo: 
• As ferramentas e estruturas físicas para o trabalho, como máquinas, equipamentos, 
instrumentos, edificações e o ambiente, que permitem que o trabalho se realize; 
 
22 
 
• os conhecimentos, sistematizados ou não, e as habilidades utilizadas no processo de trabalho, 
comumente chamados de meios intangíveis (ou tecnologias leve-duras e leves, na terminologia 
cunhada por Emerson Merhy para a análise dos processos de trabalho em saúde); 
• por fim, podemos considerar, também, as próprias estruturas sociais, que são determinantes, 
por exemplo, para as relações de poder no trabalho e para a remuneração dos diversos tipos de 
trabalho. 
4.4 Objeto 
Todo processo de trabalho se realiza em algum objeto, sobre o qual se exerce ação 
transformadora, com o uso de meios e em condições determinadas. Elementos físicos e 
biológicos ou mesmo elementos simbólicos, assim como subjetividades ou complexos sociais, 
podem ser objetos nos diversos processos de trabalho. 
Observação: 
O uso do termo “objeto” na análise técnica de processos de trabalho, algumas vezes, é 
feito no sentido do fim ou da meta do processo. Aqui utilizamos o termo “objetivo” nesse sentido 
e reservamos ao termo “objeto” o significado de matéria, condição ou estado sobre o qual se 
exerce a atividade produtiva (ação) no sentido de sua transformação. 
 
4.5 Agente ou sujeito 
Todo processo de trabalho tem um sujeito – ou conjunto de sujeitos – que executa as 
ações, estabelece os objetivos e as relações de adequação dos meios e condições para a 
transformação dos objetos. 
Deve-se considerar o agente do trabalho na complexidade de sua existência real. Nos 
processos de trabalho em geral, muitas vezes a atividade é realizada por apenas um indivíduo. 
Trata-se então, de um sujeito individual exercendo uma atividade ou um conjunto de atividades. 
Frequentemente, no entanto, encontramos, nos processos de trabalho, atividades coletivas, 
conjuntas ou complementares de vários indivíduos. Nesse caso falamos, normalmente, em 
trabalho de grupo ou de equipe. 
A maior parte dos processos de trabalho, individuais ou de equipe, realiza-se dentro de 
organizações sociais ou instituições especialmente constituídas para um determinado fim. Além 
disso, deve-se considerar, ainda, que todos esses sujeitos são formados e desenvolvem suas 
atividades em uma sociedade determinada. Assim, os objetivos, bem como os procedimentos 
 
23 
 
analíticos e operacionais de adequação de meios, condições e fins, são estabelecidos e realizados 
em todos esses níveis (social, institucional, de equipe ou grupo e individual). Portanto, 
dependendo da perspectiva de análise, o agente do trabalho pode e deve ser visto como um 
indivíduo, um grupo ou equipe, uma instituição ou uma sociedade. 
 
4.6 Objetivos existenciais ou sociais nos processos de trabalho 
Até este ponto do texto, consideramos os objetivos dos processos de trabalho sob um 
ângulo predominantemente técnico, da finalidade imediata do trabalho (produzir uma mesa, 
aplicar uma vacina, preparar uma comida, etc.). Porém, todo processo de trabalho realiza também 
objetivos existenciais e sociais dos sujeitos nele envolvidos, objetivos esses que podem estar 
claros ou não para esses sujeitos. 
Em primeiro lugar, o processo de trabalho é um momento privilegiado de exercício de 
capacidades, de manifestação ativa dos indivíduos e, por isso, podemos dizer que a realização 
em si dessas individualidades é também um objetivo de todo trabalho. Dito de outra forma, 
desenvolver a capacidade e a possibilidade de realizar um trabalho pode ser, em si mesmo, um 
objetivo. 
Por exemplo: A capacidade que desenvolve um membro de uma equipe de saúde de 
organizar e conduzir uma reunião pode ser tão importante para esse sujeito quanto os resultados 
alcançados com essa reunião, na medida em que representou um desafio pessoal que foi 
superado. 
Aqui se incluem potencialidades e expectativas individuais que são sempre formadas ou 
desenvolvidas socialmente. Mas deve-se destacar que parte não desprezível dessa realização, 
assim como da produtividade do trabalho, deve-se às relações interpessoais nas equipes de 
trabalho. Dessa inter-relação também emergem objetivos diversos daqueles relacionados à 
realização dos produtos que tecnicamente são o fim do trabalho da equipe. 
Em segundo lugar, é claro que as instituições apresentam objetivos que vão muito além 
da simples realização dos produtos para os quais elas são designadas. Esses objetivos variam, 
certamente, com o caráter das instituições em questão. Um exemplo clássico é aquele das 
empresas privadas dentro das relações sociais capitalistas. Nessas condições, as instituições 
sempre têm como objetivo final não apenas a fabricação de um produto, mas, também, produzir 
certo volume ou percentual de lucro ou conquistar certa posição no mercado. 
 
