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Sociologia uma breve, porém crítica introdução. Capítulo 1 (p. 9-27)

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SOCIOLOGIA: Questões e Problemas
Guilherme Willyams Tibúrcio Melo
UESPI – Universidade Estadual do Piauí
GIDDENS, Anthony. Sociologia: Questões e Problemas. In: Sociologia: uma breve, porém crítica introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1984, p. 9-27.
Na obra de Anthony Giddens, Sociologia: uma breve, porém crítica introdução, no primeiro capítulo – “Sociologia: Questões e Problemas” –, somos apresentados a conceituação da sociologia e seu contexto histórico, o autor nos apresenta a sociologia como ciência responsável pelo estudo da sociedade, ou “fatos sociais”(com dito por Emile Durkheim), indo contra concepções, antes disseminadas, de que a sociologia deve ser estudada da mesma forma como as ciências naturais(física, biologia, química, dentre outras). 
Para Giddens, a sociologia não deve ser diminuída a uma visão limitada de sociedade, que pode ser moldada e encaminhada com base em dados concretos, essa visão acaba sendo conflitante com o etnocentrismo que vinha sendo construído na época das “duas grandes revoluções”, período esse que foi berço para o nascimento da sociologia, em vista da necessidade de atender as urgências que surgiram nos grandes centros populacionais que se formaram. 
A sociologia então, assume o papel de estudar as sociedades de forma aberta e imparcial, levando em conta a “imaginação sociológica” – termo criado pelo sociólogo C.Wright Mills –, com isso a única forma de compreendermos e estudarmos o modo social, das sociedades industrializadas que se formaram inicialmente no Ocidente, é mediante um tríplice exercício de imaginação, envolvendo assim a sensibilidade histórica, antropológica e crítica, dando espaço para a recuperação do nosso passado imediato, “mundo que perdemos”, dando um viés histórico ao estudo de uma sociedade que está em constante mudança. 
Utilizando essa forma de lidar com a sociologia, mudamos totalmente a visão que temos das sociedades precedidas, e de diferentes locais, adotando a antropologia, algo que não acontecia até o século XIX, onde a ideia etnocentrista era muito forte, adotando sociedades industrializadas, que com poderio bélico e aparente superioridade, de certa forma influenciava os demais Estados-Nações, destruindo suas culturas e apagando traços sociais característicos. 
Concluindo, Anthony Giddens, deixa claro sua visão, com a ideia do “duplo envolvimento de indivíduos”, que fala que criamos a sociedade e ao mesmo tempo somos criados por ela, e que não podemos limitar a sociologia a parâmetros e dados concretos, pois não deve igualar a forma de estudo de uma sociedade as coisas naturais.
Guilherme W. T. Melo – Curso de Bacharelado em Direito – UESPI
 
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Guilherme W. T. Melo 
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Curso de 
Bacharelado
 
em Direito 
–
 
UESPI
 
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OCIOLOGIA
:
 
Questões e Probl
emas
 
 
Guilherme Willyams Tibúrcio Melo
 
UESPI 
–
 
Universidade Estadual do Piauí
 
 
 
GIDDENS, Anthony. Sociologia: Questões e Problemas. 
In: 
Sociologia
:
 
uma breve, porém 
crítica introdução
. Rio de Janeiro: Zahar, 1984, p. 9
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27.
 
 
Na obra de Anthony Giddens, 
Sociologia: uma breve, porém crítica introdução
, 
no primeiro capítulo 
–
 
“
Sociologia: Questões e Problemas
”
 
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, somos apresentados
 
a 
conceituação da sociologia e seu contexto histórico, o autor nos apresenta a 
sociologia como ciência responsável pelo estudo da sociedade
,
 
ou “fatos sociais”
(com 
dito por
 
Emile Durkheim
), indo contr
a concepções, antes disseminadas, de que a 
sociologia deve ser estudada da mesma forma como as ciências naturais(física, 
biologia, química, dentre outras). 
 
