Buscar

2 Aprendizagem por modelo - parte II

Prévia do material em texto

Aprendizagem por modelo – parte II
	Quando um modelo apresenta discrepâncias entre o que diz e o que faz, acaba determinando que é correto dizer X e fazer Y. Perpetua a ideia de que é correto agir de forma diferente em um meio social e, fora dele, agir de outra forma.
	A punição como forma de incentivo ao aprendizado trouxe inúmeras formas de castigo para comportamentos indesejados como, por exemplo, agressões físicas, como o antigo uso da palmatória, deixar de castigo num canto da sala vestindo “orelhas de burro”, etc. A busca por conhecimento como algo prazeroso é afetado. Dessa forma a criança passa a cumprir exigências, mas não existe uma relação de descoberta e prazer com a aprendizagem. Boas notas tornam-se algo obrigatório que, não necessariamente, significam que a criança aprendeu, mas que está fazendo o possível para atingir os objetivos exigidos.
	Comportamentos governados por regras dependem de outra pessoa ou de meios para passar instruções. As instruções são o contexto da tríplice contingência – primeiro se aprende as contingências e, depois, se expõe ao meio. Ao conhecer as regras de um ambiente, o sujeito cria comportamentos mais rígidos para se adequar a elas, porém se a contingência do ambiente mudar, se o comportamento deixar de gerar consequências, o comportamento tende a permanecer, justamente por conta dessa rigidez.
	Comportamento modelado por contingências acontece por modelagem, não dependendo de outra pessoa. Aprende-se as contingências por exposição ao meio. É mais fluido, menos rígido e acompanha as mudanças do meio. Modelagem está ligada à ideia de massa de moldar – moldar até que atinja o estado final.
	Expõe-se ao ambiente, emite-se um comportamento que, embora não seja adequado, proporciona evolução e, conforme vai-se repetindo e praticando, vai se aproximando do que é o comportamento ideal. Assim, a aprendizagem ocorre por tentativa e erro.
	Realizaram um experimento com um grupo de macacos em uma sala com uma escada com um cacho de bananas no topo, caso algum macaco subisse para pegar as bananas, todos os macacos da sala seriam molhados por torneiras espalhadas pela sala. Os macacos começaram a reprimir o comportamento e, toda vez que algum macaco se aproximasse da escada, agrediam esse membro para evitar serem molhados. Com o tempo, os macacos passaram a evitar o banho de água, agredindo membros que simplesmente se aproximassem da escada, mesmo não acionando a água.
	Esse experimento mostra como a transmissão de regras ocorre e se torna rígida, de forma que o sujeito está inserido num cotidiano, comportando-se de determinada maneira, ainda que não saiba o porquê desse comportamento ser assim.
Críticas ao empirismo
	O empirismo deposita muita energia na figura do professor e tira o foco do aluno. Tende a tornar o aluno um mercenário, pois o incentiva a realizar atividades em troca de benefícios. Desconsidera o que o aluno traz de bagagem.

Continue navegando