24 
 
 A realização de seus produtos ou serviços é, de fato, meio para atingirem tal fim. Do 
mesmo modo, dentro das instituições públicas por meio das quais se realizam, por exemplo, os 
serviços públicos de saúde e educação no Brasil, há objetivos de interesse dos representantespolíticos, tais como a conquista e a manutenção de posições de poder nos diversos níveis 
institucionais: local, municipal, regional, estadual e nacional. 
Por fim, todos esses objetivos ou expectativas individuais, grupais ou institucionais se 
dão numa determinada sociedade que também produz (de uma maneira ou de outra) objetivos ou 
expectativas, expressos, mais ou menos claros, em padrões, valores e metas. 
Nos níveis institucional e social é que se definem, também, as retribuições, as 
recompensas (salário, por exemplo) atribuídas aos diversos indivíduos, conforme suas posições 
na divisão do trabalho. Essas recompensas representam parcela significativa das condições de 
trabalho e, ao mesmo tempo, certamente, constituem parte dos objetivos dos agentes individuais 
nos processos de trabalho. 
Pode-se concluir que todos os objetivos dos processos de trabalho são, portanto, 
estabelecidos por subjetividades ou complexos de subjetividades em diversos níveis de 
estruturação, que, como tal, funcionam como agentes, em sentido amplo, nos processos de 
trabalho. 
Recapitulando ... 
As condições, meios, objetos e os próprios agentes dos diversos processos de trabalho são 
alvos de uma seleção, assim como de transformação e/ou de criação humanas, e interagem para 
a consecução dos objetivos, estabelecidos por indivíduos, grupos, instituições e/ou pela 
sociedade, buscando atender às suas necessidades e expectativas. Consequentemente, os 
processos de trabalho são avaliados pela adequação dos resultados a esses objetivos, necessidades 
ou expectativas. 
Os componentes do processo de trabalho, incluindo os seus fins, a sua execução e a 
própria avaliação, sofrem modificações a partir desse processo crítico de avaliação. Isto é, os 
processos de trabalho são sempre avaliados em função dos seus resultados, mais ou menos 
intensos, consciente e sistematicamente, conforme as condições sociais e institucionais em que 
eles se exercem. A avaliação constitui, necessariamente, um momento e um instrumento de 
crítica de todo o processo e sua execução. É, portanto, uma peça fundamental para o 
desenvolvimento de qualquer processo de trabalho. 
 
