Resolução questões conflitos

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Disciplina: Sociologia geral e Jurídica
Prof.ª: Amanda Anastácio
 
 
 
 	 
Respostas das questões dada em aula no dia 23/08/2022
Anna Beatriz Freire Sabino
Cicera Roberta de Sousa Pereira da cunha
Crato – Ceará
30 de agosto de 2022
1) O que é conflito? Exemplifique.
R: O conflito pode ser definido como uma luta a respeito de valores ou pretensões a posições, a poder ou a recursos que não estão ao alcance de todos, em que os objetivos dos oponentes, ou “adversários”, são neutralizar, ferir ou eliminar os rivais. O conflito é sempre consciente e envolve a comunicação direta entre os oponentes. Ele se verifica entre indivíduos ou grupos ou organizações, ou mesmo entre sociedades, umas com as outras, ou de indivíduos com grupos e/ou organizações, de grupos com a sociedade global etc. O conflito além de consciente é pessoal e intermitente. 
Um exemplo bem atual de conflito é a guerra entre Ucrânia e Rússia, O primeiro país alega querer impedir a adesão da Ucrânia à Otan, aliança militar de 30 países, para evitar um cerco à sua fronteira. Os motivos do conflito também passam pelo desejo do presidente russo Vladimir Putin de restabelecer a zona de controle e influência que a Rússia mantinha enquanto União Soviética (URSS).
2) Quais os métodos adequados de resolução de conflitos? Explique.
R: Tais métodos são: 
· Negociação direta: as partes se entendem diretamente, negociam ou uma delas se submete à pretensão da parte oponente, acomodando a situação de conflito produzido, fazendo assim cessar a oposição manifestada. 
· Mediação ou conciliação: neste método acontece a intervenção de um terceiro na solução de conflito. Este terceiro pode ser mediador ou conciliador, sua função será buscar o entendimento direto com as partes conflitantes de modo a fazer cessar ou amainar o conflito. A diferença entre ambos é que o conciliador interfere de forma mais direta no litígio e pode chegar a sugerir opções de solução para o conflito, enquanto ao mediador, este não pode interferir. 
· Arbitramento: tal método depende de convenção das partes, em cláusula específica e expressa, para ser aplicada. Quando as partes optam pela arbitragem, elas afastam a via judicial e permitem que um ou mais terceiros, os árbitros, que geralmente detém vasto conhecimento da matéria em questão, decidam o conflito.
Os árbitros atuam como juízes privados e suas decisões têm eficácia de sentença judicial e não pode ser objeto de recurso.
· Litígio nos Tribunais: o litígio em juiz envolve, necessariamente, o apelo das partes oponentes ao aparelho judicial estatal, reclamando, mediante a prestação jurisdicional, que se resolva o conflito, dispondo sobre os interesses em oposição. 
3) O que é teoria do conflito? Fale sobre as principais relações do tripé da sociologia e a teoria do conflito. 
R: Várias são as definições de teoria do conflito, podendo ser uma divergência, um desentendimento ou luta expressa, estabelecida entre duas ou mais pessoas que mantém relação de dependência entre si, que percebam que se encontram (ou parece que se encontram com) falta de (ou limitação do acesso aos) recursos, metas ou objetivos contrapostos que se obstaculizam entre si.
O tripé da sociologia é formado por Durkheim, Marx e Weber. 
Durkheim tinha como princípio básico “estudar os fatos sociais como coisas”, o que significa analisar a vida social com idêntico rigor como são analisados os “objetos ou fenômenos da natureza”. Ele pouco tratou do conflito e as referências encontradas em sua obra referem-se ao conflito como uma “anomalia social”. 
Marx e Weber adotaram a perspectiva do conflito. Ambos acentuaram a relevância das estruturas na sociedade e eram adeptos da ideia da existência de um modelo abrangente para “explicar a forma como a sociedade funciona”. Porém, Weber deu um significado menor ao conflito de classes do que Marx. Para Weber os fatores econômicos eram importantes, mas as ideias e valores tinham o mesmo impacto sobre a mudança social. Marx foca a maior parte de seus escritos em questões de ordem econômica, no capitalismo e na luta de classes. 
Para Durkheim e Marx, a existência do conflito tem base em certo determinismo estrutural que pouco se apoia na intencionalidade dos atores.