Para Giddens, a sociologia não deve ser diminuída a uma visão limitada de 
sociedade, que pode ser mo
ldada e encaminhada com base em dados concretos, 
essa visão acaba sendo conflitante com o etnocentrismo que vinha sendo construído 
na época das “
duas grandes revoluções
”, período esse que foi berço para o 
nascimento da sociologia, em vista da necessidade d
e atender as urgências que 
surgiram nos grandes centros populacionais que se formaram
. 
 
A
 
sociologia então, assume o papel de estudar as sociedades de forma aberta 
e imparcial, levando em conta a “
imaginação sociológica
” 
–
 
termo criado pelo 
sociólogo C.Wrig
ht Mills 
–
,
 
com isso a única forma de compreendermos e estudarmos 
o modo social, das sociedades industrializadas que se formaram inicialmente no 
Ocidente, 
é 
mediante um tríplice exercício de imaginação, envolvendo assim a 
sensibilidade histórica, antropoló
gica e crítica, dando 
espaço para a recuperação do 
nosso passado imediato, 
“mundo que perdemos”
, 
dando um viés histórico ao estudo 
de uma sociedade que está em constante mudança. 
 
Utilizando essa forma de lidar com a sociologia, mudamos totalmente a 
visão 
que temos das sociedades precedidas, e de diferentes locais, adotando a 
antropologia, algo que não acontecia até o século XIX
, onde a ideia etnocentrista era 
muito forte, adotando sociedades industrializadas, que com poderio bélico e aparente 
superio
ridade, de certa forma influenciava os demais Estados
-
Nações, destruindo 
suas culturas e apagando traços sociais característicos. 
 
 
 
1 
Guilherme W. T. Melo – Curso de Bacharelado em Direito – UESPI 
SOCIOLOGIA: Questões e Problemas 
 
Guilherme Willyams Tibúrcio Melo 
UESPI – Universidade Estadual do Piauí 
 
 
GIDDENS, Anthony. Sociologia: Questões e Problemas. In: Sociologia: uma breve, porém 
crítica introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1984, p. 9-27. 
 
Na obra de Anthony Giddens, Sociologia: uma breve, porém crítica introdução, 
no primeiro capítulo – “Sociologia: Questões e Problemas” –, somos apresentados a 
conceituação da sociologia e seu contexto histórico, o autor nos apresenta a 
sociologia como ciência responsável pelo estudo da sociedade, ou “fatos sociais”(com 
dito por Emile Durkheim), indo contra concepções, antes disseminadas, de que a 
sociologia deve ser estudada da mesma forma como as ciências naturais(física, 
biologia, química, dentre outras). 
Para Giddens, a sociologia não deve ser diminuída a uma visão limitada de 
sociedade, que pode ser moldada e encaminhada com base em dados concretos, 
essa visão acaba sendo conflitante com o etnocentrismo que vinha sendo construído 
na época das “duas grandes revoluções”, período esse que foi berço para o 
nascimento da sociologia, em vista da necessidade de atender as urgências que 
surgiram nos grandes centros populacionais que se formaram. 
A sociologia então, assume o papel de estudar as sociedades de forma aberta 
e imparcial, levando em conta a “imaginação sociológica” – termo criado pelo 
sociólogo C.Wright Mills –, com isso a única forma de compreendermos e estudarmos 
o modo social, das sociedades industrializadas que se formaram inicialmente no 
Ocidente, é mediante um tríplice exercício de imaginação, envolvendo assim a 
sensibilidade histórica, antropológica e crítica, dando espaço para a recuperação do 
nosso passado imediato, “mundo que perdemos”, dando um viés histórico ao estudo 
de uma sociedade que está em constante mudança. 
Utilizando essa forma de lidar com a sociologia, mudamos totalmente a visão 
que temos das sociedades precedidas, e de diferentes locais, adotando a 
antropologia, algo que não acontecia até o século XIX, onde a ideia etnocentrista era 
muito forte, adotando sociedades industrializadas, que com poderio bélico e aparente 
superioridade, de certa forma influenciava os demais Estados-Nações, destruindo 
suas culturas e apagando traços sociais característicos.

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