25 
 
Em geral, os componentes dos processos de trabalho são, eles próprios, produtos de 
trabalho. A sua produção é uma criação humana consciente e eles são uma adequação concreta 
de recursos existentes aos fins postos. O funcionamento reiterativo dos processos de trabalho 
implica como dito anteriormente, algum tipo de avaliação e crítica que incide sobre os 
procedimentos e conhecimentos de cada processo de trabalho, possibilitando a sua transformação 
consciente. 
A construção do conhecimento e de novas capacidades daí derivadas é elemento-chave 
no desenvolvimento dos processos de trabalho, em quaisquer de suas características, por 
exemplo, a produtividade, a satisfação e a realização pessoal dos profissionais e dos usuários ou 
clientes, a economia de meios e otimização de recursos (o que é fundamental para a preservação 
ambiental), etc. 
4.7 Modelos de determinação social da saúde e da doença 
Nesta seção, vamos iniciar a discussão sobre como a saúde e a doença de cada indivíduo 
e dos diferentes grupos sociais são “produzidas”, ou seja, como são determinadas a saúde e a 
doença. Como explicar as diferenças tão marcantes no estado de saúde dos diferentes grupos 
sociais ou dentro de um mesmo grupo social? 
Ao tratarmos destas questões neste módulo, esperamos que ele permita: 
• Repensar o nosso processo de trabalho, em particular as finalidades no nosso trabalho; 
• Entender a forma como organizamos os nossos sistemas de saúde e os modelos assistenciais 
que adotamos em diferentes momentos de nossa história. 
Nesse sentido, organizamos esta seção em quatro partes: 
Parte 1 - A determinação social dos indivíduos 
Parte 2 - O conceito de saúde 
Parte 3 - Determinantes sociais da saúde 
Parte 4 - Evidências da determinação social da saúde 
Iniciamos esta discussão com uma reflexão sobre nossa própria “determinação” ou, dito 
de outra forma, o que explica as trajetórias das pessoas individualmente e dos diferentes grupos 
sociais. 
É consenso no pensamento social contemporâneo que os indivíduos são determinados por 
sua posição na sociedade. Todos reconhecem que os meios materiais e espirituais para o 
desenvolvimento e a realização de capacidades a que os indivíduos têm acesso no curso de suas 
 
26 
 
vidas, assim como a teia de relações peculiar nas quais cada indivíduo realiza a sua existência, 
definem as possibilidades e formam as características das existências individuais. 
Essa determinação atravessa todas as dimensões da vida social. Pode-se considerá-la 
desde o nível mais amplo, em que encontramos as relações econômicas e macrossociais que hoje 
são, certamente, definidas no plano mundial. 
Um exemplo claro e evidente dessa determinação macrossocial sobre a vida das pessoas 
é a acentuada diferença entre as possibilidades de desenvolvimento e realização pessoal que estão 
dadas para as populações dos diversos países. Para comprovar isso, basta você considerar, por 
um instante, o nível de proteção social que se tem nos países nórdicos como um extremo e na 
África subsaariana, como outro. É razoável supor que os níveis de saúde e de violência social 
geral, nessas diferentes sociedades, sejam determinados por aquela diferença no nível de proteção 
social. 
Talvez você não se dê por satisfeito com esse exemplo. Alguns podem atribuir essa 
diversidade nas condutas a diferenças naturais dos indivíduos que compõem as diferentes 
populações. A história tem comprovado o contrário. Como exemplo, podemos citar o fato de que 
as populações migrantes, com o tempo, adquirem características comportamentais próximas da 
cultura para onde migraram e isso é tão mais intenso quanto maior for a interação que 
estabelecem com essa nova cultura. No entanto, muitos podem ser reconfortados com a 
justificativa naturalista, porque ela nos desvia da crítica social. 
Porém, o próximo exemplo é ainda mais marcante e nele a determinação social surge, de 
modo mais evidente. Esse exemplo está nas crises econômicas que, aqui e ali, acometem um ou 
vários países. Na grande crise mundial que, em 1997/98, atingiu em cheio países do Sudeste 
asiático, a Rússia, o Brasil, a Indonésia viram a renda de mais de 30 milhões de pessoas cair 
abaixo da linha da pobreza e mais de 14 milhões de pessoas serem lançadas no desemprego em 
poucos meses. Não é difícil conceber o quanto isso representou em aumento de desespero, de 
violência em todos os níveis, de sofrimento e morte para essa população. 
O preço em qualidade de vida cobrado pela crise financeira na Indonésia não foi 
plenamente computado nem divulgado e acredita-se que tenha sido parcialmente mitigado por 
pacotes de ajuda internacional, no bojo de importantes mudanças políticas, com a deposição do 
presidente do país. 
 Para mais informações, visualizar o link: 
• http://www.unctad.org/en/docs/poedmm135.en.pdf 
 
