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G�I��C���ICÓID�� Mecanismo de ação Uso terapêutico Efeitos colaterais Glicocorticóides (GC) Os GC se ligam a receptores e regulam a expressão de genes. Os GC podem ser administrado VO, IV ou IM e podem ser absorvidos sistemicamente a partir dos espaços sinoviais, do saco conjuntival, da pele e do trato respiratório, e se ligam às proteínas plasmáticas (≥ 90%), como CBG e albumina. Metabolismo carboidratos e proteínas: os GC estimulam a glicogênese e a gliconeogênese no fígado e diminuem a utilização da glicose na periferia, aumentando a degradação das proteínas nos músculos e causando hiperglicemia. Metabolismo dos lipídeos: os GC promovem a redistribuição de gordura dos membros para o tronco, e pescoço e a face e aumento dos ácidos graxos circulante. Equilíbrio hidroeletrolítico: os MC aumentam a reabsorção de Na+ e a excreção de K+ e H+ nos TCP e nos DC. Sistema cardiovascular: os MC induzem a hipertensão e a fibrose intersticial cardíaca e aumentam a reatividade vascular a substâncias vasoconstritoras (norepinefrina, angiotensina II). Ação anti-inflamatória, antialérgica e imunossupressora: os GC inibem a PLA2 e a COX-2, diminuindo a produção de ácido araquidônico e seus metabólitos (PG e LT), inibem a produção de citocinas pró-inflamatórias (IL-1, IL-6, TNF-α), que ativam os linfócitos e estimulam a proliferação de fibroblastos, e inibem a liberação de histamina mediada por IgE pelos basófilos. Terapia de reposição: insuficiência suprarrenal aguda ou crônica, hiperplasia suprarrenal congênita. Anti-inflamatório, imunos- supressor, antialérgico: distúrbios reumáticos (LES, artrite reumtóide), doenças renais (síndrome nefrótica, GM, GNMP, esclerose focal), doenças alérgicas e anafilaxia, asma e DPOC, dermatoses inflamatórias, DII, neoplasias malignas (leucemia linfocítica aguda e linfomas), edema cerebral, sarcoidose, trombocitopenia, transplante de órgãos, lesão da medula espinhal. Interrupção da terapia: a interrupção com o eixo HHSR inibido exacerba a doença subjacente e causa insuficiência suprarrenal aguda, com queixas GI (náuseas, vômitos, dor ABD), desidratação, hiponatremia, hiperpotassemia, fraqueza, letargia e hipotensão. Doses suprafisiológicas: alcalose hipopotassêmica, hipertensão, hiperglicemia, policitemia, osteoporose e osteonecrose, miopatia, catarata, atraso do crescimento, redistribuição da gordura corporal, estrias e equimoses, alterações de humor (nervosismo, insônia). Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Composto Potência glicocorticóide Potência mineralocorticóide Duração da ação Dose equivalente Cortisol 1 1 8-12 h 20 Cortisona 0,8 0,8 8-12 h 25 Fludrocortisona 10 125 12-36 h Prednisona 4 0,8 12-36 h 5 Prednisolona 4 0,8 12-36 h 5 Metilprednisolona 5 0,5 12-36 h 4 Triancinolona 5 0 12-36 h 4 Betametasona 25 0 36-72 h 0,75 Dexametasona 25 0 36-72 h 0,75 Filipy Rocha IM����SU���S���ES Mecanismo de ação Uso terapêutico Efeitos colaterais Inibidores da calcineurina Tacrolimo O tacrolimo é administrado VO, menos absorvido com alimentos e se liga às proteínas plasmáticas (75-99%), como glicoproteína ácida α1 e albumina. O fármaco é metabolizado no fígado pela CYP3A e excretado nas fezes. O tacrolimo se liga à imunofilina FKBP-12 e inibe a calcineurina, impedindo a desfosforilação nuclear de NFAT, necessária para a expressão de IL-2, fator de crescimento para LT. Transplantes: profilaxia de rejeição de aloenxerto de órgão sólido. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Efeitos: nefrotoxicidade. Neurotoxicidade (tremores, cefaleia, distúrbios motores, convulsões), queixas GI, hipertensão, hiperglicemia, hiperpotassemia. Interações: interage com fármacos que inibem ou induzem CYP3A. Ciclosporina A ciclosporina pode ser administrada VO ou IV e é menos absorvida com alimentos. O fármaco é metabolizado no fígado pela CYP3A e excretado nas fezes. A ciclosporina se liga à ciclofilina e inibe a calcineurina. Transplantes: profilaxia de rejeição de aloenxerto de órgão sólido. Doenças autoimunes: artrite reumatóide, psoríase. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Efeitos: nefrotoxicidade. Hipertensão, hirsutismo, hiperlipidemia, tremores e hiperplasia gengival. Interações: interage com fármacos que inibem ou induzem CYP3A. Agentes antiproliferativos e antimetabólicos Sirolimo, Everolimo O sirolimo é administrado VO, menos absorvido com alimentos gordurosos e se liga às proteínas plasmáticas (40%), como albumina. O fármaco é metabolizado no fígado pela CYP3A4, transportado pela glicoproteína-P e excretado nas fezes. O sirolimo se liga à imunofilina FKBP-12 e inibe a mTOR, uma proteíno quinase necessária para o ciclo celular e a proliferação dos LT. Transplantes: profilaxia de rejeição de aloenxerto de órgão sólido, exceto pulmões e fígado. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Efeitos: hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Depressão da MO, úlceras orais, hipopotassemia, proteinúria e queixas GI. Interações: interage com fármacos que inibem ou induzem CYP3A4, aumenta o risco de nefrotoxicidade quando usado com ciclosporina. Azatioprina A azatioprina é administrada VO. O fármaco e seus metabólitos são metabolizados por oxidação ou metilação no fígado e nos eritrócitos. A azatioprina é clivada em 6-mercaptopurina, que é convertida em metabólitos que inibem a síntese de purinas. A 6-tio-GTP é incorporada ao DNA e inibe proliferação dos LT. Transplantes: profilaxia de rejeição de aloenxerto de órgão sólido. Doenças autoimunes: AR. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções (vírus varicela e vírus herpes simples). Efeitos: depressão da MO. Hepatotoxicidade, alopecia, queixas GI e pancreatite. Interações: interage com fármacos que inibem a xantina oxidase ou que causam depressão da MO. Micofenolato mofetila (MMF) O MMF pode ser administrado VO ou IV e é hidrolisado em ácido micofenólico (MPA). O MPA é metabolizado no glicuronídeo fenólico inativo MPAG e é excretado na urina. O MPA inibe a monofosfato de inosina desidrogenase (IMPDH), necessária para a nova via de síntese dos nucleotídeos de guanina e a proliferação dos LT e dos LB. Transplantes: profilaxia de rejeição de aloenxerto de órgão sólido. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções (citomegalovírus e vírus BK). Efeitos: depressão da MO e queixas GI (vômitos, diarreia). Interações: interage com fármacos que inibem a xantina oxidase ou que causam depressão da MO. Anticorpos policlonais Globulina antitimócitos (GAT) A GAT é uma gamaglobulina purificada a partir do soro de coelhos imunizados com timócitos humanos e contém anticorpos citotóxicos que se ligam ao CD2, CD3, CD4, CD8, CD11a, CD18, CD25, CD44, CD45 e às moléculas HLA das classes I e II na superfície dos LT humanos. Transplantes: rejeição aguda à transplantes. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções (citomegalovírus e vírus BK). Efeitos: depressão da MO e queixas GI (vômitos, diarreia). Anticorpos monoclonais (mAb) Anticorpos anti-CD3 Muromonabe-CD3 O mAb-CD3 se ligam ao receptor CD3 e promovem sua internalização, impedindo o reconhecimento dos antígenos e causando depleção de LT. Transplantes: rejeição aguda à transplantes. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Efeitos: síndrome da liberação de citocinas (febre, cefaleia, tremores, náuseas e vômitos, diarreia, dor abdominal, mal-estar, mialgias, artralgias e fraqueza generalizada). Filipy Rocha Anticorpos anti-CD25 Daclizumabe, Basiliximabe Os mAb anti-CD25 se ligam ao receptor da IL-2 e depletam LT. Transplantes: rejeição aguda à transplantes. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Anticorpos anti-CD52 Alentuzumabe Os mAb anti-CD52 se ligam ao receptor CD52 dos linfócitos, monócitos, macrófagos e células NK, causando depleção de LT e LB. Transplantes: rejeição aguda à transplantes. Neoplasias: LLC.Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Anticorpos anti-TNF Infliximabe, Adalimumabe Os mAb anti-TNF e se ligam TNF e impedem que se ligue aos receptores. Doenças autoimunes: AR, doença de Crohn, espondilite anquilosante, psoríase em placas e colite ulcerativa. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Anticorpos anti-CD11a Efalizumabe Os mAb anti-CD11a se ligam à cadeia CD11a do LFA-1 e impedem sua interação com ICAM, bloqueando aderência, circulação e ativação de LT. Transplantes: profilaxia de rejeição de aloenxerto de órgão sólido. Doenças autoimunes: psoríase. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Anticorpos anti-IL-1RA Canaquinumabe Os mAb anti-IL-1RA se ligam ao receptor de IL-1 nos linfócitos. Doenças autoimunes: criopirina (CAPS) (canaquinumabe). Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Outros Anakinra (IL-1RA) Rilonacepte (IL-1 TRAP) Os fármacos se ligam ao receptor de IL-1 nos linfócitos. Doenças autoimunes: AR (anakinra), gota (rilonacepte). Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Alfacepte O alfacepte se liga ao CD2 nos LT einibe a sua ativação. Doenças autoimunes: psoríase. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. Etanercepte Os mAb anti-TNF e se ligam TNF eimpedem que se ligue aos receptores. Doenças autoimunes: AR, EA, psoríase em placas. Imunossupressão: suscetibilidade a tumores secundários e a infecções. IM���E�T����AN��� Mecanismo de ação Uso terapêutico Efeitos colaterais Talidomida Lenalidomida ? Eritema nodoso e mieloma múltiplo (talidomida), pacientes com anemia depend. transfusões (lenalidomida). Efeitos: teratogenicidade. Bacilo de Calmette-Guérin (BCG) ? Neoplasias: profilaxia do carcinoma de bexiga e de tumores papilares recorrentes depois da RTU. Efeitos: hipersensibilidade, choque, febre e calafrios, mal-estar, doença por imunocomplexo Citocinas recombinantes Interferons (IFN) IFN-α-2b, IFN-γ-1b, IFN-β-1a e 1b Os interferons se ligam a receptores e induzem algumas enzimas, inibem a proliferação celular e potencializam atividades imunes, como a fagocitose pelos macrófagos e a citotoxicidade específica pelos LT. IFN-α-2b: tricoleucemia, melanoma maligno, linfoma folicular e sarcoma de Kaposi associado à AIDS. Hepatite B crônica e condiloma acuminado. IFN-γ-1b: d. granulomatosa crônica. IFN-β-1a e 1b: EM recidivante. Efeitos: síndrome gripal (febre, calafrios, cefaléia, fadiga, mialgia). Interleucina-2 (IL-2) Aldesleucina A aldesleucina estimula a proliferação e o crescimento dos LT, aumenta a citotoxicidade e atividade das células NK e induz a atividade da IFN-γ. Carcinoma de células renais e melanoma metastático. Efeitos: síndrome do extravasamento capilar (hipotensão, redução da perfusão visceral e morte). Imunossupressão: neutropenia. Filipy Rocha
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