27 
 
• http://www.medact.org/content/health/documents/poverty/Simms%20 and%20Rowson%20-
%20Reassessment%20of%20health%20 effects%20Indonesia.pdf 
De todo modo, é mais que evidente que as grandes crises sociais cobram preço altíssimo 
em qualidade e duração da vida das pessoas. Esse fato está perfeitamente documentado nas crises 
que ocorreram nos vários países do Leste europeu com o fim do sistema soviético. A expectativa 
de vida aos 15 anos caiu na Rússia e na antiga União Soviética lentamente, desde a metade da 
década de 70, e drasticamente a partir dos anos 90 até o ano 2000. No total foram perdidos, em 
média, sete anos de vida para os homens e três para as mulheres (MARMOT, 2004). 
As possibilidades para o desenvolvimento e a realização de capacidades individuais, as 
expectativas, os valores e o próprio caráter das pessoas são, de fato, profundamente marcados 
pela estrutura econômico-socialgeral que – acentuamos mais uma vez – é progressivamente 
mundial. Os padrões éticos em geral, o nível de competitividade entre as pessoas, os padrões e 
perfis mais gerais de consumo, etc. são certamente delineados nesse nível macrossocial. 
Como então há tanta diversidade de comportamentos dentro das mesmas condições estruturais 
da sociedade? 
Ocorre, em primeiro lugar, que as grandes estruturas econômicas da sociedade podem 
conviver com uma relativa diversidade e independência de padrões culturais. É possível, por 
exemplo, como vemos hoje, a estrutura capitalista desenvolver-se em culturas democráticas e 
com tradição de respeito aos direitos civis, assim como em culturas de padrão autoritário e até 
mesmo patriarcal. 
Em segundo lugar, as grandes estruturas econômico-sociais vão se fazer presentes na vida 
das pessoas, determinando-lhes o modo de ser por uma série de mediações, de dimensões 
intermediárias, particulares, até a composição das condições de existência cotidiana de cada 
indivíduo. As condições materiais das diversas famílias e indivíduos numa mesma classe ou 
grupo social se aproximam bastante, mas alguma diferença está sempre presente, dadas as 
características próprias de cada família ou indivíduo, como a existência de algum patrimônio 
deixado por gerações anteriores. Do mesmo modo, as características culturais das pessoas numa 
classe ou grupo social tendem a uma certa homogeneidade, distinguindo-as de outras classes e 
grupos sociais. 
Os valores éticos, os gostos estéticos, as características das relações interpessoais (as 
relações amorosas e as relações entre adultos e crianças, por exemplo) têm traços comuns que 
marcam grupos sociais distintos. Porém, assim como nas condições materiais, as diferenças são 
 
28 
 
também marcantes, dependendo da história particular de cada subgrupo pessoal, de cada família, 
de cada indivíduo. 
Por fim, a última mediação na determinação da vida de cada indivíduo é o próprio 
indivíduo. Em seu patrimônio material e espiritual e nas condições reais de sua vida, os 
indivíduos sempre têm a possibilidade de fazer escolhas, que constituem um elemento 
característico de seu comportamento. Essas escolhas, aliadas ao comprometimento individual e 
coletivo que daí pode derivar, são momentos críticos para a transformação da própria estrutura 
social e dos padrões de relações e valores que conformam uma dada sociedade. 
Até aqui tratamos da determinação social dos indivíduos em geral, mas o nosso objeto é 
a determinação social da saúde. Cabe, portanto, perguntar: a determinação social da saúde tem 
mecanismos próprios, peculiares ou pode ser entendida como a determinação geral dos 
indivíduos? Os mecanismos da determinação social da saúde são os mesmos da determinação 
social dos gostos estéticos ou dos valores éticos, por exemplo, ou são diversos destes? 
Ao tratarmos da determinação social da saúde, torna-se obrigatória uma clara definição 
do que entendemos por saúde, sob pena de não se saber do que se está falando. Esse entendimento 
é importante para o esclarecimento dos mecanismos pelos quais essa determinação se dá e, 
portanto, também como ela pode ser modificada, transformada. 
 
4.8 O conceito de saúde 
Uma definição tradicional da saúde é puramente negativa, pois nela a saúde é considerada 
como simples ausência de doenças. Essa definição, tão contestada, como um componente de uma 
visão restritiva, puramente biológica e médica da questão da saúde, certamente não se aplica a 
uma análise da determinação social da saúde. Ao contrário, por princípio, trata-se de uma anti 
definição, que nega qualquer perspectiva analítica ao tema da saúde e reduz, efetivamente, toda 
questão à compreensão e tratamento das doenças e lesões. 
Outra definição também já tradicional é aquela da Constituição da Organização Mundial 
de Saúde (OMS), de 1946, que considera a saúde um estado de perfeito bem-estar 
biopsicossocial. Essa é uma concepção positiva de saúde, embora tenha alguns inconvenientes. 
Em primeiro lugar, a indeterminação, a incapacidade de especificar o objeto que pretende 
definir. Em segundo lugar, estreitamente relacionado com o primeiro inconveniente, encontra-se 
o fato de se postular a saúde como um estado, uma condição ideal de plenitude, que seria o 
 
29 
 
objetivo final, praticamente inatingível, da existência da vida de todas as pessoas. Ora, 
certamente, não é este o sentido concreto que, na vida cotidiana, atribuímos ao termo saúde. 
Uma terceira definição, que tem conquistado progressivamente mais espaço no setor 
saúde, entende que a saúde é um meio, um recurso para a vida das pessoas. Essa também é uma 
definição positiva que, no entanto, não incorre nos vícios da definição anterior. Esta terceira 
definição, muito difundida no campo da promoção da saúde, aproxima-se do uso corrente do 
termo. Ela permite a clara distinção da saúde em relação aos outros recursos e condições da 
realização da vida das pessoas. 
As duas definições positivas de saúde a que nos referimos aqui estão no texto fundante 
da promoção da saúde: o relatório da Primeira Conferência Internacional de Promoção de Saúde, 
organizada pela OMS em 1986, a Carta de Ottawa: 
Promoção de saúde é o processo de capacitação das pessoas para aumentar seu controle 
sobre como melhorar a sua saúde. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e 
social, um indivíduo ou grupo deve ser capaz de identificar e realizar aspirações, satisfazer 
necessidades e transformar ou lidar com os ambientes. Saúde é, portanto, vista como um recurso 
para a vida cotidiana, não o objetivo da vida. Trata-se de um conceito positivo enfatizando 
recursos sociais e pessoais, assim como capacidades físicas. Portanto, promoção de saúde não é 
apenas responsabilidade de um setor e vai além dos estilos de vida saudáveis para o bem-estar 
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1986). 
Concebendo-se a saúde como um meio, como uma condição para a realização da vida, 
tem-se necessariamente que distinguir a saúde da totalidade da vida e, portanto, do conjunto dos 
objetivos da vida dos homens. A vida humana, obviamente, estabelece objetivos que não se 
restringem à saúde e que se mostram superiores à saúde na escala de valores. Esse fato se 
manifesta claramente quando a vida individual e a saúde são postas em risco devido à realização 
desses outros valores (sejam eles valores éticos universais, como o bem comum, ou valores 
relativos à família, ao amor, ao trabalho, à pátria, ao prazer ou outros). As atitudes realizadas em 
função desses valores se justificam por si mesmas, como expressões práticas de uma determinada 
postura social e cultural e não por seu resultado para a saúde dos praticantes. 
Pode-se concluir, portanto, que, ao considerar-se a saúde um meio para a vida ou para a 
realização dos indivíduos na vida, certamente não se pode confundi-la com a totalidade da 
realização de cada um e, portanto, impõe-se uma restrição ao conceito de saúde que não se 
encontra na definição da OMS. Desse modo, a saúde é tomada como um dos elementos da 
 
30 
 
qualidade de vida e uma das condições objetivas para o desenvolvimento humano, e não como o 
seu conjunto. 
Sob esse ponto de vista, deve-se identificar saúde como vitalidade psíquico-fisiológica, 
isto é, como capacidade psicofisiológica para exercício ativo de cada indivíduo para a sua 
realização na vida. Assim como saúde, capacidade psicobiológica, é, certamente, uma condição 
parcial para a realização dos indivíduos na vida. 
Implícita ou explicitamente, esta definição é aquela objetivamente adotada quando se 
busca avaliar as condições de saúde de certo universo humano ou o impacto sobre a saúde de 
uma dada intervenção (planos, projetos, programas, protocolos, etc.). De fato, os conceitos e as 
medidas tanto de saúde autorreferida como aqueles de “expectativa de vida” ou “anos de vida 
saudáveis” ou, ainda,os seus correlatos negativos, os coeficientes de mortalidade e incapacidade, 
todos esses se referem, sem qualquer dúvida, à vitalidade, à capacidade psicofisiológica dos 
indivíduos. 
Como vimos no tópico sobre a determinação social dos indivíduos, além da saúde, outras 
condições são necessárias para a realização dos indivíduos. Trata-se, em síntese, dos meios que 
a sociedade propicia, permite e determina para eles se desenvolverem e se realizarem. Há aqui o 
campo dos meios físicos, dos meios materiais e o campo dos meios intangíveis ou espirituais, 
por exemplo, a educação, o respeito, o afeto, a atenção que os indivíduos, de acordo com suas 
posições no ordenamento social, reciprocamente se dão. Essas condições, essencialmente sociais, 
são, por sua vez, determinantes centrais das condições de saúde dos indivíduos. 
Entende-se que, nesse amplo escopo, no complexo dinâmico do desenvolvimento 
humano, o campo institucional da saúde – o setor saúde – tem como objetivo específico a 
promoção, a proteção e a recuperação da vitalidade psicofisiológica. Essa é a sua 
responsabilidade institucional. 
Mas, com isso, não se restringe novamente a atuação do setor saúde ao campo biológico 
ou biopsíquico? 
Claro que não. O que se obtém com essa delimitação do conceito de saúde não é a 
eliminação das dimensões sociais de seu universo de interesse teórico e do campo de sua prática. 
Ao contrário, essa delimitação explicita o compromisso do setor saúde e o seu objetivo específico 
na análise e intervenção social. Com essa delimitação é possível que a abordagem do social no 
setor saúde se torne mais objetiva, operacionalizável e eficaz. 
 
 
31 
 
4.9 Determinantes sociais da saúde 
Examinando-se a determinação social dos indivíduos e especificando-se o que é a saúde, 
não é preciso muito esforço para compreender a determinação social da saúde. 
No curso de nossa vida nos desenvolvemos – recebemos, reproduzimos e criamos meios 
de realização – e nós realizamos, de uma maneira ou de outra. O indivíduo, de acordo com sua 
posição no ordenamento social, tem acesso aos meios produzidos e disponibilizados pela 
humanidade, realizando suas potências naturais dentro das condições e possibilidades do meio 
social em que vive, assim como também realiza potências que são de origem essencialmente 
social. A realização de cada um constitui, por sua vez, momento ativo do desenvolvimento 
humano genérico. No seu desenvolvimento, os indivíduos organizam e transformam grupos 
humanos nos mais diversos níveis e, também, a própria humanidade. Então, por fim, para os 
próprios indivíduos, que são concentrações vivas e pontos de interação da rede social, a 
transformação da sociedade resulta em novas condições de ser, novas condições de sua 
existência, inclusive psicofisiológica. 
As condições sociais são, efetivamente, base para o padrão sanitário de um povo, assim 
como a posição de cada indivíduo na sociedade é uma base da própria saúde. Isso se comprova 
pelo fato de que, ao retrocedermos nas séries causais dos principais grupos patológicos, daqueles 
que têm mais magnitude e transcendência nas diversas sociedades, encontramos, entre os 
determinantes finais, com muito peso, as condições sociais de vida. 
As condições de habitação e as condições ambientais do peridomicílio, a existência de 
restrições no acesso à alimentação e a outros bens fundamentais para a reprodução da vida, as 
características físicas das atividades realizadas no trabalho, assim como as condições do ambiente 
em que se realiza o trabalho podem implicar uma série de riscos à saúde que, em geral, estão 
além da possibilidade de controle por parte dos indivíduos. Essas condições são essencialmente 
determinadas pela posição dos indivíduos na hierarquia social e na divisão social do trabalho e 
da renda. 
Localiza-se aí um campo da determinação social da saúde que podemos chamar, 
genericamente, de físico ou ambiental. É mais do que evidente o grande diferencial de risco 
ambiental ou físico a que estão submetidos os indivíduos conforme a sua posição social. Essa 
gradiente social se manifesta na comparação entre países e, no interior dos países, na comparação 
entre os diversos estratos sociais. A exposição a agentes biológicos, químicos ou físicos danosos, 
a deficiência nutricional, o desgaste físico generalizado ou o esforço repetitivo no trabalho são 
 
32 
 
características das condições sociais de pobreza ou miséria que ainda acometem a maior parte da 
população mundial. Além da maior exposição a riscos, a vulnerabilidade das populações carentes 
é ampliada pela deficiência no acesso à educação e aos serviços de saúde, o que reduz a sua 
capacidade de lidar com esses riscos. 
Mas a determinação social da saúde não está circunscrita aos males provenientes da 
exposição aos riscos de dano fisiológico que caracterizam a pobreza ou à proteção contra esses 
riscos que caracterizam os estratos sociais medianos e de elevada renda. Não, há um campo de 
determinantes sociais sobre a saúde mais sutil, porém igualmente intenso. Trata-se do campo 
comumente chamado de determinantes psicossociais. O grau de reconhecimento, o nível de 
autonomia e de segurança, assim como o balanço entre esforço e recompensa e entre 
expectativas, realizações e frustrações que os indivíduos obtêm no curso de suas vidas são 
igualmente determinantes de suas condições de saúde. De fato, esse campo da determinação 
social da saúde é cada vez mais relevante, estando na base da série causal dos principais 
problemas de saúde da atualidade, no mundo em geral e mesmo nos países de renda média e 
baixa, em particular. 
4.10 Evidências da determinação social da saúde 
Afirmamos anteriormente que há um consenso quanto à determinação social dos 
indivíduos no campo da teoria social. Esse consenso é, no entanto, quebrado por uma linha de 
pensamento que tem muita penetração no pensamento social e também na cultura médica. Trata-
se da concepção liberal da economia e da sociedade, que pretende que as atitudes e os 
comportamentos individuais sejam fundamentalmente frutos da escolha individual e que, em 
última instância, as bases da personalidade e do comportamento dos indivíduos sejam 
determinadas pela natureza. 
No campo da saúde, essa visão naturalista e individualista da vida e dos comportamentos 
individuais encontra grande sintonia com a abordagem exclusivamente biológica dos problemas 
de saúde. Por um lado, esses problemas são reduzidos a fenômenos de base puramente natural, 
doenças cuja explicação só pode ser encontrada na determinação genética e em sua expressão 
fenotípica, condicionada pelo ambiente físico e pelos comportamentos individuais. Por outro 
lado, esses comportamentos são tratados como objeto de uma escolha individual que se pretende 
ser essencialmente livre, independentemente de determinantes sociais. 
 
33 
 
A doutrina da medicina baseada em evidências, capturada por esse foco exclusivo, não é 
capaz de reconhecer os determinantes sociais subjacentes aos principais problemas de saúde 
mundiais. As pesquisas para a determinação dos fatores de risco para problemas, como as 
neoplasias e as doenças cardiovasculares, quase sempre tratam esses determinantes sociais 
apenas como fatores de confusão (confounders). 
Pearce, um pesquisador neozelandês, mostra que significativo número de estudos sobre 
fatores de risco para diversos cânceres identifica a pobreza ou classe social baixa como fator de 
risco para a neoplasia, mas esses estudos tratam esse fator como mero confounder (PEARCE, 
1996). 
No entanto, a determinação social da saúde encontra as mais amplas evidências, seja na 
análise histórica, seja nos próprios padrões da pesquisa epidemiológica contemporânea. 
Obviamente, em qualquer caso, não se trata de negar a determinação genética das condições de 
saúde, mas de precisar o seu peso em face dos determinantes comportamentais e sociais.

Continue navegando